IstoÉ Online - SP 26/10/2023
O Instituto Aço Brasil informou que a produção nacional de aço bruto em setembro de 2023 somou 2,5 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 9,3% ante o mesmo intervalo do ano anterior. Em igual período, as vendas internas atingiram 1,7 milhão de toneladas, queda de 5,9% na comparação anual.
A produção de laminados em setembro foi de 1,8 milhão de toneladas, valor 4,4% inferior ante o mesmo período de 2022. No mesmo intervalo, a produção de semiacabados somou 752 mil toneladas, aumento de 11,4%.
O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 2,2 milhões de toneladas, valor 8,5% superior na comparação anual.
As exportações no período somaram 853 mil toneladas, o que representa uma alta de 1,4% ante o mesmo mês de 2022. Considerando igual intervalo, os ganhos com as vendas para o mercado externo totalizaram US$ 672 milhões, valor 11,9% menor para o setor.
As importações, por sua vez, foram de 549 mil toneladas em setembro, um aumento de 133,8% ante o registrado no mesmo período do ano passado. Em valores, as importações somaram US$ 565 milhões, uma alta de 51,7% no mesmo intervalo de comparação.
Petro Notícias - SP 26/10/2023
A ArcelorMittal e a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) assinaram um convênio de cooperação para a criação do Centro CIT/SENAI de Descarbonização Industrial na capital mineira. O centro receberá investimento inicial de R$ 34 milhões para a estruturação básica do laboratório, que é voltado para o desenvolvimento de tecnologias e projetos de descarbonização. A assinatura teve as presenças do presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO Aços Longos e Mineração LATAM, Jefferson De Paula, e o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, além do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman. Com foco em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), o Centro CIT/SENAI de Descarbonização Industrial vai promover a capacitação de profissionais para trabalhar com esta temática. A estrutura básica do laboratório contará com equipamentos complementares à infraestrutura dos Institutos do CIT SENAI. Serão desenvolvidas ações e projetos relacionados a biocombustíveis sustentáveis, uso de hidrogênio verde, captura e transformação de CO2 e novas tecnologias de produção de aço.
Jefferson De Paula disse que “A criação do Centro CIT/SENAI de Descarbonização Industrial é mais um passo importante na nossa jornada de descarbonização. Para nós da ArcelorMittal, a parceria com a Fiemg é muito relevante, tendo em vista que um dos principais desafios da nossa sociedade e da indústria é alcançar a neutralidade do carbono. Este centro será fundamental para desenvolvermos em conjunto novas tecnologias que irão garantir a sustentabilidade das nossas operações.” A ArcelorMittal lidera o processo de descarbonização na indústria do aço. Globalmente, o Grupo ArcelorMittal foi pioneiro no setor ao lançar a meta de ser carbono neutro até 2050 e, como passo intermediário, reduzir em 25% suas emissões específicas até 2030.
Até lá, a empresa trabalhará com melhoria dos processos existentes e, depois disso, empregará tecnologias disruptivas, que tornarão a ArcelorMittal carbono neutra até 2050. O Grupo estuda alternativas tecnológicas para utilizar os gases de processo que contém COâ‚‚, como, por exemplo, produzindo etanol para consumo e uso na indústria química, além de outras técnicas de captura de carbono. A ArcelorMittal também aproveita para participar da ConstruFavela 2023, feira voltada para a construção civil que leva desenvolvimento e oportunidades para a vida de milhares de profissionais do setor em Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo. Esta é a segunda edição da feira, organizada pelo Revitaliza Comunidades em parceria com o G10 Favelas, que acontece no Pavilhão Social do G10 Favelas, até hoje (25O evento ocorre na semana do Dia do Trabalhador da Construção Civil e conecta a comunidade com empresas renomadas do setor.
A edição 2023 é patrocinada pela empresa, segundo explica Paula Couri, Diretora de Marketing e Produtos da ArcelorMittal: “A ArcelorMittal quer estar cada vez mais próxima das pessoas, fortalecendo seu posicionamento e compromisso com a oferta de produtos e soluções de excelência em aço para a construção civil. Além do nosso portfólio completo, sempre com foco no cliente e alinhado com as principais tendências globais, buscamos participar do evento tanto com itens que ajudem na autoconstrução como na formação profissional dos próprios usuários. Para isso, trouxemos um time de especialistas.” No espaço da ArcelorMittal, o visitante terá disponível uma experiência de produtos e soluções em aço da empresa para o segmento da Construção Civil – geral e autoconstrução – como sapatas prontas, colunas prontas, telas soldadas, treliças, arames, pregos, Murfor, estribos, sistema Trelifácil e serviços Belgo Pronto. No evento Existem muitos profissionais que trabalham de forma autônoma e que, muitas vezes, precisam se atualizar. Há também aqueles que estão em busca de uma nova oportunidade de trabalho, e este é o momento de conectar com grandes empresas que estarão presentes.
Valor - SP 26/10/2023
Tributos foram criados durante o governo Trump e revogado por Biden, que negocia com os europeus a criação de um grupo dedicado a comprar e fomentar a produção de aço elaborado de maneira mais sustentável
Os Estados Unidos não irão retomar as tarifas impostas sobre o aço e alumínio da União Europeia (UE) enquanto negocia com o bloco europeu um novo esquema de impostos sobre os produtos, segundo o “Financial Times” (FT).
Os impostos de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio da UE vendidos nos EUA foram criados durante o governo do ex-presidente Donald Trump e revogado pelo presidente Joe Biden, que negocia com os europeus a criação de um grupo dedicado a comprar e fomentar a produção de aço elaborado de maneira mais sustentável.
As tarifas estavam programadas para serem retomadas em janeiro de 2024.
Apesar das intenções de EUA e UE, discussões na semana passada voltadas a avançar com a proposta não produziram resultados práticos.
Diário do Aço - MG 26/10/2023
A Usiminas vive hoje uma situação que pode parecer contraditória. Em nível internacional, é avaliada de forma muito positiva pela S&P Global Rating, prestigiada agência internacional que orienta os investidores. Suas notas ficaram acima das outras siderúrgicas após a companhia ter-se transformado em subsidiária da Ternium, sendo responsável por 30% do faturamento daquele grupo.
Os analistas da S&P consideram que os ativos da Usiminas complementarão os da Ternium, o que levará à melhora da situação de todo o grupo.
Ao mesmo tempo, a agenda ESG da empresa - a qual procura dar importância à governança das empresas e aos temas sociais e ambientais -, apresenta situações difíceis. O Ministério Público está defendendo a condenação da Usiminas por poluição em Ipatinga, propondo ação com o valor de R$ 347 milhões, baseando-se em parecer da FEAM e relatórios de automonitoramento elaborados pela própria Usiminas.
Não bastasse isso, acidentes de trabalho têm acompanhado a reforma do alto-forno 3, investimento altíssimo e estratégico que levará ao aumento de sua produtividade, à economia de custos e à manutenção da competitividade da empresa.
“Quem trabalha com a agenda ESG sabe que ela floresceu a partir do risco apresentado no trabalho produtivo”
Em dezembro do ano passado, faleceu no [hospital] Marcio Cunha um trabalhador terceirizado, vítima de vazamento de gás, após seis dias de internação. Outro terceirizado permaneceu hospitalizado por um bom tempo, em estado grave.
Em abril deste ano, tivemos cinco trabalhadores hospitalizados por terem sido submetidos a uma onda de calor excessivo. Agora, no dia 16 de outubro, acidente de trabalho com morte, ceifando a vida de Genivaldo Fernando da Silva, vítima de uma queda.
