Petro Notícias - SP 23/11/2023
Quem pensar que o debate sobre o preço do aço se esgotou, está muito enganado. O único que está em ponto morto, esperando tempo bom, como um velho sertanejo, é o ministério comandado pelo Vice-Presidente Geraldo Alckmin que, aqui pra nós, está careca de conhecer o problema. Mas o governo precisa se posicionar. Há que se ter firmeza e determinação. Os dois lados em disputa tem as suas razões, mas está carente de um árbitro justo. E neste caso, não se tem o VAR para recorrer. Não dá para o governo se fingir de morto e, no melhor estilo Paulo Guedes, deixar o mercado se acomodar. Esse problema parece longe de terminar e permanecerá enquanto os mercados chinês e turco não conseguirem absorver a produção de suas siderúrgicas. Enquanto isso não acontecer, eles vão oferecer ao mercado mundial – e especial ao Brasil – um aço mais barato do que é produzido aqui. Os chineses e os turcos apostam nos tropicões tributários que as empresas nacionais são obrigadas a enfrentar. Muitas caem de cara no chão. É imposto e taxas por todo lado atrapalhando a produção.
Por sua vez, as empresas consumidoras tem a oportunidade de comprar mais barato e aproveitam o preço de ocasião. Vale lembrar que na época da pandemia, o movimento foi ao contrário e as empresas comeram o pão que o diabo amassou, tendo que se virar para comprar o aço a um preço absurdamente caro no Brasil, que aumentava a cada mês, com as siderúrgicas brasileiras optando por colocar quase toda sua produção no exterior, porque o dólar era mais atrativo para se vender. Lembrando uma velha máxima popular: “ quem bate, esquece. Quem apanha, não.”
Sem vendas, as siderúrgicas nacionais são pressionadas a cortar custos, o que inevitavelmente explode na redução da carga de trabalho e em seguida no corte de empregos e nas paralisações de suas unidades. Por enquanto, a Gerdau já demitiu 700 funcionários e ArceloMittal, colocou 400 trabalhadores em férias coletivas e parou a unidade de Resende, no Rio de Janeiro. Mas esse movimento não vai parar enquanto o governo não aumentar as alíquotas de importação do aço, é o que estão reivindicando. O mercado vê este
movimento como chantagem. As siderúrgicas, como trunfo. A solução seria diminuir a teia de impostos para tornar o aço mais competitivo. Mas com um governo guloso e gastador, com um déficit estimado em RS$ 177 bilhões, pode tirar o cavalo da chuva. Não será esta a solução que o governo apresentará. Por enquanto ele veste a fantasia do avestruz, enfiando a cabeça na terra para não ver nada. E seja o que Deus quiser.
Hoje(22), a ABIMAQ enviou uma nota para o Petronotícias contestando alguns pontos em relação ao posicionamento apresentado aqui pelo Instituto Aço Brasil, publicado ontem (21). Em relação a esta nota, a ABIMAQ faz um exame de tudo que foi argumentado pela instituição que representa 85 % das siderúrgicas brasileiras.
“ O aço é o principal insumo para a produção de máquinas e equipamentos e para diversos outros setores industriais no Brasil. A produção nacional já é altamente protegida pelas atuais tarifas, por medidas de defesa comercial e por normas técnicas que dificultam a entrada em um setor bastante concentrado, em que os principais fabricantes concentram enorme poder econômico.
As importações de máquinas e equipamentos são maiores que a de aço. A participação de máquinas importadas no consumo aparente é maior do que a participação de aço importado. Os maiores aumentos de importação de aço ocorreram em produtos de aplicação destinada especificamente para as próprias usinas siderúrgicas. Dados da plataforma do governo brasileiro COMEX STAT, que apontam um aumento de 883,9% nas importações de placas de aço.
Se o problema são as importações da China, o instrumento escolhido pelo aço está errado. Deveria ser um processo de subsídio contra a origem China e não o aumento da alíquota de importação, pois assim todos os tipos de aços, de qualquer origem, seriam atingidos. Portanto, o pleito foi genérico e indiscriminado.
O setor siderúrgico brasileiro pratica os maiores preços do mundo. Como aco é uma commodity, este é o motivo principal da competitividade chinesa e não o fato de a China praticar preço baixo. Chama a atenção que a siderurgia brasileira vende aço no mercado brasileiro com preços em media 83% mais caros do que os preços praticados em suas exportações. Ou seja, o setor explora o consumidor brasileiro, se aproveitando de um mercado extremamente protegido com várias barreiras de importações.
Os vários setores industriais que consomem o aço como matéria prima, máquinas, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, autopeças, automóveis, caminhões, ônibus, material ferroviário, construção civil, agricultura, setor naval, infraestrutura, óleo & gás, que incluem obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – são mais estratégicos que o setor siderúrgico, pois agregam mais valores em suas cadeias do que um setor que produz apenas a matéria prima. O setor siderúrgico gera aproximadamente 120 mil empregos diretos, enquanto os setores que transformam o aço empregam mais de 5 milhões de pessoas diretamente.
Se a medida for adotada, com o aumento da proteção do aço, nossa indústria vai perder competitividade por aumento de preços, vai gerar desemprego e acelerar a desindustrialização.
Mais de 90% do aço comprado no Brasil é de origem de distribuidores. Não há como o setor siderúrgico se comprometer que não haja aumento de preços pois o mercado é pulverizado. Vale lembrar que grande parte dos distribuidores é relacionada com as próprias siderúrgicas. O objetivo do setor é ter aumento de margens através do encarecimento da matéria prima.
O setor siderúrgico, de acordo com próprio Aço Brasil, emprega apenas 120 mil postos de trabalho diretos, aproximadamente. Por agregar mais valor nas cadeias produtivas mais longas, os consumidores de aço como matéria prima recolhem mais tributos do que o setor siderúrgico. O setor de máquinas faz mais investimentos que o setor siderúrgico por ser muito maior e mais tecnológico. Os consumidores de aço investem mais.
O atendimento dos pleitos do Instituto Aço Brasil representaria, em síntese, prejudicar severamente a competitividade de toda a produção nacional de máquinas e equipamentos e de outros produtos que agregam mais valor e geram mais empregos e renda que o setor do aço, em troca de benefícios individuais para grandes empresas siderúrgicas, que tem obtido resultados significativos nos últimos anos.
IstoÉ Dinheiro - SP 23/11/2023
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira, 22, que, embora o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos esteja no menor nível desde 2012, os fundamentos do Brasil melhoraram muito neste período, enquanto os fundamentos americanos sofreram uma piora recente. Por isso, mesmo com o diferencial um pouco menor do que a média, o câmbio tem desempenhado uma boa performance no Brasil, emendou.
Esse cenário, defendeu, mostra a credibilidade da política monetária que está sendo feita no País e que há espaço para cortar o corte de juros.
Campos Neto reiterou que o Brasil fez um trabalho rápido e cedo de subida dos juros e que teve um dos melhores resultados de “pouso suave”, ou seja, em trazer a inflação para baixo com o mínimo de custo sobre o crescimento, emprego e crédito.
O banqueiro central repetiu que os juros no Brasil ainda estão altos, mesmo com o início do processo de queda, mas reforçou que foram os juros necessários para estabilizar a inflação.
“O Brasil é reconhecido internacionalmente como um país que fez dever de casa e é reconhecido como um bom trabalho”, disse Campos Neto, em café da manhã com a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, no Senado Federal.
Infomoney - SP 23/11/2023
O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos recuou de 59,3 em outubro para 56,8 em novembro, segundo dados da pesquisa mensal da Universidade de Michigan divulgados nesta quarta-feira (22). O indicador veio bem abaixo da projeção do consenso Refinitiv, que estimada a confiança crescendo para 60,6 no mês.
