O Estado de S.Paulo - SP 28/07/2023
ArcelorMittal desenvolve produtos que conciliam vantagens ambientais com performance aprimorada e redução de custos
Diante das demandas globais por sustentabilidade, a descarbonização se consolidou nos últimos anos como um tema protagonista para o setor da construção civil. Na ArcelorMittal, líder no Brasil da produção de aço e um dos maiores grupos de mineração do mundo, a busca por maior responsabilidade socioambiental é feita de forma integrada ao aprimoramento da eficiência e da qualidade de produtos e serviços.
“Todo o processo de P&D da empresa é permeado por essa proposta de valor, que une os esforços por melhor performance ao aprimoramento dos atributos de sustentabilidade”, diz Antônio Paulo Pereira Filho, gerente de Inovação e Desenvolvimento de Produtos, na área de Construção Civil, da ArcelorMittal.
Nessa jornada pela ecoeficiência, a empresa se aproximou do segmento da construção modular, com o propósito de viabilizar sistemas construtivos inovadores e mais inteligentes. A metodologia própria Steligence® compara as possibilidades construtivas e propõe as soluções mais adequadas do portfólio de todo o Grupo ArcelorMittal, considerando as oportunidades de combinar ganhos de diversos tipos – financeiros, ambientais e sociais. Essa análise contribui para a maior industrialização no canteiro de obras e, com isso, resulta em benefícios, como menor prazo de execução, maior controle de qualidade e redução no porcentual de perdas.
Em sintonia com as diretrizes do XCarb, programa global do grupo com metas de redução e neutralização das emissões de gases de efeito estufa na cadeia do aço, um dos principais conceitos que guiam a busca da ArcelorMittal por inovação associada à sustentabilidade é o da “desmaterialização”. Trata-se de buscar alternativas de projeto e engenharia de aplicação que reduzam a necessidade de material quando comparadas às soluções anteriores, sem perda de qualidade e de desempenho – e com ganhos em termos de custos e de sustentabilidade. “É um caminho que só traz resultados positivos”, explica Pereira.
Desmaterialização: mais com menos
A desmaterialização depende do aprimoramento de características dos produtos, a exemplo de propriedades mecânicas, resistência e durabilidade. Um dos exemplos para ilustrar esse tipo de avanço é o Vergalhão ArcelorMittal 50 S – AR, lançado em 2021. Trata-se de um produto de alta resistência mecânica, 40% maior comparado com o Vergalhão CA50 padrão. Em algumas aplicações, o uso do produto permite reduções significativas de custos.
Já em 2022, foi lançado o Vergalhão ecoeficiente ArcelorMittal 50 S XCarb©, 100% produzido a partir de matéria-prima metálica reciclada (sucata) e 100% de energia renovável. O vergalhão apresenta uma redução significativa da emissão de gases de efeito estufa – mais de 60% – quando comparado ao vergalhão padrão ArcelorMittal.
Como vantagens adicionais, os clientes que optam pelos produtos inovadores da ArcelorMittal podem obter certificações ambientais e outros benefícios ligados à descarbonização. Há garantia de rastreabilidade, confiança nas informações e transparência nos processos, nas metodologias e evidências, tudo registrado nas Declarações Ambientais de Produto (EPDs).
Nessa missão de desenvolver produtos cada vez mais ecoeficientes, a ArcelorMittal conta com a parceria do Centro de Inovação em Construção Sustentável (CICS), da Universidade de São Paulo (USP). Trata-se de uma das linhas de ação resultantes do convênio da empresa com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), origem também da cátedra Construindo o Amanhã, voltada à construção civil.
Tudo isso demonstra que, muito além de produzir aço, a ArcelorMittal está na vanguarda do desenvolvimento de soluções completas, inovadoras e sustentáveis, inspiradas nas demandas atuais e futuras da sociedade. Em busca desse propósito, a empresa tem associado o conhecimento interno com os saberes da academia e a experimentação do ecossistema de inovação aberta, sempre com foco nas necessidades dos clientes.
Valor - SP 28/07/2023
A empresa estatal de Abu Dhabi parou de buscar ativamente um acordo devido a preocupações com passivos previdenciários e outras complexidades do negócio, disseram fontes.
A Emirates Steel Arkan está abandonando um potencial investimento no braço de aço da Thyssenkrupp AG, desferindo um novo golpe nos planos do conglomerado alemão de desanuviar as operações em dificuldades, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
A empresa estatal de Abu Dhabi parou de buscar ativamente um acordo devido a preocupações com passivos previdenciários e outras complexidades do negócio, disseram as pessoas. A Emirates Steel era considerada a mais séria candidata a comprar uma participação na unidade da Thyssenkrupp.
O interesse da indiana JSW Steel Ltd. também diminuiu, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque a informação é privada.
O desenvolvimento pode prejudicar os esforços do novo CEO da Thyssenkrupp, Miguel Angel Lopez Borrego, para recuperar a empresa. Seu antecessor lutou para encontrar uma solução para a unidade siderúrgica em meio à resistência dos sindicatos e à volatilidade dos lucros.
A Bloomberg News revelou pela primeira vez em abril que a Emirates Steel, que forneceu materiais para o edifício mais alto do mundo, estava buscando um potencial investimento na unidade de aço da Thyssenkrupp. A empresa de Abu Dhabi confirmou na época que estava explorando maneiras de expandir seus negócios com vários parceiros como parte de uma “ambiciosa estratégia de crescimento”.
Um acordo com a Emirates Steel teria ajudado a impulsionar os planos da Thyssenkrupp de fazer a transição para a produção de aço de baixo carbono. As duas empresas discutiram a produção de produtos intensivos em energia da Emirates Steel nos Emirados Árabes Unidos usando energia renovável antes de enviá-los para a Alemanha, onde a Thyssenkrupp poderia transformá-los em produtos acabados para a indústria automotiva, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
As conversas ainda podem ser retomadas e outras partes interessadas podem surgir. Porta-vozes da JSW e da Thyssenkrupp se recusaram a comentar. Um representante da Emirates Steel não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
IstoÉ Online - SP 28/07/2023
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,1 pontos em julho, após subir 1,1 ponto em junho, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador retornou a 91,9 pontos, nível similar ao registrado em fevereiro (92 pontos).
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) subiu 0,6 ponto porcentual nesta leitura, a 81,0%.
Houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados em julho, com piora disseminada entre a situação atual e as expectativas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 2,9 pontos, a 89,5 pontos. A contração foi puxada pelo indicador que mede o nível de estoques, que subiu 4,3 pontos, para 114,5 pontos, o nível mais alto desde junho de 2020 (118,6 pontos) – acima de 100 pontos, esse indicador sinaliza que os estoques estão além do nível desejável. A percepção dos empresários sobre o nível atual de demanda caiu 2,9 pontos, a 92,4 pontos, e sobre a situação atual dos negócios recuou 1,2 ponto, para 91,6 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE) diminuiu 1,2 ponto, a 94,4 pontos. A principal contribuição de baixa partiu do indicador que mede as expectativas em relação à produção física nos três meses seguintes – que recuou 5,2 pontos, a 93,1 pontos, o pior resultado desde fevereiro (90,5 pontos). Em contrapartida, os indicadores que medem o ímpeto de contratações nos próximos três meses e a tendência dos negócios para os próximos seis subiram 0,5 e 1,0 ponto, a 100,5 pontos e 90,3 pontos, respectivamente.
Agência Brasil - DF 28/07/2023
Existem condições favoráveis para que o Banco Central (BC) reduza a Taxa Selic na próxima semana, disse nesta quinta-feira (27) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Desde agosto do ano passado, os juros básicos da economia estão em 13,75% ao ano, no maior nível desde o início de 2017.
“Tem uma coleção de fatores para a Selic baixar”, disse Haddad ao retornar de reunião no Palácio da Alvorada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro deu a declaração ao ser perguntado sobre a elevação da nota da dívida pública brasileira anunciada na quarta-feira (26) pela agência de classificação de risco Fitch.
A Fitch aumentou a nota da dívida pública brasileira de BB- para BB. A agência botou o país duas posições abaixo do grau de investimento, espécie de selo de bom pagador que atesta a capacidade de um país honrar os compromissos e não dar calote na dívida pública.
Inflação
Os analistas de mercado ouvidos pelo boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com instituições financeiras, acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 0,25 ponto percentual, para 13,5% ao ano. Além da decisão da Fitch e da elevação da perspectiva de melhoria de nota pela Standard & Poor’s (S&P), outra agência de classificação de risco, o comportamento da inflação tem reforçado as previsões de corte nos juros.
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou negativo em 0,08%, a primeira deflação em nove meses. O IPCA-15, que serve como prévia da inflação oficial, ficou negativo em 0,07% neste mês.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 3,16%. O IPCA-15 soma 3,19% no mesmo período. Para o segundo semestre, os analistas ouvidos pelo boletim Focus acreditam num leve repique da inflação, mas o IPCA deverá encerrar o ano em 4,9%.
A lei que deu autonomia ao Banco Central estabelece dois objetivos para a política monetária: controlar a inflação conforme as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e manter o crescimento econômico. Para este ano, a meta do CMN para a inflação oficial pelo IPCA está fixada em 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Dessa forma, a expectativa do boletim Focus aproxima-se do teto da meta, de 4,75% para a inflação em 2023.
IstoÉ Online - SP 28/07/2023
Embora o noticiário desta quinta-feira não tenha sido muito intenso, o mercado de câmbio doméstico esteve suscetível a uma série de fatores ao longo do dia, que trouxeram instabilidade ao dólar. Pela manhã, a moeda americana chegou a cair até o nível dos R$ 4,70 no mercado à vista. À tarde, a deterioração de ativos nos Estados Unidos levou a cotação do spot a subir aos R$ 4,75. Analistas afirmam que o cenário doméstico segue favorável, mas a cautela se impôs em um dia de queda forte da bolsa e alta dos juros dos títulos nos Estados Unidos.
O dólar foi às máximas pouco antes das 16h, puxado pelo estresse do mercado americano com o racha em torno de uma proposta do Federal Reserve para aumentar as exigências de capital de bancos com mais de US$ 100 bilhões em ativos. Em meio às discussões dos dirigentes da instituição, os índices de ações em Nova York passaram a cair e os prêmios dos Treasuries foram às máximas em todos os vencimentos.
Até então, as cotações no Brasil vinham operando descoladas da tendência internacional, que desde cedo era de apreciação da moeda americana ante divisas fortes e também ante as de países emergentes. Na mínima do dia, o spot chegou aos R$ 4,7096 (-0,32%), com operadores descrevendo fluxo positivo, otimismo com o upgrade do Brasil e expectativa de incentivos à economia chinesa e seus efeitos colaterais na demanda por matérias-primas brasileiras.
A piora do mercado internacional, à tarde, ocorreu em um momento em que as cotações oscilavam em torno da estabilidade, com o viés de baixa que predominava desde a abertura. Com a brusca queda do Ibovespa, para além dos 2%, as cotações galgaram máximas até os últimos minutos de negociação.
Assim, o dólar à vista fechou aos R$ 4,7587, em alta de 0,65%, pouco depois de ter atingido máxima aos R$ 4,7592 (+0,66%). No mercado futuro, o dólar para liquidação em agosto subia 0,30% às 17h05, aos R$ 4,7565. Com o resultado de hoje, o dólar à vista reduziu a queda acumulada na semana para 0,46% (-0,65% no ano).
Às 17h06, o Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, tinha alta de 0,90%, aos 101,792 pontos. No confronto com divisas de países emergentes e exportadores de commodities, o dólar tinha altas mais expressivas ante o rand sul-africano (+1,50%), o rublo (+0,80%) e o dólar australiano (+0,79%). A exceção ficava por conta da lira turca, que operava praticamente estável (-0,02%).
CNN Brasil - SP 28/07/2023
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nessa quinta-feira (27), mostraram a geração de 157 mil vagas em junho, abaixo da expectativa dos analistas.
No acumulado do primeiro semestre, o país registrou saldo positivo de pouco mais de 1 milhão de vagas, o resultado mais baixo desde 2020, quando o mercado foi afundado pela crise da Covid-19.
Segundo especialistas ouvidos pela CNN, a manutenção dos juros no atual patamar de 13,75% desde agosto de 2022 tira força do mercado de trabalho e contribui para a redução da criação de vagas em comparação ao mesmo período de anos anteriores.
Conforme Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores, os setores de comércio, indústria e a parte privada da construção sofreram mais com o cenário doméstico de juros elevados.
“Diante da perspectiva de desaceleração da economia ao longo de 2023, espera-se evolução mais moderada do mercado de trabalho, ficando evidenciada pelo saldo líquido de vagas acumulado em 12 meses. Nossa perspectiva para 2023 é de saldo líquido positivo de 1,4 milhão de vagas formais”, afirma.
Para Matheus Pizzani, economista da CM Capital, o desaquecimento do mercado de trabalho no serviço — segmento que mais gerou vagas em junho e no semestre — também é importante do ponto de vista da pressão sobre a inflação.
O setor possui a maior fatia do Produto Interno Bruto (PIB), e a desaceleração deve reforçar a expectativa sobre o Banco Central (BC) para iniciar o corte de juros a partir do próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 1º e 2 de agosto, diz o especialista.
