Diário do Comércio - MG 23/06/2023
O aumento da oferta de aços planos está interferindo nos preços no mercado nacional. De acordo com os dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), em maio, com a maior oferta, os aumentos implantados pelas usinas, em abril, foram revogados e os preços recuaram entre 5,5% e 7%. A tendência é de novas quedas ao longo dos próximos meses.
O presidente do Inda, Carlos Loureiro, explica que o maior abastecimento do mercado se deve ao aumento das importações e da nacionalização dos estoques que estavam nos portos.
A valorização do real frente ao dólar tem favorecido tanto a nacionalização dos produtos como o aumento de novos contratos de importações, que irão chegar ao Brasil no segundo semestre.
Para os próximos meses, também é esperada a conclusão de manutenções e ampliações em altos-fornos em várias usinas instaladas no Brasil. Dessa forma, a tendência é de uma oferta bem maior de aço plano no mercado.
Diante do cenário de expectativa de aumento da oferta e queda de preços, o setor distribuidor tende a comprar apenas o necessário para atender à demanda dos clientes.
“A recomendação do Inda é que as empresas distribuidoras comprem apenas o necessário para atender à demanda. Isso é importante para evitar prejuízos. As empresas correm o risco de comprar material mais caro e ter que vender mais barato. No mercado, o que vale é o custo de reposição. A conjuntura é de cautela com relação à compra de materiais e estoques”, explicou Loureiro.
Conforme o Inda, em maio, as vendas de aços planos registraram alta de 9,9% quando comparadas a abril, atingindo o montante de 331 mil toneladas contra 301,1 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 312 mil toneladas, o aumento foi de 6,1%.
As compras feitas pelas distribuidoras de aço ficaram 11,5% maiores se comparadas com abril, com volume total de 354,5 mil toneladas contra 318 mil. Frente a maio do ano passado (366,7 mil toneladas), foi registrada queda de 3,3%.
No período, as importações tiveram alta de 18,3% em maio, se comparado com o mês anterior. Ao todo, o volume chegou a 190,4 mil toneladas contra 161 mil toneladas.
Frente a maio do ano anterior, quando foram importadas 140,6 mil toneladas, houve alta de 35,4%.
Broadcast - SP 23/06/2023
As vendas de aço plano subiram 6,1% em maio no Brasil ante igual mês de 2022, para 331 mil toneladas, segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Quando comparadas a abril, registraram alta de 9,9%.
Já as compras somaram 354,5 mil toneladas em maio, queda de 3,3% em relação a um ano antes, mas avanço trimestral de 11,5%.
Em número absoluto, o estoque de maio subiu 2,9% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 841 mil toneladas contra 817,6 mil. O giro de estoque fechou em 2,5 meses.
Para junho de 2023, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma queda de 3% em relação ao mês de maio.
Monitor Digital - RJ 23/06/2023
O Rio de Janeiro conquistou a liderança da indústria siderúrgica no país. Em maio, a produção do estado chegou a 808 mil toneladas de aço bruto, respondendo por 28,6% do volume nacional. No acumulado do ano, de janeiro a maio de 2023, o estado produziu 3,4 milhões de toneladas – 25,6 % da produção do volume nacional, que foi de 13,4 milhões de toneladas. Os dados são do Instituto Aço Brasil, que representa as empresas brasileiras produtoras de aço.
– A indústria siderúrgica é de grande relevância para manter a economia em movimento. Está diretamente ligada a uma série de indicadores econômicos e sociais, como investimentos, exportações, geração de empregos e renda, e é responsável por milhares de empregos criados no nosso estado – comenta o governador Cláudio Castro.
De acordo com o Instituto Aço Brasil, em maio de 2023 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,8 milhões de toneladas, uma queda de 5,5% frente ao apurado no mesmo mês de 2022.
– O Rio de Janeiro possui um importante parque siderúrgico, formado por grandes empresas como Ternium, ArcelorMittal, CSN e Gerdau, sendo um dos maiores produtores mundiais de aço bruto – afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Vinicius Farah.
Valor - SP 23/06/2023
Prorrogação vale por até cinco anos e atinge o item 7312.10.90, de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) prorrogou nesta quinta-feira (22) medida antidumping contra importações de “cordoalhas de aço de alto teor de carbono, de alta resistência mecânica, de 3 ou 7 fios, de baixa relaxação, ou simplesmente cordoalhas de aço” vindas da China.
A prorrogação vale por até cinco anos e atinge o item 7312.10.90, de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
No caso dos itens produzidos pela Silvery Dragon Prestressed Materials, serão cobrados US$ 290,11 por tonelada. No caso das demais empresas, serão cobrados US$ 627,04 por tonelada.
As informações foram publicadas na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União (DOU).
IstoÉ Dinheiro - SP 23/06/2023
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, reiterou nesta quinta-feira, 22, que a “grande maioria” do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) espera mais aumento de juros este ano, “talvez duas” novas elevações. Segundo Powell, esse é o cenário previsto caso a economia dos Estados Unidos evolua conforme projetado.
Ele repetiu no Comitê Bancário do Senado o discurso feito na quarta-feira, 21, na abertura de audiência no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
Powell afirmou que o FOMC não prevê cortes de juros no horizonte breve da política monetária.