Também foi captada uma queda no sentimento do consumidor, de 63,8 para 61,3 entre outubro e novembro, e na avaliação das condições atuais da economia, que passou de 70,6 para 68,3 na mesma comparação.
Para a universidade, embora o dado do sentimento em novembro marque o quarto mês consecutivo de quedas, essa última leitura trouxe mais equilíbrio de fatores, com alguns deles melhorando enquanto outros pioraram.
As expectativas em matéria de finanças pessoais, por exemplo, foram compensadas por uma deterioração notável nas condições empresariais esperadas, que se encontram em seu nível mais baixo desde julho de 2022.
Inflação
Já as expectativas de inflação para os 12 meses à frente subiram para 4,5% este mês, acima dos 4,2% verificados em outubro, atingindo o seu nível mais elevado desde abril de 2023.
As expectativas de inflação a longo prazo (cindo anos) aumentaram de 3,0% no mês passado para 3,2% este mês, uma leitura vista pela última vez em 2011.
Para os responsáveis pela pesquisa, essas expectativas aumentaram apesar do contínuo abrandamento da inflação no país porque os consumidores parecem preocupados com a possibilidade de que a redução da inflação possa ser revertida nos próximos meses e anos.
Infomoney - SP 23/11/2023
A Instituição Fiscal Independente (IFI) projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai crescer 3% em 2023 e que perderá força em 2024, crescendo 1,2%, convergindo depois para um nível de 2% nos anos seguintes. Para a inflação, a estimativa é de uma variação de 4,6% neste ano e de 4,0% no ano que vem, com o IPCA convergindo para o centro da meta buscada pelo BC nos anos posteriores. Os dados são do Relatório de Acompanhamento Fiscal de novembro, divulgado nesta quarta-feira (22).
A IFI alerta que pesam sobre esses cenários delineados as incertezas no plano doméstico e os elementos adversos do cenário externo. Segundo a instituição, a eclosão do conflito no Oriente Médio em outubro introduziu novos desafios ao cenário internacional, embora ainda não tenha impactado de forma significativa os preços das commodities e a taxa de câmbio.
“A elevação das taxas de juros nos Estados Unidos, especialmente as de longo prazo, impulsionada, em parte, pelo aumento do prêmio fiscal devido a déficits nominais persistentes, por sua vez, gera incertezas sobre a extensão do ciclo de redução de juros implementado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central”, diz o relatório.
Esse cenário macroeconômico afetará as receitas primárias da União, alerta a IFI. As projeções, segundo a instituição, consideram a perda de ímpeto das receitas em razão do arrefecimento nos preços de commodities, além da impossibilidade de mensurar, neste momento, os eventuais efeitos positivos da reforma tributária.
Com a atualização dos cenários de médio prazo, a IFI reafirma no relatório sua percepção de que o quadro fiscal do setor público é desafiador e que ainda há muito por ser feito para se alcançar o controle das contas públicas, “uma condição essencial para o equilíbrio macroeconômico e a manutenção de um processo de desenvolvimento sustentado”.
Nos cenários traçados pela IFI para a evolução da dívida bruta brasileira nos próximos anos, que consideram o novo arcabouço fiscal, mesmo com a vigência da nova regra, a estabilização da dívida pública só seria alcançada com o aumento das receitas (em proporção do PIB), situação em que o governo conseguiria alcançar as metas fiscais anunciadas para o período de 2023 a 2026.
“A recomposição em curso de diversas despesas primárias tornará o cumprimento das metas de resultado primário do governo central mais desafiador. As projeções calculadas pela IFI para a dívida bruta indicam elevação do indicador em todo o horizonte de projeção (2023-2033) no cenário base de referência. Os cenários indicam que eventuais frustrações de receitas não apenas dificultarão o cumprimento das metas fiscais, como trarão riscos para a credibilidade da política fiscal.”
Valor - SP 23/11/2023
A companhia tem buscado reduzir as emissões de escopo 1 e 2, mas, conforme a diretora de energia e descarbonização, “não existe bala de prata”
A diretora de energia e descarbonização da Vale, Ludmila Nascimento, disse que a companhia tem estudado os produtos de baixo carbono e formas de vendê-los para fora do Brasil. “Temos estudado formas de emitir menos com o minério de ferro. Esse e outros produtos de baixo carbono devemos começar a exportar para a Europa, em um primeiro momento, e depois para o resto do mundo”, disse no seminário “A neoindustrialização e a transição energética brasileira”, promovido pela Editora Globo.
A Vale tem buscado reduzir as emissões de escopo 1 e 2, mas, conforme a diretora, “não existe bala de prata”.
“Os problemas não são resolvidos por uma única solução. Estamos fazendo teste para ver o percentual de utilização de amônia em produtos. Nos caminhões que utilizamos, estamos vendo como passar a utilizar o etanol em vez do diesel.”
Em setembro, a Petrobras e a Vale assinaram um acordo, com duração de dois anos, para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono e desenvolvimento de combustíveis sustentáveis – como o hidrogênio, metanol verde, biobunker, amônia verde e diesel renovável – e de tecnologias de captura e armazenamento de CO2.
No mesmo evento, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse que a companhia está pronta para ancorar a demanda de hidrogênio brasileira junto com a Petrobras. "O Brasil será o país mais competitivo em hidrogênio", afirmou Bartolomeu.
“A Vale e a Petrobras já deram o primeiro passo. O Brasil tem um dos custos de energia mais competitivos do mundo. Não tenho dúvidas que poderemos produzir hidrogênio a baixo custo.”
*Sob orientação de Juliana Schincariol e Kariny Leal
Infomoney - SP 23/11/2023
Depois do Goldman Sachs e Bank of America (BofA) elevarem a recomendação para os papéis da Vale (VALE3) nesta semana para compra, foi a vez do Itaú BBA atualizar suas projeções para mineradora após incorporar os resultados do terceiro trimestre de 2023.
O banco brasileiro elevou o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts, ou papéis negociados na Bolsa de Nova York) da companhia de US$ 17 para US$ 19 e manteve recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) devido aos fortes retornos para os acionistas, geração sólida de fluxo de caixa e avaliação atrativa. A Vale é a top pick do setor de mineração e siderurgia da América Latina.
Analistas estimam um retorno total para o acionista (RTA) de 32% em 2024 (19% de aumento no valor presente líquido + 12% de rendimento de dividendos), com a ação sendo negociada a 4,1 vezes o Valor da Firma (EV)/ lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado para 2024.
O BBA elevou a estimativa de Ebitda para US$ 19,4 bilhões no ano que vem (10% acima da previsão anterior), principalmente devido a previsão de preço do minério de ferro mais alto, o que mais do que compensa os volumes mais baixos.
A estimativa para a commodity foi revisada de US$ 95 para US$ 110 a tonelada para 2024 e de US$ 85 para US$ 100 para 2025.
Já os embarques de minério de ferro devem atingir 305 milhões de toneladas em 2024 (em comparação com 320 milhões do modelo anterior), principalmente devido a um aumento nas taxas de produção mais fraco do que o esperado.
Para divisão de metais básicos, o banco projeta um Ebitda de US$ 2,5 bilhões em 2024 (um aumento de 31% em relação ao ano anterior), principalmente devido a uma melhoria nos embarques tanto de níquel quanto de cobre, o que provavelmente resultará em uma diluição maior dos custos fixos.
Olhando para o futuro, o BBA antecipa dinâmicas de oferta e demanda um tanto ajustadas para a indústria de minério de ferro ao entrar em 2024, com uma produção sazonalmente mais fraca de minério de ferro no 1º trimestre de 2024 e uma produção de aço resiliente na China.