“A desaceleração registrada hoje fecha o conjunto de dados utilizados como base para sustentar a hipótese de queda na taxa de juros na próxima semana”.
Olhando para todos os setores, o economista Pizzani diz que o freio na geração de vagas e a queda dos salários ajudam a aliviar a inflação e reforçam os discursos para queda dos juros. “Este cenário é algo que pode ser importante, especialmente no caso dos salários de admissão, uma vez que sugere menor pressão inflacionária pela via do consumo das famílias”.
Desaceleração econômica
Apesar da desaceleração geral, Imaizumi aponta que todos os grandes setores registraram criação líquida de postos.
Os mais sensíveis ao crédito — a indústria e a construção civil — geraram saldos positivos de vagas em junho.
“A construção civil se beneficia da retomada de investimentos e obras públicas, como se pode observar na segunda subclasse que mais gerou vagas formais em junho (construção de rodovias e ferrovias)”.
Na visão de Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, mesmo com a perda de fôlego, o resultado ainda é bastante positivo, considerando o desempenho mais fraco da atividade, principalmente no 2º trimestre.
“O saldo positivo mostra uma resiliência do mercado de trabalho formal, que continua apresentando crescimento mesmo diante da desaceleração da atividade. Em parte, essa mudança estrutural refletida no crescimento do emprego formal acima do informal, pode ser atribuída à reforma trabalhista, que melhorou a dinâmica no setor.”
Pizzani comenta que o resultado do Caged, apesar de ter sido inferior à expectativa do mercado, não deve necessariamente ser considerado surpreendente.
O esfriamento já era percebido por indicadores de atividade do período divulgados ao longo do mês, com destaque para o IBC-Br, que já apontavam para uma economia menos dinâmica do que nos meses anteriores.
“Tal hipótese foi confirmada com o resultado do levantamento, que marcou a quarta desaceleração consecutiva na geração líquida de vagas no mercado de trabalho, tendo sido marcada por quedas em boa parte dos principais setores da economia, especialmente no de serviços.”
O economista diz que, mesmo aqueles que apresentaram resultado positivo em termos de geração de vagas, como o comércio, acabaram sendo beneficiados por efeitos sazonais, cujos efeitos devem se dissipar ao longo dos próximos meses.
“Isso significa que, estruturalmente, o mercado de trabalho brasileiro possui perspectivas negativas, hipótese em linha com os fundamentos macroeconômicos da atual conjuntura, especialmente no caso da política monetária.”
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Infomoney - SP 28/07/2023
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,4% no segundo trimestre de 2023, de acordo com a primeira estimativa divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Comércio do país. O resultado ficou acima da estimativa de analistas, uma vez que o consenso Refinitiv apontava para alta de 1,8%.
No primeiro trimestre, o PIB americano havia mostrado expansão anualizada de 2,0%.
O aumento do PIB refletiu principalmente os aumentos nos gastos do consumidor, o investimento fixo não residencial, os gastos dos governos estaduais e locais e o investimento em estoques privados e gastos do governo federal. Este foram parcialmente compensados por reduções nas exportações e no investimento fixo residencial.
O aumento dos gastos de consumo refletiu aumentos tanto em serviços quanto em bens. Nos serviços, os principais contribuintes para o aumento foram habitação e serviços públicos, saúde, serviços financeiros e seguros e serviços de transporte.
Dentro dos bens, o aumento foi liderado por bens recreativos e veículos, bem como gasolina e outros bens energéticos. Já o aumento do investimento fixo não residencial refletiu aumentos em equipamentos, estruturas e produtos de propriedade intelectual.
O aumento nos gastos estaduais e municipais foi reflexo de reajustes nas remunerações dos funcionários públicos estaduais e locais e no investimento bruto em infraestrutura. O aumento no investimento em estoque privado refletiu altas nos estoques tanto agrícolas como não agrícolas.
Consumo e renda
O índice de preços de consumo (PCE) aumentou 2,6%, em comparação com um aumento de 4,1% no trimestre anterior. O núcleo do indicador, que exclui os preços de alimentos e energia, subiu 3,8%, em comparação com um aumento de 4,9%.
A renda pessoal dos americanos em dólares correntes aumentou US$ 236,1 bilhões no segundo trimestre, em comparação com um aumento de US$ 278,0 bilhões no primeiro trimestre.
Esse aumento foi reflexo principalmente de altas nas remunerações, receitas de renda pessoal sobre ativos, renda de aluguel e de transferências pessoais correntes (lideradas por benefícios sociais do governo).
A renda pessoal disponível aumentou US$ 248,2 bilhões, ou 5,2%, no segundo trimestre, em comparação com um aumento de US$ 587,9 bilhões, ou 12,9%, no primeiro trimestre. A renda pessoal disponível real aumentou 2,5% no segundo trimestre, em comparação com um aumento de 8,5%.
A poupança pessoal foi de US$ 869,5 bilhões no segundo trimestre, em comparação com US$ 840,9 bilhões no primeiro trimestre. A taxa de poupança pessoal – poupança pessoal como porcentagem da renda pessoal disponível – foi de 4,4% no segundo trimestre, em comparação com 4,3% no primeiro trimestre.
IstoÉ Online - SP 28/07/2023
As chances de uma nova alta de juros pelo Federal Reserve (Fed) até dezembro subiram de 27,4% para 32,5%, após a publicação da primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA.
Por volta das 10h20 (de Brasília) desta quinta-feira, a ferramenta de monitoramento do CME Group exibia probabilidade de 29,5% (de 25% antes do PIB) de nova alta de 25 pontos-base (pb), a 5,50% a 5,75%, até dezembro. Já a probabilidade de elevação em 50 pb, ao intervalo de 5,75% a 6,00%, subiu de 2,4% a 3,3% no mesmo período.
Contudo, o mercado mantém precificação majoritária (62,1%, de 63,8% antes do PIB) de que a taxa atual dos juros, de 5,25% a 5,50%, deve ser mantida até o final deste ano, com pequena probabilidade de corte de 25 pb, para a faixa de 5,00% a 5,25%.
Valor - SP 28/07/2023
A produção da China cresceu mais lentamente do que o esperado no último trimestre e outros dados, que vão desde o consumo até o comércio, está dando sinais de alerta.
A Anglo American Plc e a Teck Resources Ltd. tornaram-se as mais recentes gigantes da mineração a registrar quedas acentuadas nos lucros à medida que a desaceleração econômica da China impacta os resultados.
