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24 de Abril de 2023

INDA

Diário do Comércio - MG   24/04/2023

Tanto as vendas quanto as compras por parte dos distribuidores cresceram em março, de acordo com o Inda

Por Michelle Valverde
21 de abril de 2023

Diante dos anúncios de reajustes nos preços do aço, que irão variar de 4% a 7,5% dependendo da siderúrgica e do produto, as compras e vendas por parte das distribuidoras de aços planos superaram as expectativas em março. De acordo com os dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), as compras tiveram alta de 29,3% e as vendas subiram 25,7% perante fevereiro.

Apesar do incremento, as estimativas são cautelosas em relação ao resultado de abril. Com a alta nos custos, demanda enfraquecida e menos dias úteis é esperado recuo de 11% nas vendas e nas compras ao longo do quarto mês de 2023.

Conforme os dados do Inda, em março, as compras das empresas distribuidoras aumentaram 29,3%, na comparação com fevereiro, chegando a um volume total de 360,7 mil toneladas de aços planos, contra 279 mil registradas no mês anterior. Frente a março do ano passado, quando foram compradas 345,9 mil toneladas, a alta foi de 4,3%.

Com o resultado de março, as compras do setor nos últimos 12 meses acumulam alta de 2,01%. No primeiro trimestre, período em que foram adquiridas 959,4 mil toneladas de aços planos, foi registrada variação positiva de 1,8% nas compras do setor se comparadas com igual intervalo de 2022.

“A grande motivação para essa compra maior em março é a discussão dos aumentos de preços que aconteceram e estão acontecendo agora em abril. Isso fez com que as empresas tentassem comprar um pouco mais de material nos preços antigos”, explicou o diretor executivo do Inda, Carlos Loureiro.

Em relação às vendas de aços planos, em março, houve uma alta de 25,7% quando comparada a fevereiro, atingindo o montante de 370,3 mil toneladas, contra 294,5 mil vendidas em fevereiro. Já sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 382,9 mil toneladas, o volume de vendas recuou 3,3%.

“Em vendas, ao longo de março, também tivemos uma surpresa, provavelmente, pela mesma razão que levou ao aumento das nossas compras. Os nossos clientes aumentaram as compras antes dos reajustes. Nossa estimativa era crescer 15% e fechamos março com 25,7% de alta sobre fevereiro. É um número relativamente bom tendo em vista a situação geral do mercado”, apontou.

Nos últimos 12 meses, as vendas das distribuidoras de aço cresceram 3,2% e somam 3,7 milhões de toneladas. No trimestre, as vendas estão praticamente estáveis, com pequena queda de 0,6%.

“Encerramos o primeiro trimestre com queda de 0,6%. Analisando mais o mercado, isso nos leva a reduzir a previsão de crescimento – que era de 2,5% a 3% – para um zero a zero ou no máximo 1% de crescimento em 2023 frente a 2022”.

O estoque de março retraiu 1,2% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 800,6 mil toneladas, contra 810,2 mil. O giro de estoque fechou em 2,2 meses, o que é considerado baixo para a média do setor.

“Apesar da compra ter sido boa em março, ela foi quase 10 mil toneladas menor que as vendas. Isso fez com que nosso estoque caísse. A rotação de 2,2 meses é um número bem baixo tendo em vista a nossa média de 2,9 a 3 meses. Realmente, os distribuidores estão com bastante cuidado em relação ao aumento do estoque. Isso é resultado da situação de juros do mercado, que faz com que o estoque a mais, que não gira, tenha um custo bastante elevado”, completou o representante do Inda.
Expectativa para abril

Para abril de 2023, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma queda de 11% em relação ao mês de março. Além de abril ter menos dias úteis, o aumento dos preços dos produtos anunciados pelas siderúrgicas e o mercado enfraquecido irão impactar na demanda.

“Vemos os aumentos como necessários para as usinas, mas,por outro lado, temos um mercado muito fraco. Então, isso vai significar uma grande dificuldade das distribuidoras repassar estes aumentos. Vai ter que ser repassado porque no momento estamos trabalhando com margens muito baixas e não será possível absorver esses aumentos. A grande briga da distribuição será repassar os aumentos”, finalizou Loureiro.

Portal Fator Brasil - RJ   24/04/2023

O Instituto Nacional dos Distribuidores (Inda) divulgou os resultados de fechamento do mês de março de 2023, referente ao segmento de aços planos no dia 20 de abril (quinta-feira), cujos os destaques foram para as compras que registraram alta de 29,3% pante a fevereiro, com volume total de 360,7 mil toneladas contra 279 mil. Comparado a março do ano passado (345,9 mil toneladas), apresentou alta de 4,3%.

As vendas de aços planos em março contabilizaram alta de 25,7% quando comparada a fevereiro, atingindo o montante de 370,3 mil toneladas contra 294,5 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 382,9 mil toneladas, registrou queda de 3,3%.

Estoques — Em número absoluto, o estoque de março obteve queda de 1,2% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 800,6 mil toneladas contra 810,2 mil. O giro de estoque fechou em 2,2 meses.

Importações (Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro- Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume) As importações encerraram o mês de março com alta de 8,3% em relação ao mês anterior, com volume total de 167,1 mil toneladas contra 154,2 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (125,3 mil toneladas), as importações registraram alta de 33,3%.

Projeções — Para abril de 2023, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma queda de 11% em relação ao mês de março — conclui o presidente-executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro.

Monitor do Mercado - SP   24/04/2023

Na comparação mensal, em relação a fevereiro, houve alta de 25,7%

As vendas de aços planos recuaram 3,3% em março de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, ficando em 370,3 mil toneladas, segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Na comparação mensal, em relação a fevereiro, houve alta de 25,7%.

No mês passado, as compras de aços planos cresceram 4,3%, em base de comparação anual, para 360,7 mil toneladas. Com relação a fevereiro, em que foram compradas 279 mil toneladas, as aquisições cresceram 29,3%.

Segundo o presidente executivo do instituto, Carlos Jorge Loureiro, as usinas aumentaram em média 5% os preços. A rede trabalha com margens muito apertadas e terão que repassar esses aumentos", comentou.

Loureiro também destacou que diante dos juros altos, as empresas estão controlando seus estoques. "É preciso muito cuidado com o crescimento do estoque. Há um custo financeiro muito alto diante dos juros altos", explicou.

O presidente do Inda lembrou também que o setor automobilístico tem diminuído sua produção, impactando diretamente a demanda por aço. A Scania, por exemplo, decidiu no mês passado diminuir sua produção para um turno na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). A decisão é reflexo das vendas baixas, diante do cenário de juros em alta, crédito reduzido e economia desaquecida, destacou Loureiro.

Em março, os estoques diminuíram 1,2% perante fevereiro, atingindo o montante de 800,6 mil toneladas. O giro dos estoques, por sua vez, fechou em 2,2 meses.

As importações avançaram 33,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, com volume de 167,1 mil toneladas. Na comparação mensal, em relação a fevereiro, houve avanço de 8,3% nos embarques. Para este abril, a expectativa do Inda é de que tanto a compra quanto a venda tenham queda de 11% em relação a março do ano passado.

SIDERURGIA

IstoÉ Online - SP   24/04/2023

A Usiminas publicou nesta quinta-feira lucro líquido de 544 milhões de reais no primeiro trimestre, uma queda ante o desempenho positivo de cerca de 1,3 bilhão obtido um ano antes, mas acima das expectativas do mercado.

A companhia apurou um desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 783 milhões de reais entre janeiro e março, queda de 50% sobre um ano antes.

Analistas, em média, esperavam que a Usiminas publicasse lucro líquido de 336,5 milhões de reais para o primeiro trimestre e Ebitda de 760,9 milhões, segundo dados da Refinitiv.

A companhia, uma das maiores produtoras de aços planos do Brasil, e que tem a Ternium como uma de seus principais acionistas, teve faturamento de 7,25 bilhões de reais no trimestre passado ante previsão média de analistas de 7,67 bilhões, segundo a Refinitiv.

A Usiminas estimou vendas de aço de 900 mil a 1 milhão de toneladas no segundo trimestre. Um ano antes, o volume vendido no período foi de 1,088 milhão de toneladas.

No primeiro trimestre, a companhia teve vendas de 1,035 milhão de toneladas de aço, crescimento de 7% sobre os três últimos meses de 2022, mas queda de 9% na comparação anual.

REFORMA DO ALTO-FORNO 3

A Usiminas inicia este mês a paralisação do alto-forno 3 da usina em Ipatinga (MG) para uma reforma geral bilionária, uma tarefa que tem feito a companhia trabalhar há meses na montagem de estoques de aço para que possa atender a demanda ao longo deste ano.

Segundo a companhia, o investimento na reforma é de 2,7 bilhões de reais e o pico das obras será em junho. A empresa havia informado anteriormente que o equipamento ficaria parado por cerca de 110 dias. Para as reformas, que incluem também a aciaria 2 da usina, a Usiminas afirmou que serão gerados 9 mil postos de trabalho temporário.

Money Times - SP   24/04/2023

A Usiminas (USIM5) abriu a temporada de resultados do 1T23 do setor de mineração e siderurgia nesta quinta-feira (20) com números “fortes”, segundo o Santander.

A siderúrgica registrou um lucro líquido de R$ 544 milhões nos três primeiros meses do ano, aumento de R$ 1,4 bilhão ante o resultado líquido do trimestre anterior.

Os dados foram impulsionados, principalmente, pelos sólidos volumes de vendas de aço e o melhor desempenho de custos da divisão de siderurgia, pontuam Rafael Barcellos e Arthur Biscuola.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia foi de R$ 783 milhões no primeiro trimestre do ano, 10% acima da estimativa do Santander e 13% acima do consenso.