No lado da demanda, analistas projetam um aumento de 2% ano a ano na produção global de aço, impulsionado por uma melhoria fora da China. “Note que o estoque de minério de ferro nos portos está 28 milhões de toneladas abaixo do nível registrado no ano anterior, e há relatos de que os estoques de minério de ferro nas usinas chinesas estão atualmente abaixo dos níveis normais, com 18 dias de suprimento”, completam, em relatório.
Infomoney - SP 23/11/2023
Os contratos futuros de minério de ferro subiram pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira, impulsionados pelo otimismo persistente com o novo apoio ao mercado imobiliário da China, embora o abrandamento do mercado de aço tenha limitado os ganhos na sessão da manhã.
O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou o dia com alta de 1,53%, a 993,5 iuanes (US$ 137,77) a tonelada, o maior valor desde 15 de novembro.
O minério de ferro de referência para dezembro na Bolsa de Cingapura subiu 1,04%, para US$ 134,65 a tonelada, o maior valor desde 21 de fevereiro.
Os consultores do governo chinês pedem uma meta de crescimento estável em 2024, quando se espera mais apoio da política fiscal para manter as metas de desenvolvimento de longo prazo no caminho certo, informou a Reuters.
Os órgãos reguladores chineses estão elaborando uma lista de 50 incorporadoras imobiliárias elegíveis para financiamento, informou a Bloomberg News na segunda-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
“Isso poderia ajudar a estabilizar a demanda de aço do setor de construção, embora um declínio sazonal na atividade de construção funcione como uma restrição”, escreveram os analistas do ANZ Bank em uma nota.
Os analistas alertaram sobre os possíveis riscos nos preços do minério de ferro, citando a possibilidade de maior supervisão por parte das autoridades após a recente alta dos preços.
Outras matérias-primas siderúrgicas ampliaram as quedas de preços, com o carvão metalúrgico e o coque na DCE caindo 1,19% e 0,79%, respectivamente.
“Os fundamentos do aço não são muito favoráveis, já que a desestocagem diminuiu”, disseram os analistas da Sinosteel Futures.
Exame - SP 23/11/2023
O minério de ferro superou US$ 135 a tonelada em Singapura, mesmo depois que o governo chinês tentou pressionar o mercado para esfriar o rali.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China convocou algumas corretoras de futuros para uma reunião na terça-feira, 22, para reiterar sua posição contra a especulação no mercado, segundo pessoas a par do assunto. A comissão não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.
A matéria-prima do aço chegou a ser cotada a US$ 135,05 a tonelada e caminhava para o fechamento mais alto desde junho de 2022.
Estímulos da China
As promessas de estímulo do governo chinês, incluindo um plano de oferecer 1 trilhão de yuans (US$ 140 bilhões) em financiamento para projetos de reurbanização e moradia popular, continuam a alimentar as expectativas de maior demanda por aço para construção.
O otimismo se manteve mesmo diante da chegada do frio no hemisfério norte, que normalmente diminui a atividade dos canteiros de obras, e uma queda nas vendas de imóveis novos nas quatro principais cidades do país.
Brasil Mineral - SP 23/11/2023
As partes têm contratos assinados, incluindo pesquisa complementar e arrendamento dos direitos minerários
A diretoria da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) reuniu-se com dirigentes da Eco Mining Oil & Gaz Drilling and Exploration Eireli, empresa sediada em Porto Grande (AP). Participaram da reunião o administrador da Eco Mining Oil & Gaz Drilling and Exploration Eireli, João Luis Pulgatti, o geólogo da Eco Mining, Osmar Martins, o presidente da CBPM, Henrique Carballal, o diretor técnico da estatal, Manoel Barretto, o diretor administrativo e financeiro da Companhia, Inácio Mattos, o chefe de gabinete da CBPM, Carlos Borel e o geólogo da CBPM, Washington Ridz.
O encontro teve como objetivo debater a realização de pesquisa complementar de minério de ferro no município baiano de Sento Sé. As partes têm dois contratos assinados, onde o primeiro é um contrato de pesquisa complementar que prevê arrendamento de direitos minerários, orçado no valor de R$ 200 mil. O investimento mínimo nos trabalhos de pesquisa complementar não poderá ser inferior a R$ 150 mil, com o prêmio por portaria de lavra sendo de R$ 100 mil. Os royalties correspondem a 10% do valor bruto de vendas de minério de ferro, extraído das jazidas. A produção anual mínima é de 50 mil toneladas de minério de ferro.
Já o segundo contrato de pesquisa complementar e promessa de arrendamento de direitos minerários foi orçado no valor de R$ 200 mil. O investimento mínimo nos trabalhos de pesquisa complementar não poderá ser inferior a R$ 500 mil e o prêmio por portaria de lavra é de R$ 200 mil. Já os royalties correspondem a 10% do valor bruto de vendas de minério de ferro beneficiado extraído das jazidas, com produção anual mínima de 50 mil toneladas de minério de ferro.
Globo Online - RJ 23/11/2023
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira que a instituição trabalha em parceria com a Vale para o lançamento de um fundo para o investimento em minerais críticos.
Na avaliação do executivo, um dos maiores desafios do Brasil em relação ao processo de transição energética é a agregação de valor aos produtos. Ele citou o exemplo da indústria de ônibus do país que, segundo ele, produz 52% dos veículos que circulam na América Latina, mas que seguem movidos a diesel.
- Ou migramos para o ônibus elétrico ou vamos perder esse mercado e essa história. Temos um gigantesco poder de compra, um mercado interno muito forte, uma rede de distribuição e uma presença na região
Segundo Mercadante, o BNDES está financiando projetos para gerar maior valor agregado para as baterias produzidas no Brasil. A parceria com a Vale ajudaria nesse processo. O presidente do banco não deu detalhes sobre valores e prazos dos investimentos.
Veja uma galeria de automóveis elétricos das marcas mais conhecidas
- Nós somos a quarta indústria de lítio, e vamos lançar um programa especial com a Vale em minerais críticos, que nos interessa muito sair na frente. Não é só produzir o mineral, mas agregar valor no Brasil com essa indústria de ônibus elétricos
De acordo com o executivo, a instituição ajudou a financiar 1.300 ônibus elétricos que circulam na cidade de São Paulo, com investimento de R$ 2 milhões.
Segundo Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale, a empresa busca triplicar sua produção de cobre e dobrar a de níquel, minerais usados em baterias de carros elétricos. Ele ressaltou a venda da fatia do negócio de metais básicos da Vale para empresas árabes em julho. Pelo acordo, a Manara Minerals e a Engine No. 1 pagariam US$ 3,4 bilhões, passando a deter 13% da Vale Base Metals (VBM).
— A cisão do nosso negócio de metais básicos vai falar de transição energética mais diretamente. A demanda de níquel, cobre, cobalto e nióbio e de todos os minerais críticos é presente e real. Segmentamos o negócio e trouxemos parceiros para dar foco nisso. O nosso parceiro de classe mundial validou uma tese de valor muito relevante — afirma.
Inteligência artificial
Mercadante ainda destacou a importância do investimento em inteligência artificial por parte de empresas. O banco lançou uma linha de crédito para o segmento de R$ 2 bilhões.
- Empresas que não usarem inteligência artificial não serão competitivas no futuro. É uma exigência utilizar a inteligência artificial para ganha eficiência e ter respostas personalizadas para ter capacidade de previsão futura. As grandes empresas que estão se impondo no mercado vêm com essas bagagens e esses investimentos.
