Valor - SP 26/07/2023
No semestre, a produção do metal bruto continuou em compasso negativo ao registrar volume de 943,9 milhões de toneladas, queda de 1,1%.
A produção mundial de aço bruto manteve estabilidade em junho, com recuo de apenas 0,1% ante um ano atrás, ao atingir 158,8 milhões de toneladas. Mas, o setor ainda encerrou o semestre com ligeira retração, de 1,1%, na comparação com igual período do ano passado.
O desempenho foi divulgado nesta terça-feira (25), em Bruxelas, na Bélgica, pela World Steel Association (WSA), que reúne dados de 63 países que se reportam à entidade do aço.
Maior produtora e principal consumidora mundial de produtos siderúrgicos, a China teve forte contribuição no resultado global. A siderurgia do país cresceu 0,4% no mês passado, com 91,1 milhões de toneladas. No semestre acumulou volume de 535,6 milhões de toneladas, o que representou aumento de 1,3% sobre igual período de 2022.
No volume global do mês passado, a China representou 57,4% do total e no período janeiro a junho ficou com fatia de 56,7%.
O mercado siderúrgico chinês tem sido penalizado pelas incertezas da economia do país, principalmente o setor imobiliário, um grande consumidor de aço. Medidas de estímulo são aguardadas da parte do governo do presidente Xi Jinping.
No semestre, a produção mundial de aço bruto continuou em compasso negativo ao registrar volume de 943,9 milhões de toneladas — decréscimo de 1,1%.
Conforme a WSA, entre os dez maiores países produtores, a Índia foi o grande destaque do mês, com aumento de 12,9% na oferta de aço, perfazendo 11,2 milhões de toneladas no mês.
A siderurgia do Irã, que vem crescendo gradualmente, também surpreendeu ao saltar para o 8° lugar no ranking (desempenho semestral), superando Brasil e Turquia. O país produziu 3,2 milhões de toneladas em junho e 16,1 milhões de janeiro a junho.
Os destaques negativos do mês passado ficaram com a Alemanha — menos 8,4% e 2,9 milhões de toneladas produzidas —, Japão, terceiro do ranking global (-1,7%, com 7,3 milhões), Brasil (-12,5%, com 2,6 milhões de toneladas) e Turquia (-1,5%, com 2,9 milhões de toneladas).
A siderurgia turca ainda sofre os impactos do terremoto que abalou o país em fevereiro e, dessa forma, acumula perda na produção de 16,3% no semestre. O Brasil, de 8,9%, enquanto o Irã apresenta aumento de 4,8%.
Agência Brasil - DF 26/07/2023
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,95% para 4,9% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus desta terça-feira (25), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,9%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 era de 61%.
A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em junho, houve deflação no país, ou seja, um recuo nos preços na comparação com maio. O IPCA ficou negativo em 0,08%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o quarto mês seguido em que a inflação perdeu força. Em maio, o IPCA foi de 0,23%.
No ano, o índice soma 2,87% e, nos últimos 12 meses, 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e seguindo a tendência de queda apresentada desde junho de 2022, quando o índice estava em 11,89%.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é a maior desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,63% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,24%, mesma do boletim da semana passada.
Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,3%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.
A previsão para a cotação do dólar está em R$ 4,97 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,05.
CNN Brasil - SP 26/07/2023
A deflação de 0,07% registrada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de julho — divulgado nesta terça-feira (25) — sinaliza que a inflação está controlada e reforça a tese de está na hora de o Banco Central (BC) iniciar o afrouxamento na política monetária, segundo especialistas ouvidos pela CNN.
O IPCA-15 é considerado a prévia do IPCA, a inflação oficial. O dado de julho foi o primeiro resultado negativo do indicador em nove meses, e um pouco abaixo da mediana de estimativas do mercado, que calculavam uma inflação negativa de 0,03%.
Da CNN
Samuel Barros, doutor em administração e reitor do Ibmec no Rio de Janeiro, explica que um ponto relevante sobre o resultado é que ele demonstra que “as políticas do Banco Central (BC) para controlar a inflação têm apresentado resultado, então temos uma inflação controlada”.
Para o especialista, essa é uma demonstração também de que pode estar chegando a hora de um arrefecimento nas taxas de juros, para permitir um pouco mais de consumo ao mercado.
O IPCA-15 é o último dado de inflação antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que irá decidir sobre o futuro da taxa básica de juros. O mercado espera um corte de 0,25 ponto na Selic após a reunião.
“A responsabilidade do governo e do banco central não podem ser colocadas em cheque, visto que nesse momento temos uma inflação bastante controlada”, ressalta o professor do Ibmec.
Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, concorda que o resultado de hoje pode viabilizar uma queda de até 0,50% da taxa Selic na próxima reunião. Mas avalia que um recuo de 0,25% na taxa “ainda é o mais provável”.
Destaques do resultado
O principal impacto negativo para o resultado do IPCA-15 de julho veio da retração nos preços da energia elétrica residencial (-3,45%), após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho.
Além da energia elétrica residencial (-3,45%), a queda nos preços do botijão de gás (-2,10%) também influenciou a retração do grupo Habitação (-0,94%), um dos que mais impactaram o índice geral. Já a taxa de água de esgoto (0,20%) está entre os itens que subiram.
Matheus Pizzani, economista da CM Capital, ressalta que a deflação do grupo de alimentação e bebidas (-0,40%) também foi parte importante do resultado geral.
“O desempenho dos alimentos no ano tem contribuído para a maior convergência do resultado da inflação com o que tem sido estabelecido de meta para ele”, ressalta.
Além disso, o economista também menciona a desaceleração da inflação de serviços no mês.
“Esse grupo é acompanhado de perto pelo Banco Central, porque tem uma capacidade muito grande de traduzir o caráter da nossa inflação”, avalia.
Excluindo fatores sazonais, “que não devem impactar os preços ao consumidor brasileiro nos próximos resultados”, Pizzani pontua que o movimento da inflação tem sido “muito positivo nos últimos meses, com a política monetária do BC surtindo efeito e sendo capaz de promover uma maior estabilidade de preços”.
Para o economista, o início do corte de juros “certamente” começará na próxima reunião do Copom.
IstoÉ Online - SP 26/07/2023
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reafirmou sua expectativa de que a China crescerá 5,3% em 2023, mas reduziu levemente a projeção para o próximo ano, de 5,1% a 5,0%. O FMI divulga nesta terça-feira relatório, no qual atualiza seu documento Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado em abril.
Para os mercados emergentes em geral, o fundo espera agora crescimento de 4,0% neste ano (alta de 0,1 ponto ante a projeção de abril) e de 4,1% em 2024 (corte de 0,1 ponto na mesma comparação). Mas alerta que a média estável “mascara divergências”, com 61% das economias nesse grupo crescendo mais em 2023, enquanto as demais, entre elas países de renda baixa, crescendo mais lentamente.
Ainda sobre a China, o FMI adverte que sua recuperação poderia desacelerar, “em parte como resultado de problemas não resolvidos no setor imobiliário, com repercussões negativas para além de suas fronteiras”. Ele vê a demanda chinesa “mais fraca que o esperado”, na retomada do país após as medidas contra a covid-19. Após um impulso inicial, a recuperação chinesa perde força, nota, com o setor imobiliário pesando nos investimentos e também demanda fraca do exterior, enquanto a taxa de desemprego entre os jovens no país está em nível alto, de 20,8% em maio de 2023, menciona o fundo.
Ao contrário de boa parte do mundo, a inflação não se apresenta como um problema para a China. O FMI recorda que inclusive o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortou juros recentemente. Ao mencionar potenciais “riscos de alta” para a economia global, o FMI diz que um deles seria que houvesse mais estímulos que o esperado na China, com repercussões positivas para a economia global.
Infomoney - SP 26/07/2023
A confiança do consumidor subiu 2,5 pontos em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira (25) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou a 94,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 2,7 pontos, a quarta alta consecutiva.
“A confiança do consumidor sobe pelo terceiro mês seguido, impulsionada principalmente pela melhora das expectativas futuras. A alta foi disseminada entre os diferentes quesitos da pesquisa, com destaque para os Indicadores de Situação Econômica Geral e Situação Financeira Futura da família”, disse em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre.