Comentou também que a expectativa é por um alguma redução da taxa básica por volta do final de 2024, mas ponderou que essa perspectiva dependerá da evolução dos indicadores de atividade e inflação.
O presidente do Federal Reserve reforçou que ainda “não houve muitos progressos” no combate à inflação de serviços nos Estados Unidos, apesar da melhora em outras áreas. Reconheceu, porém, que a taxa inflacionária anual caiu à metade no último ano.
Segundo ele, o movimento reflete sobretudo a queda dos preços de energia e alimentos, além de melhoras na cadeia produtivas – setores menos responsivos à atuação do Fed.
O dirigente acrescentou que a autoridade monetária não tem um “consenso” sobre o prazo para que o aperto monetário atinja a economia, mas reiterou que não vê evidências de que a política esteja se tornando menos eficiente.
Powell também se disse “ciente” de questões no mercado imobiliário comercial dos EUA.
‘Pouso suave’
O presidente do Federal Reserve afirmou que ainda vê um caminho para o controle da inflação nos Estados Unidos sem um impacto significativo na atividade econômica – fenômeno conhecido como “pouso suave”.
Na audiência no Senado dos EUA, Powell disse, no entanto, esperar algum avanço do desemprego no país, que segue em níveis “historicamente baixo”.
Segundo ele, o Fed quer subir juros, daqui para frente, em ritmo que o permita avaliar as informações econômicas.
Projeções
O presidente do Federal Reserve disse ainda que as projeções dele são similares às do FOMC. Acrescentou que a ferramenta de que o Fed dispõe para conter a inflação envolve uma redução da demanda agregada.
Segundo ele, o banco central norte-americano desacelerou o ritmo de alta de juros para evitar um aperto monetário excessivo.
Regulação de liquidez dos bancos
Questionado sobre a situação dos bancos, o banqueiro central defendeu a necessidade de mudanças na estrutura de regulação de liquidez, após as turbulências que levaram a quebra de Silicon Valley Bank (SVB), Signature Bank e First Republic Bank.
Powell também defendeu que os bancos devem usar a janela de redesconto – instrumento que permite empréstimos de curto prazo em busca de liquidez – sem que sejam punidos pelo mercado.
O Estado de S.Paulo - SP 23/06/2023
São Paulo - O comunicado mais duro do que o esperado do Comitê de Política Monetária (Copom) em junho não retirou da mesa a possibilidade de redução da taxa Selic em agosto, segundo economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. A percepção dos analistas é de que a resposta das expectativas de inflação após a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre as metas de inflação, na reunião que será realizada no dia 29, devem determinar quando será iniciado o ciclo de cortes.
Essa senha foi apresentada pelo próprio Banco Central, que manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano na decisão desta quarta-feira, 21, e evitou sinalizar explicitamente uma redução dos juros já na próxima reunião, em 2 de agosto. A autoridade monetária preferiu indicar que os seus próximos passos dependerão da evolução das expectativas de inflação, da inflação corrente e da atividade econômica.
“Os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, afirmaram os membros do Copom no penúltimo parágrafo do comunicado.
Para analistas, a decisão do CMN sobre as metas será o principal determinante do comportamento das expectativas. O Conselho (que reúne os ministros da Fazenda e do Planejamento, mais o presidente do Banco Central) define, todo ano, as metas de inflação para três anos. Atualmente, as metas são de 3,25% este ano e 3% para 2024 e 2025, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto, para mais ou para menos.
No início do ano, por conta dos juros altos, muitos membros do governo discutiram a possibilidade de mudar a meta, para um patamar mais alto, para facilitar a queda da Selic. Mas especialistas sempre defenderam que essa saída poderia ter um efeito contrário: metas de inflação mais altas poderiam trazer a percepção de um BC mais ‘frouxo’, piorando as expectativas em relação aos preços futuros e até dificultando a queda das taxas de juros.
Essa discussão sobre a mudança das metas acabou perdendo força, e a mudança que pode acontecer na reunião do CMN da próxima semana é a mudança de como a meta é perseguida. Hoje, o BC precisa cumprir a meta dentro do ano-calendário - ou seja, precisa chegar a dezembro com a inflação dentro da meta, mesmo que durante todo o ano tenha ficado fora dos parâmetros. A ideia em discussão é adotar uma meta continua, válida durante todo o tempo. Ou seja, o BC precisaria se preocupar com o alvo da meta no acumulado em 12 meses, o tempo todo.
Expectativas de longo prazo
O mercado já considerava que a manutenção do centro da meta em 3% teria o potencial de derrubar as medianas dentro do Boletim Focus para o IPCA de longo prazo a até 3,5% - e mesmo as recentes quedas de 0,2 ponto porcentual nessas expectativas foram vistas como uma antecipação desse movimento à véspera do Copom.
“Parece que o Focus ainda tem uma probabilidade minoritária de que a meta seja elevada, de forma que, se ficar em 3%, vejo espaço para uma melhora das projeções, de talvez algo como 0,2 a 0,3 ponto porcentual”, afirma o economista-chefe do Banco Original, Marco Caruso. “Com as expectativas no Focus reduzindo de 0,2 a 0,3 ponto, o modelo do BC dá uma boa melhora, e todo o resto deveria levá-lo a ter uma inflação menor.”