Mercadante disse que o banco e o Fundo Amazônia vão lançar projetos voltados para reflorestamento da Amazônia e buscam parceiros internacionais para isso.
- A primeira vantagem competitiva que o Brasil tem é que temos 25% de florestas tropicais. A única resposta imediata e urgente e capaz de sequestrar carbono é impedir o desmatamento e reflorestar parte do território da Amazônia.
Ainda assim, Mercadante ponderou que não é viável a substituição imediata do uso de fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis. Dessa forma, seria necessário acelerar a transição energética.
O executivo defendeu a atuação do banco em operações de captação de recursos por parte de empresas no mercado. Após o escândalo da Americanas, o mercado de emissões de títulos de crédito privado sofreu forte retração no primeiro trimestre, com redução do número de emissões e aumento dos spreads.
O cenário começou a melhorar em junho, com o lançamento de emissões incentivadas, voltadas para projetos de infraestrutura. O BNDES atuou em algumas operações, o que garantiu maior demanda e redução das taxas pagas pelas empresas.
Segundo Mercadante, a atuação em operações do tipo pelo BNDES vai continuar.
- Na área de estrutura, depois da Americanas, tivemos uma aversão ao risco no Brasil e o BNDES entrou para alavancar o mercado de capitais. Temos visto algumas vozes no mercado, reclamando que o BNDES entrou, mas se não entrássemos, não saía. Fizemos as duas maiores emissões de infraestrutura na história. (...) O ‘B’ de BNDES é de banco e não de bobo.
Agência Senado - DF 23/11/2023
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou nesta quarta-feira (22) uma emenda que estende às caminhonetes fabricadas em países integrantes do Mercosul a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição desse tipo de veículo por produtores rurais pessoas físicas. Apresentada ao Projeto de Lei (PL) 2.966/2019, a emenda agora será encaminhada para apreciação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em caráter terminativo.
De autoria do senador Irajá (PSD-TO), o PL 2.966/2019 já havia sido aprovado na CRA, mas houve reabertura de prazo para apresentação de emendas à proposição, que isenta do IPI os veículos de transporte de carga (caminhonetes) de fabricação nacional, com peso bruto total de até 3,5 mil quilos, quando adquiridos por produtor rural. A emenda que alterou a redação do artigo 1º da proposição foi apresentada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ) e relatada pelo senador Jayme Campos (União-MT), que apresentou voto favorável à matéria.
"De fato, conforme aduzido pelo autor da emenda, o Brasil tem uma obrigação, perante os demais países integrantes do Mercosul, de dispensar aos produtos originários do território dos demais Estados Partes o mesmo tratamento tributário aplicável aos produtos nacionais. A emenda contribui, portanto, para aprimorar o texto do PL 2.966, ao promover a necessária equiparação tributária dos veículos originários de países integrantes do Mercosul em relação aos nacionais, contribuindo, inclusive, para a integração entre os países do bloco econômico", disse Jayme Campos ao ler seu relatório.
A aprovação da emenda foi também defendida pelo senador Alan Rick (União-AC), que preside a CRA.
Requerimento
Na mesma reunião, como item extrapauta, foi aprovado requerimento de Alan Rick que solicita a realização de audiência pública para debater a moratória da soja (REQ 37/2023 — CRA). Os convidados da audiência serão indicados posteriormente à comissão.
“A moratória da soja é uma iniciativa que tem como objetivo assegurar que a soja produzida no bioma Amazônia e comercializada pelos seus signatários esteja livre de desflorestamentos ocorridos após 22 de julho de 2008. É uma iniciativa da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) e Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) que busca combater o desflorestamento associado à produção de soja na Amazônia, fazendo indicativos de melhorias nas práticas agrícolas do Brasil, na tentativa de implementar critérios de proteção ao meio ambiente ao governo brasileiro”, explica Alan Rick no requerimento.
Infomoney - SP 23/11/2023
Os pedidos de hipotecas nos Estados Unidos aumentaram 3,0% na semana encerrada em 17 de novembro em relação à semana anterior, de acordo com dados da pesquisa semanal da Mortgage Bankers Association (MBA). A taxa hipotecária fixa de 30 anos caiu para 7,41% ao final do período, atingindo assim o menor patamar em dois meses.Segundo a MBA, o índice de refinanciamento aumentou 2% em relação à semana anterior e ficou 4% inferior ao observado na mesma semana do ano anterior. Já o índice de compras ajustado sazonalmente cresceu 4% ante a semana anterior. O índice não ajustado caiu 1% na mesma comparação e ainda está 20% inferior ao da mesma semana do ano anterior.
Joel Kan, vice-presidente e economista chefe adjunto da MBA, comentou em nota que a taxa de juros acompanhou o movimento dos rendimentos dos títulos do governo, que continuaram a cair na semana, à medida que os dados recebidos sinalizaram uma economia mais fraca e novos sinais de arrefecimento da inflação.
“Os pedidos de hipoteca aumentaram para o nível mais alto em seis semanas, mas permanecem em níveis muito baixos. O volume médio do empréstimo em um pedido de compra foi de US$ 403.600, o mais baixo desde janeiro de 2023. Isso é consistente com outras fontes de dados de vendas de casas, que mostram um aumento gradual na parcela de compradores pela primeira vez.”
Construção Latino-americana - SP 23/11/2023
A indústria da construção na América Latina deverá atingir 542,6 mil milhões de dólares em 2023, com uma ligeira contracção de 0,5% em termos reais devido ao abrandamento do setor residencial regional. Apesar dos desafios atuais, existe um futuro promissor, de acordo com as últimas previsões da GlobalData, que prevê um crescimento anual composto (CAGR) de 2,5% entre 2023 e 2027.
“O crescimento no período de previsão será apoiado pelo investimento dos setores público e privado em projetos habitacionais, em meio ao aumento da população, à urbanização e ao crescente déficit habitacional na região”, destaca a empresa. Segundo estimativas do governo uruguaio, o país enfrenta um défice habitacional de 60.000 a 70.000 habitações, enquanto no Peru o défice habitacional é estimado em cerca de 1,8 milhões de habitações.
Embora se espere que o sector da construção residencial represente a maior quota regional em termos reais em 2023, fatores como a inflação elevada, o aumento das taxas de juro e a escassez de mão-de-obra qualificada podem limitar o seu crescimento ao curto prazo, de acordo com a GlobalData.
Quanto aos demais segmentos, a construção de infraestrutura deverá crescer 0,7% em termos reais em 2023, consolidando-se como o segundo maior segmento da região. Este crescimento é impulsionado principalmente por investimentos em projetos rodoviários e ferroviários.
O sector da construção de energia e serviços públicos ocupará o terceiro lugar em termos reais em 2023, apoiado pelo investimento em projectos de energias renováveis, telecomunicações, esgotos e infraestruturas hídricas.
Apesar de um declínio projetado de 0,1% em 2023, espera-se que o segmento de construção institucional recupere o dinamismo e cresça a uma taxa média anual (TMAA) de 3,2% de 2024 a 2027.
O sector da construção industrial, representando 7,7% em termos reais em 2023, experimentará uma TMAA de 2,7% de 2024 a 2027. O foco na diversificação económica por parte dos governos da região, juntamente com o aumento no desenvolvimento de instalações de produção de automóveis em países como México, Brasil e Argentina apoiarão esse crescimento.
Finalmente, espera-se um crescimento lento na indústria da construção comercial na América Latina em 2023, devido ao aumento dos custos de construção e ao declínio das actividades hoteleiras e de restauração, bem como do fluxo de turistas estrangeiros em comparação com os níveis anteriores.