Segundo ela, os resultados refletem o arrefecimento da inflação, a recuperação da renda do trabalho e as expectativas quanto ao início de programas voltados para a quitação de dívidas.
“Atualmente, o maior obstáculo para a recuperação mais robusta da confiança do consumidor parece ser o cenário de endividamento e inadimplência, agravado pelos juros elevados, refletidos, por exemplo, no Indicador de Situação Financeira das Famílias, que ainda se mantém em nível bastante insatisfatório”, afirma Anna Carolina.
Em julho, o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,4 pontos, para 107,4 pontos, o maior desde janeiro de 2019 (108,5 pontos); o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,1 ponto, para 76,8 pontos.
Entre os indicadores que medem as expectativas dos consumidores para os próximos meses, a maior influência para a alta do Índice de Expectativas foi dada pelo que mede o grau de otimismo com a evolução da situação econômica local, que registrou uma alta no mês de 5,5 pontos, alcançando 123,9 pontos, maior nível desde fevereiro de 2019 (126,2 pontos).
Famílias
O indicador que mede as perspectivas sobre as finanças familiares nos meses seguintes subiu 3,7 pontos, para 105,0 pontos, devolvendo parte da queda do mês anterior. O otimismo foi menos expressivo no quesito que mede o ímpeto de compras de bens duráveis, que subiu 0,7 ponto, para 92,3 pontos, após avançar mais de 10,0 pontos no mês anterior, mantendo-se acima dos 90 pontos, patamar do qual havia se distanciado desde 2014.
Nas avaliações sobre o momento atual, o indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica local teve a sexta alta consecutiva, de 1,6 ponto, para 87,1 pontos, maior nível desde outubro de 2014 (89,5 pontos). O indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares no momento ficou relativamente estável ao variar 0,5 ponto, para 67,0 pontos, após alta de 5,0 pontos do mês anterior.
A análise por faixas de renda mostra ganho de confiança em todos os níveis, exceto para as famílias com menor poder aquisitivo, com renda familiar até R$ 2.100, na qual houve piora das avaliações sobre a situação atual. As demais faixas se mostram otimistas nos dois horizontes de tempo e a confiança das famílias com maior poder aquisitivo, que ganham acima de R$ 9.600 atinge o maior nível desde janeiro de 2014 (99,0 pontos).
Globo Online - RJ 26/07/2023
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou as expectativas para a economia brasileira para 2,1% este ano, em uma atualização do Panorama Econômico Mundial divulgada nesta terça-feira. O crescimento de 1,2 ponto percentual em relação à estimativa de abril acontece após aumento na produção agrícola no início de 2023, que também ajudou a impulsionar o setor de serviços.
A projeção para o PIB brasileiro em 2024, no entanto, foi reduzida para 1,2%, ante avanço de 0,9%.
Considerando a economia mundial, o FMI melhorou sua projeção para 2023. O Fundo prevê crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Embora ainda seja uma desaceleração em relação ao crescimento de 3,5% no ano passado, é superior à projeção de 2,8% em abril.
De acordo com uma pesquisa da Bloomberg, economistas elevaram as estimativas de crescimento do PIB global no segundo e terceiro trimestres, mesmo observando que há 60% de chance de os EUA entrarem em recessão nos próximos 12 meses.
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Apesar da visão global um pouco mais otimista, o FMI alerta que as projeções globais de crescimento são fracas na comparação com a média de 3,8% durante as duas décadas anteriores à pandemia além disso, “o balanço de riscos para o crescimento global continua inclinado para baixo”.
Para 2024, o Fundo manteve sua expectativa de crescimento global em 3%.
Foco na Inflação
Os juros mais altos, que ajudam a conter a inflação, vão pesar sobre a atividade econômica global, diz o Fundo. Choques adicionais, como a intensificação da guerra na Ucrânia e desastres climáticos, podem estimular ainda mais o aperto dos bancos centrais.
O FMI cita ainda riscos contínuos para a estabilidade financeira em meio a taxas de juros mais altas, uma recuperação mais lenta do que o esperado na China, endividamento excessivo em economias emergentes e ameaças ao comércio internacional, com a guerra da Europa e as tensões entre Washington e Pequim.
Mesmo com a política monetária mais rígida, a prioridade na maioria das economias continua sendo reduzir a inflação. O FMI acrescenta que os bancos centrais devem permanecer focados em restaurar a estabilidade de preços, fortalecer a supervisão financeira e o monitoramento de riscos.
Espera-se que isso aconteça nesta semana, quando o Federal Reserve (o banco central dos EUA) e o Banco Central Europeu (BCE) deverão aumentar ainda mais as taxas de juros. O presidente do Fed, Jerome Powell, e a presidente do BCE, Christine Lagarde, alertaram que a taxa de inflação continua muito alta.
Desaceleração do crescimento
O FMI vê a inflação global desacelerando para 6,8% este ano — em comparação com uma previsão de 7% em abril. Mas o Fundo também elevou sua projeção de aumento do custo de vida em 2024 para 5,2% — crescimento de 0,3 ponto percentual ante a projeção anterior
O FMI espera que os EUA cresçam 1,8% neste ano, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação a abril, antes de desacelerar para 1% em 2024.
A China é vista no relatório com expansão de 5,2% este ano, inalterada em relação à projeção anterior. No entanto, a recuperação do país após a reabertura pós-pandemia no início deste ano está diminuindo, em parte devido à fraqueza do setor imobiliário que está prejudicando o investimento, bem como à fraca demanda externa e ao aumento do desemprego dos jovens.
Monitor Digital - RJ 26/07/2023
As cadeias de suprimentos da China, que apresentam resiliência e integridade, atraíram mais empresas com investimentos estrangeiros para aumentarem seus investimentos no mercado chinês em meio a um ambiente de negócios melhor.
Dados oficiais mostram que 24 mil novas companhias estrangeiras se estabeleceram na China no primeiro semestre deste ano, marcando um aumento anual de 35,7%. Durante o período, o investimento estrangeiro direto proveniente dos países desenvolvidos, incluindo o Reino Unido e a Alemanha, registrou uma rápida expansão, segundo o Ministério do Comércio da China (MOC).
Como uma potência manufatureira, a China possui todas as categorias industriais listadas na classificação industrial das Nações Unidas. Com um vasto mercado de 1,4 bilhão de habitantes, a motivação para que as empresas estrangeiras invistam no país se torna ainda mais forte.
A produtora alemã de peças de chapa metálica HA-BE Mechanical Components (Taicang) Co., Ltd. manteve um crescimento de dois dígitos no mercado chinês nos últimos cinco ou seis anos. Karl Froehlich, da diretoria da empresa, atribuiu o rápido ritmo de expansão à cadeia industrial “altamente competitiva” pertencente ao setor industrial na China.
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“A empresa não teria crescido tanto sem fornecedores que pudessem entregar com mais rapidez e melhor qualidade, ou sem clientes que quisessem comprar os produtos”, avaliou Froehlich.
Ele observou que houve uma mudança notável em direção à parceria em todo o mercado e que a capacidade de comunicação e solução de problemas dos participantes da cadeia industrial aumentou nos últimos 10 anos.
As vantagens da integridade e da unidade da cadeia industrial levarão a empresa a crescer ainda mais no mercado chinês. “Espero poder trabalhar para a empresa nos próximos 10 anos e ter uma filial chinesa tão grande quanto a nossa sede na Alemanha quando eu me aposentar”, indicou ele.
A companhia australiana BioGenesis Group, especializada em saúde, superalimentos e tecnologias agrícolas relacionadas a algas naturais, pretende expandir sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento (P&D), uma das competitividades centrais da empresa, investindo no mercado chinês.
Dando um voto de confiança ao vasto potencial da China, Zhang Wenbin, CFO do grupo, disse que a firma criará raízes no mercado chinês estabelecendo um centro de P&D por meio de um mecanismo de cooperação entre o setor, academia e pesquisa.
“O mercado chinês pode fornecer uma filosofia de saúde atualizada e dados clínicos abundantes para que possamos desenvolver produtos de saúde mais adequados para a população asiática”, explicou Zhang.
