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25 de Agosto de 2023

INDA

Diário do Comércio - MG   25/08/2023

Os distribuidores brasileiros de aços planos venderam, no mês passado, 310,2 mil toneladas de produtos. Esse volume representa uma alta de 9% em relação a junho (284,6 mil toneladas), o que surpreendeu o setor, que esperava um crescimento menor, de 3%. No entanto, quando comparado a julho de 2022 (315,4 mil toneladas), o montante negociado equivale a uma queda de 1,6%.

Com este resultado, as empresas acumularam, nos primeiros sete meses deste ano, 2,203 milhões de toneladas vendidas. A quantidade comercializada no período indica uma variação negativa de 0,5% frente ao mesmo intervalo de tempo do exercício anterior (2,215 milhões de toneladas). Os dados foram divulgados ontem (24) pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda).

Neste mês, a perspectiva da entidade é que os distribuidores negociem 322,6 mil toneladas de aços planos. Se a estimativa se concretizar, haverá um aumento de 4% em comparação as vendas de julho. Entretanto, o número ainda será 3,7% inferior ao registrado em agosto do ano passado (334,9 mil toneladas). Sendo assim, o presidente do Inda, Carlos Loureiro, ressalta que a instituição mantém a projeção de redução nas comercializações para o fechamento de 2023.

“Com relação ao movimento do ano, continuamos estimando uma queda de 1,5% a 2%. Estamos sentindo que, mês a mês, estamos ficando um pouco para trás em comparação ao ano passado. Então, hoje, estamos prevendo o fechamento de 2023, com esse percentual de redução”, disse.

Compras do mês também caem, enquanto estoques e importações sobem

Ainda conforme os dados divulgados pela entidade, as compras de aços planos, no mês passado, totalizaram 301,8 mil toneladas. Esse resultado representa uma alta de 2,8% frente a junho (293,5 mil toneladas). Porém, quando comparado a julho do exercício anterior (332,3 mil toneladas), a quantidade de produtos comprados pelo setor equivale a um recuo de 9,2%.

Em número absoluto, o estoque dos distribuidores atingiu, em julho, 841,6 mil toneladas. O montante caiu 1% em relação ao mês anterior (850 mil toneladas), mas subiu 4,4% frente ao mesmo intervalo do exercício anterior (806,2 mil toneladas). O giro de estoque fechou em 2,7 meses. Na avaliação de Loureiro, esse volume disponível é um bom número para se manter.

“O mercado continua muito instável. No cenário que temos hoje é melhor que a gente não trabalhe com alto estoque. 2,7% é um pouco abaixo da nossa média histórica e é um número que revela uma certa cautela da rede com relação as suas próximas compras”, afirmou.

Quanto à importação de aços planos, o Inda registrou alta nas duas bases comparativas. Segundo a entidade, foram importados 202,2 mil toneladas no mês passado, um aumento de 0,5% sobre junho (201,3 mil toneladas) e uma evolução de 83,5% em relação a julho de 2022 (110,2 mil toneladas). O presidente da entidade ressalta que esse é um dos maiores problemas para o setor e que, no acumulado do ano, a quantidade de produtos vindos de fora cresceu quase 36%.
Preços dos aços planos devem permanecer baixos nas usinas, que operam no “limite”

No que diz respeito ao custo dos aços planos, Loureiro salienta que está havendo uma grande pressão no mercado interno, sendo que os associados do Inda têm se queixado de preços muito inferiores e forte concorrência, o que faz com que quase todos trabalhem com margens pequenas. Segundo ele, as usinas estão no limite em termos de custo e baixá-los ainda mais significaria, para elas, entrar numa faixa negativa de resultados, embora descontos pontuais possam ocorrer.

“Existe uma resistência agora muito grande das usinas, dentro da concorrência entre elas. E abaixo desses preços atuais significaria uma briga em terreno negativo. Todas, de uma certa maneira, estão tentando evitar isso. Então, em uma análise um pouco pragmática, vejo dificuldade dos preços no mercado interno cederem alguma coisa por parte das usinas”, avaliou.

Do mesmo modo, o presidente do Inda afirma que, apesar das usinas estarem desejando aumentar os preços, as condições atuais não permitem que isso aconteça no momento. Ele diz que, em um cenário normal, sem grandes surpresas, será difícil que ocorra qualquer aumento em setembro.

Terra - SP   25/08/2023

A entidade que representa distribuidores de aços planos no Brasil, Inda, avalia como "muito difícil" as usinas siderúrgicas conseguirem implementar qualquer aumento de preço no material vendido a eles em setembro, diante do contexto de demanda fraca no mercado interno e abundância de importações.

No início do mês, o diretor comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, afirmou em conferência com analistas que a empresa avaliaria a chance de um aumento de preço em aços planos no Brasil em setembro, avaliando que há uma tendência de incremento nos valores cobrados pelo material no mercado internacional.
"As condições no momento não estão colocadas para que isso aconteça", disse nesta quinta-feira o presidente do Inda, Carlos Loureiro, a jornalistas, quando questionado sobre os planos mencionados pela CSN. "Vejo muita dificuldade de aumento (de preços no Brasil) em setembro", acrescentou.

Os distribuidores venderam um volume 1,6% menor de aço plano em julho ante o mesmo mês do ano passado, a 310,2 mil toneladas, segundo os dados do Inda, mas na comparação com junho houve crescimento de 9%, acima da expectativa de 3% divulgada pela entidade anteriormente.

"O mercado está muito brigado. Os associados estão se queixando de preços muito baixos, obrigando margens muito pequenas", afirmou Loureiro sobre a venda de aço pelos distribuidores a clientes finais.

Segundo ele, o chamado "prêmio", o quão mais caro o aço nacional é em relação ao importado, está em 18% a 20%, ainda elevado considerando uma média histórica na casa dos 10%, o que ainda tem potencial de estimular importações. Apesar disso, a diferença mostra significativo recuo ante o nível que chegou a 30% em julho, segundo os dados do Inda.

"Tem poucos fechamentos (de contratos) de importação agora. O material que está chegando nos portos é fruto dos prêmios mais altos de um tempo atrás", afirmou o presidente do Inda.

Os distribuidores terminaram julho com estoque suficiente para 2,7 meses de vendas, a 841,6 mil toneladas, volume 1% menor que junho, mas ainda considerado elevado pelo setor.

SIDERURGIA

Valor - SP   25/08/2023

Analistas do setor de siderurgia já consideravam a proposta da Esmark pela U.S. Steel como tendo chances remotas de sucesso

O conglomerado industrial Esmark retirou sua proposta pela U.S. Steel após pressão do sindicato United Steelworkers (USW), que está apoiando a oferta feita pela siderúrgica rival Cleveland-Cliffs.

O diretor-presidente da Esmark, James Bouchard, disse na semana passada, que a empresa estava preparada para oferecer US$ 35 por ação da U.S. Steel, um dia após a Cleveland-Cliffs apresentar oferta de valor igual, mas envolvendo dinheiro e ações.

Ontem, Bouchard afirmou que a empresa decidiu retirar a proposta após o sindicato que representa os funcionários da U.S. Steel se posicionar de maneira a apoiar somente a proposta da Cleveland-Cliffs e vetar outras ofertas.

“A Esmark respeita o posicionamento da United Steelworkers”, afirma a companhia. ”A Esmark mantém uma relação de trabalho e pessoal robusta com a liderança e a organização do sindicato.”

Analistas do setor de siderurgia já consideravam a proposta da Esmark pela U.S. Steel como tendo chances remotas de sucesso. A companhia opera uma série de distribuidoras e processadoras de aço e tem outros negócios em setores como aviação e petróleo e gás.

Na semana passada, o USW transferiu seus direitos de realizar uma proposta pela U.S. Steel para a Cleveland-Cliffs, efetivamente apoiando a oferta da companhia, seguindo o acordo trabalhista que tem com a U.S. Steel.

A U.S. Steel e a USW não comentaram a desistência da Esmark.

Automotive Business - SP   25/08/2023

A Gerdau investiu R$ 700 milhões na fábrica que mantém em Pindamonhangaba (SP) para produzir mais aços especiais. Tais insumos ganharam mais relevância na manufatura automotiva na esteira dos veículos híbridos e elétricos.

