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27 de Abril de 2023

SIDERURGIA

Valor - SP   27/04/2023

Siderúrgica italo-argentina registrou redução de 15,8% entre janeiro e março sobre o mesmo período de 2022

A Ternium registrou lucro líquido de US$ 374 milhões no primeiro trimestre, queda de 51,8% na comparação anual. A siderúrgica italo-argentina somou receitas de US$ 3,62 bilhões entre janeiro e março, redução de 15,8% sobre o mesmo período de 2022.

A companhia destaca que embarcou 3,06 milhões de toneladas de aço nos três primeiros meses do ano, um crescimento de 4% sobre 2022, apoiado principalmente na demanda do México.

No entanto, a empresa viu uma redução de 19% no ano nas receitas por tonelada, a US$ 1,15 mil, por conta de menores preços do aço na comparação anual. Os custos de mantiveram estáveis na comparação anual, o que acabou corroendo margens.

Em mineração, a Ternium embarcou 799 mil toneladas de minério de ferro durante o primeiro trimestre, queda de 11% na comparação anual. A receita por tonelada caiu 7% no período, a US$ 106.

No segundo trimestre, a siderúrgica espera uma melhora nos seus indicadores financeiros, com maiores embarques e preços de aço, impulsionados principalmente pela América do Norte. Menores custos também são esperados.

Portal Fator Brasil - RJ   27/04/2023

Além de fornecedora de aço para a construção do estádio em MG, a parceria prevê “sector naming rights” de todo o andar com camarotes e lounges da arena multiuso mais tecnológica da América Latina

A ArcelorMittal, líder mundial em aço e maior produtora do Brasil, está presente em um dos mais modernos projetos de arquitetura em andamento no País. A empresa é parceira da Arena MRV, que foi inaugurada oficialmente no dia 15 de abril (sábado) e foi erguida na região Oeste de Belo Horizonte (MG). A companhia também é patrocinadora do BH Festival, evento que marcará a inauguração do estádio.

O aço ArcelorMittal está presente nas fundações, estruturas de sustentação e nas grandes peças pré-fabricadas em concreto armado e protendido da estrutura, da esplanada e do estacionamento. Foi utilizada a solução armadura pronta soldada, com entrega do aço cortado, dobrado e armado, conforme as especificações do projeto, sob medida para a construção da arena.

Além de assinar como ArcelorMittal: Aço Oficial da Arena MRV, tendo em vista que os produtos da empresa estão presentes, desde o início das obras, a produtora de aço terá o sector naming rights de todo andar com camarotes e lounges da arena multiuso mais tecnológica da América Latina. —De grandes a pequenas obras, estamos há mais de 100 anos no Brasil. Estamos orgulhosos de participar desse projeto que será referência para o setor de cultura, eventos e esporte em Minas Gerais e no Brasil —explica Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO de Longos e Mineração LATAM.

A parceria é motivo de comemoração também por parte dos gestores do espaço: —A Arena MRV nasce para iniciar uma nova era no futebol e no setor de eventos de Minas Gerais e com a ambição de ser a arena mais tecnológica da América Latina. Estamos muito satisfeitos com essa parceria fechada com a ArcelorMittal —destaca Bruno Muzzi, CEO da Arena MRV.

A Arena MRV é um espaço multiuso, com capacidade para 46 mil pessoas, e alinhada aos conceitos mundiais modernos para grandes construções esportivas. Desde 2020, o estádio está sendo erguido em uma área de 128 mil m² e contará com 40 bares, 2.333 vagas de estacionamento, 80 camarotes e uma esplanada com 46 mil m².

A parceria inédita foi firmada em novembro de 2021, consolidando a ArcelorMittal como a primeira empresa do setor de aço a fechar o sector naming rights em uma arena e a patrocinar um festival do porte do BH Festival. —Vamos dar nome ao segundo pavimento, a área VIP de camarotes em uma parceria de cinco anos com a Arena MRV. Juntos, celebraremos na nossa casa. Afinal, a origem da nossa atuação foi aqui, em Sabará. Temos muito orgulho de estar nesse empreendimento que vai trazer vários benefícios e oportunidades de desenvolvimento para Minas Gerais —afirma o CEO.

Maior investidora do Esporte e da Cultura — A ArcelorMittal mantém forte relação com o esporte e a cultura. É a maior incentivadora do Esporte em Minas Gerais e também da Cultura do setor do aço no estado, via leis de incentivo com programas realizados pela Fundação ArcelorMittal. —Vamos completar 35 anos de atuação da nossa Fundação em 2023 e acreditados que, juntos, podemos proporcionar oportunidades e seguir investindo. É assim que a gente transforma e constrói um futuro melhor para as pessoas e planeta — destaca Tatiana Nolasco, presidente da Fundação ArcelorMittal e diretora de ESG, Inovação, Tecnologia e Transformação do Negócio da ArcelorMittal.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   27/04/2023

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) - que mede a prévia da inflação oficial - ficou em 0,57% em abril deste ano. A taxa é inferior na comparação com as de março de 2023 (0,69%) e de abril de 2022 (1,73%), segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado de abril, o indicador acumula inflação de 2,59% no ano. Em 12 meses, o acumulado é de 4,16%, abaixo dos 5,36% registrados até o mês anterior.

Segundo o IBGE, em abril deste ano os nove grupos de despesas apresentaram inflação, com destaque para o setor de transportes (1,44%). Foram registradas altas de preços da gasolina (3,47%), etanol (1,10%) e passagens aéreas (11,96%).

Em segundo lugar, aparece o grupo saúde e cuidados pessoais (1,04%), cuja alta de preços foi puxada por itens como produtos farmacêuticos (1,86%) e plano de saúde (1,20%).

O grupo habitação também teve impacto relevante no IPCA-15, com variação de 0,48%, principalmente devido à energia elétrica residencial (0,84%).

A alimentação registrou a menor variação de preços entre todos os grupos de despesa (0,04%). Os demais grupos tiveram as seguintes taxas de inflação: vestuário (0,39%), despesas pessoais (0,28%), educação (0,11%), artigos de residência (0,07%) e comunicação (0,06%).
Metodologia

Segundo o IBGE, o IPCA-15 difere do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apenas no período de coleta que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência e na abrangência geográfica.

A população pesquisada envolve as famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos, residentes em 11 áreas urbanas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e de Goiânia.

Monitor Digital - RJ   27/04/2023

A queda de 0,2% na indústria nacional em fevereiro, na série com ajuste sazonal, foi repetida por cinco dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira.

Os recuos mais acentuados foram no Rio Grande do Sul (-6,9%) e em Mato Grosso (-4,9%), seguidos por Goiás (-2,5%), Ceará (-1,9%) e São Paulo (-0,7%). As maiores altas foram de Pernambuco (8,8%) e Bahia (4,9%), com Minas Gerais (3,3%), Pará (2,7%), Região Nordeste (2,5%), Santa Catarina (1,8%), Espírito Santo (1,6%), Amazonas (1,6%), Rio de Janeiro (1,1%) e Paraná (0,4%) a seguir.

A média móvel trimestral ficou negativa em cinco dos 15 locais pesquisados, com destaque para Rio Grande do Sul (-3%), São Paulo (-1,6%) e Mato Grosso (-1,4%). Frente ao mesmo mês do ano anterior, a indústria recuou 2,4% em fevereiro, com resultados negativos em 12 dos 18 locais pesquisados. As quedas mais intensas foram no Rio Grande do Sul (-13,3%), Mato Grosso (-13%) e Ceará (-11,4%).
Espaço Publicitário

Cinco dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em fevereiro, na série com ajuste sazonal, acompanhando a variação negativa (-0,2%) da produção industrial nacional. As maiores quedas foram no Rio Grande do Sul (-6,9%) e em Mato Grosso (-4,9%), com ambos intensificando os recuos do mês anterior: -4,6% e -2,4%, respectivamente. Goiás (-2,5%), Ceará (-1,9%) e São Paulo (-0,7%) completaram o conjunto de locais com índices negativos.

As maiores altas foram em Pernambuco (8,8%) e Bahia (4,9%), com o primeiro marcando o segundo mês seguido de crescimento, período em que acumulou ganho de 27,1%; e o último voltando a crescer após variar -0,2% no mês anterior. Minas Gerais (3,3%), Pará (2,7%), Região Nordeste (2,5%), Santa Catarina (1,8%), Espírito Santo (1,6%), Amazonas (1,6%), Rio de Janeiro (1,1%) e Paraná (0,4%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.

O índice de média móvel trimestral para a indústria variou -0,2% no trimestre encerrado em fevereiro frente ao nível do mês anterior e cinco dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas nesse mês, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Rio Grande do Sul (-3%), São Paulo (-1,6%) e Mato Grosso (-1,4%). Por outro lado, Pernambuco (6,9%), Espírito Santo (3,8%), Paraná (3,1%), Região Nordeste (3%), Amazonas (2,9%) e Bahia (2,2%) mostraram os principais avanços em fevereiro de 2023.

Na comparação com fevereiro de 2022, a indústria recuou 2,4% em fevereiro de 2023, com taxas negativas em 12 dos 18 locais pesquisados. Fevereiro de 2023 (18 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês de 2022 (19). Nesse mês, Rio Grande do Sul (-13,3%), Mato Grosso (-13%) e Ceará (-11,4%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais intensos.

A queda na indústria do Rio Grande do Sul foi influenciada pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e óleos combustíveis), veículos automotores, reboques e carrocerias (autopeças e automóveis), produtos alimentícios (arroz, carnes de suínos congeladas, carnes e miudezas de aves congeladas, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de aves, rações e leite esterilizados/UHT/Longa Vida), produtos químicos (fertilizantes químicos das fórmulas NPK e polietileno de baixa e de alta densidade) e máquinas e equipamentos (retroescavadeiras, máquinas para colheita, semeadores, plantadeiras ou adubadores e tratores agrícolas).

