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26 de Setembro de 2025

INDA

Safras & Mercado - RS   26/09/2025

As vendas de aços planos caíram 3,6% em agosto de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ficando em 337,4 mil toneladas, segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgados nesta quinta-feira. Na comparação mensal, houve baixa de 2,4%, quando foram vendidas 345,5 mil toneladas. De janeiro a agosto, as vendas caíram 0,1%, a 2,6 milhões de toneladas.

No mês passado, as compras de aços planos registraram queda de 12,3% perante a julho, com volume total de 327,6 mil toneladas contra 373,7 mil. Frente a agosto do ano passado (368,0 mil ton.), apresentou queda de 11,0%. De janeiro a agosto, as compras caíram 0,4%, a 2,7 milhões de toneladas.

Em número absoluto, o estoque de agosto obteve queda 0,9% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 1.086,2 mil toneladas contra 1.096,0 mil. O giro de estoque fechou em 3,2 meses, considerado alta pela entidade.

As importações encerraram o mês de agosto com queda de 5,7% em relação ao mês anterior, com volume total de 241,4 mil toneladas contra 256,0 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (287,9 mil ton.), as importações registraram queda de 16,2%. O indicador inclui importações de chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zincadas a quente, chapas eletrogalvanizadas, chapas pré-pintadas e galvalume.

Para setembro de 2025, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de 5,0% em relação a agosto. A entidade também estima que as vendas subam 0,8% no acumulado de janeiro a setembro.

Em entrevista coletiva, o presidente executivo do Inda, Carlos Jorge Loureiro, disse que as siderúrgicas CSN, Arcelor Mittal e Gerdau anunciaram aumentos, a partir de outubro, de 7,5% a 8%, para bobina a quente, e de 3,5% a 4% para os demais produtos. A pressão de custos foi apontada como o principal driver para os reajustes. “Acredito que Usiminas deve acompanhar”, comentou.

Segundo Loureiro, a queda das importações é fruto de um volume grande importado e do crescimento de casos de dumping em laminado a frio e zincado. Ele disse que há uma expectativa de que saia uma resolução sobre o assunto.

Segundo o Inda disse que, no acumulado do ano, o item que cresceu bastante nas importações foi laminado a quente e que a maior parte das importações ao Brasil veio da China.

Já as exportações foram consideradas “fracas”, com 41 mil toneladas em agosto, a maior parte para Argentina e pela Usiminas.

A entidade prevê que o preço do minério de ferro termine o ano em patamar entre US$ 100 a 105 por tonelada. Atualmente está acima de US$ 100 por tonelada, disse Loureiro.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   26/09/2025

Sobre a postura do Banco Central em manter a Selic em um patamar de 15% por um tempo ‘bastante prolongado’ – como citado em atas e comunicados – o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, reiterou que praticamente todos os indicadores tem sinalizado que a austeridade no política monetária é o caminho a ser seguido para trazer a inflação para a meta.

Durante coletiva do Banco Central feita nesta quinta-feira, 25, Galípolo frisou os dados recordes do mercado de trabalho endossam as decisões da autarquia de manter a Selic no seu maior patamar para os últimos 19 anos.

“Mesmo com a Selic alta, você praticamente gabarita no livro-texto as condições de contorno para uma elevação e para manter juros contracionistas. Por onde você olhar, difícil não reunir condições de contorno”, disse o presidente do Banco Central.

O economista ainda destacou que os dados de desemprego e de inflação estão praticamente no mesmo patamar.

Nesse sentido, avalia que o ‘pior cenário para o trabalhador’ seria uma inflação elevada, com perda de poder de compra – ainda que atualmente a massa salarial esteja em patamares recordes, assim como a taxa de ocupação.

Diogo Guillen, Diretor de Política Econômica do BC, endossou as falas destacando que ‘prevalece a visão de que o mercado de trabalho está aquecido’.

Conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados na semana passada, o Brasil chegou no seu menor patamar de desemprego da série histórica do indicador, iniciada em meados de 2012, aos 5,6%.

Em números absolutos, isso significa que cerca de 6,1 milhões de brasileiros estão em situação de desemprego. Com esse dado e o momento atual da economia, o Brasil se aproxima – ou até mesmo integra – a faixa do pleno emprego.
Galípolo X Haddad

O presidente do BC ainda comentou que considera ‘um luxo’ ter representantes do Ministério da Fazenda e do Tesouro que criticam o atual patamar de juros com ‘delicadeza e educação’.

“Se você escuta a fala do ministro Fernando Haddad, é uma fala de uma gentileza e assim, emitindo sua opinião, que é absolutamente legítima”, disse, na coletiva de imprensa.

O presidente, todavia, destacou que atualmente 96% dos respondentes das pesquisas apontam que o BC ‘deveria fazer e o que está fazendo’

“Estamos dependentes de dados, que vamos seguir observando, para identificar se a taxa de juros está no patamar contracionista o suficiente para produzir a convergência da inflação para a meta.”

Haddad declarou, na terça-feira, 23, que o atual patamar da taxa de juros é ‘injustificável’.

“Se você me perguntar se acho justificável os juros estarem nesse patamar, eu acredito que não, mas não estou no lugar dele [Galípolo]”, disse ao ICL Notícias.

“Eu penso que o Galípolo vai chegar num momento em que ele vai juntar a diretoria e tomar essa decisão. Eu entendo que tem espaço para esse juro cair”, completou o ministro da Fazenda.

Na última Ata do Copom, divulgada também na terça-feira, 23, o BC comunicou que após avaliar os efeitos acumulados do choque de juros, entrou em um novo estágio da política monetária que prevê taxa inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.

“Após uma firme elevação de juros, o Comitê optou por interromper o ciclo e avaliar os impactos acumulados”, afirma a ata do Copom, em referência à reunião do Copom de julho.

“Agora, na medida em que o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”, consta também no documento.

Na semana anterior o BC decidiu pela manutenção da Selic em 15% ao ano pela segunda vez consecutiva em decisão unânime. No comunicado, os diretores destacaram que o ambiente segue incerto e demanda cautela, e que que o comitê seguirá avaliando se manter os juros nesse patamar por período bastante prolongado será suficiente para levar a inflação à meta.

O Estado de S.Paulo - SP   26/09/2025

O Banco Central (BC) reduziu a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025, de 2,1% para 2%. Os números constam do Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre, publicado nesta quinta-feira, 25. A previsão está abaixo da mediana do último relatório Focus, de 2,16%.

A autoridade monetária também divulgou, pela primeira vez, a sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro em 2026, de 1,5%. Essa estimativa também está abaixo da mediana do Focus, de 1,8%.

A nova projeção para 2025 incorpora mudanças nas estimativas para o PIB agropecuário (8% para 9%), e industrial (1,9% para 1%) e mantém Serviços em 1,8%. Pelo lado da demanda, a autoridade monetária ajustou as previsões para o consumo das famílias (2,1% para 1,8%) e do governo (1,2% para 0,5%), Formação Bruta de Capital Fixo - os investimentos em bens de capital (2,8% para 3,3%), importações (3,5% para 4,5%) e exportações (3,5% para 3%).

Para 2026, o BC prevê altas de 1% para a agropecuária, de 1,5% para os serviços e de 1,4% para a indústria. Pelo lado da demanda, a autarquia estima altas de 1,4% no consumo das famílias, de 1% no consumo do governo, de 0,3% na FBCF, de 1% nas importações e de 2,5% nas exportações.

Na avaliação do BC, a forte base de comparação deve limitar o crescimento da agropecuária em 2026. “A safra recorde de grãos em 2025 contou com condições climáticas bastante favoráveis, que podem não se repetir em 2026. Além disso, o aumento nos preços relativos de defensivos e fertilizantes tende a reduzir o seu uso, com impacto negativo sobre a produtividade”, considerou, acrescentando que, na pecuária, o BC projeta moderação no abate de bovinos, reflexo da crescente participação de fêmeas nos abates dos últimos anos, fator que pode reduzir a disponibilidade de animais.

Para o setor de serviços, a autoridade monetária espera um “avanço robusto” no ano que vem, embora inferior ao observado em 2025. Já para a indústria, a avaliação é a de que vai se sobressair como exceção o setor extrativo, cuja previsão aponta para nova alta relevante, sustentada por prognósticos favoráveis dos principais produtores de petróleo e minério de ferro.

Do lado da demanda, ainda sobre 2026, o BC acredita que a desaceleração do consumo das famílias deve refletir, entre outros fatores, um menor ritmo de expansão da população ocupada. “Em contrapartida, a resiliência da renda disponível das famílias deve contribuir para mitigar, em parte, a perda de dinamismo do consumo.”

