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25 de Julho de 2023

SIDERURGIA

G1 - RJ   25/07/2023

A ArcelorMittal Vega, uma das mais modernas unidades de transformação de aço do mundo – que integra o grupo ArcelorMittal, líder mundial na produção de aço – está completando 20 anos de operação em Santa Catarina. A unidade, localizada em São Francisco do Sul, atua na transformação de aços planos decapados, laminados a frio e revestidos para atendimento dos setores automobilístico, de eletrodomésticos e da construção civil, entre outros segmentos. A empresa gera cerca de 1.200 empregos no condomínio industrial e já produziu 22,5 milhões de toneladas de aço.

Considerado um dos maiores investimentos privados da história de Santa Catarina, Vega realiza, desde 2021, a maior obra de expansão da sua trajetória, o Projeto CMC, com investimento de US$ 350 milhões em uma nova linha de galvanização e recozimento contínuo. Com a conclusão da obra, a unidade aumenta sua capacidade de produção de 1,6 milhão para 2,2 milhões de toneladas de aço anuais e amplia seu portfólio de produtos, fabricando pela primeira vez nas Américas o Magnelis® . O produto, patenteado pela ArcelorMittal, é produzido atualmente apenas em unidades na Europa e tem grande aplicação nos projetos de geração de energia solar.

Desde março de 2023, a ArcelorMittal Vega é uma unidade certificada com o ResponsibleSteelTM, reconhecimento mundial que estabelece padrões internacionais de processamento e produção responsável do aço. A conquista demonstra o compromisso de Vega em produzir um aço sustentável com respeito às pessoas, através de iniciativas em prol da transformação social, sustentabilidade, diversidade e inclusão, e é um indicativo do alto padrão dos seus processos produtivos.

O Programa Sustentabilidade Técnica, promovido pela ArcelorMittal Vega em parceria com o SENAI, tem promovido resultados na educação profissional e empregabilidade para moradores de São Francisco do Sul. Desde seu lançamento, em 2018, mais de 300 jovens já passaram pelo programa, e 89% deles já estão empregados na própria Vega ou em empresas da região, o que reforça o seu propósito de proporcionar melhores oportunidades para o futuro profissional destes alunos.

O Sustentabilidade Técnica também tem promovido o aumento da inclusão e equidade de gênero, ampliando a representatividade de mulheres na indústria. Hoje, são 44 empregadas que atuam em Vega egressas do Programa, que representam 32% do total das mulheres que trabalham na unidade. Pelo programa, Vega passou a contar, em 2020, com as primeiras mulheres atuando nas suas linhas de produção.

Em junho deste ano, o programa recebeu mais um importante reconhecimento: conquistou o primeiro lugar no Prêmio IEL de Talentos (Instituto Euvaldo Lodi) na categoria Educação Inovadora - Nível Técnico. Agora, o Programa avança para a etapa nacional da premiação que reconhece as melhores práticas de estágio e projetos inovadores, prevista para outubro deste ano. Além do Prêmio IEL, o curso já foi reconhecido pelo Prêmio Ser Humano 2020, concedido pela ABRH-SC, e obteve em 2022 a segunda melhor nota de Santa Catarina no Sistema de Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica (SAEP) entre todos os cursos em eletromecânica dos SENAIs do estado. Com isto, o SENAI de São Francisco do Sul conquistou uma das melhores avaliações de Santa Catarina, ocupando a sexta colocação entre os 38 SENAIs catarinenses.

Responsabilidade Social

Em 20 anos de operação, os investimentos em ações de Responsabilidade Social da ArcelorMittal Vega ultrapassam a marca de R$ 23 milhões. As áreas que receberam o maior volume de recursos foram Saúde e Educação, mas a empresa investiu também em Cultura, Esporte e Desenvolvimento Comunitário. Por meio de ferramentas de Lei de Incentivo, a ArcelorMittal Vega – através da Fundação ArcelorMittal – já repassou cerca de R$ 19 milhões, recursos que foram destinados a projetos via Lei de Incentivo à Cultura, Lei de Incentivo ao Esporte, Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), e Fundo do Idoso de São Francisco do Sul.

Compromisso com o meio ambiente

A ArcelorMittal Vega reforça em seus resultados ambientais o compromisso contínuo com a sustentabilidade e as boas práticas. Com um volume de produção expressivo de 1,6 milhão de toneladas de aço ao ano, em 2022, menos de 1% dos resíduos da unidade foram destinados a aterros industriais e sanitários. Mesmo com a ampliação, a unidade tem o compromisso de manter os níveis de geração de resíduos e a produção cada vez mais sustentável.

A unidade de São Francisco do Sul conta com uma Reserva Particular do Patrimônio Natural que ocupa 1/3 da área industrial da empresa. A RPPN reúne um fragmento de um dos mais ricos ecossistemas do mundo, a Mata Atlântica, atuando como um importante corredor ecológico para espécies ameaçadas de extinção, como o gato-mourisco, gato-do-mato-pequeno e a lontra.

Para contribuir com a manutenção das espécies e promover a preservação da biodiversidade, a empresa monitora periodicamente a flora e da fauna da Reserva. Por meio do Programa Verde com Vida, criado em 2007, a RPPN recebe visitas de escolas e instituições da comunidade e da região para potencializarem a sua conexão com a natureza. Desde a criação do Programa, a reserva já recebeu mais de 20 mil visitantes.

"Como parte integrante de uma empresa líder mundial na produção de aço, Vega sempre atuou pelo desenvolvimento regional e, por meio dos seus valores e do propósito de produzir aços inteligentes para as pessoas e o planeta, buscou contribuir para o amadurecimento e crescimento das suas relações com a comunidade e a sociedade. Nestes 20 anos, acreditamos que nossa atuação tenha sido positiva, justamente porque acreditamos que não transformamos apenas aço, mas também pessoas", afirma Sandro Sambaqui, Gerente Geral da ArcelorMittal Vega.

Agência Brasil - DF   25/07/2023

Pelos próximos cinco anos, os tubos de aço com mistura de carbono da China e da Romênia vão pagar mais para entrar no Brasil. A medida consta de resolução do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicada nesta segunda-feira (24) no Diário Oficial da União.

Segundo o Diário Oficial, a medida vale para tubos de aço-carbono, sem costura, de condução (line pipe), com diâmetro de até cinco polegadas. Em relação aos itens produzidos na China, serão cobrados US$ 743 por tonelada. Os tubos produzidos na Romênia pagarão US$ 75,11 por tonelada.

Legalizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), a tarifa antidumping protege os produtores brasileiros de concorrência desleal. Para pôr a medida em prática, o governo brasileiro precisa abrir uma investigação e comprovar que os produtos importados são vendidos abaixo do custo de produção e comprometem a sobrevivência das indústrias nacionais.

Para decidir pela prorrogação da tarifa antidumping, a Camex fez investigações nos últimos três meses. Em abril, encerrou-se a fase probatória da investigação. Em junho, foi apresentada a nota técnica e encerrou-se o prazo para apresentação das manifestações finais pelas partes interessadas. A fase de instrução do processo foi concluída no último dia 17.

Valor - SP   25/07/2023

A receita operacional da empresa foi de 1,3 trilhão de wons (US$ 1 bilhão) nos três meses encerrados em 30 de junho.

As ações da Posco Holdings Inc. saltaram até 24% na segunda-feira, a maior já registrada, devido aos fortes lucros trimestrais e à frenética compra no varejo de ações relacionadas a baterias para veículos elétricos.

A ação também parece ter recebido um impulso de vendedores a descoberto correndo para cobrir suas apostas de baixa. Ao mesmo tempo, um relatório de que os comitês da Câmara dos EUA estão investigando a parceria da Ford Motor Co. com uma grande fabricante chinesa de baterias estimulou a compra de papéis de rivais sul-coreanos.

As ações da Posco subiram para o nível mais alto desde 2007, quando a empresa registrou o maior lucro trimestral em um ano. Foi o maior contribuinte de ganhos para o índice MSCI Asia Pacific na segunda-feira. A ação foi uma das que mais se valorizaram na Ásia este mês, subindo até 76%.

Investidores de varejo têm impulsionado os ganhos da Posco, maior siderúrgica da Coreia do Sul que tem apostado alto em materiais para baterias, em meio à compra indiscriminada de empresas relacionadas à cadeia de fornecimento de veículos elétricos.

Embora o aumento pareça “um tanto excessivo”, a Posco parecia “muito confiante” de que poderia vencer rivais de cátodo como a Ecopro BM Co. e a L&F Co.

Os ganhos frustraram os investidores que apostavam em uma queda nas ações. A Posco viu um grande salto no volume de vendas a descoberto e no volume de negócios este mês e, portanto, “a cobertura a descoberto está parcialmente impulsionando o rali”, de acordo com An Hyungjin, diretor executivo da Billionfold Asset Management.

O grande lucro operacional da Posco no segundo trimestre segue um grande plano de investimento anunciado no início deste mês. A empresa planeja investir um total de US$ 92 bilhões até 2030 para levar seus negócios além de suas principais operações de aço. O investimento irá principalmente para a expansão de sua produção de materiais de bateria EV, bem como de hidrogênio.

A receita operacional da empresa foi de 1,3 trilhão de wons (US$ 1 bilhão) nos três meses encerrados em 30 de junho. Embora tenha caído em relação ao ano anterior, é quase o dobro dos 705 bilhões de wons do primeiro trimestre, disse a maior produtora de aço do país na segunda-feira. Isso superou as expectativas dos analistas de 1,12 trilhão de won.

Separadamente, a Reuters informou que dois comitês da Câmara dos Deputados dos EUA disseram na sexta-feira que estão investigando a parceria da Ford com a empresa chinesa de baterias Contemporary Amperex Technology Co (CATL).