Desta vez, a atitude da presidência da Usiminas, Marcelo Chara, que assumiu o cargo em julho deste ano, foi mais humana e preocupada com a governança interna.
Ao contrário das outras vezes, o nome do acidentado foi divulgado. E, mais importante: o presidente não se escondeu atrás da burocracia da empresa. Ele mesmo veio a público, deu entrevista à imprensa, mostrou a sua consternação e deixou evidente o apoio e a solidariedade à família do acidentado.
Mais ainda: afirmou que o acidente está sendo apurado e que o resultado das análises será divulgado.
Trata-se de um homem que sabe enfrentar crises, mostrando respeito à sociedade, demonstrando interesse pela vida humana e pela situação em que vivem os trabalhadores.
Quem trabalha com a agenda ESG sabe que ela floresceu e cresceu a partir do risco apresentado no trabalho produtivo. Um simples vazamento de gás pode se transformar numa tragédia social e ambiental, como aconteceu na Índia, em Bophal, quando um vazamento de gás causou a morte de milhares de pessoas. E a falência da empresa responsável pelo acidente, evidentemente.
“Como dizem os gurus da agenda, uma organização vai até onde seus líderes sonham e conhecem”
Toda esta agenda concentra-se no sucesso da governança corporativa interna, pois ela é que permitirá que as mudanças na empresa realmente aconteçam, evitando a repetição de velhas ações com rótulos diferentes. A governança é que garante que haja inovação e reequacionamento da relação da empresa com os seus fornecedores e colaboradores, com o setor público e com a população em geral.
Como dizem os gurus da agenda, uma organização vai até onde seus líderes sonham e conhecem.
Fica a nossa homenagem a Genivaldo Fernando da Silva e aguardamos o resultado das apurações. Transparência e comunicação eficazes são fundamentais.
E fica, também, o nosso reconhecimento pela atitude digna e humana de Marcelo Chara, presidente da Usiminas.
Jornal de Brasília - DF 26/10/2023
O aço é uma das indústrias mais poluentes do mundo, mas a Europa deverá dar um passo à frente no sentido de tornar o metal mais sustentável. Até 2030, espera-se que o continente tenha cerca de 50 projetos de aço verde e de baixo carbono, de acordo com a compilação de projetos do Grupo de Liderança para a Transição da Indústria. Em comparação, os EUA têm apenas dois projetos desse tipo.
“Há certamente mais investimento na capacidade europeia de aço verde, impulsionado pelo fato de o carbono ter um custo na Europa”, disse Colin Richardson, líder siderúrgico da Argus Media, uma agência de preços de matérias-primas.
Parte do impulso da Europa em direção ao aço verde é motivado por políticas, incluindo o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras da União Europeia (CBAM, na sigla em inglês), que entrou em fase experimental em 1º de outubro.
O CBAM eventualmente exigirá que os importadores paguem o imposto de carbono do bloco sobre importações selecionadas, incluindo aço, se eles são de países onde as emissões não são tributadas de forma semelhante.
As licenças gratuitas de carbono para os produtores de aço da UE estão a ser gradualmente eliminadas à medida que o imposto fronteiriço sobre o carbono sobre as importações é introduzido gradualmente.
Brasil Mineral - SP 26/10/2023
Produção mundial lcançou 149,3 milhões de toneladas em setembro de 2023, uma queda de 1,5% em relação ao mesmo mês do último ano
A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 149,3 milhões de toneladas em setembro de 2023, uma queda de 1,5% em relação ao mesmo mês do último ano. A Ásia e a Oceania produziram 110,7 milhões de toneladas em setembro, um recuo de 2,1% sobre setembro de 2022. Apenas a China produziu 82,1 milhões de toneladas, 5,6% a menos que em setembro do ano passado, enquanto a Índia produziu 11,6 milhões de toneladas no mês, um incremento de 18,2% sobre o mesmo mês do último ano. Japão e Coreia do Sul produziram 7 milhões de toneladas e 5,5 milhões de toneladas de aço bruto em setembro, respectivamente, com queda de 1,7% e crescimento de 18,2% na comparação com o mesmo mês de 2022.
Os países do Bloco Europeu produziram 10,6 milhões de toneladas de aço em setembro de 2023, ou 1,1% a menos que no mesmo mês de 2022. O destaque fica para a Alemanha, com produção de 2,9 milhões de toneladas e aumento de 2,1% sobre setembro de 2022.
Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,5 milhões de toneladas, um crescimento de 2,7% sobre setembro de 2022. A Turquia produziu 2,9 milhões de toneladas, 8,4% a mais que em setembro do ano passado.
A África – Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,3 milhão de toneladas de aço bruto em agosto, 4,1% inferior na comparação com setembro do último ano. Já os países da CIS produziram 7,3 milhões de toneladas, 10,7% superior que no mesmo mês de 2022, com destaque para a Rússia, que teve um volume de produção estimado de 6,2 milhões de toneladas, o que representa acréscimo de 9,8% sobre setembro de 2022.
Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 3,6 milhões de toneladas de aço bruto, 8,2% a menos que em setembro de 2022. O Irã tenha produziu 2,4 milhões de toneladas no mês, uma queda de 12,1% na comparação com setembro de 2022.
A produção na América do Norte registrou ligeira queda de 0,3% em setembro de 2023, somando 9 milhões de toneladas. Apenas os Estados Unidos produziram 6,7 milhões de toneladas, 2,6% a mais que em setembro de 2022, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3,4 milhões de toneladas, 3,7% a menos do que em setembro de 2022. O Brasil teve produção estimada de 2,6 milhões de toneladas e caiu 5,6% em setembro de 2023 na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano até setembro, a produção mundial de aço bruto somou 1.406 bilhão de toneladas, o que representa um leve aumento de 0,1% em relação ao mesmo período de 2022.
IstoÉ Dinheiro - SP 26/10/2023
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, avançou 0,23% na terceira quadrissemana de outubro, acelerando marginalmente ante o ganho de 0,22% observado na segunda quadrissemana deste mês, de acordo com dados publicados nesta quarta-feira, 25, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Na terceira leitura de outubro, três dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força: Alimentação (de -0,34% na segunda quadrissemana a 0,09% na terceira quadrissemana), Saúde (de 0,45% a 0,48%) e Vestuário (de 0,13% a 0,17%).
Por outro lado, houve arrefecimento de preços de uma quadrissemana para a outra nas categorias Habitação (de 0,21% a -0,06%), Transportes (de 0,13% a 0,05%), Despesas Pessoais (de 1,34% a 1,30%) e Educação (de 0,03% a 0,02%).
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na terceira quadrissemana de outubro:
– Habitação: -0,06%
– Alimentação: 0,09%
– Transportes: 0,05%
– Despesas Pessoais: 1,30%
– Saúde: 0,48%
– Vestuário: 0,17%
– Educação: 0,02%
– Índice Geral: 0,23%
Diário do Comércio - MG 26/10/2023
Porque falar em neoindustrialização e não em reindustrialização? Na verdade, sabemos que o processo de neoindustrialização é uma abordagem de renovação e fortalecimento da indústria brasileira, que há décadas busca fomentar o desenvolvimento econômico e social do País, tornando-se mais inovadora, eficiente, sustentável e integrada ao mercado internacional, na medida em que a implantação do seu processo deve trazer mais competitividade e condições de concorrer em mercados mais desafiadores.