No relatório, o Banco Central também informou que espera manutenção do IPCA acima do centro da meta de inflação, de 3%, até pelo menos o primeiro trimestre de 2028, considerando o seu cenário de referência.

A projeção é que a inflação em 12 meses passe de 5,4%, no segundo trimestre deste ano, para 5,3% no terceiro, e feche 2025 em 4,8%. Depois, o IPCA vai para 4% no primeiro trimestre de 2026, para 4,1% no segundo, cede para 4,0% no terceiro, e encerra o ano que vem em 3,6%.

O BC projeta ainda que a inflação acumulada em 12 meses atinja 3,4% no primeiro trimestre de 2027, horizonte relevante da política monetária, e 3,4% no segundo. Em seguida, a autarquia estima que o IPCA desacelere a 3,3% no terceiro trimestre e a 3,2% no fim do ano. A projeção para o primeiro trimestre de 2028, a última disponível, é de 3,1%, ainda 0,1 ponto acima do centro da meta.

“Na comparação com o relatório anterior, as projeções de inflação tiveram leve queda para 2025 e estabilidade para o horizonte relevante da política monetária”, diz o BC, no RPM. “Entre os fatores que pressionaram a inflação para cima, destacam-se o dinamismo no mercado de trabalho, em contexto de hiato positivo, e o aumento da projeção de energia elétrica residencial, e, como fatores baixistas, destacam-se a redução das expectativas de inflação e a apreciação do real.”

IstoÉ Dinheiro - SP   26/09/2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a cobrar redução nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), afirmando que o país “não enfrenta mais inflação” e deveria ter “juros baixos junto com ótimos dados econômicos”.

Trump destacou ainda o efeito das tarifas sobre a atividade, lembrando que a projeção para o PIB do segundo trimestre “estava em 2,0% e veio em 3,8%”. “O período de transição entre governos está passando mais rápido do que pensávamos por conta das tarifas”, disse no Salão Oval da Casa Branca.

Em meio à queda registrada pelas bolsas americanas nesta quinta-feira, Trump afirmou não se sentir responsável. “Vi que mercados acionários caíram hoje. Não me sinto culpado pois eles bateram vários recordes recentemente”, disse. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, reforçou acreditar que “podemos levantar o mercado de ações”, sem explicar como.

Na frente externa, o presidente voltou a declarar que os EUA estão “muito próximos de chegar a um acordo sobre Gaza”. Questionado se o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, concordou em parar de comprar petróleo russo durante encontro bilateral realizado mais cedo, evitou responder, mas acrescentou: “acho que a Turquia vai parar de comprar petróleo da Rússia”, em sinal de pressão a Moscou por um cessar-fogo na Ucrânia.

Trump também admitiu a possibilidade de paralisação do governo. “Sim, pode acontecer por culpa de democratas”, afirmou.

O Estado de S.Paulo - SP   26/09/2025

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, 25, uma nova rodada de tarifas que inclui a taxação de 25% sobre caminhões pesados importados, 50% sobre armários de cozinha e pias, 30% sobre móveis estofados e 100% sobre medicamentos de marca ou patenteado importado. As novas taxas passam a valer a partir de 1° de outubro.

Trump afirmou que a taxação visa proteger os grandes fabricantes da “concorrência externa desleal”. “Portanto, nossos grandes fabricantes (de caminhões pesados), como Peterbilt, Kenworth, Freightliner, Mack Trucks e outros, estarão protegidos do ataque de interrupções externas. Precisamos que nossos caminhoneiros estejam financeiramente saudáveis e fortes, por muitas razões, mas acima de tudo, por motivos de segurança nacional!“, escreveu ele na rede social Truth Social.

Além de tarifas sobre caminhões pesados, o presidente americano afirmou que irá impor uma tarifa de 50% sobre todos os armários de cozinha, pias de banheiro e produtos associados, além de uma taxa de 30% sobre móveis estofados. “A razão para isso é a ‘inundação’ em larga escala desses produtos nos EUA por outros países. É uma prática muito injusta, mas devemos proteger, por motivos de segurança nacional e outras razões, nosso processo de fabricação.”

As novas tarifas sobre armários podem elevar ainda mais os custos para construtoras num momento em que muitas pessoas interessadas em comprar uma casa se sentem excluídas pelo mix de escassez habitacional e altas taxas de hipoteca.

No caso de produtos farmacêuticos de marca ou patenteado importado, a tarifa será de 100%. Trump afirmou que as tarifas sobre medicamentos não se aplicarão a empresas que estiverem construindo fábricas nos Estados Unidos, definindo esse critério como “início das obras” ou estar “em construção”.

Não ficou claro como as tarifas seriam aplicadas a empresas que já têm fábricas no país. Em 2024, os EUA importaram quase US$ 233 bilhões em produtos farmacêuticos e medicinais. A perspectiva de que alguns medicamentos dobrem de preço pode causar impacto direto nos eleitores, já que despesas com saúde — além dos custos do Medicare e do Medicaid — podem aumentar.

As postagens em sua rede social mostraram que a devoção de Trump às tarifas não terminou com os pacotes comerciais e taxas de importação lançados em agosto, refletindo a confiança do presidente de que os impostos vão ajudar a reduzir o déficit orçamentário do governo e, ao mesmo tempo, aumentar a produção doméstica.

Mas as tarifas adicionais correm o risco de intensificar uma inflação já elevada e de desacelerar o crescimento econômico, enquanto empregadores, ainda se adaptando às tarifas anteriores de Trump, enfrentam novos níveis de incerteza. “Começamos a ver os preços dos bens se refletindo em uma inflação mais alta”, alertou o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em uma recente coletiva de imprensa, acrescentando que os maiores custos de bens respondem pela “a maior parte” ou possivelmente “todo” o aumento da inflação neste ano.

Trump há muito defende que tarifas são a chave para forçar empresas a investir mais em fábricas domésticas. Ele rejeitou os temores de que importadores simplesmente repassem grande parte do custo dos impostos a consumidores e empresas na forma de preços mais altos.

O presidente segue afirmando que a inflação não é mais um desafio para a economia dos EUA, apesar das evidências em contrário. O índice de preços ao consumidor subiu 2,9% nos últimos 12 meses, contra 2,3% no ritmo anual de abril, quando Trump lançou seu amplo pacote de tarifas de importação.

Também não há indícios de que as tarifas estejam criando empregos industriais ou incentivando a construção de fábricas. Desde abril, o Bureau of Labor Statistics reportou que os fabricantes cortaram 42 mil postos de trabalho e as construtoras, 8 mil. /

Diário do Comércio - MG   26/09/2025

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) Setorial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta quinta-feira (25), mostra que 12 setores industriais tiveram queda de confiança em 2025 em setembro. Além disso, 27 das 29 áreas pesquisadas estão pessimistas com a economia brasileira e seus próprios negócios.

Em uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos indicam falta de confiança, os setores da madeira e da metalurgia são os mais pessimistas, com 42,1 pontos e 42,2 pontos, respectivamente. O segmento de farmoquímicos e farmacêuticos tem 58,9 pontos e é a área com mais confiança de todas as pesquisadas.
“A indústria vem perdendo ritmo desde o início do ano, sobretudo, por causa das taxas de juros elevadas. Os juros altos reduziram a demanda por produtos cujas compras costumam ser parceladas pelos consumidores”, explica, em nota, o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Apenas as empresas farmoquímicas e farmacêuticas e as fabricantes de produtos diversos seguem otimistas de acordo com o levantamento. As empresas de grande porte são as mais confiantes, com 47,2 pontos, alta de 0,6 em relação a agosto. No outro extremo estão as pequenas, com 45,7 pontos, queda de 0,6 na mesma base de comparação. As médias têm 46,9 pontos, alta de 0,9 no mês.

Regionalmente, apenas o Nordeste (51,5) e o Centro-Oeste (50,8) estão no espectro otimista do estudo. A pior confiança é da região Sul, com 43,8 pontos, um aumento de 0,2 ponto em relação a agosto. O Norte ficou estável em 47,9 pontos e o Sudeste subiu 0,8 ponto, chegando a 45,3. Para esta edição do Icei Setorial, a CNI consultou 1.768 empresas: 720 de pequeno porte; 626 de médio porte; e 442 de grande porte, entre 1º e 10 de setembro de 2025.

CNN Brasil - SP   26/09/2025

A China demonstra sinais de buscar uma reaproximação comercial com os Estados Unidos, utilizando a compra de soja como possível instrumento de negociação. A estratégia surge em um momento em que o país asiático enfrenta significativas perdas em seu comércio exterior. Durante o WW, José Pimenta, diretor de Comércio Internacional da BMJ consultores, afirmou que a China quer chamar o presidente Donald Trump para mesa de negociação.