Há apenas dois anos, a indústria de mineração estava no auge, com a demanda em expansão e os gargalos de oferta levando muitas commodities a níveis recordes, à medida que o mundo saía da pandemia de covid-19. No entanto, desde então, o setor imobiliário crucial da China, que suga grande parte do minério de ferro do mundo, começou a oscilar.
A Anglo American relatou uma queda de mais de 40% nos lucros subjacentes para US$ 5,1 bilhões, enquanto cortou seus dividendos pela metade em relação ao mesmo período de 2022, para US$ 700 milhões. Já a Teck registrou uma queda ainda mais acentuada no lucro do segundo trimestre de mais de 50% para C$ 1,48 bilhões (US$ 1,1 bilhão).
“Ficamos um pouco surpresos com a lentidão da reabertura da China e com a falta de estímulo que acho que todos esperavam”, disse o CEO da Anglo, Duncan Wanblad. “O que temos certeza é que haverá uma recuperação, o que não temos certeza é quanto tempo levará para isso acontecer.”
A produção da China cresceu mais lentamente do que o esperado no último trimestre e outros dados, que vão desde o consumo até o comércio, estão dando sinais de alerta. Os principais líderes chineses sinalizaram uma postura mais “dovish” na política daqui para frente, mas ainda devem adiar estímulos maciços.
Os resultados da Anglo e da Teck seguem de perto os da Rio Tinto Plc, divulgados na quarta-feira. A mineradora número 2 do mundo viu seu lucro e pagamento caírem cerca de um terço.
Wanblad, da Anglo, também anunciou mais mudanças de gestão na quinta-feira. O relativamente novo CEO reformulou a liderança da empresa desde que assumiu o comando no ano passado e anunciou hoje John Heasley como diretor financeiro, substituindo Stephen Pearce. Já Craig Miller assumirá o cargo de CEO da subsidiária Anglo American Platinum Ltd. em outubro. Atualmente é diretor financeiro.
A Teck, que passou grande parte deste ano se defendendo de uma abordagem hostil da Glencore Plc, enfrentou outro revés em sua principal mina de cobre no Chile, dizendo que produziria menos metal este ano do que a previsão anterior.
A Teck disse que agora produzirá entre 330.000 toneladas e 375.000 toneladas de cobre neste ano, em comparação com a previsão anterior de 390.000 toneladas a 445.000 toneladas, após atrasos no aumento da produção em seu projeto Quebrada Blanca 2.
A Teck passou grande parte deste ano envolvida em uma briga contundente com a Glencore Plc depois que a trader suíça de commodities fez uma oferta não solicitada pela empresa canadense. Embora o negócio de cobre da Teck, e especialmente o QB2, fosse originalmente o principal alvo da Glencore, a última reviravolta na saga ocorreu no mês passado, quando a Glencore propôs a compra do negócio de carvão siderúrgico da Teck por cerca de US$ 8 bilhões como alternativa à sua oferta total de aquisição.
Infomoney - SP 28/07/2023
A Vale (VALE3) lucrou US$ 892 milhões de forma líquida (atribuível aos acionistas) no segundo trimestre de 2023, número bem aquém do consenso da Refinitiv, que projetava número de US$ 2,15 bilhões. O número representa uma queda de 78,2% em relação a igual período de 2022. Na comparação trimestral, o recuo foi de 51,4%.
Em reais, o resultado foi de R$ 4,573 bilhões, contra R$ 20,221 bilhões no segundo trimestre de 2022, recuo de 77,4%.
Segundo a companhia, o lucro líquido das operações continuadas foi impactado negativamente, na comparação entre abril e junho de 2022 para este ano, principalmente por menores preços de minério de ferro e níquel.
A queda do minério teve um impacto de US$ 1,34 bilhão; já a apreciação do real e a menor marcação a mercado das debêntures participativas (os títulos de dívida) geraram efeito no lucro em US$ 978 milhões. Além disso, houve uma baixa de US$ 881 milhões em relação às provisões da Fundação Renova após o plano de recuperação judicial.
Na linha de cima, a mineradora teve uma receita líquida de US$ 9,67 bilhões, queda anual de 13,33% e ante projeção de US$ 9,98 bilhões do mercado. Quanto ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado das operações continuadas, espécie de lucro operacional, o resultado foi de US$ 3,874 bilhões, baixa anual de 26% e ante consenso de US$ 4,264 bilhões.
A empresa havia reportado na semana passada uma alta de 6,3% da produção de minério de ferro, sua principal commodity, no segundo trimestre ante o mesmo período de 2022, para 78,74 milhões de toneladas.
Já a comercialização do produto, no entanto, avançou apenas 0,9% na mesma comparação, com a companhia se recuperando de restrições no embarque enfrentadas no primeiro trimestre no Terminal Ponta da Madeira, no Maranhão.
O preço realizado de finos de minério de ferro entre abril e junho foi de US$ 98,5 por tonelada, queda de US$ 14,8 por tonelada na comparação anual, principalmente devido aos menores preços de referência, que foram parcialmente compensados por um menor impacto dos ajustes do sistema de precificação.
Mais dados do balanço
O resultado financeiro líquido foi negativo em US$ 157 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo ganhos financeiros de US$ 821 milhões da mesma etapa de 2022.
As despesas operacionais totais somaram US$ 795 milhões no 2T23, um recuo de 4,7% em relação ao mesmo período de 2022.
A mineradora investiu US$ 1,208 bilhão no 2T22 ante US$ 1,293 bilhão de um ano antes.
Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de US$ 8,908 bilhões, um crescimento de 65,7% na comparação com a mesma etapa de 2022.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,6 vez em junho/23, alta de 0,4 ponto percentual (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022.
Investing - SP 28/07/2023
A mineradora Vale (BVMF:VALE3) fechou acordos com a Manara Minerals, uma joint venture entre a Ma'aden e o Public Investment Fund (PIF), e a Engine No. 1 para vender uma fatia de 13% de sua unidade de metais básicos pelo valor de 3,4 bilhões de dólares, informou a companhia em comunicado nesta quinta-feira.
O montante total será pago à vista para a Vale Base Metals Limited (VBM), empresa controladora do negócio de Metais para Transição Energética da Vale, na conclusão da transação, sujeita aos ajustes usuais.
A Manara Minerals deterá 10% da unidade de metais básicos da Vale, enquanto a Engine No. 1 ficará com uma participação de 3%, informou a mineradora.
O movimento ocorre enquanto a Vale tem se dedicado em aprimorar a gestão desses ativos para gerar mais valor, tendo em vista a demanda esperada por níquel e cobre para a produção de baterias, em meio aos avanços globais para a transição energética, com eletrificação.
Na transação, as companhias consideraram um enterprise value implícito de 26 bilhões de dólares para a VBM, que a Vale destacou ser uma das maiores detentoras de reservas e recursos em jurisdições-chave de minerais críticos como Brasil, Canadá e Indonésia.