Na quarta-feira, 23, o CEO Gustavo Werneck disse que a empresa passou a receber mais pedidos de fornecedores de componentes das montadoras. O powertrain eletrificado, segundo o executivo, aumentou a presença desses materiais em peças para motores e suspensão, por exemplo.

"Capacidade de produção de aços especiais deixou de ser um gargalo. Investimos mais para atender esses fornecedores que hoje estão envolvidos na produção de componentes para veículos elétricos no país", contou Werneck.

Os aços especiais produzidos pela Gerdau na unidade do Vale do Paraíba usam material reciclado em sua composição. A empresa mantém um cronograma que envolve modernização das suas linhas de aços especiais até 2025.

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A reciclagem de aço, inclusive, também passou a ganhar mais atenção da companhia com o advento do programa de incentivos para veículos zero quilômetro, lançado pelo governo federal em junho.

Isso porque a reciclagem de veículos pesados é necessária para que frotistas possam acessar os descontos proporcionados pela medida. Para cada unidade nova vendida com desconto, um modelo similar precisa ser descartado.

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E a reciclagem é um serviço prestado pela companhia na fábrica de Araçariguama (SP). A unidade, inclusive, foi utilizada pela empresa em negócio recente fechado entre Volkswagen Caminhões e a locadora Vamos, do grupo JSL.

De acordo com Werneck, a fábrica tem capacidade para reciclar 250 mil veículos por ano, dentre leves e pesados.

Petro Notícias - SP   25/08/2023

O mercado global de aço espera que o excesso de capacidade de produção aumente significativamente até 2025, atingindo um valor de 644 milhões de toneladas. A declaração é resultado do Fórum Global sobre Excesso de Capacidade do Aço (GFSEC) da OCDE, que reuniu ministros e representantes de alto escalão em Paris para discutir o tema. A produção anual de aço bruto na América Latina ultrapassa 60 milhões de toneladas, enquanto a produção mundial é de quase 2 bilhões de toneladas. A China responde por metade do montante e tem experimentado a maior expansão de capacidade nos últimos anos. Em termos de capacidade de produção, globalmente, o setor atingiu um total de 2,463 bilhões de toneladas em 2022. A produção efetiva, por sua vez, atingiu 1,885 bilhão de toneladas, o que deixou um excedente de capacidade de produção de 578 milhões de toneladas. Esses dados revelam a significativa capacidade do setor para atender a demanda global. No entanto, a China é o principal player. Com capacidade produtiva de 1,15 bilhão de toneladas e produção efetiva de 1,018 bilhão de toneladas em 2022, o país conta com um excedente de capacidade de produção de 132 milhões de toneladas. Isso representa 54% da produção mundial e expressivos 22,8% do excedente da capacidade de produção mundial. A influência da China no mercado global é inegável, demonstrando sua posição dominante na produção e no atendimento da demanda.

Alejandro Wagner, Diretor Executivo da Alacero, Associação Latino-Americana do Aço, que reúne os fabricantes da região, destaca que esse cenário gera uma grande preocupação para o setor na América Latina. “Os países asiáticos têm incentivos para exportar, o que cria distorção na concorrência internacional e desvio de mercado. O problema é que a situação das exportações para os países da região pode piorar e isso vai aumentar o excesso de oferta de aço no mercado”, declarou. A indústria do aço desempenha um papel fundamental na economia dos países e gera empregos diretos e indiretos de qualidade (quase 1.400.000 na América Latina). Por sua vez, o aço é a espinha dorsal da manufatura e construção e é um insumo fundamental para outros setores econômicos estratégicos, incluindo infraestrutura, mineração, energia e transporte.

“As importações de aço da Ásia ameaçam não apenas os empregos da indústria na América Latina, mas também o meio ambiente, já que a pegada de carbono da nossa região é em média de 1,6 toneladas de CO2 equivalente por tonelada de aço produzida; a do mundo, 1,9 toneladas e a da China é de 2,2 toneladas de CO2”, explicou Wagner. O excesso de capacidade global foi impulsionado por muitos fatores, incluindo intervenções governamentais que distorcem os mercados e a concorrência, inclinando o campo de atuação para produtores ineficientes, incentivando práticas comerciais injustas e desencorajando a produção eficiente e sustentável. Neste sentido, constitui a maior ameaça à viabilidade a longo prazo desta indústria crítica, numa altura em que necessita de estabilidade de mercado e saúde financeira para inovar e caminhar para um futuro sustentável.

O Estado de S.Paulo - SP   25/08/2023

Benjamin Steinbruch avalia que boas condições para emissão podem surgir já em outubro

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está de olho na próxima janela no exterior para emitir, disse o acionista e presidente da companhia, Benjamin Steinbruch, à Coluna. Segundo ele, o ambiente macroeconômico externo e local vem dando sinais positivos, que podem trazer condições favoráveis para as companhias emitirem bonds já em outubro.

“Não me surpreenderia se víssemos emissões de bonds (títulos de dívida emitidos no exterior) em outubro ou novembro”, afirmou. De acordo com Steinbruch, a CSN seria uma das empresas a aproveitar essa janela. “Os negócios estão começando a andar, as reformas estão andando e vão passar, sem dúvida as coisas estão melhores”, disse.

A última emissão da CSN ocorreu há um ano e seis meses, em fevereiro de 2022, quando a siderúrgica levantou US$ 500 milhões em bonds de 10 anos, usando parte dos recursos para recomprar títulos mais antigos. De lá para cá, a siderúrgica e suas empresas captaram bilhões no mercado local, onde o custo tem sido mais baixo. No entanto, a empresa é uma emissora frequente no mercado externo e exportadora, o que exige que mantenha esse contato com os investidores estrangeiros.

Destinação de recursos de eventual captação não foi divulgada

Steinbruch não comentou sobre montante ou destinação dos recursos, mas historicamente, as captações da empresa no mercado externo de dívida oscilam entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão. O próximo vencimento de bond da CSN está previsto para 2026. No entanto, o executivo tem repetidamente passado a mensagem de que está em busca do alongamento do perfil de sua dívida. Em 2024, a CSN tem vencimentos de R$ 5,9 bilhões, sendo R$ 3,7 bilhões com bancos.

Na conversa com analistas sobre o balanço do segundo trimestre, Steinbruch firmou um compromisso de reduzir a alavancagem da CSN para 2 vezes o resultado operacional (Ebitda). No segundo trimestre, estava em 2,57 vezes, excluindo eventos pontuais do período.

Ao participar de evento em São Paulo organizado pelo Santander na quarta-feira, Steinbruch, voltou ao assunto. “O mercado e o investidor não querem correr o risco que corriam antes, independentemente da qualidade dos ativos, é preciso pensar na alavancagem e entender isso [a visão do investidor] para não perder o bonde das oportunidades”.

Grandes Construções - SP   25/08/2023

A ArcelorMittal Brasil divulga o Relatório de Sustentabilidade do ano de 2022, em que apresenta as principais ações desenvolvidas ao longo do ano, incluindo iniciativas de preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento das comunidades onde a empresa atua.

Um dos destaques é o detalhamento do plano de investimentos de cerca de R$ 25 bilhões da empresa – o maior em andamento da indústria brasileira do aço –, destinado à ampliação de plantas, à construção de parque eólico em parceria com a Casa dos Ventos e também à aquisição da Unidade de Pecém (antiga CSP).

A publicação traz, ainda, o compromisso mundial assumido pelo Grupo de ser carbono neutro até 2050 e de liderar o processo de transição para uma economia de baixo carbono. A conquista da certificação Responsible Steel pelas unidades de Tubarão (ES), Monlevade (MG) e Vega (SC) também é destacada.

Sobre a liderança da ArcelorMittal no Brasil, o Relatório apresenta o desempenho da empresa em um ano muito positivo, no qual a produção de suas unidades somou 12,7 milhões de toneladas de aço e 3,3 milhões de toneladas de minério de ferro.

