FORGOT YOUR DETAILS?

Seja bem-vindo ao INDA!

Olá, seja bem-vindo
ao INDA!

28 de Junho de 2023

SIDERURGIA

Diário do Comércio - MG   28/06/2023

A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, deu início, neste mês, a um projeto de engajamento e iniciativas com seus fornecedores, focado em mensurar e gerenciar as emissões de gases de efeito estufa. A ação, criada em parceria com o CDP, maior plataforma mundial para acompanhamento de dados climáticos, torna a companhia a primeira do setor de aço na América Latina a incentivar sua cadeia de valor a avaliar sua atuação na questão das mudanças climáticas.

O projeto-piloto, batizado de Ecoar, contará com cerca de 50 fornecedores da companhia, que terão acesso à plataforma do CDP para reportar informações sobre gestão climática. A partir de então, o programa oferecerá treinamentos e monitorias para estimular a ampliação do conhecimento sobre o tema, de forma que esses parceiros possam desenvolver ou aprimorar esta gestão.

“Com essa iniciativa, que é uma ferramenta importante de transparência junto aos nossos stakeholders, a Gerdau reafirma seu compromisso com o engajamento do ecossistema em que atuamos em temas estratégicos ligados à sustentabilidade. Dessa forma, contribuímos para que os nossos fornecedores tenham a oportunidade de ampliar seu conhecimento sobre suas emissões de gases de efeito estufa e avançarem nesta gestão, se tornando multiplicadores deste tema”, explica a Diretora Global de Suprimentos da Gerdau, Flávia Souza.

Esta iniciativa se soma a outras ações de engajamento implementadas pela Gerdau nos últimos anos para a mobilização de seus fornecedores em assuntos de sustentabilidade. Entre eles está o programa Inspire Gerdau, que tem como objetivo mobilizar e incentivar sua cadeia de valor a consolidar as melhores práticas em diversidade e inclusão, e o estabelecimento de novas cláusulas sociais e ambientais para contratações realizadas pelo time de suprimentos no Brasil.

Compromisso com as mudanças climáticas

A Gerdau já é avaliada pelo CDP no módulo de Mudanças Climáticas, tendo conquistado a nota B em 2022, ficando acima da média do setor de metais e metalurgia. Além disso, a empresa assumiu recentemente o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para 0,83 t CO2e por tonelada de aço até 2031. Atualmente, a companhia possui uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa, de 0,89 t de CO2e por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,91 t de CO2e por tonelada de aço (worldsteel).

“A jornada de conhecimento que a avaliação do CDP proporciona é importante para as tomadas de decisão referentes às mudanças climáticas. Por isso, esta parceria com a organização nos possibilita influenciar positivamente e de forma colaborativa a cadeia de fornecedores a avançar em sua reflexão e gestão sobre as emissões de gases de efeito estufa”, ressalta a Gerente Geral de Meio Ambiente da Gerdau, Cenira Nunes.

“Engajar a cadeia de suprimentos é muito importante para mitigar os impactos relacionados às mudanças climáticas dentro de uma empresa e estender os compromissos climáticos da organização para além de seus limites operacionais é essencial para atingirmos a meta global de manter a temperatura média do planeta até 1,5ºC. A Gerdau é a pioneira do setor de ferro e aço na América Latina no nosso programa de Supply Chain e esperamos que esse exemplo possa apoiar outras empresas do setor”, pontua a diretora de desenvolvimento de negócios do CDP LatinAmerica, Lais Cesar.

O CDP é uma instituição sem fins lucrativos que administra uma plataforma de divulgação de informações ambientais, buscando que investidores, empresas, cidades, estados e regiões gerenciem seus impactos ao meio ambiente, incluindo as mudanças climáticas.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   28/06/2023

O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne na quinta-feira e deve aprovar um ajuste no sistema de metas de inflação. Essa é a expectativa do Ministério da Fazenda, que prepara a mudança e já trabalha em possíveis ajustes no novo formato, principalmente na prestação de contas à sociedade.

Formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela titular do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o CMN tem como principal missão definir as diretrizes da política monetária do país.

O ministro Haddad tem defendido publicamente uma mudança nos parâmetros adotados hoje para que o país tenha um sistema em que a meta de inflação seja contínua. Atualmente, a meta é definida seguindo o ano calendário. Para 2023, o objetivo a ser perseguido pelo BC é manter a inflação em 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Impacto nos juros

Mudar esta sistemática pode ser decisivo para os rumos da taxa de juros no país. O encontro do CMN nesta semana será a primeira reunião de Campos Neto com Haddad depois de o BC manter os juros básicos do país em 13,75% ao ano e não sinalizar claramente uma redução da Taxa Selic em agosto, o que irritou o governo.

O BC divulga hoje a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com a explicação detalhada sobre a decisão, que pode amenizar o tom.

As projeções do mercado, segundo o último Boletim Focus, estão em queda. Analistas reduziram a previsão para a inflação pela sexta semana consecutiva, de 5,12% para 5,06%.

O principal objetivo do BC ao definir a Selic é seguir a meta de inflação, definida pelo CMN. Cabe ao banco prestar contas sobre isso. Além disso, Campos Neto dará entrevista na quinta-feira para apresentar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Atualmente, o BC tem três instrumentos para dar satisfação à sociedade em relação à atuação para manter a inflação sob controle: o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), a prestação de contas semestral no Senado e, em caso de descumprimento da meta inflacionária, a elaboração de uma carta ao Ministério da Fazenda.

Essa carta precisa explicar por que a meta foi descumprida e indicar os passos futuros para a recolocação no caminho de seu objetivo. Como a meta hoje é apurada com o IPCA de janeiro a dezembro, o documento, quando necessário, é enviado à pasta em janeiro do ano subsequente.

Ainda vai ter carta?

Com uma meta contínua, essa periodicidade perderia o sentido. Nesse contexto, técnicos discutem agora se a carta continua sendo necessária. Uma possibilidade é manter a carta em momentos em que a inflação passar por um período “fora da curva”. Seria possível ainda fortalecer os outros mecanismos de prestação de contas, como uma apresentação mais detalhada ao Congresso.

O calendário oficial do CMN prevê a discussão sobre as metas de inflação nos meses de junho. Neste ano, seria discutida a meta de 2026 e rediscutidos os objetivos de 2024 e 2025. Mas o que também entrará em discussão agora será implantar calendário móvel.

Em vez de considerar um ano cheio para atingir a meta, o objetivo seria perseguido num período mais longo. Dessa forma, o BC poderia ser mais suave na sua atuação para manter os preços sob controle.

A avaliação dentro do governo é que uma regra que não siga o ano-calendário poderia atenuar as pressões e reduzir as chances da política monetária ser muito contracionista — ou seja, com taxas de juros muito elevadas.

INSS: STF decide sobre exigência de idade mínima para aposentadoria especial

Atualmente, as metas são 3,25% neste ano e 3% em 2024 e 2025, com intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. A expectativa do mercado é que seja mantida a meta de 3% com a verificação contínua.

O mercado já começa a reduzir projeções para 2026, o que pode abrir espaço para uma queda mais rápida da elic. No Boletim Focus, a estimativa caiu para 3,72%. Há um mês estava em 4%.

Cuidados e avanço

A hipótese de mudar numericamente as metas de inflação foi praticamente descartada, apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter falado nos primeiros meses de gestão sobre a possibilidade de adotar um parâmetro de referência mais elevado.

Campos Neto disse no fim de maio, em entrevista à GloboNews, que o ideal é que não haja “nenhum tipo de modificação” na meta de inflação no curto prazo, já que o momento é de incerteza, mas disse que o objetivo contínuo, amplamente defendido por Haddad, traz “eficiência”.

Em relatório, o Itaú afirmou esperar que o CMN confirme a meta em 3%, com intervalo de 1,5 ponto percentual, e mude a meta para contínua. Mas deixando para o BC definir o horizonte de convergência. “A mudança da meta ano calendário para meta contínua também está aparentemente em discussão e se for implementada com cuidado pode trazer avanços”, afirma o banco.

Para o Itaú, seria negativo se o CMN determinasse prazo mínimo de, por exemplo, 24 meses para o BC buscar o cumprimento da meta. A decisão deve “ajudar a ancorar as expectativas de inflação e reduzir a inflação para meta de 3% em 2024/2025, sem comprometer as perspectivas para a gradual flexibilização da política monetária", diz o banco.

O Estado de S.Paulo - SP   28/06/2023

A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realizada na semana passada deixou mais claro que há uma “porta aberta” para o início da queda dos juros em agosto. Segundo o texto da ata, a maior parte dos oito membros que participaram da reunião avaliam que a “continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”.

A falta de uma sinalização clara sobre as pretensões do BC de iniciar um ciclo de afrouxamento monetário à frente frustrou parte do mercado, além do governo e do setor produtivo, no comunicado divulgado após a reunião do Copom da semana passada. O Copom manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva.