Nas contas do analista, uma redução desta magnitude nas expectativas para o IPCA de 2025 e 2026 - de 3,8% para entre 3,6% e 3,5% em ambos os casos - poderia levar a projeção do Copom para o IPCA de 2024 de 3,3% a 3,2%. Este é o intervalo, segundo o economista, no qual o comitê poderia passar a ver a inflação “ao redor” do centro da meta de 3%, o que pode abrir espaço para o corte de juros.
A avaliação parte do próprio comunicado, no qual o Copom reiterou que a decisão de manter a Selic em 13,75% é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para ao redor da meta ao longo do horizonte relevante”. “Digamos que o intervalo ‘ao redor’ da meta é 3%, com 0,2 ponto porcentual para cima ou para baixo”, afirma Caruso, que manteve a projeção de início do ciclo de cortes em agosto, embora reconhecendo redução da probabilidade.
Na mesma linha, o economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira, afirma que a eventual manutenção das metas de inflação em 3% contribuiria com a queda das expectativas de inflação do mercado a um nível de até 3,3%. Este nível é percebido pelo analista como suficiente para que o BC veja as projeções do mercado “em torno” das metas - um dos pontos observados com atenção pelo Copom.
A combinação desse vetor, dos esperados dados de inflação mais baixa e de atividade mais fracos e de uma prevista valorização do real nos 45 dias que separam o comitê da sua próxima decisão deve atender aos pontos apontados pelo BC como necessários para determinar os próximos passos da política monetária e, com isso, permitir um corte da taxa Selic em agosto, afirma Oliveira.
“O tom mais hawkish do Copom também atua na curva de juros e ajuda a convencer os agentes de que o BC está de fato perseguindo o centro da meta”, acrescenta o economista. “A gente vislumbra um cenário em que as expectativas continuam desacelerando, a inflação corrente vai desacelerando e isso aumenta o juro real”, diz Oliveira, que também reconhece uma barra mais alta para redução da Selic em agosto.
Em relatório publicado nesta quarta-feira, 21, o economista para Brasil do Barclays, Roberto Secemski, reiterou a expectativa de início do ciclo de cortes da taxa Selic apenas em setembro, mas reconheceu que há chance de uma redução de 0,25 ponto porcentual dos juros já em agosto. A velocidade da resposta das expectativas à decisão do CMN determinará esse timing, segundo o analista.
“Na nossa visão, uma eventual confirmação do centro da meta de inflação em 3% - mesmo que acompanhada de uma mudança do sistema de anos-calendário para um horizonte móvel e um menos desejável, mas possível, aumento da banda de tolerância de 1,5 para 2 pontos porcentuais - pode levar a uma melhora relevante das expectativas de inflação de 2024 a 2027 nas semanas seguintes”, afirma Secemski.
O Estado de S.Paulo - SP 23/06/2023
Apesar de considerada pouco viável por economistas, a recente proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a América do Sul crie uma moeda comum para o comércio entre os países, como forma de impulsionar a integração regional, segue uma tendência global. Nos últimos meses, houve uma série de anúncios de governos que pretendem reduzir o uso do dólar em suas transações comerciais. A restrição à moeda americana no comércio, ao lado da queda de participação do dólar nas reservas internacionais globais, levantou – novamente – a discussão sobre uma possível “desdolarização”.
No centro dessas propostas de substituição da moeda americana por locais está a China, que vem tentando minar a hegemonia do dólar. Desde o fim do ano passado, Pequim anunciou acordos com Argentina, Brasil, Rússia e Arábia Saudita para reduzir a dependência do dólar (leia mais abaixo).
Entre as intenções do governo de Xi Jinping estariam aumentar a influência política e econômica da China no mundo e os ganhos com senhoriagem, isto é, com a diferença entre quanto custa para o país emitir notas de renminbi e quanto paga um estrangeiro para obter a mesma quantia da moda chinesa.
Além da discussão na área comercial, economistas também observam que o dólar vem perdendo espaço como reserva internacional mantida por Bancos Centrais em todo o mundo. De acordo com um estudo do CEO da gestora europeia Eurizon SLJ Capital, Stephen Jen, em 2022, a participação do dólar nas reservas de outros países caiu a uma taxa dez vezes maior do que a média dos últimos 20 anos.
Jen aponta que muitos especialistas não observaram a velocidade dessa mudança por analisarem o valor nominal das reservas, sem considerar a variação na cotação do dólar. Fazendo esse ajuste, a moeda americana passou de uma participação nas reservas globais de cerca de 66% em 2003 para 55% em 2021 e para 47% em 2022.
Também em 2022, o euro ganhou quase 5% de participação. Com o crescimento, a moeda voltou ao mesmo nível de 2003. Já o renminbi vem crescendo lentamente. Segundo o estudo, o espaço de 20 pontos porcentuais que a moeda americana perdeu nos últimos 20 anos foi ocupado principalmente pela libra (4 pontos), pelo renminbi (3 pontos), pelo iene (3 pontos) e pelo dólar canadense (3 pontos).