Em meio à melhoria do ambiente de negócios do país e à redução da lista negativa para acesso pelos investimentos estrangeiros, as companhias de fora têm aumentado suas apostas no mercado chinês.
Nos primeiros seis meses deste ano, os investimentos realizados pela França, Reino Unido, Japão e Alemanha na parte continental da China aumentaram 173,3%, 135,3%, 53% e 14,2%, respectivamente, mostraram os dados do Ministério do Comércio. Fim
Globo Online - RJ 26/07/2023
Quando um banco central faz a avaliação dos riscos inflacionários para decidir a estratégia de política monetária, seu trabalho envolve um amplo conjunto de informações. Dentre elas, as trajetórias da inflação dos diferentes grupos de despesas que compõem a cesta do consumidor. Aqui, também, os detalhes importam. Se, por exemplo, a desinflação decorre de fator pontual — como o corte de tributos sobre combustíveis em 2020 ou as condições climáticas favoráveis derrubando os preços de alimentos in natura, como agora —, a notícia não é tão boa.
A inflação de serviços é um recorte bastante analisado, por ser particularmente impactada pelas condições do mercado de trabalho, onde a política monetária tem maior importância. Os serviços não são facilmente substituídos pela oferta externa e envolvem atividades que fazem uso mais intensivo de mão de obra, o que resulta em uma inflação mais rígida — no Brasil, a indexação de contratos é agravante.
Enquanto isso, a inflação de bens é mais sensível a fatores de curto prazo, como taxa de câmbio e preços de commodities. A maior conexão com preços internacionais, devido à possibilidade de se exportar ou importar os produtos, incluindo insumos, a torna mais volátil.
Esses dois grupos de despesa — serviços e bens — não são desconectados, havendo uma convergência entre eles ao longo do tempo — no jargão dos economistas, eles cointegram. Ambos são impactados pela política monetária e, também, se retroalimentam. O recuo da inflação de bens ajuda na tarefa da desinflação em serviços, e vice-versa.
O papel dos bancos centrais é criar condições para que isso ocorra tempestivamente, contendo excessos de demanda e ancorando expectativas inflacionárias de curto prazo (impacta mais a inflação de bens) e de longo prazo (impacta mais a inflação de serviços).
Há um debate entre economistas sobre por que a inflação de serviços está teimosamente elevada no mundo. Em parte, reflete a própria demora na ação de muitos bancos centrais. Na zona do euro, ela tem oscilado acima de 5% ao ano, patamar não visto desde os anos 1990.
Nos EUA, ela começou a ceder, mas ficou em 5,7% em junho, ante pico de 7,6% em janeiro, cifras não vistas nas últimas décadas. Tomando o Chile — referência na América Latina na gestão da política econômica —, a taxa está na casa de 10%, apesar de o país ter evitado excessos fiscais na pandemia e exibir desemprego acima do padrão.
No Brasil, ela recuou para 6,2% em junho (5,6% no IPCA-15 de julho), depois do pico de 8,9% em julho de 2022.
Sua dinâmica recente nos países guarda semelhanças, ficando artificialmente baixa durante o isolamento social e acelerando a partir do segundo semestre de 2021. Considerando a maior sensibilidade da inflação de serviços às condições internas dos países, essa similaridade indica que fatores em comum impactam diretamente a todos.
Em que pesem os estímulos fiscais na pandemia e os choques globais pressionando custos, é possível que outro fator tenha influência: a demanda por serviços impulsionada adicionalmente no pós-pandemia.
Há novos costumes, como os serviços associados à tecnologia digital, e há aparentemente demanda reprimida em alguns segmentos. Isso em meio à dificuldade de alguns negócios de se reestruturarem depois do desmonte na pandemia, especialmente aqueles que dependem de mão de obra especializada ou treinada.
O resultado é a inflação relativamente mais elevada no setor — há uma mudança de preços relativos —, cuja acomodação dependerá da capacidade de reação da oferta de serviços. Aqui o BC pode pouco.
Depende muito mais de políticas públicas que favoreçam o empreendedorismo e a formação de mão de obra.
Vale citar que, no IPCA, itens associados à volta da normalidade (pacote turístico, hospedagem, autoescola, consertos em geral) ou ao mundo digital (transporte por aplicativo, serviços de streaming, TV por assinatura) são os que apresentam maiores remarcações, bastante acima da inflação. Enquanto isso, o custo do empregado doméstico, hoje menos demandado, pouco se alterou.
O mercado de trabalho mostra acomodação, com moderação de ajustes salariais, e a pressão de custos decorrente da inflação de bens perde força, com o repasse a serviços. Enfim, as engrenagens da política monetária estão funcionando, e a inflação de serviços recua, mais aqui do que em boa parte do mundo.
Infomoney - SP 26/07/2023
O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou nesta terça-feira (25) que os bancos centrais evitem relaxar a política monetária de forma prematura antes de terem sinais inequívocos de que a inflação tem arrefecido de maneira consistente. A orientação aparece na atualização do relatório de Perspectivas Econômicas Globais, divulgada hoje.
O FMI defende que os juros devem ficar em níveis restritivos por algum tempo, sobretudo nos países que apresentam persistência no núcleo inflacionário, que desconsidera componentes voláteis como energia e alimentos. Para a instituição, os BCs precisam sinalizar “claramente” o compromisso com a estabilidade de preços.
O fundo reconhece os desafios associados ao processo, diante de incertezas sobre o nível neutro de juros e a defasagem da política monetária. Para tentar mitigar essas questões, a trajetória das taxas básicas deve ser definida com base na evolução dos indicadores econômicos, em uma postura “dependente dos dados”, na visão do FMI.
A instituição acrescenta que, embora o controle da inflação seja de responsabilidade primária dos BCs, cortes de gastos e uma política fiscal calcada na sustentabilidade de preços podem aliviar a inflação. “Este é especialmente o caso em países com economias superaquecidas e altos trade-offs entre inflação e desemprego”, avalia.
Projeções
O FMI cortou sua projeção para a inflação global em 2023, de 7,0% no documento divulgado em abril para 6,8% na revisão de julho, mas reviu para cima a expectativa para de 2024, de 4,9% para 5,2%.
O Fundo acredita agora que o núcleo da inflação no mundo terá alta de 6,0% em 2023 e de 4,7% em 2024. Isso significa uma revisão em alta de 0,3 ponto porcentual para o ano atual e de 0,4 para 2024, na comparação com as expectativas de abril.
Na base de comparação anual, cerca de metade das economias não deve ter queda no núcleo da inflação em 2023, destaca.
“No geral, a inflação deve seguir acima da meta em 2023 em 96% das economias com metas da inflação e em 89% dessas economias em 2024”, afirma o Fundo. .
O FMI adverte, no relatório de hoje, que a inflação pode seguir em nível elevado, caso ocorram mais choques, como a intensificação na guerra na Ucrânia, bem como eventuais “eventos extremos” no clima.
Veja - SP 26/07/2023
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), prévia da inflação, apontou deflação de 0,07% em julho, sendo esta a primeira queda em dez meses nesta medição. O resultado ficou abaixo do consenso do mercado, que previa uma queda menor, de 0,03%, em julho. Com o cenário indicando melhora na inflação, o mercado elevou a aposta para um corte de maior magnitude, de 0,50 ponto percentual, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será realizada na próxima semana.
Essa é a primeira queda no índice desde setembro de 2022, quando recuou 0,37% devido à política de corte de impostos nos combustíveis implementada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para impulsionar sua popularidade às vésperas das eleições. O índice agora recua como resultado da melhoria no cenário fiscal, do andamento da reforma tributária e das políticas de incentivos fiscais, registrando redução tanto em itens transitórios, como nos preços dos automóveis e da energia elétrica, como em itens mais influenciados pela sazonalidade, como alimentos e a redução de impostos para carros novos e populares. Mesmo os dados mais resilientes e sensíveis à política monetária, como os núcleos, que incluem preços voláteis, e os serviços, mostraram uma tendência de desinflação. Por isso, o resultado fornece informações importantes para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em particular a melhoria inesperada nos núcleos e serviços. “Para um BC ‘dependente dos dados’, o IPCA-15 de junho tem o poder de amainar a cautela e parcimônia dos diretores mais conservadores, abrindo a porta para o processo de afrouxamento monetário ser iniciado com um corte de 0,50 ponto percentual na próxima semana, sem necessariamente perder a paciência e a serenidade”, diz Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez.