A expectativa da empresa é que a VBM invista de 25 bilhões a 30 bilhões de dólares ao longo da próxima década em projetos minerais estratégicos.
Com os aportes, a previsão é elevar a produção de cobre de cerca de 350 mil toneladas/ano para 900 mil toneladas/ano e de níquel de cerca de 175 mil toneladas/ano para mais de 300 mil toneladas/ano.
"Consideramos esses investimentos estratégicos como um marco importante na nossa jornada para acelerar o crescimento da nossa plataforma de negócio de Metais para Transição Energética, criando expressivo valor a longo prazo para todos os nossos stakeholders", disse em nota o CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo.
"Com nosso portfólio de alta qualidade, estamos posicionados de maneira única para atender à crescente demanda por metais verdes essenciais à transição energética global, ao passo que continuamos comprometidos com práticas socioambientais robustas e com a mineração sustentável."
Também em nota, o diretor executivo da Manara Minerals e CEO da Ma’aden, Robert Wilt, disse que o investimento da companhia marca o primeiro grande aporte no setor global de mineração.
"Este investimento estratégico expressa a nossa confiança no negócio de minerais estratégicos da Vale e contribuirá para o crescimento do portfólio de ativos de classe mundial da VBM em todos os países em que ela opera", disse o executivo.
O fechamento da transação está previsto para o primeiro trimestre de 2024, sujeita às condições precedentes cabíveis, incluindo a aprovação das autoridades regulatórias relevantes, ponderou a mineradora.
Exame - SP 28/07/2023
A recuperação do minério de ferro parece cada vez mais frágil, à medida que o mercado perde as esperanças de que a China implemente grandes medidas de estímulo, com forte ênfase em projetos de infraestrutura, como no passado.
A matéria-prima siderúrgica afundou até 3,6% nesta quinta-feira em Singapura, para US$ 109,15 a tonelada, reduzindo a alta desde o final de maio para 15%.
A reunião do comitê central do partido comunista chinês (Politburo) desta semana prometeu mais suporte para o setor imobiliário e um alívio do endividamento dos governos locais, que tem inibido os gastos em infraestrutura este ano. Mas não houve sinalização de grandes estímulos fiscais ou monetários, e é difícil encontrar alguém que espere um retorno aos gastos maciços com os quais Pequim reavivou a economia após a crise financeira global de 2008.
A confiança do consumidor chinês foi dizimada pela dura luta contra a pandemia, e por projetos de moradia inacabados que indignaram mutuários que já haviam pago pelos imóveis. Agora, a reação inicial às últimas promessas do Politburo é “e daí?”, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities.
“Qualquer forma de medidas de estímulo sofrerá um atraso significativo de dois a três trimestres até que afete o consumo real de aço e a demanda subjacente por minério de ferro”, disse ele. As autoridades também podem precisar forçar as construtoras a empregar os fundos para os propósitos pretendidos, em vez de usá-los para reequilibrar balanços altamente alavancados, acrescentou.
O Morgan Stanley disse no início deste mês que vê os preços do minério de ferro caindo para US$ 90 a tonelada no quarto trimestre, enquanto o Goldman Sachs divulgou um preço-alvo de três meses de US$ 80 em 13 de julho. Ambos os bancos reafirmaram suas previsões à Bloomberg após a reunião do Politburo.
Os embarques robustos de mineradoras também podem se tornar um vento contrário. A Rio Tinto, maior produtora mundial de minério de ferro, deixou sua estimativa de exportação para 2023 inalterada, mesmo após alertar que a recuperação estagnada da China pesa sobre a demanda.
A Vale, que divulga balanço nesta quinta, também não alterou sua estimativa para a produção do ano inteiro após um salto de produção no último trimestre, divulgado na semana passada.
CNN Brasil - SP 28/07/2023
Acionistas privados da Vale rejeitam uma mudança antecipada no comando da mineradora e a possível indicação do ex-ministro Guido Mantega para o cargo.
O mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, termina em maio de 2024.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo auxiliares diretos, não quer esperar e deseja substituí-lo por Mantega. Assessores presidenciais afirmam que seria uma indicação pessoal.
Ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma Rousseff, Mantega tem 74 anos e está inabilitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a exercer cargos na administração pública federal até 2030 por punição envolvendo o caso das pedaladas fiscais.
A CNN ouviu reservadamente, nesta quinta-feira (27), três acionistas com participação societária relevante na Vale. Eles refutam a possibilidade de mudança.
O argumento é de que a tentativa de interromper bruscamente o mandato de Bartolomeo fere boas práticas de governança corporativa, cria ruído desnecessário com investidores internacionais e pode influenciar negativamente o desempenho das ações da Vale.
Para esses grandes acionistas, o momento é de recuperação da economia brasileira, com melhoria na classificação de risco pelas agências de crédito e inflação em queda. Precipitar mudanças na Vale, agora, é visto como um tiro no pé para a confiança do mercado no país.
O conselho de administração da mineradora se reuniu hoje, em Carajás (PA), e aprovou o balanço financeiro do segundo trimestre de 2023. A troca de comando não foi tratada.
O conselho é formado por 13 integrantes. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, tem dois assentos. Outros oito são indicados por acionistas como Bradesco, Mitsui e Cosan. Fundos estrangeiros como BlackRock e Capital World também são grandes acionistas e influenciam no colegiado.
Um conselheiro disse à CNN que a avaliação de Bartolomeo é positiva e o processo de sucessão do executivo começará a ser discutido apenas no início de 2024.
Caso a decisão seja por uma troca, afirma esse conselheiro pedindo anonimato, o correto é fazer esse processo por meio de um headhunter e focando em pessoas com experiência na gestão de grandes empresas.
Independentemente do nome, afirma o conselheiro, seria muito ruim, para uma multinacional líder de mercado como a Vale, passar por um processo tumultuado de mudança na presidência — ainda mais com ingerência política.
A Vale teve lucro líquido de quase R$ 96 bilhões no ano passado e está entre as cinco maiores mineradoras do planeta.
O governo, que não tem participação direta na companhia, conta com a Previ para pavimentar a saída de Bartolomeo e fazer Mantega como o novo CEO.
Na defesa da troca de comando, interlocutores do Palácio do Planalto afirmam que os últimos governos conseguiram emplacar seus nomes de preferência na presidência da Vale e tinham bom relacionamento com o chefe da empresa.
Bartolomeo é considerado um executivo distante do PT e de governadores onde a Vale tem operações, segundo políticos ouvidos pela CNN.