A Ford disse em fevereiro que ela e a CATL planejam construir uma fábrica de baterias em Michigan, e os presidentes republicanos do Comitê de Meios e Meios da Câmara e do Comitê Especial da China estão exigindo que a Ford responda a perguntas sobre o acordo, informou a Reuters.

ECONOMIA

Infomoney - SP   25/07/2023

O Politburo do Partido Comunista da China se reúne nesta semana, entre os dias 28 e 30, em um encontro que será utilizado, entre outros temas, para avaliar o desempenho econômico do país nos primeiros seis meses de 2023 e ditar rumos para a segunda metade do ano.

Algumas decisões podem apontar qual caminho a segunda maior economia do planeta pode seguir nos anos à frente, que terão um contexto geopolítico de muita competição com as potências do Ocidente.

O que os estrategistas globais de investimentos e os especialistas em China mais têm feito nos últimos meses é projetar que tipo e qual a dimensão de estímulos poderiam ser dados para acelerar a atividade econômica, que custa a engrenar desde que foram retiradas as restrições impostas pela pandemia de covid-19 na virada do ano.

A opinião majoritária é que será difícil para o regime comandado por Xi Jinping dar uma guinada em sua linha de atuação e apontar uma “bazuca” financeira de apoio similar à que foi feita após a quebra do Lehmann Brothers em 2008.

Mas também não se espera que a mão forte do Estado continue a comprimir em demasia o setor imobiliário e as empresas privadas, especialmente as “big techs”, como foi feito entre 2020 e 2022.

Marcos Caramuru, conselheiro internacional do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e ex-embaixador do Brasil na China, lembra que encontros como o desta semana são mais marcados por algum direcionamento em linhas de ação do que pelo anúncio de medidas, que são tomadas ao longo do tempo. Mas pondera que o reconhecimento dos problemas atuais existe.

“Eles têm um dilema neste momento e ele tem a ver, primeiro, com algum esgotamento do modelo de crescimento baseado em investimento, sobretudo em infraestrutura, e muito no setor imobiliário. A segunda coisa é voltar a despertar a confiança e acho que essa redução da confiança tem algo a ver com a vertente ideológica do governo”, comenta.

Setor privado desconfiado

Os dados do PIB divulgados na semana passada dão uma fotografia de que a aposta quase exclusiva no investimento estatal cobrou seu preço. A economia cresceu apenas 0,8% no segundo trimestre ante o trimestre anterior, vindo de uma alta de 2,2% nos primeiros três meses do ano. E, enquanto os investimentos estatais aumentaram perto de 7,5%, os do setor privado caíram 0,6% no período.

Caramuru afirma que isso é natural na empresas privadas. “Quando eles sentem que a vertente ideológica está mais aguçada, o setor privado se retrai. Isso sempre foi assim. Mas agora de uma forma mais visível.”

Roberto Dumas Damas, economista e professor de pós-graduação do Insper e da FIA, acredita que a China atingiu o momento que toda economia madura enfrenta, quando os retornos dos investimentos passam a ser cada vez mais decrescentes. Em resumo, os investimentos geram cada vez menos crescimento do PIB. Assim, não faz sentido reduzir a capacidade do setor privado de aportar recursos, impondo exageradas regras de regulação.

Damas explica que, como a China já está perdendo o bônus demográfico – as pessoas estão gerando menos filhos por opção e não mais por orientação do partido – e como esse retorno decrescente do capital investido exigiria aportes maiores por parte do Estado, o motor de crescimento que resta é elevar a produtividade, o que joga a luz sobre o setor privado.

“Quem é mais produtivo são as empresas privadas. Só que o governo de Xi Jinping fez um ‘crackdown’ (repressão) nas empresas privadas, como a Tencent, ByteDance (dona do TikTok), Meituan e Alibaba” (uma das mais ativas concorrentes no varejo brasileiro), lembra, acrescentando que o setor responde por 60% a 70% da inovação na China. Para ele, a política do X Jinping de estimular mais ainda as empresas estatais está prejudicando justamente as empresas que poderiam ter mais produtividade.

Caramuru concorda, mas lembra que já está acontecendo uma flexibilização nesse aperto às “big techs”. “Agora, eles estão tentado fazer o oposto. Estão chamando as empresas de tecnologia para conversar porque precisam delas para garantir uma operação saudável no mercado e precisam que elas invistam em tecnologia. E o que estão prometendo de volta é deixá-las trabalhar, em primeiro lugar”, destaca.

Também estão caminhando para um ambiente regulatório razoável, completa o ex-embaixador, no qual não apareçam “surpresas”. “Eles se deram conta de que as medidas que adotaram anteriormente tiveram impacto muito negativo sobre o comportamento dessas empresas. E que precisa delas para voltar a crescer”, explica. Até mesmo a aproximação do empresariado com as instâncias políticas tem sido cada vez mais incentivada, completa.

De fato, ao divulgar na semana passada um documento com diretrizes para o estímulo à atividade econômica, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma deu especial atenção ao setor privado e ao empreendedorismo.
“A economia privada tornou-se um elemento intrínseco do sistema econômico da China e uma força significativa no desenvolvimento econômico sustentável e saudável”, disse um funcionário durante uma coletiva de imprensa.

Ele destacou, por exemplo, que 50,9% dos negócios estrangeiros chineses foram conduzidos por empresas privadas em 2022 e que isso será essencial para promover a modernização chinesa e trará uma base indispensável para o desenvolvimento de alta qualidade da economia.

Investimento no exterior

O que tem se visto atualmente é muito investimento direto chinês mundo afora, diz Caramuru. “O que é reflexo, primeiro, da ideia de que a China pode ser vítima de uma má vontade global e que é melhor diversificar os investimentos mesmo. Ou também pode ser que, se a confiança é baixa internamente, é melhor investir fora. Porque consegue se aproveitar de economias onde o nível de confiança é mais elevado”, argumenta.

Damas lembra que Xi Jinping já anunciou diversas vezes que o objetivo dele é ganhar a batalha geopolítica no aspecto da produtividade e da inovação tecnológica. E que isso é um dos motivos para os Estados Unidos e a Europa lançarem mão de medidas protecionistas, como a proibição de exportações de peças-chave para a montagem de semicondutores que possam levar a China a um novo patamar de Inteligência Artificial.

O contexto atual é que outros países estão em busca de novas soluções para depender cada vez menos dos produtos chineses, conta o ex-embaixador Caramuru. É a chamada política “de-risking”, lançada por Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional do EUA, para reduzir a dependência extrema de certos itens chineses, o que ficou bastante claro durante e depois da pandemia de covid-19.
Setor imobiliário

Sobre que tipo de estímulo ou direcionamento pode ser dado a partir da reunião desta semana, há uma convergência de que não se devem esperar grandes movimentos. O principal motivo é que uma das causas dos atuais problemas chineses no campo macroeconômico foi o pacote de estímulo de cerca de US$ 139 bilhões praticado durante a crise financeira iniciada em 2008.

Uma das consequências foi que a inflação chinesa disparou, com os preços das casas acelerando a ponto de causar uma bolha imobiliária entre 2014 e 2015, que acabou por estourar e levar a perdas estimadas em cerca de US$ 5 trilhões na bolsa local.

Foi isso que motivou a política de desalavancagem do setor imobiliário, a implantação por Pequim do sistema das “três linhas vermelhas” para limitar a proporção do endividamento e aumentar a vigilância sobre os financiamentos.

Damas lembra que uma das “red lines” determina que o caixa das incorporadoras não pode ser menor do que a dívida líquida de curto prazo. Daí, incorporadoras como a Evergrande começaram a vender ativos a um preço mais baixo para tentar se adequar. “Isso causou uma queda, desinflou a bolha de ativos de ‘real state’. Era isso que ele (Xi Jinping) queria: desinflar a bolha, porque achava que estava com muita especulação. Só que o ‘real state’ responde por 30% do PIB da China”, explica.

Este, portanto, é dos atuais dilemas do governo chinês, pois voltar atrás e dar novo impulso ao setor imobiliário pode cobrar um preço de credibilidade do regime, uma vez que seria uma guinada de 180 graus em relação ao que tem sido feito, diz o professor do Insper.
Urbanização

Caramuru vê como uma das saídas possíveis que o governo passe a dar algum tipo de apoio adicional ao setor imobiliário nas cidades de nível (‘tier’) 2 e 3, aquelas que possuem um adensamento populacional inferior ao dos grandes centros como Pequim e Xangai e que ainda têm espaço para a urbanização.

“Acho que o que eles vão fazer basicamente é antecipar as cotas de emissão dos ‘special purpose bonds’, que são usados pelos governos locais para investimentos em infraestrutura. É um bônus cuja receita tem que ser usada em projetos de boa qualidade, com rentabilidade que pague a dívida contraída pelos governos locais. Não é para manter a máquina pública”, explica.

Ainda que existam projeções de que a China precisa de um choque no consumo, adotando medidas de estímulo à economia que não sejam pelo lado do investimento, mas da demanda, Caramuru lembra que essa não é a prática comum da China.

“Vai sempre pelo lado da oferta. Não é tradição deles e não acredito que vá acontecer. Se viabilizar mais recursos na mão das famílias, elas vão poupar mais. Não vão necessariamente transformar os recursos adicionais em demanda, em consumo”, explica o ex-embaixador.

Damas concorda em que a solução pode vir desse processo de urbanização das zonas rurais (não agrárias), onde vivem 40% da população chinesa. A divisão da população é tão extrema que a população dessas áreas precisa de um passaporte (“houkou”) para se deslocar até os grandes centros.

O economista acredita que integrar essa parcela do povo chinês aos sistemas de assistência social, de saúde e previdenciária do governo pode iniciar uma tendência de melhora da confiança interna dos consumidores.