De acordo com dados recentes, as exportações chinesas para os Estados Unidos registraram uma queda expressiva de 15% nos primeiros oito meses deste ano. O impacto é particularmente significativo em produtos de alto valor agregado, incluindo máquinas, equipamentos eletrônicos e medicamentos.

Histórico da Relação Comercial

Entre 2000 e 2017, os Estados Unidos direcionavam 60% de suas exportações globais de soja para o mercado chinês. No entanto, esse cenário mudou drasticamente após 2018, com uma redução vertiginosa nas compras por parte da China.

Em uma demonstração de possível abertura ao diálogo, o principal negociador chinês realizou encontros com produtores do meio-oeste americano. Esta movimentação sugere uma tentativa de reavaliar as relações comerciais entre as duas nações, especialmente considerando a importância histórica do comércio de soja.

O Brasil, como um dos principais exportadores de soja para a China, que representa 35% do total das exportações brasileiras, também se encontra diretamente envolvido neste cenário de redistribuição comercial global.

O Estado de S.Paulo - SP   26/09/2025

A possibilidade de uma conversa telefônica entre o presidente Lula e Donald Trump, após os comentários do presidente americano na Assembleia Geral da ONU, reacendeu a esperança de um novo capítulo nas relações entre Brasil e Estados Unidos. A abertura desse canal de diálogo é, sem dúvida, um sinal positivo, indicando que a Casa Branca pode estar disposta a testar uma nova estratégia para lidar com a atual tensão.

Existe outro ponto de otimismo. Um desdobramento judicial nos EUA pode abrir, ainda este ano, outra janela de oportunidade: o julgamento na Suprema Corte Americana, previsto para novembro, pode levar à derrubada das tarifas impostas com base no International Emergency Economic Powers Act (IEEPA). Embora Washington já esteja se preparando para substituí-las por outros instrumentos, esse processo de ajuste pode ser o momento ideal para o Brasil, com o apoio do setor privado, apresentar argumentos e negociar tarifas menores para alguns produtos, especialmente aqueles que causam inflação nos EUA, como o café.

No entanto, é preciso muita cautela. Um acordo bilateral que resulte em uma redução significativa de tarifas e no alívio de sanções está, por enquanto, bem distante.

Ao analisarmos os acordos recentes firmados pelos EUA com outros países e blocos econômicos – como Japão, União Europeia e Vietnã –, percebe-se que as concessões exigidas por Washington são substanciais. A Casa Branca deve exigir contrapartidas significativas, incluindo a ampla redução de tarifas pelo Brasil (mesmo aqueles considerados sensíveis, como o etanol), compromissos de compra por empresas brasileiras no mercado americano ou investimentos em setores estratégicos. Sem essas concessões, qualquer negociação será muito pontual.

Além disso, as negociações com outros países incluíram outras pautas estratégicas. No caso do Brasil, é notório o interesse em minerais críticos e a regulação da política digital. É provável que, quando esses temas sejam trazidos à mesa, também venham com exigências que, a princípio, estão bem além do que o governo brasileiro estaria disposto a entregar. É difícil ver o Brasil mudando de posição e concordando em restringir tecnologia ou investimentos chineses nesses setores, por exemplo – sem falar que, nessas áreas, o Brasil ainda tentará barganhar algum compromisso de investimento dos EUA para desenvolver esses setores estratégicos.

Além disso, apesar da disposição para o diálogo, as diferenças ideológicas entre os dois governos continuam a pesar, e é improvável que o governo americano simplesmente abandone suas pautas políticas. As sanções impostas a figuras políticas brasileiras e a pressão judicial devem continuar, ainda mais com a provável cassação e condenação de Eduardo Bolsonaro.

Desse modo, o cenário mais provável é de um avanço lento nas conversas com os EUA, com resultados pontuais até as eleições de 2026, e sanções adicionais ainda sendo impostas em função da discordância sobre o processo eleitoral de 2026 e o tratamento às redes sociais. A menos que o Brasil se mostre disposto a ceder mais do que se imagina, a Casa Branca pode preferir negociar de fato com o vencedor da eleição brasileira, na esperança de um alinhamento político e ideológico que facilite o processo. A perspectiva de um acordo substancial, que reverta a maior parte das tarifas e sanções, continua sendo um desafio.

O Estado de S.Paulo - SP   26/09/2025

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,48% em setembro, após ter recuado 0,14% em agosto, informou nesta quinta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior índice para o mês desde 2021, quando foi registrada alta de 1,14%.

Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,76% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 5,32%, ante taxa de 4,95% até agosto.

A alta ficou abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que era de 0,51%, com intervalo entre 0,40% e 0,60%. A taxa em 12 meses também abaixo da mediana, que era de 5,35%, com um intervalo que ia de 5,25% a 5,44%. O teto da meta do Banco Central é de 4,5%.

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE no IPCA-15, cinco tiveram alta em setembro: Habitação (3,31%); Vestuário (0,97%); Saúde e cuidados pessoais (0,36%); Despesas pessoais (0,20%) e Educação (0,03%).

Todas as 11 regiões pesquisadas pelo instituto tiveram alta nos preços neste mês. A maior variação foi registrada em Recife (0,80%), por conta das altas de energia elétrica (10,69%) e gasolina (4,78%).

Os preços de Transportes caíram 0,25% em setembro, após queda de 0,47% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,05 ponto porcentual para o IPCA-15, que subiu 0,48% no mês.

Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,10% em setembro, após recuo de 1,18% no mês anterior. A gasolina caiu 0,13%, após ter registrado queda de 1,14% em agosto, enquanto o etanol avançou 0,15% nesta leitura, após queda de 1,98% na última.

O Estadão/Broadcast calcula o impacto de cada grupo no IPCA-15 com base na variação mensal e no peso mensal disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). O resultado pode ter divergências pontuais com o impacto divulgado pelo IBGE, que considera mais casas decimais do que as disponibilizadas publicamente na taxa de cada item.

Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,35% em setembro, após queda de 0,53% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,08 ponto porcentual para o IPCA-15, que subiu 0,48% no mês.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,63% em setembro, após ter recuado 1,02% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,36%, ante alta de 0,71% em agosto.

MINERAÇÃO

Valor - SP   26/09/2025

Contratos futuros com vencimento em janeiro fecharam cotados a US$ 112,94 por tonelada

Os preços do minério de ferro voltaram a subir na China nesta quinta-feira (25).

Os contratos futuros negociados na Bolsa de Dalian, com vencimento em janeiro, atualmente os de maior volume no mercado subiram 0,25%, cotados em 805,5 yuans (US$ 112,94) por tonelada.

Segundo analistas da ANZ Research, os fundamentos indicam uma perspectiva fraca, a menos que a China anuncie novas medidas de apoio à infraestrutura ou ao setor imobiliário.

Money Times - SP   26/09/2025

As ações da Vale (VALE3) avançaram 0,55% nesta quinta-feira (25), registrando o maior preço de tela no fechamento em 2025, a R$ 58,21, acompanhando a alta dos contratos futuros de minério de ferro na Bolsa de Dalian, que subiram 0,25%, a 805,5 iuanes (US$ 113,04) por tonelada.

O movimento da commodity foi apoiado pelo reabastecimento antes do feriado do Dia Nacional da China, enquanto o mercado também monitora a disputa contratual entre a estatal chinesa China Mineral Resources Group e a mineradora BHP.

A alta acontece em um momento em que analistas têm visto a mineradora brasileira com otimismo, citando disciplina operacional, redução de custos, corte no capex e expectativa de forte geração de caixa, embora a recomendação de compra não seja consenso por conta justamente do preço atual dos papéis.

Cenário mais favorável para Vale?

Mais cedo, o BB Investimentos elevou o preço-alvo da Vale para R$ 68,00 no final de 2026, ante R$ 65,00, e manteve a recomendação de compra, incorporando ao modelo os resultados do primeiro semestre de 2025, as estimativas mais recentes da companhia e premissas setoriais e macroeconômicas atuais.

Para a instituição, a disciplina operacional, a redução de capex e um cenário mais favorável para o minério de ferro no segundo semestre reforçam a atratividade da tese de investimento da Vale no médio e longo prazo.

O banco afirmou, em relatório assinado por Mary Silva, que a Vale apresentou evolução operacional relevante no primeiro semestre, sustentada por um ritmo sólido de produção e pela redução de custos em todos os produtos. Esse desempenho garantiu a manutenção das margens mesmo com preços médios mais baixos, disse.
BBA vê forte geração de caixa

O Itaú BBA em agosto manteve recomendação outperform (desempenho acima da média) para as ações da Vale e destacou que a companhia deve seguir com forte geração de caixa, o que abre espaço para dividendos e recompras adicionais já em 2025.

O banco manteve o preço-alvo em US$ 13 por ADR (R$ 70 por ação), rolando a projeção do fim de 2025 para o fim de 2026.