Um aliado do Planalto lembra que a Vale depende do governo para uma série de ações: licenciamentos ambiental, execução contratual de concessões ferroviárias, modernizações do código de mineração.
Por isso, diz esse aliado reservadamente, o presidente da Vale tem que estar em sintonia constante com o governo federal. Ele resume: “Não é uma discussão para o mercado resolver. É uma matéria para o mundo político. Se acionistas privados acham que podem comprar briga com o governo, paciência”.
Infomoney - SP 28/07/2023
Boa parte da indústria brasileira opera com maquinário antigo e com tecnologia defasada, aponta levantamento inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre as empresas que responderam à pesquisa, apenas 2% têm máquinas com até 2,5 anos de uso. O maior porcentual, de 28%, tem equipamentos com 10 a 15 anos.
No foco em razão da necessidade global de redução de emissões, o setor de biocombustíveis aparece na pesquisa como o de maior defasagem de equipamentos, com idade média de 20 anos. Já a idade média de máquinas e equipamentos das indústrias de transformação e extrativa é de 14 anos, e 38% usam equipamentos que estão próximos ou já ultrapassaram a idade sinalizada pelo fabricante como ciclo de vida ideal.
Na pesquisa, foram entrevistados 1.682 executivos, sendo 672 de pequenas empresas, 599 de médias e 411 de grandes companhias. Também participaram 356 indústrias do setor da construção. A sondagem especial, chamada de Idade e Ciclo de Vida das Máquinas e Equipamentos no Brasil, foi realizada em junho.
A CNI defende a chamada “depreciação acelerada” para estimular o investimento em renovação de maquinário. Hoje, o equipamento industrial perde valor ativo ao longo de dez anos e os valores são descontados do Imposto de Renda da empresa.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é a favor da medida e diz que ela pode chegar no próximo ano com um crédito de até R$ 15 bilhões para as indústrias. “Reafirmamos o compromisso com a tese da depreciação acelerada, mas ainda vamos definir o alcance dela, que pode variar em relação aos setores que vai abranger e ao encurtamento do prazo”, disse Haddad.
Máquina antiga reduz produtividade e aumenta custos
O uso de equipamentos antigos pela indústria nacional reduz a produtividade e aumenta os custos, diz a gerente de Estratégia e Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Maria Carolina Marques.
“Um parque industrial defasado significa menos produtividade porque as máquinas podem quebrar a qualquer momento e paralisar a produção, os custos de manutenção são maiores, assim como o consumo de eletricidade e de emissões de gases de efeito estufa”, afirma Maria Carolina.
Segundo a gerente da CNI, mesmo o fato de parte dos equipamentos estarem dentro do ciclo de vida estabelecido pelo fabricante não significa que sejam tecnologicamente atuais. “A gente teve uma revolução tecnológica muito grande nos últimos anos com o advento das tecnologias da indústria 4.0, e tudo isso gerou ganho de produtividade grande.”
Biocombustível
O setor de biocombustível é o que apresenta a maior depreciação de máquinas e equipamentos, com idade média de 20 anos de uso. Os grandes investimentos no setor ocorreram entre 2005 e 2007.
Segundo Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8 – empresa produtora de biodiesel criada há 18 anos e com fábricas no Rio Grande do Sul e no Paraná, além de Paraguai e Suíça -, “de fato, (o maquinário do setor) não tem passado por atualização constante”.
De acordo com Battistella, o País não tem uma política clara de incentivo para a melhoria do parque industrial. “Temos feito esforço grande para manter nossos parques industriais atualizados, mas isso requer muitos recursos da companhia”, diz. A idade média dos equipamentos da empresa é de 15 anos, mas o executivo diz que há muitas empresas do ramo operando com maquinário que ultrapassa 20 anos de uso. Segundo ele, além da atualização, é preciso manter a inovação tecnológica dos parques, o que exige investimentos anuais.
“Falamos tanto de energia renovável, de transição energética, e não há nenhum incentivo para a produção de energia limpa, mas o setor não tem incentivos para renovação de maquinário”, diz o presidente da Be8 . “Precisamos de linhas de crédito mais customizadas para esse tipo de indústria; um plano de financiamento e modernização como tem o Plano Safra, além de tratamento tributário mais equalizado.”
‘País fechado’
Para o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale, a constatação da elevada idade média do maquinário da indústria brasileira não o espanta.
“País fechado com forte estrutura de proteção industrial como o nosso não teria algo diferente”, diz. Em sua opinião, o único caminho para mudar esse cenário é uma combinação entre reforma tributária, maior abertura da economia com ampliação de acordos comerciais e investimento em educação com viés tecnológico. “Dessas propostas, estamos avançando apenas na reforma tributária”, lamenta. “Tirando as commodities, será difícil vermos uma integração maior com as cadeias globais de valor se não houver um pensamento diferente do que se fez por décadas. Políticas industriais como sempre se fez no País não funcionaram, e o resultado é esse, um parque fabril antigo.”
Queda
Na área de máquinas e equipamentos, a idade média é de 14 anos. Gino Paulucci Jr., presidente do conselho de administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), diz que, atualmente, a alta taxa de juros trava e limita a capacidade de investimentos.
Paulucci também diz que os investimentos em máquinas e equipamentos, que já tinham caído em 2022, registraram queda de 6,5% no início deste ano. “Com juros mais baixos, as empresas podem obter financiamento a taxas mais atrativas”, diz. “Máquinas modernas oferecem maior eficiência energética, maior precisão, maior capacidade produtiva e melhores recursos tecnológicos, o que resulta em produtos de melhor qualidade, redução de custos e aumento da produtividade.” (COLABOROU CAIO SPECHOTO)
Valor - SP 28/07/2023
A receita líquida avançou 12% na comparação anual, para US$ 44,9 bilhões entre abril e junho deste ano.
A Ford teve lucro líquido de US$ 1,9 bilhão no segundo trimestre, o que representa alta de 187% na comparação com o mesmo período de 2022. O lucro diluído por ação foi de US$ 0,47, valor acima do US$ 0,16 reportado um ano antes.
O lucro operacional atingiu US$ 2,4 bilhões, avanço de 14,2% na comparação anual. A receita líquida avançou 12% na comparação anual, para US$ 44,9 bilhões entre abril e junho deste ano.
No segundo trimestre, o Ford Pro – com uma combinação de veículos, software e serviços que gera valor para clientes comerciais e poder de precificação para a Ford – transformou o crescimento de 8% nas remessas de produtos em um salto de 22% na receita. O Ebit de US$ 2,4 bilhões da unidade de negócios foi mais que o dobro de sua lucratividade no ano anterior e representou uma margem de 15%.