Com o restado, a inflação no acumulado de 12 meses cai de 3,40% para 3,19%, elevando as expectativas do mercado para o corte da taxa de juros, a Selic. No entanto, agora o que divide o mercado é a magnitude do corte. A Nomos, Guide, Constância e Ativa Investimentos veem espaço para um corte de 0,50 ponto percentual. “Esse novo dado coloca o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, numa situação de ter que abrir um debate desconfortável para ele: a redução de 0,50 ponto percentual já na próxima reunião”, diz Beto Saadia, economista e diretor de investimentos da Nomos. “Esse Banco Central sempre atuou com mais rigor do que a expectativa de mercado. Subiu juros mais que a expectativa, manteve além da expectativa e provavelmente deseja reduzir num ritmo menor do que espera o mercado”, pontua. Segundo o economista, “uma das desculpas” que podem vir carimbadas no comunicado é a defasagem dos preços da gasolina e do diesel, que operam bem abaixo da sua referência internacional. Além disso, dos itens avaliados pelo IPCA-15, os combustíveis foram o grupo com maior impacto altista devido à volta da tributação.
Embora o IPCA-15 mostre uma tendência de desinflação nos núcleos de inflação, a economista da Tenax Capital, Amabile Ferrazoli, ressalta que as variações nos próximos meses podem não seguir o mesmo padrão observado neste levantamento. “A economia permanece resistente, e as expectativas de inflação continuam desconectadas das metas estabelecidas”, diz. Diante disso, a previsão da casa é de uma redução de magnitude menor, de 0,25 ponto percentual.
Veja - SP 26/07/2023
Esta terça-feira, 25, começa cheia de expectativa no mercado financeiro. Isso porque o IPCA-15, prévia da inflação oficial será divulgado às 9h. Esse é o último indicador oficial de comportamento dos preços a ser divulgado antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre na próxima semana, nos dias 1 e 2 de agosto. Se os dados confirmarem a tendência de queda da inflação e a possibilidade de deflação na prévia de julho, isso fortalecerá a perspectiva da esperada redução das taxas de juros.
Em junho, o IPCA-15 registrou uma leve alta de 0,04%, resultando em uma taxa acumulada de 3,40% em 12 meses, o menor valor desde setembro de 2020. As projeções do mercado apontam para uma possível deflação, com estimativa de queda para 3,26%. No entanto, as projeções dividem o mercado. A RB Investimentos e a Warren Rena calculam deflações de 0,05% e 0,06%, respectivamente. Por outro lado, casas como a Guide Investimentos e a Constância Investimentos estimam uma deflação menor, de 0,02% com possibilidade de um corte de 0,25% caso a deflação não seja tão acentuada, mas também espaço para um corte de 0,50% se os dados de deflação vierem mais fortes.
A tese de deflação é sustentada pelo desconto especial na conta de energia (Bônus Itaipu) e nos preços de automóveis, este último beneficiados pelo pacote de isenção de impostos. Também é esperado deflação nas passagens aéreas e no grupo alimentação, especialmente por cereais, carnes e leites. No entanto, vale ressaltar que embora os preços das commodities ainda estão em níveis mais baixos, é relevante lembrar que o recente impacto da mudança na postura da Rússia em relação ao escoamento de grãos é um fator recente a ser considerado. A gasolina será o principal vetor altista, com previsão de alta de 3,5% devido aos impostos federais. “Vale lembrar que este aumento teria sido maior caso a Petrobras não tivesse anunciado queda de R$ 0,14 por litro. Até a primeira quinzena de julho, a nossa coleta proprietária de gasolina viu uma forte aceleração dos preços deste combustível”, diz Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena.
Além da volta dos tributos sobre os combustíveis, a inflação de serviços também preocupa, pois, o setor ainda acumula uma alta de 6,51% em 12 meses. Caso essa dinâmica tenha continuidade, pode ter impactos na velocidade com que o BC irá desenrolar o seu ciclo de cortes de juros. “No IPCA-15 de junho, os serviços voltaram a acelerar, tanto no agregado quanto nos indicadores subjacentes (serviços excluindo preços ligados à energia ou com forte sazonalidade) e taxa de difusão. Isso sinaliza uma desinflação mais lenta que esperada pela frente”, diz Alexandre Lohmann, economista-chefe Constância Investimentos.
Nessa terça o BC também divulga o Relatório Focus com projeções para a economia de médio e longo prazo, dados que também são importantes para a tomada da decisão sobre a Selic. Enquanto no cenário externo, os bancos centrais dos Estados Unidos e na Europa se reúnem para decidir sobre as taxas de juros, com expectativa de o banco americano, o Fed, elevar os juros em 0,25 ponto percentual e pausar a extensão na faixa entre 5,25% e 5,50, enquanto e o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar deve continuar o ciclo de aperto monetário, como sinalizado pela presidente do BCE Christine Lagarde. No Brasil, esses dados também serão fundamentais para a decisão sobre aos juros.
Jota - DF 26/07/2023
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) publicou a Resolução NDI/MDIC 1/2023, que traz as diretrizes para a nova política industrial, com a finalidade de nortear as ações do governo federal. A ideia do conselho, presidido pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), é apresentar a proposta de uma nova política industrial até o final deste ano.
O colegiado reúne 21 órgãos governamentais e 21 representantes da sociedade civil/setor produtivo. Já o documento define princípios, missões e objetivos da nova política em elaboração pelo CNDI.
“Cada missão terá metas aspiracionais baseadas em dados para direcionar os esforços de toda a sociedade para o desenvolvimento industrial até 2033. Essas metas serão propostas pelos ministérios diretamente envolvidos nas missões, em conjunto com o CNDI”, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Tais missões nortearão os trabalhos do conselho nos próximos meses. São elas:
Entre os princípios da nova política estão: inclusão socioeconômica; desenvolvimento produtivo e tecnológico e inovação; incremento da produtividade e da competitividade; redução das desigualdades, incluindo as regionais; sustentabilidade; entre outros.
Telemedicina
Sancionada a Lei 6.293/2023, que altera, na forma que especifica, a Lei 5.197, de 25 de maio de 2020, que “dispõe sobre o uso da telemedicina em qualquer atividade de saúde pública ou privada no âmbito do estado do Amazonas durante a crise causada pelo coronavírus”.
A norma autoriza o uso da telemedicina mesmo após o fim da pandemia ocasionada pela Covid-19 e permite o uso de equipamentos digitais, softwares, plataformas, internet e pessoal qualificado por hospitais, clínicas, consultórios para garantir o bom funcionamento da telemedicina.
“Essa medida busca melhorar o atendimento médico, facilitando a troca de informações entre profissionais e especialistas, tornando o acesso à saúde mais eficiente e acessível para todos” afirmou o deputado Felipe Souza (Patriota), autor da norma.
Concessões ferroviárias
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a Resolução 6.201/2023, que regulamenta a destinação dos Recursos para Desenvolvimento Tecnológico (RDT) e dos Recursos para Preservação da Memória Ferroviária (RPMF), previstos nos contratos de concessão para a prestação do serviço público de transporte ferroviário de cargas associado à exploração da infraestrutura ferroviária.
Os recursos serão destinados a projetos de acordo com os temas priorizados pela Superintendência de Transporte Ferroviário (Sufer). Os produtos desenvolvidos são de domínio público, e a concessionária deve prestar contas regularmente.
De acordo com o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, os recursos RDT e RPMF devem ser destinados unicamente a projetos de interesse público relacionados às ferrovias federais concedidas.
“São valores que foram inicialmente previstos em alguns contratos de concessão e subconcessão com objetivo de fomentar o desenvolvimento de projetos relacionados a temas considerados relevantes para o setor ferroviário e da sociedade, como aqueles voltados à modernização do setor; à melhoria dos serviços prestados; e à preservação do patrimônio de valor artístico, cultural e histórico das ferrovias federais”, afirmou Vitale.