Do lado negativo do resultado, a Usiminas divulgou seu guidance de volumes de vendas de aço no 2T23 entre 0,9 milhão e 1 milhão de toneladas, o que implica volumes mais fracos na próxima temporada.

Apesar disso, o banco não alterou a sua recomendação “neutra” para as ações da companhia, com um preço-alvo a R$ 8,50. Por volta das 11h50, as ações da Usiminas recuavam 0,67% na Bolsa, a R$ 7,40.

Os fundamentos dos analistas se baseiam na “relação entre risco e recompensa equilibrada” da ação, conforme pontuaram no último relatório de atualização de estimativas do Santander, divulgado no início da semana.

A falta de geração de FCF (Fluxo de Caixa Livre) da Usiminas no ano e a baixa visibilidade na atividade de demanda doméstica são os principais argumentos para a posição do banco na Usiminas.

Construção Latino-americana - SP   24/04/2023

O Instituto Aço Chileno (ICHA) informou que o consumo aparente de aço em 2022 registrou uma queda acentuada de quase um milhão de toneladas. Segundo explicou Juan Carlos Gutiérrez, diretor executivo da entidade, o consumo aparente de aço, correspondente à produção local mais as importações e descontadas as exportações do país, foi de 2.289.000 toneladas, o que representa uma queda de 30,4% em relação ao ano anterior.
Por produtos

O menor consumo de aço se refletiu principalmente nos aços planos, compostos por produtos em bobinas e laminados retos, a quente e a frio, com e sem revestimento. 2021. O menor consumo de 574 mil toneladas explica, por sua vez, 57,5% da queda no consumo aparente de aço total.

Já os aços longos (compostos por barras retas e em bobinas, perfis leves e pesados, além de laminados a quente) que registraram o menor consumo desde 2018. Em 2022, o consumo aparente desses produtos atingiu um volume de 1.082.000 toneladas, que equivale a uma queda de 28,7% em relação a 2021. As 436 mil toneladas a menos consumidas em 2022, por sua vez, explicam 43,5% da queda no consumo total aparente de aço.

Por outro lado, os tubos sem costura mantiveram a tendência de consumo médio positivo de maio de 2020 a dezembro de 2022, com consumo positivo mais forte a partir de maio de 2022, atingindo taxa média de 0,12%.
Projeção de consumo aparente de aço 2023

O ICHA previu um consumo aparente de aço para 2023 com crescimento de 7,1% em relação a 2022, atingindo 2.450.000 toneladas.

O “Steel Report” é desenvolvido por uma equipe especializada no mercado siderúrgico, que coleta e analisa os dados fornecidos por fontes oficiais, públicas e privadas, bem como os fornecidos pela World Steel Association e ALACERO.

Valor - SP   24/04/2023

Reforma do Alto Forno 3 é um dos maiores investimentos da companhia na última década, com aporte de R$ 2,7 bilhões

A Usiminas fará a parada do Alto Forno 3 da Usina de Ipatinga (MG) nos próximos dias. De acordo com o presidente da companhia, Alberto Ono, a preparação para a parada corre dentro do planejamento.

“As obras na parte periférica do equipamento correm dentro do planejado”, afirmou Ono, em teleconferência para analistas de mercado e investidores.

De acordo com o executivo, toda a preparação da estocagem de produtos semi-acabados para atender os clientes no período em que a produção de gusa e aço será reduzida em Ipatinga está completa.

“A aquisição de placas para consumo no período de parada está praticamente concluída”, afirmou Ono.

A reforma do Alto Forno 3 é um dos maiores investimentos da Usiminas na última década, com aporte de R$ 2,7 bilhões.

Para a obra, de setembro do ano passado a abril deste ano foram feitas 6 mil contratações pela Usiminas e por empresas terceiras. O pico da obra será em junho, com geração de cerca de 9 mil empregos temporários, somando as intervenções no Alto Forno 3 e na Aciaria 2, informou a Usiminas.

A empresa já investiu R$ 540 milhões em compras de materiais nos municípios próximos à Usina de Ipatinga e mais de R$ 100 milhões foram investidos em serviços de apoio às obras na região.

Alberto Ono, presidente da Usiminas — Foto: Silvia Costanti / Valor

Reparos na coqueira 2

A Usiminas informou ainda, durante a teleconferência, que fará reparos na coqueria 2 a partir do início de 2024. A reforma da coqueria 3 ainda está em fase de estudos. O principal foco neste ano é o investimento na reforma do Alto Forno 3 de Ipatinga (MG), que terá início na semana que vem, segundo o vice-presidente industrial da Usiminas, Américo Ferreira Neto.

A reforma do Alto Forno 3 vai exigir 110 dias de parada do equipamento. Ferreira disse que as ações anteriores à reforma do alto forno foram feitas de acordo com o planejamento, como a drenagem do material remanescente do alto forno, que inclui o “blowdown”, que é o desligamento do alto forno por meio da redução de carga até o nível das ventaneiras, e o chamado “vazamento de salamandra”, que é a drenagem do material remanescente que fica no interior do cadinho, logo abaixo da ventaneira.

O vice-presidente de finanças da Usiminas, Thiago Rodrigues, disse que, por conta da obra, haverá uma aceleração de investimento no segundo e no terceiro trimestres deste ano. A projeção de investimentos para 2023 está mantida em R$ 3,2 bilhões.

O executivo acrescentou que não espera uma mudança significativa em termos de capital de giro no segundo trimestre, mesmo com a aceleração do investimento.

Contratos renegociados

A Usiminas reduziu em 12%, em média, o preço dos contratos de fornecimento ao setor automotivo que venciam em abril, informou o vice-presidente comercial, Miguel Homes, durante a teleconferência. O reajuste ficou em linha com o aumento de preços feito nos contratos que venceram em janeiro.

Os contratos que vencem em abril representam 80% do volume de vendas para o setor automotivo, segundo Homes.

O executivo acrescentou que os preços médios praticados em março ficaram em torno de 1,5% abaixo do preço médio de todo o trimestre. A redução, segundo Homes, está relacionada ao mix de vendas do período e ao reajuste nos preços de 20% dos contratos. O executivo observou que 25% das vendas foram de produtos de segunda qualidade negociados em contratos para o mercado físico asiático.

“Para o segundo trimestre o foco é a exportação de produtos de maior valor agregado para mercados tradicionais. Vamos manter a exportação regular para o mercado argentino no segundo trimestre. E vamos continuar entregando volumes regulares para nossa carteira”, afirmou Homes.

O vice-presidente acrescentou que todos os setores clientes da Usiminas têm sofrido o impacto da alta de juros e da oferta de crédito mais restrita. De acordo com o executivo, a previsão para o segundo trimestre de um volume de vendas um pouco mais baixo deve-se à expectativa de demanda para o período, não tendo relação com a parada do Alto Forno 3.

Rodrigues acrescentou que há no mercado uma tendência de aumento nos preços das placas, que serão usadas em maior escala pela companhia a partir deste mês, com a parada para manutenção do Alto Forno 3 de Ipatinga (MG). Com isso, pode haver uma maior pressão de custos no segundo trimestre, em comparação com o primeiro trimestre.

“Não deve haver uma mudança muito significativa em termos de custos, mas existe a possibilidade de termos margens mais apertadas no segundo trimestre”, afirmou Rodrigues.

Valor - SP   24/04/2023

Em 2022, e até o início do ano, a siderurgia chinesa estava impactada pelas medidas "covid zero" do governo chinês e por uma economia com expansão represada

A China, com sua pujança consumidora de matérias-primas metálicas, bem como de grãos, volta a ser protagonista na produção mundial de aço. O país reportou crescimento de 6,9% no volume de aço bruto fabricado em março, de 95,7 milhões de toneladas, conforme dados divulgados nesta-sexta-feira (21) pela World Steel Association (WSA), que é baseada em Bruxelas.

Em 2022, e até o início do ano, a siderurgia chinesa estava impactada pelas medidas "covid zero" do governo chinês e por uma economia com expansão represada. As incertezas locais, devido à falta de uma política mais firme do governo para obras de infraestrutura e imobiliárias, e também por impor restrições de contenção de emissões de carbono nas zonas industriais, levaram o setor no país a fechar com queda de produção no ano passado.

A expectativa de analistas é que a retomada econômica da China seja acelerada neste ano, com previsão de alta do PIB superior a 5%. O país responde por quase 55% do consumo e produção global de aço, sendo responsável pela importação de mais de 1,1 milhão de toneladas de minério de ferro para abastecer os altos-fornos de suas siderúrgicas.

De janeiro a março, a produção de aço chinesa subiu 6,1%, totalizando 261,6 milhões de toneladas, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, informa o boletim da WSA.

Com o impulso chinês, o volume mundial produzido em março — conforme os números divulgados por 63 países que se reportam à entidade — foi de 165 milhões de toneladas. Isso representou aumento de 1,7% sobre o desempenho de um ano atrás.

No trimestre, o desempenho global não acompanhou o ritmo do mês passado: encerrou com leve recuo de 0,1%, em 459,3 milhões de toneladas fabricadas.

Apenas a região Ásia/Oceania, que engloba a gigante siderurgia da China, teve desempenho positivo. As demais ficaram no vermelho — União Europeia, América do Norte, América do Sul, Rússia/Ucrânia e outros países da CIS, Oriente Médio, África e outros países europeus fora UE.

Entre os chamados Top 10 produtores de aço do mundo, além da China, que lidera incontestavelmente, em março, a Índia, Rússia (estimativa), Coreia do Sul e Itália registraram expansão na oferta de aço. Japão, Estados Unidos, Alemanha, Brasil e Turquia (menos 18,6%) tiveram desempenho negativo na produção.