A Ford Blue mostrou crescimento das vendas por atacado e da receita, além de US$ 2,3 bilhões em Ebit. “Espera-se que as iniciativas do segmento para melhorar a qualidade e reduzir custos aumentem ainda mais sua eficácia e lucratividade ao longo do tempo”, diz a companhia no relatório de resultados.
A Ford Credit gerou ganhos antes dos impostos de US$ 390 milhões, abaixo do ano anterior, como esperado pela empresa, refletindo a margem de financiamento mais baixa, a não recorrência de liberações de reservas para perdas de crédito e um declínio nos valores residuais de veículos alugados.
No pregão regular, os papéis tiveram alta de 0,6%, para US$ 13,75.
Projeções
A Ford elevou as projeções para o Ebit ajustado consolidado do ano de 2023, passando para uma faixa entre US$ 11 bilhões e US$ 12 bilhões. A empresa ainda elevou suas expectativas de fluxo de caixa livre ajustado para o ano inteiro entre US$ 6,5 bilhões e US$ 7 bilhões, com gastos de capital entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões.
Portos e Navios - SP 28/07/2023
Após uma seca prolongada no pedido de novos navios-tanque e principalmente de produtos, a BIMCO está relatando um forte aumento nas encomendas desse tipo de embarcação no primeiro semestre. A entidade calcula que mais navios-tanque de produtos foram encomendados no primeiro semestre de 2023 do que o total em 2022.
A BIMCO calcula que no primeiro semestre um total de 8,9 milhões de dwt foi encomendado no segmento de navios-tanque de produtos, aumento de 337% na comparação ano a ano. O movimento é motivado pelo aumento nas taxas de frete e na demanda pelo transporte.
A frota de navios-tanque de produtos vem envelhecendo gradualmente nos últimos dez anos e atualmente a média de idade é de 13 anos.
IstoÉ Dinheiro - SP 28/07/2023
O petróleo fechou em alta de mais de 1% nesta quinta-feira, 27, de olho em expectativas de demanda global após dados apontarem crescimento acima do esperado no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, indicando que a atividade americana permanece resiliente. No radar, a Rússia informou hoje que iniciou e está expandindo rapidamente exportações de petróleo para a África, em reunião de líderes africanos e autoridades russas em Moscou.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,66% (US$ 1,31), a US$ 80,09, marcando primeira vez que WTI fechou acima de US$ 80 desde 18 de abril, segundo a Dow Jones Newswires. O Brent para igual mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,59% (US$ 1,32), a US$ 84,24 o barril.
Para a Navellier & Associados, os dados econômicos robustos da economia americana contribuíram para a tendência de alta do petróleo. Hoje, o Departamento do Comércio dos EUA informou que o PIB americano avançou 2,4% no segundo trimestre e o núcleo da inflação PCE desacelerou para 3,8%, números melhores do que os previstos pelo consenso do Projeções Broadcast. Além disso, a queda nos pedidos de auxílio-desemprego e alta nas vendas pendentes de imóveis sinalizaram resiliência do mercado de trabalho e do setor imobiliário.
Além disso, o ministro de Energia da Rússia, Nikolay Shulginov, afirmou hoje que o país começou a exportar petróleo para a África este ano, com o fornecimento chegando a 200 mil toneladas em cinco meses, enquanto o fornecimento de produtos petrolíferos triplicou no mesmo período para 8 milhões de toneladas. “À medida que a Rússia constrói cada vez mais infraestrutura de transporte, logística e financeira em relação aos suprimentos, esperamos que a dinâmica positiva persista até o final do ano”, acrescentou Shulginov.
Na visão do TD Securities, os sinais de demanda continuam a contrabalançar preocupações macroeconômicas e “corroboram expectativas de um déficit notável” na oferta do petróleo pelo resto do ano, o que tende a apoiar alta nos preços da commodity. “Dito isto, é improvável que um programa de compra subsequente de petróleo bruto WTI adicione muito poder de fogo até que os preços ultrapassem US$ 83 o barril”, avalia.
TN Petróleo - RJ 28/07/2023
O Grupo de Trabalho do Programa Gás para Empregar realizou a primeira reunião nesta quarta-feira (26/7), no Ministério de Minas e Energia (MME), e aprovou diretrizes e metodologias do GT, que tem como objetivo a elaboração de estudos visando aumentar a oferta de gás natural da União no mercado brasileiro. A nova política prevê a atração de R$ 94 bilhões em investimentos e a geração de 342 mil empregos.
O colegiado foi instituído em março deste ano, durante a primeira reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que contou com a presença do presidente Lula. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destaca a importância do programa para o desenvolvimento da economia e a reindustrialização do país.
“O Programa Gás Para Empregar vai aumentar a oferta de gás natural, estimular a criação de infraestrutura de escoamento e transporte, bem como viabilizar sua utilização como matéria-prima para a indústria de fertilizantes, química, assim como a geração de energia. É um programa que visa o processo de reindustrialização nacional através do gás. Uma política bem elaborada e efetiva de aumento do fornecimento de gás natural tem potencial de elevação do emprego, renda e segurança energética e alimentar para a nossa população”, afirmou o ministro.
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil receberá R$ 94 bilhões em investimentos do setor privado, com alocações em unidades de fertilizantes no valor aproximado de R$ 39 bilhões, unidades de processamento de gás e rotas de escoamento, com cerca de R$ 15 bilhões para cada segmento e, ainda, R$ 25 bilhões para gasodutos de transportes. A previsão é de que sejam criados 342 mil postos de empregos, segundo a empresa.
A reunião inaugural do grupo contou com a participação de representantes de todos os 14 órgãos e entidades públicas que compõem o GT. Durante o encontro, foi aprovada a criação de cinco comitês temáticos interministeriais que vão discutir e elaborar propostas para o desenvolvimento das ações. São eles: Disponibilidade do Gás Natural (GN); Acesso ao mercado de Gás Natural (GN); Modelo de Comercialização de gás natural da União; Gás para o setor produtivo; e Papel do GN na Transição Energética.
Objetivos
Dentre os objetivos do GT e dos comitês temáticos estão aumentar a disponibilidade de gás natural para o mercado nacional; avaliar medidas para redução dos volumes reinjetados além do tecnicamente necessário; aumentar o número de ofertantes de gás natural no mercado doméstico; Aumentar a oferta de gás natural da União no mercado doméstico. O grupo visa também aumentar a disponibilidade de gás natural para os setores produtivos (como a produção nacional de fertilizantes nitrogenados, produtos petroquímicos e outros), reduzindo a dependência externa de insumos para as cadeias produtivas nacionais; e identificar estratégias e mecanismos para alinhamento à transição energética dos esforços de desenvolvimento do mercado de gás natural e investimentos relacionados.