A conclusão dos especialistas é, portanto, que a China deve manter a linha econômica nos próximos anos com alguma flexibilização regulatória. Muito por conta do reconhecimento de que a conjuntura macroeconômica global mudou.

Investing - SP   25/07/2023

A confiança da indústria cresceu em 21 dos 29 setores no mês de julho, segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado nesta segunda-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nos outros oito setores, houve um recuo do indicador.

Segundo a pesquisa, no mês, a indústria demonstra confiança em 20 dos 29 setores, em todos os portes (pequenas, médias e grandes empresas) e em todas as regiões, exceto o Sul do País. Segundo a CNI, esse é o melhor resultado mensal da confiança da indústria desde novembro de 2022.

Os setores de Farmoquímicos e farmacêuticos e Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos se destacaram pelo aumento da confiança. No caso de Farmoquímicos e farmacêuticos, o ICEI passou de 54,9 pontos para 61,7 pontos. O de Equipamentos de informática subiu de 46,0 para 50,1 pontos. O ICEI varia de zero a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 pontos indicam confiança.

Além do setor de informática, outros três setores saíram de um estado de falta de confiança para o de confiança: calçados e suas partes, produtos químicos e vestuário e acessórios. A pesquisa de julho mostra que apenas a metalurgia fez o movimento contrário, passando de uma situação de confiança para a falta de confiança. "Quando observamos a composição do índice de confiança, o entendimento que as condições atuais da economia estão desfavoráveis é unânime entre as regiões, entre os diferentes portes industriais e é fortemente disseminado entre os setores. O fator que tem atuado como contrapeso são as expectativas para os próximos seis meses, em particular o componente de expectativa relativo às empresas, em que o otimismo abrange todos os portes, todas as regiões e praticamente quase todos os setores", explica a economista da CNI, Larissa Nocko.

O levantamento aponta que os setores menos confiantes da economia, com ICEI abaixo de 50 pontos, são: Madeira, Produtos de Borracha, Móveis e Produtos de minerais não-metálicos.

IstoÉ Dinheiro - SP   25/07/2023

O dólar à vista recuou 0,99% em relação ao real nesta segunda-feira, 24, a R$ 4,7331 – o menor nível no fechamento desde 20 de abril de 2022 (R$ 4,6204). Segundo operadores, a baixa da moeda respondeu a um ingresso de recursos estrangeiros no País, na esteira da forte valorização das commodities após novos ataques russos à infraestrutura ucraniana e do anúncio de mais uma rodada de estímulos à economia da China.

Esses fatores levaram a moeda americana a recuar também ante outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities, a exemplo do peso mexicano (-0,82%), rand sul-africano (-1,09%) e dólar australiano (-0,10%). Em contrapartida, dados de atividade mais fracos da zona do euro fizeram com que o dólar avançasse contra pares fortes, o que se traduziu em alta de 0,34% para o índice DXY, a 101,414 pontos.

Aqui, a moeda operou em queda durante todo o dia, exceto por uma máxima pontual de R$ 4,7834 (+0,06%). Na mínima, chegou a cruzar o piso dos R$ 4,73 e cair a R$ 4,7237 (-1,19%), no menor nível intradia desde 1º de junho do ano passado (R$ 4,7225). O contrato de dólar futuro para agosto movimentou cerca de US$ 12 bilhões e, no horário de fechamento do mercado à vista, caía 1,03%, a R$ 4,7380.

O economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira, afirma que a desvalorização do dólar em relação a divisas emergentes e ligadas a commodities refletiu a forte alta dos preços de commodities. Mas o real acabou sendo destaque entre os seus pares pela redução do risco-País ao longo dos últimos meses, devido à aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária e à manutenção das metas de inflação em 3% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

“Há meses o Brasil está passando por uma redução de risco e isso parece estar ficando mais claro para parte dos investidores estrangeiros, que, quando comparam o País com outros mercados, veem uma mudança para melhor”, afirma Oliveira. “Como o real continua desvalorizado em relação a outras moedas emergentes, eu acho que tem espaço para se valorizar ainda mais”, completa.

Diante dos ataques russos à infraestrutura ucraniana e ao calor intenso no meio-oeste dos Estados Unidos, as commodities agrícolas fecharam o dia em alta na Bolsa de Chicago, com aumento dos preços de trigo (+8,60%), milho (+5,97%), soja (+1,62%) e óleo (+3,09%). O petróleo também mostrou ganhos expressivos, entre 2,05% (Brent) e 2,16% (WTI), após o Politburo chinês ter prometido estímulos adicionais à economia.

O CIO da Alphatree Capital, Rodrigo Jolig, afirma que a alta das commodities e o apetite internacional por risco na sessão puxaram fluxo estrangeiro para o Brasil, o que explica não só o fortalecimento do real na sessão, como também a queda de até 5 pontos-base nos contratos mais longos de Depósito Interfinanceiro (DI). “Continua o cenário de se favorecer moedas emergentes, que têm o carrego bastante alto”, diz.

Amanhã, as atenções dos investidores se voltam para a divulgação do IPCA-15 de julho e do relatório Focus do Banco Central, adiado devido ao ponto facultativo para servidores federais nesta segunda-feira, por causa do jogo da Copa do Mundo de Futebol Feminino. E, na quarta-feira, 26, o foco ficará com a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), para a qual se espera um aumento final de 25 pontos-base nos juros americanos.

CNN Brasil - SP   25/07/2023

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,690 bilhão na terceira semana de julho (dias 17 a 23).

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira (24) o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,370 bilhões e importações de US$ 4,680 bilhões.

No mês, o superávit acumulado é de US$ 5,967 bilhões e no ano, de US$ 51,032 bilhões.

Até a terceira semana do mês, a média diária das exportações registrou queda de 4,1% na comparação com a média diária do período em 2022, com crescimento de US$ 26,23 milhões (8,2%) em Agropecuária; redução de US$ 38,04 milhões (-12,1%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 49,21 milhões (-6,3%) em produtos da Indústria de Transformação.

As importações também tiveram queda na comparação pela média diária, contudo, maior, de 17,2% no período, com diminuição de US$ 7,28 milhões (-32,2%) em Agropecuária; alta de US$ 10,27 milhões (14,4%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 201,16 milhões (-18,9%) em produtos da Indústria de Transformação.

O Estado de S.Paulo - SP   25/07/2023

Um clima de otimismo se alastrou pela economia nas últimas semanas, principalmente após a aprovação da reforma tributária pela Câmara. O PIB mais forte puxado pelo agronegócio, a inflação mais fraca e a perspectiva de queda de juros também ajudaram.

O cenário positivo encobria, porém, um problema crônico: contas públicas. Nesta semana, os dados de arrecadação e os resultados do Tesouro Nacional vão tornar o buraco mais evidente.

As estimativas divulgadas no relatório bimestral de receitas e despesas já deram uma pista. A projeção de déficit primário subiu de R$ 136 bilhões para R$ 145 bilhões, o que significa 1,4% do PIB.

Os economistas alertavam para essa piora quando a inflação e as commodities deixassem de inchar a arrecadação. Seus avisos foram sucessivamente ignorados tanto por Jair Bolsonaro quanto por Lula da Silva, que escolheram transformar receitas conjunturais em despesas estruturais.

Com a ajuda do Congresso, foi aprovado o parcelamento dos precatórios, a desoneração dos combustíveis, a recomposição do orçamento dos ministérios, a política de valorização do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, etc., etc.

Entre os especialistas em política fiscal, ninguém mais acredita que o ministro Fernando Haddad vai zerar o déficit no ano que vem, conforme prometeu quando apresentou o novo arcabouço.

Num exemplo louvável de transparência, o próprio Tesouro fez a conta. Para cumprir a promessa, o governo precisa de R$ 162,4 bilhões a mais. É uma arrecadação extraordinária expressiva, o que ajuda a explicar a aflição de Haddad, que esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Haddad sinalizou a Lira que precisa aprovar logo medidas que elevem os impostos sobre a renda. Estão na mira fundos exclusivos, empresas offshore, lucros e dividendos – ou seja, o topo da pirâmide.

São medidas que melhoram a distribuição de renda, logo, é justo que sejam discutidas e aprovadas. Mas não será fácil nem rápido. Vão enfrentar resistência política acirrada e podem comprometer, inclusive, a tramitação da reforma tributária do consumo no Senado.

A missão de Haddad fica mais difícil, porque o governo decidiu equilibrar as contas com aumento de carga tributária sem cortar despesa. Um ajuste fiscal saudável demandaria, por exemplo, enxugar a máquina pública.

O ministro vive uma lua de mel com o mercado, que se reflete na Bolsa e no câmbio. As contas públicas vão lembrá-lo em breve de que ele tem “o pior emprego do mundo” – na definição excelente do jornalista Thomas Traumann.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   25/07/2023

Os contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian fecharam relativamente inalterados nesta segunda-feira (24). As preocupações do setor imobiliário apagaram os ganhos anteriores, enquanto em Cingapura os futuros registraram queda.

O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 0,1%, a 845 iuanes (US$ 117,45 ) por tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em agosto caiu 0,8%, para US$ 112,7  a tonelada, recuando frente à máxima de três meses alcançada na sessão anterior.

O planejador estatal da China divulgou nesta segunda-feira medidas que buscam promover e estimular o investimento privado em alguns setores de infraestrutura, acrescentando que fortalecerá o apoio financeiro a projetos privados.

As ações e títulos do setor imobiliário da China caíram para cerca de mínimas de oito meses na segunda-feira, uma vez que as preocupações com pagamentos de duas das maiores incorporadoras do país afundaram a confiança no setor em uma crise ainda maior.

Da mesma forma, as preocupações com a demanda de aço persistiram.

“A demanda por aço permaneceu fraca com a deterioração dos indicadores imobiliários e a fraca demanda sazonal deixa pouca esperança de uma mudança favorável”, disseram analistas do banco de investimentos ANZ em nota.