Em Mato Grosso, a queda foi impulsionada, principalmente, pelas atividades produtos químicos (fertilizantes químicos das fórmulas NPK) e produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas e óleo de soja refinado).

Já o recuo no Ceará foi influenciado pelas seguintes atividades: confecção de artigos do vestuário e acessórios (vestuário infantil e seus acessórios, bermudas, jardineiras, shorts, calças e semelhantes, calcinhas, sutiãs e camisas, blusas e semelhantes de uso masculino), metalurgia (barras, vergalhões, fio-máquina e outros produtos longos de aço relaminados, vergalhões de aços ao carbono e chapas, bobinas, fitas e tiras de aço relaminadas), produtos de metal (latas de alumínio para embalagens, recipientes de ferro e aço para transporte ou armazenagem de gases e rolhas, tampas ou cápsulas metálicas), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (transformadores, partes e peças para geradores, eletroportáteis domésticos, fogões de cozinha e ventiladores) e produtos químicos (inseticidas para uso na agricultura).

Região Nordeste (-6,3%), Bahia (-6,1%), Pará (-4,9%), Pernambuco (-4,8%), Santa Catarina (-4,6%), São Paulo (-4,5%), Mato Grosso do Sul (-3,4%) e Goiás (-2,7%) também mostraram taxas negativas mais elevadas do que a média nacional (-2,4%) e Espírito Santo (-0,6%) completou o conjunto de locais com recuo na produção no índice mensal de fevereiro de 2023.

Por outro lado, Amazonas (7,1%), Minas Gerais (6,7%), Rio de Janeiro (6,4%) e Maranhão (6,3%) registraram as expansões mais acentuadas. Rio Grande do Norte (1,9%) e Paraná (0,6%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.

No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional (-1,1%) alcançou 11 dos 18 locais pesquisados, com destaque para Mato Grosso (-13,8%), Rio Grande do Sul (-10,4%) e Bahia (-8,3%). Região Nordeste (-5,8%), Ceará (-5,6%), Pará (-4,7%), Santa Catarina (-4,7%), Rio Grande do Norte (-4,6%), Espírito Santo (-3,8%), Pernambuco (-3,7%) e São Paulo (-3,3%) também recuaram nesse indicador.

Já as maiores expansões vieram dos seguintes locais: Amazonas (10%), Maranhão (9,2%) e Minas Gerais (8,5%). Rio de Janeiro (4,8%), Mato Grosso do Sul (0,6%), Goiás (0,3%) e Paraná (0,1%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês no acumulado do ano.

No confronto do último trimestre de 2022 com o primeiro bimestre do ano, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, cinco dos 15 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do total nacional, que passou de 0,6% para -1,1%. As perdas mais acentuadas foram em Mato Grosso (de 1% para -13,8%), São Paulo (de 5,8% para -3,3%) e Rio Grande do Sul (de -1,8% para -10,4%), enquanto Pernambuco (de -18,5% para -3,7%), Espírito Santo (de -16,7% para -3,8%), Paraná (de -10,8% para 0,1%), Amazonas (de 0,6% para 10%), Região Nordeste (de -12,2% para -5,8%) e Ceará (de -11% para -5,6%) assinalaram os principais avanços.

O acumulado nos últimos doze meses, ao variar -0,2% em fevereiro de 2023, repetiu o resultado de janeiro último e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em julho de 2022 (-2,8%). Nove dos 15 locais pesquisados registraram taxas negativas em fevereiro de 2023, mas 11 apontaram menor dinamismo frente aos índices de janeiro de 2023. Mato Grosso (de 13,7% para 10,7%), Goiás (de 0,4% para -0,9%), Rio Grande do Sul (de 0,4% para -0,3%), Bahia (de 1,7% para 1,2%), Pernambuco (de -1,6% para -2%), Amazonas (de 5,1% para 4,8%) e Pará (de -7,5% para -7,7%) assinalaram as maiores perdas entre os dois períodos. Minas Gerais (de 0,1% para 0,6%), Rio de Janeiro (de 4,5% para 4,9%) e Paraná (de -4,1% para -3,9%) mostraram os ganhos entre janeiro e fevereiro de 2023.

Exame - SP   27/04/2023

Os empresários estão cada vez mais preocupados com o arrocho de crédito e temem um encolhimento em seu faturamento. Por isso, reclamam dos altos juros fixados pelo Banco Central, capitaneado pelo economista Roberto Campos Neto. O mesmo script é seguido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reclamou das taxas estratosféricas até em viagem a Portugal.

No mercado financeiro, porém, não se vê a mesma impaciência em relação à Selic. Pelo contrário. Entre os financistas, o assunto é tratado com cautela. Por quê?

Antes de mais nada, vamos falar sobre o mito de que os bancos ganham mais quando os juros disparam. A grande receita das instituições financeiras está na diferença entre as taxas pagas ao investidor e as cobradas aos tomadores de empréstimos. Quanto maior essa diferença, maior será o ganho dos bancos – mas os juros podem estar altos demais e o spread em relação à captação de recursos ser pequeno.

Na prática, ao contrário do que se imagina, os juros altos podem afetar negativamente os bancos. Quanto mais altas as taxas, maior o risco. Se o risco cresce, o número de empréstimos diminui – e os agentes financeiros também reduzem suas receitas vinculadas ao crédito.

Em 2016 e 2017, quando os juros foram elevados fortemente, o estoque de crédito diminuiu em proporção semelhante. Da mesma forma, quando os juros foram a 2 % ao ano, o crescimento deste estoque, que foi de 6,5 % de 2019 em relação a 2018, subiu para 15,5 % de 2020 para 2019 (em 2022, apesar das taxas altas, houve apenas uma diminuição no crescimento de operações – mas se espera uma retração em 2023).
Qual a razão, então, para os agentes financeiros continuarem receosos em relação a uma redução da Selic agora?

Em primeiro lugar, ainda não está claro se a inflação de fato está em processo de queda. Há ainda sinais contraditórios no mercado – e isso torna muitos economistas receosos em relação a movimentos bruscos por parte do Comitê de Política Monetária. Outro ponto é que os juros estão altos porque as taxas projetadas para 2023 ainda estão bem acima da meta fixada para este ano. Dessa forma, enquanto a meta não for mexida, os técnicos do Banco Central continuam irredutíveis.

Mas há uma outra razão para o mercado financeiro enxergar com receio um descenso imediato. Apesar dos esforços empreendidos pelo ministro Fernando Haddad em mostrar que o governo está preocupado com as contas públicas e vai perseguir um superávit fiscal, há ainda ceticismo entre os bancos em relação às verdadeiras intenções do governo em relação ao controle de seus gastos.

Como um cônjuge que foi traído no passado e vive desconfiado no presente, os bancos viram o déficit público se descontrolar durante o governo de Dilma Rousseff e temem a repetição dessa história. Além disso, escutam o mesmo tipo de discurso – gastar sem a devida contrapartida de receita – de nomes importantes do Partido dos Trabalhadores, a começar por sua presidente, Gleisi Hoffman.

Como já vimos esse filme antes (e quase morremos no final), a desconfiança permanece enorme até hoje. E os constantes apelos de Lula para que os juros caiam não ajudam. Pelo contrário. Reforçam a tese de que o governo não está muito preocupado com as consequências macroeconômicas de seus atos.

Isso pode até não ser verdade. Mas gatos escaldados têm medo de água fria. E o mercado financeiro, ressabiado até dizer chega, tem receio até de um saco de cubos de gelo.

Monitor Digital - RJ   27/04/2023

A forte aversão a risco ontem, após forte reação ao balanço do First Republic, pesa sobre as bolsas globais, apesar de respiro em NY, após resultados acima de esperado de Alphabet e Microsoft. Juros sobem levemente, após quedas significativas, mas a ponta curta segue em baixa. Dólar cai de forma disseminada, dando fôlego para commodities, com minério de ferro recuperando forte. Por aqui, em dia de agenda recheada, o IPCA-15, que deve seguir mostrando desaceleração da inflação, deve pautar a dinâmica da sessão, após falas sem grandes novidades de Campos Neto na CAE do Senado. Apesar das perdas na Ásia e Europa, o respiro em NY e os avanços nas commodities devem levar à queda no dólar e alta no Ibovespa na abertura. Nos juros, o IPCA-15 mais manso deve favorecer apostas de baixa na curva de juros.

Ásia: apesar da queda na inflação australiana, as perdas em NY de ontem pesaram, com as bolsas fechando no negativo. Na Austrália, o CPI subiu 1,4% (exp 1,3%) no 1T23, acumulando 7% em 12 meses. O núcleo do CPI avançou 1,2% (exp 1,4%), alta de 6,6% ante 1T22.Na Coréia, a confiança do consumidor subiu de 92 para 95,1 pontos (exp 90,9) em abr/23. Hoje, lucros da indústria da China (mar/23) às 22h30.

Europa: apesar de resultados positivos (Danone, Roche e StanChart), a alta na aversão a risco em NY ontem pesa nas bolsas, com bancos e tecnologia liderando as perdas. Na Alemanha, a expectativa de confiança do consumidor da GfK subiu de -29,3 para -25,7 pontos (exp -27,5) em mai/23. Na França, a confiança do consumidor subiu de 82 para 83 pontos (exp 82) em abr/23. Na Suécia, o Riksbank subiu os juros em 0,50% (exp 0,50%), de 3% para 3,5%, máxima desde 2009. Glencore (Reino Unido), GSK (Reino Unido), Iberdrola (Espanha), Reckitt Benckiser (Reino Unido) e Safran (França) divulgam resultados.