Os RDT deverão ser destinados a projetos que possuam como objetivo a inovação no desenvolvimento de: tecnologia básica e aplicada; soluções técnicas para problemas específicos; soluções de acompanhamento e monitoramento de atividades ferroviárias em tempo real, bem como de aprimoramento da fiscalização pública; soluções de integração com o meio ambiente e utilização de energias alternativas aos derivados de petróleo; entre outros.
Já os RPMF serão destinados a projetos que visem a preservação da memória e do patrimônio das ferrovias, por meio de ações, instrumentos e práticas de identificação, documentação, investigação, proteção, promoção, valorização, transmissão e revitalização, como por exemplo: tais como: construção, conservação, restauração, modernização, formação, organização, ampliação e equipamento de museus, bibliotecas e arquivos.
Transtorno do Espectro Autista
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), sancionou a Lei 10.074/2023, alterando a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, estabelecida na Lei 9.395/2021. A mudança permite que o poder estadual estimule, na área de saúde, a criação de parcerias público-privadas para a formação de equipes multidisciplinares.
A ideia é de que essas equipes contem com médico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, psicomotricista, psicopedagogo, musicoterapeuta, nutricionista e outros profissionais necessários, “com vistas à oferta de tratamento mais completo”, segundo o texto.
Além disso, a lei também garante os mesmos direitos no recebimento do vale social para pessoas autistas e com deficiência, entre outras medidas.
Valor - SP 26/07/2023
Segundo o índice Platts, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com ganho de 1,97%, cotado a US$ 116,75 a tonelada, no maior nível desde 20 de abril.
Os preços do minério de ferro voltaram a subir no mercado à vista nesta terça-feira (25), após a China sinalizar para um novo pacote de medidas para estimular a economia doméstica.
No norte do país asiático, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com ganho de 1,97%, para US$ 116,75 a tonelada, no maior nível desde 20 de abril.
Com isso, a commodity passou a exibir valorização de 4,6% em julho no mercado transoceânico e reduziu a 0,5% as perdas acumuladas em 2023.
Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em setembro, fecharam o dia em alta de 0,7%, para 851 yuan (US$ 118,40) por tonelada.
Infomoney - SP 26/07/2023
As ações da Vale (VALE3) tiveram uma sessão de ganhos nesta terça-feira (25) na esteira dos avanços dos papéis do setor, mas também com um possível desdobramento positivo para a companhia. Contudo, na reta final do pregão, os ativos, que chegaram a subir 4,02% na máxima do dia, fecharam com ganhos de 3,09%, a R$ 72,01. No mês, os papéis avançam cerca de 12%.
Os papéis de siderúrgicas e mineradoras também avançaram. CSN (CSNA3) teve alta de 5,90% (R$ 13,82), Gerdau (GGBR4) avançou 3,50% (R$ 29,00), CSN Mineração (CMIN3) subiu 2,31% (R$ 4,42) e Usiminas (USIM5) teve ganhos de 2,18% (R$ 7,51).
Os contratos futuros de minério de ferro subiram nesta terça, com a promessa da China de providenciar mais suporte para sua economia em declínio melhorando o sentimento do mercado, ao mesmo tempo em que as expectativas de uma possível limitação à produção de aço no principal país consumidor fortaleceram os preços.
O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações com alta de 1,4%, a 856,5 iuanes (US$ 119,87 ) por tonelada. O contrato havia atingido, antes disso 859,5 iuanes, o maior valor desde julho de 2021.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em agosto subiu 1,9%, para US$ 114,8 a tonelada, depois de cair por duas sessões consecutivas.
Os principais líderes da China prometeram na segunda-feira intensificar as medidas de apoio à economia em meio a uma tortuosa recuperação pós-Covid, concentrando-se no aumento da demanda doméstica, sinalizando mais medidas de estímulo. O planejador estatal da China revelou medidas para apoiar o investimento privado e transformar áreas subdesenvolvidas em megacidades, o que animou o mercado.
Já no noticiário da Vale especificamente, o jornal americano The Wall Street Journal informou, citando fontes, que a mineradora brasileira se aproxima de acordo para vender 10% de seus negócios de metais básicos para a Arábia Saudita.
Valor - SP 26/07/2023
Lucro líquido médio esperado por quatro casas de análise é de US$ 1,873 bilhão no segundo semestre, o que, caso confirmado, significará alta de 1,9% frente aos três primeiros meses de 2023.
O maior volume de produção de minério de ferro e a redução de custos devem garantir um resultado positivo para a Vale no segundo trimestre, embora com números aquém de igual período do ano anterior. Relatórios de bancos e casas de análise obtidos pelo Valor mostram que a queda de preços do minério de ferro, cobre e níquel frente ao segundo trimestre de 2022 deverão ser determinantes no desempenho. Na comparação com o primeiro trimestre, no entanto, deverá haver ligeira melhora.
O Valor compilou dados de quatro relatórios de instituições financeiras e, na média, a estimativa de lucro líquido é de US$ 1,87 bilhão, o que, caso confirmado, significará queda de 69,5% frente ao segundo trimestre de 2022, mas uma alta de 1,9% frente aos três primeiros meses de 2023.
A Vale informou que divulga os resultados do segundo trimestre na quinta-feira (27), depois do fechamento do mercado.
O valor médio para a receita líquida ficou em US$ 9,598 bilhões, o que seria um recuo de 13,9% frente ao segundo trimestre de 2022, mas uma alta de 13,8% na comparação com o primeiro trimestre. O lucro antes de juros, impostos, depreciação a amortização (Ebitda, na sigla em inglês) médio foi de US$ 3,99 bilhões, o que vai representar, caso confirmado, um recuo de 27,9% na comparação com o período abril-junho de 2022, mas uma alta de 8,21% na comparação com os três primeiros meses de 2023.
A Vale informou, no relatório de produção, divulgado dia 18, que os preços realizados de minério de ferro entre abril e junho foram de US$ 98,5 por tonelada, uma queda de 9,3% frente ao primeiro trimestre e um recuo de 13,1% ante o segundo trimestre do ano passado. Nas pelotas, o valor de US$ 160,4 por tonelada representou uma queda de apenas 1,3% ante o primeiro trimestre, mas um tombo de 20,3% na comparação com o segundo trimestre de 2022.
Entre os relatórios obtidos pelo Valor, as projeções de receita líquida variaram entre US$ 9,493 bilhões da XP e do Itaú BBA até US$ 9,893 bilhões do Bradesco BBI. O menor Ebitda previsto foi de US$ 3,762 bilhões pelo BTG Pactual e o maior foi de US$ 4,1 bilhões do Itaú BBA. O lucro líquido variou dos US$ 1,359 bilhão do Itaú BBA aos US$ 2,397 bilhões do BTG Pactual.
O Itaú BBA ressaltou, em relatório assinado pelos analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares, que os maiores volumes e os menores custos na divisão de ferrosos vão levar a um aumento do Ebitda frente ao primeiro trimestre, mais que compensando a queda de preços. Entre janeiro e março deste ano, a média de preço da tonelada vendida de minério de ferro pela empresa foi de US$ 108,6.
Segundo os analistas do Itaú BBA, o custo-caixa do minério entregue na China deverá apresentar queda devido a maior diluição de custos fixos e aos menores preços do combustível de navegação. O banco prevê que o Ebitda apenas do setor de ferrosos suba 12% frente ao primeiro trimestre, para US$ 3,7 bilhões.
Na divisão de metais básicos, os analistas estimam uma queda de 19% do Ebitda frente ao primeiro trimestre, para US$ 464 milhões, puxada pelos menores preços e pelos custos mais elevados, que devem mais que compensar a alta de 17,7% das vendas de cobre frente ao primeiro trimestre. No caso do cobre, os preços realizados caíram 25,8% na mesma comparação.
“Estimamos uma alta de 3% [frente ao primeiro trimestre] no custo caixa por tonelada, tanto para o cobre quanto para o níquel, afetados por receitas menores dos produtos”, dizem os analistas do Itaú BBA.
O Bradesco BBI, em relatório assinado pelos analistas Thiago Lofiego, Isabella Vasconcelos e Camila Barder, projeta um Ebitida de US$ 517 milhões para o negócio de metais básicos - abaixo dos US$ 573 milhões do primeiro trimestre - fruto do impacto dos menores preços do níquel e do cobre.