Segundo os analistas do Itaú BBA, a Vale deve encerrar o ano com dívida líquida expandida em torno de US$ 16 bilhões, ligeiramente acima do ponto médio do intervalo de US$ 10 a 20 bilhões definido pela própria companhia.

Ainda assim, caso o minério de ferro permaneça próximo de US$ 100 por tonelada, a expectativa é de que a Vale mantenha conforto financeiro para remunerar os acionistas.

Para o Itaú BBA, o equilíbrio entre oferta e demanda de minério de ferro deve se manter relativamente estável nos próximos trimestres, com demanda ainda sólida da China e do Sudeste Asiático, e a entrada em operação de novos projetos, como Simandou.

Já o BTG avaliou recentemente que mesmo com avanços, o fluxo de caixa livre projetado para 2026 deve ficar abaixo de 10% de yield — considerado razoável, mas não suficiente para uma elevação de recomendação para a compra.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   26/09/2025

Como a Chevrolet vai montar o Spark no Brasil sem ter fábrica de elétricos

A General Motors tem três fábricas de automóveis no Brasil e outras duas para o desenvolvimento de motores e peças. Ao menos por ora, nenhum destes complexos está plenamente apto a receber a estrutura de montagem de um carro elétrico - ainda assim, a marca vive a expectativa de ter o primeiro veículo do segmento feito no país.

Isso porque a GM fechou parceria com a Comexport, que irá produzir o Chevrolet Spark EUV em Horizonte (CE). A montagem no arranjo SKD, em kits pré-montados, terá início ainda neste ano - com a indefinição sobre o início da operação da fábrica da BYD em Camaçari (BA), o novo SUV compacto chinês da GM pode largar na frente.

Apesar da possibilidade, o tom nos escritórios da empresa é de cautela. “Pode acontecer, mas não estamos apostando uma corrida [para ter o primeiro carro elétrico do Brasil]”, disse Fábio Rua, vice-presidente da GM na América do Sul, à nossa reportagem.

O executivo revelou ainda que o lançamento do Spark EUV está fora do montante de R$ 7 bilhões em investimentos que a companhia anunciou para o Brasil ao longo dos próximos anos. “A Comexport tem licença para montar o Spark em Horizonte - e nós a compramos da Comexport”, afirmou Rua. O pequeno SUV elétrico de origem chinesa é um projeto da Wuling, parceira da GM na Ásia.

A companhia também promete aprimorar o projeto do Spark em comparação com o Baojun Yep, sua versão chinesa. Por enquanto, com exceção dos logotipos, os SUVs são idênticos, mas o modelo nacional deverá ser mais completo: uma versão de cinco lugares está nos planos, além da instalação da interface Onstar.

A Comexport diz que a GM não será sua única parceira. Apesar da fábrica de Horizonte estar em processo de adaptação para também receber a linha de montagem do Captiva EV, outras fabricantes negociam - ou já negociaram - com a empresa para produzir no Ceará. É o caso de marcas como Neta e Omoda Jaecoo.

Isso porque a fábrica da Comexport funcionará como uma espécie de “barriga de aluguel” para as marcas brasileiras. Em outras palavras, será uma fábrica “multimarcas” - e existe até um exemplo de sucesso no continente que serviu de exemplo para essa operação.

A Nordex está localizada em Montevidéu, no Uruguai, e estreou o conceito de fábrica multimarcas na região. Ali são produzidos carros da Stellantis (as vans Scudo, Expert e Jumpy), da Ford (a van Transit) e também da Kia (o caminhão Bongo). Até o segundo semestre deste ano a Fiat Titano também era montada na instalação, mas teve sua linha transferida para Córdoba (Argentina).

E como fábricas pequenas como as da Comexport e da Nordex em Montevidéu conseguem atender tantas marcas? A resposta está na produção CKD ou SKD.

A fábrica da Comexport é a mesma onde eram produzidos os jipes Troller

Carros montados nos arranjos CKD e SKD são produzidos em outros países, mas as peças são importadas ao Brasil em kits que podem ser totalmente desmontados ou parcialmente montados. Dessa forma, economiza-se no transporte, já que os produtos ocupam menos espaço nos contêineres.

Boa parte dos veículos CKD e SKD têm pouco - ou até nenhum - índice de nacionalização. Há casos em que nem o ar que enche os pneus é brasileiro. É por isso que a partir de janeiro de 2027, veículos produzidos nestes arranjos pagarão 35% de imposto; o mesmo de carros importados. A decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) veio após pressão das fabricantes tradicionais representadas pela Anfavea.

Apesar de estar no grupo que defendeu a retomada do imposto para carros CKD e SKD, a General Motors optou por produzir o Spark EUV no Brasil neste regime. A companhia, porém, promete elevar o nível de nacionalização dos componentes do novo SUV ao longo dos anos.

Chega a ser irônico que o Spark, um SUV com formato de jipe, seja montado na mesma fábrica que pertencia à Troller. Fundada em 1995, a fabricante brasileira deixou um legado importante no segmento off-road, mas encerrou suas atividades em 2021, com o fim da operação nacional da Ford.

O primeiro carro da Troller, o T4, deixou a linha de montagem de Horizonte em 1999 utilizando peças de diversos veículos. Os motores, por exemplo, tinham origem Volkswagen; já a carroceria era de fibra de vidro e o chassi era feito artesanalmente. Em 2007 a marca brasileira foi adquirida pela Ford em uma negociação até hoje marcada por polêmicas. Especialistas de mercado apontaram que a empresa na verdade estaria interessada nos incentivos fiscais por produzir na região.

Com o fim da produção local da Ford em 2021, que também culminou no fechamento da planta de Camaçari, o complexo de Horizonte foi devolvido ao Governo do Ceará que, em 2024, fez acordo com a Comexport. Agora, o antigo berço de um jipe nacional servirá de endereço para um SUV elétrico chinês.

Infomoney - SP   26/09/2025

A fabricante chinesa de veículos elétricos BYD vendeu três vezes mais carros novos na União Europeia no mês passado do que em agosto de 2024, superando a concorrente norte-americana Tesla pelo segundo mês consecutivo, mostraram dados da associação automotiva europeia ACEA nesta quinta-feira.

A Stellantis retornou ao crescimento das vendas na Europa pela primeira vez em mais de um ano, à medida que o mercado geral se expandiu com um impulso das vendas de híbridos plug-in (PHEV) e elétricos a bateria (BEV).

O abalado setor automobilístico da Europa enfrenta desafios, incluindo as tarifas de importação dos EUA, a concorrência da China e as dificuldades em cumprir de forma lucrativa as regulamentações domésticas para a adoção de veículos elétricos.
As montadoras aumentaram as vendas de PHEVs para atender aos padrões de emissão com carros mais econômicos e mais lucrativos do que os EVs puros. As marcas chinesas também usaram a tecnologia para minimizar o impacto das tarifas da União Europeia sobre os VEs fabricados na China e para conquistar os motoristas europeus céticos em relação à China.

As vendas na União Europeia, no Reino Unido e na Associação Europeia de Livre Comércio aumentaram 4,7%, chegando a 0,8 milhão de carros em agosto, segundo dados da ACEA.

Os registros na Volkswagen e na Renault aumentaram 4,8% e 7,8% em relação ao ano anterior, respectivamente, e subiram 2,2% na Stellantis, crescendo pela primeira vez desde fevereiro de 2024.

As vendas da Tesla na UE caíram 36,6%, reduzindo sua participação de mercado para 1,2% em relação aos 2% de um ano atrás. As vendas da BYD aumentaram 201,3%, o que lhe deu 1,3% do mercado.

As vendas da SAIC Motor, proprietária da MG, também da China, aumentaram 59,4% em agosto, elevando sua participação de mercado no acumulado do ano para 1,9% e tornando-a a décima mais vendida no bloco até o momento este ano.

As vendas totais de automóveis na UE aumentaram 5,3%. Os registros de carros elétricos a bateria, híbridos elétricos e híbridos plug-in aumentaram 30,2%, 54,5% e 14,1%, respectivamente, representando coletivamente 62,2% dos registros do bloco, em comparação com 52,8% em agosto de 2024.

Auto Industria - SP   26/09/2025

O sistema de consórcio segue em alta este ano, com números recordes em vários setores, incluindo alguns da área automotiva.

No balanço de janeiro a agosto, divulgado nesta quinta-feira, 25, pela Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, foram comercializados créditos da ordem de R$ 141,9 bilhões, valor 13,2% superior ao de idêntico período de 2024.

Foram comercializadas 2,35 milhões de novas cotas, um avanço de 7,5% no mesmo comparativo. Com relação aos créditos liberados, a alta foi de 21%, para R$ 60,36 bilhões. Dos 9,2 milhões de consorciados ativos no segmento, 55,9% participam dos grupos de veículos leves, 34,3% nos de motocicletas e 9,8% nos de veículos pesados.