Autor da teoria “Sorriso do Dólar” – segundo a qual a moeda americana se fortalece quando a economia dos EUA cresce ou recua profundamente, mas enfraquece quando o desempenho é medíocre –, Jen afirma que a “erosão” do dólar como reserva internacional se acelerou com a guerra na Ucrânia. Isso porque o G7, liderado pelos EUA, “assustou” países que são grandes detentores de reservas internacionais ao congelar metade dos US$ 630 bilhões das reservas russas e ao apreender ativos, como iates, de oligarcas russos.
Jen não acredita que o temor gerado por essas medidas adotadas contra a Rússia será temporário. “Suspeito que Bancos Centrais estejam genuinamente temerosos e zangados com a mudança repentina nas regras. No passado (por exemplo, Segunda Guerra Mundial), confiscos financeiros também ocorreram, mas isso foi quando os EUA, o Reino Unido e outros países que confiscaram bens alemães já estavam em guerra. Desta vez é diferente”, afirmou, por e-mail, ao Estadão.
“Isso levanta a possibilidade de que os EUA e o Reino Unido possam decidir unilateral e subjetivamente confiscar bens de países cujas políticas os desagradam. A ‘linha’ já não é clara e isso é extremamente preocupante para os países do sul global, que têm ‘valores’ ou formas de ver o mundo muito diferentes da dos EUA.”
Apesar das tendências de se evitar o dólar em transações comerciais e de substituí-lo em reservas internacionais, especialistas apontam que a moeda americana ainda continua forte no mais importante dos mercados: o financeiro, que envolve operações de hedge e investimentos. Hoje, as operações de câmbio feitas para a realização de transações comerciais não chegam a 2% do total.
Como os EUA podem perder a hegemonia?
Diante do fato de as transações financeiras serem 50 vezes mais relevantes que as comerciais, para o dólar perder sua hegemonia, o mercado financeiro em outras partes do mundo que não os EUA precisaria crescer e melhorar, enquanto o americano teria de piorar devido a políticas econômicas inadequadas, na análise de Jen. Ainda segundo ele, essas tendências existem, mas estão hoje em sua “infância”.
“Se os EUA continuar implementando políticas ruins, como executar enormes déficits fiscais, imprimir dinheiro e promover políticas externas beligerantes. Ao mesmo tempo em que a China corrigir seu caminho e voltar a políticas sensatas, com foco em reformas liberalizantes, no lugar de insistir nas virtudes do socialismo, poderíamos ver o renmimbi rivalizando com o euro nos próximos 15 anos”, diz.
O economista questiona ainda se investidores considerarão o dólar e os títulos do Tesouro americano portos seguros se a dívida pública dos EUA atingir uma dívida de 200% do PIB em 2050 – número estimado pelo CBO (órgão do Congresso americano que faz estudos sobre questões orçamentárias). Nesse caso, a dívida americana seria inferior apenas à do Japão.
Para o professor da Universidade da Califórnia Barry Eichengreen, o mundo está, sim, caminhando para um sistema em que o dólar perderá a hegemonia e múltiplas moedas desempenharão um papel internacional. Essa mudança, no entanto, está acontecendo “muito gradualmente”. Eichengreen não vê eventos recentes tendo acelerado essa transição.
Em entrevista ao Estadão, também por e-mail, o economista afirmou esperar que esse novo sistema será benéfico ao garantir novas fontes de liquidez internacional. “Essa é uma esperança”, destacou ele, no entanto. Isso porque, no passado, já houve momentos em que houve um sistema múltiplo pouco vantajoso, como entre 1920 e 1930, quando Inglaterra e EUA dominavam com a libra e o dólar e suas políticas econômicas instáveis.
Antes da Primeira Guerra Mundial, porém, o sistema multipolar composto por libra, franco e marco foi benéfico, dado que as políticas dos países dominantes eram estáveis.
Um dos maiores estudiosos do tema no mundo, Eichengreen aponta em seu livro “How Global Currencies Work” (Como funcionam as moedas globais, em tradução literal) que moedas de grandes economias, como da zona do euro e da China, teriam potencial para, no futuro, ter relevância internacional devido ao volume de transações transfronteiriças que realizam.
Eichengreen afirmou, ao Estadão, que novas tecnologias financeiras (plataformas de negociação eletrônica, por exemplo) facilitarão o uso de moedas de países menores. “Agora, também prevejo um papel para as moedas de economias pequenas e bem administradas: Austrália, Canadá, Noruega, Suécia, Coreia do Sul e assim por diante.”
Apesar de citar o renminbi como uma moeda com potencial devido ao tamanho da economia chinesa, o professor pondera que o controle de capital por parte do governo de Xi Jinping e o sistema financeiro ainda “subdesenvolvido” do país dificultam o uso da moeda internacionalmente.
“O sistema político do país carece de freios e contrapesos, não inspira confiança por parte dos investidores. Se você olhar para a lista de economias pequenas e bem administradas cujas moedas estão começando a desempenhar um papel internacional, notará que todas são democracias.”
O ex-vice-presidente do Banco Mundial e membro sênior do think tank Policy Center for the New South, Otaviano Canuto, também afirma que a desconfiança dos investidores em relação ao renmimbi decorrente da intervenção do governo de Xi Jinping na economia dificulta a adoção internacional da moeda chinesa, ainda que o país aumente a presença da moeda pelo mundo em transações comerciais.