A siderurgia turca ainda se refaz dos impactos dos dois terremotos que atingiram o país em fevereiro, os quais afetaram a infraestrutura viária e portuária do país e as operações de várias usinas siderúrgicas na região dos desastres. O resultado acumulado no ano é negativo em 21,5%.

O Brasil, com uma economia desaquecida neste início de ano, produziu 2,7 milhões de toneladas no mês passado, o que representou recuo de 8,7% em relação a um ano atrás. No trimestre, a siderurgia nacional atingiu volume de 8 milhões de toneladas — menos 6,8% sobre mesmo período de 2022.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   24/04/2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu a condução da política monetária em evento com políticos e investidores em Londres, nesta sexta-feira. Segundo ele, se o Copom não tivesse iniciado o ciclo de aperto monetário em 2021, a inflação este ano no Brasil seria de 10%, e os juros teriam que estar em 18,75%, o que levaria o país à recessão.

— Se a gente não tivesse subido os juros, a inflação de 5,8% seria de 10%. A inflação esperada para o outro ano seria de 14%. Se isso tivesse acontecido, basicamente, teríamos que estar com juros de 18,75% hoje para ter o mesmo objetivo — estima o presidente do BC.

Ele completou que, nesse caso, o país entraria em forte recessão no ano que vem.

— Teríamos que, muito provavelmente, subir os juros para o ano que vem, colocando o país em uma recessão entre 3% a 4% — complementa.

Trabalhando com Lula há duas décadas, fotógrafo foi o único brasileiro que subiu a rampa do Planalto três vezes ao lado do presidente

Campos Neto participou do LIDE Brazil Conference, evento que reuniu ministros, governadores e empresários para debater os "desafios econômicos e institucionais" do Brasil e estimular as relações bilaterais com o Reino Unido.

A Taxa Selic está estacionada desde agosto do ano passado em 13,75% ao ano, o que vem estimulando críticas diretas do presidente Lula e de seu governo por limitar o crescimento econômico em nome do combate à inflação.

Também na conferência em Londres, Campos Neto refutou as críticas sobre eventual “atuação política” do Banco Central, em referência à ligação do economista com o governo Bolsonaro. Ele foi indicado pelo ex-presidente no final de 2018 e assumiu em 2019, no processo de regulamentação da autonomia do Banco Central.

— O Banco Central fez a maior alta de juros em um ano de eleição histórica do Brasil. Isso mostra que o banco central atua de forma bastante independente durante o processo de eleição e isso tem várias vantagens, porque na política monetária, quando você atua antes, o custo é menor — diz.

É com essa atuação antecipada que a autarquia projeta uma taxa de inflação de 5,8% para 2023, 3,6% para 2024, e 3,2% para 2025. Ainda esta semana, o presidente do BC, em outro evento em Londres, voltou a dizer que a luta contra a inflação não foi vencida e que o BC vai continuar sendo "persistente".

IstoÉ Online - SP   24/04/2023

A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Cleveland, Loretta Mester, afirmou, nesta quinta-feira, 20, que a autoridade monetária terá que aumentar juros ao pico superior a 5% e mantê-lo nesse nível por algum tempo. Atualmente, a taxa básica está na faixa entre 4,75% e 5,00%.

Em discurso em Ohio, a dirigente reconheceu progressos recentes na estabilização de preços, mas reforçou que a inflação segue “muito alta” nos Estados Unidos e demonstra sinais de estar “teimosa”.”A demanda ainda está superando a oferta nos mercados de produtos e de trabalho”, explicou.

Loretta Mester, que não tem direito a voto nas reuniões deste ano do Comitê Federal Aberto (FOMC), assegurou que o ciclo de aperto monetário está mais perto do fim.

“Precisamente quanto mais alta a taxa dos Fed Funds precisará ir a partir daqui e por quanto tempo a política precisará permanecer restritiva dependerão dos desdobramentos econômicos e financeiros”, comentou a dirigente.

Prudência para próximos passos

Loretta Mester defendeu ainda que o banco central norte-americano deve adotar uma postura “prudente” na definição dos processos passos da política monetária. Ela explicou que parte dos efeitos do aperto recente ainda serão sentidos na atividade econômica e dos preços. “À medida que coletamos e avaliamos essas informações, estou preparado para mudar meus pontos de vista sobre a economia e a política monetária apropriada conforme as mudanças nas condições o justifiquem”, disse.

Acrescentou que prevê que a inflação nos EUA cairá a cerca de 3,75% até o fim do ano e voltará à meta de 2% em 2025. Já a taxa de desemprego deve subir a cerca de 4,5% e 4,75% em 2023, na visão dela. “A demanda subjacente permanece resiliente, mas a atividade econômica começou a desacelerar”, disse.

A dirigente reforçou ainda o compromisso do Fed em tomar medidas necessárias garantir a solidez do sistema financeiro. Segundo ela, os estresses recentes no setor bancário arrefeceram, mas pode haver um impacto negativo nos padrões de empréstimo. “Precisaremos continuar avaliando a magnitude e a duração desses efeitos nas condições de crédito para nos ajudar a calibrar a trajetória adequada da política monetária daqui para frente”, disse.

O Estado de S.Paulo - SP   24/04/2023

Com a escalada inflacionária, uma das medidas adotadas pelo Banco Central é elevar a taxa básica de juros, a Selic. Com isso, o índice que chegou a 2% em 2020 está, atualmente, em 13,75%. Essa elevação tem reflexo direto na economia. Funciona assim: com juros mais altos, diminui o consumo e os preços tendem a cair. Por outro lado, a produção também é reduzida, processo que afeta em cheio os níveis de emprego.

“Quando a Selic sobe, o custo do crédito aumenta e passa a ter atratividade maior para guardar dinheiro e tirar da economia. Isso é ruim, mas é algo esperado para diminuir inflação”, explica Rafael Ribeiro da Silva, especialista de portfólio da Bradesco Asset.

Do ponto de vista do investimento, a Selic mais alta é positiva para os chamados rentistas, que terão rendimentos maiores com dinheiro investido em uma instituição financeira. Significa dizer que, mesmo sem muito esforço e sem correr muito risco, é possível ter um bom retorno financeiro aplicando em ativos de renda fixa.

Quando a Selic estava na casa dos 2% ao ano, menor patamar histórico, investidores precisavam buscar novos ativos, como ações, na tentativa de fazer os seus recursos renderem mais. “Fundos de renda fixa, LCI, LCA, passam a render mais com Selic elevada, porque eles são balizados pela taxa de juros”, afirma Guilherme Silva, assessor de investimentos da Dom Investimentos.

Robson Casagrande, especialista em investimentos e sócio da GT Capital, explica que a Selic interfere diretamente no CDI, indexador que é muito utilizado em empréstimos e aplicações financeiras. “De forma simplificada, uma Selic alta torna os novos empréstimos mais caros e algumas aplicações de renda fixa (pós-fixados em um porcentual CDI ou Tesouro Selic) mais rentáveis. Esse movimento torna a renda fixa muito atraente até para investidores mais arrojados, fazendo com que diminuam o apetite a risco em outras classes de ativos”, comenta o analista financeiro.

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Os ativos que mais se beneficiam com a alta da taxa Selic são os de renda fixa pós-fixados, pois muitos deles estão indexados ao CDI que acompanha esse movimento de alta. Como exemplo, cita Casagrande, um CDB de 120% do CDI hoje está rendendo por volta de 16,38% ao ano. “Se a taxa Selic for para 14% ao ano, este mesmo título renderá próximo a 16,7% a.a.”, calcula.

Já os ativos que mais são afetados negativamente com alta da Selic são os de renda variável. “Um exemplo são os Fundos Imobiliários que perdem atratividade no mercado devido à facilidade do investidor em buscar rentabilidade em ativos de menor risco e com menos volatilidade. Com a Selic a 13,75%, facilmente o investidor consegue uma rentabilidade de 1% a.a. de forma mais segura. Este porcentual é muito próximo do que muitos fundos imobiliários pagam de dividendos. Por isso, muitos desses fundos estão sendo negociados abaixo do seu valor patrimonial”, afirma Casagrande.

Muitas ações também são impactadas negativamente com este cenário de juros altos. Com um custo de capital elevado, as empresas lucram menos e repassam menos dividendos para seus acionistas.

José Faria Júnior, planejador financeiro pela Planejar, cita outros pontos negativos da Selic em alta: o encarecimento do crédito, redução do consumo, maior dificuldade de compra do imóvel devido aos juros mais altos na parcela. “E, talvez o mais importante, a Selic alta combina com crescimento do PIB baixo ou negativo, que reduz o emprego”, avalia.

“Assim, do ponto de vista do planejamento financeiro pessoal, muitos ajustes podem ser necessários, tanto do ponto de vista do endividamento (tentar pré-pagar a dívida no início do processo de alta da Selic, se esta for pós-fixada) quanto do investimento (evitar renda variável e títulos prefixados de longo prazo no início do processo de alta da Selic)”, finaliza o planejador financeiro. Raciocínio parecido pode ser feito em relação principalmente aos investimentos, em momentos de queda da mesma taxa Selic, o que não deve ocorrer no curto prazo.

Diário do Comércio - MG   24/04/2023

O incômodo da indústria com os juros altos no País bateu recorde no primeiro trimestre deste ano. É o que indica uma sondagem divulgada nessa quinta-feira (20) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Conforme a pesquisa, 28,8% dos empresários consultados citaram as taxas de juros elevadas como um dos principais problemas nos três meses iniciais de 2023.