A neoindustrialização é diferente da reindustrialização, pois envolve agregar novos valores e novas tecnologias à manufatura tradicional e pode se constituir uma estratégia importante para o Brasil se tornar mais competitivo no mercado global. No entanto, é preciso um planejamento cuidadoso e investimentos em tecnologia e inovação para aumentar a eficiência da produção.
De acordo com o Portal da Indústria,” a neoindustrialização é o processo de modernização e evolução da indústria, enfatizando inovação, compromisso ambiental e integração com cadeias produtivas internacionais. Ela está inserida em um contexto global de políticas industriais modernas, muitas vezes orientadas por missões, que são estratégias que buscam trazer respostas aos grandes desafios de nossa sociedade, como o combate às mudanças climáticas ou acesso à saúde de qualidade”.
Mas, apesar de necessária, a neoindustrialização terá que vencer muitos desafios no Brasil, como a aprovação de uma reforma tributária que simplifique processos, incentive a inovação e desonere as exportações e os investimentos produtivos. Terá que enfrentar também a necessidade de melhoria da infraestrutura física e digital do País, que atualmente encarece os custos de transporte, logística e comunicação. É preciso investir em obras que melhorem as condições das rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e redes de internet, facilitando o rápido escoamento da produção industrial.
Para suportar adequadamente esse processo, o País precisa ainda de qualificação da mão de obra industrial, por meio da educação. Para que a reindustrialização do País se torne uma realidade, é preciso melhorar a qualidade da educação básica e profissionalizante, além de incentivar a formação superior nas áreas científicas e tecnológicas.
O País precisa de um ambiente de negócios seguro, com regras claras e definidas, inclusive para manter a taxação de matéria prima e estar atento a setores fornecedores de insumos, que podem desestabilizar o setor produtivo, como é o caso do aço, cuja ampliação da alíquota de importação trará consequências desastrosas para o setor de máquinas e equipamentos em particular e para a indústria de transformação em geral. Podemos dizer que vulnerabilidades desse tipo podem contribuir para dificultar o processo de neoindustrialização do País.
Dessa forma, consideramos oportunas ações que envolvam a articulação entre governo, setor privado e a sociedade, com a finalidade de promover o desenvolvimento e bem-estar da sociedade brasileira.
CNN Brasil - SP 26/10/2023
O relator da reforma tributária no Senado Federal, Eduardo Braga (MDB-AM), fez a leitura do texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na tarde desta quarta-feira (25). Mais cedo, Braga já havia feito a apresentação da reorganização tributária brasileira aos jornalistas, mas a leitura na CCJ marca o início da tramitação.
A CCJ é a comissão que analisa a admissibilidade dos projetos de lei e propostas de emenda à constituição (PEC) e confere se a matéria não viola as cláusulas pétreas da Constituição. Se aprovada no colegiado, a reforma segue para o plenário do Senado, onde a aprovação depende dos votos favoráveis de 49 dos 81 senadores, em dois turnos de votação.
Após a leitura do relatório de Braga na CCJ, os senadores decidiram por um pedido de vista coletiva por duas semanas para leitura e estudo do texto, que volta a ser discutido no dia 7 de novembro, depois do feriado de Finados.
“Começamos a escrever uma página muito importante da nossa história. Após quatro décadas de debates e negociações frustradas, finalmente construímos um consenso mínimo capaz de oferecer ao país um novo modelo tributário”, afirmou Braga durante a leitura do relatório.
“Espero que possamos promulgar até o final deste ano um novo modelo tributário: mais simples, mais justo que vai melhorar o ambiente de negócios no Brasil, servirá de impulso de novos investimentos, emprego e renda”, completou.
A expectativa é que a votação no colegiado aconteça no próprio dia 7 e, na sequência, seja enviado para o plenário. Desta forma, a previsão de Braga é que a análise do texto em dois turnos aconteça até o dia 9 de novembro.
Como a matéria teve origem na Câmara dos Deputados e passou por diversas mudanças no Senado, os deputados terão de analisar o texto mais uma vez para decidir se aceitam ou não as alterações propostas pelos senadores.
O que diz a reforma
O texto traz novas exceções ao Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e aumenta o valor do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) para R$ 60 bilhões.
O parecer traz detalhes sobre o funcionamento da trava à carga tributária. Será instituído um “Teto de Referência”, com base na média da receita no período de 2012 a 2021, apurada como proporção do Produto Interno Bruto (PIB).
A nova redação também faz alterações entre os setores que terão desconto de 60% do IVA. Foram incluídos, por exemplo, atividades desportivas e comunicação institucional. Como adiantado pelo relator, há a previsão de que as exceções serão revisadas a cada cinco anos.
Além disso, o texto cria alíquota com redução intermediária de 30% para a prestação de serviços de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística. Uma lei Complementar estabelecerá as operações beneficiadas.
Também foram criados regimes específicos para os serviços de saneamento, de concessão de rodovias. Será permitida a desoneração de IBS e CBS na aquisição de bens de capital e alteração nas alíquotas e nas regras de creditamento.
A nível federativo, o relator incluiu a possibilidade de o Congresso Nacional convocar o presidente do Comitê Gestor — que substitui o Conselho Federativo — e solicitar informações, como já acontece com ministros de Estado.
O presidente deste Comitê deverá, segundo a redação, ter notórios conhecimentos de administração tributária, e será nomeado após aprovada a indicação pela maioria absoluta do Senado Federal.
Além disso, aumentou para R$ 60 bilhões os valores do FDR. 70% das cifras serão distribuídas com base no Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 30% de acordo com a população.
Infomoney - SP 26/10/2023
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) caiu 3,02% em setembro e fechou o mês em R$ 6,075 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) o pelo Tesouro Nacional. Em agosto, o estoque estava em R$ 6,265 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 54,68 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 244,20 bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) recuou 3,22% em setembro e fechou o mês em R$ 5,834 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,82% maior no mês, somando R$ 241,78 bilhões ao fim de setembro.
Parcela de títulos
Com o ciclo de queda da taxa básica de juros, atualmente em 12,75% ao ano, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic caiu em setembro, para 38,58%. Em agosto, estava em 41,39%. Já os papéis prefixados aumentaram a fatia de 25,00% para 26,39%.
Os títulos remunerados pela inflação subiram para 30,81% do estoque da DPF em setembro, ante 29,61% em agosto. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 4,00% para 4,21% no mês passado.
O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou queda, passando de 21,53% em agosto para 20,65% em setembro.
O prazo médio da dívida teve elevação de 4,00 anos para 4,14 anos na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF subiu de 10,53% ao ano para 10,58% a.a. no mês passado.
Participações
A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública subiu em setembro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,25% em agosto para 9,94% no mês passado.
No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 580,01 bilhões em setembro, ante R$ 557,82 bilhões em agosto.
A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 28,55% em setembro, ante 28,96% em agosto. A parcela dos fundos de investimentos passou de 24,90% para 23,40% no mês passado. Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 22,63% para 23,11% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 3,93% para 4,19% na mesma comparação.
‘Colchão da dívida’
O Tesouro Nacional encerrou setembro com R$ 810,31 bilhões no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 20,91% menor em termos nominais que os R$ 1,024 trilhão que estavam na reserva em agosto.
O montante ainda é 21,43% menor que o observado em setembro de 2022 (R$ 1,031 trilhão).
O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.
Mesmo com a redução nominal, o montante de setembro era suficiente para cobrir 9,50 meses de pagamentos de títulos, ante 7,92 meses em agosto. O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos.