Entre todos os dados, um que chama atenção é a expressiva elevação do tíquete médio dos pesados, que reúne caminhões, tratores, implementos rodoviários e agrícolas.

Em 12 meses, a cota média mais do que dobrou, passando de R$ 191,6 mil em agosto do ano passado para R$ 401,4 mil no mês passado. Em três meses, considerando a média de R$ 249 mil de maio, a alta foi de 60%.

São atualmente 902,2 mil participantes no consórcio de pesados, número 8,6% superior do que o registrado há um ano. As vendas de novas cotas, contudo, teve queda de 17,4%, baixando de 161,5 mil para 133,4 mil.

Como o tíquete médio subiu, o volume de créditos comercializados este ano é 13,7% superior ao dos primeiros oito meses de 2024, com, respectivamente, R$ 33,54 bilhões e R$ 29,5 bilhões.

Agência Brasil - DF   26/09/2025

A Toyota suspendeu a produção em suas unidades no Brasil por causa de uma forte tempestade na última segunda-feira (22) que provocou danos na planta de Porto Feliz (SP), onde são produzidos os motores da marca de veículos.

Em razão dos danos na unidade de Porto Feliz, as fábricas de Indaiatuba e Sorocaba, também localizadas no estado, interromperam as atividades.

“Em uma primeira análise, a retomada da planta de motores deverá levar meses e, considerando essa situação, a empresa está buscando alternativas de fornecimento de motores junto a unidades da Toyota em outros países, com o objetivo de retomar a produção de veículos nas plantas de Sorocaba (SP) e Indaiatuba (SP)”, disse a montadora, em nota.

Com a suspensão, a empresa afirmou que está em tratativas com os trabalhadores. A proposta é a suspensão temporária do contrato de trabalho (layoff). Nesses casos, o trabalhador fica sem receber o salário integral, mas mantém o vínculo empregatício.
Assembleia

Os trabalhadores da fábrica de Sorocaba (SP) vão decidir, em assembleia virtual da categoria, a partir desta sexta-feira (25), se vão aceitar a proposta de layoff proposto pela empresa. Os funcionários terão até o dia 28 para deliberar sobre a proposta.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Metalúrgicas, Mecânicas, de Materiais Elétricos e Eletrônicos, Siderúrgicas, Fundidos, Automobilísticas, Autopeças e Aeroespacial de Itu, Porto Feliz, Boituva e Cabreúva disse, em nota, que a empresa assumiu o compromisso de manter os empregos de todos os trabalhadores de Porto Feliz, inclusive com a garantia dos benefícios já negociados.

Questionada sobre a proposta oferecida, a Toyota respondeu que “as propostas serão apresentadas a partir de hoje, para votação nos próximos dias e, assim que aprovadas, serão aplicadas de forma emergencial”.

Valor - SP   26/09/2025

Sem motores para equipar os carros que produz em outras duas localidades, Sorocaba e Indaiatuba (SP), a produção de veículos nessas duas unidades também foi paralisada

Devastada pelo forte temporal que atingiu o interior paulista na segunda-feira, 22, a fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz “levará meses para ser reconstruída”, segundo informou a empresa por meio de comunicado.

Sem motores para equipar os carros que produz em outras duas localidades, Sorocaba e Indaiatuba (SP), a produção de veículos nessas duas unidades também foi paralisada.

Parte dos motores produzidos em Porto Feliz é exportada para os Estados Unidos. Os motores brasileiros abastecem uma linha de produção do modelo Corolla em fábrica da Toyota nos EUA.

A destruição da fábrica brasileira soma, assim, mais um problema à exportação para os Estados Unidos, que já havia sido afetada pelo aumento das tarifas de importação determinadas por Donald Trump. Os motores foram taxados em 25%.

Inaugurada em 2016 para produzir motores que antes eram importados do Japão, a fábrica ficou inundada, a estrutura foi severamente danificada e o teto, arrancado pela ventania.

Diante a perspectiva de não conseguir reconstruir as instalações a curto prazo, a montadora informou que “busca alternativas de fornecimento de motores junto a unidades da Toyota em outros países, com o objetivo de retomar a produção de veículos nas plantas de Sorocaba e Indaiatuba.

No comunicado, a empresa informou, ainda, que está em negociação com os sindicatos de trabalhadores na busca de alternativas “que visem à manutenção dos empregos nas três unidades”. As propostas, aplicadas “de forma emergencial”, serão apresentadas a partir desta sexta-feira, 26.

A interrupção das linhas de montagem envolve os modelos Corolla, Corolla Cross e também o início de produção do Yaris Cross, incluindo a versão híbrida, que teve o lançamento adiado.

A Toyota anunciou investimentos de R$ 11 bilhões para o Brasil até 2030. A maior parte dos recursos está sendo aplicada na construção de uma nova fábrica de veículos, em Sorocaba, que adicionará capacidade inicial de 100 mil veículos por ano ao total de 155 mil produzidos na unidade já instalada na cidade.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Estado de S.Paulo - SP   26/09/2025

As incorporadoras levaram ao governo federal uma proposta para revisar novamente o Minha Casa Minha Vida, aumentando o seu alcance perante a classe média - que se ressente dos juros altos dos financiamentos imobiliários. O Estadão/Broadcast apurou que representantes de associações empresariais sugeriram que o preço máximo de imóveis comercializados dentro da faixa 4 do programa habitacional passe de R$ 500 mil para R$ 650 mil, enquanto a faixa de renda mensal das famílias atendidas suba de R$ 12 mil para R$ 15 mil.

As incorporadoras veem aí a chance de aproveitar ainda mais o fundo social do pré-sal, que neste ano abriu um orçamento de R$ 18 bilhões para habitação. Além disso, a medida ajudaria a socorrer as vendas de imóveis neste segmento, que vêm esfriando nos últimos meses. A proposta é aumentar o programa para ajudar a classe média, disse, sob condição de anonimato, um representante de uma das empresas do setor.

Já no Ministério das Cidades, a proposta recebida está sob análise, sem uma decisão, até aqui, se será tirada do papel ou não. De acordo com uma pessoa do alto escalão do Ministério, também falando sob condição de anonimato, há estudo para tudo, mas, por ora, não há nada andando neste sentido.

De um lado, a avaliação técnica na pasta é de que é preciso aguardar a faixa 4 do Minha Casa Minha Vida amadurecer antes de se falar em um novo ajuste. Por outro lado, há uma certa preocupação com o ritmo lento com que a faixa 4 está evoluindo. Além disso, uma eventual ampliação do MCMV seria bem vista por uma parcela importante da população às vésperas das eleições presidenciais.

Em termos práticos, as incorporadoras poderiam trabalhar com uma margem de lucro maior ao ter uma ampliação da faixa 4, mas também aumentar o tamanho médio dos imóveis oferecidos para a classe média.

De acordo com estimativa da consultoria de dados Brain, o preço médio do metro quadrado de um imóvel que custa entre R$ 350 mil e R$ 700 mil na capital paulista atualmente é de R$ 10,1 mil. Considerando esse valor, um imóvel de R$ 500 mil teria 50 m². Com o teto de R$ 650 mil, o tamanho poderia aumentar para 64 m².

Em bairros como Vila Mariana, onde o preço médio de metro quadrado é de R$ 17,4 mil, o imóvel poderia ter 37 m². Em Pinheiros, seriam viáveis apartamentos de 24 m². Já em bairros como Mooca, Barra Funda, Butantã, Ipiranga e Vila Prudente, o tamanho viável ficaria entre 50 e 60 m².

Outra abordagem possível para as incorporadoras com o novo preço máximo dos imóveis seria manter o tamanho do apartamento e aumentar a oferta de áreas comuns nos prédios, seguindo o conceito chamado de condomínios-clubes — que tendem a custar mais para serem feitos.

Promessa do governo Lula para ajudar a classe média, a faixa 4 do Minha Casa Minha Vida foi lançada em maio. A grande vantagem é o financiamento com taxa de juro subsidiada, na ordem de 10% ao ano, diferentemente dos negócios fora do programa, em que a taxa média está em 13% ao ano.

O juro alto é a grande barreira para as famílias comprarem imóveis atualmente, pois encarece a parcela do empréstimo bancário. Com a iniciativa, o governo tentou recuperar o poder de compra da população.

Na faixa 4, foram assinados 3,8 mil contratos em julho e outros 4,7 mil em agosto, indicando uma aceleração nos negócios, mas ainda bastante abaixo do ritmo ideal. O governo havia anunciado a previsão de contratar 120 mil moradias nesta modalidade até o fim do ano - o equivalente a 15 mil por mês.