Na ata, o BC ainda esclareceu que outro grupo se mostrou mais cauteloso. Para esses membros, a dinâmica desinflacionária ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis e a incerteza sobre o hiato do produto gera dúvida sobre o impacto do aperto monetário até então implementado. “Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo.”

Houve unanimidade, contudo, sobre os elementos que devem definir os próximos passos de política monetária: a evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Confiança

O Banco Central deixou claro, no entanto, que o afrouxamento do grau de aperto monetário exige “confiança na trajetória do processo de desinflação”, a custo de, se feito de forma prematura, provocar retomada da aceleração inflacionária e reversão do próprio processo de relaxamento monetário. Essa avaliação foi unânime dentro do comitê.

“O Comitê unanimemente avalia que flexibilizações do grau de aperto monetário exigem confiança na trajetória do processo de desinflação, uma vez que flexibilizações prematuras podem ensejar reacelerações do processo inflacionário e, consequentemente, levar a uma reversão do próprio processo de relaxamento monetário.”

Segundo o comitê, a materialização do tipo de cenário descrito acima pode prejudicar “não apenas a credibilidade da política monetária, mas também as condições financeiras”.

Nesse sentido, o comitê repetiu a avaliação do comunicado de que a conjuntura é marcada por expectativas desancoradas para prazos mais longos e por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, o que requer “parcimônia e cautela” na condução da política monetária.

Globo Online - RJ   28/06/2023

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta terça-feira que não há mais razões para taxa de juros não cair. A declaração dele, que também é ministro da Indústria, vem após o Banco Central admitir pela primeira vez que pode cortar a Taxa Selic na reunião de agosto.

— Não há razão mais para não cair a taxa de juros. Então estamos muito confiantes de que deve cair — afirmou.

No parágrafo 19 da Ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira, é dito que "a avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião".

O BC manteve os juros em 13,75% ao ano e a expectativa agora é de corte na próxima reunião, em agosto. Alckmin falou após o lançamento do Plano Safra.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a sinalização de possível queda da taxa básica de juros em agosto está em linha com as medidas do governo Lula e defendeu que o país está no "caminho certo".

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a Ata veio mais uma vez de forma contrária ao que diz o comunicado.

— Cria uma situação de estresse desnecessária no comunicado e depois vem com uma ata mais realista. Não deixa de ser uma crítica construtiva nossa. Que isso seja revisto pelo Banco Central. A Ata veio mais realista, mostrando que uma sinalização para a queda de juros a partir de agosto. Agora só falta começar a baixar os juros em agosto, ainda que seja 0,25 (ponto percentual).

O Estado de S.Paulo - SP   28/06/2023

A inflação voltou a apresentar desaceleração em junho. O IPCA-15, prévia do IPCA (o índice de inflação oficial do Brasil) ficou em 0,04% no mês, 0,47 ponto porcentual abaixo do registrado em maio. Nos últimos 12 meses, o índice acumulado é de 3,4%, abaixo dos 4,07% observados nos 12 meses até maio.

Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, 27, pelo IBGE, três grupos registraram deflação no IPCA-15 deste mês: Transportes (-0,55%), Alimentação e Bebidas (-0,51%) e Artigos de Residência (-0,01%). A maior variação do mês veio do grupo Habitação, com alta de 0,96%. Os demais grupos ficaram entre o 0,04% de Educação e o 0,79% de Vestuário.

Dentro do grupo Habitação, de acordo com comunicado do IBGE, destaca-se a alta da taxa de água e esgoto (3,64%), por conta dos reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Curitiba, São Paulo, Recife e Belém.

Já a alta da energia elétrica residencial (1,45%) decorre de reajustes aplicados em quatro áreas: Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Salvador.

Nos Transportes, segundo o IBGE, a variação negativa foi puxada pela queda nos preços dos combustíveis (-3,75%). “A gasolina (-3,40%) foi o subitem com o maior impacto individual (-0,17 p.p.) no IPCA-15 de junho. Os demais combustíveis também registraram recuo nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%). Além disso, os preços do automóvel novo caíram 0,84% e contribuíram com -0,03 ponto porcentual no índice do mês”, diz o comunicado do IBGE.

Ainda em Transportes, destaca-se a alta de 10,70% nos preços das passagens aéreas, que haviam registrado queda de 17,26% em maio. A alta de 0,99% em ônibus urbano deve-se ao reajuste de 33,33% em Belo Horizonte (7,53%), a partir de 23 de abril.

Investing - SP   28/06/2023

O Banco Central divulgou, na manhã desta terça-feira, 27, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), finalizada na última quarta-feira, 21, quando definiu pela manutenção da Selic em 13,75%.

Conforme apontado na ata, o Comitê decidiu elevar a estimativa de taxa de juros real neutra de 4,0% ao ano para 4,5%. Entre os motivos citados, estariam “uma possível elevação das taxas de juros neutras nas principais economias, a resiliência na atividade brasileira concomitante a um processo desinflacionário lento, assim como a análise de modelos auxiliares que incorporam diferentes metodologias”.

A ata do Copom ainda apontou que o processo de desinflação “demanda serenidade e paciência na condução da política monetária para garantir a convergência da inflação para suas metas”.

Além disso, para o Copom, as expectativas de inflação seguem desancoradas das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), apesar de uma melhora na margem.

“O Comitê segue avaliando que expectativas desancoradas elevam o custo de trazer a inflação de volta à meta. Ressaltou-se novamente que o comportamento das expectativas é um aspecto fundamental do processo inflacionário, uma vez que serve de guia para a definição de reajustes de preços e salários presentes e futuros”, detalha a ata.

Para o Copom, a ancoragem de expectativas “é um elemento essencial para a estabilidade de preços” e o Comitê reforça que “decisões que induzam à reancoragem das expectativas e que elevem a confiança nas metas de inflação contribuiriam para um processo desinflacionário mais célere e menos custoso, permitindo flexibilização monetária”, completa o documento.

IstoÉ Dinheiro - SP   28/06/2023

O primeiro-ministro da China, Li Qiang, criticou nesta terça-feira (27) as tentativas ocidentais de reduzir a dependência econômica de seu país, que chamou de “proposição falsa” em um mundo de economias interligadas.

Nos últimos meses, Estados Unidos e União Europeia anunciaram medidas para reduzir o risco de sua dependência da segunda maior economia do mundo.

“No Ocidente, algumas pessoas exageram o que se denomina a ‘redução da dependência e do risco'”, declarou Li no discurso de abertura do Fórum Econômico Mundial em Tianjin, norte da China.

“Estes dois conceitos são uma proposição falsa porque o desenvolvimento da globalização econômica é tamanho que a economia mundial se tornou uma entidade única, na qual você e eu estamos interconectados”, disse.

No discurso durante o Fórum de de Tianjin, conhecido informalmente como “Davos de Verão” (hemisfério norte, inverno no Brasil), Li defendeu ações para aprofundar a cooperação econômica.

“As economias de muitos países estão misturadas umas com as outras, dependem umas das outras, alcançam conquistas graças às outras e se desenvolvem juntas”, disse.

“Isto é algo bom, não é algo ruim”.

Em janeiro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco não buscava a “desconexão”, e sim a redução do risco em relação à China, com a qual deseja continuar trabalhando e fazendo negócios.

Em Washington, o presidente Joe Biden seguiu a linha dura do antecessor Donald Trump e, em alguns aspectos, foi ainda mais longe, como no veto à exportação de semicondutores para o país asiático.

Após as críticas da China, o secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou na semana passada em Pequim que os Estados Unidos não desejam “conter economicamente” a segunda maior potência do planeta.

“Mas ao mesmo tempo, não é do nosso interesse fornecer tecnologia à China que possa ser usada contra nós”, explico.

– A caminho da meta de crescimento –

Durante o fórum, organizado pela primeira vez após uma pausa de três anos provocada pela pandemia de covid, Li também destacou que a China está no caminho para alcançar a meta de 5% de crescimento econômico estabelecida por Pequim para 2023.

“Para o conjunto do ano, nós esperamos alcançar a meta de crescimento econômico ao redor de 5% estabelecida no início do ano”, disse Li.

“Temos confiança plena e capacidade de estimular o progresso constante e a longo prazo da economia chinesa mo caminho do desenvolvimento de alta qualidade”, acrescentou.

A China enfrenta uma fase recuperação lenta após a covid, com vários indicadores que apontam a desaceleração da recuperação registrada após o fim das restrições adotadas durante a pandemia.

O Banco Central da China reduziu na semana passada duas taxas de juros cruciais para contra-atacar a desaceleração do país.

Pequim também prepara um pacote de medidas para vários setores da economia, em particular o imobiliário, que responde por grande parte do PIB do país.

A China estabeleceu em março a meta de crescimento econômico “ao redor de 5%” para 2023, uma das menores em várias décadas, ao suspender as rígidas medidas anticovid que abalaram sua economia.