EUA: os balanços acima das expectativas de Alphabet e Microsoft abrem espaço para uma recuperação das perdas de ontem na pré-abertura dos futuros. De acordo com o Case-Shiller, os preços de imóveis subiram 0,1% (exp -0,4%) em fev/23, acumulando 0,4% em 12 meses, mínima desde jul/12. Foram vendidos 683 mil novos imóveis (exp 632 mil) em mar/23, avanço de 9,6% (-2,9% a/a). O índice industrial do Fed Richmond caiu de -5 para -10 pontos (exp -8) em abr/23. Segundo o Conference Board, a confiança do consumidor caiu de 104 para 101,3 pontos (exp 104) em abr/23. Na agenda, balança comercial (mar/23) e pedidos de bens duráveis (mar/23) às 9h30 e estoques de petróleo do DoE (21/abr) às 11h. Boeing e Thermo Fisher divulgam resultados antes da abertura. Meta, após fechamento.
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Brasil: a indigestão com os bancos americanos, após resultado negativo do First Republic, e a derrocada no minério de ferro pesaram no mercado local, com o Ibovespa fechando em 103.220 pontos (-0,70%), com exportadoras de commodities liderando as perdas. A queda nos juros americanos, em meio à elevação na aversão a risco global, e o leilão do TN sem soluços beneficiaram a curva de DI futuro, com as taxas longas caindo entre 5 e 10 pontos. No câmbio, em dia de alta global da moeda americana, a maior cautela dos investidores, em meio à piora na percepção de risco dos bancos americanos, fez o dólar fechar em R$5,06 (0,46%).

Após forte expansão em janeiro, as vendas no varejo moderaram, em linha com o consenso, caindo 0,1% (1% a/a) em fev/23. As vendas ampliadas, que incluem material de construção e veículos, subiram 1,7% (exp 1%), caindo 0,2% ante fev/22. Com queda em várias linhas de impostos, a arrecadação federal em linha com o consenso (exp R$172,0 bi), somou R$171,1 bi (-0,4% a/a real) em mar/23, somando R$2,25 tri (22,7% do PIB) em 12 meses. Apesar do forte superávit comercial ($9,5 bi), as maiores remessas de dividendos, juros e lucros pesaram no desempenho da conta corrente, que teve superávit de $0,3 bi (exp $2,1 bi) em mar/23, acumulando déficit de $52,3 bi (-2,7% do PIB) em 12 meses. Na conta financeira, o IDP atingiu $7,7 bi (exp $9,5 bi), com o IDE em $2 bi, gerando um investimento estrangeiro líquido de $5,7 bi, acumulando $89,7 bi (4,6% do PIB) em 12 meses. A confiança do consumidor da FGV estabilizou em abr/23, indo de 87 para 86,8 pontos (10,4% a/a).

Na CAE do Senado, Campos Neto (BCB) declarou que há um trabalho grande para reverter as expectativas e alcançar condições para baixar a Selic de forma saudável, além de dizer que o Brasil não passa por uma crise de crédito como nos EUA. Haddad (Fazenda) disse que os nomes dos próximos diretores do BCB serão encaminhados ao Congresso assim que Lula chegar da viagem a Portugal. Hoje, INCC (abr/23) e sondagem da construção (abr/23) às 8h, nota de crédito (mar/23) às 8h30, IPCA-15 (abr/23) às 9h e relatório mensal da dívida pública (mar/23) e fluxo cambial (20/abr) às 14h30. Weg divulga resultado antes da abertura. Vamos, Kepler Weber, Log e Vale, após fechamento.

O Estado de S.Paulo - SP   27/04/2023

O novo arcabouço fiscal nasceu pelo Projeto de Lei Complementar (PLP) n.º 93, de 2023. O plano é bom e poderá ajudar a melhorar as contas públicas. Contudo, há uma série de aprimoramentos que poderiam deixar o controle de gastos mais efetivo e reforçar a proposta apresentada pela equipe econômica.

A regra de gastos do PLP n.º 93 baseia-se na evolução das receitas líquidas de transferências a Estados e municípios, descontando-se também os recursos de dividendos pagos por estatais, a arrecadação de concessões e os royalties.

Se a receita líquida crescer a 0,9%, em termos reais, no acumulado em 12 meses até junho de 2023, então as despesas de 2024 só poderão crescer a 70% dessa taxa, ou seja, 0,63% em termos reais. A essa taxa real será adicionada a inflação projetada para 2023, que o governo informará no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) em agosto. Se a inflação for de 6%, então a despesa crescerá esses 6% mais a taxa real citada.

Há dois problemas nessa mecânica proposta. Primeiro, a inflação utilizada para calcular a evolução real da receita líquida, no meio do ano, será a acumulada até junho, o que é economicamente errado (algo que já vinha também do antigo teto de gastos). Nessa ótica, a inflação será provavelmente de 4,2%. O segundo problema é usar a inflação projetada para o fim do exercício de modo a fixar as despesas para o ano seguinte. Esses dois erros criam uma diferença de índices de correção a elevar a despesa nominal estimada.

Para corrigir, o Congresso poderia propor que a taxa real da receita fosse calculada com base na inflação média. A alta real de 0,9% se transformaria numa queda real de 0,7%. Neste caso, como existe uma banda de 0,6% a 2,5%, a despesa não diminuiria, no ano que vem; seria aplicado o piso de 0,6%. Por sua vez, a inflação utilizada para calcular o gasto nominal de 2024 deveria ser a mesma do cálculo da receita líquida real. É verdade que há uma série de gastos indexados à inflação e, se ela aumentar até o fim do ano, as projeções de despesas acabariam pressionadas para 2024, enquanto a correção do limite estaria congelada pelo cálculo do meio do ano. Para resolver esse problema, poder-se-ia prever um mecanismo de atualização da correção circunscrito ao período de tramitação do Ploa no Congresso.

Outra sugestão: inserir medidas automáticas de ajuste para situações de iminente rompimento da meta de resultado primário. Elas seriam acionadas quando da avaliação periódica do Orçamento. Dois exemplos: congelamento de quaisquer ações que aumentem os gastos, tanto do Executivo como do Legislativo; e interrupção de programas de reajustes salariais.

Essa modificação complementaria a nova lógica introduzida pelo arcabouço fiscal, de permitir o rompimento da meta de resultado primário fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A saber, na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.º 101, de 2000), o descumprimento da meta de primário não tem perdão, digamos assim. Pode ensejar crime de responsabilidade. É bom, por razões óbvias, ao estabelecer padrões rígidos e corretos de responsabilidade. Contudo, ao longo de mais de 20 anos de funcionamento do regime de metas de primário, governos de colorações partidárias diferentes optaram por propor mudança de meta na LDO ao Congresso quando vislumbravam risco. A meta era alterada e, em seguida, cumprida. O mesmo ocorreu por ao menos quatro vezes com o teto de gastos, mas com custo muito maior, já que dependeu de alteração constitucional.

A flexibilização trazida no PLP n.º 93 serve para permitir o acionamento de sanções. Se a meta, por definição, na lei, não pode ser rompida, como mostrei, não haveria como acionar restrições para o crescimento do gasto vinculadas a esse rompimento. Nenhum governante deixaria o ano terminar com a meta de primário estourada. Sempre, como aconteceu até aqui, enviaria um projeto de lei mudando a meta, com anuência do Congresso.

Assim, não é um mal em si permitir o rompimento da meta de primário, desde que a sanção seja de fato boa para produzir maior controle de gastos. A sanção proposta no PLP n.º 93 é reduzir o porcentual de 70% da taxa de variação real da receita líquida para 50%. Minha sugestão é que esse porcentual fosse fixado em 20%, restringindo mais o gasto no ano seguinte.

Então, quando e se o governo optasse por deixar de cumprir a meta de resultado primário ou mesmo se o contingenciamento de despesas discricionárias não fosse suficiente para garanti-la, a sanção dos 20% seria acionada. Na minha proposta, ele teria também de aplicar medidas restritivas já no ano corrente. A vantagem desse sistema em relação ao originalmente previsto na LRF é que ele contém plano B. Romper a meta de primário não levaria a um abismo fiscal, mas, sim, ao acionamento de medidas de ajuste fiscal críveis.

Essas são as minhas sugestões, a partir de um modelo que atendeu, no nascedouro, às expectativas gerais. Sem dúvida, afastou o risco de um cenário fiscal mais pessimista. O Congresso daria boa colaboração se, ao lado da equipe econômica, promovesse esses ajustes.

O Estado de S.Paulo - SP   27/04/2023

A indústria do estado de São Paulo já coleciona três meses seguidos de retração, período em que amargou uma perda de 4,7% na produção. Na passagem de janeiro para fevereiro, o parque fabril paulista encolheu 0,7%, após já ter recuado nos dois meses anteriores (-0,8% em dezembro e -3,2% em janeiro). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além de São Paulo, a produção industrial caiu em outros quatro dos 15 locais pesquisados em fevereiro ante janeiro: Rio Grande do Sul (-6,9%), Mato Grosso (-4,9%), Goiás (-2,5%) e Ceará (-1,9%). Na média global, a indústria nacional recuou 0,2%.

Maior parque industrial do País, o resultado da indústria paulista deu a segunda maior contribuição negativa para a queda na produção industrial nacional em fevereiro. A principal influência sobre a média global no mês foi da redução ocorrida no Rio Grande do Sul, impactado por reduções nos setores de derivados do petróleo e de veículos, explicou Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE. A indústria gaúcha já tem uma perda acumulada de 11,2% nos dois últimos meses de quedas.