Uma das razões para o avanço lento no setor é que a taxa de juro, embora reduzida, não chega a ser pequena. Um imóvel de R$ 500 mil, com entrada de 30% (R$ 150 mil), taxa de 10% ao ano e parcelamento do saldo em 420 meses, gera parcela mensal de R$ 3,6 mil.

Outro fator é que as construtoras não tinham muitos produtos na prateleira para vender nesta modalidade, pois haviam direcionado os empreendimentos para outros públicos diante das dificuldades de aquisição pela classe média. Portanto, ainda vai levar um tempo até as empresas lançarem novos projetos e ampliarem a ofertar na faixa 4.

Procurado, o Ministério das Cidades respondeu que há um acompanhamento contínuo do desempenho de todas as linhas do MCMV, buscando antecipar as eventuais necessidades de correções, em prol do avanço do programa habitacional.

A pasta também citou que a faixa 4 é um marco relevante para a política habitacional, consistindo numa resposta adequada para as dificuldades enfrentadas por inúmeras famílias brasileiras para a realização do sonho da casa própria.

Na visão do ministério, a estruturação da modalidade está se mostrando capaz de gerar uma perspectiva nova para o setor da construção, com tendência de uma oferta crescente de novas habitações, assim como visto nas demais faixas.

IstoÉ Dinheiro - SP   26/09/2025

O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,7 ponto em setembro ante o mês anterior, para 92,3 pontos, após ter recuado 1,1 ponto em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 25. Com o resultado, a média móvel trimestral do índice recuou 0,6 ponto.

A alta da confiança foi influenciada pelo Índice de Expectativas (IE-CST), que avançou 1,5 ponto, a 92,9 pontos, mais do que compensando a queda de 0,2 ponto do Índice de Situação Atual (ISA-CST), a 91,9 pontos, menor nível desde fevereiro de 2022 (91,4 pontos).

“O empresário da construção ficou mais pessimista no terceiro trimestre do ano. O movimento ocorreu nos três grandes segmentos da construção. De todo modo, o trimestre fecha com uma leve alta do Índice de Expectativas: a perspectiva de melhora na demanda nos próximos meses também contribuiu para a diminuição da intenção de demitir, o que pode atenuar a desaceleração percebida na atividade nos últimos meses”, disse Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre, em relatório.

Segundo ela, a volatilidade do indicador reflete um cenário de incertezas, mas ainda assim o porcentual de empresas que projeta crescimento da demanda se mantém acima do que aponta queda desde abril de 2021. “Ou seja, desde então, prevalece a percepção de que a atividade continuará a crescer ainda que em ritmo menor”, acrescentou.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção cresceu 0,6 ponto porcentual (p.p.) e alcançou 78,8%. Os Nucis de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos aumentaram 0,8 e 0,4 p.p., para 80,4% e 73,7%, respectivamente.

Globo Online - RJ   26/09/2025

O programa do governo para financiar reforma de moradias, uma das principais apostas do presidente Lula de olho nas eleições em 2026, vai permitir às famílias tomar empréstimo de até R$ 100 mil e pagar o contrato em até 96 meses (8 anos). Como antecipou O GLOBO, o desenho do programa prevê a divisão dos beneficiários por faixas de renda familiar e juros diferenciados, semelhantes ao Minha Casa Minha Vida, inclusive para a classe média.

A quantia a que cada família terá direito vai depender da capacidade de pagamento e da faixa de renda. O prazo de pagamento também vai variar de acordo com o valor do empréstimo. Segundo projeções dos técnicos, o valor médio dos empréstimos é de R$ 15 mil, o que deve beneficiar dois milhões de famílias.

Segundo técnicos envolvidos na discussão, não haverá prazo de carência. Ou seja, uma vez assinado o contrato, as parcelas começam a ser cobradas no mês seguinte.

O programa será operado pela Caixa Econômica Federal e neste primeiro momento não está previsto convênio entre lojas de material de construção e o banco. Sem fontes orçamentárias disponíveis, o governo vai usar R$ 30 bilhões do fundo social do petróleo do pré-sal.

Inicialmente, seriam utilizados R$ 3 bilhões desse fundo, mas a nova linha de financiamento foi turbinada pela Casa Civil e terá R$ 30 bilhões, em condições facilitadas, sobretudo para as famílias de baixa renda.

Embora iniciativas como essa não tenham tido êxito esperado no passado, o governo argumenta que o financiamento de reformas é também uma forma de atacar o déficit habitacional.

A expectativa é que o programa seja anunciado pelo presidente Lula no início de outubro. Não será preciso projeto de lei, apenas portarias.

Para atrair a classe média e dar um estímulo adicional ao setor da construção civil, um dos mais dinâmicos da economia, o governo vai rever a destinação dos recursos captados pela poupança. A ideia é liberar parte dos compulsórios, valores que as instituições são obrigadas a depositar no Banco Central, para o crédito imobiliário. Segundo estimativas, a medida poderá injetar no setor R$ 35 bilhões.

Veja as faixas de renda e taxas de juros:

Faixa 1

Renda familiar até R$ 3.200

Taxa de juros de até 1,17% ao mês

Faixa 2

Renda familiar de R$ 3.200,01 a R$ 9.600

Taxa de juros de até 1,95% ao mês

Faixa 3

Renda familiar acima de R$ 9.600

O Estado de S.Paulo - SP   26/09/2025

Com investimento de R$ 1 bilhão, a construtora MRV vai construir um bairro de 440 mil metros quadrados em São José dos Campos, interior de São Paulo. A promessa é que o terreno, equivalente a quase metade do Parque Ibirapuera, tenha comércios, mobilidade urbana e 5,4 mil apartamentos para abrigar aproximadamente 16 mil moradores.

Todas as unidades residenciais serão enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida, especialmente na Faixa 2 (famílias com renda mensal entre R$ 2.850,01 e R$ 4,7 mil) e na Faixa 3 (renda mensal de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil).

Os apartamentos terão de 36 m² a 42 m² e vão custar de R$ 220 mil a R$ 320 mil. Os preços variam de acordo com a tipologia, que incluirão opções com ou sem varanda e vagas de garagem.

A princípio, o Cidade Sete Sóis São José dos Campos não englobará a Faixa 4 (para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil e moradias de até R$ 500 mil), mas o grupo não foi descartado para as próximas etapas. “É um projeto que tenta englobar diferentes momentos da vida e da renda do comprador”, afirma Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO.

As obras do primeiro loteamento começaram em setembro de 2024 e serão realizadas em etapas sucessivas. O cronograma prevê conclusão em cerca de dez anos e engloba a construção de praças, parques, pontos de ônibus e de todo o equipamento público, além dos primeiros edifícios residenciais.

A expectativa é que o valor geral de vendas (VGV) alcance R$ 1,43 bilhão, e as primeiras quatro torres, anunciadas nesta quinta-feira, 25, devem ser entregues daqui a três anos.

O Residencial Caminho das Cerejeiras será uma torre única, com 288 unidades; já o Residencial Caminho dos Jerivás, com três torres, contará com 299 unidades. Serão apartamentos com metragens entre 35,27 m² e 44,58 m², com opções de suíte, varanda ou sem varanda.

A proposta da MRV é que o Sete Sóis São José dos Campos se torne um bairro de 15 minutos, ou seja, um espaço onde os moradores tenham lazer, transporte, comércio e outras demandas do cotidiano a uma distância curta de caminhada.

Não à toa, o lançamento já foi pensado com áreas voltadas para postos de gasolina, supermercados, drogarias e outros estabelecimentos comerciais, que serão negociadas posteriormente.
Impacto urbano

A MRV atua em São José dos Campos desde meados da década de 1990, mas este é o maior lançamento da história da companhia na cidade. O município foi escolhido justamente por ser uma praça que a empresa conhece bem, pelo mercado robusto e grande déficit habitacional, justifica o CEO da companhia.

Localizado no bairro Santa Inês, na zona leste, o terreno em que o Sete Sóis será erguido era uma fazenda, vizinha ao Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos, e foi adquirido em 2009.

Desde então, a MRV trabalha para aprovar a obra com o poder público. “Poucas empresas no Brasil têm a capacidade de entrar em um projeto desta magnitude e nós somos uma delas”, afirma Fischer.

A estimativa da companhia é que as obras dessa primeira fase gerem mais de 3 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, mais de R$ 90 milhões serão destinados a obras de infraestrutura e urbanização.

Entre as contrapartidas previstas para a cidade estão a duplicação do viaduto Santa Inês, o alargamento da Avenida Constância da Cunha Paiva, o prolongamento da Avenida Milton Santos e da Rua Albert Renart, a garantia de que 67 mil m² de áreas verdes serão preservadas, a construção de 22,6 mil m² de áreas de lazer e uma praça pública central de 33 mil m².