Li admitiu na época que alcançar o objetivo “não será fácil”.

Globo Online - RJ   28/06/2023

Embora publicamente ministros do governo venham afirmando que a Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã desta terça-feira, abre espaço para a queda dos juros em agosto, integrantes da equipe econômica ainda veem problemas no documento e acreditam que a entrada dos novos diretores do BC no próximo mês sacramente o corte na Taxa Selic.

Na Ata, o Copom explica a decisão, tomada na semana passada, de manter a taxa básica de juros a 13,75% ao ano. Para integrantes da Fazenda, a Ata seria tão dura quanto o comunicado (que é um texto menor, divulgado no dia da decisão sobre os juros), se não fosse por um parágrafo.

O item 19 da Ata expõe a divergência entre os integrantes do Comitê de Política Monetária sobre a queda dos juros. Mas diz que a avaliação predominante entre os membros do Copom foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, “pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão (corte dos juros) na próxima reunião”

O BC acrescentou, entretanto, que outro grupo, mais cauteloso, avalia ser “necessário observar maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo”.

Para integrantes da Fazenda, essa divergência mostra que há membros do Copom dispostos a reduzir os juros e a chegada de dois novos diretores garante a maioria para isso.

O governo indicou para a diretoria de Política Monetária Gabriel Galípolo, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Já para a Diretoria de Fiscalização, a indicação é de Ailton de Aquino Santos, servidor de carreira do Banco Central há 25 anos.

Os dois serão sabatinados pelo Senado no dia 4 de julho e devem ter seus nomes aprovados na mesma data. É tempo suficiente para que assumam seus cargos para a reunião dos dias 1º e 2 de agosto. É esperada uma queda de 0,25 ponto percentual na Selic.

Especialmente Galípolo terá um papel importante nesse processo porque ele, se aprovado, será o diretor da área que cuida diretamente da taxa de juros.

Com a nova composição, espera-se superar a visão de diretores do Banco Central que são apontados hoje com as vozes mais “cautelosas". Eles se manifestaram publicamente, nas últimas semanas, sobre os riscos de uma queda de juros, o que foi interpretado pelo governo como um recado indireto do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

A Ata ainda incomodou porque, entre outros pontos, fala que ainda existe alguma incerteza “residual” sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser aprovado pelo Congresso Nacional e seus impactos sobre as expectativas para as trajetórias da dívida pública e da inflação, e sobre os ativos de risco. Para o governo, o problema fiscal está "endereçado".

Também chamou a atenção dentro do governo o aumento da estimativa da taxa neutra de juros (que nem estimula nem desestimula a economia). O Copom optou por elevar a estimativa de taxa de juros real neutra de 4% para 4,5%. Para o governo, isso é um recado para bancos públicos e aponta para a possiblidade de o país conviver com juros mais altos. Instituições públicas podem direcionar o crédito e oferecer taxas subsidiadas. Essas taxas não são sensibilizadas pela Selic, de forma que o BC tem menos poder de fogo para controlar a inflação.

Outro ponto de crítica é a comunicação do BC, considerada difusa. Integrantes do governo avaliam que o Banco Central emite sinais divergentes na ata e no comunicado — sem contar as conversas privadas entre Campos Neto e Haddad.

Como mostrou o colunista do GLOBO Alvaro Gribel, não é a primeira vez este ano que o Banco Central divulga um comunicado duro, para voltar atrás na semana seguinte, por meio da Ata do Copom. Isso aconteceu também em fevereiro, quando o comunicado foi duro em relação ao arcabouço fiscal, mas depois reconheceu os esforços do governo, na semana seguinte, dizendo que o pacote poderia "atenuar" os estímulos sobre a demanda e ajudar no controle sobre a inflação.

O Estado de S.Paulo - SP   28/06/2023

Restrita às regiões do agronegócio, a sensação de bem-estar criada pelo crescimento da economia tende a começar a se espalhar pelo resto do País nos próximos meses, segundo economistas. Provocado por um evento inesperado e que não se repetirá — a supersafra agrícola, que teve peso superior a 20% na alta do PIB —, o movimento deve se refletir na popularidade do governo, caso não haja turbulências extras.

“Entre meados de 2023 e 2025, vamos ter um processo de barateamento da cesta básica, que vai gerar uma percepção generalizada de melhoria no bem-estar”, diz Samuel Pessôa, professor e pesquisador do Ibre-FGV.

“Ao contrário da indústria extrativa mineral, cuja geração de riqueza fica concentrada nas empresas, o agro multiplica os ganhos com toda economia, além de ter o efeito de derrubar o preço da comida: com a soja mais barata, caem os preços da ração e, por consequência, do leite, da carne e dos ovos. As outras culturas também se multiplicam e beneficiam a situação no resto do País”, afirma.

Por enquanto, a percepção de uma vida mais fácil está longe das grandes cidades. Apesar de estar em desaceleração, a inflação continua pesando no orçamento das famílias, principalmente das mais pobres, diz Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria.

Em relação ao desemprego, o impacto é similar: mesmo em queda, continua afetando mais o trabalhador menos qualificado e de menor renda. “Ainda são efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia”, diz ela. “Se, no momento mais dramático das restrições à circulação, os bancos renegociaram dívidas para evitar a inadimplência, agora a conta chegou.”

Levantamento da Tendências, que inclui os parcelamentos do cartão de crédito na dívida das famílias, mostra que o comprometimento da renda está num porcentual bem mais alto do que no pré-pandemia. Ele supera os 28%, contra 24% do período pré-covid. “Nas grandes cidades, o acesso a crédito é mais fácil e, portanto, o endividamento tende a ser maior”, diz ela.

Por outro lado, há um fator inédito nesta crise: com a fintechização do setor financeiro dos últimos anos, hoje o devedor tem contas atrasadas com mais estabelecimentos. Em média, as pessoas inadimplentes estão em débito em 11 lugares diferentes, contra a média histórica de três, segundo a empresa especializada na recuperação de créditos vencidos MGC Holding.

Isso acontece quando o devedor acumula faturas não pagas de cartões de crédito, empréstimos bancários, boletos de água, luz, internet, escola, plano de saúde, comércio, bem como bancos, cartões e empresas digitais.

Nas regiões do agronegócio, a riqueza que nasce da terra criou uma realidade menos tensa. “É como se fossem dois Brasis”, diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. “Um do agro, que cresce com mais força, e outro que tem peso maior da indústria e de serviços — e continua patinando.”

O mais recente relatório de economia bancária do Banco Central, por exemplo, mostra que a inadimplência com operações de crédito das pessoas físicas passou de 2,9% para 3,9% no Brasil, entre 2020 e 2022.

Mas, enquanto na região Sudeste o indicador ficou em 4,1% no ano passado, no Centro-Oeste ele estava em 2,8%. “Enquanto na maior parte do País a população está emparedada e com dificuldade de pagar as contas, com renda e emprego que não crescem, no Centro-Oeste a situação é oposta”, diz Vale.

Para os economistas, os efeitos benéficos do crescimento do agronegócio, somados a melhorias estruturais da economia, tendem a espalhar a sensação de bem-estar a partir de agora. “Com a perspectiva de aprovação de marcos importantes, como o das garantias (que permitirá a redução do spread bancário) e a reforma tributária, bem como a tendência de quedas nos juros e de entrada de mais recursos provenientes do exterior, devemos fechar o ano com uma chave diferente da que começou, bem mais positiva”, diz Vale.

Ribeiro, da Tendências, diz ainda que a dinâmica do mercado de trabalho começa a melhorar, com resiliência maior na criação dos postos formais. Já a inflação das famílias, que rodava na casa dos 5% no pré-pandemia, deverá ficar em torno de 2,5%. “Depois de anos de inflação muito forte, será um alívio”, diz ela.

Outra mudança positiva é a massa de renda das famílias beneficiárias de programas sociais, atualmente no melhor patamar, que tem peso grande no consumo.

Nem todos, porém, têm a mesma visão. Para Otto Nogami, professor do Insper, após o período de safra, a economia voltará à normalidade — ou seja, um cenário ruim, no qual o comércio e a indústria continuarão estagnados.

Políticas públicas, como o subsídio à venda de carros populares e o Desenrola, que pretende reduzir o endividamento, terão efeitos marginais. “São medidas paliativas, com o objetivo de curto prazo”, afirma. “O setor produtivo tem investido menos do que o necessário para sustentar o processo de crescimento continuado e há necessidade de poupança que medidas de estímulo ao consumo destroem.”

Mesmo assim, a maioria dos especialistas diz que, com os movimentos mais recentes, a tendência de melhora no cenário pode ter efeito similar da popularidade do governo nos próximos meses.