Infomoney - SP   25/07/2023

Com bastante importância dentro da economia brasileira – e da Bolsa – o minério de ferro se afastou ao longo dos seus últimos dois anos das máximas registradas em 2021, deixando nos investidores que aportam no setor a saudade de uma época de lucros e proventos maiores. Neste ano, a reabertura da China após a pandemia e a política de Covid Zero chegou a alimentar a esperança de que os tempos áureos poderiam voltar, mas frustrou.

Para Wood Mackenzie, um dos principais grupos de análise e consultoria em commodities do mundo, no curto prazo o preço da tonelada do minério dificilmente voltará ao US$ 200, como foi durante o período mais crítico da pandemia.

“Nós trabalhamos com uma tendência de que no segundo semestre o minério deve recuar mais para algo próximo a US$ 105, com a média no ano ficando em US$ 100”, diz Paulo Azevedo, analista da casa. O minério fechou na sexta-feira (21) com sua tonelada negociada a US$ 117,88 e, para chegar à media da casa, a commodity deve recuar ainda aproximadamente 10%.

Em primeiro lugar, a China, para eles, deve continuar sendo uma questão. A reabertura do país, ao contrário do que o imaginado inicialmente, não trouxe um fôlego para setores como o de construção civil, que puxaria o consumo de aço e, decorrentemente, de minério. Os gastos da população acabaram ficando mais para consumo e serviços.

Já os estímulos do governo chinês, que apareciam como possíveis triggers positivos, também não foram destinados – ao menos até agora – a setores que puxam a compra de minério.

Na última semana, após o produto interno bruto (PIB) do segundo trimestre frustrar, os políticos do país sinalizaram que as tentativas para aquecer a economia focarão na estabilização dos gastos do consumidor em itens mais caros, na promoção do consumo de automóveis e de produtos eletrônicos, no aumento do consumo nas áreas rurais e na melhoria do ambiente de compras. O preço do minério recuo no pregão após a notícia.

Essas duas questões, para a Woodmac, podem ilustrar uma mudança estrutural da economia do gigante asiático.

Além do mais, a segunda metade do ano, eles lembram, tende a ser um período já normalmente menos aquecido para o setor.

“Temos o pico sazonal de exportação do Brasil no terceiro trimestre. Sempre há no início do ano período chuvoso que impacta a produção, com melhora no segundo e sendo o terceiro o período mais seco. Isso é favorável para produção e exportação”, debate Paulo.

Ao mesmo tempo, a Wood Mackenzie relembra que o produto interno bruto da China nos dois primeiros trimestres do ano cresceu mais de 6% na base anual. Se a perspectiva do próprio país é manter a economia aquecida para fazer o PIB avançar 5% no final de 2023, isso sugere que o gigante asiático deve desacelerar entre os meses de julho e dezembro.

A combinação entre maior oferta provinda do Brasil e menor demanda na China, o maior consumidor de minério do mundo, deve resultar em preços mais fraco.

Fora isso, quando o assunto são as companhias do setor, como Vale (VALE3), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3), é necessário ainda acompanhar os prêmios. Com o setor de aço sofrendo, com juros altos e menor crescimento mundial puxando o preço da commodity também para baixo, é esperado que as metalúrgicas busquem minério de menor qualidade para sustentarem suas margens.
Cenários de médio e longo prazo para o minério de ferro na China

Saindo do curto prazo e olhando mais longe, os especialistas da Wood Mackenzie também enxergam alguns desafios a serem monitorados. O principal, assim como no curto, tende a ser a China.

“É inevitável a gente comentar de que o cenário para o minério na China no longo prazo é de declínio de consumo”, fala Cícero Prado Machado, gerente de ativos a granel da empresa de análise e consultoria.

Como primeiro ponto que embasa essa ideia está o fato de que os governantes da China estão já há algum tempo sinalizando que o país pretende mudar sua matriz econômica para algo com características com mais foco em qualidade de vida, em maior consumo e com uma base mais tecnológica.

Há não muito tempo, o Partido Comunista Chinês (PCC) proibiu, por exemplo, as siderúrgicas de operarem, de olho na qualidade do ar de algumas regiões. Há diversos comentários na linha de, por agora, a China não quer mais o posto de “fábrica do mundo”.

“O governo chinês, ao longo das últimas duas décadas, investiu muito em obras de infraestrutura. Agora eles estão chegando em uma taxa de maturidade. Evidentemente que eles vão ter, sim, investimentos nessas frentes, mas serão mais pontuais”, contextualiza Machado. “Com as altas taxas de urbanização alcançadas, é esperado um foco em crescimento mais sustentável, em relação a sua própria população, e em sua economia doméstica”.

A própria sinalização recente de um estímulo mais voltado ao consumo seria um sinal dessa intenção – apesar de os analistas não descartarem que o Partido Comunista Chinês volte atrás, de olho no crescimento econômico, o que mudaria o cenário.

O envelhecimento da população do país é outro fator apontado pela casa como motivo para a análise menos otimista. Em janeiro último, pela primeira vez em sessenta anos, a população chinesa diminuiu. O envelhecimento e o recuo da população tendem a impactar o cenário imobiliário, com menor demanda por novos imóveis.

A demanda do país por aço, com tudo isso, deve cair consideravelmente no futuro. Apesar da maior parte do recuo estar no longo prazo, é esperado, no entanto, que as quedas já comecem nos próximos anos.
Se hoje o gigante asiático consome mais de 900 milhões de toneladas da commodity anualmente, o esperado é que esse número caia, a partir de 2024 de forma progressiva, até alcançar 700 milhões.

Por fim, a coleta e processamento de sucata de aço também deve ganhar espaço no mercado chinês, impulsionada pela grande quantidade da commodity já presente no país, que em determinado momento passará a ser reutilizada, e também pela procura de uma economia mais sustentável.

Índia é esperança?

Se a China, por conta de todos os fatores já mencionados, não empolga muito os analistas, a Índia, que inclusive tomou o lugar de país com a maior população do mundo em abril deste ano, sim.

“Haverá essa queda de demanda da China mas ela vai ser, até um certo ponto, balanceada por um aumento de demanda na Índia”, debatem os analistas da Wood Mackenzie. “Este país agora é o mais populoso do mundo e suas taxas de urbanização ainda são muito baixas, na casa dos 35%. O consumo de aço por lá ainda é baixo mesmo na comparação com outros países emergentes”.

Quem investe em companhias do setor de aço e mineração, nos próximos anos, deve, para eles, ficar mais atento ao noticiário indiano.

“Se voltar o filme, lá para 2015 e 2016 já tínhamos toda essa questão de que a demanda por aço e minério da Índia iria crescer. É necessário entender que na China duas ou três pessoas sentam em uma mesa e, então, uma decisão é tomada. Na Índia isso não acontece. É um motivo pelo qual o outlook pra Índia às vezes é pouco incerto. As coisas demoram muito para acontecer. Existe muita burocracia”, explica Cícero. “Mas se esse aumento da demanda não vier de lá, é difícil falar que virá de outro lugar”.

O esperado é que o país saía de uma demanda atual de 120 milhões de toneladas por ano para 360 milhões.

Outra questão, se todo esse processo sair do papel, é entender a fatia de minério que será importada e a que será produzida nas minas indianas.

“A China tem uma uma dependência aí de cerca de 80% das importações. Quando a gente vai falar em demanda por minério de ferro na Índia, o país tem muitos recursos pouco explorados. Isso depende muito dos investimentos a serem feitos, mas, ao nosso ver, a tendência é que a dependência ao minério que vem de fora será muito inferior na comparação”, expõe Azevedo.

Segundo eles, a Índia tem, hoje, a capacidade de triplicar sua produção de minério de ferro, apesar de ter questões políticas e religiosa entre o potencial e a realização. O país possui um produto de maior qualidade do que a China e já estaria se movimentando para desenvolver infraestrutura de exploração.
De olho na oferta de minério

Fora a produção da Índia, outro assunto que está no radar é proveniente do continente africano e fica mais para o médio prazo. Os projetos da enorme mina de Simandou, na Guiné, agora parecem estar saindo do papel e podem colocar 120 milhões de toneladas por ano no lado da oferta, iniciando suas operações a partir de 2027.

“A gente tem esse megaprojeto na África no qual a Vale, no passado, já foi o maior acionista. No passado, acho que ninguém no mercado considerava essa mina entrando no cenário base, dada toda a dificuldade conjuntural no país e pela necessidade de investimento da construção de infraestrutura”, menciona Paulo.

A própria Vale abandonou o projeto em 2021 em meio à um escândalo de corrupção envolvendo o sócio da companhia, Beny Steinmetz, com o ex-presidente da Guiné, Lansana Conté. Segundo as acusações que correram em Genebra, na Suíça, Steinmetz atuou para retirar a Rio Tinto do negócio.

“A gente tem visto, até com direito a imagem de satélite, uma evolução significativa da infraestrutura relacionada a entrada em operação dessa mina”, menciona o analista. “Hoje a gente considera ela no cenário base e colocando aí mais de um terço da produção da Vale no mercado. Com certeza é um fator significativo no equilíbrio de preço”.

Outra questão relevante é que a mina de Simandou tem um minério de qualidade bem parecida, para não dizer igual, com o que a Vale possui no seu sistema Norte. As regiões dos dois países, no período da pangéia, eram grudadas.

Como a companhia brasileira vem recorrentemente afirmando que está focando seu negócio em produtos de maior qualidade e mais ecologicamente corretos, normalmente com maiores prêmios, a entrada dessa nova oferta pode ser um impasse.

“Talvez a própria Vale esteja um pouco mais cautelosa em relação a aumentar os seus níveis de produção porque ela tem esse entendimento de que teremos novos entrantes na indústria. Eles vão competir com ela, começando já nos próximos anos”, explica Paulo.