A publicação reforça as metas, valores e objetivos da ArcelorMittal, bem como fornece dados e informações sobre governança corporativa. Aprofunda também em temáticas como investimentos sociais, que somaram R$ 78 milhões no ano – entre recursos próprios e incentivados – e beneficiaram 365 mil pessoas, além de detalhar ações voltadas para eficiência energética, saúde e segurança, integridade, compliance, diversidade e inclusão, inovação e gestão da cadeia de fornecimento.

Elaborada em conformidade com as normas da versão Standards 2021 da Global Reporting Initiative (GRI) – padrão adotado mundialmente para relatórios de sustentabilidade –, a publicação passou pela auditoria externa da Bureau Veritas.

ECONOMIA

CNN Brasil - SP   25/08/2023

A nova regra fiscal, que substitui o teto de gastos, limita o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores.

O novo marco combina um limite de despesa mais flexível que o teto com uma meta de resultado primário (resultado das contas públicas sem os juros da dívida pública).

Aprovada pelo Congresso na última terça-feira (22), a lei complementar define mecanismos de ajuste e alguma flexibilidade para sustentar a economia em caso de imprevistos.

O texto original, de relatoria do deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), passou pelo Senado em junho, onde sofreu algumas alterações. A Câmara aprovou parte das mudanças e votou o texto, que agora vai para sanção presidencial.
Entenda principais pontos do texto aprovado pelo Congresso
Novo marco fiscal estabelece regulações para limites de despesas;Além disso, a lei define metas fiscais anuais;O marco também incluiu um piso de 0,6% do PIB para assegurar investimentos em períodos de contração;O limite de gastos foi revisado para ser corrigido pelo IPCA a partir de 2025;Receitas sem regularidade ficaram de fora do marco;Texto também define outras despesas que ficaram de fora do limite, como Fundeb e Fundo do DF, ou que foram reincluídas;Como já citado, novo marco estabelece o fim do teto de gastos;Parte das propostas já estavam previstas no texto original.Oscilação de despesas

Dentro da variação de 70% da receita, serão estabelecidos limites para a oscilação das despesas:
Teto: em momentos de aceleração da economia, a despesa não poderá crescer mais de 2,5% ao ano acima da inflação;Piso: na contração, o gasto não poderá crescer menos que 0,6% ao ano acima da inflação.

Caso os limites da receita não sejam atendidos, as novas regras trazem mecanismos de punição que desacelerarão os gastos.

Caso o resultado primário fique abaixo do limite mínimo da banda, o crescimento das despesas para o ano seguinte cai de 70% para 50% do crescimento da receita. A mudança, no entanto, valerá a partir de 2025.

Para 2024, o teto do limite será limitado a 2,5% de crescimento real da despesa. Contudo, caso o montante calculado dessa maneira for maior que 70% do crescimento real da receita primária efetivamente realizada em 2024, a diferença será debitada do limite para o exercício de 2025.

Para não punir os investimentos, – obras públicas e compra de equipamentos – o marco fiscal prevê um piso para esse tipo de gasto e permite que, caso o superávit primário (economia do governo sem os juros da dívida pública) fique acima do teto da banda, parte do excedente seja usada para obras públicas.
Metas fiscais

Além de estabelecer uma trajetória para as despesas, a lei estipula metas fiscais anuais.

Segundo o texto aprovado, o governo pretende, para os próximos anos:
2024: zerar o déficit primário;2025: atingir um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB);2026: atingir um superávit de 1% do PIB.

Foi estabelecida uma margem de tolerância de até 0,25 ponto percentual do PIB, o que prevê que o resultado primário poderá variar entre déficit de 0,75% e de 1,25% do PIB neste ano, déficit de 0,25% a superávit de 0,25% em 2024, superávit de 0,25% a 0,75% em 2025 e superávit de 0,75% a 1,25% do PIB em 2026.
Investimentos

Para garantir um nível mínimo de investimentos (obras públicas e compra de equipamentos) em momentos de contração econômica, a lei incluiu um piso de 0,6% do PIB, previsto no Orçamento Geral da União de cada ano. Para 2024, esse montante equivaleria a R$ 69 bilhões.

Caso o governo consiga obter um resultado primário maior que o teto do intervalo de tolerância, com o superávit ficando além da margem de 0,25 ponto percentual do PIB, até 70% do excedente poderá ser aplicado em investimentos no ano seguinte.

Esses recursos adicionais não podem ultrapassar o equivalente a 0,25 ponto percentual do PIB do ano anterior.
Correção dos limites

A partir de 2025, a margem do limite de gastos públicos será corrigida anualmente a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador tido como a inflação oficial do país.

O período considerado para medir a inflação será entre julho de dois anos antes e junho do ano anterior ao do exercício do orçamento. Esse índice será usado para elaborar o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) do ano seguinte, enviado ao Congresso até 31 de agosto de cada ano.

Já para 2024, a situação será um pouco diferente.

Quando o IPCA de 2023 (de janeiro a dezembro) for divulgado no começo do ano que vem, o excesso entre o acumulado usado para fazer a lei e o índice efetivo poderá ser usado para ampliar o limite autorizado do Poder Executivo por meio de crédito suplementar (remanejamento do orçamento). Essa ampliação não valerá para os anos seguintes.

O Senado tinha mudado o período do cálculo do IPCA para o intervalo de janeiro a dezembro do ano anterior.

Em princípio, a mudança liberaria R$ 32 bilhões do orçamento de 2024 já que está prevista alta da inflação no segundo semestre deste ano.

No entanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), informou que houve acordo para incluir esse montante na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, como despesas condicionadas (que só podem ser realizadas se houver espaço fiscal).

O projeto da LDO do próximo ano só será votado após o novo marco.
Receitas

Por serem considerados atípicos (sem regularidade), os seguintes tipos de receita estão fora da nova regra fiscal:
Concessões e permissões;Dividendos e participações;Exploração de recursos naturais (royalties);Transferências legais e constitucionais (como repartições da arrecadação federal com estados e municípios).

Foram incluídas entre as receitas primárias cerca de R$ 24,6 bilhões parados em contas inativas do antigo Fundo PIS/Pasep, declarados abandonados pela Emenda Constitucional da Transição; e as receitas obtidas com programas de recuperação fiscal (Refis) criados após a publicação do novo marco.

O cálculo da variação real (descontada a inflação) da receita primária será feito com base nos valores acumulados entre julho de dois anos antes e junho do ano anterior ao orçamento.

Para 2024, por exemplo, a variação de receita considerará a receita acumulada entre julho de 2022 e junho de 2023, sempre descontada inflação no mesmo período.
Restos a pagar

Em relação aos restos a pagar (verbas autorizadas em anos anteriores que ficaram para o exercício atual), o texto aprovado permite o uso de recursos em caixa fora do orçamento atual para quitá-los.

O procedimento, no entanto, só vale se não comprometer o cumprimento da meta de resultado primário dentro do ano, segundo as estimativas regulares de receita e despesa.
Exceções

Ficarão fora do limite de despesas do arcabouço fiscal as seguintes despesas:
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb);Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF);Transferências constitucionais, como os fundos de participação dos estados e municípios;Transferências legais a estados e municípios de parte da outorga pela concessão de florestas federais ou venda de imóveis federais em ocupação localizados em seus territórios;Quitação de precatórios usados pelo credor para quitar débitos ou pagar outorgas de serviços públicos licitados;Precatórios devidos a outros entes federativos usados para abater dívida e outros haveres com a União;Créditos extraordinários para despesas urgentes, como calamidade pública;Despesas bancadas por doações e por recursos obtidos em razão de acordos judiciais ou extrajudiciais relativos a desastres de qualquer tipo (por exemplo, Brumadinho);Despesas custeadas por receitas próprias ou por convênios obtidas pelas universidades públicas federais, empresas públicas da União que administram hospitais universitários, pelas instituições federais de educação, ciência e tecnologia, vinculadas ao Ministério da Educação, estabelecimentos militares federais e demais instituições científicas, tecnológicas e de inovação;Despesas da União com obras e serviços de engenharia custeadas com recursos transferidos por estados e municípios;Pagamento de precatórios com deságio aceito pelo credor;Parcelamento de precatórios obtidos por estados e municípios relativos a repasses do antigo Fundef;Despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições.

Incluídos pela Câmara dentro do limite de gastos, o Fundeb e o FCDF foram retirados pelo Senado, com os deputados mantendo a mudança após acordo entre o governo, os senadores e líderes partidários da Câmara.