“O pior momento, em relação à inflação, às restrições ao crédito e aos juros altos estão ficando para trás, o que deve se refletir em uma melhora da percepção do governo”, diz Ribeiro. “A população de baixa renda e a classe média devem ficar mais felizes com o cenário e premiá-lo.”

Para Pessôa, por ter sido um evento único e inesperado, a safra recorde foi um golpe de sorte para a gestão Lula. “Mas é melhor morar num País em que o presidente tenha sorte, do que o contrário”, brinca. “Agora é só saber fazer o jogo da política.”

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   28/06/2023

Os contratos futuros do minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura subiram nesta terça-feira, conforme as perspectivas de mais estímulo econômico na China e a ativa reposição de estoque pós-feriado em algumas usinas impulsionaram o ânimo dos traders.

A China lançará medidas de apoio mais eficazes para expandir a demanda doméstica, disse o primeiro-ministro Li Qiang aos delegados em uma cúpula do Fórum Econômico Mundial em Tianjin.

Esta declaração veio depois que a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China realizou uma reunião na segunda-feira na qual incentivou as instituições financeiras a expandir a emissão de empréstimos de médio e longo prazo para a indústria manufatureira, elevando o sentimento em algum grau, segundo analistas.

O mercado espera que uma série de medidas de apoio sejam anunciadas na reunião do politburo a ser realizada no final de julho para estimular a recuperação econômica pós-pandemia irregular na China.

Muitas usinas voltaram ao mercado portuário para comprar minério de ferro na segunda-feira com o objetivo de atender as necessidades de produção, com os volumes diários de transações subindo 126% para 961.000 toneladas na comparação diária, mostraram dados da consultoria Mysteel.

O minério de ferro mais negociado em setembro na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou o pregão diurno com alta de 4,11%, a 824 iuanes (114,24 dólares) por tonelada, a maior alta desde 16 de março.

O minério de ferro de referência em julho na Bolsa de Cingapura subiu 3,52%, para 112,9 dólares por tonelada, a maior alta desde 20 de junho.

O elevado nível restante da produção de gusa, juntamente com a oferta insuficiente de sucata de aço, deu suporte relativamente forte ao consumo de minério de ferro, disseram analistas da Huatai Futures em nota.

AUTOMOTIVO

Auto Industria - SP   28/06/2023

Os metalúrgicos da fábrica da General Motors de São José dos Campos, SP, aprovaram acordo de layoff proposto pela montadora. A medida foi votada nesta desta terça-feira, 27, em assembleia realizada na própria planta, base produtiva da picape S10 e do utilitário esportivo Traiblazer, onde trabalham cerca de 4 mil pessoas.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, o acordo foi aceito após a garantia de que todos os trabalhadores — os que serão afastados e também os que permanecerão em atividade — contarão com  estabilidade no emprego durante a vigência da suspensão dos contratos.

O layoff proposto pode ser adotado para 1,2 mil funcionários de todas as áreas da GM, que alega adequação da produção à demanda em queda de veículos. A medida pode durar até dez meses a partir de 3 de julho e implicará na suspensão do segundo turno de trabalho pelo mesmo período.

Durante as negociações, o sindicato dos metalúrgicos chegou a apresentar como alternativas ao layoff a redução da jornada de trabalho sem redução de salário e que não foi aceita pela montadora. “Desde o início, o sindicato apresentou como condição para haver acordo a estabilidade no emprego”, disse o vice-presidente da entidade, Valmir Mariano.

Nas negociações, o sindicato conseguiu garantir ainda a inclusão de cláusulas que garantem mais direitos aos metalúrgicos, como:

• por conta do não recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), em virtude da suspensão dos contratos, ficou acertado que a GM pagará 8% a mais de salário como forma de compensação;

• os trabalhadores em layoff não terão desconto de Imposto de Renda;

• a suspensão dos contratos, por exemplo, não alterará o período de férias dos funcionários;

• a GM firmou o compromisso de pagar o 13º salário completo para todos, bem como PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e reajuste salarial na data-base da categoria (1º de setembro);

• os operários terão ainda o vale-alimentação e o plano de saúde mantidos;

• na vigência de um layoff, a legislação brasileira prevê que os operários façam cursos de requalificação. No caso dos metalúrgicos da GM, o curso será on-line. Por isso, o acordo prevê uma ajuda de custo a ser paga pela GM para gastos mensais com internet.

Infomoney - SP   28/06/2023

A fabricante norte-americana de camionetes elétricas Lordstown Motors entrou com pedido de recuperação judicial, nesta terça-feira (27), e se colocou à venda depois de não conseguir resolver uma disputa sobre um investimento prometido pela Foxconn.

Em uma queixa apresentada no tribunal de falências, a montadora acusou a empresa de eletrônicos de conduta fraudulenta e uma série de promessas enganosas ao não cumprir um acordo para investir até 170 milhões de dólares na companhia.

A Foxconn investiu anteriormente cerca de 52,7 milhões de dólares como parte do acordo e atualmente detém uma participação de quase 8,4% na fabricante de veículos elétricos. A Lordstown afirma que a Foxconn está hesitando em comprar ações adicionais de suas ações, conforme prometido, e enganou a empresa sobre a colaboração em planos de desenvolvimento de veículos.

A Foxconn disse que a Lordstown violou o acordo de investimento quando as ações da montadora caíram abaixo de 1 dólar por ação. A empresa de tecnologia disse que a empresa estava suspendendo as negociações com Lordstown e se reservava o direito de entrar com uma ação legal.

O principal produto da montadora é a picape elétrica Endurance, produzida em uma antiga fábrica de carros pequenos da GM em Lordstown, no Estado norte-americano de Ohio, para clientes comerciais, como governos locais. A empresa vendeu a fábrica para a Foxconn em 2022.

A Lordstown entrou com pedido de recuperação judicial com planos de procurar um comprador. A empresa não tem uma oferta inicial em mãos, conhecida no jargão da falência como licitante predador, que estabelece um preço mínimo que outros pretendentes podem superar em um leilão.

Valor - SP   28/06/2023

Na tarde desta quarta-feira (28), Stella Li, vice-presidente global, terá encontro com Lula e governador baiano

Stella Li, vice-presidente global da BYD: “A indústria passa por importante transição, com muita inovação. Não há chances de produzir tudo aqui” — Foto: Leonardo Rodrigues/Valor

Na próxima terça-feira (4), o grupo chinês BYD anunciará, na Bahia, detalhes da fábrica de veículos que será instalada naquele Estado. O anúncio, antecipado por fontes, será feito pela vice-presidente global da companhia, Stella Li, que chegou ao país com antecedência, nesta semana, para tratar dos últimos detalhes que envolvem o projeto. Hoje à tarde, ela e o governador baiano, Jerônimo Rodrigues, estarão em Brasília para um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar de próximo, o anúncio oficial ainda depende de algumas definições. A principal é a localização da fábrica. Não estão totalmente concluídas as negociações dos chineses com a Ford para a compra da fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em 2021. O governo baiano preparou-se para oferecer outra área caso as negociações com a Ford fracassem.

Além da localização, os incentivos fiscais envolvidos ainda são um mistério. Em entrevista à imprensa local, Rodrigues disse, no início do mês, que o governo estadual estava pronto para atender às “demandas de incentivos” do grupo chinês. Estaria faltando, disse ele, uma resposta do pedido feito ao governo federal.

Se não houver sinalização nesse sentido, a BYD (Build Your Dreams - construa seus sonhos, na sigla em inglês) corre o risco de se instalar na Bahia tarde demais para usufruir dos benefícios fiscais do regime automotivo do Nordeste e Centro-Oeste, previsto para terminar em 2025. Há a possibilidade, porém, de os incentivos serem renovados, como pedem outras montadoras instaladas nessas regiões - Stellantis, em Pernambuco, e CAOA e Mitsubishi em Goiás.

“Temos algumas pendências”, disse Li, também presidente da BYD Américas, em entrevista ao Valor ontem, segundo dia da sua viagem ao Brasil. A executiva não dá detalhes sobre o projeto. Não confirma data do anúncio e nem se a nova fábrica será na Bahia. “Estamos muito próximos agora (do anúncio)”, diz.

Ela mostra, porém, entusiasmo em relação ao encontro com Rodrigues e Lula. Presidente e governador estiveram com a direção da BYD em abril na China. Rodrigues visitou fábricas e Lula encontrou-se, em Xangai, com o fundador e presidente do grupo, Wang Chuanfu, de 57 anos, chamado por alguns como o “Elon Musk da China”. Li é mais simpática à ideia de dizer que Chuanfu é uma “mistura entre Jack Welch e Thomas Edison. Fundada em 1996, a BYD passou à frente da Tesla no ano passado e passou a ser a maior fabricante de veículos elétricos do mundo.