Análise por país
No que diz respeito à segmentação regional do mercado de construção na América Latina, o Brasil e o México dominarão com uma participação combinada de 57,3% em termos reais em 2023. Outros países importantes incluem Argentina, Chile, Colômbia e Peru.
Estima-se que a indústria de construção do Brasil permaneça fraca no início do período de previsão, devido à pressão da inflação, altas taxas de juros e preços de construção. Por outro lado, no México, a indústria da construção deverá crescer 1,6% em termos reais em 2023, apoiada pela continuação do crescimento económico e pela retoma de grandes projetos de infraestruturas.
A indústria da construção argentina deverá diminuir 2,2% em termos reais em 2023, uma revisão em baixa da estimativa anterior de uma expansão de 2,3%, refletindo um ambiente económico mais desafiante. No caso do Chile, projeta-se uma contração de 3,7% em 2023, após um crescimento marginal de 0,6% em 2022, devido à intensa pressão inflacionista, às altas taxas de juro, à agitação pública e à fraca confiança do investidor.
Agência Brasil - DF 23/11/2023
O governo federal anunciou nesta quarta-feira (22) a primeira seleção de propostas para o programa Minha Casa, Minha Vida. Essa etapa está direcionada à Faixa 1 do programa, para famílias com renda mensal de até dois salários mínimos, ou R$ 2.640. O anúncio das propostas selecionadas é a primeira etapa do processo de implementação do programa, que é realizado em parceria com o Ministério das Cidades.
As propostas selecionadas terão prazo de 150 dias para serem contratadas. O processo selecionou 187,5 mil novas unidades habitacionais em 560 municípios. Dessas, 184 mil unidades serão destinadas a famílias integrantes dos cadastros habitacionais, em todos os estados. As outras 3 mil unidades serão destinadas a famílias que tenham perdido seu imóvel por emergência ou estado de calamidade pública ou pela realização de obras públicas federais nos estados do Acre, Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A construção das moradias, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), deverá atender às novas regras estabelecidas após a retomada do programa, como proximidade dos centros urbanos, melhorias nas especificações dos imóveis, infraestrutura de qualidade, varanda e salas para biblioteca.
Na cerimônia de anúncio das propostas selecionadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o maior sonho do povo pobre do Brasil é ter uma casa própria. "Ter uma casa é ter um ninho seu. É você saber que você não tem que procurar um galho a cada primavera, que não tem que correr a cada chuva. É que você tem um lugarzinho que é seu”.
Lula aproveitou o momento para chamar governadores, deputados e senadores a trabalharem em parceria com o governo federal. "Nós temos ainda 3 anos pela frente e podemos estabelecer entre nós 3 anos de convivência civilizada, de convivência madura, de harmonia, de respeito, sem precisar ninguém ceder em nada das suas convicções, das suas crenças religiosas e das suas aptidões ideológicas”, disse.
Criado em 2009, o Minha Casa, Minha Vida já entregou mais de 6 milhões de unidades habitacionais. A meta do governo é a contratação de mais 2 milhões de unidades até 2026.
Nas próximas semanas, o Ministério das Cidades deverá publicar um edital exclusivo para a seleção de propostas em municípios com menos de 50 mil habitantes.
Bibliotecas
Os novos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida deverão ter salas de biblioteca ou leitura, com livros doados pela Academia Brasileira de Letras e outros parceiros públicos e privados. O protocolo de intenções para a constituição do acervo foi assinado esta quarta-feira entre o Ministério das Cidades e a Academia Brasileira de Letras (ABL).
“Não basta só entregar a casa, é preciso investir em cultura e educação. É uma obrigação e um passo essencial para o desenvolvimento social e pessoal das comunidades que serão atendidas”, disse o ministro das Cidades, Jader Filho.
O presidente Lula ressaltou que é preciso ensinar o povo brasileiro a gostar de ler, e as pessoas muitas vezes não têm dinheiro para comprar livros. “Se a gente fizer em cada conjunto uma pequena biblioteca e as pessoas adquirirem o hábito de ler, quantos Guimarães Rosa e Jorge Amado a gente não vai conseguir produzir neste país?”.
Grandes Construções - SP 23/11/2023
O governo publicou o edital de licitação para obras em 140 quilômetros de extensão do trecho 2 pertencente ao Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia. O contrato inclui obras na ponte sobre o rio São Francisco.
“O Fiol 2 foi um dos primeiros projetos a serem anunciados no Novo PAC – Programa de Aceleração do Cresciment]. Isso reflete a importância deste projeto para a infraestrutura do Brasil”, afirmou Jorge Bastos, presidente da empresa estatal de logística Infra SA, por meio de comunicado.
O orçamento da obra é de R$ 369 milhões (US$ 75 mi) e as propostas vencem no dia 24 de janeiro. A vencedora será a empresa que oferecer o menor preço.
A Fiol, com 1.527 km de extensão, ligará Ilhéus, na Bahia, e Barreiras, no Tocantins, e está dividida em três trechos.
A Bahia Ferrovias, unidade da mineradora Bahia Mineração, que faz parte do Eurasian Resources Group, do Cazaquistão, ganhou a concessão de 35 anos para o trecho 1 de 537 quilômetros. As obras, no valor de R$ 1,1 bilhão, começaram em julho e estão sendo executadas pelo Consórcio TCR-10, formado pela brasileira Tiisa e pela chinesa CREC-10.
Portal Fator Brasil - RJ 23/11/2023
Os portos do Rio Grande do Sul apresentaram variação positiva entre os meses de janeiro a outubro de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado. Juntas, as unidades operacionais da Portos RS somaram 37.544.373 toneladas, um aumento de 13.94% em comparação com as 32.951.803 toneladas de 2022.
Os dados de movimentação levam em consideração a produtividade dos três portos públicos e das empresas instaladas no distrito industrial de Rio Grande. Separadamente, as unidades também registraram crescimento.
Nos dez meses do ano passaram pelos portos 3.066 embarcações, sendo 2.508 delas apenas em Rio Grande. O Porto de Pelotas recebeu nesse período 437 barcaças e o Porto de Porto Alegre operou 121 navios de janeiro a outubro. Os graneis sólidos lideram o ranking de cargas, atingindo 24.835.171 toneladas.
No Porto do Rio Grande, que obteve variação positiva de 14.44%, foram registrados aumentos nas movimentações de soja em grão (73.40%), milho (72.14%), demais mercadorias (19.79%), farelo de soja (13.73%) e fumo (2.67%). A soja em grão passou de 4.806.008 toneladas para 8.333.501 toneladas e o milho passou de 344.453 toneladas para 592.934 toneladas.
Em Pelotas, onde o aumento foi de 5.34%, o destaque é para a movimentação de toras de madeira, que são utilizadas na produção de celulose pela CMPC, em Guaíba, e atingiram 893.780 toneladas. A segunda carga mais movimentada do cais público pelotense foi o clínquer que chegou a 188.351 toneladas. Já a soja em grão contabilizou 34.715 toneladas.
Já no Porto de Porto Alegre, o crescimento foi de 4.47%. A movimentação de fertilizantes permanece liderando, com 459.458 toneladas. As cargas de cevada atingiram 96.832 toneladas, sendo seguidas pelo sebo bovino, com 70.550 toneladas, trigo, com 53.003 toneladas, sal, com 34.701 toneladas, farelo de soja, com 1.974 toneladas e carga geral, com 1.603 toneladas.
Produção gaúcha ganha o mundo através dos portos — Os portos do Rio Grande do Sul são responsáveis por conectar a produção estadual com o mundo e atualmente 30% do produto interno gaúcho ganha o mercado internacional através das unidades operacionais da Portos RS. O principal catalisador dessa relação comercial é o Porto do Rio Grande, que recebe as embarcações que navegam pelo mundo.