Com as novas exceções criadas pelos governadores, os valores fora do limite de gastos chegaram a somar R$ 73 bilhões.
De volta ao limite

Em relação ao projeto original enviado pelo governo, o Congresso reincluiu nos limites de gastos as seguintes despesas:
Cobrança pela gestão de recursos hídricos a cargo da Agência Nacional de Águas (ANA);Complemento do piso nacional da enfermagem;Aporte de capital do Tesouro para estatais.Enfermagem

Ao manter as despesas com a complementação do piso da enfermagem dentro do limite do Executivo, o relator Claudio Cajado estipulou que deve ser considerada a defasagem estimada em R$ 7 bilhões nessa transferência em 2023, corrigida anualmente.

Dessa forma, os valores tendem a crescer cerca de R$ 10 bilhões em 2024.
Fundo Constitucional do DF

Com a aprovação da emenda dos senadores, a forma de correção do Fundo Constitucional do Distrito Federal continua igual à vigente: pela variação da receita corrente líquida (RCL) da União.

O fundo custeia despesas de pessoal, principalmente com as áreas de segurança pública, saúde e educação do Distrito Federal, conforme previsto na Constituição.
Fim do teto

O novo marco fiscal substitui o teto federal de gastos, que vigora desde 2016 e limita o crescimento dos gastos ao limite do ano anterior, corrigido pelo IPCA.

No fim do ano passado, a PEC da Transição permitiu a exclusão de até R$ 168 bilhões do teto de gastos deste ano – R$ 145 bilhões do novo Bolsa Família e até R$ 23 bilhões em investimentos federais caso haja excesso de arrecadação.

A emenda estabeleceu que o governo deveria enviar um projeto de lei complementar, até agosto deste ano, com o novo marco fiscal.

No início do ano, porém, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, permitiu que o governo antecipasse o envio do novo marco para permitir que o Ministério do Planejamento tivesse tempo de elaborar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 dentro das novas regras.

Enviada ao Congresso até 15 de abril de cada ano, a LDO estabelece os parâmetros para o Orçamento do ano seguinte.

IstoÉ Dinheiro - SP   25/08/2023

A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Boston, Susan Collins, reconheceu nesta quinta-feira, 24, que há “sinais promissores” no combate à inflação nos Estados Unidos. Ponderou, no entanto, que ainda há trabalho a ser feito e evitou descartar novas elevações de juros.

“Podemos precisar de mais aumentos e também podemos estar perto de um ponto a partir do qual podemos manter a taxa básica por um tempo substancial”, afirmou Susan, em entrevista ao Yahoo! Finance durante o Simpósio de Jackson Hole.

A dirigente, que não vota nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), acrescentou que considera “prematuro” estabelecer, de antemão, quando o Fed começará a relaxar a política monetária. Ainda assim, avalia como “extremamente provável” que a instituição deixará os juros inalterados por algum tempo.

A líder da regional de Boston explicou que a inflação de bens estão arrefecendo, mas poderia voltar a acelerar, enquanto os preços de serviços permanecem altos. Para ela, não houve ainda uma “desaceleração ordenada” da maior economia do planeta. “Estou realista, mas otimista, de que reduziremos inflação”, ressaltou.

Infomoney - SP   25/08/2023

Os dados das pesquisas que captam a percepção dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) divulgados nesta semana mostraram diferentes estágios da defasagem da política monetária contracionista na atividade econômica dos países. Houve sinais, por exemplo, de que a baixa procura global por bens, que vem deprimindo os PMIs da indústria nos últimos meses, começaram a se espalhar para o setor de serviços. Mas a intensidade desse processo é desigual, dependendo da região

Segundo análise da Julius Baer, é possível observar um abrandamento nas condições na zona do euro, um desaquecimento nos EUA e um aquecimento no Japão. Mas no Reino Unido, as perspectivas são ruins.

“Isso confirma a nossa expectativa de abrandamento do dinamismo de crescimento nas economias desenvolvidas no segundo semestre de 2023, que provavelmente será mais pronunciado na Europa, enquanto os EUA e o Japão poderão crescer a velocidades moderadas”, comentou a consultoria em análise.

Na zona do euro, por exemplo, o PMI de serviços ficou em 48,3 em agosto, sendo a primeira vez que o indicador apareceu abaixo da linha de 50,0 desde janeiro. Já o indicador industrial ficou em 43,7 e, embora tenha crescido em relação a julho, permanece na zona de retração da atividade desde junho de 2022.
A consultoria comentou que esse último conjunto preliminar de dados mostra uma Europa sofrendo como baixo volume de encomendas, preços de produção mais elevados e aumento dos custos salariais. Isso se mostrou mais pronunciado na Alemanha, cujo PMI de serviços caiu acentuadamente e entrou em território contracionista, ante um crescimento moderado do mês anterior.

Já na França, houve abrandamento do PMI de serviços continuou a um ritmo constante. O setor industrial, por sua vez, permaneceu deprimido, mas com maior confiança de que a produção poderá ser mais elevada dentro de um ano.

O Reino Unido, no entanto, tem uma situação mais desanimadora. O PMI composto, que agrega serviço e indústria, caiu de 50,8 em julho para 47,9 em agosto, devido a encomendas mais baixas e custos de financiamento mais elevados para as empresas britânicas.

Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence, comentou que a luta contra a inflação por meio de taxas de juros mais altas estava acarretando um “custo pesado” em termos de maiores riscos de recessão e previu que uma nova contração da economia parece inevitável. Williamson estimou que o PIB cairá 0,2% no segundo trimestre.

Nos Estados Unidos, por sua vez, a atividade manteve a tendências de abrandamento, mas o indicador ainda ficou no campo considerado como de expansão: o PMI composto recuou de 52,0 para 50,4. A atividade de serviços caiu de 52,3 para 51,0 e a industrial recuou para 57,0. Mas a economista Susan Joho, da Julius Baer, destacou que as empresas dos EUA continuam optimistas quanto ao futuro, aliviadas com a possível estabilização das taxas de juro.

Nesse quadro geral o Japão ainda destoou, registrando aumentos nos seus PMIs, impulsionados por um boom contínuo no setor dos serviços e nas contratações. “No entanto, as empresas citaram custos mais elevados dos fatores de produção, devido aos preços mais elevados do petróleo, o que poderá contribuir para a inflação através de aumentos nos custos dos serviços”, comentou a consultoria. A avaliação é que as empresas não estão confiantes de que a atual atividade econômica mais forte possa ser sustentada.

Exame - SP   25/08/2023

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina registrou significativa alta no 3º trimestre de 2023 e subiu de 65,8 pontos no 2º semestre para 9,6 pontos. A alta de 33,8 pontos no ICE, produzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), foi impulsionado pelo Brasil e pelo México.

O Indicador da Situação Atual (ISA) subiu 33,6 pontos no período, atingindo 85,7 pontos. E do Indicador das Expectativas (IE) fechou o 3º trimestre em 114,2 pontos, uma alta de de 33,9 pontos. Com isso, o IE passou da zona de expectativas desfavoráveis para favoráveis.

O ISA continuou na zona de avaliação desfavorável, mas a sua variação entre os trimestres foi maior do que a do IE. Logo, a melhora do ICE foi liderada pela variação do ISA.

O ICE do Brasil passou da zona desfavorável (58,8 pontos) para a zona favorável (121,4 pontos) registrando uma variação de 62,6 pontos entre o 2º e o 3º trimestre de 2023. O ICE do 3º trimestre é o maior desde o 4º trimestre de 2012 (125,3 pontos naquela ocasião). A principal contribuição para a alta foi dada pelo componente relacionado à situação presente.

Reformas e expectativas ajudaram Brasil

O ISA subiu 71,4 pontos entre o 2º trimestre (28,6 pontos) e o 3º trimestre (100,0 pontos). É o melhor resultado desde o 2º trimestre de 2012 (116,1 pontos). O ISA passou da zona desfavorável para a zona neutra. O IE saiu da zona desfavorável e registrou 144,4 pontos no 3º trimestre, um aumento de 51,5 pontos em relação ao trimestre anterior.