Trata-se do maior percentual registrado por esse fator na série histórica da sondagem, com dados disponíveis a partir de 2015. A CNI afirma que a menção aos juros altos chama atenção porque “está ganhando cada vez mais relevância”.

“Desde 2022, em todos os trimestres, esse problema foi bastante apresentado pelas indústrias e marca um percentual acima de 20% consecutivamente”, diz a entidade, em nota.

A preocupação vem em linha com manifestações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fez críticas em sequência ao BC (Banco Central) e ao patamar da taxa básica de juros, a Selic. No início de fevereiro, Lula disse que o nível da Selic (13,75% ao ano) era uma “vergonha”. O presidente também afirmou na ocasião que a “classe empresarial precisa aprender a reivindicar, a reclamar dos juros altos”.

“Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava. O único dia em que a Fiesp (federação da indústria paulista) falava era quando aumentava os juros. Era o único dia (…). Agora, eles não falam”, afirmou Lula.

A sondagem divulgada pela CNI na quinta-feira consultou mais de 1.600 empresas de pequeno, médio e grande porte no Brasil.

Na lista dos principais problemas da indústria no primeiro trimestre, os juros só ficaram atrás da elevada carga tributária (34,6%) e da demanda interna insuficiente (33,3%), conforme a pesquisa. Essas questões, diz a CNI, costumam aparecer no topo das preocupações dos empresários.

A sondagem ainda aponta que as indústrias indicaram piora nas condições financeiras no primeiro trimestre.

Crédito -O índice que mensura a facilidade de acesso ao crédito apresentou queda de 4,7 pontos, de 42,7 pontos para 38 pontos. O indicador ficou abaixo tanto da linha divisória (50 pontos) quanto da média da série histórica (39,8 pontos).

“Essa dificuldade para acessar crédito está relacionada ao aumento da restrição nos critérios de concessão, dada a taxa de inadimplência alta, inclusive em razão de eventos adversos de grandes empresas varejistas”, afirmou o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

A manutenção da Selic em nível elevado é a arma do BC para tentar conter a inflação. A medida busca frear os preços ao esfriar a demanda por bens e serviços.

O efeito colateral esperado é a perda de fôlego da atividade econômica, porque o custo do crédito fica mais alto para empresas e consumidores.

Inflação -Na quarta-feira (19), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, avaliou que a “batalha” contra a inflação ainda não está ganha e que é preciso “persistir”. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desacelerou a 4,65% nos 12 meses até março. É o nível mais baixo em mais de dois anos.

Para Campos Neto, os dados cheios da inflação continuam “poluídos” por mudanças recentes na taxação de produtos, e os núcleos, que desconsideram preços mais voláteis, seguem altos. (Leonardo Vieceli).

O Estado de S.Paulo - SP   24/04/2023

Amanhã será terça-feira, mas em geral é mais difícil adivinhar o futuro. Ainda assim, esta é a essência de muitas profissões, desde o batedor de pênalti que tenta saber para que lado se jogará o goleiro até o médico a quem se pede o prognóstico de um câncer. Os economistas também se esforçam e desenvolveram modelos matemáticos sofisticados para essa tarefa – com resultados menos que espetaculares.

Prever a inflação é particularmente árduo. Os economistas consultados na pesquisa Focus, do Banco Central (BC), erram com muita facilidade. No fim de 2014, por exemplo, eles previam que a inflação de 2015 seria 6,6%. Ficou em 10,7%, quase o dobro. No final de 2021, a previsão para 2022 era de um IPCA de 3,3%. Veio 10,1%, mais que o triplo. O ano passado foi mais curioso. A estimativa no começo do ano era que a inflação de 2022 ficaria em 5%. Em junho a previsão para o ano subiu para 8,5%. Mas no segundo semestre a inflação despencou, puxada pela queda dos preços administrados que os economistas não previram, e acabou fechando em 5,8%, perto da previsão inicial.

O Banco Central não deixa por menos. Há quatro meses, desde dezembro, sua previsão mensal tem sido superior à inflação efetivamente medida. A autoridade monetária, com notável autocomplacência, chama esse erro de “surpresa inflacionária”.

Todos erramos. O problema é que o BC acredita que as previsões de inflação devem orientar a política de juros, já que as expectativas podem se materializar e se transformar em profecias autorrealizáveis, exigindo uma Selic mais alta.

Essa hipótese é questionável do ponto de vista teórico, como mostrou Jeremy Rudd, economista do Federal Reserve, banco central americano (ver Why Do We Think That Inflation Expectations Matter for Inflation, 2021). Ninguém sabe quanto será a inflação daqui a 12 ou 18 meses. Nem em que medida essas previsões são capazes de influenciar a formação de preços hoje. Da mesma forma, não se sabe até que ponto o pessimismo do mercado financeiro com o governo Lula da Silva afeta suas previsões.
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Pesquisa recente da Genial Quaest mostrou que 78% dos operadores do mercado têm uma expectativa negativa da economia, contra apenas 20% da população em geral. Será que torcem contra?

No desenho institucional que criamos, não há nenhum ônus para o Banco Central quando ele erra os juros para cima. É preciso instituir o duplo mandato para que a autoridade monetária se responsabilize não só pelo controle da inflação, mas também, com igual peso, pelo nível de atividade. Nossa vida ficará menos difícil se a vida do Banco Central ficar menos fácil./Economista, autor de ‘O Poder das Ideias Erradas’ (ed. Almedina), foi diretor de Política Monetária do Banco Central e professor de Economia da PUC-SP e FGV-SP.

O Estado de S.Paulo - SP   24/04/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vê com bons olhos a mudança da definição da meta de inflação para um período contínuo ao longo do tempo ao invés do ano calendário, como funciona hoje no Brasil. Haddad disse que já conversou com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o assunto.
O presidente Lula, quando foi para a China, disse que na volta talvez fosse o momento de discutir a meta de inflação que não está sendo cumprida.

Na minha opinião, tem o momento de fazer. E eu creio que estou com um cronograma que faz diferença para antecipar ou não determinadas medidas e até determinadas discussões.

Como a meta de inflação?

Como essa, por exemplo. Estamos vendo amadurecer o quadro externo, interno. Esse debate está sendo feito no mundo inteiro e não só no Brasil. Nós estamos acompanhando o debate acadêmico, o mercado, como as pessoas estão reagindo. Há divergências entre os economistas. Os mais reputados até estão a favor de uma mudança de meta.

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O próprio presidente do BC disse que o banco já tinha feito estudo para a meta não seguir o ano-calendário, mas um objetivo contínuo ao longo do tempo

Ele falou disso.
O sr. gosta desse modelo?

É que não existe essa avaliação (anual) em nenhum lugar do mundo. Não tem meta anual em nenhum lugar. Todos os países que adotam meta de inflação é meta contínua.
Então o sr. vê com bons olhos essa mudança?

Lógico que sim. Essa ideia que está circulando faz sentido para mim porque em todo o lugar que estabeleceu regime de metas ela é contínua. Uma exceção que é a Turquia e vamos combinar que não está muito bem de inflação.
O presidente do BC apresentou esse estudo para o sr.?

Formalmente, não. Mas ele comentou. Essa ideia não é minha nem dele. É do mundo inteiro. É a prática mundial. Nós já conversamos sobre isso. E o BC, antes deste governo, já vinha discutindo esse assunto.

É um caminho que o Brasil pode pensar em seguir?

No momento adequado, eu acredito que essa questão vai ser revisitada.
O que achou da análise do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de que o arcabouço é superpositivo?

Eu tenho uma relação institucional com o BC. É uma relação institucional que vem sendo construída. Isso significa que precisamos concordar sobre tudo? Não. Nossa relação vai se manter, independentemente. Desse ponto de vista, eu tenho que manter os canais abertos, de diálogo, de construção conjunta. E colocar as convergências. O BC não é um espectador do que acontece no sistema econômico. Ele é parte, inclusive, da formação de expectativas. O que nem sempre o BC se vê como. Mesmo quando ele decide sentar na arquibancada e assistir o jogo de fora, ele está formando expectativa ao tomar essa decisão. E quando ele entra em campo está formando expectativa também.

MINERAÇÃO

IstoÉ Dinheiro - SP   24/04/2023

A mineradora anglo-australiana Rio Tinto informou que sua produção de minério de ferro foi de 79,3 milhões de toneladas no primeiro trimestre, alta de 11% ante igual período de 2022. Já os embarques de minérios de ferro subiram 16% na mesma comparação, a 82,5 milhões de toneladas, nível recorde para o período. Para 2023, a empresa manteve a projeção de embarcar 320 a 335 milhões de toneladas até o final do ano.

A produção de cobre extraído pela empresa se manteve estável no mesmo período, em 145 mil toneladas, segundo relatório de produção da companhia, divulgado nesta quinta-feira, 20. Em nota, a Rio Tinto rebaixou o seu guidance para a mineração de cobre em 2023 para faixa de 590 mil a 640 mil toneladas, anteriormente projetada para faixa de 650 mil a 710 toneladas. A empresa afirma que a nova estimativa reflete o impacto de problemas nas minas de Kennecott e Escondida.

Sobre Kennecott, a Rio Tinto detalhou que a mina produziu 36% menos no primeiro trimestre devido à falha em uma esteira que liga a mina ao concentrador em março, durante uma nevasca nos Estados Unidos. Segundo a companhia, o concentrador deve operar em níveis reduzidos até pelo menos o terceiro trimestre deste ano.

A Rio Tinto ainda reportou que a produção de alumínio cresceu 7%, a 785 mil toneladas no primeiro trimestre, enquanto a de bauxita teve queda de 11%, a 12,1 milhões de toneladas.