O Estadão entrou em contato com a Prefeitura de São José dos Campos, mas não obteve retorno.

Dados da Secovi-SP indicam que 2.378 unidades foram lançadas em São José dos Campos durante todo o ano de 2024. O número representa menos da metade das unidades previstas para a primeira fase do Sete Sóis.

Para ngela Paiva Fernandes, diretora regional da Secovi-SP em São José dos Campos, a iniciativa deve atender a uma demanda que está crescendo.

“A região leste é o principal vetor de expansão urbana de São José dos Campos atualmente. É um local carente deste tipo de produto e com alto potencial de absorção”, analisa. “Tem muitos empreendedores e comerciantes que querem viver ali, além da influência do Parque Tecnológico, visto como um Vale do Silício do Vale do Paraíba paulista.”
Cidade Sete Sóis e segunda fase

O Cidade Sete Sóis São José dos Campos é o sexto bairro inteligente criado pela MRV. O maior deles é o Sete Sóis Pirituba (SP), em desenvolvimento numa área de 1,7 milhão de metros quadrados em Pirituba. Lançado no final de 2023, o empreendimento é fruto de um investimento de R$ 2 bilhões e terá as primeiras unidades entregues no final deste ano.

Outros projetos semelhantes foram lançados no Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG). “Além de ajudar a transformar a cidade, ao desenvolver um bairro do zero, eu mantenho um time de corretores, um time comercial e um time de engenharia engajados durante anos. É uma produção que se compara a uma indústria”, diz Fischer.

Ele estima que a primeira fase do projeto vai chegar ao fim em 2034, mas a empresa ainda não abre detalhes sobre como será a segunda e última fase. O executivo sugere que há espaço, por exemplo, para a construção de empreendimentos enquadrados na Luggo, proptech da MRV&CO focada em aluguel.

Outra possibilidade é o desenvolvimento de prédios corporativos para atender a uma eventual demanda que se cria a partir do novo bairro. “É normal ter que fazer ajustes no meio do caminho. Pode ser que, no futuro, a gente resolva destinar uma área para um hotel, por exemplo”, idealiza.

FERROVIÁRIO

IstoÉ Dinheiro - SP   26/09/2025

A Motiva, ex-CCR, anunciou na noite de quarta-feira (24) que obteve da Artesp, agência reguladora paulista, a renovação antecipada do contrato da ViaQuatro, sua controlada responsável por administrar a linha 4 Amarela do metrô de São Paulo. A medida é resultado do reequilíbrio do contrato de concessão, que agora inclui investimentos para a ampliação da linha.

Com a renovação da concessão, a ViaQuatro vai estender a linha 4 do metrô de São Paulo até a cidade vizinha de Taboão da Serra, segundo comunicado da companhia. Segundo a Motiva, essa mudança gerou um desequilíbrio contratual de R$ 136,765 milhões, valor que a Artesp reconheceu em favor da ViaQuatro como forma de compensação.

Segundo analistas do Citi, o prolongamento da linha “não é uma completa surpresa, mas as condições finais parecem marginalmente positivas, pois parecem adicionar valor ao portfólio da Motiva”. “Por outro lado, não é grande o bastante para ser uma mudança de cenário, especialmente considerando o ‘valuation’ mais comprimido da ação”, acrescentaram.
Foco nos centros urbanos e maior seletividade nos ativos

Presidente-executivo da Motiva, Miguel Setas disse em entrevista que a empresa vai reafirmar na reunião com os investidores que quer se concentrar paulatinamente em transporte de passageiros por rodovias e trilhos nos principais centros urbanos do Brasil até 2035 e que também está de olho nesses tipos de ativos que estejam nas principais áreas do agronegócio nacional.

“Grandes metrópoles, grandes eixos logísticos e o mercado agro. A história mostra que nestas três dimensões você tem crescimento muito, muito construtivo no Brasil”, disse Setas. “Nós estamos nessas regiões (notadamente Sudeste, Sul e Centro-Oeste) e sabemos que são regiões que são muito, muito favoráveis do ponto de vista do crescimento”, acrescentou o executivo.

Setas lembrou os alvos mais recentes da Motiva no ciclo brasileiro de leilões de infraestrutura — Rota Sorocabana, em São Paulo; lote 3 das rodovias do Paraná; e a BR-163, no Mato Grosso do Sul e que já era operada pela empresa — como referência do foco no que considera ativos “premium” para próximos leilões.

A companhia vai participar de leilões que atualmente representam um conjunto de R$100 bilhões de investimentos nos próximos anos e não mais os R$120 bilhões estimados anteriormente. “É uma lógica muito de escolher ativos muito bons”, disse o executivo.

“Projetos que possam ter sinergias com o que temos, mais do que prestar novas atenções em novas geografias para evitarmos distrações”, comentou, como o leilão previsto para este ano do Trem Intercidades Sorocaba, em São Paulo, que deve ser integrado à linha 8 já operada pela Motiva na região metropolitana. Outro projeto que ilustra a estratégia renovada da empresa foi a extensão da linha 4 do metrô de São Paulo, que foi aprovada via antecipação da renovação da concessão nesta semana.

Segundo Setas, a companhia também mantém o objetivo de entregar um crescimento composto anual de um dígito alto — algo entre 8% e 9% — no resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado até 2035. Além disso, a política de pagamento de dividendos equivalentes a 50% do lucro líquido ajustado também será mantida nos próximos anos.

“É uma política clara e previsível Olhando para frente, se a empresa for bem e conseguir fazer crescer os seus resultados, naturalmente o dividendo também será proporcional a isso.”
E os aeroportos?

A Motiva, que em anúncios publicitários ainda diz ser uma operadora de aeroportos, segue negociando a venda dos ativos nesta área, de olho em simplificar seu portfólio, disse Setas. Mas uma venda, que vem sendo aguardada há meses pelo mercado e considerada por bancos como um dos maiores negócios do setor no mundo, ainda não ocorreu.

A expectativa da empresa em julho era de que um negócio poderia ocorrer entre o final deste ano e início de 2026. Setas disse na entrevista que a “expectativa é a mesma, talvez até melhor do que aquilo que havia há um tempo atrás”, e reafirmou, sem dar detalhes, que há múltiplos interessados no portfólio de 20 aeroportos espalhados por Brasil e América Latina.
O plano de negócios da Motiva

A maior empresa de concessões de infraestrutura de transporte da América Latina tem um plano: ampliar investimento em tecnologia, focar em projetos de maior rentabilidade e manter o retorno de 50% do lucro aos acionistas, uma estratégia que deve ser delineada por executivos da Motiva nesta quinta-feira em reunião com analistas e investidores.

Mantendo o mantra do “back to basics”, Miguel Setas, disse em entrevista à Reuters que a empresa vai antecipar do final de 2026 para este ano a meta de eficiência do grupo que tem pelos próximos anos obrigações de investimentos de R$55 bilhões em suas concessões.

“Vamos ser mais ambiciosos”, disse o executivo, explicando que, além de antecipar para este ano a meta de alcançar um índice de eficiência de 38%, a companhia vai buscar uma melhoria do indicador para abaixo de 28% em 2035 ante objetivo anterior de 35%.

A Motiva também definiu meta de eficiência de abaixo de 30% para 2030. O indicador usado para esses objetivos é medido na forma de custos operacionais (Opex, na sigla em inglês) sobre receita líquida e quanto menor o número mais eficiente é uma companhia na geração de caixa.
Avanços tecnológicos serão necessários

Para alcançar eficiência prometida para 2035, a Motiva deverá investir mais de R$1 bilhão em tecnologia até lá, disse o presidente da companhia, citando que empresa mapeou 30 projetos nessa área que virou uma vice-presidência no grupo. Tais projetos serão responsáveis por “dois a três pontos percentuais” do ganho de eficiência prometido, disse Setas.

Além de inteligência artificial e análise de dados, a empresa vai investir os recursos em tecnologias como robôs para limpeza de estações de metrô e corte de mato em rodovias, e instalações de sensores em estradas e linhas férreas.

No início deste mês, um trem da controlada ViaQuatro descarrilou no metrô de São Paulo em um incidente que paralisou parcialmente a linha 4 da cidade, causando transtornos a milhares de passageiros.

“É um belo exemplo para mostrar como a sensorização, no caso dos trilhos, pode ser muito importante não só para a gestão operacional, mas até para a própria qualidade da operação”, disse o executivo. “A peça que rompeu na linha 4, se tivesse uma sensorização de uma forma precisa, nós teríamos um sinal antecipado para podermos atuar de uma forma preventiva.”