A trajetória de queda na taxa de inflação, a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária, além das revisões na projeção de crescimento econômico explicam os resultados. A sondagem foi realizada antes da queda de juros pelo Banco Central, o que pode ser entendido como um outro fator positivo.

"No México, as variações entre o 2º e o 3º trimestre foram de 33,0 pontos (ICE); 39,3 pontos (ISA); e, 26,8 pontos (IE). Todas as variações foram inferiores às do Brasil, no entanto, todos os indicadores passaram da zona desfavorável para a favorável. No ranking dos Indicadores de Clima Econômico do 3º trimestre, o Brasil ocupou o 2º lugar e o México, o 3º. No caso do ISA, o México ficou em segundo lugar e o Brasil, em terceiro; no caso do IE, o Brasil ficou na 4ª posição e o Mexico na 7ª posição. Logo, apenas na avaliação da situação atual, o indicador do Brasil é inferior ao do Mexico", informou a FGV.

Infomoney - SP   25/08/2023

O comércio global de bens manteve aceleração, inverteu sinal e subiu no segundo trimestre de 2023, apontou o barômetro da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A alta foi impulsionada pela forte produção e vendas de automóveis, porém, a instituição alerta que novos drivers no terceiro trimestre podem ser limitados enquanto os pedidos de exportação permanecerem fracas.

O índice subiu de 95,6 para 99,1 desde o último resultado em maio, e está próximo da linha de base de 100 da escala que vai de 90 a 110. “Isto sugere que o volume do comércio de mercadorias aumentou no segundo trimestre, após dois trimestres de declínio, mas permanece ligeiramente abaixo da tendência”, pontua a OMC.
Em geral, valores menores que 100 indicam que o volume de mercadorias comercializado caiu ou vai cair para níveis abaixo da tendência, explicou a organização no comunicado divulgado nesta quinta-feira.

A maioria dos índices componentes do barômetro ficaram ligeiramente abaixo da tendência nas suas últimas leituras, exceto pela exportação de automóveis, que superou a tendência.

Segundo a OMC, o aumento reflete as exportações do Japão e da China, que contribuíram inclusive para um Produto Interno Bruto (PIB) japonês mais forte que o esperado no primeiro trimestre e estão atuando como uma “rara fonte de força” para a economia chinesa.

Ficaram próximos a linha de base: o índice de pedidos de exportação (97,6), o índice de transporte de contentores (99,5), o índice de frete aéreo (97,5) e o índice de matérias-primas (99,2). As principais exceções foram o índice de produtos automotivos (110,8), que subiu firmemente acima da tendência, e o índice de componentes eletrônicos (91,5), que caiu abaixo da tendência.

Sobre as projeções de enfraquecimento no terceiro trimestre, a OMC esclarece que a demanda global continua fraca, prejudicada pelo lento crescimento econômico nas principais economias, incluindo a União Europeia e a China.

Monitor Digital - RJ   25/08/2023

Metade dos bens de capital monitorados pelas autoridades estatísticas da China registraram preços mais altos em meados de agosto, em comparação com o início do mesmo mês, mostraram dados oficiais nesta quinta-feira.

Dos 50 principais bens classificados em nove categorias, incluindo tubos de aço sem costura, gasolina, carvão, fertilizantes e alguns produtos químicos, 25 relataram preços mais altos no período, 23 tiveram quedas de preços, enquanto os preços de outros dois permaneceram inalterados, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) da China.

Especificamente, o preço do ácido sulfúrico subiu 18,1% em meados de agosto em comparação com o início deste mês, enquanto o preço do gás liquefeito de petróleo aumentou 10,9%.
Espaço Publicitário

No mesmo período, os preços dos suínos caíram 1,2%, de acordo com os dados do DNE.

Os números, divulgados a cada 10 dias, são baseados em uma pesquisa com quase 2.000 atacadistas e distribuidores em 31 regiões do nível provincial em todo o país. Fim

Agência Brasil - DF   25/08/2023

O Brasil terá muito a ganhar com a mudança do perfil econômico observada na China. Após um período focado em investimentos na própria infraestrutura, o maior parceiro comercial do Brasil tem buscado cada vez mais fortalecer seu consumo interno. E, para dar conta dessa demanda crescente, focará investimentos na infraestrutura de outros países que tenham condições de ofertar produtos e alimentos a custo baixo.

Esse contexto foi o ponto de partida da reunião interministerial preparatória para a 7ª Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada nesta quinta-feira (24), em Brasília. A comissão é o principal mecanismo de diálogo entre Brasil e China.

Um dos setores com maior potencial para receber os investimentos chineses é o da infraestrutura. Afinal, como disse o ministro dos Transportes, Renan Filho, é interesse dos chineses garantir alimentos cada vez mais baratos para atender a imensa demanda chinesa com mais de 1,4 bilhão de habitantes.
Investir para atrair capital

Renan Filho, no entanto, pondera que há uma relação direta entre investimentos públicos e capacidade de atração de capital privado, motivo pelo qual o Brasil precisa se antecipar e criar condições ideais para atrair o interesse chinês.

“No ano passado, o Ministério dos Transportes investiu R$ 7 bilhões. Em 2023, vamos investir R$ 22 bilhões. E, com o cumprimento das metas do arcabouço fiscal garantido, teremos em torno de R$ 78 bilhões para investimentos diretos públicos federais. Isso é a retomada dos investimentos públicos federais”, disse Renan Filho ao iniciar sua participação na reunião interministerial preparatória, hoje no Palácio Itamaraty.

“Vale dizer que há uma correlação muito clara entre os investimentos públicos e a capacidade do país em atrair capital privado. Os recursos privados se sentem mais animados quando há recursos públicos somando esforços. Então, estamos vivendo um ambiente muito positivo no que concerne a atração de recursos privados. E é nessa agenda que eu acho fundamental a interação com a China, principalmente no âmbito da infraestrutura”, acrescentou.
Momento promissor

O ministro Renan Filho argumentou que o atual momento é muito promissor, sobretudo, porque a China deseja modificar seu perfil econômico, “transformando o perfil do crescimento econômico, focado apenas em investimento, para o fortalecimento do consumo”.

“Então, se eles pretendem reduzir o investimento [interno] especialmente em infraestrutura, isso significa dizer que estarão com uma boa oferta para investimentos no exterior, especialmente na área de infraestrutura [para baratear suas importações]. Isso criará uma óbvia sinergia com as necessidades do Brasil porque somos o maior produtor global de alimentos e eles são compradores significativos”, disse o ministro.

Segundo Renan, os chineses têm manifestado publicamente esse desejo de reduzir os custos para importações. “Isso nos permite criar sinergias importantes com relação à redução de custos para nossas exportações, especialmente investimentos para escoamento da produção do Brasil central; para o fortalecimento do escoamento da produção pelo Arco Norte; e para a construção de rotas bioceânicas, o que reduzirá o preço do frete até a China”.
Investimentos

São várias as possibilidades de investimentos, segundo o ministro. Ele citou, entre os voltados à infraestrutura, a ampliação do modal ferroviário e a criação de uma competitividade maior entre as unidades portuárias brasileiras, “conectando-as a uma rede ferroviária mais robusta”.

“Já entregamos 100% da Ferrovia Norte-Sul, que tem duas saídas claras hoje: uma no Arco Norte, pelo Porto de Itaqui e por Miritituba; e também uma saída pelo Porto de Santos (SP). Vamos conectar a Norte-Sul com a Transnordestina para criar novas saídas pelo Arco Norte, e construir a Ferrovia Leste-Oeste, que ligará Ilhéus, na Bahia, passando por Caetité, trazendo a produção de Barreiras e de Luís Eduardo Magalhães, que é a área mais produtora do oeste baiano”, detalhou.

“Depois, corta o estado de Goiás por Mara Rosa, que é uma cidade extremamente produtora cortada também pela [ferrovia] Norte-Sul. Este é o ponto de intercessão. Passa, então, por Água Boa, em Mato Grosso, e vai até Lucas do Rio Verde, que é o coração da soja”, complementou.

Todo esse trajeto possibilitará - via modal ferroviário - o escoamento de parte da produção do Brasil Central pelo sul baiano, e uma conexão nordestina que vai se conectar também com os portos de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Recife.