Recentemente, a mineradora brasileira já pisou no freio, diminuindo seus guidances. Em 2022, por exemplo, a companhia tirou a meta de 320 a 335 milhões de toneladas para colocá-la entre 310 e 320 milhões.

“Daqui a uns anos, a gente provavelmente não vai estar falando mais dos Big Four, compostos por Vale, Rio Tinto, BHP e FMG, mas sim provavelmente, dos Big Five”, diz o analista.

Monitor Digital - RJ   25/07/2023

A mineradora Vale divulga nesta quinta-feira (27), após fechamento do mercado, seus resultados do segundo trimestre. A Vale (VALE3) é a empresa com maior peso na carteira teórica do Ibovespa, com participação de pouco mais de 13% no índice.

O time do Investing.com preparou uma análise fundamentalista da empresa. O InvestingPRO, ferramenta de análise aponta para uma perspectiva de um lucro por ação (LPA) dos analistas de mercado de R$ 2,12 no balanço do segundo trimestre, com receita esperada de R$ 48,155 bilhões.

O último balanço da companhia foi divulgado em abril, com lucro por ação de R$ 1,94. Esse resultado foi 1,9% abaixo do esperado. A receita no período (R$ 42,664 bilhões) também ficou aquém das estimativas (-4,5%).

Na última terça-feira (19), a Vale divulgou que a produção de minério de ferro aumentou 6% na comparação anual, enquanto a de pelotas subiu 5% na mesma comparação. As vendas de finos e pelotas de minério de ferro apresentaram elevação de 1%. A divulgação trouxe reação mista de analistas, e o papel fechou o dia em queda de 0,27%, a R$ 67,24. As ações ordinárias da empresa acumulam queda de -23,87% no ano (dados do dia 20/7/23)
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Segundo o Investing.com, entre os fatores que influenciam o preço da ação da mineradora estão a variação do dólar e dúvidas sobre aumento da demanda global, ante o aperto monetário nos EUA e o ritmo de crescimento da economia da China, o que provocou o recuo de 4,85% do preço do minério de ferro em 2023.

De acordo com o time do Investing.com, os últimos quatro resultados trimestrais da Vale não indicam uma tendência clara em relação à estimativa de analistas. A empresa, contudo, tem pontuação de saúde financeira como “Excelente desempenho” (nota 4 de 5). Esta classificação leva em conta mais de 100 fatores, em comparação com empresas do setor Materiais, e operando em mercados econômicos “em desenvolvimento”.

O Investing.com é uma plataforma de mercados financeiros disponível em 44 idiomas, que oferece dados em tempo real, cotações, gráficos, ferramentas financeiras, notas e análises cobrindo 250 bolsas mundiais. Com mais de 21 milhões de usuários mensais e aproximadamente 180 milhões de sessões, o Investing.com é um dos três maiores sites financeiros mundiais, de acordo com o SimilarWeb e a Alexa. Com mais de 300.000 instrumentos financeiros, o site Investing.com oferece acesso ilimitado a ferramentas de mercado financeiro avançadas, como cotações e alertas em tempo real, carteiras personalizadas, alertas pessoais, calendários, calculadoras e informações financeiras — totalmente grátis.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   25/07/2023

Ministro afirma que não chegou a tratar sobre o lançamento da nova linha de crédito com o presidente.

Fonte: Valor

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reunião nessa segunda-feira (24) com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, foi agendada com o objetivo de discutir o orçamento do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), que é comandado pelo vice.

Questionado por jornalistas, Haddad disse que o encontro não trataria da criação de um programa de crédito para financiar eletrodomésticos da chamada “linha branca”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu nesse mês que seu governo lance um programa para baratear o preço desse tipo de bem, incluindo geladeiras e fogões. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Lula levantou a ideia ao defender que a União “abra a mão de novo” para viabilizar a medida.

O petista pediu que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, “encontrem um jeito” de operacionalizar o plano.

Ao chegar ao prédio da Vice-Presidência da República, o ministro da Fazenda destacou que, naquela ocasião, Lula não fez um anúncio. "Acho que não foi um anúncio", afirmou.

Haddad afirmou que não chegou a tratar sobre o lançamento da nova linha de crédito com o presidente. "Não conversamos sobre isso", comentou.

Essa não é a primeira vez que o governo petista avalia a oferta de crédito especial para facilitar a compra de linha branca, utilizando os bancos públicos. Medida semelhante foi adotada durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com o Programa Minha Casa Melhor.

Na ocasião, a linha de crédito subsidiado tinha como objetivo atender a mutuários do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para compra de móveis e eletrodomésticos e acabou gerando prejuízo para a Caixa Econômica Federal, devido à elevada inadimplência.

Construção Latino-americana - SP   25/07/2023

Mais de 100 marcas confirmaram a participação na Brazil Equipo Show (BES 2023), que acontece daqui a dez dias em Jaguariúna, interior de São Paulo. O evento-show, programado para ocorrer entre os dias 1º e 4 de agosto. As empresas representam os segmentos de Máquinas e Equipamentos para Construção; Formas e Escoramentos; Guindastes e Caminhões Industriais; e Peças, Serviços e Novas Tecnologias.

O diferencial da BES 2023 é seu amplo espaço para exposição e apresentação das máquinas, em um complexo de 300 mil metros quadrados que permite estandes a céu aberto.

Além de feira de exposições, o local contará com uma arena show, onde será realizada uma competição entre operadores de equipamentos. Serão cinco categorias diferentes, separadas máquinas: retroescavadeira, escavadeira, motoniveladora, carregadeira de rodas e trator.

Os testes práticos acontecerão durante a BES 2023, em uma arena preparada para a competição e com a presença de público. Com base no desempenho nas provas práticas, os participantes serão classificados e premiados de acordo com as categorias estabelecidas. Os melhores operadores em cada categoria serão reconhecidos e recompensados por sua habilidade, precisão e eficiência.

Os 15 operadores classificados para as provas já foram divulgados:

Serão cinco categorias diferentes onde os competidores tentarão mostrar quem é o melhor.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   25/07/2023

Queda de 2,76% foi a maior para automóveis novos no IPCA desde junho de 2012. À época, a retração dos preços havia alcançado 5,48%, também sob impacto de medida do governo para estimular o consumo.

Sob impacto do programa de descontos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os preços dos automóveis novos caíram 2,76% em junho, na maior redução em 11 anos no Brasil.

É o que apontam os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na semana passada.

A queda para o consumidor, contudo, deve ter fôlego curto, já que o programa de descontos para os chamados carros populares foi pontual, dizem analistas. O governo anunciou o fim da medida no início deste mês.

"Os preços agora voltam para a vigência normal. O consumidor se depara novamente com valores mais elevados", afirma Milad Kalume Neto, diretor de desenvolvimento de negócios da consultoria Jato Dynamics do Brasil.

Segundo o IBGE, com a queda de 2,76%, os automóveis novos tiveram a maior contribuição individual (-0,09 ponto percentual) para a deflação (baixa) de 0,08% do IPCA como um todo em junho.

FGV Ibre: carros zero devem subir 0,7% no índice de inflação

Porém, com o fim dos descontos, os carros zero Km devem subir 0,7% no índice de inflação de julho, projeta o economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Para o IPCA como um todo, a estimativa é de avanço de 0,15% neste mês, segundo Braz.

"A medida do governo federal não tem efeito duradouro. Do mesmo jeito que abriu espaço para a trégua em junho, pode acelerar a inflação em julho. Agora, os preços voltam a subir", aponta o economista.

A queda de 2,76% foi a maior para os automóveis novos no IPCA desde junho de 2012. À época, a retração dos preços havia alcançado 5,48%, também sob impacto de uma medida do governo federal para estimular o consumo.

Naquela ocasião, os automóveis ficaram mais baratos devido a uma redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) anunciada pela gestão Dilma Rousseff (PT).

Juro alto freia setor

Após o efeito do programa de descontos do governo Lula, a produção e a venda de carros tendem a reencontrar um cenário de obstáculos no Brasil, de acordo com analistas.

Kalume Neto afirma que o setor está sentindo os reflexos dos juros altos e das restrições na concessão de crédito. "O programa do governo movimentou o setor, evitou mais paradas de fábricas, mas é momentâneo", diz.

"Copo meio cheio e o meio vazio"

"Temos o copo meio cheio e o meio vazio. Os juros ainda estão altos, assim como os preços dos veículos. Tudo isso está impedindo o consumidor de comprar carro", acrescenta.

Braz vai na mesma linha. Segundo o economista, o BC (Banco Central) tende a cortar em agosto a taxa básica de juros (Selic), mas a redução não deve gerar grandes efeitos "de uma hora para outra" no setor automotivo. A Selic está em 13,75% ao ano.

"Se a Selic cair 0,25 ponto percentual, não vai mudar muito o juro do financiamento automotivo. O que vai contar é o acúmulo de cortes com o passar do tempo", afirma Braz.

Acesso a bens duráveis

"Você só vai comprar bens duráveis, como carro e apartamento, quando os juros permitirem que os pagamentos entrem no orçamento", acrescenta.

Em junho, os preços dos automóveis novos caíram nas 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo IPCA. Fortaleza registrou a maior deflação (-5,08%).

Rio Branco (-4,94%), Aracaju (-4,17%), Goiânia (-4,15%) e Rio de Janeiro (-3,80%) vieram em seguida. São Paulo teve baixa de 2,51%. O menor recuo ocorreu em Curitiba (-1,40%).

O programa de descontos do governo Lula para os carros de até R$ 120 mil entrou em vigor no início de junho, com duração de um mês. O término foi confirmado no dia 7 de julho.

Mais de 120 mil carros vendidos

A estimativa do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) é de que 125 mil unidades tenham sido vendidas com descontos.