Rodoviário

Valor - SP   26/09/2025

Empresa avalia sair de aeroportos e reduziu estoque de projetos a R$ 160 bilhões

A Motiva (ex-CCR) atualizou para R$ 160 bilhões a estimativa de estoque de projetos no radar do grupo, menor do que a apresentado em 2024, de cerca de R$ 190 bilhões. O foco, agora, está em concessões de rodovias e trilhos, com prioridade para grandes metrópoles e eixos logísticos expostos ao agronegócio. Segundo o presidente Miguel Setas, a hipótese de saída do setor de aeroportos é considerada pela Motiva, que já contratou assessores financeiros para conduzir o processo que avaliará a venda dos ativos aeroportuários.

“Nossa visão é de um portfólio simplificado, o que significa uma concentração nos negócios onde somos líderes, que são rodovias e trilhos. Portanto, obviamente, consideramos a hipótese de sair [de aeroportos]”, disse o executivo, nesta quinta-feira (25), depois de participar do Capital Markets Day, encontro anual promovido pela Motiva com analistas e investidores.

Para o setor de rodovias, estão previstos agora R$ 100 bilhões em investimentos nos próximos anos, ante R$ 125 bilhões apresentados no ano passado. No de trilhos, serão R$ 60 bilhões, frente a R$ 69 bilhões anteriormente. “Estamos ajustando e dando uma fronteira mais nítida daquilo que queremos, em termos de crescimento”, disse o executivo.

Segundo Setas, no caso de rodovias, o foco são ativos premium em geografias estratégicas, como as concessões da Rota Sorocabana; da BR-163, rodovia que atravessa o Estado de Mato Grosso do Sul; e de outras rodovias do Estado do Paraná, que o grupo já conquistou.

Para o setor de trilhos, a visão é a mesma, segundo Setas. Ele afirma que o grupo quer continuar investindo nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. “Em São Paulo, temos um pipeline muito construtivo de oportunidades e, portanto, não há razão para tirar o foco daquilo que é a atenção da companhia”, afirmou. O executivo disse ainda que o investimento estimado nos dois segmentos tem o objetivo de gerar valor e controlar riscos.

Na busca de aumento da eficiência operacional, o grupo disse que pretende investir mais de R$ 1 bilhão em tecnologias como inteligência artificial (IA) e IA generativa até 2035. “O que é que nós queremos? Queremos entrar com conceitos de indústria 5.0, para fazer uma transição para a chamada ‘smart infrastructure’ [infraestrutura inteligente]”, afirmou Setas.

O plano também inclui investimento em eixos como “big data” e “analytics”, sensorização e IoT, tipo de tecnologia que prevê a interconexão entre dispositivos físicos através da internet, robotização, automação e transição energética. O efeito das tecnologias deve se concentrar entre 2030 e 2035.

A iniciativa é parte do objetivo de ganho de eficiência operacional do grupo, que busca reduzir a razão entre despesas operacionais (opex) e receita líquida para menos de 38% já neste ano, e para menos de 28% até 2035. A meta ficou mais ambiciosa ontem, depois de ser atualizada - a anterior previa redução da razão a menos de 35% em 2035.

O vice-presidente de finanças e relações com investidores e presidente da Motiva Aeroportos, Waldo Perez, disse que a razão entre opex e receita líquida chegou a 38% no primeiro semestre deste ano. Para ele, a redução do custo de caixa da Motiva em 1% no período, ante igual do ano passado, contribuiu para o resultado. “Em termos reais, tivemos uma redução de R$ 200 milhões nesse período”, disse, no evento. “Acreditamos, sim, no potencial relevante de poder chegar até o fim do ano nessa meta [de 38%], antecipando nossa ambição”.

A Motiva disse que outras projeções, como a taxa de crescimento anual composto (CAGR) do Ebitda ajustado de 8% e 10% entre 2025 e 2035 e o de reciclagem de capital de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões até 2035, foram mantidas. Desde 2023, já foram reciclados R$ 600 milhões em ativos, considerando as vendas da SAMM, TAS e Quicko, informou o grupo.

Setas disse que a conclusão do processo de transação de ativos portuários do grupo ajudará na simplificação do portfólio, que será “mais simplificado e mais focado naquilo que são os negócios principais”, completou.

NAVAL

Portos e Navios - SP   26/09/2025

As obras de ampliação e readequação do Píer Público de Granéis Líquidos (PPGL) de Paranaguá (PR) serão iniciadas na próxima semana, com previsão de conclusão em maio de 2026. A Portos do Paraná afirmou que o cronograma de atividades, divulgado na última quarta-feira (24) em encontro que reuniu técnicos dos terminais que operam no píer público, representantes da construtora e da autoridade portuária, foi estruturado para garantir a menor interferência possível nas operações de atracação e desatracação de navios. Ao todo, serão investidos R$ 29 milhões.

Os trabalhos terão início pela reestruturação do pavimento da ponte de acesso. Em seguida, começa o estaqueamento para a construção de um novo dolfim (estrutura portuária fixa) destinado à amarração e atracação de navios. Também fazem parte do escopo a nova estrutura de elevação e organização de mangotes (mangueiras flexíveis para transporte de material líquido), a adequação do sistema de iluminação e das instalações elétricas, a instalação de sistema de monitoramento e atracação a laser e a substituição das defensas.

“Essa obra visa melhorias de segurança para garantir que navios de maior porte possam atracar de forma segura, reduzindo ainda mais os riscos de acidentes durante as manobras de atracação e desatracação”, afirmou a coordenadora de Sinalização, Balizamento e Monitoramento, Julia Teresa Bruch.

A construção do novo dolfim será realizada concomitantemente às operações de navios nos berços 141 e 142, para evitar desabastecimento no estado do Paraná. “Discutimos medidas de segurança com todos os setores envolvidos da Portos do Paraná e com a construtora responsável pela obra. Somente na hora das atracações e desatracações as balsas da obra do novo dolfim serão desmobilizadas, com o apoio de um rebocador, e, depois, os trabalhos serão retomados”, detalha a coordenadora.

Estão sendo programadas janelas operacionais de sete a nove dias em que o PPGL não poderá receber nenhuma embarcação. Nesse período, os trabalhos serão executados 24 horas por dia. O afastamento dos navios será necessário, pois os operários utilizarão equipamentos que geram calor, faíscas ou chamas.

“Sabemos da expectativa dos terminais para o início da obra, mas também sabemos da importância das operações na estrutura atual. Por isso, reunimos agentes e operadores para apresentar a dinâmica das obras, a fim de mitigar as janelas operacionais. Queremos passar esse cronograma e essas instruções para que todos os atores envolvidos estejam alinhados”, afirma a coordenadora de tráfego marítimo, Renata Gusmão.

Renata ressaltou que o píer de líquidos da Cattalini não será afetado e seguirá operando normalmente durante as obras no PPGL. Os berços 141 e 142 atendem a empresas como Petrobras/Transpetro, Liquipar, Cattalini, CBL e Terin, responsáveis pela movimentação de óleo bruto de petróleo, óleo diesel, metanol e outros combustíveis.

AGRÍCOLA

Agrolink - RS   26/09/2025

A gestão das políticas agrícolas é um campo estratégico para qualquer nação, exigindo equilíbrio entre produção, segurança alimentar e desenvolvimento rural. A análise é de Maria Flávia Tavares, economista e doutora em agronegócio, que destaca a importância da periodicidade dos planos agrícolas como fator decisivo para a competitividade e sustentabilidade do setor.

Segundo Tavares, grandes economias estruturam seus planos de forma plurianual: a China e a Índia adotam Planos Quinquenais, os Estados Unidos revisam a Farm Bill a cada quatro anos e a União Europeia atualiza sua Política Agrícola Comum a cada cinco. Esse horizonte mais amplo garante previsibilidade, favorece investimentos de longo prazo e permite ajustes estruturados frente às mudanças econômicas, sociais e ambientais.

“A falta de uma visão de longo prazo impede a implementação de políticas mais estratégicas e consistentes para o desenvolvimento do setor agrícola e a busca por sustentabilidade. Para o produtor rural brasileiro, essa periodicidade anual é um desafio constante”, comenta.

O Brasil, no entanto, opera com um modelo anual de planejamento, por meio do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) e do Plano Safra. Embora a flexibilidade seja uma vantagem, a falta de estabilidade nas políticas cria insegurança para o produtor rural. Investimentos em tecnologia, infraestrutura e sustentabilidade acabam limitados, já que linhas de crédito, juros e subsídios podem mudar a cada 12 meses, dificultando o planejamento de longo prazo.

“Para o Brasil, é urgente repensar essa abordagem anual e caminhar em direção a um planejamento plurianual para o agronegócio. Somente assim poderemos oferecer a previsibilidade que o produtor precisa para se organizar, investir e consolidar o Brasil como uma potência agrícola não apenas em volume, mas também em sustentabilidade e inovação”, conclui.

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