IstoÉ Dinheiro - SP   24/04/2023

Os contratos futuros de minério de ferro de nas bolsas Dalian e Cingapura caíram nesta quinta-feira devido ao aumento da oferta do ingrediente siderúrgico e à produção de aço abaixo do esperado, em meio a preocupações persistentes com o alerta da China sobre aumentos de preços.

O planejador estatal da China disse em um briefing regular que monitorará de perto a dinâmica do mercado de minério de ferro e tomará medidas para limitar os aumentos de preço.

A Rio Tinto, grande fornecedora de minério de ferro, informou na quinta-feira um salto de 15,4% nos embarques de minério de ferro do primeiro trimestre da Austrália Ocidental, desempenho melhor do que o esperado, à medida que a empresa aumentou a produção na mina Gudai-Darri.

A mineradora brasileira Vale divulgou na terça-feira um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior na produção de minério de ferro no primeiro trimestre, impulsionado por seu principal projeto S11D.

O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com queda de 2,62%, para uma baixa de dois meses, de 761,5 iuanes (110,62 dólares) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em maio caiu 1,5%, para uma mínima de três meses de 115,6 dólares a tonelada.

“A oferta australiana sofreu um impacto limitado do ciclone Ilsa, com a reabertura de Port Hedland e nenhuma mudança ano a ano nos volumes de março”, disseram analistas do National Australia Bank em nota.

“As exportações indianas de minério de ferro continuaram melhorando no primeiro trimestre, acrescentando mais pressão para baixo nos preços do minério de ferro”, acrescentaram.

Enquanto isso, a queda mais acentuada do que o esperado na produção semanal de aço também pesou no ânimo, disse Pei Hao, analista sênior da corretora internacional FIS, à Reuters.

A produção de produtos de aço para construção, incluindo vergalhão e fio-máquina, caiu 3,81% para 4,1 milhões de toneladas na semana encerrada em 20 de abril, na comparação com a semana anterior, mostraram dados da consultoria Mysteel.

IstoÉ Online - SP   24/04/2023

A Vale informou que as obras de descaracterização da barragem Campo Grande, localizada em Mariana (MG), começaram nesta quinta-feira (20). Com isso, seis das 18 estruturas alteadas a montante da Vale no Brasil que ainda passarão pelo processo já tiveram as obras iniciadas. Desde 2019, das 30 que usavam esse método de construção, 40% já foram eliminadas, o que equivale a 12 estruturas (nove em Minas Gerais e três no Pará).

Segundo a empresa, os trabalhos na barragem Campo Grande, na Mina Alegria, em Mariana, contemplam a implantação de reforço para a estrutura, além de adequações no sistema de drenagem para melhoria da condição de estabilidade no longo prazo. A previsão é de geração de até 900 empregos, entre trabalhadores diretos e terceirizados, com priorização da contratação de mão de obra local.

A mineradora ressalta que o reservatório está em nível de emergência 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e não recebe rejeitos desde 2015. A conclusão das obras na barragem Campo Grande, que acontecerão em área interna da empresa, sem moradores na Zona de Autossalvamento (ZAS), está prevista para 2026.

“A barragem Campo Grande é monitorada 24 horas por dia, sete dias por semana pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da Vale, além de passar por inspeções rotineiras de equipes internas e externas”, afirma em nota.

Dique 2

Em março, o Dique 2 do Sistema Pontal, localizado na Mina Cauê, em Itabira (MG), também teve as obras de descaracterização iniciadas. Para a estrutura, o processo está previsto para ser concluído neste ano e representará a 13ª barragem alteada a montante da Vale eliminada no Brasil desde 2019.

Segundo a empresa, a barragem Campo Grande e o Dique 2/Pontal estão incluídas no Programa de Descaracterização de barragens a montante da empresa. “A eliminação das estruturas deste tipo do Brasil é uma das principais ações da Vale para evitar que rompimentos como o de Brumadinho voltem a acontecer e faz parte de um processo de mudança na gestão de barragens da companhia”, explica.

A Vale observa, no entanto, que as obras são complexas, trazem riscos e, por isso, as soluções são customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente.

Investimentos

Desde 2019, foram investidos cerca de R$ 5,8 bilhões no Programa de Descaracterização da Vale. Somente em 2022, cinco estruturas foram completamente descaracterizadas. A eliminação de estruturas construídas a montante é um compromisso da Vale, além de atender às legislações federal e estadual vigentes sobre segurança de barragens.

O Estado de S.Paulo - SP   24/04/2023

O setor de mineração teme que a situação de desequilíbrio fiscal dos Estados incentive os governos locais a criar taxas e elevar impostos. O assunto voltou aos holofotes esta semana, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa, em “sessão virtual”, uma decisão liminar do ministro Dias Toffoli que determinou a suspensão de uma elevação de tributo de Goiás. Para Raul Jungmann, presidente do Ibram, entidade que representa as mineradoras, caso o STF não mantenha a suspensão, iniciativas do tipo poderão “viralizar” pelo País, se espalhando por outros Estados e municípios.

O aumento de impostos em Goiás atingiu os setores da agropecuária e da mineração. A medida foi polêmica desde o início – a sessão da Assembleia Legislativa que aprovou a lei sobre o tema, em novembro do ano passado, foi marcada pela invasão do Plenário por agricultores insatisfeitos.

A lei, proposta pelo governo Ronaldo Caiado (União Brasil) instituiu um adicional de até 1,65% no ICMS para abastecer o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra). A Confederação Nacional da Indústria (CNI) contestou a constitucionalidade da cobrança em ação no STF.

A CNI alegou que a lei criou um tributo ou uma parcela destacada do ICMS, o que estaria fora da competência dos Estados definida na Constituição. Também seriam inconstitucionais a tributação de operações de exportação e a destinação dos recursos para um fundo. Para Junggmann, a lei goiana dá um passa por cima da Lei Kandir – legislação federal que isenta do ICMS a exportação de produtos primários e semielaborados, como soja, milho, carnes e minérios.

No último dia 3, o ministro Toffoli acatou parte dos argumentos da CNI e concedeu uma liminar no processo, determinando a suspensão da nova cobrança de tributos em Goiás. Em seguida, a decisão foi levada ao Plenário do STF, em “sessão virtual”. Os ministros têm até a próxima segunda-feira, 24, para se manifestar por meio do sistema on-line no julgamento, que analisa apenas se, na ação judicial movida pela CNI, caberia decisão liminar. O julgamento do mérito – se a cobrança instituída pelo governo goiano é ou não constitucional – segue o trâmite normal e ainda não tem data.
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Até esta quinta-feira, 20, o julgamento estava empatado por dois votos a dois. O ministro André Mendonça acompanhou o relator, Dias Toffoli, a favor da manutenção da suspensão da cobrança extra em Goiás.

Para sustentar a liminar, concedida no último dia 3, Toffoli argumentou que o STF tem jurisprudência sobre a inconstitucionalidade da vinculação de receita de impostos, para além dos casos previstos na Constituição. O relator também alegou que a liminar é necessária para evitar cobranças indevidas enquanto o mérito da questão não é analisado. Do contrário, a cobrança poderia “implicar a necessidade de ajuizamento de outras milhares de ações individuais, com grave prejuízo ao próprio bom funcionamento do Poder Judiciário”.

O ministro Edson Fachin discordou. Em voto divergente, o magistrado não viu no caso os requisitos para que se tomasse uma decisão “cautelar” ou liminar urgentemente. O ministro Alexandre de Moraes concordou com Fachin e acompanhou o voto divergente.

Perda abrupta

Procurado, o governo de Goiás informou, em nota, que suspendeu as cobranças para o Fundeinfra após a decisão de Toffoli. “O Estado acredita que a decisão liminar com efeito suspensivo será revertida no plenário do STF. É importante destacar que o Fundeinfra foi instituído para amenizar a perda abrupta de receitas que Goiás sofreu a partir de junho do ano passado, com a redução das alíquotas de ICMS dos combustíveis”, diz a nota.

Jungmann, do Ibram, reconhece que o problema está nas medidas, tomadas ano passado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que reduziram a arrecadação dos Estados com o ICMS, como no caso dos combustíveis e da energia elétrica. O problema é que a elevação de impostos reduz os ganhos das empresas dos setores atingidos e tende a adiar investimentos, disse o presidente da entidade.

“Se o STF der aval (para a legislação de Goiás), isso vai viralizar”, afirmou Jungmann, que foi deputado federal e ministro nos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Michel Temer (MDB).

Para Jungmann, o atual governo federal deveria atuar para evitar o problema. Por isso, o presidente do Ibram criticou o fato de a Advocacia-Geral da União (AGU) ter se manifestado contra a decisão liminar de Toffoli – portanto, a favor da nova cobrança do governo de Goiás –, no processo no STF. Para Jungmann, o melhor seria “resolver e agilizar a questão das perdas do ICMS o mais rápido o possível, para inibir esse tipo de caça ao tesouro”.

Taxa de fiscalização

Para o Ibram, antes mesmo da nova tributação de Goiás, a busca dos governos locais por mais tributos apareceu nas taxas estaduais de fiscalização sobre atividades de mineração (TFRM). Segundo a entidade, desde que o STF considerou constitucional a adoção da taxa por três Estados – Minas Gerais, Pará e Amapá –, foram criadas cobranças semelhantes em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, oito municípios do Pará e dois em Minas Gerais. Além disso, o governo do Maranhão criou uma taxa referente a cargas transportadas sobre trilhos.

Segundo Jungmann, no caso das TRFM, tem faltado “modulação” por parte dos governos locais na hora de fixar as alíquotas. Em alguns casos, disse o presidente do Ibram, a arrecadação tem sido superior aos gastos do Estado com fiscalização. Para dar um padrão às cobranças, Jungmann disse que a CNI entrará com nova ação no STF.