Além dos carros novos, os automóveis usados também mostraram redução de preços no IPCA de junho. Nesse caso, a queda foi de 0,93%, a maior desde julho de 2017, quando a baixa também havia sido de 0,93%. A deflação dos automóveis novos pode ter influenciado os preços dos usados, dizem analistas.

Efeito pandemia

A pandemia de covid-19 desalinhou cadeias produtivas globais, elevando os custos de fabricação dos veículos. Isso motivou repasses para os preços finais dos carros.

No acumulado de 12 meses, os automóveis novos registraram inflação (alta) de 0,49% até junho no Brasil, segundo o IPCA. Já os preços dos usados caíram 3,08% no mesmo período.

Valor - SP   25/07/2023

A Toyota Motor cortou mil empregos em seus negócios na China. A desaceleração na segunda maior economia do mundo resultou em vendas fracas de carros novos, criando mais obstáculos para as montadoras.

A GAC Toyota, subsidiária da Toyota na China que também é uma joint venture com a gigante automobilística chinesa Guangzhou Automobile Group, disse que rescindiu os contratos de cerca de mil funcionários antes da data de vencimento. A Toyota explicou que a decisão foi tomada à luz da "situação atual da produção".

A GAC Toyota tinha 19 mil funcionários em junho de 2023. A demissão representa cerca de 5% da força de trabalho da empresa.

A empresa indenizará aqueles que foram demitidos por lei e os ajudará a encontrar novos empregos.

A Toyota anunciou em 6 de julho que as vendas acumuladas na China durante o período de janeiro a junho foram de 879.400 unidades, uma queda de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

De junho até o fim de dezembro de 2022, alguns impostos sobre a compra de veículos movidos a gasolina foram reduzidos pela metade, um grande impulso para fabricantes japoneses como a Toyota. O fim dos incentivos fiscais afetou as vendas neste ano.

A demanda por veículos elétricos está crescendo rapidamente na China, em parte devido à política nacional, e o mercado se tornou um campo de batalha feroz entre gigantes domésticos como a BYD e suas contrapartes estrangeiras como a americana Tesla.

Os fabricantes japoneses demoraram a responder à eletrificação, tornando inevitáveis as mudanças em suas linhas de produtos e a reforma da estrutura de custos.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   25/07/2023

Demanda por casas continua superando a oferta, apesar do rápido aumento nas taxas pelo Fed.

Os preços das casas estão novamente em alta nos Estados Unidos após uma breve queda no ano passado, o que complica o esforço do Federal Reserve para conter a inflação e levanta questões sobre o tamanho do aperto de juros.

A demanda por casas em todo os EUA continua superando a oferta, apesar do rápido aumento nas taxas pelo Fed. Embora os sinais de alívio das pressões de preços tenham feito alguns formuladores de políticas mirarem o fim do ciclo de aperto, eles podem acabar tendo que aumentar as taxas ou mantê-las por mais tempo se o mercado imobiliário resiliente levar a uma melhora mais lenta da inflação, dizem economistas e autoridades do Fed.

“Se a habitação começar a se recuperar de forma mais significativa, isso aumenta o risco de que a inflação seja mais pegajosa”, disse Torsten Slok, economista-chefe da Apollo Global Management. “O risco real aqui é, do ponto de vista dos mercados, que o Fed tenha que pisar no freio com mais força.”

O Fed deve elevar as taxas em 0,25 ponto percentual na quarta-feira, para a faixa de 5,25% a 5,5%. Projeções divulgadas por autoridades do Fed em junho mostraram que a maioria prevê pelo menos mais um aumento de juros até o final do ano.

A inflação está esfriando depois de atingir o maior nível em 40 anos, com o índice de preços ao consumidor subindo 3% nos 12 meses encerrados em junho, um terço da taxa observada há um ano. Mas os núcleos da inflação, que eliminam os preços voláteis de alimentos e energia, se mostram mais persistentes e trazem preocupações de que possa levar algum tempo para reduzir a inflação para a meta de 2% do Fed.

Os custos de moradia, que representam cerca de 40% da cesta principal do índice da inflação, são uma parte importante dessa batalha.

Como os aluguéis são normalmente atualizados cerca de uma vez por ano, as mudanças nos preços das casas e nos aluguéis chegam às métricas oficiais de inflação com um atraso. As quedas nos preços das casas observadas no ano passado, combinadas com um arrefecimento nos custos de aluguel, agora estão contribuindo para uma queda na inflação.

Mas um ressurgimento dos preços das casas pode retardar essa melhora e potencialmente levar a uma inflação mais persistente no próximo ano.

“O mercado imobiliário parece até ter chegado ao fundo do poço”, disse a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, no início deste mês em uma conferência em Nova York. “Embora a inflação imobiliária provavelmente continue a diminuir no curto prazo como resultado do progresso nos aluguéis no ano passado, uma recuperação no setor imobiliário representaria um risco ascendente para a inflação no futuro.”

Estoque apertado

Um dos principais impulsionadores da recuperação dos preços é uma grande escassez na oferta de moradias. Havia 1,08 milhão de casas à venda no mês passado, o menor estoque registrado em junho, de acordo com a Associação Nacional de Corretores de Imóveis.

O estoque está baixo em parte porque muitos proprietários de imóveis que travaram taxas de hipoteca mais baixas no início da pandemia estão relutantes em desistir colocando suas casas à venda. A escassez está deprimindo as vendas de casas antigas, que caíram para o menor nível em cinco meses em junho.

Mas também está elevando os preços, já que os compradores lutam pelas casas que são colocadas à venda.

O preço médio de venda de uma casa nas quatro semanas encerradas em 16 de julho foi de US$ 382.500, um aumento de 2% em relação ao ano anterior, de acordo com a Redfin.

“O peso das taxas mais altas na habitação parece ter ido e vindo”, disse Verônica Clark, economista do Citigroup. “Acho que isso é uma lição, pois não desaceleramos a atividade o suficiente para trazer o ritmo subjacente da inflação de volta para algo próximo a 2%.”

Valor - SP   25/07/2023

O Politburo do Partido Comunista Chinês se reuniu na segunda-feira para discutir políticas econômicas, informou a mídia estatal, com autoridades reconhecendo "novas dificuldades e desafios" e sugerindo medidas para apoiar o setor imobiliário.

A tão esperada reunião de alto nível organizada pelo presidente chinês, Xi Jinping, também secretário-geral do partido, foi convocada para "analisar e deliberar sobre as últimas situações econômicas e traçar a estratégia econômica para o segundo semestre do ano", segundo a agência de notícias estatal Xinhua.

Os desafios no radar incluem demanda doméstica morna, algumas empresas em dificuldades, um ambiente externo complicado e riscos em algumas "áreas de foco". A reunião apontou especificamente para o mercado imobiliário em dificuldades, prometendo "ajustar e otimizar a política imobiliária em tempo hábil".

Notavelmente ausente do relatório da Xinhua estava o frequente lembrete de Xi de que "a habitação é para viver e não para especular". Essa mensagem central inspirou uma repressão ao setor imobiliário superalavancado, desencadeando uma longa queda que se arrasta até hoje, exercendo pressão para baixo na economia em geral.

No geral, a reunião enfatizou a necessidade de "aumentar proativamente a demanda doméstica e destacar o papel do consumo como a força motriz fundamental da economia", relatou a Xinhua.

Os analistas, no entanto, permanecem céticos sobre como o roteiro da política vai dar certo.

Carlos Casanova, economista sênior da Ásia baseado em Hong Kong no Union Bancaire Privee, um banco privado suíço, disse ao “Nikkei Asia” após a notícia da reunião do Politburo que o tom da economia ainda era "muito positivo".

"Parece muito otimista em termos de desempenho nos últimos seis meses", disse ele. "Acho que os investidores vão dizer que existe o risco de estarem muito confiantes e acabarem perdendo a meta de crescimento de 5%."

Na semana passada, a China registrou um crescimento de 6,3% no produto interno bruto (PIB) no segundo trimestre em comparação a um ano antes, em parte graças a uma base baixa - ficando aquém das expectativas do mercado.

Casanova sugeriu que Pequim não parece estar refletindo "recentes preocupações dos investidores sobre o ritmo de desaceleração".

"Não tenho certeza se o que vimos hoje será suficiente para justificar uma inflexão entre os investidores em termos de sentimento", disse ele.

O banco suíço passou de sobreponderado para "neutro a subponderado" nas ações da China desde março, logo após o fim da política de tolerância zero com a covid-19, quando investidores estrangeiros compraram um equivalente líquido de 186 bilhões de yuans (US$ 25,9 bilhões) em ações do tipo A nos primeiros três meses de 2023.

Apesar de uma série de medidas políticas antes da reunião do Politburo - incluindo uma isenção de impostos sobre veículos de nova energia adquiridos em 2024 e 2025 e planos para atrair capital privado para participar de projetos de infraestrutura - Casanova disse que os investidores estrangeiros têm pouca confiança nas medidas.

Jasmine Duan, estrategista sênior de investimentos da RBC Wealth Management Asia, disse que o Politburo parece estar adotando um "tom muito alto e pode não estar anunciando estímulos muito específicos, e alguns investidores podem ficar desapontados com isso".

Outro gerente de portfólio de uma empresa internacional com sede em Hong Kong, que não quis ser identificado, disse que ainda está "inclinado para" uma abordagem de investimento mais global após as discussões do Politburo. Ele disse que a China agora enfatiza "segurança, liderança partidária, educação em ideias, ideais patrióticos" e que, embora o país representasse 10% de sua carteira antes de 2020, agora está em torno de 5%.