Os destinos das exportações são a China, o Vietnã, a Indonésia, os Estados Unidos, Marrocos, Coreia do Sul, Espanha, México, Portugal e Irã, respectivamente. Já as importações são oriundas da China, da Argentina, da Rússia, do Canadá, da Arábia Saudita, de Marrocos, dos Estados Unidos, do Peru, da Bélgica e do Catar, nesta ordem.
Movimentação de contêineres também registra variação positiva — A movimentação de contêineres no Tecon Rio Grande teve aumento de 19.02% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2022, foram movimentadas 434.304 TEUs e em 2023 o número chegou a 516.905. TEUs é a unidade de medida utilizada para esse tipo de operação, onde um TEU equivale a um contêiner de 20 pés e dois TEUs a um contêiner de 40 pés.
Valor - SP 23/11/2023
Motta, da CLI: “O objetivo dos novos investimentos é ampliar a eficiência” — Foto: Gabriel Reis/Valor
A operadora portuária CLI (Corredor Logística e Infraestrutura) tenta destravar R$ 2,2 bilhões de investimentos nos dois terminais em que é sócia: o de Santos, em parceria com a Rumo, no qual a empresa planeja investir R$ 600 milhões, e o Tegram (Terminal de Grãos do Maranhão), em Itaqui (MA), que poderá receber R$ 1,6 bilhão de obras adicionais.
Além da expansão nos ativos atuais, o grupo se prepara para novas aquisições, que deverão ser focadas em terminais de granéis sólidos, com operação voltada ao agronegócio, segundo o diretor financeiro, Gabriel Motta.
No caso do terminal de Santos, que movimenta açúcar, milho e soja, o plano é ampliar a capacidade anual de 16 milhões de toneladas para 19 milhões de toneladas, em três anos. O início das obras depende da assinatura de um reequilíbrio econômico-financeiro com o governo federal, para alterar os investimentos que estavam previstos originalmente no contrato.
A companhia avalia que o processo está na fase final e prevê que os desembolsos deverão começar no início de 2024. Procurada, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Terrestres) diz que não tem notícias da assinatura, que cabe ao governo. O Ministério de Portos não se manifestou.
“O objetivo dos novos investimentos é ampliar a eficiência. Vamos fazer a troca das esteiras, fazer novo armazém e novo centro de moegas, para o descarregamento rodoviário da carga”, diz Motta.
A CLI adquiriu o terminal em Santos há um ano. O grupo comprou 80% da Elevações Portuárias, subsidiária da Rumo que controla o ativo, por R$ 1,4 bilhão. A empresa do grupo Cosan continua com 20% do negócio.
O grupo tem como acionistas as gestoras brasileira IG4 Capital - que comprou a empresa em 2020, da CGG Trading - e a australiana Macquire - que entrou no negócio em 2022, com 50%. A operadora iniciou a operação em 2016, como uma das quatro acionistas do Tegram em Itaqui, ao lado de Glencore, Terminal Corredor Notre (da NovaAgri) e a ALZ Terminais Portuários (das tradings Amaggi, Louis Dreyfus e Zen-Noh Grain).
“Queremos estar não só nos dois extremos em que já atuamos”
— Marcos Bertoni
Os principais investimentos no terminal já foram realizados e, agora, os sócios tentam negociar junto ao governo a renovação antecipada do arrendamento, para incluir R$ 1,6 bilhão de obras - o valor seria repartido igualmente pelos quatro acionistas do Tegram.
A ideia é ampliar a capacidade de 16 milhões de toneladas por ano para 23,5 milhões, afirma Marcos Pepe Bertoni, diretor de operações. “A proposta é construir um terceiro berço de atracação e expandir a capacidade dos silos verticais.” Em troca, o contrato, que hoje vence em 2037, seria prorrogado para 2062.
O processo foi protocolado em outubro na Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária). Procurada, a companhia não se manifestou. A Antaq diz que o pedido ainda não está em trâmite na agência reguladora.
Como se trata de um processo em fase ainda inicial, a previsão da CLI é que os desembolsos desses investimentos ficariam apenas para o início de 2025.
Hoje, a participação nos terminais no Maranhão e em Santos já garante a presença da CLI nos dois principais corredores de escoamento do agronegócio - Arco Norte e Porto de Santos. Porém, a ideia é ampliar sua atuação.
“Queremos nos consolidar como o maior operador portuário ‘bandeira branca’ [independente] do setor agrícola. Para isso, estamos olhando os corredores. Queremos estar não só nos dois extremos em que atuamos, mas ir para outras áreas do país”, diz Bertoni.
Os executivos afirmam que há negociações de aquisições em curso, algumas em fase mais avançada. O foco seguirá apenas no segmento de granéis sólidos, destaca Motta. “Temos restrição para outros modais. Estaremos sempre vinculados ao agronegócio. Tem bastante oportunidade disponível, em diferentes níveis de maturidade”, afirma.
Sobre o interesse de adquirir mais ativos portuários da Rumo, Mauro Finatti, diretor jurídico, diz apenas que há uma boa relação com a empresa, de quem a CLI já é sócia. “Qualquer oportunidade que estivermos avaliando é confidencial.”
Os planos de expansão da CLI deverão ser financiados por meio de debêntures de infraestrutura e bancos de fomento, como o BNDES e o BNB (Banco do Nordeste do Brasil), segundo Motta. Neste momento, novos aportes de acionistas não estão na estratégia de financiamento, diz ele.
Agência Senado - DF 23/11/2023
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta quarta-feira (22) o projeto que amplia até o final de 2028 o prazo do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). O PL 5.610/2023, de autoria dos senadores Wellington Fagundes (PL-MT) e Carlos Portinho (PL-RJ), foi relatado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA).
Segundo o relator, esse regime aduaneiro especial tem viabilizado grandes investimentos na estrutura portuária nacional, mas sua validade de encerra em 31 de dezembro de 2023. Jaques Wagner argumentou que o regime tem justificativa e fundamento econômico e jurídico para ser estendido por mais cinco anos.
— A justificação do projeto, inclusive, menciona o volume de investimentos já realizados e a necessidade da prorrogação para que novos investimentos sejam feitos — afirmou o relator.
Jaques Wagner fez questão de ressaltar que a discussão em torno da prorrogação do Reporto e de outros regimes aduaneiros especiais permeou os debates da Reforma Tributária (PEC 45/2019), aprovada neste mês pelo Senado e enviada à Câmara. Naquela oportunidade, ficou acordado que proposta manteria a possibilidade de que o novo sistema tributário pudesse acolher regimes aduaneiros, mas que a prorrogação ou modificação dos regimes específicos seriam feitos por legislação ordinária.
O presidente da comissão, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), elogiou o entendimento em torno do assunto e disse que a matéria será encaminhada para a Secretaria-Geral da Mesa (SGM) para que seja dado prosseguimento à tramitação.
Petro Notícias - SP 23/11/2023
Depois de descer a ladeira abaixo nos últimos anos, a produção de petróleo terrestre no Brasil dá sinais de retomada, graças aos investimentos feitos pelas petroleiras independentes que assumiram antigos ativos da Petrobrás. O dado foi apresentado na Mossoró Oil & Gas Expo 2023 pela diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Symone Araújo. Após esse novo sopro de vigor na atividade onshore, o futuro aponta para promissores horizontes. Segundo projeções da agência, os campos terrestres do país deverão novamente alcançar o patamar de 100 mil barris de óleo por dia em 2025 – número visto no país pela última vez no ano de 2019.