Infomoney - SP 26/10/2023
Os Estados Unidos têm vivido uma grande incerteza em relação à probabilidade de ocorrer uma recessão em sua economia.
Além das divergências de opiniões, o cenário recessivo abrange características e magnitudes de diferentes maneiras: “hard landing” significa uma recessão severa; “soft landing” se refere a uma recessão mais suave; e “no landing” implica que a economia não entrará em recessão.
Desde o início do ciclo de aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), entre o primeiro e o segundo trimestre do ano passado, a probabilidade de uma recessão um ano à frente aumentou gradualmente.
Esse percentual, medido pela Bloomberg, está em 55%, mas atingiu um pico de 65% durante alguns meses deste ano.
O Fed de Nova Iorque também calcula essa probabilidade, que atualmente está em 56%, com um pico de 70% em maio.
Falando um pouco sobre a situação da economia norte-americana, observamos que a estrutura da inflação se encontra mais benigna, apesar dos dados mais recentes da semana passada, especialmente no que diz respeito ao núcleo da inflação.
Ainda há espaço para maiores alívios, no entanto, a inflação parece estar desacelerando a um ritmo mais lento do que o esperado.
A notável resiliência da atividade econômica é algo que tem impressionado a todos, seja pelas surpresas positivas que vimos no PIB trimestral – com uma composição mostrando a força do consumo e as expectativas elevadas para o PIB do terceiro trimestre – ou pelos dados mensais dos setores de indústria e serviços, que apontam para um certo vigor contínuo da atividade no futuro.
No mercado de trabalho, ainda estamos vendo números que demonstram certa robustez.
A abertura de vagas, mais conhecida como Jolts, ainda sinaliza um nível de aquecimento na oferta de trabalho. A taxa de desemprego continua abaixo de 4,0%, mantendo-se praticamente entre 3,5% e 3,7% desde o início de 2022. O crescimento anual dos salários está em torno de 4,0%, sendo que a média em 2019 era de cerca de 3,0%. Além disso, há resquícios de uma poupança excessiva das famílias durante a pandemia, estimada em cerca de 200 bilhões de dólares, segundo um estudo do Fed de São Francisco.
Esses fatores nos levam a crer que a economia não está caminhando nem para um “hard landing” nem para um “soft landing”, mas sim para um “no landing”.
A questão que permanece é se essa desaceleração tão suave será suficiente para levar a inflação a 2% ao ano.
Essa dúvida tem gerado uma volatilidade adicional nos mercados, e isso, aliado à forte necessidade de emissão de títulos públicos, tem levado a curva de juros a um estresse inesperado.
Isso resultou em um aperto significativo das condições financeiras nas últimas semanas, principalmente devido ao aumento das taxas de juros de longo prazo. Como o efeito disso é semelhante ao de um aumento de 1-2 pontos base na Fed funds, pode ser que não haja necessidade de apertos adicionais por parte do Fed.
Isso aumenta a probabilidade de que as taxas de juros da Fed funds permaneçam inalteradas por um longo período, em vez de termos mais apertos vindos da autoridade monetária.
CNN Brasil - SP 26/10/2023
Representantes dos ministérios dos Transportes e da Gestão e Inovação assinaram na terça-feira (24) um acordo de cooperação técnica para definir responsabilidades e facilitar a devolução de trechos ferroviários.
O secretário-executivo dos Transportes, George Santoro, afirmou em entrevista à CNN na última semana que o governo estuda um programa para endereçar questões relacionadas ao tema. A projeção é de mais de 20 mil quilômetros de trilhos ociosos no país.
Assinaram o documento a Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O acordo prevê a elaboração de procedimentos para transferir à União os imóveis não necessários à operação ferroviária, a troca de conhecimento técnico entre as entidades e a criação de um grupo de trabalho para acelerar a execução das ações.
Além disso, o entendimento também preza pela preservação do patrimônio histórico e da memória ferroviária.
O documento permite que o DNIT atue junto às concessionárias e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para obter dados e informações necessárias que permitam o desenvolvimento das ações determinadas.
Transportes mira 20 mil km
Santoro indicou que este é um dos trâmites regulatórios que a pasta tenta endereçar antes de apresentar seu pacote de projetos no setor de transportes. Em 2022, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o tema precisa de normativo.
“Esses trechos [ociosos] são verdadeiros passivos para as atuais concessionárias. Há cerca de 20 mil quilômetros de ferrovias a serem devolvidos pelos atuais concessionários. Estamos estudando implementar um programa para regularizar essa situação”, disse.
“Essas ferrovias, que hoje não interessam à grande concessionária, podem gerar novos projetos. Por vezes, a operadora não tem interesse em desenvolver uma linha com volume de menor movimento econômico. Mas a gente acha que algumas dessas linhas a serem devolvidas podem se tornar shortlines com eficiência econômica”, completou.
Segundo a auditoria do TCU, em 2020 a malha ferroviária federal contava com 29,8 mil km de trilhos. Cerca de 7 mil km de ferrovias concedidas (24% da malha) não apresentam qualquer fluxo de transporte, e 18,5 mil km (64%) se encontravam ociosos — ou seja, são utilizados menos de 30% da capacidade instalada.
Consultado pela CNN, o diretor da FGV Transportes, Marcus Quintella, indicou que o processo para endereçar as devoluções não deve ser simples. O programa deve, além de resolver trâmites regulatórios, avaliar o potencial econômico dos trechos.
“Estes trechos ociosos podem não ser produtivos. Uma vez devolvido, vai caber ao governo colocar em leilão ou autorizar. E só vai haver interesse se houver potencial de cargas. Ninguém vai colocar dinheiro se não houver retorno. Muitos trechos estão erradicados, nem tem mais trilhos. Mas, claro, alguns estão preservados”.
Quintella fez parte de estudo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nos anos 2000 que percorreu o Brasil e mostrou que a maior parte dos trechos não tem potencialidade. Ele destaca, contudo, que o tema carece de estudos, tanto por parte do governo quanto de privados interessados nos trilhos.
Exame - SP 26/10/2023
O minério de ferro subiu pelo terceiro dia consecutivo depois que a China anunciou um aumento de gastos e emissões de dívida, com parte dos fundos destinados à construção.
A cotação da matéria-prima em Singapura subiu até 1,6% nesta quarta-feira, 25, para US$ 118 a tonelada, e acumula alta de mais de 4% na semana.
China: aumento de gastos e emissões de dívida
O governo em Pequim fez um raro ajuste ao seu orçamento para permitir mais gastos. O plano inclui a emissão de 1 trilhão de iuanes (US$ 137 bilhões) a mais de dívida no atual trimestre.
IstoÉ Online - SP 26/10/2023
O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou nesta quarta-feira, 25, que a extração de minérios e de petróleo terá uma alíquota de 1% do Imposto Seletivo. Esse dinheiro servirá para financiar fundos como o de Participação dos Municípios (FPM) e o de Participação dos Estados e Distrito Federal (FPE), segundo Braga. A regulamentação virá por lei complementar, mas a PEC estabelecerá esse teto de alíquota de 1%.
O relator disse durante entrevista coletiva de imprensa que a “única forma de poder fazer as funções extrafiscais é utilizando recursos que venham desse arranjo”.
Braga disse ainda que essa fonte de recursos não vai financiar o Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR). “Dinheiro vai ser distribuído para as regiões mais pobres, além do Fundo de Desenvolvimento Regional”, afirmou.