Juntamente com a reunião do Politburo, Xi também se reuniu com os chamados quadros "não partidários" na segunda-feira, segundo a Xinhua. Durante esta reunião separada com grupos empresariais pró-comunistas e outras partes, Xi insistiu que a recuperação econômica da China está impulsionando a economia global e que os fundamentos econômicos devem continuar a melhorar no longo prazo. Os não-membros do partido comunista, disse ele, devem ajudar a "melhorar a orientação do pensamento político dos empresários privados".

Casanova fez o seguinte comentário sobre a reunião: “A única maneira pela qual eu acho que o mercado pode influenciar positivamente é se for interpretado como um sinal de que pode haver uma trégua entre grandes empresas do setor privado, como plataformas de tecnologia, e o Partido Comunista, em troca de um possível retrocesso em algumas das campanhas regulatórias”.

Outros observadores do mercado não pareciam impressionados.

Chi Lo, estrategista de investimentos do BNP Paribas Asset Management Asia, disse: "Sem um grande impulso político, simplesmente não vejo como a confiança pode voltar por si mesma com muita força", disse ele. "O desemprego juvenil é muito alto e o mercado imobiliário ainda está em crise.

"Precisamos de algo para reverter isso. E esse algo, a meu ver, ainda tem que vir do governo."

FERROVIÁRIO

Portos e Navios - SP   25/07/2023

Com a conclusão das obras executadas pela Rumo na Ferrovia Norte-Sul, nas próximas semanas a Brado iniciará operações com contêineres no trecho que conecta Goiás ao Porto de Santos

A partir do Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis, serão atendidos por ferrovia os mercados de exportação de algodão, mineração, siderurgia e alimentos, incluindo açúcar, farelo de soja e grãos em contêineres, além de proteínas bovinas por meio das operações com contêineres reefer (refrigerado). Atualmente, estes mercados já movimentam cerca de 45 mil contêineres ao ano e mais de 65% têm como destino o Porto de Santos.

“Goiás e o Sul do Tocantins ganham mais eficiência logística e competitividade. A tendência é que essas regiões vejam a produtividade crescer em setores que hoje já são representativos para sua economia, como o agro e a indústria”, afirma Daniel Salcedo, diretor comercial da Brado Logística.

A nova rota de operação da Brado a partir de Santos conectada à Ferrovia Norte-Sul captará os mercados de importação de insumos que abastecem as indústrias e o agronegócio do estado goiano, além dos bens de consumo que passam a ser distribuídos para as populações de Goiás, Distrito Federal e sul do Tocantins.

Entre as importações destacam-se os segmentos de agroquímicos, peças de máquinas, equipamentos e plásticos. Estes mercados movimentam mais de 16,5 mil contêineres ao ano.

NAVAL

A Tribuna - SP   25/07/2023

Realizada entre portos de um mesmo país ou de um bloco de nações, a navegação de cabotagem liga o Brasil, mas ainda busca reconhecimento. Em entrevista para A Tribuna, o diretor executivo da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac), Luis Fernando Resano, fala a respeito das comparações de custos, do cenário do mercado e do Programa BR do Mar.

Como estão os investimentos na navegação de cabotagem no Brasil?

Desde 1997, com a Lei Federal 9.432/97, criada para dar a necessária estabilidade jurídica para o restabelecimento da cabotagem com pesados investimentos de empresas estrangeiras e algumas brasileiras, os investimentos do setor privado têm sido significativos, com a aquisição de mais de 20 navios nos últimos dez anos. Estimamos que estes investimentos sejam de R$ 3,5 bilhões. Importante destacar que as empresas de cabotagem sempre puderam receber aporte de investidores estrangeiros, mas são investimentos fixados no Brasil, com geração de emprego, renda e recolhimento de impostos integralmente no País. Desde então, a quase totalidade dos lucros destas empresas é reinvestida no País.

Qual o principal desafio da cabotagem no Brasil?

Ter o reconhecimento e o uso pelos benefícios que pode trazer para a matriz logística do País. Trabalhamos intensamente para reduzir os custos, mas eles não dependem apenas das empresas, pois este é o custo Brasil. O ambiente da cabotagem é de concorrência intensa entre as empresas, sempre desejosas de mais players, porém a entrada de novos depende do aumento da demanda. A cabotagem normalmente é pouco percebida pelo cidadão comum, como consumidor, pois ele dificilmente a contratará, uma vez que os volumes das cargas envolvidas na cabotagem são gigantescos. Conectamos todas as regiões do País e mantemos o abastecimento de todas as cidades, sejam litorâneas ou no interior, com o transporte porta a porta. Nos responsabilizamos por todos os movimentos necessários para que a carga do nosso cliente seja retirada no horário programado e entregue no dia e hora programados, sempre com baixos índices de avaria e roubo, além de significativa redução de emissões de poluentes, quando comparado a outros modais de transporte. Ainda assim, por ser pouco percebida, às vezes mensagens distorcidas são passadas e coisas distintas são comparadas.

Como assim?

O erro mais comum é comparar o custo da cabotagem com o longo curso, esquecendo que o navio do longo curso possui dimensões maiores e, portanto, transporta mais carga do que o de cabotagem. Mas o navio de cabotagem também não pode ser grande, para poder entrar em todos os tipos de portos da costa brasileira. Neste mesmo sentido, um navio de longo curso atraca em um porto brasileiro e só entrará em outro porto depois de 20 a 30 dias, enquanto o da cabotagem entra no porto a cada um ou dois dias, com todos os custos inerentes a uma operação portuária, como tabelas de acesso de canal, custos portuários, praticagem e outros.

Qual é o cenário da cabotagem no Brasil?

O cenário de competição é aberto entre as empresas e cada uma busca ampliar seu marketshare (grau de participação no mercado). Porém, elas acabam se especializando de acordo com o tipo de carga, ainda que mais de uma opere o mesmo tipo, garantindo a concorrência. O que incomoda as empresas que operam dentro das regras estabelecidas pelo órgão regulador (Antaq) é que existem as que buscam brechas na lei ou na regulação para operar em condições de desigualdade de competição.

Como isso ocorre?

A legislação já existe, é bem clara e com o Programa de Estímulo ao Transporte de Cabotagem (BR do Mar), há o reforço do espírito de privilegiar investimento através de frota própria ou afretada a casco nu, gerando postos de trabalho e tributos no Brasil. No entanto, algumas empresas ainda se valem de brechas para operar apenas com navios circularizados, que são afretados a tempo por viagem, sem gerar empregos no Brasil. Com isso, conseguem custo operacional inferior, gerando competição desigual. O mercado de cabotagem sempre foi atrativo no Brasil, porém é necessário segurança jurídica. A tramitação do Projeto de Lei (PL) 4199, do BR do Mar, gerou certa insegurança, assim como a demora na sua regulamentação tem reflexos. De qualquer forma, com o mercado crescente e, considerando que para cada contêiner hoje na cabotagem existem mais cinco a seis que poderiam ser transportados nela, certamente há interesse em outras empresas buscarem este mercado. Se surgirem novas empresas, todas serão brasileiras, podendo ter aporte financeiro estrangeiro, pois é assim que a legislação estabelece.

Por que o BR do Mar, sancionado há um ano e meio, ainda não foi regulamentado?

Com a troca de governo, houve uma mudança de política setorial, que deve ser refletida na regulamentação. O BR do Mar trata apenas de afretamento de navios estrangeiros para operar na cabotagem, sem necessidade de consulta ao mercado, em cinco casos: ampliação da frota de propriedade em uma proporcionalidade a ser definida pelo Poder Executivo; afretamento em substituição a embarcação sendo construída no Brasil (200% de tonelagem de porte bruto, TPB); afretamento em substituição a embarcação sendo construída no exterior (100% do TPB); afretamento para atender contrato de longo prazo e afretamento para atender operações especiais (mercados não atendidos atualmente).

Qual a importância do Porto de Santos na cabotagem?

Santos tem grande relevância para as cargas conteinerizadas, que estão muito ligadas a produtos industrializados, mas para a cabotagem Santos ganha dois itens de atração. O primeiro é, que sendo um grande centro consumidor, mantemos o abastecimento da hinterlândia do porto, trazendo produtos de outras regiões do Brasil. Mas também sendo um grande produtor, levamos estes produtos para as demais regiões do pais. Isto é muito importante, pois embarcamos e desembarcamos elevadas quantidades de contêineres em Santos. O segundo, e também muito importante, é que sendo o maior porto da América Latina, grande número de rotas internacionais faz escalas em Santos. Com isso, não sendo economicamente viável ou, às vezes, pela inviabilidade do navio de longo curso entrar em portos de menor profundidade ou com baixa quantidade de carga, as cargas são transbordadas em Santos e, depois, levadas até seu destino final pela cabotagem, ou o inverso.

Correio Braziliense - DF   25/07/2023

Se jogarmos o foco sobre o que ocorreu no segmento de infraestrutura como um todo, nas últimas décadas, veremos que o investimento literalmente colapsou nesse segmento. De uma participação da ordem de 5,5% do PIB nos anos 1980, passamos para percentuais gastos ao redor de 1,5% do PIB em anos mais recentes. Como seria de se esperar, dado o forte elo entre a expansão da infraestrutura e a do PIB, observou-se, simultaneamente, uma forte redução na taxa de crescimento dessa última variável. Assim, por conta de nosso baixo nível de investimento em geral, e particularmente em infraestrutura, as taxas médias de crescimento daquele que os economistas chamam de PIB Potencial se encontram hoje em patamares muito baixos para os nossos padrões, mal chegando a 2% anuais. De onde vem isso?

No caso da União, por trás está o forte crescimento dos gastos previdenciários, que consumiam cerca de 19% do total em 1987, e passaram a representar algo próximo de 52% das despesas primárias em 2021. Movimento similar ocorreu com os estados brasileiros em função do envelhecimento da população e da não renovação integral do número de servidores ativos. A situação atual é caracterizada, em primeiro lugar, por um forte deficit financeiro anual: somente os regimes próprios dos estados registraram um deficit de R$ 85 bilhões em 2022. Ali, a União registrava um deficit de R$ 50,5 bilhões, e os municípios, de R$ 5,7 bilhões. Essa situação aparentemente mais confortável para estes reflete apenas o fato de se tratarem de regimes próprios mais recentes.