As reuniões da coordenação do GT serão realizadas a cada 15 dias, enquanto as de cada um dos comitês serão semanais. Elas devem ocorrer até 9 de novembro, com possibilidade de prorrogação dos trabalhos por mais 120 dias, caso necessário.
TN Petróleo - RJ 28/07/2023
A Petrobras bateu novo recorde trimestral de produção na bacia do pré-sal, de abril a junho, chegando a 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Os números constam do Relatório de Produção e Vendas, referente ao segundo trimestre deste ano, divulgado na noite nesta quarta-feira (26). O volume representa 78% da produção total da companhia e supera o recorde anterior de 2,05 milhões de barris de óleo equivalente por dia, registrado no primeiro trimestre de 2023.
A produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural registrou leve redução, de 1,5%, no trimestre, se comparada com o trimestre anterior, alcançando 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A petroleira informou que a queda ocorreu, principalmente, por conta de paradas e manutenções, além do declínio natural de campos maduros e de desinvestimentos.
"Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo ramp-up [etapa de início da produção, com finalidade de comercializar um produto novo] da P-71, no campo de Itapu, e pelo início de produção, em maio, das Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO) Almirante Barroso, no campo de Búzios, e Anna Nery, no campo de Marlim, além de novos poços de projetos complementares, na Bacia de Campos", informou a estatal em nota. Segunda unidade do projeto de revitalização de Marlim e Voador, a Unidade Flutuante Anita Garibaldi tem entrada em operação prevista para o terceiro trimestre deste ano.
"A implantação das unidades flutuantes Anna Nery e Anita Garibaldi proporciona a continuidade operacional dos campos de Marlim e Voador, com a expectativa de aumento de 20% da produção e redução de 60% de emissão de gases de efeito estufa, em relação a 2018, quando as nove unidades estavam em operação em Marlim, além de abrir uma importante frente de aprendizados e conhecimentos para outros projetos de revitalização", destacou o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos.
O diretor de Exploração e Produção, Joelson Mendes, ressaltou que Búzios é o maior campo em águas profundas do mundo. "As plataformas instaladas no campo registraram, em junho, a produção média operada de óleo e LGN de 635 mil barris por dia. Temos ainda mais seis unidades já contratadas em implantação, elevando para 11 o número de plataformas em operação no campo até 2027", observou.
Gasolina
O relatório aponta ainda que a produção de gasolina cresceu 7,4% no segundo trimestre, em relação ao período anterior, "acompanhando o desempenho de mercado e o maior aproveitamento da capacidade operacional das refinarias". Em junho, a produção foi de 421 mil barris ao dia, melhor resultado desde 2014. Já as vendas de gasolina no segundo trimestre aumentaram 4,8%, em relação ao primeiro trimestre. Segundo a estatal, foram as maiores altas registradas para o período nos últimos seis anos, mesmo com o desinvestimento de algumas refinarias.
Diesel
A petroleira informou que a produção de diesel também cresceu no último trimestre: 9,7% em relação ao período de janeiro a março. O diesel S10, menos poluente e com menor impacto ambiental, teve recorde mensal de 442 mil barris ao dia em junho. Segundo a estatal, os resultados devem-se a melhorias operacionais, à otimização de processos e ao controle da produção, com objetivo de atender à demanda crescente do derivado. As vendas de diesel no segundo trimestre superaram em 0,8% as período anterior, com volume de produção equiparado ao volume de vendas.
TN Petróleo - RJ 28/07/2023
A Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), arrecadou R$ 2,84 bilhões com a comercialização da parcela de petróleo e gás natural da União no primeiro semestre de 2023. O resultado é mais do que o dobro do registrado no mesmo período de 2022, quando foi arrecadado R$ 1,23 bilhão.
Neste primeiro semestre, foram comercializadas as parcelas de petróleo da União dos campos de Atapu, Mero, Sépia, Búzios e Tupi e de gás natural dos campos de Búzios, Sapinhoá, Tartaruga Verde e Tupi. Segundo Samir Awad, Diretor de Administração, Finanças e Comercialização da PPSA, a expectativa é de que a empresa termine 2023 com uma arrecadação de cerca de R$ 6 bilhões. O resultado é superior ao valor recorde obtido em 2022, de R$ 4,71 bilhões, e reflete o já esperado crescimento da produção proveniente dos contratos de partilha de produção.
Cultivar - RS 28/07/2023
A AGCO divulgou seus resultados do segundo trimestre encerrado em 30 de junho de 2023. As vendas líquidas foram de aproximadamente US$ 3,8 bilhões, aumento de aproximadamente 29,8% em comparação com o segundo trimestre de 2022. Excluindo a conversão cambial desfavorável de aproximadamente 0,8%, as vendas líquidas aumentaram aproximadamente 30,6% em comparação com o segundo trimestre de 2022.
O lucro líquido relatado foi de US$ 4,26 por ação para o segundo trimestre de 2023 e o lucro líquido ajustado, que exclui as despesas de reestruturação e uma atualização do custo estimado de participação em um programa brasileiro de anistia de imposto de renda, foi de US$ 4,29 por ação. No mesmo período de 2022, os números foram US$ 2,37 e US$ 2,38.
“A demanda robusta por nossos produtos líderes do setor e as condições favoráveis do setor global impulsionaram os resultados recordes da AGCO no segundo trimestre”, afirmou Eric Hansotia, presidente do conselho, presidente e diretor executivo da AGCO.
“Continuamos em direção ao nosso objetivo de oferecer soluções totalmente autônomas em todo o ciclo da safra até 2030 e estamos aumentando os investimentos em tecnologia premium, soluções agrícolas inteligentes e recursos digitais aprimorados para apoiar nossa estratégia de priorizar o agricultor, ajudando a alimentar o mundo de maneira sustentável”, acrescentou Hansotia.
Destaques do segundo trimestre
• Resultados de vendas regionais: Europa/Oriente Médio (“EME”) +35,7%; América do Norte +34,7%; América do Sul +15,3%; Ásia/Pacífico/África (“APA”) +8,2%.
• Resultados de vendas regionais em moeda constante: EME +35,9%; América do Norte +35,1%; América do Sul +16,0%; APA +13,7%
• Desempenho da margem operacional regional: EME 14,8%; América do Norte 13,7%; América do Sul 20,3%; APA 8,8%.
Panorama para 2023
Em comunicado, executivos da companhia disseram esperar que as vendas líquidas da AGCO para 2023 sejam de aproximadamente US$ 14,7 bilhões, refletindo os melhores volumes de vendas e preços.
As margens brutas e operacionais devem melhorar em relação aos níveis de 2022, refletindo o impacto de maiores volumes de vendas e produção, bem como preços e um mix de vendas favorável.
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