Durante uma palestra na Arena ESG da feira, a diretora detalhou que a produção terrestre teve um declínio gradual desde 2016, saindo de cerca de 160 mil barris por dia de petróleo para aproximadamente 80 mil barris diários em 2022. Essa tendência, explicou Symone, começou a ser revertida em 2023. “Novos investimentos estão chegando nos campos maduros onshore com a entrada de diferentes atores, revertendo o declínio da produção”, disse.
Symone detalhou que a previsão do Programa Anual de Produção (PAP) é que a produção onshore no Brasil deve ultrapassar os 100 mil barris por dia de petróleo em 2025, fruto dos novos investimentos e prorrogações contratuais. E o impacto da atuação das petroleiras independentes não termina por aí. O investimento total realizado em campos terrestres em 2021 foi de US$ 187 milhões. Já em 2022, esse número saltou para US$ 567 milhões. De acordo com a diretora da ANP, o setor deve terminar este ano com um investimento total de US$ 700 milhões.
Em outubro de 2023, a Petrobrás operou 49,6% da produção de óleo e gás onshore e os independentes 51,4%. Entre 2021 e 2022, os independentes perfuraram 79 poços de produção/injeção em terra, ao passo que a Petrobrás perfurou 42 poços. O slide da apresentação de Symone Araújo na Mossoró Oil & Gas está disponível neste link.
Infomoney - SP 23/11/2023
Os estoques comerciais de petróleo bruto dos Estados Unidos – excluindo os pertencentes à reserva estratégica – aumentaram 8,701 milhões de barris na semana encerrada em 17 de novembro em relação à semana anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (22) pelo Departamento de Energia.
Com um total de 448,1 milhões de barris, os estoques de petróleo bruto no país estão cerca de 1% abaixo da média de cinco anos para esta época do ano.
O dado veio bem acima das projeções do consenso Refinitiv de analistas, que previa alta de 1,467 milhões de barris na semana.
Os estoques totais de gasolina aumentaram 700 mil barris em relação à semana passada e estão cerca de 2% abaixo da média de cinco anos para esta época do ano. Os estoques de combustíveis destilados diminuíram 1,0 milhão de barris na semana e também estão cerca de 13% abaixo da média de longo prazo.
As refinarias operaram com 87,0% de sua capacidade na semana passada nos Estados Unidos.
A produção de gasolina diminuiu, atingindo uma média de 9,4 milhões de barris por dia, enquanto a produção de combustíveis destilados aumentou, para uma média de 4,9 milhões de barris por dia.
As importações de petróleo bruto dos EUA tiveram média de 6,5 milhões de barris por dia na semana passada, um aumento de 156 mil barris por dia em relação à semana anterior. Nas últimas quatro semanas, as importações de petróleo bruto atingiram em média cerca de 6,4 milhões de barris por dia, 1,7% a mais que no mesmo período de quatro semanas do ano passado.
As importações totais de gasolina para motores (incluindo gasolina acabada e componentes de mistura de gasolina) na semana passada foram em média de 593 mil barris por dia, e as importações de combustíveis destilados foram em média de 75 mil barris por dia.
Petro Notícias - SP 23/11/2023
A produção diária de petróleo da União viverá um crescimento nos próximos 10 anos e alcançará o pico em 2029, quando alcançará 564 mil barris por dia, mais de 11 vezes a produção atual de 51 mil barris por dia. A projeção foi apresentada hoje (22) na divulgação do estudo “Estimativas de resultados nos contratos de partilha e nos acordos de individualização com participação da União“, elaborado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) que contempla projeções até 2033 para os contratos de partilha e para as jazidas compartilhada de Mero, Atapu e Tupi. O trabalho foi apresentado ao setor pela Diretora Técnica e Presidente Interina da empresa, Tabita Loureiro, no Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo – 10 anos de história.
Tabita afirmou que somente a comercialização da parcela de petróleo e de gás natural da União deverá gerar uma arrecadação de R$ 466 bilhões nos próximos dez anos. Quase a totalidade da produção da União (97,5%) virá de projetos com declaração de comercialidade. Neste período, os contratos irão gerar uma receita total de R$ 1,15 trilhão para os cofres públicos, considerando a comercialização, o pagamento de royalties (R$ 373 bilhões) e os tributos recolhidos pelas empresas produtoras (R$ 315 bilhões).
Considerando toda a vida útil dos contratos, somente os nove contratos comerciais de partilha representam para sociedade pelo menos R$ 2 trilhões em comercialização de óleo e gás natural, royalties e tributos, além de R$ 700 bilhões em investimentos.
“Os projetos em regime de partilha estão em curva ascendente de produção. Atingiremos 564 mil barris por dia de produção para a União em 2029 só com os contratos comerciais. Pela primeira vez, estamos projetando a produção da União de gás natural e observamos que nos próximos anos, o governo terá cerca de 3 milhões de m³ por dia para ofertar ao mercado“, detalhou Tabita.
A parcela de gás natural diária da União saltará dos 112 mil m³/dia (setembro de 2023) para 1,8 milhão m³/dia em 2027, mantendo uma média de 3 milhões m³/dia pelos próximos seis anos. O pico é alcançado em 2029 com 3,5 milhões m³/dia.
O estudo projeta também a produção média diária total dos contratos. No petróleo, é esperado um salto, com a produção saindo dos atuais 921 mil barris por dia (bpd) para 2,3 milhões de bpd em 2029, quando a produção atingirá o pico. Nos anos seguintes, se não houver novos contratos, a produção entrará em declínio gradualmente. De 2023 a 2032, os contratos acumularão um total de 6,5 bilhões de barris produzidos, dos quais 1,3 bilhão pertencerão à União (20%).
A produção de gás natural para exportação nestes contratos apresenta crescimento a partir de 2025 e se mantém praticamente estável entre 2026 e 2032.
Além dos valores arrecadados para a União, os investimentos realizados pela indústria também serão vultuosos: R$ 475 bilhões até 2033, com pico em 2025 quando serão aplicados R$ 104,42 bilhões na produção de petróleo e de gás natural nos contratos de partilha de produção. O estudo estima, ainda, a demanda de 18 FPSOs (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) e 302 poços. Desse número, só os contratos comerciais representam 11 FPSOS e 215 poços.
CNN Brasil - SP 23/11/2023
Opep+ adiou uma reunião ministerial esperada para discutir os cortes na produção de petróleo para 30 de novembro, em vez de 26 de novembro, informou a Opep em um comunicado nesta quarta-feira (22), um movimento surpreendente que provocou uma nova queda nos preços do petróleo.
Esperava-se que a reunião da Opep+ – que reúne os países da Opep, como a Arábia Saudita; e produtores de petróleo aliados, como a Rússia – considerasse outras mudanças em um acordo que já limita a oferta até 2024, de acordo com analistas e fontes da Opep+.
O adiamento da reunião pode ter ocorrido para dar mais tempo para que os países discutam tanto o cumprimento dos cortes de produção existentes quanto os possíveis cortes adicionais, disse uma fonte da Opep+, que não quis se identificar.
“A incerteza nunca é boa para os mercados financeiros, com os mercados agora tendo que esperar mais tempo para ter clareza sobre o que a Opep+ fará no próximo ano”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.
“O adiamento da reunião também mostra que há algumas opiniões diferentes entre os participantes do grupo.”
O petróleo bruto Brent chegou a cair mais de US$ 3 (R$ 14,71) por barril, ou mais de 4%, sendo negociado abaixo de US$ 80 (R$ 392,16) por barril.
O preço caiu de quase US$ 98 (R$ 480,40) no final de setembro, pressionado pelo aumento da oferta e pela preocupação com a demanda e com uma possível desaceleração econômica.