Além dos 100% elétricos, chinesa pretende fabricar híbridos “plug-in” para uso com etanol

Li diz que a empresa ainda decidirá quais modelos planeja produzir aqui. E revela que, além dos carros 100% elétricos, pretende fabricar no Brasil híbridos “plug-in” que poderão usar etanol. Assim como o híbrido comum, o “plug-in” tem dois motores - um a combustão e outro elétrico, que se alternam, dependendo do uso. A diferença é que o “plug-in” pode ser também carregado em tomada, o que eleva seu potencial elétrico.

Para a executiva de 53 anos, futuramente o mercado brasileiro poderá ser parecido com o que é hoje o da China: metade dos carros totalmente elétricos e a outra metade de híbridos “plug-in” a etanol.

A BYD informa a intenção de investir no Brasil cerca de R$ 10 bilhões até 2025. No protocolo de intenções assinado com o governo da Bahia em 27 de outubro e anunciado no dia seguinte por Rui Costa, antecessor de Rodrigues e hoje ministro da Casa Civil, além dos automóveis, os planos do grupo chinês envolvem produção de chassis de ônibus e caminhões elétricos, além do processamento de lítio e ferro fosfato. Segundo o documento, o investimento inicial no complexo industrial baiano somará R$ 3 bilhões e será feito com recursos do próprio grupo.

Li visita o Brasil num momento em que parte da indústria automobilística defende a volta do Imposto de Importação para carros 100% elétricos, suspenso desde 2015. Para ela, a tributação tem de levar em conta a necessidade de permitir o ingresso de tecnologia ainda inexistente no país.

“A indústria passa por uma importante transição, com muita inovação. Não há chances de produzir tudo aqui. Isso inclui os componentes”, afirma. Para ela, se uma empresa está comprometida a fazer um investimento deve receber tratamento especial para esse tipo de importação.

“É preciso abrir portas para companhias inovadoras para trazer (ao país) tecnologia avançada”, diz. “Uma vez que tenha colocado dinheiro aqui você quer ter certeza de contar com todos os recursos para fazer do empreendimento um sucesso”, completa.

Nascida em Yunnan, sudoeste da China, e formada em Estatística, Li seguiu trajetória profissional que se confunde com a história da empresa. Ela começou a trabalhar na BYD um ano depois da fundação da empresa, há 27 anos. A primeira vez que passou pela sede, em Shenzhen, a empresa se resumia a um andar de poucos metros quadrados. Seis meses depois, ocupava dois edifícios.

“Aquilo me impressionou. Para uma jovem recém-graduada, que também sonha, entrar numa empresa chamada construa seus sonhos, sem limites para crescer, parecia trazer a perspectiva de um futuro brilhante”, diz a eloquente e risonha executiva, que não dispensa seu chá enquanto fala.

Tanto a empresa como a carreira da executiva tomaram impulso rapidamente. A BYD já vendeu 3,3 milhões de veículos, dos quais 1,8 milhão só no ano passado, quando registrou crescimento de 150% em relação a 2021. A receita, em 2022, alcançou US$ 61,7 bilhões. Li tornou-se responsável pela expansão da marca fora da China. Dali, ela seguiu para Hong Kong, para criar a primeira filial do grupo. Depois, foi para Roterdã, para instalar a operação europeia, e dali para Chicago e Los Angeles, onde mora hoje.

O grupo ergueu fábricas de veículos em Taiwan, Europa e Estados Unidos. Mas o caso brasileiro é peculiar pela diversidade das operações. A BYD chegou ao país em 2015, quando instalou uma fábrica de montagem de ônibus elétricos em Campinas (SP). Dois anos depois, iniciou, ali, a produção de módulos fotovoltaicos, para painéis de energia solar.

Em 2020, instalou, em Manaus, uma linha de montagem de baterias de fosfato de ferro-lítio. para abastecer a frota de ônibus elétricos. O grupo também está envolvido em projetos de monotrilhos, em São Paulo e Salvador.

Li, que aparece na lista das mulheres mais poderosas da Revista Forbes China, em 2021 e 2022, entre outros prêmios, diz notar o esforço feminino na transformação do mundo dos negócios.

Um dos seus desafios, agora, é fazer com que o consumidor de mercados como o Brasil teste o carro elétrico para “sentir a experiência de dirigir no silêncio, de forma suave e sem danos ambientais”. “O carro elétrico se vende por si mesmo”, diz. Em relação ao custo, ela aposta que, com o tempo, os preços vão cair. “Vocês vão se surpreender”, diz a executiva que, antes de partir para o encontro com Lula, hoje, participará do lançamento de mais um modelo da marca, em São Paulo.

Para ela, o trânsito de São Paulo - “muito barulhento” -se parece com o da Cidade do México. Sua expectativa é que ônibus elétricos da marca comecem a rodar na cidade, como acontece no Chile e Colômbia.

A impressão que Li teve em seu primeiro encontro com Lula foi a de alguém preocupado com as mudanças climáticas. Por isso, destaca ela, “é precioso ter um plano para construir a indústria com toda a inovação” necessária para esse objetivo.

Valor - SP   28/06/2023

Em maio, vendas aumentaram 90% sobre igual período de 2022, para 6,4 mil unidades

Iêda de Oliveira, da Eletra: metade dos R$ 300 milhões previstos foram para inaugurar fábrica em São Bernardo do Campo — Foto: Divulgação

A eletromobilidade ganha espaço no país, com maior oferta de veículos, preços mais atraentes, busca por sustentabilidade em entregas urbanas e melhor relação custo-benefício em transporte pesado. Só no segmento de automóveis e comerciais leves, as vendas de eletrificados cresceram 43% em 2022 sobre 2021, com quase 50 mil unidades, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Em 2023, o número de montadoras no segmento passou de 27 para 34 e, em maio, as vendas subiram 90% sobre igual período de 2022, para 6,4 mil unidades.

A expectativa é alcançar 70 mil unidades vendidas em 2023, segundo o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, diretor de relações institucionais e governamentais da GWM (Great Wall Motors) Brasil - montadora chinesa que deve começar a produzir em Iracemápolis (SP) no ano que vem. O preço ainda é alto, mas já há automóveis custando perto de R$ 150 mil. Ônibus e caminhões são beneficiados pelo interesse de prefeituras e pela nova etapa (P8) do Programa de Controle de Poluição por Veículos Automotores (Proconve), com mais regras de controle de emissões, que reduzem a distância entre o preço de pesados eletrificados e à combustão. “A tendência é o preço de ambos se encontrar no futuro”, diz Bastos.

Em maio, os veículos plug-in, com capacidade de carregamento na rede elétrica e apoio opcional de sistema de combustão, representaram metade das vendas de automóveis e comerciais leves eletrificados, segundo dados da ABVE. O restante ficou com os híbridos convencionais, com eletricidade coadjuvante da eficiência energética. Modelos topo de linha ainda lideram o segmento.

A Audi oferece carros 100% elétricos no Brasil desde 2020. Em 2022, vendeu 912 unidades, entre elétricos e híbridos. São cinco modelos e-tron elétricos, de R$ 615 mil a R$ 1 milhão, e o objetivo é lançar apenas elétricos a partir de 2026, encerrando a produção de veículos a combustão em 2033, afirma Daniel Rojas, CEO e presidente da Audi do Brasil.

A Caoa Chery eletrificou sua linha em 2022 com híbridos, plug-ins com apoio de combustão e 100% elétricos, incluindo o iCar, por R$ 150 mil. Dois modelos são fabricados no país com apoio da Magneti Marelli, Nexteer e Bosch. O diretor de engenharia da Caoa, Leonardo Lukacs, estima 11,9 mil veículos da marca em circulação por aqui. Um destaque é o Tiggo 5X Pro Hybrid, SUV compacto cujo preço promocional chegou a R$ 139 mil na esteira do programa de incentivos fiscais à indústria automotiva do governo federal.

A GM está investindo US$ 35 bilhões no desenvolvimento de 30 veículos elétricos e autônomos até 2025 e oferece no país o Bolt EV desde 2019. São cerca de 300 unidades em circulação e mais 200 lançadas este ano, com preço de R$ 280 mil, diz Gláucia Roveri, gerente de desenvolvimento de infraestrutura para EVs.

A eletrificação movimenta investimentos. A GWM anunciou em 2021 plano de R$ 10 bilhões para o país, dos quais R$ 4 bilhões devem ser aplicados até o fim de 2025. A empresa vai produzir seu primeiro modelo local em 2024 e lançou este ano o SUV Raval H6, híbrido mais vendido em maio, com 960 unidades. Os modelos importados são adaptados para o Brasil. “Cores e perfil de uso de brasileiros são diferentes dos chineses”, exemplifica Bastos.

A Eletra, focada em ônibus - a empresa criou a tecnologia eTrol, com bateria carregada em movimento em corredor segregado parcialmente coberto por rede aérea -, tem planos de investir R$ 300 milhões no país. Metade do valor já foi para a fábrica recém-inaugurada em São Bernardo do Campo (SP). “As linhas de ônibus ganham força por políticas públicas”, diz Iêda de Oliveira, diretora-executiva da marca. A prefeitura de São Paulo espera ter 2.600 ônibus elétricos rodando na cidade até o fim de 2024, metade fabricada no Brasil. A Eletra tem capacidade para fabricar 1.800 veículos por ano.