O mais grave, contudo, é que o problema previdenciário não se limita aos deficits financeiros que vêm sendo observados ano a ano, mas embute um elevado deficit atuarial. Expressos, como nesse caso são, em termos de valor presente, os deficits atuariais mais recentes nos regimes próprios dos estados totalizam R$ 3,1 trilhões; o do regime próprio da União, R$ 1,3 trilhão; e o dos regimes próprios municipais, R$ 0,9 trilhão. Dessa forma, a pressão sobre as contas públicas, decorrente da necessidade de pagar as aposentadorias desses regimes, permanecerá por muitas décadas ainda. O que fazer?

Nesse cenário, a forma de ajuste das contas públicas que tem sido escolhida (e que certamente continuará a ser feita na ausência de novas reformas e outras providências) é por meio da compressão das despesas discricionárias, notadamente os investimentos. Não é por outro motivo que, quando se decompõe o investimento em infraestrutura nas últimas décadas, observa-se que a maior parte da redução decorreu da queda dos investimentos públicos.

Já a situação dos investimentos privados, que se têm mantido em patamares reduzidos (ainda que estáveis), ao redor de 1% do PIB, o que é obviamente pouco para os desafios que se colocam à frente do país, tem variado conforme o segmento considerado.

Em síntese, para que o Brasil alcance taxas mais elevadas de crescimento do seu PIB, é necessário que o investimento em infraestrutura aumente, tanto mediante a injeção de um maior volume de capital público quanto de capital privado. Para aumentar o investimento público, é óbvio que é preciso garantir que os entes federativos disponham de recursos para tal, e, portanto, que é imprescindível equacionar o seu desequilíbrio previdenciário. Já no caso do setor privado, é preciso ter um diagnóstico adequado à mão que evidencie com clareza os principais obstáculos que se interpõem à sua expansão, algo que envolve diferentes situações e encaminhamentos, conforme o segmento considerado.

A solução que venho apresentando em diversos fóruns para o equacionamento da questão previdenciária passa por apartar parte das receitas dos entes públicos para constituir um fundo que pagará as aposentadorias dos servidores que ingressarem no regime próprio a partir de uma determinada data. Esse fundo deverá ter gestão privada e investir em ativos que garantam retornos, em média, mais elevados do que os dos títulos públicos, e poderá contar com aportes do setor privado.

Como tenho falado à larga em meus canais sobre o equacionamento do problema pelo lado público, especial importância deveria ser dada, agora, à infraestrutura portuária, em que a participação do setor privado é decisiva, e, no caso brasileiro, vem recebendo investimentos inferiores aos modais com que ela diretamente compete, quais sejam, o rodoviário e o ferroviário. Caberá ter à mão, também, uma comparação da situação brasileira com a dos demais países, em especial com a situação dos países emergentes, notadamente a dos latino-americanos.

Em 2019, elaborei um estudo que listava os principais desafios setoriais daquele momento: ameaça sobre a possibilidade de cobrança de um serviço de segregação e entrega (SSE); proibição de cobrança pelo serviço de escaneamento; risco de tabelamento dos serviços oferecidos pelos terminais portuários e cobrança do IPTU para as concessionárias. Essa lista está certamente desatualizada, e, portanto, será necessário reexaminar o assunto para poder avaliar quais são os principais problemas que o setor portuário vem enfrentando no país no momento e as possíveis formas de equacioná-los.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   25/07/2023

Com a implantação de 33 km no primeiro semestre do ano, Santa Catarina chegou a 1.470 km de infraestrutura de distribuição de Gás Natural no primeiro semestre de 2023. O combustível abastece mais de 24 mil consumidores, em 70 municípios catarinenses, e impulsiona cada vez mais o desenvolvimento do estado.

Entre janeiro e junho, a rede de distribuição da SCGÁS chegou a duas novas cidades: Garuva e Guabiruba, que passam a contar com a eficiência energética do gás canalizado. Ainda em junho, foi assinada a Resolução Aresc n° 256, que autoriza a instalação de um Ponto de Entrada de Siderópolis e amplia em mais que o dobro a capacidade de oferta de Gás Natural na região sul do estado. Serão aproximadamente R$ 38 milhões investidos na expansão que, além de garantir maior segurança operacional, assegura também um aumento na eficiência em toda a cadeia produtiva.

aumento no número de consumidores também foi outro destaque neste período. Nos últimos seis meses, a Companhia registrou cerca de 600 novos usuários, dentre indústrias, comércios, residências e postos de abastecimento de Gás Natural Veicular (GNV).

Além da ampliação de rede, a SCGÁS tem se empenhado para fomentar a competitividade do energético no mercado. A tarifa do Gás Natural em Santa Catarina é regulada pela ARESC e sua revisão acontece semestralmente. Com os reajustes de janeiro e julho deste ano, houve um acumulado de -22,8% na tarifa média do combustível para os segmentos. Para o início do próximo ano, a perspectiva também é de redução tarifária.

Um dos fatores que influenciaram na redução exponencial da tarifa do Gás Natural aos consumidores é a assinatura de melhores contratos de suprimento do energético. A Companhia celebrou duas novas contratações de compra e venda de Gás Natural com a Petrobras, com vigência a partir de 2024 e 2026. Hoje, a SCGÁS passa a contar com 7 contratos de suprimento assinados com a Petrobras, Tradener e Galp, reforçando a dinamicidade no mix de supridores, trazendo maior competitividade ao mercado e otimizando as condições de suprimento de Gás Natural em SC.

Petro Notícias - SP   25/07/2023

O Instituto de Energia da PUC-Rio (IEPUC) fez um novo estudo para avaliar o potencial e as condições de viabilização da oferta de gás natural para uso como matéria-prima nas indústrias química e de fertilizantes no Brasil. A principal constatação do trabalho é que o Brasil tem condições de triplicar a oferta de gás nacional ao mercado até o final da década, chegando a 135 milhões de metros cúbicos diários em 2029. O estudo já foi apresentado à equipe do Ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, no início do mês.

“O estudo é um insumo para o diálogo. Ele foi contratado no sentido de contribuirmos para o debate qualificado para a definição de políticas públicas do gás como matéria-prima, no qual todos os stakeholders devem participar, da produção ao consumo passando por todos os elos deste sistema (escoamento, processamento, transporte etc)”, disse o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos Cordeiro.

O estudo do IEPUC verificou que uma parcela importante da produção brasileira de gás natural não chega ao mercado, sendo que, nos últimos 10 anos, o percentual da produção total que é disponibilizada vem caindo e atingiu menos de 40% em 2022. Esta queda, em muito, é explicada pelo crescimento contínuo dos níveis de reinjeção de gás nos reservatórios. Essa reinjeção, por sua vez, ocorre em sua maioria na região do pré-sal, onde o volume reinjetado já ultrapassa 60 milhões de m³/dia – o que representa mais de 40% da produção total de gás natural de todo o Brasil.

“O estudo reforça o acerto do Governo Federal liderado pelo Ministério de Minas e Energia no lançamento do Programa Gás para Empregar, aprovado recentemente em resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Este Programa representa uma grande oportunidade para o desenvolvimento e reindustrialização do país, buscando caminhos que possam viabilizar o aumento da oferta de gás natural no mercado doméstico, a preços competitivos”, comentou o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), Joaquim Maia (foto à direita).

BACALHAU E TUPI COM POTENCIAL PARA PRODUZIR GÁS COM BAIXO NÍVEIS DE CO2

O estudo levantou qual seria a estimativa do volume total de gás reinjetado atualmente nos campos do pré-sal, que poderia ser escoado através da revisão das decisões sobre a reinjeção e se não houvesse restrições de infraestrutura. Essa análise considerou o nível de contaminantes no gás natural de cada área produtora, chegando assim, a uma outra principal conclusão do estudo: as áreas mais promissoras para produção de gás natural não possuem níveis elevados de CO2, existindo áreas com potencial para gás natural praticamente sem o contaminante, que é o caso de Bacalhau e de Tupi – que possuem em média 5% de CO2. O campo de Búzios possui em torno de 25%, teor que ainda viabiliza o seu tratamento e escoamento de gás especificado.

O trabalho explicita, ainda, que pouco mais de 50% do gás reinjetado é referente ao CO2 separado nas plataformas e de gás natural de arrasto, ou seja, volume de gás natural que acaba sendo levado junto com o CO2 no processo de tratamento do gás na plataforma. Portanto, quase a metade do volume reinjetado atualmente, ou cerca de 30 milhões de m³/dia, poderia vir para o mercado se houvesse capacidade de escoamento. Isso significa que, havendo condições logísticas, o pré-sal poderia de imediato duplicar o volume total hoje disponibilizado pela região.

Parte desse volume deverá ser escoado pelo Projeto Rota 3 (rota de escoamento e unidade de tratamento em Itaboraí/RJ), que está atrasado há mais de 7 anos, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), e previsto para entrar em operação ao final de 2024. Além disso, é importante a readequação da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Caraguatatuba e da Rota 1 que conecta esta UPGN ao Pré-Sal.

Neste caso, em particular, a Rota 1 está limitada a escoar 10 milhões de m³/dia de gás (ante a capacidade nominal de 20 milhões de m³/dia). Este importante gargalo técnico decorre da incapacidade no processamento do gás do pré-sal pela UPGN de Caraguatatuba, que foi projetada para o gás do pós-sal de Mexilhão, e está operando fora da especificação. Todo este gás adicional de 30 milhões de m³/dia poderia ser ofertado ao mercado até 2027.

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