Valor - SP 23/11/2023
Atualmente, a produção é de 51 mil barris por dia
A produção diária de petróleo da União deve aumentar em 11 vezes até alcançar o pico, em 2029, a 564 mil barris por dia, segundo estimativas da Pré-Sal Petróleo (PPSA). Atualmente, a produção é de 51 mil barris por dia. Os dados levantados pela PPSA contemplam os contratos de partilha de produção e as jazidas compartilhadas de Mero, Atapu e Tupi.
Tabita Loureiro, presidente interina da PPSA, afirma que serão arrecadados R$ 466 bilhões nos próximos dez anos em comercialização da parcela de petróleo e gás natural da União. O total da arrecadação dos cofres públicos deve alcançar R$ 1,15 trilhão ao somar os R$ 373 bilhões de royalties e os R$ 315 bilhões recolhidos em tributos pelas empresas produtoras.
“Os projetos em regime de partilha estão em curva ascendente de produção", disse Loureiro em nota. "Atingiremos 564 mil barris por dia de produção para a União em 2029 só com os contratos comerciais. Pela primeira vez, estamos projetando a produção da União de gás natural e observamos que nos próximos anos, o governo terá cerca de 3 milhões de m³ por dia para ofertar ao mercado.”
A parcela de gás natural diária da União saltará dos 112 mil metros cúbicos por dia registrados em setembro para 1,8 milhão m³/dia em 2027, mantendo uma média de 3 milhões m³/dia pelos próximos seis anos. O pico é alcançado em 2029 com 3,5 milhões m³/dia.
A PPSA espera também um aumento dos investimento da indústria de petróleo e gás no país em contratos de partilha de produção. Segundo os estudos, serão investidos R$ 475 bilhões até 2033, com pico em 2025, aos R$ 104,42 bilhões.
Auto Data - SP 23/11/2023
A recuperação do mercado de máquinas agrícolas não deverá ocorrer em 2024. Representantes de AGCO e CNH Industrial, que participaram de painel realizado no segundo dia do Congresso AutoData Perspectivas 2024, realizado no Espaço Fit, em São Paulo, acreditam em queda nas vendas mesmo com a expectativa de um novo recorde da produção de grãos, que deverá avançar 1% a 1,5% ante 2023, segundo os dados divulgados pela Conab, Companhia Nacional de Abastecimento.
Carlo Martorano, vice-presidente de compras da AGCO, projetou queda de 5% a 8% para 2024 na comparação com 2023, que deverá encerrar com retração de 10% a 12% com relação a 2022 – porcentual menor do que o projetado pela Anfavea, que espera recuo na casa dos 20% para o ano: “Estamos com uma visão um pouco mais positiva porque esperamos um desempenho melhor para os últimos dois meses do ano”.
Thiago Wrubleski, diretor de planejamento comercial da CNH Industrial, também espera queda em 2023 na comparação com 2022. Para o ano que vem a expectativa não é das mais animadoras: “Não temos um otimismo muito grande pois tudo nos leva a crer que a indústria ainda sofrerá, mesmo com o avanço tímido da produção agrícola”.
As empresas trabalham para ampliar sua base de fornecimento nacional. A CNH Industrial criou um programa interno para selecionar novos fornecedores anualmente, sem olhar apenas para o melhor custo mas buscando o melhor valor, aumentando o índice de nacionalização, que atualmente está em torno de 70%.
No caso da AGCO seu vice-presidente disse que a empresa está trabalhando muito forte na localização, sem deixar passar nenhuma oportunidade, principalmente após a pandemia da covid-19, que deixou lições valiosas com relação à dependência global de componentes. Atualmente a empresa prefere nacionalizar, mesmo que o retorno seja em uma prazo maior, para não depender de mercados externos.
Martorano disse que, atualmente, os fornecedores brasileiros não conseguem competir com empresas similares instaladas na China, que estão vivendo o seu melhor momento de competitividade e, com isto, o desenvolvimento da cadeia se faz ainda mais importante para o avanço da produção local que abastece o Brasil e diversos outros países.
Construção
Na linha amarela, na qual a Volvo CE opera, o cenário é um pouco mais complicado para 2023, de acordo com seu presidente para a América Latina, Luiz Marcelo Daniel, que também participou do painel. Ele projeta uma retração de 30% usando como base os dados divulgados pela Abimaq. Para o ano que vem a projeção é de um início tímido de recuperação, que poderá ser 5% maior do que o mercado em 2023.
Para equilibrar sua produção no Brasil a Volvo CE apostou nas exportações para compensar a retração do mercado interno: “Este ano nós exportamos mais do que vendemos no Brasil. Isso foi muito importante para equilibrar nossos números e conseguimos apresentar competitividade e qualidade igual ou melhor do que outras plantas”.
São Paulo – A recuperação do mercado de máquinas agrícolas não deverá ocorrer em 2024. Representantes de AGCO e CNH Industrial, que participaram de painel realizado no segundo dia do Congresso AutoData Perspectivas 2024, realizado no Espaço Fit, em São Paulo, acreditam em queda nas vendas mesmo com a expectativa de um novo recorde da produção de grãos, que deverá avançar 1% a 1,5% ante 2023, segundo os dados divulgados pela Conab, Companhia Nacional de Abastecimento.
Carlo Martorano, vice-presidente de compras da AGCO, projetou queda de 5% a 8% para 2024 na comparação com 2023, que deverá encerrar com retração de 10% a 12% com relação a 2022 – porcentual menor do que o projetado pela Anfavea, que espera recuo na casa dos 20% para o ano: “Estamos com uma visão um pouco mais positiva porque esperamos um desempenho melhor para os últimos dois meses do ano”.
Thiago Wrubleski, diretor de planejamento comercial da CNH Industrial, também espera queda em 2023 na comparação com 2022. Para o ano que vem a expectativa não é das mais animadoras: “Não temos um otimismo muito grande pois tudo nos leva a crer que a indústria ainda sofrerá, mesmo com o avanço tímido da produção agrícola”.
As empresas trabalham para ampliar sua base de fornecimento nacional. A CNH Industrial criou um programa interno para selecionar novos fornecedores anualmente, sem olhar apenas para o melhor custo mas buscando o melhor valor, aumentando o índice de nacionalização, que atualmente está em torno de 70%.
No caso da AGCO seu vice-presidente disse que a empresa está trabalhando muito forte na localização, sem deixar passar nenhuma oportunidade, principalmente após a pandemia da covid-19, que deixou lições valiosas com relação à dependência global de componentes. Atualmente a empresa prefere nacionalizar, mesmo que o retorno seja em uma prazo maior, para não depender de mercados externos.
Martorano disse que, atualmente, os fornecedores brasileiros não conseguem competir com empresas similares instaladas na China, que estão vivendo o seu melhor momento de competitividade e, com isto, o desenvolvimento da cadeia se faz ainda mais importante para o avanço da produção local que abastece o Brasil e diversos outros países.
Construção
Na linha amarela, na qual a Volvo CE opera, o cenário é um pouco mais complicado para 2023, de acordo com seu presidente para a América Latina, Luiz Marcelo Daniel, que também participou do painel. Ele projeta uma retração de 30% usando como base os dados divulgados pela Abimaq. Para o ano que vem a projeção é de um início tímido de recuperação, que poderá ser 5% maior do que o mercado em 2023.
Para equilibrar sua produção no Brasil a Volvo CE apostou nas exportações para compensar a retração do mercado interno: “Este ano nós exportamos mais do que vendemos no Brasil. Isso foi muito importante para equilibrar nossos números e conseguimos apresentar competitividade e qualidade igual ou melhor do que outras plantas”.
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