Canuto lembra ainda que, quando o Banco Central de um país precisa interferir no mercado cambial, precisa ter uma moeda amplamente aceita, inclusive entre agentes privados. “O renmimbi não é uma moeda de reserva equivalente ao dólar dado o controle de capital e a intervenção. Ainda que os EUA adotem sanções contra a Rússia, o Irã e a Venezuela, o investidor se sente menos receoso em relação a uma ordem de bloqueio de ativos por parte do governo americano do que a uma decisão arbitral do governo chinês.”
Quais foram os acordos que a China fechou para minar o dólar em transações comerciais?
Nos últimos meses, o Brasil e a China têm avançado na negociação para que o comércio e os investimentos entre os dois países sejam feitos diretamente com real e renminbi, o que exclui o dólar das transações. Em janeiro, os bancos centrais dos dois países assinaram um memorando para estabelecer uma “clearing house” no Brasil. Trata-se de um banco com liquidez na moeda chinesa para fazer a compensação das divisas sem transacionar pelo dólar.
A Rússia já adotou o renminbi como moeda de reserva primária e também anunciou que as transações comerciais com a China serão feitas em rublo e em renminbi. A moeda chinesa se tornou a mais negociada no país. Quase sem divisas internacionais, a Argentina também fechou acordo com Pequim para pagar as importações provenientes do país em renminbi.
Em dezembro passado, a China e a Arábia Saudita realizaram a primeira transação usando suas moedas. O país árabe ainda anunciou a intenção de usar a moeda chinesa como parte de suas reservas internacionais.
Três meses depois, a China fez o primeiro acordo de importação de gás natural dos Emirados Árabes em renminbi e, em abril, o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, afirmou não haver razão para o país continuar “dependendo do dólar” na área de investimentos e que transações com outros países deveriam ser fechadas nas moedas locais.
Money Times - SP 23/06/2023
A Selic vai continuar em 13,75% por mais uns meses. Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou a manutenção da taxa básica de juros, apesar da pressão vindo de Brasília e das projeções iniciais do mercado de um corte de 0,25 ponto percentual em agosto.
O Banco Central avalia que é apropriado deixar a taxa inalterada para garantir a convergência da inflação para a meta de 3,25%, com o teto em 4,75%. Até aí, nada de novo.
No entanto, o que vem dividindo os economistas é o comunicado do Banco Central. A expectativa era de uma sinalização de um futuro afrouxamento na política monetária, mas o texto veio com um tom mais duro do que esperado, mas com sinais sutis de melhora.
David Beker, chefe de economia para Brasil e de estratégia para América Latina do Bank of America, aponta que, de uma maneira geral, o comunicado é mais um passo na comunicação do Banco Central rumo a uma postura mais dovish – ou seja, disposto a baixar os juros.
“O conselho não depende apenas dos dados, mas também aguarda a decisão do CMN na próxima semana e novas melhorias nas expectativas de inflação antes de cortar as taxas. Continuamos esperando que o ciclo de flexibilização comece em agosto, com um corte inicial de 0,50 pp. A taxa Selic deve fechar o ano em 11,75%, com a taxa terminal desse ciclo em 9,50% alcançada em 2024”, afirma.
Já Mauricio Oreng, superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander, aponta que, embora o comunicado do Copom tenha reforçado a ideia de que um ciclo de flexibilização se aproxima, o a autoridade monetária não assumiu um compromisso com um corte de juros em agosto.
“Com o BC reconhecendo uma fase mais desafiadora do processo de desinflação e uma convergência mais lenta para a meta, com riscos de desancoras das expectativas no processo, prevemos um ciclo de flexibilização bastante gradual à frente. Projetamos a taxa Selic em 12,50% para o ano de 2023 e 11,00% para o ano de 2024”, destaca.
Para ele, a ata do Copom, que será publicada na próxima terça-feira (27), pode lançar mais luz sobre o plano de fuga do Banco Central.
Selic mais baixa em agosto (ou não)
Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Rena, avalia que o comunicado buscou conter um excesso de otimismo do mercado com relação à trajetória de queda da Selic.
Apesar disso, ele segue otimista, projetando que o início do processo de flexibilização monetária se dará com um corte de 0,25 pp em agosto, acelerando para 0,50 pp nas reuniões subsequentes. Com isso, a Selic fecharia 2023 em 12%.
“Avaliamos que a projeção de inflação no cenário de referência continuará declinando, em função de provável revisão adicional baixista do IPCA para 2023 e da perspectiva de continuidade do movimento de declínio das expectativas de inflação. A decisão do CMN sobre a meta de inflação será fundamental para a redução das incertezas e do desvio das expectativas em relação à meta”, diz.
Também está no time de cortes na próxima reunião Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos. Ela aponta que foi retirado do comunicado o trecho em que dizia que um ajuste adicional poderia ser necessário, ou seja, que o Banco Central poderia voltar a subir juros.
“Isso para mim já é uma sinalização, eu não achava que eles iam sinalizar abertamente que vão cortar juros, até porque eles estão dependendo dos dados, eles próprios falaram isso no comunicado. Mas foi tirado esse trecho que estava muito tempo já acompanhando os comunicados do Banco Central, para mim, já é uma sinalização bem relevante”, afirma.