Valor - SP 26/07/2023
A Hyundai Motor registrou lucros sólidos no segundo trimestre, com o lucro operacional atingindo um recorde trimestral, levando a uma revisão para cima de suas metas de crescimento para 2023.
O lucro líquido do trimestre de abril a junho aumentou 8,5% no ano, para 3,347 trilhões de won (US$ 2,62 bilhões), mantendo-se acima de KRW3 trilhões pelo segundo trimestre consecutivo, disse a montadora sul-coreana na quarta-feira.
Isso superou uma previsão de consenso compilada pelo FactSet de KRW 3,038 trilhões para o trimestre, que a Hyundai Motor disse ser devido às vendas fortes de carros e um melhor mix de produtos com foco em modelos mais sofisticados.
A receita durante o trimestre aumentou 17% no ano, para KRW42,250 trilhões, enquanto o lucro operacional saltou 42% ao ano, para um novo recorde trimestral de KRW4,238 trilhões.
Os resultados trimestrais acima do consenso levaram a empresa a aumentar suas metas para 2023 de receita e margem de lucro operacional para até 15% e 9%, respectivamente, de 11,5% e 7,5% anteriormente.
No primeiro semestre, as vendas totais de veículos da empresa subiram 10,8% no ano, para 2 milhões de unidades globalmente, já que o conglomerado automobilístico, juntamente com sua subsidiária Kia, ultrapassou a Stellantis para o quarto lugar em vendas nos Estados Unidos.
No primeiro semestre, a receita aumentou 21% no ano, para KRW 80,028 trilhões, resultando em um lucro operacional de KRW 7,831 trilhões e um lucro líquido de KRW 6,766 trilhões.
A empresa disse que se beneficiou da estabilização dos custos das matérias-primas e das condições cambiais favoráveis, bem como da melhoria do mix de produtos, que se concentra em veículos de última geração, incluindo veículos elétricos.
A empresa está se preparando para suas joint ventures de baterias de veículos elétricos que tornarão seus veículos elétricos elegíveis para créditos fiscais nos Estados Unidos sob a Lei de Redução da Inflação.
A Hyundai Motor e a fabricante de baterias sul-coreana SK On concordaram em abril em investir US$ 5 bilhões para construir uma fábrica na Geórgia (EUA) para produzir células de bateria para veículos elétricos. Está programado para iniciar a produção em sua própria fábrica de veículos elétricos na Geórgia no primeiro semestre de 2025 e produzir cerca de 300 mil carros por ano.
A Hyundai Motor elevou sua meta de vendas de veículos elétricos para 2 milhões de unidades até 2030.
Valor - SP 26/07/2023
A unidade de luxo Jaguar Land Rover registrou um lucro trimestral antes dos impostos de 435 milhões de libras esterlinas (US$ 559 milhões), ante um prejuízo de 524 milhões de libras no ano anterior.
A Tata Motors Ltd. reportou lucro melhor do que o esperado no primeiro trimestre fiscal , uma vez que as restrições da cadeia de suprimentos diminuíram, ajudando a elevar as vendas de carros de luxo.
O lucro líquido foi de 32 bilhões de rúpias (US$ 391 milhões) nos três meses até junho, em comparação com uma perda de 50 bilhões de rúpias no ano anterior, disse a empresa com sede em Mumbai em um comunicado na terça-feira. As estimativas dos analistas, em média, eram de lucro líquido de 24,5 bilhões de rúpias.
A unidade de luxo Jaguar Land Rover registrou um lucro trimestral antes dos impostos de 435 milhões de libras esterlinas (US$ 559 milhões), em comparação com um prejuízo de 524 milhões de libras no ano anterior. A receita trimestral da JLR aumentou 56%, para 6,9 bilhões de libras, disse a Tata Motors. Ele relatou um fluxo de caixa livre de 451 milhões de libras.
A JLR apresentou seus “níveis de produção mais altos em nove trimestres e nosso maior fluxo de caixa registrado no primeiro trimestre”, disse o CEO, Adrian Mardell.
A JLR já havia dito que seus volumes de atacado trimestrais aumentaram 30% em relação ao ano anterior, para 93.253 unidades, excluindo sua joint venture chinesa Chery Jaguar Land Rover, refletindo “melhoria contínua em chips e outras restrições de fornecimento”. As vendas no varejo na China aumentaram 40%, enquanto na Europa ficaram estáveis.
A produção e o fluxo de caixa da JLR no segundo trimestre fiscal provavelmente serão menores devido ao fechamento anual da fábrica no verão, enquanto as vendas por atacado e o lucro devem estar mais alinhados com os últimos trimestres, de acordo com o documento.
A Tata Motors disse que cancelará suas ações Classe A e emitirá ações ordinárias em troca, sujeitas a aprovações regulatórias, para simplificar e consolidar sua estrutura de capital e preservar a liquidez para o crescimento. O plano levará a uma redução de 4,2% no número de ações em circulação, tornando-o “valor agregado” para os acionistas, disse a empresa.
Uma fábrica de baterias de 4 bilhões de libras no Reino Unido, a ser construída pelo Tata Group, ajudará nas metas de eletrificação da JLR e da Tata Motors, com suprimentos a partir de 2026. A instalação também é um impulso para a indústria automobilística britânica, que tem lutado com o Brexit e a mudança para veículos elétricos.
A JLR pretende investir 15 bilhões de libras nos próximos cinco anos no desenvolvimento de EVs e recursos de direção autônoma. Ela começará a vender uma variedade de modelos totalmente elétricos a partir de 2024. A Tata Motors, líder em veículos elétricos na Índia, investirá US$ 2 bilhões em modelos de bateria até 2027.
Agência Brasil - DF 26/07/2023
Um decreto presidencial, publicado nesta terça-feira (25) no Diário Oficial da União, autoriza o aumento do capital social da Autoridade Portuária de Santos S.A., por meio da incorporação de adiantamentos feitos pela União, atualização desses valores, além de saldo de capitalizações anteriores. Até a última atualização do estatuto, em 2020, as ações da empresa pública ultrapassavam o valor de R$ 1,4 bilhão.
De acordo com o decreto, a esse valor serão acrescidos R$ 103.346.942,15 de um adiantamento transferido em 2015, pela União, além de mais R$ 4.052.782,11 de outros adiantamentos feitos em 2019 e 2020, com o objetivo de aumentar o capital social da empresa. Com isso, o novo capital social deve ultrapassar R$ 1,5 bilhão.
Por ser uma empresa pública de capital fechado, vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos, as ações que representam o capital social da empresa são 99,9% da União e menos de 0,01% do município de Santos.
O decreto autoriza ainda a subscrição das novas ações pela União e pelo município na proporção da participação dos acionistas e, caso o município de Santos não exerça o direito de preferência no prazo previsto, a União poderá exercer.
O novo capital social deverá ser publicado no Diário Oficial da União após a aprovação, pela assembleia geral de acionistas do valor total, bem como do número de ações que serão emitidas.
Portos e Navios - SP 26/07/2023
O Estaleiro Mauá (RJ) ampliou sua área de atracação com a liberação recentemente do berço 1.1. A administração destacou que a liberação do berço após 10 anos acresentou 140 metros lineares para atender embarcações. Com o período de escassez de projetos de construção da indústria naval e offshore e após passar uma reestruturação da estratégia comercial, o Mauá vem realizando nos últimos anos, principalmente reparos navais, entre outras atividades em suas instalações.
Além dos reparos, a carteira atual tem serviços de conversões e upgrades de embarcações. A expectativa do estaleiro é que, nos próximos meses, novos serviços sejam contratados. ”Já estamos usando os espaços com reparos e temos muitos planos para os próximos meses. Recebemos grande demanda para prestação de nossos serviços e os novos espaços serão de grande valia”, afirmou em nota o diretor comercial do Estaleiro Mauá, Arialdo Félix.
Félix acrescentou que a ampliação faz parte de um novo momento que a empresa está passando. “Estamos vivendo um momento de muita esperança e confiança de que teremos cada vez mais projetos e de que estamos no caminho para que o Mauá volte a ser protagonista na indústria naval e offshore”, projetou o diretor.