Renan Filho explicou que essas conexões, que ligarão ferrovias e portos em todo o país, compõem uma série de “projetos elegíveis” para receber investimentos, tecnologias e equipamentos chineses.
Obras do PAC

Otimismo similar foi observado no ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. Para ele, as principais obras previstas para os próximos quatro anos - aprovadas pelo novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - são “diretamente ligadas” à produção chinesa.

“Primeiro, a maior obra de todas as obras físicas, que é o túnel submerso que liga Santos [que é uma ilha] ao Guarujá. Nós não temos tecnologia de engenharia para fazer esse túnel submerso. Essa é uma obra que, fisicamente, nunca foi feita: um túnel que fica 40 metros por baixo do Oceano Atlântico”, disse ele ao acrescentar que apenas a China e alguns países europeus têm condições de tocar o projeto.

O ministro acrescentou que serão necessárias muitas obras de dragagem. “O presidente Lula fez a encomenda. Temos 18 mil km de hidrovias que atendem o agro. E atendem muito timidamente, porque poderiam atender com muito mais eficácia, porque temos capacidade para fazer 45 mil km de hidrovias”, especificou.
Setor aeroportuário

Há também expectativas de investimento chinês no setor aeroportuário. Márcio França citou o potencial do mercado brasileiro, que atualmente registra 100 milhões de passagens vendidas. O número é alto, mas pode ser bem maior, uma vez que, segundo o ministro, “só 10% dos CPFs [Cadastro de Pessoas Físicas] voam. Os outros 90% não voam”.

“Nosso objetivo é trazer outras pessoas para voar. Vamos fazer isso com a ajuda do Ministério do Turismo, disponibilizando voos a preços mais viáveis na ociosidade dos meses intermediários. Isso tem atraído empresas estrangeiras para se instalar no país, no formato low cost [baixo custo]”, disse ele ao informar que pelo menos duas empresas estão em tratativas, e que uma delas deve se instalar no país até o fim do ano.

“Seria muito bom que a China também tivesse apetite para esse tipo de conotação, em especial, para fazer o hub [espaço] central no Brasil, porque a gente usa como hub a Europa ou os Emirados Árabes. Podemos fazer isso com mais facilidade se tivermos um pouco de parceria com a China”, finalizou.
Parceria comercial

De acordo com o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, a reunião do Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) está prevista para o primeiro semestre de 2024. “A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e o presidente Lula, quando esteve na China, assinou inúmeros protocolos e acordos. Foi um encontro extremamente importante e nós vamos preparar a pauta para reunião do conselho" disse.

Ministra interina das Relações Exteriores, a embaixadora Maria Laura lembrou que, em 2024, serão comemorados 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre Brasil e China.

“Para aqueles que ainda não estão inteiramente familiarizados com a estrutura da Cosban, reitero que os diversos ministérios desempenham trabalho essencial ao estabelecerem contatos diretos e frequentes com as suas contrapartes chinesas, para fazer avançar a agenda comum consolidada. A comissão abrange atualmente 11 subcomissões temáticas”, disse ela.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   25/08/2023

Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta quinta-feira, com os traders garantindo ganhos após o rali mais longo dos preços na bolsa de Cingapura desde junho e o avanço de 10 sessões do índice de referência de Dalian.

Pesaram sobre o mercado a manutenção das preocupações com a desaceleração econômica da China e as dificuldades do setor imobiliário.

O contrato de setembro mais ativo do ingrediente siderúrgico na Bolsa de Cingapura caiu 1,4%, para US$ 111,65 por tonelada, depois de subir por cinco sessões consecutivas e atingir um pico de quatro semanas no início do dia.

O minério de ferro mais negociado em janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian da China encerrou as negociações do dia com queda de 0,9%, a 811 iuanes (US$ 111,39) por tonelada, após negociar mais cedo perto do pico de dois anos alcançado na quarta-feira, de 832,50 iuanes.
O minério de ferro em Dalian e Cingapura subiram cerca de 7% e 5% esta semana, respectivamente, enquanto os preços à vista também atingiram máximas de quatro semanas, uma vez que medidas de apoio da China à sua hesitante recuperação econômica reforçaram o sentimento de risco.

A diminuição dos estoques portuários de minério de ferro na China, maior produtora mundial de aço, e o aumento da produção de aço antes de uma recuperação sazonal na atividade de construção doméstica de setembro a outubro adicionaram combustível à recuperação.

Mas analistas disseram que a cautela deveria prevalecer.

“Mesmo que a China aumentasse significativamente medidas adicionais de apoio agora, ainda haveria um lapso de tempo para que os seus efeitos se manifestassem”, disseram analistas do Citi em nota.

Qualquer retração nos preços do minério de ferro poderá ser limitada, no entanto, na ausência de diretivas claras e novas das autoridades chinesas para limitar a produção de aço este ano, no âmbito de uma política que visa reduzir as emissões de carbono.

Valor - SP   25/08/2023

Governo estabeleceu em 15% o percentual de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais que será distribuído

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, estabeleceu em 15% o percentual de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) que será distribuído entre o Distrito Federal e municípios afetados pela atividade de mineração. A compensação financeira será vinculada à receita da CFEM de cada substância mineral.

Segundo decreto publicado nesta quinta-feira (24) no Diário Oficial da União (DOU), a distribuição do percentual de 15% ocorrerá da seguinte forma: 55% quando forem cortados por infraestruturas utilizadas para o transporte ferroviário de substâncias minerais; 3% quando forem cortados por infraestruturas utilizadas para o transporte dutoviário de substâncias minerais; 7% quando afetados pelas operações portuárias e de embarque e desembarque de substâncias minerais; e 35% àqueles onde estão localizadas estruturas de mineração que viabilizem o aproveitamento industrial da jazida, tais como pilhas de estéreis e de rejeitos, usinas de beneficiamento, bacias de rejeitos, entre outras estruturas previstas no Plano de Aproveitamento Econômico (PAE) ou em instrumento equivalente, devidamente aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

Caso a produção de determinada substância mineral não esteja associada a nenhuma das hipóteses, a parcela correspondente de CFEM será destinada: 100% aos municípios limítrofes com o Distrito Federal ou com os municípios onde ocorrer a produção, quando o município for limítrofe a outros municípios ou ao distrito Federal; ou 100% ao Distrito Federal e aos Estados onde ocorrer a produção, quando o município não for limítrofe a nenhum outro município ou ao Distrito Federal.

A ANM, que deverá expedir normas complementares, revisará periodicamente os valores distribuídos ao Distrito Federal e aos Municípios afetados pela atividade de mineração, em razão de mudanças no volume da produção ou do transporte; áreas adicionais concedidas ao título inicialmente outorgado; ou outras variáveis que afetem os cálculos das compensações.

Ainda compete a ANM. divulgar, em seu sítio eletrônico, a lista anual dos municípios e do Distrito Federal que tiverem direito ao benefício compensatório. O Distrito Federal e os Municípios afetados pela atividade de mineração poderão solicitar à ANM a inclusão na lista anual dos entes federativos beneficiários da compensação.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   25/08/2023

A planta da CNH Industrial para a fabricação de equipamentos de construção, localizada na cidade de Contagem, MG, passa a ser, desde o mês de julho, a fornecedora global de tratores de esteira das marcas do grupo, Case Construction e New Holland Construction.

No total, foram investidos US$ 18,5 bilhões, sendo que 10 milhões desse montante foram destinados para a modernização da linha de tratores de esteira, que incluiu, segundo Carlos França, líder da Case para a América Latina, a ampliação da capacidade dessa linha de produtos, além do investimento em novos ferramentais e em todo processo de manufatura.

“Antes a produção desses equipamentos era realizada nessa planta e também nos Estados Unidos, e estrategicamente resolvemos concentrar nossa produção em Contagem para exportar para países da América Latina, Europa e Ásia Pacífico”, comenta França.

Segundo o executivo, a produção de tratores de esteira está em amplo crescimento mês a mês, com a expectativa de estabilização em 2024.