“Recursos naturais não renováveis são patrimônio nacional que extraímos sem oneração e agora mais que nunca está garantido que é zero de qualquer tipo de oneração. Ficam todas as questões ambientais e sociais para trás e o Brasil precisa de recursos para poder fazer o seu investimento de inovação tecnológica, desigualdades sociais”, afirmou o senador.
De acordo com o relator, os representantes dos setores com os quais se reuniu nas últimas semanas para discutir o assunto “acham que é uma taxação equilibrada”.
Braga não apresentou estimativas de quanto será arrecadado com essa alíquota do Imposto Seletivo sobre a mineração e a extração de petróleo.
Valor - SP 26/10/2023
O United Auto Workers (UAW), já na sexta semana de greve, coordena a paralisação em três fábricas da Ford, nos Estados Unidos
O sindicato de trabalhadores do setor automobilístico nos Estados Unidos (UAW - United Auto Workers, na sigla em inglês) está perto de garantir um novo contrato de trabalho provisório com a Ford, após negociações durante a noite desta quarta-feira (25), de acordo com pessoas próximas às discussões.
O UAW, já na sexta semana de greve, coordena a paralisação de trabalho em três fábricas da Ford. Os dois lados se aproximaram em questões importantes de negociação nos últimos dias, disseram as pessoas.
Espera-se que os líderes sindicais levem vários dias para revisar os detalhes de qualquer acordo provisório realizado antes que o UAW o torne público, algumas fontes disseram. Não está claro quando os trabalhadores voltarão às fábricas, na sequência de um acordo laboral proposto.
Os membros devem aprovar o acordo provisório com maioria de votos para que seja oficialmente adotado. O contrato, que duraria mais de quatro anos, cobre cerca de 57 mil trabalhadores representados por sindicatos na Ford.
Revista Ferroviaria - RJ 26/10/2023
O Grupo Bemisa formalizou ontem, segunda-feira (20), seu pedido de renúncia ao contrato de adesão relativo à outorga para construir e explorar a Estrada de Ferro do Sertão (EF-233), um traçado entre Curral Novo do Piauí (PI) e o Porto de Suape (PE). O requerimento da subsidiária Planalto Piauí Participações e Empreendimentos S.A foi apreciado em reunião deliberativa da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Segundo a ANTT, esse foi o primeiro pedido de autorização apresentado para a referida obra, que seguia o mesmo traçado da Nova Transnordestina, ferrovia regional sob responsabilidade da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). A desistência, segundo fontes ligadas à Bemisa, estaria relacionada a uma nova concessão para a ferrovia, que vai considerar um trecho menor: de Salgueiro a Suape, já que a CSN construiu o trecho entre Curral Novo do Piauí e Salgueiro (PE).
A ideia de uma nova concessão para a ferrovia se consolidou quando a governadora Raquel Lyra optou, no começo de seu governo, por buscar financiamento público para a obra, diante da recusa da CSN de seguir o projeto original da Transnordestina, que contemplaria dois ramais ligando o sertão ao litoral. A CSN descartou o ramal para o Porto de Suape e optou apenas por um ramal para o Porto de Pecém, no Ceará. Diante desta decisão, a Bemisa então, recuou no interesse de construir a ferrovia.
Com a desistência da empresa, dois cenários se abrem. No primeiro, a Bemisa disputaria uma nova concessão, entrando como detentora do principal, a carga. A empresa tem uma mina de minério de ferro no estado vizinho e quer escoar tudo por Suape, onde tem intenção de construir um terminal de minérios na ilha de Cocaia. Na semana passada, o presidente do Porto de Suape, Márcio Guiot, confirmou ao Movimento Econômico que a Bemisa segue interessada nesse equipamento.
No segundo cenário, há um risco de Pernambuco perder a carga da Bemisa. E por quê? Porque o processo de uma nova concessão pode se arrastar, assim como podem ocorrer atrasos na liberação de verbas para a obra, já que ainda não se definiu a modelagem financeira para sua execução.
O Novo PAC vai destinar, via OGU, R$ 450 milhões para o ramal da ferrovia pernambucana, quando são necessários, no mínimo, R$ 5 bilhões para sua conclusão. “Se a cada ano forem liberados R$ 450 milhões, R$ 500 milhões, a obra vai demorar mais 10 anos para ser concluída, na melhor das hipóteses ”, disse uma fonte ligada ao setor.
Essa observação é importante diante do histórico da ferrovia, cujas obras começaram em 2006 e paralisaram em 2016 em Pernambuco. De certo modo, só tem avançando no Ceará.
Na sexta-feira passada (20), por exemplo, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) liberou R$ 811 milhões para o trecho cearense entre Eliseu Martins (PI) e o Porto do Pecém.
Cenário de atrasos para ferrovia
“Se o cenário de atrasos se desenhar, não se pode descartar a possibilidade de a Bemisa desistir de Suape e enviar sua carga por Pecém”, diz uma fonte do setor. Principalmente se um novo boom de crescimento global acelerar o interesse por minério de ferro.
“Num cenário assim, a Bemisa pode arrendar o ramal para levar sua carga a Pecém ou mesmo vender sua mina para o dono da CSN, Benjamin Steinbruch”, disse a fonte. Neste sentido, o governo de Pernambuco precisaria acelerar as tratativas com o governo federal para avançar com a concessão, porque ela seria uma forma de garantir os investimentos.
Procurada, a Bemisa respondeu por nota, e demonstrou interesse na concessão: “Estamos confiantes na retomada das obras do trecho de Salgueiro até o Complexo Portuário de Suape, que foram incorporados no Programa de Aceleração do Crescimento 3 (PAC 3) ”. A empresa reafirma o compromisso com a produção de minério de ferro no Projeto Planalto, situado no estado do Piauí.
O governo de Pernambuco também foi procurado e ficou de enviar uma posição sobre o assunto. Mas até o fechamento da edição não enviou. Este conteúdo será atualizado assim que isso ocorrer.
Leia a nota da Bemisa na íntegra:
“Em junho deste ano, o Grupo Bemisa formalizou junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) solicitação de renúncia ao Contrato de Adesão Nº 7/SNTT/MINFRA/2021, conforme estabelecido na Cláusula Décima Terceira. Esta decisão resultou de uma análise da viabilidade técnica e econômica, considerando a autorização concedida pelo Ministério de Infraestrutura para a operação do Serviço de Transporte Ferroviário entre Curral Novo do Piauí (PI) e o Complexo Portuário de Suape (PE).
Estamos confiantes na retomada das obras do trecho de Salgueiro até o Complexo Portuário de Suape, que foram incorporados no Programa de Aceleração do Crescimento 3 (PAC 3).
Nesse contexto, reforçamos nosso compromisso com a produção de minério de ferro no Projeto Planalto, situado no estado do Piauí. Este projeto desempenha um papel fundamental na economia do Nordeste e no desenvolvimento social na região por meio da criação de empregos e geração de renda. “
Exame - SP 26/10/2023
Seguindo nossa serie sobre os benefícios das tecnologias no setor de infraestrutura (Infratech), neste artigo vamos falar do setor transporte, mais especificamente de rodovias e ferrovias.
As ferrovias nascem e iniciam um processo de grande expansão no século XIX, enquanto as rodovias se expandiram fortemente a partir da década de 50. Mas a evolução tecnológica nesses setores levou décadas para deslanchar, a partir dos anos 80, no caso das ferrovias, com a introdução de controle e sinalizações computadorizadas e a partir dos anos 2000 para as rodovias, com a introdução por exemplo, dos pedágios eletrônicos.