Em São Paulo, a retração em fevereiro foi puxada pela indústria local de alimentos, afetada pelo embargo chinês às exportações de carne brasileira. “O setor de outros químicos também teve impacto (negativo)”, completou Almeida.
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A indústria paulista operava em fevereiro em patamar 24,6% abaixo do pico alcançado em março de 2011. Na comparação com fevereiro de 2022, a produção caiu 4,5% em fevereiro de 2023, com retração em 12 das 19 atividades pesquisadas no estado. As perdas mais relevantes ocorreram em derivados de petróleo, equipamentos de informática (especialmente telefones celulares e computadores pessoais portáteis) e máquinas e equipamentos.

Em fevereiro, apenas sete dos 15 parques industriais do País operavam em nível superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia de covid-19. Na média nacional, a indústria brasileira funcionava 2,6% aquém do patamar pré-crise sanitária. Em São Paulo, a produção estava 2,9% abaixo do pré-pandemia. Os demais locais com nível de produção aquém do pré-covid foram Pernambuco (-7,6%), Rio Grande do Sul (-8,9%), Espírito Santo (-12,0%), Ceará (-17,1%), Pará (-18,5%), Nordeste (-19,1%) e Bahia (-24,5%).

Os parques industriais que superaram o pré-covid foram Minas Gerais (9,7% acima do pré-pandemia), Amazonas (6,4%), Rio de Janeiro (3,7%), Mato Grosso (2,6%), Goiás (2,4%), Santa Catarina (0,4%) e Paraná (0,1%).

O Estado de S.Paulo - SP   27/04/2023

O crescimento de 4,5% da China no primeiro trimestre deste ano comparado com igual período de 2022 foi um bom começo de recuperação depois de ter sido bem afetada pela pandemia da covid-19 nos últimos três anos. O país deve continuar em trajetória gradual nos próximos trimestres e pode registrar uma expansão do PIB entre 5,2% e 5,5% neste ano, acima da meta de 5,0% determinada pelo governo. No entanto, fatores internos e externos deverão conter um avanço maior do nível de atividade em 2023.

Com a reabertura da economia no começo deste ano, os chineses estão retomando o acesso a restaurantes e bares, as compras de produtos não duráveis, como roupas, e o turismo interno, com expressiva elevação das reservas em hotéis e das viagens de avião e trem. Mas economistas em Hong Kong, entrevistados pelo Estadão/Broadcast, não esperam expansão bem expressiva da aquisição de mercadorias e serviços pela população neste ano.

Um elemento relevante para isso é a reforma adotada pelo presidente Xi Jinping em 2022 para reduzir o excessivo endividamento de empresas de construção civil, a fim de coibir a especulação imobiliária no país. Embora necessária, a medida reduziu muito o acesso a crédito de companhias do setor, provocando a interrupção de grande número de obras, que aos poucos começam a ser retomadas com fontes mais seguras de funding.

“A contribuição do setor de construção ao PIB será de 0,5% em 2023, modesta para o crescimento do país, que ficará entre 5,3% e 5,5% neste ano”, diz Iris Pang, economista-chefe para a China do banco ING. Uma retomada mais firme deste segmento produtivo só deve ocorrer em 2024.

A recuperação da economia da China deve continuar no segundo trimestre, quando espera-se que o PIB cresça entre 6,3% e 7% ante o mesmo período de 2022. Tal expansão deve ser vista com reserva, pois a base de comparação é baixa, dado que muitas cidades industriais, entre elas Xangai, estavam fechadas na mesma época do ano passado devido aos lockdowns.
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Consumo

Não é esperado um boom de consumo na China neste ano porque os cidadãos ainda estão céticos com a perspectiva da economia do país no curto prazo, o que é sinalizado nos fracos índices de confiança e de inflação, além da poupança extraordinária da população, que atingiu perto de 5 trilhões de renminbis em 2022 (algo em torno de R$ 730 bilhões).

“As pessoas estão muito cautelosas para gastar depois de três anos de pandemia, porque questões estruturais não permitem aumento rápido da geração de postos de trabalho”, afirmou Lin Li, diretora de pesquisa de mercados globais para a Ásia do banco MUFG.

O desemprego na China está em 5,3%, mas é particularmente bem acentuado para os jovens entre 16 e 24 anos, cuja taxa é de 19,6%. “Apenas 35% dos estudantes das principais universidades nacionais, como as localizadas em Xangai, conseguem trabalho logo depois de se formarem”, afirmou Lin.

A China tem uma força de trabalho e população em declínio, e para manter o mesmo crescimento do consumo é necessária expansão da renda, o que está ligado normalmente ao aumento da produtividade do trabalho.

“Precisamos reconhecer que a verdade para o crescimento do consumo chinês é que será permanentemente menor do que a tendência pré-pandemia. A razão é que não há progresso tecnológico suficiente para aumentar a produtividade do trabalho”, aponta David Wang, economista-chefe para a China do banco Credit Suisse.

Segundo Wang, há um crescimento implícito da produtividade total de fatores (PTF) que as autoridades de Pequim gostariam - em média de 3% ao ano nos próximos cinco anos. Mas, para o economista, mesmo com certos avanços tecnológicos na produção de energias renováveis, a produtividade crescerá à média anual de 2,2% neste período.

Um dos fatores determinantes dessa defasagem tecnológica está relacionado ao fato de que a China não é capaz de fabricar microprocessadores de última geração, o que será agravado nos próximos anos por restrições ao país, de vendas de equipamentos no setor, adotadas por Estados Unidos, Japão e Holanda.

Exportações

As exportações da China apresentaram desempenho surpreendentemente elevado em março, com expansão de 14,8% ante o mesmo mês de 2022. Além da Rússia, boa parte das vendas externas ocorreu para países asiáticos, onde estão sendo instaladas novas fábricas de grandes empresas no contexto da reformulação das cadeias internacionais de valor.

Mas os especialistas acreditam que tal desempenho acima do esperado vai durar pouco tempo, uma vez que está em curso a desaceleração da demanda agregada nos EUA e Europa, motivada pela política monetária restritiva para conter a alta inflação. E tal redução do ritmo dessas economias também já está resultando em menor atividade na Ásia, com destaque para Índia, Coreia do Sul e Taiwan.

Com as exportações em alta moderada, o setor de construção em lenta retomada e um cenário pouco promissor para as vendas de veículos, devido ao fim em 2022 de subsídios do governo à compra de carros elétricos, a produção industrial na China deve ter avanço não muito expressivo neste ano, em alta de 4%, estima Iris Pang. O número é pouco maior do que a elevação de 3% registrada em 2022.

Políticas monetária e fiscal

Como a recuperação da economia da China deve viabilizar um crescimento neste ano em harmonia com a meta estabelecida pelo governo de Xi Jinping, não são esperadas mudanças expressivas na condução da política monetária pelo BC do país nos próximos trimestres. Inclusive porque, como o consumo não está muito forte, o país passa por processo de desinflação que deverá levar o índice de preços ao consumidor a uma marca média de 2,0% a 2,3% em 2023.

Por outro lado, a política fiscal deve ser um pouco mais ativa do que a monetária. Os investimentos em infraestrutura devem crescer de 5% a 6% neste ano, depois de terem apresentado elevação de 9,4% em 2022, estima Shuang Ding, economista-chefe para a China do banco Standard Chartered.

Para Ding, os gastos do país devem subir 6% em 2023, mais do que os 3% de aumento apurado no ano passado. Nos seus cálculos, o déficit do orçamento como proporção do PIB pode aumentar de 5,9% em 2022 para 7,5% neste ano. “Contudo, se a economia apresentar nos próximos meses um desempenho muito acima do esperado, eu não descartaria que o governo reduzirá um pouco as despesas a fim de evitar sobreaquecimento do PIB”, diz. Para as autoridades do governo de Xi Jinping, seria melhor poupar agora os recursos públicos para utilizá-los em alguma eventual necessidade no futuro próximo.

Um fator adicional poderá conter o apoio fiscal ao nível de atividade: os governos locais estão com graves restrições de verba, devido à limitada capacidade de arrecadação durante a pandemia. Além disso, apenas uma parte das receitas pode ser dedicada a investimentos em infraestrutura. “Muitas cidades, com 20, 30 milhões de habitantes, elevaram as despesas de forma extraordinária para conter a disseminação da doença [covid-19] nos últimos três anos, o que deixou seus caixas em situação orçamentária extremamente delicada”, observa Dong Chen, diretor de pesquisas para a Ásia do Pictet Wealth Management.

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   27/04/2023

Os contratos futuros de minério de ferro apresentaram comportamentos mistos nesta quarta-feira, com os preços na bolsa de Cingapura se recuperando modestamente, enquanto a referência em Dalian ampliou as perdas depois que um grupo da indústria siderúrgica da China pediu aos produtores que reduzissem a produção para se preservarem.

Os preços do aço na China caíram em meio a um ritmo decepcionante de recuperação da demanda, colocando desafios para a indústria, de acordo com a China Iron and Steel Association (CISA), que pediu aos produtores que cortem a produção para ajudar a garantir um fluxo de caixa estável.

Mais de 30 siderúrgicas já haviam emitido planos para manutenção até terça-feira, de acordo com a consultoria do setor e provedora de dados Mysteel.

A referência do minério de ferro para maio na Bolsa de Cingapura subiu 1,2%, para 103,65 dólares a tonelada. No entanto, o contrato caiu mais de 20% frente ao pico de 132 dólares registrado em 15 de março.