Entre os pesados, a VWCO lançou em 2021 a família e-Delivery, com modelos de 11 e 14 toneladas. A frota em circulação no país soma cerca de 350 veículos. Os modelos, que custam a partir de R$ 750 mil, são produzidos em Resende (RJ) com apoio de WEG, Meritor, Moura, Bosch e KLL. “As maiores frotas estão no segmento de bebidas, como Ambev e Coca-Cola Femsa ”, diz Roberto Cortes, presidente e CEO da VWCO.

A Hitech Electric, do programa de corporate venture da Positivo Tecnologia, vende veículos para transporte urbano de pessoas e cargas desde 2018. Até 2022, a importou perto de 200 unidades. Em fevereiro inaugurou fábrica em Campo Largo (PR), com capacidade para produzir 50 unidades mensais e foco em elétricos para carga com capacidade líquida entre 400 kg e 1,5 tonelada, inclusive para última milha (entre centros de distribuição e pontos finais), explica o CEO Rodrigo Contin.

O Estado de S.Paulo - SP   28/06/2023

A Volkswagen vai parar a produção nas suas três fábricas de automóveis no Brasil devido à estagnação do mercado, mesmo após as medidas do governo federal, lançadas no início do mês, para ampliar as vendas de modelos que custam até R$ 120 mil.

Segundo a montadora, a fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o modelo T-Cross, já está com um turno em layoff (suspensão temporária de contratos de trabalho) desde o dia 5, com duração prevista de dois a cinco meses). O outro turno parou as atividades na segunda-feira, 26, e retorna no dia 3, mas os funcionários terão o período de paralisação descontados do banco de horas.

A unidade de Taubaté (SP), onde são fabricados o Polo Track (único da marca a ser beneficiado pelo pacote do governo) e o Novo Polo, estará com os dois turnos de produção interrompidos no mesmo período, também em regime de banco de horas.

Já a fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), que produz o Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, protocolou férias coletivas de dez dias para seus dois turnos de produção a partir de 10 de julho. Somente a planta de motores em São Carlos (SP) segue funcionando normalmente.

A empresa informa que “todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em Acordo Coletivo firmado entre o Sindicato dos Metalúrgicos e colaboradores da Volkswagen”.

GM, Hyndai e Renault também param

A General Motors pretende colocar em lay-off 1,2 mil trabalhadores da fábrica de São José dos Campos (SP) por dez dias a partir de segunda-feira, 3. A unidade produz os modelos S10 e Trailblazer, além de componentes.

Na tarde desta terça-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos local faria assembleia para apresentar a proposta de pagamentos para este período negociada com a empresa. Nenhum dos dois veículos entrou no pacote de desconto.

No início do mês, a Hyundai interrompeu a produção do HB20 em Piracicaba (SP) por três dias que emendaram com o feriado de Corpus Christi, permanecendo parada por uma semana. A Renault também suspendeu a produção em São José dos Pinhas por uma semana neste mês, apesar de o preço da versão de entrada do compacto Kwid, um dos modelos produzidos na fábrica, ter caído para R$ 58.990 depois do desconto de R$ 10 mil anunciado após as medidas do governo. A empresa informa que deixou de produzir cerca de 3,8 mil carros nesse período de férias coletivas.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), houve grande aumento de fluxo de visitas às concessionárias desde o anúncio do pacote que concede, por parte do governo, de R$ 2 mil a R$ 8 mil de descontos, além de bônus extras oferecidos pelas próprias fabricantes. O programa deve terminar ainda nesta semana já que o montante liberado pelo governo como incentivo, de R$ 500 milhões, está prestes a acabar.

Valor - SP   28/06/2023

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, já há cerca de 3.200 eletropostos no país

Parcerias viabilizam redes de postos de recarga de veículos eletrificados. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), há cerca de 3.200 eletropostos públicos ou semipúblicos no país. A EzVolt, investida da Vibra - que fechou parceria com Jaguar Land Rover e Volvo -, tem mais de 600 carregadores em 13 Estados. Destes, sete ultrarrápidos estão em postos no Rio de Janeiro e em São Paulo, e mais três devem ser inaugurados no próximo trimestre.

“A meta é implementar corredor elétrico de 9.000 km”, diz Ernesto Pousada, CEO da Vibra, que investiu mais de R$ 20 milhões em infraestrutura e iniciativas relacionadas a eletromobilidade. A EzVolt surgiu em 2019 com aplicativo para cobrança e localização de postos de recarga, até então gratuitas, como oferecidas pela BMW. A empresa lançou modalidade para frotas - o primeiro grande contrato foi para 300 veículos da Americanas - e serviços de instalação e gestão de projetos para terceiros, com rede de 630 postos de recarga e marcas como Mercado Livre, JBS, DHL e montadoras.

O fundador e CEO da EzVolt, Gustavo Tannure, após o primeiro posto 100% elétrico em São Paulo, devem ser instalados mais dois na cidade e outros em seis Estados ainda este ano. Além disso, registro na regulamentadora Verra permite a geração de créditos de carbono, além de fornecer tecnologia para montadoras - carros BMW e Jaguar já podem sair de fábrica com app para localização, reserva e pagamento de carregadores.

A GM tem parceria com WEG e Eletricus para soluções de recarga residencial e móvel. A Audi possui 152 carregadores no país entre modelos ultrarrápidos e semirrápidos, em parcerias com EDP, Volkswagen, Porsche e Raízen.

A Raízen atua por meio do programa Shell Recharge, com estações de recarga rápida no Brasil, Argentina e Paraguai em cidades, rodovias e pontos estratégicos. O plano de expansão para este ano inclui, além da rede - que estará disponível nos aplicativos da marca e da startup Tupinambá -, parceiros como locadoras, supermercados e postos de combustíveis, com projetos como construção de lounges de carregamento com Zarp Localiza, Uber, Mobilize, Tupinambá e Carrefour Property, além de indústrias como Ambev, detalha Rafael Rebello, diretor de energias e renováveis de power da Raízen.

A Ipiranga lança nova marca e está inaugurando postos com estrutura para gasolina, etanol, diesel ou eletricidade, acompanhando a demanda dos revendedores, diz a vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios, Bárbara Miranda.

Valor - SP   28/06/2023

Montadora fez várias rodadas de demissões globais em 2022, incluindo uma redução de 3 mil funcionários nos EUA, e uma demissão um pouco maior na Europa no início deste ano

A Ford Motor planeja demitir pelo menos 1 mil trabalhadores com contratos permanentes e temporários na América do Norte, disseram fontes próximas do assunto, no mais recente esforço da empresa para lidar com os custos elevados de investir em veículos elétricos.

A empresa começou a notificar, em reuniões internas na segunda-feira, alguns trabalhadores de contratos de longo prazo na América do Norte de que haveria cortes de empregos, confirmou um porta-voz da empresa. As demissões planejadas estão concentradas em cargos de engenharia, onde a Ford está visando a custos das suas unidades de negócio.

A montadora fez várias rodadas de demissões globais em 2022, incluindo uma redução de 3 mil funcionários nos Estados Unidos, e uma demissão um pouco maior na Europa no início deste ano. A Ford tem cerca de 28 mil funcionários com contratos de longo prazo na América do Norte.

A última rodada de demissões inclui funcionários nos negócios de veículos elétricos e de software, confirmou o porta-voz da empresa, e os cortes também afetarão os trabalhadores das divisões de motores a gasolina e veículos comerciais da montadora.

Os cortes vêm semanas antes do início programado das negociações com o sindicato United Auto Workers sobre um novo contrato de trabalho de quatro anos para seus trabalhadores por hora. A montadora, juntamente com as rivais Stellantis e General Motors (GM), enfrenta uma rodada especialmente difícil de negociações com um risco de greve maior do que o normal, dizem analistas, citando uma mudança na liderança do sindicato.

A Ford tem mais trabalho a fazer do que seus pares na redução de custos, disse o diretor-presidente, Jim Farley. Os custos anuais da empresa são de US$ 7 bilhões a US$ 8 bilhões, muito altos em relação às montadoras rivais, disseram executivos, e a empresa está simplificando seus gastos com a cadeia de suprimentos, reduzindo a complexidade em sua linha de veículos e custos de garantia.

A companhia disse que calcula perder US$ 3 bilhões em lucro operacional em seus negócios de veículos elétricos este ano. Embora os executivos da montadora tenham dito que os lucros de suas operações de motores a gasolina sustentariam o negócio em meio a essas perdas, alguns analistas questionaram se a montadora demandaria financiamento adicional.