No entanto, nos últimos 5 a 10 anos vivemos um crescimento exponencial das tecnologias com potencial de transformação desses modais, como os aplicativos GPS e a utilização de inteligência artificial, ou o Magnetic Railway Onboard Sensor (MAROS) no caso de ferrovias.
O Pavimentados, do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, é um excelente exemplo. Trata-se de uma ferramenta que usa inteligência artificial e que permite geolocalizar, identificar e tipificar falhas em rodovias a partir de vídeos gravados por câmeras instaladas em veículos comuns. A partir destes dados, pode-se realizar o planejamento de manutenção. Estima-se que o Pavimentado reduza o custo do processo em 53 vezes e o tempo para realizar esse inventario em 39 vezes.
Não se trata de iniciativa isolada. Há notícia de startups desenvolvendo tecnologias similares de mapeamento. Estes serviços podem ter outros focos, como alertar usuários sobre condições de vias e incidentes em tempo real.
Avanços tecnológicos também oferecem grande potencial para incremento de segurança. Vale destacar o VíaSegura, outra iniciativa do BID. Trata-se de usar a mesma tecnologia, reconhecimento de imagens e inteligência artificiais para avaliar características de segurança de vias, como sinalização, calçadas, iluminação, entre outros. Em conjunto com outras fontes de dados, geram-se informações relevantes para avaliar segurança viária e orientar prioridades de investimento.
Ferrovias também passam por transformações na questão da segurança e eficiência. Para se permitir que trens transitem em segurança, sem risco de colisão, deve-se saber com precisão onde está cada trem, no entanto, os sistemas de GPS não funcionam em túneis e podem não ser suficientemente precisos em trechos com várias linhas em paralelo.
Nesse contexto, o Magnetic Railway Onboard Sensor (MAROS) [5] permite a identificação do trecho em que um trem se encontra a partir da permeabilidade magnética dos trilhos sobre os quais passa. O sistema ainda se encontra em fase de teste e há expectativa de ser colocado no mercado em 2025.
Inovações em métodos de cobrança também oferecem vantagens para a experiência do usuário e para redução de custos de sistemas. Desde 2000, o Sem Parar oferece comodidade e agilidade para pedágios e estacionamentos com o uso de tags. Sistemas de leitura automática de números de placas podem oferecer conveniências similares.
Nessa linha, vale destacar que além da tecnologia, que está crescendo exponencialmente, e da necessidade de empresas e empreendedores que as desenvolvam, é fundamental a modernização dos marcos regulatórios.
No caso de rodovias, por exemplo, a Lei nº 14.157/21 prevê a possibilidade de instituição de sistemas de livre passagem, com cobranças de pedágios por identificação automática de usuários. Outra alteração legislativa com grande potencial para Infratech é a Lei de Ferrovias, Lei nº 14.273/21. Essa norma permite a autorização para exploração de ferrovias sob regime privado, a custo e risco do autorizatário. Esse regime pode oferecer maior liberdade para desenvolvimento de tecnologias e inovações, já que as decisões de teste, os riscos e os benefícios podem ser tomados e capturados de modo ágil pelo empreendedor.
Em síntese, nota-se que Infratech cria uma série de possibilidades para rodovias e ferrovias, incluindo avanços em manutenção, segurança e experiência de usuário, e que além da tecnologia, que vem avançando a passos largos, é fundamental a preparação e harmonização dos marcos jurídicos que irão permitir a aplicação da tecnologia e também irão alavancar os benefícios geradas por ela.
No setor de saneamento, também é possível enxergar uma miríade de oportunidades. É o que abordaremos em nosso próximo post.
Reinaldo Fioravanti, é especialista principal na Divisão de Transportes do BID, responsável pela estruturação de grandes projetos de infraestrutura e assessoria a governos no desenho e implementação de políticas públicas. Lidera grupos de trabalho nas áreas de logística, infratech, aviação e mobilidade urbana, entre outros. Possui mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Harvard e em Supply Chain Management pelo Massachusetts Institute of Technology/ZLC Espanha; e doutorado em Engenharia de Transportes pela Universidade Estadual de Campinas.
Breno Zaban, CFA, é advogado. Doutor em direito (UnB), mestre em administração de negócios (INSEAD) e mestre em administração pública (Harvard)
O grupo Infra 2038 é um movimento sem fins lucrativos iniciado em 2017, formado por mais de 100 pessoas físicas com grande experiência no setor de infraestrutura. O grupo é movido pela crença que o país precisa avançar fortemente em sua infraestrutura para garantir um aumento de produtividade que, por sua vez, trará ao Brasil uma maior competitividade internacional.
Diário do Aço - MG 26/10/2023
Esperança para resolver o gargalo no desenvolvimento regional, a concessão da BR-381 para a iniciativa privada foi debatida em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (24). A previsão é que o vencedor do certame invista R$ 10 bilhões em obras e em manutenção, no trecho que vai de Belo Horizonte até Governador Valadares. O atual edital, conforme já noticiado pelo Diário do Aço, começou a ser elaborado no governo anterior e concluído no governo Lula, com correção de “falhas” nos projetos anteriores para que se tornasse atrativo às empresas privadas. Agora, a expectativa é que, no mínimo, três grupos empresariais participem da disputa. O leilão da concessão está marcado para 24 de novembro. O dinheiro para pagar as obras virá de cinco praças de pedágio, das quais, duas serão construídas no Vale do Aço.
A audiência pública foi realizada na Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da ALMG, quando gestores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) detalharam o processo de concessão e duplicação dos trechos da BR-381, que há mais de 30 anos aguarda solução. Em 2015 foi inicia a publicação com dinheiro público, mas de um total de 11 segmentos da obra, apenas um foi concluído, o de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e outro tem obras parcialmente concluídas, entre Antônio Dias e Nova Era. Dos demais nove lotes da obra, três lotes tiveram projetos anulados e terão que ser iniciados do zero. Dentre eles está a construção de uma variante, para tirar o traçado da rodovia de dentro de João Monlevade.
O deputado estadual, Celinho do Sinttrocel, que solicitou a audiência, informou que somente em 2023 no trecho da BR-381 da Capital a Governador Valadares, conhecido como “Rodovia da Morte”, foram registrados 448 acidentes, dos quais, 420 com pessoas feridas gravemente e 39 mortes. O parlamentar também enfatizou que a BR-381 representa um entrave para o desenvolvimento econômico e das regiões por onde passa e sua duplicação é uma esperança antiga da população.
O que foi explicado sobre a concessão e duplicação da BR-381
O diretor ANTT, Guilherme Theo Rodrigues Rocha Sampaio, detalhou durante a audiência publica na ANTT, as obras a serem desenvolvidas e afirmou que está confiante no sucesso do leilão.
Ele explicou que a concessão do trecho de Belo Horizonte a Governador Valadares será de 30 anos. A empresa que sair vencedora deverá investir de R$ 10 bilhões. As obras vão demandar R$ 6 bilhões, enquanto serviços e manutenções terão R$ 4 bilhões em investimentos.
O trecho sob concessão tem 303 quilômetros e passa em 21 municípios, dos quais, nove estão no Vale do Aço, entre Antonio Dias e Periquito. Deste total, 134 quilômetros terão duplicação. No trajeto, 21 municípios são cortados pela rodovia.