Em contraste, o contrato de setembro mais negociado do ingrediente siderúrgico na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 0,4%, a 716,50 iuanes (103,52 dólares) a tonelada. Mais cedo na sessão, atingiu 698 iuanes, a menor cotação desde 8 de dezembro.

Mesmo que o apetite chinês por produtos siderúrgicos melhore no final deste ano, o minério de ferro permanecerá fraco “por um longo tempo” por causa da política do governo de reduzir a produção, disseram analistas da Huatai Futures em nota.

A China está considerando limitar sua produção de aço este ano, de acordo com analistas e notícias recentes não confirmadas, estendendo uma política de dois anos que visa reduzir as emissões do maior produtor de aço do mundo.

A produção de aço bruto da China no primeiro trimestre aumentou 6,1% em relação ao ano anterior, para 261,56 milhões de toneladas, mostraram dados oficiais, enquanto o consumo aparente de aço cresceu 1,9%, para 243,42 milhões de toneladas, segundo a CISA.

Investing - SP   27/04/2023

A mineradora Vale (BVMF:VALE3) registrou lucro líquido de 1,84 bilhão de dólares no primeiro trimestre, queda de 58,8% versus o mesmo período do ano anterior, em meio a preços mais baixos e queda na comercialização de minério de ferro, mostrou nesta quarta-feira o relatório financeiro da companhia.

O valor veio abaixo do esperado por analistas que previam um lucro líquido de 2,422 bilhões de dólares, em média, conforme dados da Refinitiv.

A empresa havia reportado na semana passada uma alta de 5,8% da produção de minério de ferro, sua principal commodity, no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2022, para 66,77 milhões de toneladas. Já a comercialização do produto sofreu um recuo de 10,6%, diante de restrições no embarque.

O preço realizado de finos de minério de ferro entre janeiro e março foi 108,6 dólares por tonelada, ante 141,4 dólares por tonelada no mesmo período do ano passado.

A receita líquida de vendas nos três primeiros meses do ano foi de 8,43 bilhões de dólares, contra 10,8 bilhões de dólares um ano antes.

"Apesar das restrições climáticas para o embarque que impactaram nossas vendas, permanecemos confiantes em nossa habilidade para alcançar nossas metas para 2023", disse em nota o CEO, Eduardo Bartolomeo.

O executivo pontuou ainda que a produção mais forte de minério de ferro foi apoiada por um melhor desempenho da importante mina de S11D, no Pará, diante de avanços operacionais.

Anteriormente, a empresa havia informado que espera compensar o impacto na comercialização no segundo semestre, mantendo seu plano anual de vendas inalterado.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado das operações continuadas somou 3,58 bilhões de dólares entre janeiro e março, ante 6,21 bilhões de dólares um ano antes.

Os investimentos da Vale em crescimento e manutenção somaram 1,1 bilhão de dólares no trimestre, em linha com um ano antes.

Já a dívida líquida expandida ficou em 14,4 bilhões de dólares em 31 de março de 2023, quase estável ante o trimestre anterior e dentro da meta de alavancagem de 10-20 bilhões de dólares, disse a empresa.

Diário do Comércio - MG   27/04/2023

Em 2023, a Anglo American, empresa que tem sua origem na África do Sul e atualmente conta com operações em seis continentes, completa 50 anos de história no Brasil. Esse importante marco comprova o quanto nos sentimos acolhidos pelos brasileiros e estimulados a seguir por muitas mais décadas no país em busca de uma mineração cada vez mais segura, responsável e sustentável.

Hoje, operamos dois negócios no Brasil: produção de minério de ferro em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG), empreendimento que engloba um dos maiores minerodutos do mundo, com 529 km de extensão, passando por 33 municípios entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, até a filtragem e a exportação no Porto do Açu (RJ); e produção de ferroníquel no estado de Goiás, nos municípios de Barro Alto e Niquelândia. Juntos, os dois empreendimentos geram cerca de 12 mil empregos, entre diretos e terceiros, e investimentos no país de aproximadamente R$ 12 bilhões, previstos até 2027.

Orgulhosos do nosso passado e atentos aos desafios do presente e do futuro, entendemos que a mineração só tem sentido se for para o bem de todas as partes interessadas, e de maneira que busque soluções para os desafios da sociedade contemporânea. Assim, ancoramos nosso negócio nas melhores práticas ESG e, com o propósito de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas, temos um Plano de Mineração Sustentável, que estabelece, por meio de metas claras e objetivas, as ações da empresa nos pilares: ambiental, social e governança.

Os objetivos desse plano incluem parcerias para melhorias nos sistemas de educação e de saúde das comunidades que acolhem nossas operações; ações de inclusão e diversidade; fortalecimento dos mecanismos de transparência e integridade; foco na redução da emissão de gases do efeito estufa (com previsão de sermos neutros em carbono até 2040); reaproveitamento e gestão inteligente dos recursos hídricos utilizados na mineração; entre diversos outros.

O Plano de Mineração Sustentável já vem rendendo frutos que merecem ser celebrados neste aniversário de meio século de presença da Anglo American em território brasileiro. Nossa empresa é uma das primeiras mineradoras no mundo a constituir uma área específica para lidar com inclusão, diversidade e questões relacionadas à saúde mental. Estas ações fazem parte do nosso planejamento estratégico para a consolidação de uma cultura alinhada às necessidades da sociedade atual. Fazemos também a gestão de grupos de trabalho que discutem as questões ligadas a esta importante agenda. Nosso planejamento tem objetivos e metas dedicados especificamente aos grupos minorizados.

Trabalhamos, por exemplo, com a meta de alcançar, até 2027, 40% de mulheres em posição de liderança globalmente. Para isso, promovemos no Brasil o Programa de Desenvolvimento das Mulheres, que busca o fortalecimento do público feminino na mineração, oferecendo um espaço de estímulo a debates sobre temas pertinentes das esferas pessoais, sociais e profissionais, além de discussões sobre os desafios enfrentados diariamente nas rotinas de trabalho. Também realizamos diversas capacitações para a contratação de novas profissionais no setor, como cursos de soldadoras e treinamento de mulheres em caminhões fora de estrada.

Em relação ao meio ambiente, hoje a nossa matriz de energia elétrica no país é 100% renovável, rumo a uma operação cada vez mais sustentável. Também avançamos em um projeto de reúso de água do nosso mineroduto e seguimos investindo em alternativas para aumentar a eficiência operacional em recursos hídricos, por meio de parcerias com universidades e demais instituições de pesquisa, e apoiamos a recuperação de bacias hidrográficas do Rio Araguaia, em Goiás, e de nascentes do Rio Santo Antônio, em Minas Gerais.

Estamos trabalhando também em uma iniciativa piloto de reaproveitamento de escória de ferroníquel, que visa o uso deste material para a pavimentação de rodovias em Goiás. Além de trazer ganhos ambientais, esse projeto incentiva a economia circular, na qual os resíduos de uma indústria servem de matéria-prima para outra atividade econômica.

A Anglo American conta ainda com cerca de 27 mil hectares de áreas protegidas no Brasil entre Cerrado e Mata Atlântica, o que corresponde de forma equivalente a 27 mil campos de futebol e representa mais de seis vezes a sua área operada no país; além de ter aderido, com a doação de US$ 5 milhões, ao Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), responsável pela conservação de mais de 60 milhões de hectares na região amazônica.

Além disso, firmamos recentemente acordos para a promoção do desenvolvimento regional colaborativo nos municípios onde operamos com o objetivo de diversificar as economias locais, reduzindo, assim, a dependência da mineração.

Alcançar meio século de atuação é, para nós, motivo de alegria, gratidão e momento de renovar nosso compromisso com uma nova forma de mineração. Sabemos que isso só se tornou possível porque colocamos as pessoas no centro de tudo que fazemos e entendemos que estar em sintonia com as necessidades das comunidades anfitriãs às nossas operações e da sociedade no geral, é preponderante para o sucesso e a continuidade do negócio.

Ao celebrar os 50 anos de presença no Brasil, vislumbramos mais e mais décadas de uma mineração responsável, com padrões globais de excelência, solidez em cultura corporativa e trabalho de pessoas compromissadas, que no dia a dia constroem a história da nossa Anglo American.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   27/04/2023

Setor exportou no acumulado do primeiro trimestre US$ 3,35 bilhões, o que representa alta de 28,7% em relação ao mesmo período de 2022

— Foto: Leo Pinheiro/Valor

As exportações continuam sendo a melhor notícia do setor de máquinas e equipamentos brasileiro em 2023. O mercado externo tem compensando em parte o desaquecimento das vendas no país. Segundo números divulgados na tarde desta quarta-feira (26) pela Abimaq, entidade que representa a indústria, o setor exportou no acumulado do primeiro trimestre US$ 3,35 bilhões, o que representa alta de 28,7% em relação ao mesmo período de 2022.

No mês passado a receita com exportações somou US$ 1,25 bilhão, crescimento de 24,2% sobre o mesmo mês de 2022 e de 16% na comparação com fevereiro. A Abimaq destaca que a média mensal ficou acima de US$ 1 bilhão em 2023, contra média de US$ 870 milhões há um ano. A expectativa da entidade é de crescimento de 8,6% das exportações neste ano. Já para o mercado interno a estimativa é de estabilidade.

Por segmento, a venda de equipamentos para extração de petróleo para o exterior cresceu 186,8% no ano e já representa 11,7% de tudo o que é exportado. Outro destaque importante é o de máquinas para logística e construção civil, com expansão de 39,2%. Esse segmento tem o maior peso nas exportações, respondendo por 31,6% do total.