Ele destacou que o estaleiro está localizado em Niterói, berço da indústria naval no país e em uma posição estratégica na Baía de Guanabara, antes da Ponte Rio-Niterói, o que permite receber qualquer tipo de embarcação e plataformas de petróleo. Com uma área de 180.000 metros quadrados, o Mauá conta com capacidade de processamento de 36.000 toneladas de aço por ano e é o maior estaleiro na Baía de Guanabara.
Valor - SP 26/07/2023
O barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro fechou em alta de 1,13%, a US$ 79,63, enquanto o do Brent para o mesmo mês subiu 1,09%, a US$ 83,64.
O petróleo encerrou a sessão desta terça-feira (25) com ganhos robustos no mercado futuro de mais de 1%, impulsionados pela melhora da perspectiva da economia global após o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevar sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2023.
O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para setembro fechou em alta de 1,13%, a US$ 79,63. Já o do Brent, a referência global, para o mesmo mês subiu 1,09%, a US$ 83,64. Assim, os contratos mais líquidos da commodity energética voltaram a renovar máximas de fechamento desde meados de abril.
No começo da sessão, o petróleo registrava movimentos tímidos, chegando a cair após um rali recente que o colocou nos seus maiores níveis em mais de três meses. Os contratos só ganharam força depois que o FMI divulgou suas novas projeções para a economia global, que incluíram um acréscimo de 0,2 ponto percentual para o crescimento do PIB global em 2023, a 3%.
“As previsões de crescimento global são cruciais para a perspectiva de demanda por petróleo, e agora parece que só pode melhorar à medida que tivermos mais estímulos da China e com as esperanças de um pouso suave nos EUA”, diz o analista-sênior de mercados da Oanda, Edward Moya.
Segundo ele, o petróleo deve enfrentar resistência em breve e, por isso, o rali deve se consolidar até a reunião de amanhã de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Com a alta de 25 pontos-base há muito tempo precificada, o mercado aguarda para ver se o comunicado e a coletiva do presidente do BC americano, Jerome Powell, trarão um tom mais conservador ou otimista quanto ao fim do ciclo de alta de juros.
“Se Powell telegrafar mais aumentos de juros além da taxa terminal esperada atualmente, isso pode estrangular qualquer entusiasmo nascente” no mercado de petróleo, destaca Michael Lynch, presidente da Strategic Energy & Economic Research.
Antes da decisão do Fed, sairá o relatório do Departamento de Energia (DoE) sobre os estoques semanais de petróleo nos EUA. Segundo Lynch, eles serão importantes para entender se há maior volume de exportações nos EUA, o que pode indicar o quão apertados estão os mercados asiáticos em meio à maior demanda da China e menos oferta da Rússia.
O Estado de S.Paulo - SP 26/07/2023
A partir de 1.º de agosto a Petrobras reduzirá o preço do gás natural vendido às distribuidoras em 7,1%. No ano, a queda acumulada chegará a 25%. Coincidência ou não, o movimento acontece no momento em que a disputa entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Petrobras em torno do mercado de gás natural ganha proporções extremas. “Não existe crise”, desconversou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, na entrevista em que anunciou o corte no preço.
Não é o que demonstram, desde o início do ano, declarações públicas cada vez mais acaloradas. O governo Lula da Silva está claramente dividido entre a ala que defende a desconcentração do segmento, tendo à frente o ministro do MME, Alexandre Silveira (PSD), e a que cerra fileira pela manutenção da Petrobras como mandante do setor, liderada por Prates (PT). Os dois senadores licenciados passaram a personificar o duelo entre as correntes liberal e estatizante que marcam o alto escalão do governo.
Interesses de parte a parte fazem desta mais uma história sem mocinhos. Mas a atitude de Prates é um evidente retrocesso num mercado que, desde o marco regulatório, instituído há dois anos, caminhava em direção a uma maior competitividade. Insumo imprescindível para a indústria, especialmente a mais intensiva no uso de energia, o gás negociado em ambiente mais diversificado traria um avanço sem precedentes.
O quase monopólio da Petrobras na produção, processamento e comercialização do produto torna desigual a negociação de preços e até mesmo o volume ofertado, aquém das necessidades do mercado. Em documento assinado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a petroleira comprometeu-se a adotar medidas para permitir a abertura do mercado.
Essa liberalização viria especialmente da venda de ativos de transporte, distribuição e terminais de GNL, mas também do leilão de estoques e outras medidas. A Petrobras faria uma redução planejada de sua participação nos diversos elos da cadeia para permitir a entrada de novos agentes. A empresa chegou a vender alguns ativos, como a Gaspetro e redes de dutos, especialmente no Nordeste, mas a chegada de Jean Paul Prates à companhia suspendeu o programa. O próximo ativo da lista seria a operadora do gasoduto Brasil-Bolívia.
O ministro Alexandre Silveira não tem economizado munição no embate com Prates. Elegeu a reinjeção de gás durante extração de petróleo no pré-sal – técnica necessária no processo, mas que o ministro considera excessiva – como mote para acusar a Petrobras de sonegar o produto ao mercado. Não é bem assim, mas, em entrevista ao jornal Valor, chegou a dizer que a prática da empresa era duvidosa “inclusive do ponto de vista ético e moral”.
O tom das acusações, que se sucedem há meses, tem se tornado cada vez mais forte. “A Petrobras não sonega gás”, diz Prates. “O presidente da Petrobras dizer que nada pode ser feito é, no mínimo, negligência”, acusa Ferreira. “O transporte foi repassado para terceiros, a Gaspetro também. Só falta alguém pegar os campos do pré-sal e dizer para alguém, que não nós (Petrobras), operar. Que culpa tem a Petrobras de ser tão boa em operar petróleo e gás?”, provoca Prates.
Dizer que não existe embate ou crise em um ambiente assim é desafiar a lucidez do público. A abertura do mercado é um processo gradual, que deve ser feito de forma controlada. Exatamente devido à lentidão, não deve ser interrompido, como faz o presidente da Petrobras, nem tampouco deve ser acelerado da forma destrambelhada, como sugere o ministro.
Amarrar o mercado de gás a questões ideológicas é, antes de tudo, negar ao País a chance de acelerar seu crescimento. Ao contrário de gasolina e diesel, cujos preços variam sem um intervalo de tempo definido, o preço do gás é estipulado por contrato a cada três meses, em negociação direta com as distribuidoras. É um produto que costuma se manter acima da média internacional – o que, aliado à falta de previsibilidade em relação à oferta, é mais um item a reforçar o famigerado “custo Brasil”. Bom seria ter outras opções de fornecimento além da Petrobras.
Infomoney - SP 26/07/2023
O JPMorgan revisou novamente para baixo a expectativa para o petróleo, tendo como base o câmbio e as novas projeções macroeconômicas. De US$ 80 o barril do brent, a expectativa é de um petróleo a US$ 75 até 2024, ainda que mantendo a projeção de US$ 80 por barril em termos reais para 2025 em diante.
Assim, ainda que com uma visão positiva geral para as empresas brasileiras do setor, os analistas do banco revisaram para baixo o preço-alvo para as ações das companhias.
Para a Petrobras (PETR3;PETR4), a recomendação foi mantida em overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra). A ação PETR3, por sua vez, teve o “target” revisado de R$ 41 para R$ 37, ou um potencial de alta de 21% frente o fechamento da véspera. Para os ADRs (recibo de ações, equivalente a ativos negociados nos EUA) PBR, equivalente aos ordinários, o preço-alvo foi de US$ 15,50 para US$ 15 (upside de 4%).
Para os ativos preferenciais PETR4, o preço-alvo também foi cortado de R$ 41 para R$ 37, ou uma alta de 35% frente o fechamento anterior. O preço-alvo do ADR PBR-A (equivalente aos preferenciais) também foi cortado para US$ 15 (upside de 17%).
A recomendação overweight foi mantida baseada em uma relação risco-recompensa favorável, uma vez que as mudanças na estratégia não devem comprometer a geração de fluxo de caixa livre, na visão dos analistas.