A escolha da planta de Contagem para que se tornasse a fornecedora global do grupo, conforme explica o executivo, se deu por conta da capacidade física da fábrica em absorver a produção efetiva do produto, além da cadeia de fornecedores locais que é capaz de suprir essa demanda, a parte logística de transporte, com a proximidade do município com os grandes centros e o os recursos humanos presentes que são capacitados para produzir com o mesmo grau de eficiência os produtos.

Os US$ 8.5 milhões de investimentos restantes, explica o executivo, foram destinados à modernização da planta, com robotização e otimização dos processos da linha de produção, com novos ferramentais.
Segundo França, até o momento não foram realizadas contratações na planta em virtude de Contagem ter virado base mundial de trator de esteiras.

O que aconteceu foi um remanejamento de colaboradores.

“Se necessário, em 2024, quando a linha estiver funcionando de forma total, novas pessoas podem ser contratadas”, diz. Atualmente, a CNH Industrial tem cerca de 8.500 funcionários no Brasil e em Contagem são aproximadamente 1.600 colaboradores.

No Brasil, França está otimista com a anúncio de investimentos do novo PAC em que acredita que dos R$ 1,7 trilhão previstos no programa, R$ 1.5 trilhão afetam diretamente o setor de construção.

“O cenário de 2023 deverá ser o segundo melhor ano para o mercado de equipamentos de construção, mesmo com uma queda do mercado de 15%, até julho, em comparação com o ano passado, mas, para a Case não registramos queda, está estável”, diz.

Experiência – A Case Construction, visando atender às necessidades efetivas dos clientes, realizou um projeto com foco na Experiência do Cliente. Ao longo dos últimos meses, a empresa escutou os clientes da marca para saber a respeito da demanda de quem usa as máquinas e os serviços da empresa.

Após esse período, a empresa, afirma França, colheu em torno de 200 argumentos, que incluíam reclamações, sugestões e elogios e, por meio desses pontos, a Case buscou melhorias nos produtos e serviços.

No dia 23 de agosto, a Case realizou o evento Case Eagle Day, em que contou com a presença de 60 clientes de diversas regiões do país com o intuito de proporcionar a devolutiva desses pontos destacados por eles.

“Alguns argumentos eram repetidos e outros já conhecidos pela empresa, e, por consequência, realizamos alguns progressos. O resultado dessas melhorias culminou no lançamento de um novo produto, a retroescavadeira Case 580N Series 2HD”, diz.

Um dos pontos melhorados, afirma o executivo, foi a adoção da tampa antivandalismo no tanque de combustível, além de incluir um sensor de presença de água no combustível que acende no painel.

De acordo com França, a nova retroescavadeira Case 580N Series 2HD, conta com motor mais potente e força de escavação superior ao modelo anterior, além de contar com a conectividade que vem de fábrica, com recursos de telemetria que permitem diferentes possibilidades de gerenciamento da frota em tempo real.

Outro destaque da Case durante o evento foi a inauguração do Case SiteConnect Center central de dados da fábrica de Contagem, MG, em que é disponibilizada uma equipe de especialistas para dar todo suporte nas máquinas.

O espaço, denominado control room, inaugurado em abril de 2023, conecta um ecossistema de soluções, fazendo a gestão da frota dos equipamentos de construção, explica Relton César, diretor de serviços serviço da Case Construction, oferecendo um pacote de serviços conectados como o Case SiteConnect que coloca o concessionário em contato direto com o cliente final para antecipar suas manutenções de forma proativa e o Case SiteWatch para o próprio cliente monitorar as informações de sua máquina.

“O propósito da sala é integrar a telemetria na fábrica com o nosso distribuidor e com o cliente final.” Segundo Relton César, ao todo, o serviço está integrado com acesso durante dois anos ao portal do cliente e a rede de concessionário tem acesso por sete anos.

De acordo com França, a Case passou a entregar 100% de suas máquinas conectadas, com recursos em telemetria.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   25/08/2023

Presidente da entidade afirmou que o ano deve terminar com um volume de novas concessões da ordem de R$ 240 bilhões, frente a R$ 241 bilhões vistos em 2022

O crédito imobiliário em 2023 vai ter uma produção muito próxima do ano passado, segundo projeções da Associação Brasileira das Entidades do Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O presidente da entidade, José Ramos Rocha Neto, afirmou que o ano deve terminar com um volume de novas concessões da ordem de R$ 240 bilhões, frente a R$ 241 bilhões vistos em 2022.

"O crescimetno da economia vem superando as expectativas e o crédito imobiliário é uma das alavancas desse resultado", afirmou durante o Abecip Summit. "O setor mostra sensivel melhora de produtividade", apontou.

O cenário, com queda da inflação e início do ciclo de corte de juros ajuda o setor, ponderou o dirigente. "Estudo da FGV mostra que a melhora da produtividade do setor ajudou a compensar os aumentos dos custos de construção", afirmou.

BOL - SP   25/08/2023

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira que discute com o Ministério da Fazenda, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Tribunal de Contas da União (TCU) uma forma de apoiar a recuperação de empresas da área de construção, possibilitando que elas consigam se credenciar para grandes obras e projetos como os do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Segundo o ministro, a indústria da construção foi "destruída" na última década por falta de investimento e também pelo que considerou um ambiente em que "todos são culpados até prova em contrário", em uma referência indireta à operação Lava Jato, investigação que envolveu as grandes empreiteiras.

"Estamos estimulando e organizando com a Fazenda, o BNDES, algum nível de apoio, de marco legal -- estamos dialogando com o TCU também -- para dar algum nível de garantia para essas empresas e dar algum apoio para que elas voltem ao mercado, mesmo que de forma, neste primeiro momento, consorciadas. Consorciadas entre elas, ou mesmo que consorciadas com empresas internacionais", disse o ministro em evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

"Não é possível imaginar um país continental como o Brasil sem grandes empresas de construção", avaliou.

Em sua fala inicial no evento da Fiesp, Costa disse que o novo PAC, lançado neste mês pelo governo, leva em conta a transição ecológica e tem como carro-chefe a parceria com o setor privado.

O ministro Costa também disse que o Brasil é a "bola da vez" no cenário econômico internacional e no debate climático.

"Precisamos aproveitar essa oportunidade", afirmou.

O Novo PAC prevê investimentos de 1,7 trilhão de reais, considerando recursos da União, de estatais e do setor privado, com previsão de aplicação de mais de 1,3 trilhão de reais até 2026 e um incentivo às parcerias público-privadas.

O ministro citou que há 173 medidas institucionais relacionadas ao PAC para ajudar a destravar o investimento, dentre elas a simplificação de concessões ambientais sem prejudicar o meio ambiente.

No caso de matérias que dependem de aval do Congresso, Costa disse que terá conversa com parlamentares na próxima segunda-feira para negociar a votação de proposta sobre debêntures de infraestrutura. O chefe da Casa Civil também manifestou o desejo de que o Congresso vote ajustes no marco legal das PPPs e concessões, já em tramitação no Legislativo.

NAVAL

IstoÉ Online - SP   25/08/2023

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse nesta quinta-feira, 24, que o governo precisa encaminhar ainda este mês um projeto de lei (PL) para a renovação do Reporto, programa que desonera investimentos no setor portuário. “A votação precisa se dar até dezembro para que não haja interrupção”, afirmou em reunião do governo para discussão de temas importantes na relação Brasil e China.

Já há no Parlamento um PL com este objetivo, porém o andamento está praticamente parado.

Criado em 2004 e descontinuado em 2021, o Reporto suspende a cobrança de IPI, de PIS/Cofins e de Imposto de Importação na compra de máquinas, equipamentos e outros bens no segmento. Conforme lembrou o ministro, parte expressiva desses equipamentos são comprados da China.

Conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), diante dos impasses, o Ministério de Portos e Aeroportos avalia a publicação de uma medida provisória para a renovação caso o Congresso não dê andamento dentro dos prazos necessários.

“Ninguém faz as aquisições de maquinários de um dia para o outro, compra-se com muita antecedência, então precisamos de garantia que o Reporto estará em vigor no ano que vem”, destacou França, ao apontar que o setor precisa de previsibilidade para as compras de equipamentos, que chegam a R$ 200 milhões.