Já o mercado interno apresentou reação em março, após dois meses fracos. A receita líquida interna em março foi de R$ 21,2 bilhões, queda de 5,8% na comparação anual, mas alta de 31,1% em relação a fevereiro. A receita interna atingiu R$ 53,4 bilhões nos três primeiros meses, queda de 10,3% em relação ao ano passado.

Cristina Zanella, diretora de competitividade, economia e estatística da Abimaq, lembra que o setor começou o ano refletindo a redução de investimentos geral no país, e teve em janeiro e fevereiro desempenho muito fraco. O que começou a melhorar em março. “A recuperação em março não foi suficiente para reverter o trimestre, mas nossa expectativa é que melhore a partir de agora.”

Ela destaca os segmentos de máquinas para bens de consumo (têxtil e alimento, em especial), linha amarela e transformação como “puxadores” dessa recuperação em março. Já no trimestre, o único segmento com bom desempenho é o de componentes. O maior entrave à venda de máquinas no Brasil continua sendo a taxa de juros. “Só consegue investir em máquinas neste momento quem tem capital próprio e não depende do mercado”, afirma Zanella.

Com isso, a receita total do setor no mês passado somou R$ 27,8 bilhões, redução de 0,6% sobre o mesmo mês de 2022 e alta de 27,4% em relação a fevereiro. No acumulado do ano, a receita total soma R$ 69,8 bilhões, 4,6% a menos do que no primeiro trimestre de 2022. O que comprova que o aumento das exportações e a reação em março ainda não foram suficientes para compensar a queda no mercado interno no bimestre janeiro-fevereiro.

O consumo aparente em março somou R$ 34,4 bilhões, redução de 1,4% na comparação anual e alta de 30,1% sobre fevereiro. No ano, atingiu R$ 87,8 bilhões, redução de 8% na comparação com o mesmo período de 2022.

As importações também têm demonstrado força em 2023. Em março foram importadas US$ 2,42 bilhões em máquinas, alta de 13,2% sobre o mesmo mês de 2022 e de 29% em relação a fevereiro. No acumulado do trimestre, as compras externas somam US$ 6,42 bilhões, crescimento de 8,2% na comparação com o ano passado.

IstoÉ Online - SP   27/04/2023

A queda na receita líquida total da indústria de máquinas e equipamentos desacelerou em março, mostraram dados da associação do setor, Abimaq, divulgados nesta quarta-feira.

A receita líquida total do setor apresentou recuo de 0,6% em comparação com mesmo período no ano passado, mas subiu 27,4% (5,9%, com ajuste sazonal) em comparação com fevereiro, de acordo com a Abimaq.

Em fevereiro, a receita líquida da indústria recuou 7,8% em relação ao mesmo período em 2022. Em janeiro, a queda foi de 6,4% na mesma base de comparação.

Apesar da desaceleração na queda, o recuo da receita em março marcou a décima retração consecutiva do faturamento do setor na comparação anual. Segundo a Abimaq, as quedas têm sido causadas por fraqueza no mercado doméstico.

“Nós viemos de uma desaceleração observada no último trimestre do ano passado nos investimentos em todos os segmentos da indústria”, disse a diretora-executiva de economia, estatística e competitividade da Abimaq, Cristina Zanella, a jornalistas. Ela ressaltou que os meses de janeiro e fevereiro também apresentaram fracos desempenhos nas vendas no mercado interno.

“Os números de março, especificamente, vieram bons” em comparação com fevereiro, acrescentou, mas “ainda não o suficiente para cobrirem os números do mesmo período do ano passado e muito menos para eliminarem a queda acumulada deste início do ano.”

O setor encerrou o primeiro trimestre com queda acumulada de 4,6% na receita total, segundo os dados da Abimaq.

A exportação, contudo, vem ajudando a amortecer a queda no mercado interno. Em março, as vendas externas do setor subiram mais de 24% ante o mesmo período em 2022, e avançaram 16% na base mensal, superando mais uma vez a marca de 1 bilhão de dólares.

“Nossa expectativa é que, agora, com esse início de recuperação (do mercado interno), as coisas comecem a melhorar em termos de investimentos no país, mas ainda temos alguns obstáculos que têm impedido uma melhora mais forte dos investimentos em todos os segmentos”, disse Zanella, se referindo aos juros elevados no país.

A entidade acrescentou que o nível de ocupação de capacidade instalada da indústria voltou ao patamar de 78% nos últimos dois meses, uma melhora, mas ainda abaixo dos 79,9% observados em 2022.

Construção Latino-americana - SP   27/04/2023

A Volvo apresenta na América Latina a carregadeira de rodas L200H HL para o setor florestal e madeireiro. O novo modelo oferece maior capacidade de carga, podendo carregar até 11,2 toneladas de toras, 27% a mais que a versão anterior. A unidade rotativa na frente foi totalmente redesenhada e reforçada para proporcionar mais estabilidade e agilidade na operação, enquanto os pneus mais largos da série 875 também contribuem para a estabilidade. “A nova L200H High Lift oferece muito mais versatilidade, economia de combustível e alta produtividade para um segmento em crescimento em todo o continente”, afirma Luiz Marcelo Daniel, presidente da Volvo CE Latin America.

Com uma altura de elevação de até 6,9 metros, a máquina pode manusear mais metros cúbicos por hora e maximiza o espaço no depósito de madeira em 60% em comparação com uma carregadeira convencional.

A tecnologia incorporada reduz o consumo de combustível em até 15%, graças a um sistema de transmissão com funcionalidade Optishift que otimiza o consumo de combustível ao eliminar perdas mecânicas no conversor de torque. A máquina também é equipada com vários aplicativos de suporte, como sistema de pesagem integrado e sistema de monitoramento da pressão dos pneus, para melhorar a operação e prolongar a vida útil do equipamento.

Segurança

A segurança é outro aspecto importante da L200H HL. A carregadeira de rodas tem a funcionalidade CMS (Collision Mitigation System) disponível. O CMS reconhece obstáculos e freia automaticamente a máquina para evitar acidentes. Além da câmera traseira integrada, a carreta também possui uma câmera frontal que auxilia o operador a ter uma melhor visão ao manusear a pilha de toras. A nova carregadeira de rodas Volvo também possui um pacote de iluminação com 22 luzes de LED que melhoram a visibilidade e aumentam a segurança.
Versatilidade

A nova Volvo L200H HL pode substituir vantajosamente outros equipamentos comumente utilizados para movimentação de toras em pátios, como escavadeiras e manipuladores. “São aparelhos que não têm a mesma versatilidade. A L200H HL é muito mais produtiva e econômica. É uma solução única para o segmento madeireiro obter o máximo desempenho na movimentação de toras nos pátios”, afirma Boris Sánchez, head de gestão de produtos e serviços de produtividade da Volvo CE na América Latina.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Infomoney - SP   27/04/2023

O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,0 ponto em abril, chegando a 95,4 pontos, informou nesta quarta-feira (26) a Fundação Getúlio Vargas. Em médias móveis trimestrais, o ICST avançou 0,6 ponto.

“A confiança das empresas da construção avançou influenciada tanto pela percepção em relação à situação corrente, quanto pelas expectativas, mas ainda sem recuperar o patamar de outubro do ano passado”, afirma a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota.

Castelo destaca a melhora das expectativas dos empresários nos segmentos de Edificações Residenciais e de Obras Viárias, com ênfase para o mercado imobiliário, que segundo ela tem mostrado grande resiliência e sustentado o aumento nas vendas de imóveis novos, a despeito da piora nas condições de crédito.

“No entanto, vale notar que houve aumento nas assinalações no quesito Demanda Insuficiente, indicando mudança na dinâmica recente. Ainda assim, em abril as empresas além de apontarem melhora expressiva da atividade corrente, sinalizaram confiança na demanda dos próximos meses”, acrescentou.

Situação atual e expectativas

Nas aberturas de abril, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,6 ponto, para 94,3 pontos, nível próximo ao observado em abril do ano passado (94,4 pontos). O indicador da situação atual dos negócios aumentou 0,5 ponto, para 92,7, e o indicador de volume de carteira de contratos avançou 0,7 ponto, para 95,9 pontos, após cinco quedas consecutivas.

O Índice de Expectativas (IE-CST) também teve alta, de 1,4 ponto, atingindo 96,7 pontos nesta leitura, o maior nível desde outubro de 2022 (103,2 pontos), puxado pela melhora do indicador de tendência dos negócios, que avançou 3,0 pontos, para 95,3 pontos. Em contrapartida, o indicador de demanda prevista variou negativamente 0,2 ponto, para 98,1 pontos.

Nuci

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 1,9 ponto porcentual, para 79,8%, o maior desde agosto de 2014 (80,4%). Nas aberturas, o Nuci de Mão de Obra avançou 2,1 pp, para 81,0%, enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamentos avançou 2,3 pp, a 75,9%.

Grandes Construções - SP   27/04/2023

Impulsionados pela construção industrializada em aço, os projetos ou reformas de escolas e faculdades têm recebido uma nova abordagem na construção civil, transformando a maneira como os espaços de aprendizado são concebidos e resultando em projetos inovadores realizados por meio de sistemas construtivos em aço.

A rapidez na montagem das estruturas, aliada à precisão na fabricação e à flexibilidade de design, permitem a criação de espaços personalizados, adaptáveis e funcionais, que atendem às necessidades específicas de cada instituição de ensino.

A Escola Bilíngue Aubrick, em São Paulo, assim como a Faculdade e Universidade Paraíso, em Pernambuco, são alguns exemplos recentes de como a construção industrializada em aço vem garantindo a realização de diversas obras de espaços de aprendizagem pelo país.