Eles esperam um aumento dos investimentos em iniciativas de baixo carbono da Petrobras, mas o foco principal permanece no segmento upstream (exploração e produção). Pode haver eventualmente menores dividendos, porém em linha com as grandes empresas do setor de petróleo (incluindo recompras de ações). Além disso, a política de preços deve ser seguida em uma faixa estreita que, na visão do JPMorgan, não está muito distante da paridade de preços anterior.
Além de Petrobras, o banco reduziu o preço-alvo para ações da 3R Petroleum (RRRP3) de R$ 70 para R$ 66 por ação (upside de 81%) e o preço-alvo para PRIO (PRIO3) passou de R$ 59 para R$ 56 por ação (upside de 21%). Ambas tiveram a recomendação mantida em overweight.
Distribuição de combustível
Já dentro do segmento de distribuição, o JPMorgan destacou que sua preferência pelas ações da Vibra (VBBR3), apontando a história transformacional da empresa após sua privatização em julho de 2019. “O desempenho desde então tem demonstrado que a gestão está cumprindo a recuperação, com a mensagem desde o 1º trimestre de 2021 de que ainda há mais ganhos a serem alcançados”, diz o banco.
A Vibra também possui uma posição de caixa confortável e um atrativo rendimento futuro (retorno de dividendo esperado de 3,7% em 2023).
Sendo assim, o JPMorgan manteve recomendação equivalente à compra e estabeleceu um preço-alvo de R$ 22 (upside de 24%).
Já para as ações da Ultrapar (UGPA3), o banco manteve classificação neutra, mas elevou o preço-alvo de R$ 14 para R$ 16,50 por ação (ou queda de 15%).
Os analistas comentaram que as estimativas foram revisadas para cima devido à melhora da perspectiva para a Ultragaz. No entanto, acreditam que o fator-chave para as ações continua sendo a Ipiranga – o negócio de distribuição de combustíveis. E, para este segmento, os impulsionadores permanecem mais orientados pelas condições gerais do mercado (recuperação nos volumes de tráfego) do que por fatores específicos internos.
OceanPact (OPCT3)
O JPMorgan ainda reiterou classificação equivalente à compra para os papéis da OceanPact e manteve o preço-alvo de R$ 6,50 (upside de 21,50%).
O banco vê o case de investimento oferecendo: “(a) um modelo de negócio único focado em obter os contratos certos (em vez das embarcações certas), o que permitiu à empresa expandir consistentemente seus retornos; (b) um foco nas áreas mais complexas de suporte marítimo, onde a concorrência é menor; (c) um ambiente de negócios favorável marcado por competidores em dificuldades com limitações para investir; (d) uma sólida oportunidade de crescimento na indústria offshore brasileira; e (e) uma abordagem favorável ao ESG (ambiental, social e governança)”.
O que esperar para o segundo trimestre?
O JPMorgan acredita que a temporada de balanços do segundo trimestre de 2023 deve ser desafiadora, com deterioração dos resultados em todos os segmentos de commodities, sendo o setor de petróleo o preferido do banco para este período, já que o petróleo do tipo Brent apresentou a menor contração de preço em relação à cobertura de outros segmentos na América Latina.
Apesar da queda nos preços do petróleo, os analistas ainda veem a maioria das petrolíferas com geração positiva de fluxo de caixa, e suas principais escolhas são Petrobras e PRIO.
Infomoney - SP 26/07/2023
O campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas, localizado no pré-sal da bacia de Santos, atingiu em junho produção acumulada de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe) desde o início da operação, há cinco anos, informou a Petrobras (PETR4) nesta terça-feira, 25.
Segundo a estatal, o resultado se deve à alta produtividade por poço em Búzios, à evolução do conhecimento acumulado nos campos do pré-sal e à utilização de tecnologias de última geração desenvolvidas para ampliar a eficiência dos reservatórios.
Atualmente o campo de Búzios opera com cinco plataformas, todas do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo): P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso, que entrou em produção neste ano. O Plano Estratégico da Petrobras prevê a instalação de mais seis unidades em Búzios até 2027, quando a expectativa é que a capacidade instalada do ativo alcance 2 milhões de barris de óleo por dia.
“Atingir essa marca de 1 bilhão de barris de óleo equivalente em apenas cinco anos, num único campo, nos enche de orgulho. É a comprovação do alto nível de qualificação do nosso corpo técnico, da ampliação da nossa curva de aprendizado no pré-sal e do quanto avançamos na produção desse ativo nos últimos anos. E as perspectivas para o futuro são promissoras: vamos colocar em produção outras seis plataformas equipadas com tecnologias de última geração para redução de emissões de CO2, até 2027”, disse em nota o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Localizado a 180 km da costa, em lâminas d’água que chegam a mais de 2 mil metros de profundidade, Búzios concentra os poços mais produtivos do País. A espessura de seu reservatório tem a mesma altura que o Pão de Açúcar, e sua extensão corresponde a mais que o dobro que a Baía de Guanabara.
A Petrobras ganhou o Prêmio da OTC (Offshore Technology Conference), considerado o mais importante da indústria offshore, em 2021, pelo conjunto de tecnologias desenvolvidas para tornar viável a produção em Búzios. As soluções de última geração ali empregadas aumentaram a eficiência do campo, impulsionaram sua produção, além de reduzir custos de forma consistente, informou a Petrobras.
Grandes Nomes da Propaganda - SP 26/07/2023
Como forma de mostrar a relevância do agronegócio e suas realizações e de homenagear e valorizar o homem e a mulher do campo, a New Holland Agriculture, marca da CNH Industrial, está lançando na Semana do Agricultor, de 24 a 28 de julho, a campanha “Agro, a digital do Brasil”.
Idealizada pela Ampfy, a iniciativa, que contará com divulgação nas redes sociais de vídeo case de projeções feitas em prédios da maior cidade da América Latina, tem como objetivo levar a mensagem do campo para a cidade, abrindo um canal de diálogo entre o agro e outros setores da sociedade, destacando as pessoas que trabalham no campo e contribuem para a riqueza do país.
“É com muito orgulho que a New Holland mais uma vez se propõe a disseminar a mensagem do agro para todos os brasileiros, valorizando o papel relevante que a agricultura e os trabalhadores do setor desempenham no nosso país, não só por estar presente no dia a dia das pessoas, levando alimento à mesa da população, mas também por ser um dos importantes pilares da nossa economia, representando 25% do nosso PIB” afirma Eduardo Kerbauy, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América Latina.
Assim como em outras campanhas lançadas pela marca, entre elas “Conta comigo, Brasil”, “Agro, quem conhece de verdade, admira” e “Colheitômetro”, a New Holland quer promover a integração do campo com a cidade. “Dada a importância que um tem para o outro, queremos mostrar que o campo não vive sem a cidade, e a cidade não vive sem o campo. Como uma marca próxima dos clientes, entendemos que trazer informação para as pessoas é a melhor forma de fazermos essa aproximação”, explica Paulo Máximo, diretor de Marketing Comercial da New Holland Agriculture para a América Latina.
Entre as ações da “Agro, a digital do Brasil” está a divulgação de 3 filmes de 30 segundos com veiculação nas redes sociais, Youtube e Meta, editados a partir de vídeo projeções realizadas nos dias 13, 14 e 15 de julho, no Boulevard das Artes, em São Paulo (SP). As projeções mostram cenas do campo e dados sobre a produção agropecuária do país, revelando um pouco do dia a dia das fazendas e das pessoas que fazem o agro acontecer. “Se o nosso país tem uma identidade, uma digital, com certeza é o agronegócio”, ressalta Paulo Máximo.
”A nossa estratégia para essa campanha, visou não apenas dar protagonismo ao agronegócio no Brasil, mas também levar a mensagem da marca – de que o campo e a cidade caminham juntas – para o maior número de pessoas possível. Para alcançar esse objetivo, escolhemos a Avenida Paulista como o local para projetar, durante 3 dias, vídeos em homenagem ao Dia do Agricultor, enquanto compartilhamos dados sobre a importância do setor’’, comenta Camila Campos, Gerente de Projetos da Ampfy
A campanha, que deve durar cerca de 30 dias, também envolverá, além das redes sociais, o público interno, rede de concessionários da marca, imprensa e mídia em geral.
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