Por outro lado, os analistas do UBS BB, destacam que o comitê reforçou a mensagem de que precisa que as expectativas para a inflação de 2024 e 2025 caiam para, ai, sim, cortar as taxas.
“Para um corte na reunião de 2 de agosto, precisaríamos ver um 0,50 pp de redução, o que parece improvável dado o prazo. Desta vez a comunicação foi o fator mais importante, já que alguns participantes esperavam uma sugestão de corte na próxima reunião. Nosso cenário tem o primeiro corte acontecendo apenas duas reuniões a partir de agora.”
Agência Brasil - DF 23/06/2023
A decisão do Banco Central (BC) de não indicar o início da queda dos juros traz problemas para o futuro, como aumento de inflação e de carga tributária, disse nesta quinta-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Além de criticar a manutenção da Taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida, o ministro considerou “muito ruim” o tom do comunicado emitido pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
“Nós estamos contratando um problema com essa taxa de juros. É isso que essa decisão significa. Está contratando inflação futura e aumento da carga tributária futura. É isso que está sendo contratado”, disse Haddad em Paris, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem oficial.
No comunicado, o Copom indicou que ainda existem riscos sobre a inflação, como eventuais pressões globais sobre os preços e incertezas “residuais” sobre a votação do arcabouço fiscal. Diferentemente das últimas reuniões, foi retirada a frase que afirmava que o Banco Central poderia voltar a elevar os juros caso a inflação subisse, mas a autoridade monetária não informou se e nem quando pretende cortar a Selic.
Para Haddad, o Copom poderia informar ou ao menos indicar quando começará a reduzir os juros. Segundo o ministro, existe um descompasso entre a avaliação do Banco Central e os dados econômicos que apontam forte desaceleração da inflação, o que preocupa o Ministério da Fazenda.
“O comunicado, como de hábito, é o quarto comunicado muito ruim. Todos foram ruins. E às vezes ele corrige na ata [divulgada seis dias após a reunião do Copom], mas não alivia a situação. Há um descompasso entre o que está acontecendo com o dólar, com a curva de juros, com a atividade econômica. É um claro sinal de que podíamos sinalizar um corte na Taxa Selic”, continuou a criticar Haddad.
Boletim Focus
O ministro também pediu que o Banco Central leve menos em consideração o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo órgão, na hora de tomar decisões. “A pesquisa não pode substituir a autoridade monetária. Tem uma pesquisa que está errando há seis meses, pode até continuar levando em conta, mas tem que sopesar os argumentos” — disse o ministro.
Na última edição da pesquisa, os analistas de mercado acreditavam que a Selic começaria a cair em agosto.
Contas públicas
No início da semana, Haddad tinha afirmado que o Banco Central deveria ter cortado os juros a partir de março. A persistência do BC em não reduzir a Selic, destacou o ministro, também impactará as contas públicas porque União, estados e municípios perdem arrecadação com a atividade econômica enfraquecida.
“Os estados estão perdendo arrecadação. Os municípios estão perdendo arrecadação. A União não está performando”, declarou Haddad. O ministro, no entanto, ressaltou que algumas defasagens no caixa do governo estão sendo resolvidas. Citou a previsão de votar o projeto de lei que reformula o sistema de votação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), tribunal administrativo da Receita Federal, que poderá reforçar a arrecadação em R$ 30 bilhões por ano com o retorno do voto de desempate a favor do governo.
Dados positivos
Na última segunda-feira (19), Haddad e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, almoçaram fora da agenda oficial num restaurante de Brasília. O ministro disse estar fazendo “um esforço genuíno” para entender o que se passa no Banco Central de um ponto de vista técnico.
“Estou falando como brasileiro, não estou falando aqui de outra maneira. Eu não consigo entender. Com tudo o que aconteceu esse mês [queda da inflação]? Eu não vou levantar hipótese sobre a subjetividade das pessoas. O que eu digo é o seguinte: na técnica, eu não consigo entender esse comunicado [do Copom]”, criticou Haddad. O ministro reiterou que voltará a se encontrar com Campos Neto na próxima semana, na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) que definirá a meta de inflação para 2026 e, em tese, pode revisar as metas para 2023, 2024 e 2025.
Além da forte desaceleração da inflação, o ministro citou, como dados positivos para a economia em junho, a melhora da perspectiva da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) e os avanços nas negociações para a votação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária.
Globo Online - RJ 23/06/2023
O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, chamou de tremendo erro a decisão do Copom de manter a taxa de juros em 13,75%. Em entrevista ao podcast 2+1, dos colunistas Vera Magalhães e Carlos Andreazza, ele disse que a economia já reúne fatores para uma trajetória de queda. O comunicado do Banco Central também não sinaliza perspectiva de baixa.
Foi um tremendo erro. Nós precisávamos de uma sinalização, mesmo que pequena. Estamos discutindo uma reforma tributária, um arcabouço fiscal, a inflação está em queda, a economia está em um nível de desemprego muito alto, uma população sem renda. Temos todos os fatores para começar uma trajetória de redução da taxa de juros. Para mim, é inacreditável que não tenha tido essa redução, e mais ainda que não tenha tido uma sinalização, criticou.