No processo de concessão e duplicação estão previstos ainda a construção de 43 quilômetros de faixas adicionais e outros 94 quilômetros em pista simples. O projeto contempla ainda 152 quilômetros de correção de traçado, 36 travessias de pedestres e 190 pontos de ônibus. Há ainda paradas de descanso e uma área de escape de veículos.
O superintendente da ANTT, Marcelo Fonseca, informou que, caso o leilão tenha sucesso, em 24 de novembro, a assinatura do contrato de concessão e duplicação da BR-381 ocorrerá no início de 2024, quando deverá ocorrer também o começo dos trabalhos.
Inicialmente, nos primeiros dois anos do contrato, serão realizados trabalhos para eliminar problemas que representem riscos aos usuários, com o recapeamento da pista e reforma da sinalização. Entre o terceiro e o oitavo ano serão feitas as recuperações estruturais, duplicações e demais intervenções.
A proposta apresentada agradou. O diretor da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Gladstone Lobato, afirmou que a concessão e duplicação da BR-381 gera a esperança de solução. “A 381 já passou do limite de ser duplicada há muito tempo. Uma viagem para o Leste de Minas ou para a Capital pela rodovia é uma aventura. Ficamos muito felizes. Como representante do transporte de passageiros e de carga, não temos receio de pagar pedágios, mas que seja justo, se tratando de 381, o valor previsto é justo”.
Vale do Aço terá duas praças de pedágios
O dinheiro para financiar as obras a serem feitas pela empresa vencedora do leilão de concessão da BR-381 virá da cobrança de pedágio. Nos 303 quilômetros serão instaladas cinco praças de pedágio: Caeté, João Monlevade, Jaraguaçu, Belo Oriente e Governador Valadares.
O valor das tarifas deve variar de R$ 11 a R$ 14. Serão concedidos descontos, que podem chegar a 90%, de acordo com o perfil do usuário. Assim, quem usar diariamente, terá um menor custo.
As tarifas começarão a ser cobradas após os trabalhos iniciais e a garantia de condições mínimas de trafegabilidade, que são serviços previstos para o prazo de até dois anos.
“O valor da tarifa tem que comportar investimentos e a sustentabilidade do projeto. Será uma obra robusta e que trará benefícios. Assim, nos 30 anos de concessão, serão gerados mais de 7 mil empregos diretos e indiretos. Serão mais de R$ 42 milhões de impostos por ano aos municípios. Os gargalos foram solucionados, o edital é moderno em tecnologia e modelagem”, disse o diretor da ANTT, Guilherme Theo Rodrigues Rocha Sampaio.
O prefeito de Coronel Fabriciano e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Marcos Vinícius Bizarro, acrescentou que a concessão será fundamental para a maior segurança das rodovias e também para o desenvolvimento das cidades cortadas pela 381.
Além das mortes na estrada, empresas têm receio de investir ou não conseguem se manter por problemas de logística. Por isso, mesmo com a tarifa de pedágio entre R$ 11 e R$ 14, o valor foi considerado compatível.
IstoÉ Dinheiro - SP 26/10/2023
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) lançaram hoje o Plano Geral de Outorgas Hidroviário (PGO), que prevê os norteadores para concessões e arrendamentos. Os idealizadores dizem que o plano para as vias navegáveis tem por objetivo estimular a expansão e o desenvolvimento do modal, ampliando a competitividade e a oferta dos serviços no País.
O PGO é o primeiro do País e foi elaborado observando o Plano Nacional de Logística (PNL). Nele constará a carteira de projetos prioritários, dando diretrizes na busca por crédito. A partir da previsibilidade e definições, a expectativa é de maior segurança jurídica na busca por tornar os investimentos atrativos.
A secretária de Portos e Transportes Aquaviários, Mariana Pescatori, diz que o movimento busca trazer o setor privado para apoiar a expansão, somando com serviços de maior capacidade e eficiência. “O planejamento disso tem que ser algo de Estado. Estamos parando agora para pensar e definir o que queremos do nosso futuro”, afirmou.
Entre os projetos, o plano define seis como prioritários para os próximos anos. São eles o Corredor da Lagoa do Sul, a hidrovia do Paraguai-Paraná, a Hidrovia do Madeira, além dos corredores Tocantins, Tapajós e Barra Norte. O objetivo é de que esses projetos sejam concedidos para a iniciativa privada, viabilizando celeridade em intervenções estruturais tais como as dragagens.
“O mais importante é que temos a oportunidade de trazer para cá mais cargas para as nossas hidrovias”, disse a secretária, ao citar que de toda a carga movimentada no País, apenas 6% são feitas por hidrovias e 9%, por cabotagem. “Temos 66% no rodoviário e 18% no ferroviário. Temos o desafio de trazer para o hidroviário”, defendeu Pescatori.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, diz que enquanto o País passou por avanço em concessões nos setores de portos e de aviação, o setor de hidrovias não avançou no mesmo sentido. “Está claro que o Brasil tem uma dívida histórica com as hidrovias. O que estamos apresentando aqui é a consolidação do sonho de anos”, afirmou.
Paraguai-Paraná
No evento, o ministério e a autarquia lançaram o chamamento público voltado ao recebimento de estudos de modelagem para o projeto do rio Paraguai-Paraná, um dos empreendimentos de destaque do PGO.
Para o anúncio, o evento contou com a presença do embaixador do Uruguai no Brasil, Guillermo Valles. A expectativa é de que a gestão seja concedida para expandir a capacidade de transporte na região.
Os outros projetos definidos como prioridade estão em diferentes estágios de estudos, sem previsões públicas para avanços dentro dos respectivos processos de concessão.
TN Petróleo - RJ 26/10/2023
Em setembro, Santa Catarina chegou ao marco de mais de 1.500 quilômetros de rede de Gás Natural, construídas ao longo dos 23 anos de operação da distribuidora estadual. O número reflete o compromisso da SCGÁS em atender o estado, impulsionando o desenvolvimento catarinense e expandindo os benefícios desta opção energética para o setor industrial, comercial, residencial e veicular.
Em apenas um ano, houve um crescimento de cerca de 7% de toda a extensão de rede de distribuição de Gás Natural. Entre janeiro e setembro, a Companhia construiu novos 68,2 km de rede, com investimentos de cerca de R$ 71,4 milhões. Até dezembro deste ano, serão 95 km de rede de distribuição implantada, chegando a mais de R$ 103 milhões destinados à expansão do combustível em Santa Catarina.
Com 70 cidades abastecidas pelos mais de 1.500 quilômetros de rede e via GNC (Gás Natural Comprimido), Santa Catarina é o segundo estado em número de municípios atendidos, conforme dados do Relatório da Abegás de dezembro de 2020.
Hoje, o Gás Natural chega a mais de 24,6 mil consumidores. Destaca-se a distribuição do insumo a 23 mil residências, 758 estabelecimentos comerciais, 141 postos de GNV (Gás Natural Veicular) e 354 indústrias. Os dados são do relatório interno de consumo da SCGÁS, referente ao mês de setembro deste ano.
Para o Diretor Técnico Comercial da concessionária, Tiago Cabral, o alcance de 1500 km de rede implantada é um marco muito importante, pois mostra o comprometimento da SCGÁS e parceiros na construção de um futuro prático e moderno. “Essa infraestrutura é construída para proporcionar desenvolvimento nas regiões aonde chegamos, a energia do Gás Natural é fundamental nos países de primeiro mundo e aqui no nosso estado não será diferente”, destaca.