Marcelo Maia Rosa, do escritório Andrade Morettin, um dos responsáveis pelo projeto em São Paulo, explica que toda a estrutura principal da escola é em aço. “Foram utilizadas 212 toneladas do material em uma área construída de 3.909m². A maior inovação da obra está no cálculo de engenharia, que permite uma compensação do vão central com a cobertura retrátil, com uma viga bastante esbelta.”

O especialista destaca ainda que outra grande importância do uso do sistema construtivo em aço neste projeto foi o fato da obra ganhar pelo menos seis meses de agilidade em sua entrega.

“Sem a construção em aço também não conseguiríamos superar os grandes vãos, que nos permitiram construir pátios cobertos e descobertos livres de pilares, como o playground que ocupa o segundo pátio, que é descoberto e dá continuidade ao primeiro. Além do agradável solário, instalado na área de cobertura. Estes ambientes ganham destaque, pois funcionam como espaços de lazer, esporte, convívio e atividades pedagógicas.”

Já Luciano Ramos, arquiteto responsável pelo projeto da Faculdade e Universidade Paraíso, em Pernambuco, destaca que a obra é toda em aço: estrutura (pilares, vigas e lajes), fechamentos externos em steel frame, lajes em steel deck e vedações externas em drywall.

“Foram 7.000m² montados em apenas 60 dias, proporcionando espaços de educação mais generosos e áreas de convivência fluídas, que favorecem a interação dos alunos de diversos semestres.”

Graças ao sistema construtivo em aço, Ramos destaca que houve uma melhor otimização dos ambientes e considerável minimização dos custos, com o projeto arquitetônico adotando duas situações distintas.

“Com a construção industrializada conseguimos realizar tudo de maneira muito mais ágil e sustentável, com as áreas de apoio ao ensino, como auditório, gabinetes de professores, biblioteca e secretaria, dispostas em uma única edificação térrea. Já o bloco acadêmico foi desenvolvido em uma edificação com 3 pavimentos. Sem a construção em aço, nenhuma dessas escolhas seria possível, restringindo a obra a opções mais tradicionais.”

Diante desse cenário, o Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA) acredita que os sistemas construtivos em aço proporcionam a construção de instituições de ensino de maneira cada vez mais rápida, sustentável e que permita aos responsáveis pelos projetos apostarem em soluções inovadoras para espaços diferenciados e que valorizem as atividades pedagógicas.

“A construção industrializada garante mais acessibilidade, segurança e qualidade das instalações, entre outros aspectos que desempenham fatores cruciais para a concepção e sucesso de qualquer projeto.”

Agência Brasil - DF   27/04/2023

O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 0,23% em abril deste ano. A taxa é maior que a de março (0,18%), mas menor que a de abril de 2022 (0,87%).

Com o resultado, o INCC-M acumula inflação de 0,93% no ano e de 7,48% em 12 meses.

Os materiais e equipamentos tiveram inflação de 0,14% em abril, ante uma deflação (queda de preços) de 0,07% em março. Já a mão de obra teve inflação de 0,23% no mês, taxa abaixo do índice de 0,27% de março.

FERROVIÁRIO

Portos e Navios - SP   20/01/2023

O Ministério dos Transportes abriu uma consulta pública para receber sugestões sobre o setor de transportes no Brasil. A Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (Ferrofrente) fez sua contribuição e propôs alternativas e ideias para a melhora e desenvolvimento do segmento fundamental para o desenvolvimento do País.

A Ferrofrente destacou o peso do modal ferroviário no interior de um sistema de transportes multimodal, que colocam custo e eficiência como duas faces de uma mesma moeda, a competitividade. "Há de se considerar que determinados aspectos precisam ser pensados e refletidos conjuntamente, tais como fatores que têm peso financeiro e ambiental quando comparados, por exemplo, os modais rodoviário e ferroviário, pois este, dado as características de sua utilização, implica em menor poluição, menor dano ambiental em todos os sentidos, como também menor incidência de ruídos e acidentes", disse o presidente da Ferrofrente, o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves.

A ONG defendeu a importância em conciliar as pesquisas pensando conjuntamente nos conceitos de cidade inteligente e mobilidade inteligente, enxergando na integração o único meio de conciliar estas duas dimensões da mobilidade urbana, ou seja, não conseguimos mensurar projetos isolados, focados num único modal, com base em sua infraestrutura, deslocada dos demais modais e suas respectivas infraestruturas. A integração passa a ser, então, uma demanda amplamente regional que incorpora em si toda a estrutura e infraestrutura que permite a mobilidade de todos os modais, criando formas de integrá-las a partir da intervenção nas
infraestruturas existentes e da criação de novas infraestruturas.

De acordo com José Manoel, é preciso modernizar, ampliar, organizar, integrar, garantir modicidade tarifária, dar mais segurança e conforto aos passageiros e custos competitivos nos deslocamentos dentro do país, despoluindo, desburocratizando, humanizando o caótico sistema de transporte de cargas, gerando economia de escala, reduzindo o preço dos alimentos que chegam à mesa dos trabalhadores, das famílias brasileiras. Por outro lado, tal providência, aumentaria nossa capacidade de competir nos mercados do exterior, enriquecendo assim toda a nação. “Decisões políticas precisam ser tomadas pensando no longo prazo. Há um problema estrutural e um problema cultural, que só vai mudar com educação para cidadania e para política. Temos que voltar a ter orgulho de nossas ferrovias”, declarou o engenheiro.

A entidade propôs ainda a incorporação de Conselhos Gestores junto ao setor ferroviário, como forma de potencializar sua participação junto aos sistemas de transportes. Isto porque esses conselhos agregam vários atores da sociedade civil, a partir de uma participação ativa junto aos gestores das ferrovias, e com isso contribuírem de maneira colaborativa em várias dimensões da gestão, tais como a formulação de diretrizes de trabalho, o acompanhamento, a avaliação das ações com sugestões de melhoria, controles, registros, assessoria, e outras tantas atividades que concorrem para uma gestão mais focada em resultados positivos. "Cabe ressaltar a isenção de interesses políticos e econômicos desses conselhos, porque sendo formados por atores da sociedade civil, o aspecto no qual estão interessados é a promoção da qualidade dos serviços que são prestados à população, visando um objetivo final que é o bem estar social da comunidade", afirmou José Manoel.

A consulta pública abordou sete pontos: Competitividade; Segurança; Qualidade; Inovação e desburocratização; Eficiência e Sustentabilidade; Informação, Comunicação e Articulação Institucional, e Governança.

Rodoviário

O Estado de S.Paulo - SP   27/04/2023

O Ministério dos Transportes estuda acionar a Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos do Tribunal de Contas da União (TCU) para resolver contratos de concessão de rodovias em processo de devolução pelas empresas. A ideia parte da avaliação de que, para alguns casos, será melhor promover a repactuação do contrato e manter o operador atual do que promover uma nova licitação.

“Se for razoável e possível fazer isso, se a tarifa ficar boa, talvez valha a pena recuperar um contrato do que começar tudo de novo. Tem de analisar a situação financeira do operador, tudo tem que ser analisado, mas se for possível, é melhor que colocar em relicitação. No fim, o que queremos é uma estrada mais segura, com investimentos”, disse ao Estadão/Broadcast o secretário-executivo da pasta, George Santoro. Segundo ele, o Ministério estuda junto da Advocacia-Geral da União (AGU) se, juridicamente, essa saída é viável. Pelo aspecto econômico, Santoro afirmou que a pasta já viu vantajosidade para certos contratos.

O secretário-executivo não antecipou quais concessões problemáticas podem estrear essa alternativa na secretária do Tribunal, estruturada recentemente pelo presidente do TCU, Bruno Dantas. Segundo ele, a pasta trata dos casos mais graves com “prioridade”. Hoje, cerca de 5 mil km de rodovias estão em processo de devolução pelas empresas. A partir do momento que a concessionária assina o aditivo da relicitação, os investimentos no ativo ficam suspensos. A situação tem frustrado o poder público e as regiões onde essas rodovias estão localizadas, já que a resolução dos passivos para que a concessionária possa sair do projeto é demorada, atrasando os leilões para selecionar um novo operador e destravar os investimentos.

“O presidente do TCU teve lucidez muito importante em criar essa secretaria. Porque nesses cinco anos desde que a relicitação é possível não resolvemos nada. Talvez acordos supervisionados pelos órgãos de controle façam que tenhamos muito mais efetividade na política pública do que recomeçar do zero as coisas”, disse Santoro.
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O arcabouço legal para a devolução amigável de ativos problemáticos existe desde 2017. Apesar de uma série de concessionárias ter acionado o instrumento, nenhuma relicitação foi feita até o momento. Apenas neste ano será realizado um novo leilão para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), e a primeira relicitação de rodovias foi aprovada no TCU somente na semana passada, referente ao sistema rodoviário das BR-040/RJ/MG e BR-495/RJ.

PETROLÍFERO

IstoÉ Dinheiro - SP   27/04/2023

A diretora Executiva de Gás Natural do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Sylvie d’Apote, disse nesta quarta-feira, 26, que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deve ser o árbitro final na regulação e tipificação de gasodutos.

“Nossa recomendação é que a liderança nessa regulação esteja com a ANP. Grande guardiã da coerência do desenho de mercado”, disse D’Apote.

“A harmonização deve ser perseguida, mas sempre com a liderança da ANP, que deve ser o árbitro final. É importante que o desenho da regulação federal prevaleça sobre as particularidades que podem aparecer na regulação estadual”, continuou a executiva do IBP.

As afirmações foram feitas no fim da tarde desta quarta-feira, em workshop promovido pela ANP sobre a futura regulamentação do inciso 6º do artigo 7º da chamada Nova Lei do Gás (914.134/2021). Segundo o trecho do texto legal, a ANP deve estabelecer limites de diâmetro, pressão e extensão para auxiliar no processo de classificação de gasodutos de transporte.