Investing - SP   24/04/2023

A mineradora global BHP Group (LON:BHPB) Ltd disse nesta quinta-feira que está otimista sobre a demanda de seu principal consumidor, a China, e reafirmou sua perspectiva positiva para a demanda por commodities, mesmo com a empresa relatando uma produção de minério de ferro quase estável da Austrália Ocidental no terceiro trimestre.

Os preços do minério de ferro subiram no trimestre devido ao otimismo relacionado a uma recuperação econômica na China, principal consumidora, depois que o país aliviou algumas das principais restrições contra a Covid-19 em dezembro de 2022 e mudou sua política para o setor imobiliário em declínio.

"Recentes compromissos com clientes na China e na Índia reafirmaram nossa perspectiva positiva para a demanda de commodities", disse o CEO da BHP, Mike Henry.

"A recuperação econômica da China e o sólido impulso no crescimento da siderurgia da Índia (estão) ajudando a compensar o impacto da desaceleração do crescimento nos EUA, Japão e Europa", acrescentou Henry.

A maior mineradora listada do mundo reafirmou sua previsão anual para a produção de minério de ferro da Austrália Ocidental de 278 milhões a 290 milhões de toneladas, e o custo unitário adicional do minério de ferro da Austrália Ocidental foi projetado em 18 a 19 dólares por tonelada.

A BHP, que deve assumir o controle da mineradora de cobre OZ Minerals a partir de maio, manteve seu guidance de produção de cobre entre 1.635 mil toneladas e 1.825 mil, apesar de reduzir a previsão de produção do projeto de cobre Escondida no Chile para entre 1.050 mil e 1.080 mil toneladas.

Para o terceiro trimestre fiscal, encerrado em 31 de março, a gigante da mineração relatou que a produção de minério de ferro das minas que opera na Austrália Ocidental foi de 66,2 milhões de toneladas durante o período de janeiro a março, em comparação com 66,7 milhões um ano antes, já que manteve suas operações fechadas por um dia após uma fatalidade na unidade.

O Morgan Stanley (NYSE:MS) estava estimando uma produção de 67,4 milhões de toneladas.

Na véspera, a concorrente Rio Tinto (LON:RIO), maior produtora de minério de ferro do mundo, reportou embarques recordes de minério de ferro da Austrália Ocidental no primeiro trimestre, enquanto alertou sobre a inflação "persistentemente alta" afetando a atividade econômica.

AUTOMOTIVO

IstoÉ Dinheiro - SP   24/04/2023

Os fabricantes chineses de veículos elétricos estão impulsionando o boom global em um setor no qual as empresas internacionais estão ficando para trás, afirmam analistas e especialistas do setor à AFP.

O apoio do governo aos veículos elétricos, aliado ao interesse cada vez maior dos consumidores, permitiu que as empresas chinesas dominassem o mercado interno, o maior do mundo no setor automobilístico.

O Salão do Automóvel de Xangai, que é realizado a cada dois anos e termina em 27 de abril, revela que as marcas chinesas podem “rivalizar com todos as montadoras tradicionais em todos os níveis, desempenho, qualidade, conforto, não há nada que elas não possam fazer”, ressalta Elliot Richards, especialista em carros elétricos.

“O salão marca o fim do motor de combustão interna e o início da era dos veículos elétricos”, frisou.

As empresas de carros elétricos são muito conscientes de que estão começando a alcançar seus precursores de combustíveis fósseis. “Consideramos os veículos de combustível de alta qualidade como nossos principais competidores”, disse à AFP William Li, diretor-geral da Nio, a “Tesla chinesa”.

As vendas de veículos elétricos e híbridos duplicaram em 2022 e representam mais de um quarto dos veículos comercializados, um nível inédito, assinala a Associação Chinesa de Automóveis de Passageiros (CPCA, na sigla em inglês).

Apesar da desaceleração mundial do setor automobilístico, os veículos elétricos representarão este ano mais de 40% da participação de mercado na China, calcula Li.

No Salão do Automóvel de Xangai estão expostos dezenas de novos modelos, de fabricantes novos e também dos mais antigos.

“O futuro está aqui, agora”, disse à AFP Mike Johnstone, alto executivo da marca britânica de luxo Lotus.

– Marcas chinesas como modelo –

A China dedicou grandes esforços para impulsionar esta indústria. “Eles desistiram de desenvolver motores de combustão” porque não podiam rivalizar com o resto do mundo, analisa Richards.

“Assim eles pensaram: ‘Com os veículos elétricos, podemos nos antecipar aos demais'”, acrescentou.

A partir dos anos 2000, as autoridades centrais e locais injetaram bilhões de dólares em subsídios e isenções fiscais, e licitaram contratos de transporte público para empresas de veículos elétricos.

“Está na origem do sistema econômico do país. O governo chinês sabe concentrar os recursos nas indústrias que pretende desenvolver”, escreveu Zeyi Yang no periódico MIT Technology Review.

A China também desenvolveu a infraestrutura necessária para impulsionar o setor. Segundo o governo, existem mais de 5,8 milhões de estações de recarga no país.

Na província de Guangdong, somente, há aproximadamente três vezes mais terminais de recarga que em todos os Estados Unidos, segundo dados da Bloomberg.

O mercado chinês conta com mais de 94 marcas, que, por sua vez, apresentam mais de 300 modelos diferentes. Um desenvolvimento que os competidores estrangeiros observam de perto, forçados a se reinventarem em um ambiente altamente competitivo.

As marcas presentes no mercado chinês “servem de modelo” para as outras, garante Johnstone, da Lotus.

– Adaptar-se a outros mercados –

As marcas chinesas também visam os mercados estrangeiros, como é o caso da BYD, uma dos principais vendedoras do país. A empresa comercializa seus veículos em cerca de 50 países, incluída a Europa, que se transformou em prioridade.

O grupo de Shenzhen, no sul da China, estabeleceu como objetivo para este ano exportar 300.000 veículos no mundo. No ano passado, exportou 50.000, segundo a emissora de televisão pública CCTV.

A marca Zeekr, que pertence à gigante local do automóvel Geely, anunciou que venderia até o fim deste ano seus primeiros modelos na Suécia e na Holanda. Depois, chegará a outros países.

Spiros Fotinos, diretor-geral da Zeekr para a Europa, explica que as opiniões sobre a qualidade da produção chinesa estão mudando.

“Os consumidores veem muita tecnologia inovadora de segurança, com sistemas de assistência ao motorista que são realmente de ponta”, declarou à AFP.

Mas a partida ainda não foi vencida, adverte Elliot Richards, que assinala que os fabricantes chineses de automóveis terão que se adaptar ao mercado ocidental, que é bastante diferente do seu.

A ambição, contudo, permanece. O gigante asiático, principal emissor mundial de gases do efeito estufa, quer que, em 2035, as vendas de automóveis sejam principalmente de veículos não poluentes.

FERROVIÁRIO

O Estado de S.Paulo - SP   24/04/2023

No primeiro ano de concessão, a ViaMobilidade investiu R$ 1,2 bilhão em melhorias nas linhas 8–Diamante e 9–Esmeralda de trens metropolitanos em São Paulo. A meta é chegar a R$ 4 bilhões de investimentos ao final dos três primeiros anos do contrato, com duração prevista de 30 anos.

Juntas, as duas linhas têm 42 estações e transportam cerca de 1 milhão de pessoas por dia. São mais de 78 km de trilhos que passam por manutenções constantes para trazer mais qualidade e conforto ao passageiro.

Como parte dos investimentos nas linhas 8 e 9, a ViaMobilidade adquiriu 36 novos trens da empresa Alstom, compondo uma frota de 288 carros (vagões). O investimento contribuiu para a reativação da unidade brasileira da empresa de origem francesa, com geração de 700 empregos diretos na região de Taubaté (SP).

No primeiro ano de concessão, a ViaMobilidade investiu R$ 1,2 bilhão em melhorias nas linhas 8–Diamante e 9–Esmeralda de trens metropolitanos em São Paulo. A meta é chegar a R$ 4 bilhões de investimentos ao final dos três primeiros anos do contrato, com duração prevista de 30 anos.

Juntas, as duas linhas têm 42 estações e transportam cerca de 1 milhão de pessoas por dia. São mais de 78 km de trilhos que passam por manutenções constantes para trazer maior qualidade e conforto ao passageiro.

Como parte dos investimentos nas linhas 8 e 9, a ViaMobilidade adquiriu 36 novos trens da empresa Alstom, compondo uma frota de 288 carros (vagões). O investimento contribuiu para a reativação da unidade brasileira da empresa de origem francesa, com geração de 700 empregos diretos na região de Taubaté (SP)..

A primeira composição já foi entregue – está passando por testes e deverá ser colocada em circulação no mês de maio. Produzidos com aço inoxidável, os novos trens são mais leves, consomem menos energia elétrica, têm portas e janelas mais amplas e durabilidade estimada em 40 anos. Incluem vários recursos avançados, como contagem automática de passageiros, mapas dinâmicos de linhas, monitoramento e vigilância por vídeo. Todos os equipamentos e materiais dos revestimentos são antichamas.

Ao mesmo tempo que a frota é renovada, a ViaMobilidade também está investindo em melhorias nas estações. Há obras em andamento em sete estações, sendo cinco da Linha 8–Diamante (Lapa, Imperatriz Leopoldina, Comandante Sampaio, Santa Terezinha e Sagrado Coração) e duas da Linha 9–Esmeralda (Grajaú e Santo Amaro). As intervenções incluem instalação de escadas rolantes, elevadores, piso tátil para pessoas com deficiência visual e piso antiderrapante em pontos estratégicos. Além disso, 28 estações tiveram os banheiros reformados (totalizando 130 boxes) e 18 receberam pintura interna e externa.