Robson Andrade explicou que o percentual de 13,75% significa uma taxa de até 30% para empresas e pessoas físicas interessadas em fazer créditos e financiamentos. Não estamos falando que o tomador de crédito tira os recursos a 13,75%, o crédito bancário, hoje, pode chegar a 20%, 30%, dependendo do tamanho da empresa e daquele que vai tirar financiamento. Com uma inflação em torno de 4%, você vê o absurdo que nós estamos pagando no Brasil de juros. Como você vai investir com uma taxa nesse patamar? Como você vai consumir qualquer bem durável com um financiamento de médio prazo a 30% ao ano?, questionou.
Sobre a reforma tributária, o presidente da CNI demonstrou muito otimismo. Em um evento da entidade, nessa quarta-feira (21), Fernando Haddad, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco engrossaram o coro pelo projeto. O presidente da Câmara garantiu, inclusive, a aprovação.
Nós temos total confiança de que agora vai. Em muitos e muitos anos nunca estivemos tão próximos, afirmou. É legítimo que cada setor procure fazer o lobby correto de defender o interesse da classe que representa, mas o que estamos vendo de diferente é que existe uma conscientização não só no Congresso Nacional, mas da população brasileira. (...) O Brasil está ficando excluído das grandes potências, dos grandes países em desenvolvimento por ter um sistema tributário infeliz, incompreensível e completamente caótico, analisou.
Questionado sobre o peso da bancada ruralista no Congresso, Andrade admitiu que a tributação do agronegócio é baixa. Um estudo da CNI demonstrou uma taxa de apenas 1,9% ao setor.
O agro tem duas partes. A agroindústria paga os tributos como se fosse indústria. Só de tributos federais, pagamos em torno de 34%. Agora, a produção de grãos, produtos agrícolas, pecuária, esse realmente hoje paga muito pouco. Por outro lado, a estimativa de crescimento do setor agrícola no Brasil é em torno de 12% nos próximos 10 anos. Essa é uma vantagem que vai ser trazida para aqueles que estão produzindo os produtos agropecuários, ponderou.
Robson Andrade também falou sobre o poder de Lira no Congresso. O líder do Centrão trouxe a reforma para si e já afirmou que pediu a ajuda do governo para aprová-la, em uma inversão de valores sobre a relação entre Legislativo e Executivo.
Arthur Lira, certamente, é um líder de grande quilate. Tem uma liderança na Câmara e isso é muito bom, porque você sabe que tem uma liderança que pode fazer a Casa andar. Sem liderança, como já vimos em alguns casos no passado, a Câmara ficava um pouco paralisada. Mas o fato de ter uma liderança forte não impede que as votações sejam a favor ou contra, disse.
O Estado de S.Paulo - SP 23/06/2023
Após o comunicado do Copom ter vindo menos brando do que o esperado, o consenso do mercado passou a ser de manutenção da taxa Selic em 13,75% em agosto, com início dos cortes apenas em setembro. A intensidade da primeira queda também mudou, de 0,25 ponto porcentual para 0,50 ponto. Apesar disso, a possibilidade que o afrouxamento venha já na próxima reunião não é descartada por economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast.
Entre as 36 instituições consultadas, 16 preveem cortes em agosto (44%) e 19 projetam cortes em setembro deste ano (53%). Apenas uma casa espera cortes em 2024 (3%). A mediana das projeções para a reunião de agosto subiu de 13,50% para 13,75%, mantendo a Selic no nível atual. A mediana para setembro, porém, permaneceu em 13,25%, repetindo o resultado da pesquisa realizada antes da reunião.
O economista-chefe da Quantitas, Ivo Chermont, manteve a projeção de um corte de 0,50 ponto porcentual na Selic só na reunião de setembro, com a taxa encerrando o ano em 12,25%. Chermont, no entanto, não descarta um início do afrouxamento a partir de agosto, ainda que avalie que o tom do comunicado de ontem tenha sido mais duro do que o aguardado.
“Por mais paradoxal que possa parecer, esse tom mais hawkish (incisivo) pode fazer com que, daqui até agosto, as expectativas de inflação, principalmente as de longo prazo, diminuam ainda mais e possibilitem o corte”, explica o economista. “Um BC mais hawk tem mais impacto desinflacionário do que um BC mais dove (voltada à redução dos juros). A dúvida é se vai haver tempo de quedas nas expectativas até a data da reunião de agosto.”
O economista alerta, porém, que caso haja alteração do nível da meta de inflação na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a possibilidade de cortes em agosto “some do mapa” e o processo de diminuição das expectativas de inflação ficaria ainda mais difícil. “O cenário-base é que não haja alteração na meta, mas caso haja mudança, compromete bem o ciclo.”
Entre os pontos de atenção para a política monetária, Chermont também cita a menção ao fiscal no comunicado. “O texto do arcabouço piorou um pouco entre a aprovação na Câmara e o que foi apresentado no Senado ontem, então essa incerteza residual que o BC colocou ainda existe”, diz.
O economista sênior do Banco Inter, André Cordeiro, segue prevendo que o ciclo de cortes inicie em agosto. “Estamos caminhando para uma taxa de juros real ex-post de 10%, que é muito elevada. Os dados de inflação para junho estão apontando para deflação e o quadro da inflação está bem benigno e muito favorável ao início do ciclo de cortes. As expectativas têm convergido e a própria expectativa do Copom tem convergido”, afirma.