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Online - SP   28/06/2023

O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 0,1 ponto em junho, a 93,9 pontos, informou nesta terça-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas. Em médias móveis trimestrais, o ICST retraiu 0,2 ponto.

“A oscilação negativa da confiança em junho decorre da percepção negativa das empresas em relação à demanda dos próximos meses”, afirma a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota. “Entre os fatores limitativos à melhoria dos negócios, a demanda insuficiente voltou a ser o principal problema para os empresários do setor.”

A coordenadora pondera, no entanto, que esse não foi um movimento disseminado, tendo em vista que a confiança das empresas de Edificações Residenciais alcançou o melhor resultado desde outubro do ano passado, movimento que Castelo atribui ao programa Minha Casa, Minha Vida.

“No cômputo total, as empresas da construção chegam ao fim do primeiro semestre menos confiantes do que estavam em dezembro, deixando um sinal de alerta em relação à continuidade do ciclo recente de crescimento do setor”, avalia Castelo.

Nas aberturas do mês, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) seguiu em 92,5 pontos – menor leitura desde março de 2022 (92,0 pontos). O indicador da situação atual dos negócios recuou 0,5 ponto, para 91,0 – o menor nível desde maio de 2022 (89,7). Já o indicador de volume de carteira de contratos subiu 0,6 ponto, para 94,2.

O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 0,3 ponto, para 95,3, menor nível desde janeiro deste ano (92,2), com queda de 0,8 ponto do indicador de demanda prevista, a 96,5 pontos. O indicador de tendência dos negócios subiu 0,2 ponto, para 94,1.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,3 ponto porcentual, para 80,2%. O Nuci de Mão de Obra cresceu 0,3 pp, para 81,3%, enquanto o de Máquinas e Equipamentos caiu 0,7 ponto, para 76,1%.

Agência Brasil - DF   28/06/2023

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 0,85% em junho deste ano. A taxa é maior do que a observada em maio (0,40%), mas inferior à apurada em junho de 2022 (2,81%).

Com o resultado, o INCC-M acumula taxa de 2,19% no ano e de 4,29% em 12 meses, de acordo com a FGV.

A alta da inflação de maio para junho foi puxada pela mão de obra, que teve alta de preços de 1,81% em junho ante 0,75% de maio.

Os materiais e equipamentos tiveram deflação (queda de preços) de 0,15% em junho, uma queda mais intensa do que a observada em maio (-0,06%). Os serviços tiveram inflação de 0,18% em junho, abaixo do 0,64% de maio.

IstoÉ Online - SP   20/01/2023

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) arrefeceu a 0,35% na segunda prévia de janeiro, após registrar alta de 0,38% na mesma leitura de dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

Os três grupos componentes do índice apresentaram as seguintes variações: Materiais e Equipamentos (0,46% para -0,16%), Serviços (0,46% para 0,43%) e Mão de Obra (0,30% para 0,77%).

As maiores pressões para baixo sobre o INCC-M na segunda prévia de janeiro partiram de cimento Portland comum ( -0,07% para -4,36%); vergalhões e arames de aço ao carbono (3,14% para -0,87%); tubos e conexões de PVC (-1,58% para -0,95%); tubos e conexões de ferro e aço (-0,28% para -0,69%); e tijolo/telha cerâmica (-0,02% para -0,26%).

Na outra ponta, puxaram o índice para cima ajudante especializado (0,35% para 0,83%); servente (0,30% para 0,91%); elevador (0,64% para 1,20%); carpinteiro (fôrma, esquadria e telhado) (0,26% para 0,78%) e pedreiro (0,29% para 0,71%).

O Estado de S.Paulo - SP   28/06/2023

A recente aprovação de mudanças no Plano Diretor permite que novas áreas sejam transformadas em eixo de verticalização na cidade de São Paulo, com prédios sem limite de altura. A ideia é aumentar a oferta de apartamentos perto de trem, metrô e corredor de ônibus. Mas como serão essas unidades e edifícios?

O Estadão consultou o projeto de revisão, a legislação atual e especialistas nas últimas semanas para entender como serão essas novas construções. A seguir, veja quais serão as possíveis mudanças e perfis de empreendimentos a serem vistos daqui a alguns anos na capital paulista nesses eixos.

O “boom” de microapartamentos continuará?

O texto aprovado pelos vereadores traz alguns desestímulos a microapartamentos menores de 30 metros quadrados. A cobrança para a construção de unidades residenciais com essa característica será um pouco maior e não dará acesso à regra de uma vaga de garagem “grátis”, que será restrita para os compactos com pelo menos essa metragem (30 m²).

Esses novos “freios” podem desestimular, em parte, os chamados studios ou quitinetes. Porém, outros incentivos legais voltados a esse tipo de unidade seguirão em vigor, como o decreto de 2016 que permite que esse tipo de espaço seja licenciado como “serviço de hospedagem ou moradia”.

Isso configura o uso não residencial. Quando está em um empreendimento com apartamentos, permite o acesso a vários incentivos legais voltados ao chamado “uso misto”.

Como o Estadão já mostrou, esse decreto é um dos principais motivos para o boom de 250 mil compactos na cidade. Esse recorde também está ligado a uma queda dos juros de 2018 a 2020 e outros aspectos conjunturais.

Além disso, especialistas destacam que essas unidades não precisam obrigatoriamente ser destinadas a esse uso (ou seja, podem ser moradias definitivas). Depois de adquiridas, até podem ser ampliadas por meio da fusão com uma unidade vizinha, criando uma opção de maior dimensão.

Outro mecanismo do Plano Diretor que tem influenciado na produção desse tipo de unidade é a chamada “cota parte”, que exige um mínimo de apartamentos por empreendimento. Essa regra foi alterada no projeto aprovado, de modo que permite construções com menos unidades, mas mediante pagamento mais alto de uma taxa paga pelas construtoras, a “outorga onerosa”.

Será permitido construir mega-apartamentos e “mansões suspensas”?

O novo texto aprovado para o Plano Diretor enfraquece uma das principais travas para evitar empreendimentos compostos unicamente por grandes apartamentos de alto padrão, que é a chamada “cota parte”. Esse dispositivo envolve um mínimo de unidades que precisa ser entregue, calculada a partir da área metragem do terreno.

Hoje, no caso de um prédio em um terreno de mil metros quadrados, por exemplo, essa cota exige ao menos 50 apartamentos. Já o texto da revisão diminuiu e até abre a brecha para que essa obrigação não seja atendida desde que a chamada “outorga onerosa” seja maior, chegando a ser duplicada e até triplicada, conforme a avaliação de especialistas ouvidos pelo Estadão. Essa taxa costuma atingir cifras milionárias no entorno de eixos e, portanto, ficaria ainda mais alta.

Antes, a construção de mega-apartamentos (em alguns casos chamados de “mansões suspensas”) era desestimulada perto de metrô, trem ou corredor de ônibus, diante do entendimento de que é menor a possibilidade de que moradores dessas unidades utilizem o transporte coletivo no dia a dia. Um dos maiores objetivos dos eixos é reduzir os longos deslocamentos de carro, aumentar a população perto das áreas com melhor infraestrutura e fortalecer o uso de outros modos de locomoção.

Os apartamentos poderão ter vagas de garagem?

O texto aprovado traz mudanças para a construção de vagas de garagem perto de metrô, trem e corredor de ônibus. Com a mudança, será permitida uma vaga “grátis” para cada unidade residencial de ao menos 30 metros quadrados ou a cada 60 metros quadrado de área privativa.

Hoje, nesses locais, é permitido construir um espaço para carros para cada apartamento sem que seja considerado “área computável”. Isto é, fica isento do pagamento da taxa de outorga e não incide no volume construído máximo do edifício.

Levantamento do Insper estima que a nova regra pode aumentar o total de vagas perto dos eixos em cerca de 12%. Um exemplo simulado aponta que permitiria que empreendimentos com unidades medianas (de 60 m² a 80 m²) tenham até 33% mais vagas do que hoje.

Essa mudança em conjunto com as alterações na “cota parte” (mínimo de unidades por empreendimento) facilitará a construção de grandes apartamentos com várias vagas de garagem perto de metrô, trem e corredor de ônibus.

Será obrigatório ter comércio no térreo?

Prédios com comércios e serviços no térreo são estimulados no atual Plano Diretor. Essa característica é chamada “fachada ativa” e dá acesso a incentivos, como não ser incluído na área máxima do terreno, o que não impacta no limite instituído em lei e isenta do pagamento de parte da outorga. Esse tipo de configuração não é obrigatória, embora seja estimulada.

A mudança no Plano Diretor tem alguma regra nova para as vilas?

A revisão do Plano Diretor prevê que as vilas não possam ser consideradas eixos de verticalização mesmo quando localizados perto de estações de trem e metrô e de corredores de ônibus. Isso impede a construção de prédios sem limite de altura e torna os locais menos atraentes para a construção de edifícios altos.