E as ações não param por aí. Para assegurar conforto e qualidade na climatização dos trens, 365 aparelhos de ar condicionado passaram por manutenção corretiva, por apresentarem avarias ou baixo rendimento. Mais de 660 discos de freio foram substituídos e 100% dos rolamentos, trocados.

Cerca de 40 km de trilhos foram esmerilhados para reperfilamento e, até o fim de 2024, 60 km de trilhos serão substituídos. Também está prevista a troca de 15 mil dormentes de madeira por dormentes de concreto ainda este ano, e mais 18 mil no ano que vem. Essas peças são instaladas na via, de forma transversal, para dar suporte aos trilhos.

A ViaMobilidade adquiriu 42 veículos auxiliares de manutenção, para tornar mais ágeis e produtivas as atividades realizadas na via e na rede aérea. Desses, 24 já estão sendo utilizados e os demais 18 devem chegar até 2024. Nesse meio tempo, dez veículos foram locados para viabilizar plenamente os trabalhos de manutenção.

Os investimentos previstos para o decorrer da concessão incluem ainda a construção de sete passarelas – uma em Carapicuíba, quatro em Itapevi (Estrada do Prado, Jardim Sorocaba, Jardim Santa Rita e Jardim Portela), uma na travessia da ciclovia da Marginal do Pinheiros (ao lado do Parque Villa Lobos) e no acesso à estação Villa Lobos-Jaguaré. O objetivo é proporcionar opções de travessia segura em locais onde existem passagens em nível.

O Estado de S.Paulo - SP   24/04/2023

Uma ferrovia com 1.567 quilômetros de extensão, prevista para ligar as áreas produtivas de grãos e de carne do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A chamada Nova Ferroeste é, hoje, o maior projeto de infraestrutura de transportes em andamento no País. Estimada em até R$ 35,8 bilhões, a nova ferrovia nasceria a partir de um pequeno trecho de 248 quilômetros de trilhos que já existe, entre os municípios de Cascavel e Guarapuava, no Paraná, para se ramificarem até o interior de Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, formando uma única malha com destino ao porto de Paranaguá, o segundo maior terminal portuário do Brasil, só atrás de Santos (SP).

O empreendimento traz o ineditismo de ser um projeto liderado por um governo estadual, e não por uma empresa ou órgão federal. O governo do Paraná, que começou a estudar a proposta em 2019, já gastou cerca de R$ 40 milhões em fase de estudos de engenharia e de impacto ambiental e, agora, corre atrás da licença prévia ambiental junto ao Ibama - que, porém, está sujeita a análise do impacto da obra em dezenas de terras indígenas.

A licença prévia, documento que assegura a viabilidade ambiental do empreendimento, é vista como etapa básica para que o projeto avance. O plano do governo do Paraná, que já tem as licenças de exploração e concessão de todo o traçado, é conseguir essa autorização ambiental neste ano para, em 2024, fazer um leilão e oferecer o projeto para empresas e investidores. Pelo modelo desenhado, o projeto será oferecido pelo pagamento mínimo de R$ 178 milhões ao governo do Paraná. Quem fizer a oferta maior sobre essa cifra, poderá explorar o trecho comercialmente por 99 anos, prazo que pode ser prorrogado.

Os estudos prévios já encaminhados pelo governo do Paraná receberam sinal verde de órgãos federais como o Incra e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Estadão apurou que o Ibama, a Funai e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) pediram complementos, informações que o governo do Paraná pretende encaminhar até maio.
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O governo estadual busca a licença prévia porque, com essa autorização, sinaliza ao mercado que o empreendimento é viável ido ponto de vista ambiental, trazendo mais segurança jurídica a quem pretende assumir a empreitada.

Obra faraônica

Os estudos de engenharia do projeto dão uma dimensão da proposta que o governo paranaense quer levar adiante. O traçado da Nova Ferroeste prevê que seus trilhos cortem 66 municípios dos três Estados. Um traçado principal teria início em Paranaguá e seguiria até Cascavel, no Paraná. A partir desse ponto, porém, estão previstas três ramificações. A primeira iria até Chapecó (SC), a segunda até Foz do Iguaçu (PR) e a terceira até Dourados e Maracaju (MS).

O Ibama analisou um traçado parcial do projeto, de 1.291 km, sem incluir o trecho até Santa Catarina. Os dados apontam que, para tirar a Nova Ferroeste do papel, será preciso construir 137 pontes, 23 viadutos ferroviários e 54 túneis, totalizando 214 obras desse tipo.

A partir de imagens de satélite do Cadastro Ambiental Rural (CAR), foi possível apurar que nada menos que 2.655 estabelecimentos rurais serão diretamente impactados, além de 589 casas e demais edificações atingidas, das quais 372 habitações ocupadas. Isso significa um trabalho enorme de desapropriação, indenização e remoção. O Ministério Público Federal em Londrina (PR), porém, alerta para os possíveis impactos em aldeias e terras indígenas. Como o processo de licenciamento está em andamento, os órgãos federais não comentam o assunto.

Hoje, Santa Catarina e o Paraná são responsáveis por 70% da exportação da carne de aves e suínos do Brasil. Essa carga, somada aos grãos do Mato Grosso do Sul, levariam à captação de 38 milhões de toneladas no primeiro ano de operação plena da ferrovia. A obra é estimada para ficar pronta em cerca de 7 anos.

Por meio de nota enviada à reportagem, o coordenador do grupo de trabalho do Plano Estadual Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, disse que o empreendimento pode trazer uma redução do custo Brasil da ordem de 30%.

“O traçado que se aproxima da tríplice fronteira a partir do ramal entre Cascavel (PR) e Foz do Iguaçu (PR) beneficia também a Argentina, e especialmente o Paraguai”, afirmou Fagundes. “Hoje um contêiner refrigerado que sai de Cascavel leva em média cinco dias para chegar a Porto de Paranaguá, com o novo traçado esse trajeto de 600 km será feito em 20 horas. A mudança vai aumentar a competitividade da produção nacional e impulsionar a economia regional e nacional.”

Rodoviário

Globo Online - RJ   24/04/2023

Por enquanto, o único sinal de intervenções é o canteiro de obras montado em uma praça na Estrada do Monteiro. A partir da próxima semana, a prefeitura inicia um projeto que pode ultrapassar R$ 600 milhões: a construção de um anel viário para reduzir à metade o tempo de deslocamentos entre Campo Grande e a Avenida Brasil. A obra mais cara da atual gestão do prefeito Eduardo Paes prevê tirar do papel dois túneis, um mergulhão, novos viadutos e vias expressas.

O cronograma anunciado avança pelo calendário eleitoral do ano que vem e aponta a conclusão das obras para o primeiro semestre de 2025. Parte das intervenções, como a conexão com a Avenida Brasil, deve ficar para uma etapa final, mas a construção de um mergulhão no coração do bairro, por exemplo, será concluída até o fim de 2024.

— A proposta é implantarmos no bairro um anel viário que atenda às demandas por mobilidade. A região cresceu muito nos últimos anos. Mas nem toda a infraestrutura acompanhou — disse o secretário da Casa Civil, Eduardo Cavaliere.

Viaduto dos anos 50

No último censo, de 2010, a população de Campo Grande chegou a 328,3 mil moradores (5,19% dos habitantes do Rio). Na época, o bairro já era considerado o mais populoso do Brasil. A infraestrutura viária da região, no entanto, não acompanhou seu crescimento. O Viaduto Alim Pedro, que liga os dois lados de Campo Grande, foi inaugurado em 1957. Hoje, recebe 70 mil veículos por dia (em ambos os sentidos). Nos horários de rush, o motorista chega a perder uma hora para se deslocar entre a Avenida Brasil e o viaduto. Com as intervenções, um mergulhão vai criar uma ligação direta entre a Estrada do Monteiro e a Avenida Cesário de Mello, encurtando caminhos dentro do bairro.

O valor total da intervenção ainda não está fechado porque a obra será feita por etapas. A primeira fase, que já foi licitada, prevê gastos de R$ 286 milhões — o valor inclui as obras do primeiro túnel, entre as estradas da Caroba e da Posse. No dia 28, a prefeitura licita a etapa final do projeto. Essas intervenções estão estimadas em R$ 325 milhões e contemplam o projeto para implantar o segundo túnel, que chegará à Avenida Brasil.

— O trânsito em Campo Grande é ruim demais. Tomara que a obra resolva. Já cansamos de ouvir promessas. Mas a curto prazo estou preocupado porque na certa o trânsito vai piorar por causa das obras. Para quem trabalha no meu setor, poeira e engarrafamento podem afastar clientes — avaliou o comerciante José Salviano Gabriel, de 42 anos, dono de uma padaria na Cesário de Melo.

Segundo fontes da prefeitura, a engenharia financeira para viabilizar a obra com recursos do Tesouro tem um outro lado, o aumento do endividamento da cidade. Os recursos só estão disponíveis porque a prefeitura está captando mais de R$ 1,5 bilhão em empréstimos para arcar com os custos para trocar a frota do BRT e reconstruir o corredor do BRT Transoeste no trecho de Campo Grande ao Terminal Alvorada, na Barra.

A secretária de Infraestrutura, Jessick Trairi, disse que a verba para as intervenções previstas para este ano já está reservada.

— A partir de semana que vem, vamos começar as obras de remanejamento de tubulações nas dades do futuro mergulhão. A construção dessa passagem subterrânea vai ser um serviço complexo, porque vai exigir o rebaixamento do lençol freático. Mas essa tecnologia já é dominada — disse Jessick.