O crescimento da rede de distribuição de gás leva uma opção energética mais limpa e eficiente para a população. O Gás Natural é vetor de transição energética para fontes renováveis, garantindo segurança de abastecimento e menor índice de emissão de poluentes. Por ser distribuído via gasodutos subterrâneos, também contribui para a melhora da mobilidade urbana, sem a necessidade de transporte rodoviário.
Para impulsionar ainda mais o desenvolvimento catarinense, a SCGÁS irá investir mais de R$770 milhões de reais no avanço do Gás Natural no estado. Até 2027, cerca de R$ 641 milhões serão destinados apenas à expansão da rede, um valor recorde na história de Santa Catarina.
Infomoney - SP 26/10/2023
O preço do petróleo fechou em território positivo nesta quarta-feira, 25, apoiado pelas especulações sobre uma eventual escalada da guerra entre Israel e Hamas. A valorização reflete um movimento especulativo de que um possível envolvimento de grandes produtores de petróleo, como Irã e EUA, poderia resultar problemas na oferta.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 1,97% (US$ 1,65), a US$ 85,39 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 2,24% (US$ 1,96), a US$ 89,12 o barril.
Uma série de notícias sobre o conflito do Oriente Médio roubou a atenção dos traders nestas sessão. O Wall Street Journal reportou que combatentes do Hamas teriam realizado treinamentos em território iraniano antes dos ataques a Israel em 7 de outubro.
A possibilidade de o Irã entrar de vez na guerra é um dos riscos altistas mais monitorados pelo mercado, uma vez que a aplicação de mais sanções ao país ou de interrupções na sua produção teriam implicações substanciais para a oferta global.
Ainda no noticiário, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a dizer que estão se preparando para uma invasão terrestre, embora não tenha dado maiores detalhes. Antes disso, os Estados Unidos haviam pedido que Tel-Aviv atrasasse a investida por terra à Faixa de Gaza, enquanto o governo americano envia equipamento bélico para os israelenses, segundo fontes citadas pela Dow Jones Newswires. O adiamento do tal ataque era um dos fatores que vinham contendo os preços do petróleo nos últimos dias.
Volátil, a cotação deverá continuar a responder aos desdobramentos da guerra, segundo a casa de análise ActivTrades. “Se as tensões vierem a baixar, então o petróleo pode se debilitar de novo”, disse, em relatório. Os riscos do conflito se sobrepuseram ao aumento nos estoques americanos de petróleo – uma informação de fundamento baixista para a commodity.
Entre outros drivers bearish (pessimistas), o setor acompanhou a reportagem da Reuters segundo a qual a estatal venezuelana PDVSA assinou pelo menos dois novos contratos à vista para exportar petróleo e cimento de asfalto, exigindo pagamento antecipado em euros.
A consultoria Capital Economics apontou ainda que um esperado aumento na produção argentina no próximo ano deverá reduzir um pouco do déficit projetado, ainda que não tenha um impacto significativo na oferta global.
Infomoney - SP 26/10/2023
O navio-plataforma Almirante Barroso, que opera no campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos, atingiu na terça-feira, 24, o topo de produção de 150 mil barris de petróleo por dia (bpd), informou a Petrobras (PETR4) nesta quarta-feira, 25. Segundo a estatal, o resultado foi alcançado em tempo recorde. Foram menos de cinco meses (146 dias) desde o primeiro óleo.
Ainda de acordo com a empresa, o recorde anterior da Petrobras foi o do FPSO P-76, cujo atingimento da capacidade máxima de produção se deu em menos de oito meses, também no campo de Búzios.
A plataforma Almirante Barroso é do tipo FPSO, ou seja, é uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (da sigla em inglês) e começou a produzir comercialmente no dia 31 de maio deste ano.
“No sistema submarino do projeto, com a incorporação de soluções inovadoras na instalação dos dutos rígidos, obteve-se redução de 15% no tempo médio de interligação dos poços, contribuindo diretamente para o tempo recorde de ramp-up (crescimento)”, disse a Petrobras em nota.
Afretada junto à Modec, a plataforma está localizada a 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, em profundidade de água de 1.900 metros.
A Petrobras é a operadora do campo com 88,99% de participação na jazida compartilhada de Búzios, tendo como parceiras a CNOOC com 7,34% e a CNODC com 3,67%.
“Graças ao empenho de nosso corpo técnico e à adoção de novas tecnologias, continuaremos a obter um resultado excepcional em Búzios, com a implantação de onze unidades com alta capacidade de produção, equipadas com as mais modernas tecnologias de descarbonização”, disse em nota o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos.
Infomoney - SP 26/10/2023
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos avançaram 1,372 milhão de barris, na semana encerrada no dia 20, para 421,12 milhões de barris, informou nesta quarta-feira (25) o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam estabilidade.
Os estoques de gasolina cresceram 156 mil barris, a 223,457 milhões de barris, ante expectativa de queda de 300 mil barris. Os estoques de destilados, por outro lado, caíram 1,686 milhão de barris, a 112,087 milhões de barris, quando analistas esperavam recuo de 1,1 milhão de barris.
Os estoques de petróleo em Cushing aumentaram 213 mil barris, a 21,226 milhões de barris, informou o DoE. Já a taxa de utilização das refinarias recuou de 86,1% na semana anterior a 85,6% na mais recente. Analistas previam, neste caso, 86,6%.
A produção média diária de petróleo dos EUA, por sua vez, manteve-se em 13,2 milhões de barris na semana mais recente.
Agrolink - RS 26/10/2023
A Koninklijke Maatschap de Wilhelminapolder (KMWP), uma das maiores empresas agrícolas da Holanda, está testando com sucesso o trator Fendt 700 Vario Electric de 200 HP durante a colheita de batatas no outono. Este trator totalmente elétrico está apresentando impressões iniciais muito promissoras, particularmente em relação à sua potência de tração. Sua introdução nas fazendas holandesas trouxe uma mudança notável, substituindo o barulho típico de um motor diesel pelo suave zumbido de um motor elétrico nos campos.
Os tratores elétricos Fendt 700 Vario Electric possuem capacidades de carregamento em estações padrão que asseguram operação contínua, permitindo que continuem suas tarefas sem interrupções. Até agora, a importadora holandesa Agromec já entregou 10 tratores semelhantes, que acumularam quase 7.000 horas de operação em empreitadas de terraplenagem e construção de estradas. No entanto, esses tratores elétricos ainda não ganharam destaque na agricultura, tornando o teste da KMWP uma inovação notável na indústria de tratores elétricos de 200 HP.
O trator utiliza uma transmissão alimentada por um motor elétrico Danfoss síncrono de ímã permanente sem escovas. Este motor tem uma capacidade de mais de 420 HP, mas foi ajustado para reproduzir as características de desempenho do motor diesel Deutz originalmente presente no trator. Sob o capô, acima do motor elétrico, há uma bateria de 70 kWh destinada a uso de curto prazo, como viagens curtas na estrada e para compensar a substituição de baterias maiores na parte dianteira. É crucial manter o resfriamento dos componentes elétricos, garantindo que as temperaturas não excedam 45 graus Celsius.
A bateria descarregada pode ser facilmente removida e colocada como uma unidade independente em uma estação de carregamento. Com um carregador rápido, a bateria pode ser completamente recarregada em apenas uma hora. A remoção e fixação levam de 1 a 2 minutos. A bateria tem um peso de 2.000 quilos e dimensões de 1,3 metros de altura, 1,08 metros de comprimento e 1,3 metros de largura, incluindo uma unidade de resfriamento e aquecimento na parte superior, garantindo condições ideais para a bateria.
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