PETROLÍFERO

Valor - SP   25/08/2023

O movimento positivo veio em ajuste às três quedas seguidas acumuladas na semana e que chegaram a se estender mais cedo nesta quinta (24)

O petróleo fechou em alta modesta nesta quinta-feira (24), mesmo diante de um dólar forte no exterior e preocupações com a demanda global pela commodity energética. O movimento positivo veio em ajuste às três quedas seguidas acumuladas no restante da semana, que chegaram a se estender mais cedo.

O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para outubro anotou alta de 0,20%, a US$ 79,05. Já o barril do Brent, a referência global, para o mesmo mês subiu 0,18%, a US$ 83,36.

Antes de se recuperarem, à tarde, os contratos chegaram a cair mais de 1%, após a divulgação do número de pedidos por seguro-desemprego nos Estados Unidos que somou 230 mil na semana. O número veio abaixo do esperado e sinalizou que o mercado de trabalho segue forte nos EUA, dando força ao dólar e prejudicando commodities cotadas na divisa americana.

A alta modesta de hoje não deve alterar a tendência negativa recente do petróleo, de acordo com Peter Cardillo, analista da Spartan Capital. “As preocupações contínuas com a China e as notícias macroeconômicas mistas nos EUA, para não mencionar a piora dos indicadores econômicos da Europa, em particular na Alemanha, estão pesando sobre os preços”, detalha o analista. Para ele, o barril do WTI deve cair à marca de US$ 75 “em breve”.

Com o dólar entre os principais drivers do petróleo hoje, o mercado da commodity ficou atento aos comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta quinta, durante o primeiro dia do Simpósio de Jackson Hole.

Patrick Harker, presidente da distrital da Filadélfia, afirmou que o Fed não deve subir mais os juros, enquanto Susan Collins, da distrital de Boston, ressaltou que há, sim, possibilidade de novas altas. De qualquer forma, ambos afirmaram que a política monetária seguirá restritiva por um período longo.

Já o ex-presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, destacou a resiliência da economia americana, que pode alimentar a inflação novamente. Bullard foi um dos dirigentes de orientação mais "hawkish" (favorável ao aumento de juros) do Fed.

Valor - SP   25/08/2023

Expectativa ocorre após decisão os EUA suspenderem temporariamente as sanções contra o país

A decisão do governo de Joe Biden de iniciar conversas para suspender temporariamente as sanções contra a Venezuela aumenta a perspectiva de que a produção possa finalmente se recuperar no país que tem as maiores reservas de petróleo do mundo.

A flexibilização das sanções poderia levar à retomada de projetos de perfuração da Chevron, a única petrolífera americana com operações na Venezuela, assim como de empresas europeias como a italiana Eni, a espanhola Repsol e a francesa Maurel & Prom.

“A Venezuela pode adicionar 200.000 barris por dia até 2025 e atingir 1 milhão de barris por dia como resultado de negociações bem-sucedidas e da concessão de novas licenças”, afirmou Francisco Monaldi, pesquisador de política energética latino-americana da Rice University, em Houston.

A Chevron planeja começar a perfurar novos poços em 2024 e poderá atingir 200.000 barris por dia de produção até o final do ano, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto.

As sanções, em grande parte implementadas pelo ex-presidente Donald Trump, exacerbaram a crise econômica e humanitária que já dura anos na Venezuela, ao impedirem as vendas de petróleo.

A Venezuela tem cerca de 300 bilhões de barris de reservas de petróleo comprovadas, superando até a Arábia Saudita. Mas a indústria petrolífera do país sul-americano está sucateada depois de anos de má gestão e sanções, fazendo com que a produção caísse para o nível mais baixo em 50 anos, para cerca de 750.000 barris por dia.

Ainda a motivos para pessimismo. As negociações sobre sanções dependem do presidente Nicolás Maduro concordar em realizar uma eleição presidencial livre em 2024 e libertar presos políticos.

No passado, ele mostrou pouca disposição de fazer isso. Também não está claro se o levantamento temporário das restrições ofereceria à indústria petrolífera margem de manobra suficiente para conseguir uma recuperação significativa.

Por outro lado, embora esteja limitada pelas sanções, a Chevron já conseguiu mais que duplicar a sua produção para 135.000 barris por dia depois que obteve uma licença do Tesouro americano que permitiu à empresa assinar novos acordos operacionais com a estatal PDVSA, em outubro do ano passado.

A Maurel & Prom e a Eni não quiseram comentar, citando negociações pendentes com a PDVSA. Representantes de outras companhias petrolíferas não foram encontrados imediatamente para comentar.

Valor - SP   25/08/2023

Ao relançar Fundo Clima, que promete captar R$ 10 bi, ministra diz que ‘mundo ainda não prescindiu de fontes fósseis’

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama: “Não existe conciliação, não existe acordo em licenciamento ambiental” — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse não ver riscos de que a disputa interna no governo acerca da exploração de petróleo na Amazônia afete a percepção de investidores internacionais sobre o compromisso do Brasil com a agenda global das mudanças climáticas. Ela participou ontem do relançamento do Fundo Clima, criado em 2009 para financiar iniciativas sustentáveis e que foi esvaziado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A expectativa do governo é que o fundo receba ao menos US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) por meio da venda de títulos soberanos verdes, criados pelo Ministério da Fazenda.

Nessa quinta (24), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma mudança nas condições de financiamento do Fundo Clima, para que as taxas de retorno dele fiquem, no mínimo, equivalentes às taxas da emissão do título público sustentável. Dessa maneira, a operação não terá custo fiscal para a União.

Representantes da pasta vão a Nova York e Londres nas próximas semanas para um road show no qual pretendem oferecer os papéis. Reuniões prévias com investidores institucionais sinalizaram um grande interesse nos títulos, segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O mundo não pode identificar isso como uma contradição do Brasil porque essa é uma contradição do mundo. O mundo ainda não está prescindindo das fontes fósseis de geração de energia. A discussão sobre a matriz energética quem faz é o Conselho de Política Energética e como o mundo também está buscando essa transição, o que o mundo reconhece é que o Brasil é o país que melhor reúne as condições para uma matriz limpa”, disse a ministra sobre a disputa em torno do petróleo na Amazônia.

Para este ano, a meta do Fundo Clima é emprestar R$ 1 bilhão. Os recursos que estão hoje à disposição do fundo têm origem em royalties pagos pela indústria petrolífera. Segundo Marina, a ideia é que, em um segundo momento, seja criado um fundo ligado ao combate à desigualdade, que se juntará ao Fundo Clima em uma iniciativa para promover financiamento da sustentabilidade de forma mais ampla.

Além das captações, foi anunciada a ampliação do comitê gestor do fundo, que voltou a contar com a participação de representantes de Estados, municípios e da comunidade acadêmica. O número de membros do colegiado passou de 12 para 28. A primeira reunião sob o novo formato aprovou o plano anual de investimentos do fundo e as novas linhas de financiamento, que terão foco em desenvolvimento urbano, logística, transição energética e serviços “verdes”.

Mercadante disse que os bancos públicos devem liderar o movimento de financiamento da transição energética, em vez de aguardar uma iniciativa por parte do setor privado. De acordo com ele, os países ricos não cumpriram a promessa de injetar US$ 100 bilhões por ano para ajudar no combate às mudanças climáticas. “Ao contrário, já foram US$ 160 bilhões para a guerra na Ucrânia”, criticou o presidente do BNDES, instituição que é gestora do Fundo Clima.

Questionada sobre o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que afastou a necessidade de uma Análise Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para o licenciamento de um poço exploratório na Margem Equatorial, Marina disse que o documento apenas confirma uma posição que já foi externada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, disse o parecer não altera de forma significativa a análise do órgão. Segundo ele, a expectativa era que a AAAS trouxesse mais informações e dirimisse dúvidas que ainda persistem no corpo técnico do Ibama. Sem esses dados, segundo Agostinho, o processo de licenciamento continuará normalmente, sem prazo para ser concluído.

Sobre a possibilidade de a AGU promover uma mediação entre Ibama e Petrobras para destravar outros pontos apontados na primeira negativa da licença, em maio, Agostinho disse que “não existe conciliação, não existe acordo, em licenciamento ambiental”. “Não é Casas Bahia”, ironizou o presidente do órgão. (Colaborou Jéssica Sant’Ana)

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