Moradores preocupados

A secretária ainda não definiu a data em que o primeiro túnel será construído. Sondagens estão sendo feitas na rocha para definir o cronograma. O que já se sabe é que serão usados explosivos. As obras exigirão também desapropriações. Na primeira fase do projeto, o município chegou a declarar sete imóveis como de utilidade pública. Mas reviu o traçado, reduzindo o número de desapropriações para três. A segunda etapa que entrará em licitação também deverá exigir novas desapropriações, mas o total está indefinido.

-— Meu condomínio fica próximo ao traçado da nova via. Estamos preocupados. Não apenas pelas desapropriações. Há outras questões. Será construída uma nova via expressa. Tenho um filho autista: ele vai sofrer com o aumento de barulho — diz a administradora Paloma Lopes, de 44 anos, moradora do Condomínio Village Timbaúba.

Jessick, por sua vez, diz que o projeto levou em conta a presença de condomínios na área onde serão construídos os viadutos e os túneis.

— Vamos implantar um sistema de isolamento acústico para reduzir o ruído dos carros — promete.

O vereador William Siri (PSOL) promete acompanhar os trabalhos de perto. Ele teme que as escavações de túneis provoquem degradação ambiental e tem dúvidas se o projeto vai de fato resolver o trânsito caótico do bairro.

— O estudo de impacto viário é de 2004 e, em quase 20 anos, o bairro adensou muito com a inauguração de novos condomínios — diz.

Já a prefeitura afirma que os estudos estão em atualização e haverá investimentos em reflorestamento.

NAVAL

Porto Gente - SP   24/04/2023

Não há nada mais difícil de controlar, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto no seu sucesso, do que liderar a introdução de uma nova ordem (Machiavelli)

A prioridade do Porto de Santos, a partir de hoje, é focar na sua competitividade nos próximos 30 anos e manter a sua liderança que atravessa século, daqui para frente. Assim como o porto oceânico de Maasvlakte multiplicou a movimentação de mercadorias no porto de Roterdam/Holanda, o porto oceânico de São Vicente-Praia Grande vai estender o complexo portuário de Santos e multiplicar a sua movimentação. Deste modo, vai promover um novo e próspero ciclo de progresso dessa região portuária e de toda a sua hinterlândia.

Esse porto oceânico de São Vicente-Praia Grande/SP é um projeto de finalidade definida, há tempo, para aumentar a atual profundidade do Porto de Santos além da tentativa sem sucesso, anos atrás, dos 17 metros. Assim, receber os grandes navios do mundo e ser um porto Hub (concentrador) dos demais portos com pouca profundidade, impeditiva para operar nas grandes rotas internacionais do comércio marítimo. A sua posição central na costa brasileira é um potencial subvalorizado, atualmente. Entretanto, é o principal porto do hemisfério sul.

A limitação de profundidade do canal de acesso, atual, impõe horas ociosas aos navios maiores, com calado acima de 15 metros, aguardando marés favoráveis, para entrar e sair do porto. Isto reflete negativamente na composição do frete. Além disto e concorrencialmente, o porto oceânico minimiza o custo portuário com dragagem. Como se percebe, no conjunto, trata-se de estabelecer naturalmente, parâmetros da navegação moderna, que otimiza o volume e agiliza a movimentação de carga, com entregas mais rápidas e possibilita preço final menor no mercado. .
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Definir o modelo de negócio, para explorar o porto oceânico, é uma decisão com múltiplas possibilidades. De pronto, há diferentes e seguras estruturações para atrair o capital privado. Convém que a construção dessa infraestrutura tenha cunho oficial, de uso público e sob coordenação da autoridade portuária. Ao mesmo tempo, o projeto, a construção e a operação permitindo a participação de consórcios. Para os quais há um arcabouço legal robusto e eficaz para dar agilidade e segurança.

Portogente abre espaço para debater o futuro do porto oceânico São Vicente-Praia Grande. A partir do dia 2/5, vai apresentar a ilustração do projeto pelo engenheiro naval José Carlos Harouche. Desse modo, divulga a oportunidade e estimula a participação de competências interessadas nessa solução. Entenda-se essa construção como uma decisão inevitável. Sua postergação até agora, sem sombra de dúvida, tem sido fruto da incompetência, má gestão ou propósitos imediatistas não republicanos. .

Com a posse oficial, hoje, da nova diretoria do Porto de Santos, tem início a construção dos caminhos administrativos com destino ao porto do futuro. Sem prejuízo de concretizar o túnel submerso ligando as margens do atual canal de acesso. Uma autoridade portuária que tem todas as condições necessárias a uma realização exitosa. Trata-se de construir um processo de inovação, que vai fomentar progresso de um imenso potencial regional e do Brasil.

Portos e Navios - SP   24/04/2023

Na quinta-feira (20), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou a formação da nova diretoria, que será liderada por Anderson Pomini, aprovado pelo governo federal e pelo Conselho de Administração da para o cargo de diretor-presidente da instituição.

O grupo assume a missão de consolidar os planos do novo governo federal para o ativo, entre eles a construção do túnel Santos-Guarujá, anseio antigo da população local e do setor portuário; alcançar os 17 metros de calado; expandir o Porto de forma sustentável; valorizar trabalhadores e operadores em busca do aumento da produtividade e da geração de empregos, além de garantir a soberania dos serviços essenciais sob a gestão pública.

Sob a nova gestão, o ministro Márcio França, reforça que a autoridade portuária será mantida como órgão estatal, para assegurar a manutenção da prestação dos serviços essenciais e estratégicos para o principal equipamento de infraestrutura e logística de transporte do Brasil. "Vamos dar continuidade aos processos de concessão dos terminais e dos serviços de dragagem, atender as necessidades de evolução tecnológica, melhorar a zeladoria do porto e seus acessos, viabilizar o túnel Santos-Guarujá e a revitalização do Cais do Valongo", afirma.

Nova diretoria

O novo diretor-presidente, Anderson Pomini, é advogado, com vasta experiência em Direito Público, Constitucional, Político e Eleitoral; mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, com especialização em Direito Constitucional e Político e graduação pelas Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU/SP e pela Escola Judiciária do TRE/SP.

Pomini foi secretário de Justiça do município de São Paulo; secretário parlamentar na Câmara dos Deputados; atuou na OAB/seção SP, e fundou o escritório de advocacia Pomini Sociedade de Advogados. Tem especialização em Direito Eleitoral e Processual Eleitoral pela Escola Judiciária Eleitoral do Estado de São Paulo do Tribunal Regional Eleitoral e larga experiência na área do Direito Público.

A formação da nova diretoria da APS se completa com a aprovação da advogada Bernadete Bacellar do Carmo Mercier, para Administração e Finanças; do engenheiro Carlos Magano, para Infraestrutura; do engenheiro Eduardo Lustoza, para Desenvolvimento de Negócios e Regulação, e do engenheiro Antônio de Pádua de Deus Andrade, para Operações.

PETROLÍFERO

O Estado de S.Paulo - SP   24/04/2023

A Petrobras deixou para trás em março a alta de produção de petróleo e gás registrada em fevereiro e voltou aos patamares de janeiro, segundo dados preliminares da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Com isso, a produção total do País foi afetada, caindo 4,7% no mês passado, para 3,986 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), perdendo novamente a marca de 4 milhões de boe/d.

A produção média da Petrobras em março foi de 2,670 milhões de boe/d, de acordo com a ANP, queda de 3,2% contra fevereiro. A produção de petróleo ficou em 2 milhões de barris por dia (bpd) e 95,9 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), quedas de 3,3% nos dois casos. No próximo 3 de maio, a estatal vai divulgar o relatório de produção referente ao primeiro trimestre do ano.

Segundo dados da ANP, a companhia fechou o período com produção média de 2,7 milhões de boe/d, queda de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior (2,8 milhões de boe/d).

Pré-sal

A participação da produção do pré-sal recuou em março, depois de ter batido recorde em fevereiro com 2,566 milhões de bpd de petróleo e de 111,5 milhões de m3/d de gás natural, que valeu à região uma participação também recorde de 78,1% no total produzido no País. Já no mês passado, a produção do pré-sal despencou 8%, para 3,007 milhões de boe/d, sendo 2,363 milhões de bpd de petróleo, queda de 7,91% contra fevereiro, e 102,4 milhões de m3/d de gás natural, menos 8,18% na mesma comparação.

A participação da produção do pré-sal em março, no total de petróleo e gás natural produzido no País, caiu para 75,4%.

AGRÍCOLA

Valor - SP   24/04/2023

A fabricante de máquinas agrícolas CNH Industrial anunciou hoje ter encerrado suas atividades na Rússia e vendido suas operações por US$ 60 milhões.

Em março de 2022, a empresa havia interrompido suas operações no país.

Até o ano passado, a empresa operou um escritório corporativo na região de Moscou, através do qual gerenciava a importação e distribuição de seus produtos na Rússia e fazia financiamento comercial. A companhia também tinha um depósito de peças. A CNH tinha 200 funcionários na Rússia

No ano fiscal que terminou em 2021, o último ano completo de operações, a Rússia gerou receita de US$ 380 milhões, 2% do faturamento total da CNH naquele ano.

A companhia estima que terá encargos adicionais antes de impostos de aproximadamente US$ 20 milhões em conexão com os desinvestimentos.

“Gostaríamos de reconhecer nossos ex-funcionários por seus anos de serviço dedicado”, declarou a empresa.

O comprador dos ativos não foi divulgado.

Há poucos dias, Bunge e Cargill anunciara a interrupção das operações de trading dentro da Rússia.

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