A mudança abrange os locais oficialmente considerados como vilas, com a seguinte definição: “conjunto de lotes fiscais originalmente destinados à habitação constituído de casas geminadas cujo acesso se dá por meio de via de circulação de veículos de modo a formar rua ou praça no interior da quadra, com ou sem caráter de logradouro público”, semelhante ao que é definido desde 2022 por resolução da Câmara Técnica de Legislação Urbanística (CTLU) – ligada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento.

Caso não se encaixe nesse entendimento, o conjunto ainda pode ser reconhecido como vila se for considerado como tal por: uma decisão judicial com trânsito em julgado; o Cartório de Registro de Imóveis até 16 de dezembro de 1985; a Prefeitura até 16 de dezembro de 1985; uma avaliação pela CTLU.

Onde ficam os eixos de verticalização?

Quadras próximas da maioria das estações de trem e metrô e de corredores de ônibus são as que mais recebem incentivos municipais atrativos para o mercado imobiliário. Nesses locais, os “eixos” de transporte, há isenções de parte das taxas e a aval para edifícios sem limite de altura, por exemplo.

Com o Plano Diretor atual, de 2014, essas áreas passaram a concentrar mais da metade dos apartamentos lançados na cidade. A transformação é maior sobretudo em bairros de classes média e alta, como Brooklin (zona sul), Butantã e Pinheiros (oeste), onde casas, sobrados e outros imóveis mais horizontais e de menor porte têm sido substituídos por prédios altos.

Desde 2014, o objetivo da lei é ampliar a população que mora perto dos equipamentos e usa o transporte coletivo de massa. Assim, seriam reduzidos os longos deslocamentos pela cidade. A proposta original também busca aproximar as pessoas de onde há mais empregos, serviços e comércio.

Na prática, contudo, ainda não há estudos suficientes para identificar se a lei conseguiu alcançar o objetivo, ainda mais diante do boom de microapartamentos e volume de empreendimentos de alto padrão em parte desses endereços.

Aprovada no Plano Diretor, a expansão desses eixos precisa ainda de anuência da revisão da Lei de Zoneamento, o que deve ocorrer após agosto. Portanto, não entrará em vigor imediatamente após ser promulgado pelo prefeito.

Caso o zoneamento autorize, o raio de influência das estações de metrô e trem aumentaria de quadras localizadas inteiramente a até 600 metros para quadras alcançadas por um raio de 700 metros. Isto é, contemplará quadras inteiras mesmo que a área de influência alcance apenas um pequeno trecho. Já, no entorno de corredores de ônibus, a expansão passaria de até 300 metros para quadras seccionadas por um raio de 400 metros.

Os incentivos envolvem a maioria dos locais próximos de trem, metrô e corredor de ônibus, mas não todos, pois alguns dependem de projetos próprios, os PIUs. Além disso, há alguns zoneamentos na cidade que impedem a influência dos eixos, mesmo que próximos do transporte.

Hoje, o raio de influência dos eixos não incide em alguns zoneamentos da cidade, como de Zonas Exclusivamente Residenciais, de Ocupação Especial e Especiais de Preservação Ambiental, por exemplo. Nesses locais, o limite de altura varia, mas não passa de 10 metros, e há outras restrições e regras menos atrativas para o mercado imobiliário.

O texto final amplia essas “zonas de exceção” previstas no Plano Diretor, embora algumas já estivessem com restrição desde 2016, por causa da Lei de Zoneamento. Uma delas é a Zona Predominantemente Residencial, que abrange núcleos de casinhas e sobrados presentes em alguns pontos da cidade. Com a inclusão desses locais no novo texto do Plano Diretor, há uma garantia que não poderão ter as características horizontais transformadas.

Os lotes que poderão ser verticalizados sem limite de altura e com incentivos para atrair o setor imobiliário estão no mapeamento interativo abaixo. O mapa contempla uma projeção do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper sobre a expansão permitida para os eixos, que poderá chegar a um aumento de 148%. Confira abaixo:

NAVAL

Portos e Navios - SP   28/06/2023

A China fez avanços significativos no desenvolvimento de navios não tripulados, informa um relatório recente divulgado por mídia oficial do país. Segundo especialistas mencionados pelo documento, a China está no primeiro nível em tecnologias de navios não tripulados.

Os navios não tripulados mencionados poderiam realizar missões como patrulha autônoma, reconhecimento, detecção, bem como busca e resgate de forma independente ou em cooperação com outras embarcaçõe. A informação é da China Central Television (CCTV).

De acordo com o relatório, a China desenvolveu uma série de embarcações não tripuladas, incluindo um barco de patrulha não tripulado que foi exibido no Airshow China 2022. Equipado com radar e sistemas eletro-ópticos, o navio teria uma velocidade de mais de 35 nós e um alcance de 220 milhas náuticas. Poderia adaptar-se às condições de mar e realizar várias missões, incluindo patrulha, monitoramento, antiterrorismo, repressão criminal, bem como busca e salvamento.

PETROLÍFERO

Money Times - SP   28/06/2023

Os preços do petróleo caíram mais de 2% na terça-feira, devido aos sinais de que os bancos centrais podem não parar com os aumentos das taxas de juros, enquanto os investidores aguardavam dados que pudessem lançar luz sobre o consumo de combustível nos EUA durante o pico da temporada de verão.

O petróleo Brent caiu 1,92 dólar, ou 2,6%, a 72,26 dólares o barril. O WTI recou 1,67 dólar, ou 2,4%, para 67,70 dólares.

Ambos os contratos estão sendo negociados amplamente dentro de uma faixa de 10 dólares traçada desde o início de maio.

Craig Erlam, analista da Oanda, disse que os preços estão principalmente à mercê das “expectativas em constante mudança das taxas de juros”.

Money Times - SP   28/06/2023

A Petrobras (PETR4) fechou dois novos contratos de compra e venda de gás natural com a Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás), em uma transação que engloba valor estimado de R$ 7,6 bilhões, segundo documento enviado ao mercado nesta terça-feira (27).

De acordo com a estatal, os contratos têm vigência a partir de janeiro de 2024 e 2026, com término em dezembro de 2034 para ambos.

“Os novos contratos reforçam a parceria comercial entre as empresas e contemplam flexibilidades para a SCGás que corroboram marcos da abertura do mercado de gás natural brasileiro, mantendo a segurança e confiabilidade do suprimento Petrobras em condições comerciais competitivas e aderentes à realidade da indústria de gás natural”, comentou a companhia.

Os contratos são resultado da Chamada Pública nº 001/2023 realizada pela SCGás, que visa o suprimento de gás natural para atendimento ao mercado regulado, cuja área de concessão está situada no estado de Santa Catarina, e serão enviados para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

AGRÍCOLA

Infomoney - SP   28/06/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro poderá alcançar R$ 2,65 trilhões neste ano, 35,9% mais que em 2022, segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgados nesta terça-feira (27). As contas incluem as atividades desenvolvidas antes, dentro e fora da porteira.
O incremento previsto é puxado pelo setor primário, cujo PIB poderá crescer 5,6%, para R$ 760 bilhões. Cepea e CNA também projetam altas de 0,4% para o PIB da agroindústria, que alcançaria R$ 609 bilhões, e de 0,6% para a área de serviços voltados ao setor, para R$ 1,12 trilhão. Já o PIB dos insumos deverá cair 15,7%, para R$ 162,7 bilhões), em boa medida graças à queda dos preços dos fertilizantes.

Na soma de todas as frentes (insumos, produção primária, agroindústrias e serviços), o PIB do ramo agrícola poderá aumentar 2,3%, para R$ 1,952 bilhão, e o do ramo pecuário tende a recuar 4,3%, para R$ 699,5 bilhões. Os valores são ajustados pelo deflator implícito do PIB e levam em consideração resultados apurados no primeiro trimestre.

Para o período de janeiro a março, as contas de Cepea e da CNA indicaram crescimento de 0,19% do PIB total, com alta de 0,66% no ramo agrícola, sustentada principalmente pela colheita recorde de soja na safra 2022/23. Na pecuária houve retração de 1,09%, puxada por quedas nos preços e nos valores de produção de bovinos e aves de corte.

Associe-se!

Junte-se a nós e faça parte dos executivos que ajudam a traçar os rumos da distribuição de aço no Brasil.

INDA

O INDA, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, é uma Instituição Não Governamental, legalmente constituída, sem fins lucrativos e fundada em julho de 1970. Seu principal objetivo é promover o uso consciente do Aço, tanto no mercado interno quanto externo, aumentando com isso a competitividade do setor de distribuição e do sistema Siderúrgico Brasileiro como um todo.

Rua Silvia Bueno, 1660, 1º Andar, Cj 107, Ipiranga - São Paulo/SP

+55 11 2272-2121

contato@inda.org.br

© 2019 INDA | Todos os direitos reservados. desenvolvido por agência the bag.

TOP