O tema ganhou vulto sobretudo depois da polêmica do gasoduto Subida da Serra, da Comgás. A ANP definiu a estrutura como gasoduto de transporte no fim de 2021, o que vedava sua operação por uma distribuidora, caso da Comgás. Mas a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) havia liberado, ainda em 2019, a operação da estrutura pela Comgás como equipamento de distribuição. Desde o ano passado, a diretoria da ANP tenta chegar a um acordo com a reguladora estadual para viabilizar a operação do Subida da Serra.

O episódio paulista é símbolo de desarmonia entre a regulação federal e estadual sobre transporte e distribuição de gás. Segundo D’Apote, as regras da ANP devem ser prevalentes às estaduais porque a agência federal teria a vocação para olhar o “big picture” do mercado, ou seja, a integração capaz de dar segurança de abastecimento e concorrência de preços para fornecedores e consumidores da molécula.

“É importante que a definição (sobre gasodutos de transporte) seja dada agora pela ANP, e garanta que esse sistema possa se desenvolver da maneira mais ampla e interligada possível, para realmente criar competição efetiva na comercialização da molécula, e preços mais competitivos”, disse D’Apote.

Ela lembra que a própria legislação prega o “balanço” entre o interesse nacional e local, mas com o olhar de que o interesse nacional é mais prevalente que o interesse local.

“O grande desafio está no vácuo regulatório que abriu espaço para o avanço das regulações estaduais na classificação dos gasodutos. E essa indefinição está virando insegurança regulatória e jurídica.

Ela defendeu “regras claras e relativamente simples”, preservando histórico e casos particulares, mas tratando de forma criteriosa o que possa vir a ser exceção.

Valor - SP   27/04/2023

Estatal tem acordo com Cade, órgão antitruste brasileiro, para se desfazer da transportadora

Desde que o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou, em meados deste mês, que pretende desistir da venda da fatia acionária na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), o mercado de gás nacional tem se mostrado preocupado e as opiniões de especialistas se dividem quanto à viabilidade de implementar a medida. Fontes da indústria afirmam que a fala de Prates gerou desconforto em players que entraram no setor esperando o fim da posição dominante da Petrobras. Agora a possível desistência do negócio é vista como retrocesso em um setor que viveu um começo de abertura desde 2019. Foi naquele ano que a estatal fechou um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para vender ativos de gás natural.

Diante da polêmica criada por Prates com as declarações sobre a TBG, fontes avaliam que a Petrobras teria alguns caminhos. Um deles seria alegar a falta de propostas de compradores a preços relevantes para os ativos. No mercado, a informação é de que a Petrobras teria recebido ofertas por preços abaixo do pretendido pela estatal. Outra possibilidade seria a Petrobras tentar um novo acordo com o Cade.

Segundo uma fonte da autarquia explicou ao Valor, qualquer acordo com o Cade pode ser revisto. A partir do pedido de revisão, o colegiado vai se preocupar em entender se existe razão de rever o acordo. No caso concreto envolvendo a TBG, nenhum pedido de revisão chegou ao órgão até agora, de acordo com a fonte. E sem uma proposta de revisão ainda não é possível saber qual o humor do conselho para eventual pedido, por mais que, do ponto de vista teórico, seja possível revisar o acordo.

Há contudo a impressão de que a falta de comprador não seria vista como um impedimento determinante pois, segundo a fonte, vender “depende do preço”. No caso da venda de refinarias, também acordada com o Cade, a Petrobras estipulou um prazo inicial que depois foi prorrogado. Com a nova gestão na estatal, o desinvestimento em refino não deve continuar. Ainda segundo o interlocutor, mais importante do que rever o acordo no Cade seria lidar com a restrição da Lei do Gás, que proíbe a verticalização.

Fontes avaliam que o episódio joga pressão sobre o Cade, uma vez que o colegiado pode ter a sua autoridade fragilizada caso permita que a Petrobras descumpra o acordo. Procurado pelo Valor, o Cade disse que não comenta casos em andamento. TBG também não comentou. Petrobras e YPFB não responderam até o fechamento desta edição.

O desinvestimento da estatal na TBG, que opera o lado brasileiro do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), foi acordado com o Cade em 2019 dentro de um Termo de Cessação de Conduta (TCC), segundo o qual a empresa se comprometeu em ajudar na abertura do mercado de gás e no fim do monopólio estatal. A petroleira tem 51% da TBG. O Gasbol começa em Santa Cruz de La Sierra e percorre 557 quilômetros no lado boliviano até entrar no Brasil pela cidade de Corumbá (MT). Dali, o gasoduto percorre mais 2.593 quilômetros, em cinco Estados. O trecho da Bolívia é de responsabilidade da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).

Giovani Loss, sócio da prática de Infraestrutura e Energia do Mattos Filho, diz que caso a Petrobras opte pela renegociação do acordo, o processo ainda deve durar meses. “A Petrobras está sujeita a punições por parte do Cade se descumprir o termo e até mesmo a uma execução do acordo na justiça”, disse o advogado. “O Cade é um órgão técnico que tomará decisões técnicas.”

Para o diretor fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, a notícia assusta o mercado de gás. “Existia uma premissa de que abriríamos o mercado de gás, teríamos mais concorrência”, afirmou. “Diversas empresas entraram no mercado de gás acreditando que esse TCC seria cumprido, fizeram grandes investimentos. Essas incertezas assustam o investidor, dão sinais de monopólio, ameaçam a previsibilidade.”

Prates fez as declarações sobre a TBG, no dia 17, em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na ocasião, ele disse: “Temos um termo assinado com o Cade, vamos atuar diferente em relação ao que o governo anterior fazia.” Também presente ao encontro o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou a criação de um grupo de trabalho para atuar na ampliação da oferta e na redução dos preços do gás natural. O comitê será formado por membros do Ministério de Minas e Energia (MME), da Fazenda, Casa Civil, Petrobras, da própria Fiesp e representantes de produtores independentes, além do próprio MDIC.

Segundo o ministério liderado por Alckmin, dos atuais 140 milhões de metros cúbicos de gás natural produzidos diariamente no Brasil, quase metade é reinjetada em poços de campos offshore e não é disponibilizada para o mercado nacional. Nos últimos anos, com os investimentos da Petrobras em terminais de GNL na costa, a dependência do gás boliviano tem diminuído, mas ainda representa cerca de um terço da demanda do Brasil. No entanto, fontes ouvidas pela reportagem defendem que os planos da Petrobras de manter a TBG podem minar as perspectivas do governo de reduzir os preços e aumentar a competição.

CNN Brasil - SP   27/04/2023

O petróleo caiu mais de 3,5%, nesta quarta-feira (26) e apagou todos os ganhos registrados desde o corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). As cotações são pressionadas por crescentes incertezas quanto ao pulso da economia global, diante do ressurgimento de dúvidas sobre a saúde do sistema bancário americano.

O petróleo WTI para junho fechou em queda de 3,59% (US$ 2,77), a US$ 74,30 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho cedeu 3,57% (US$ 2,88), a US$ 77,72 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Analista da Oanda, Edward Moya observa que a commodity está em “queda livre” devido ao ambiente econômico desafiador e não deve alcançar o nível de US$ 100. Moya pontua que o mercado de energia enfrenta frustrações com a reabertura da China, temores de aperto monetário exagerado pelo Fed e expectativa que a produção de petróleo Permian dos EUA ainda está longe do seu pico.

Mais cedo, os contratos mais líquidos chegaram a ensaiar ganhos, mas inverteram sinal ao longo da manhã à medida que se intensificaram preocupações sobre a saúde financeira do First Republic Bank, tendo em vista informações do noticiário internacional reportando as dificuldades do banco em encontrar suporte do setor privado e do governo americano.

A queda durante a manhã foi temporariamente aliviada por dados dos Estados Unidos, demonstrando redução significativa nos estoques de petróleo e gasolina.

No radar, um estudo publicado nesta quarta-feira revela que violações das sanções ocidentais lideradas pelos EUA devem ter ocorrido nos portos asiáticos da Rússia, elevando os preços do Ural e do Espo acima do teto de US$ 60 o barril.

Ainda, Opep+ anunciou que os países podem manter cooperação mesmo após o fim do acordo atual de oferta, inclusive como parte da interação tecnológica e da criação de projetos conjuntos, segundo o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak.

AGRÍCOLA

Valor - SP   27/04/2023

Com a aquisição, a companhia adiciona seis lojas ao seu portfólio de concessionárias de máquinas e equipamentos agrícolas

A Vamos anunciou nesta quarta-feira que comprou a DHL Tratores por R$ 93 milhões e se consolida como a maior rede de concessionárias da marca finlandesa Valtra na América do Sul.

Com a aquisição, a companhia adiciona seis lojas ao seu portfólio de concessionárias de máquinas e equipamentos agrícolas, chegando a 74 revendedoras de veículos pesados. As seis lojas da DHL Tratores são localizadas no Paraná.

Fundada em 2004, a DHL Tratores registrou receita bruta de R$ 230 milhões e lucro líquido de R$ 22 milhões no ano passado. A dívida líquida da companhia no fim do ano passado era de R$ 33 milhões.

“A operação está em linha com o planejamento estratégico da Vamos e preserva a sua sólida estrutura de capital, garantindo as condições para o contínuo desenvolvimento da companhia”, afirmam.

Uma parcela à vista de R$ 31,9 milhões será paga no fechamento da operação, após aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), enquanto o restante será quitada em quatro parcelas anuais.

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