O Inter trabalha com um corte inicial de 0,25 ponto porcentual, seguido de um corte maior, de 0,50 ponto percentual em setembro, com a taxa em 12,0% no fim de 2023. Cordeiro avalia que alguns fatores, no entanto, poderiam atrasar o começo do afrouxamento monetário de agosto para setembro. “Seria a inflação de junho vindo não tão baixa, além de questões do lado fiscal: o Senado aprovou ontem o marco fiscal, mas ainda vai voltar para a Câmara. Além disso, ainda temos questões de benefícios tributários que o governo tem ventilado”, diz o economista.
Cordeiro espera, porém, que as expectativas sigam diminuindo até a reunião de agosto — beneficiadas pelo real mais apreciado, o que ajuda a inflação de bens e contribui para a ancoragem das expectativas para 2023. Cordeiro avalia que, se o Copom quisesse, poderia manter a taxa em 13,75% até que todas as expectativas estivessem ancoradas, mas a autoridade está atenta ao efeito negativo da restritividade da Selic por período prolongado. “Dada a defasagem da política monetária, é melhor começar antes o ciclo de cortes do que tarde porque poderemos ter uma piora acumulada mais à frente, afetando a atividade econômica.”
Money Times - SP 23/06/2023
Em razão de feriados, os mercados chineses estão fechados nesta quinta (22) e sexta-feira (23). Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura ampliaram as perdas nesta quarta-feira (21), em uma semana marcada pela queda e quebra de expectativas.
Em consequência, demais mineradoras apresentaram queda nesta semana. Nesta quarta-feira (21), a Vale (VALE3) registrou variação de -1,01%. Na terça-feira (19) o resultado também foi negativo, caindo em 2,58%, a R$ 67,61.
O contrato de minério de ferro de setembro mais negociado na Dalian Commodity Exchange, da China, encerrou as negociações diurnas desta quarta com queda de 1%, a 797,50 iuanes (US$ 110,86) por tonelada métrica.
Na bolsa de Cingapura, o contrato de referência do minério de ferro caiu ainda mais, em 2%, a US$ 110,75 por tonelada métrica.
Os índices de referência de Dalian e Cingapura recuaram na terça-feira (20) de uma máxima de mais de dois meses. O movimento veio após cortes modestos nas taxas de juros de empréstimos da China desapontarem traders que esperavam por um suporte mais amplo, particularmente, para o setor imobiliário.
A taxa básica de empréstimo de cinco anos da China, que serve como taxa de referência para hipotecas, foi reduzida em apenas 10 pontos-base.
Revista Mineração - SP 23/06/2023
Desde a retomada, em dezembro de 2020, mineradora já embarcou 200 navios rumo a diversos continentes.
A Samarco atingiu, na segunda-feira (19/06), a marca de 20 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro produzidas desde a retomada das operações em dezembro de 2020. Nesse período, foram embarcados 200 navios. A empresa retomou suas operações sem a utilização de barragens de rejeitos, e prevê alcançar 60% da capacidade produtiva a partir de 2025.
“Avaliamos esse desempenho de uma forma positiva para o nosso negócio. A continuidade das operações também é uma oportunidade para que possamos compartilhar valor com a sociedade. Para esse ano a expectativa é que a nossa produção atinja cerca de 9 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro, o que significa um incremento de 10% com relação ao volume produzido nos dois anos anteriores. As boas práticas nos mostram que é possível fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável, conforme o nosso propósito”, destacou o diretor de Operações, Sérgio Mileipe.
Segundo o gerente-geral Comercial e Marketing, Renato Pereira, a Samarco consolidou seu retorno ao mercado desde a retomada operacional. “Mais do que números, além de concretizarmos a estabilidade operacional da empresa, restabelecemos e estreitamos ainda mais as relações com nossos clientes. Fornecemos produtos de elevada qualidade cujo valor agregado proporciona maior eficiência e performance na produção de aço, contribuindo também para a redução de gases de efeito estufa, como o CO2”, ressaltou Renato.
Os produtos da Samarco integram a cadeia produtiva de importantes siderúrgicas da Europa, Oriente Médio, Norte da África e Américas, além do mercado interno. A previsão é que a retomada total da capacidade produtiva seja alcançada de maneira segura até 2028.
Somente para este ano os investimentos da empresa são da ordem de R$ 1,6 bilhão. Além da sustentação do negócio, os recursos são destinados ao projeto de descaracterização da cava e da barragem de Germano, obras em estágio avançado, e a projetos de inovação.
Desenvolvimento Sustentável
Entre as ações da empresa no desenvolvimento sustentável, destaca-se a utilização de resíduos de lavra de mármore na produção de pelotas de minério de ferro, como alternativa complementar ao calcário. Atualmente 30% das pelotas produzidas possuem coproduto de mármore.
Desde a homologação do coproduto em outubro de 2022, foram adquiridas mais de 21 mil toneladas do material. Segundo a empresa, entre os vários benefícios estão a redução da emissão de dióxido de carbono e do consumo de combustível, além dos impactos positivos na qualidade da pelota.
Dry Stacking
Com investimento de cerca de R$ 19 milhões, o projeto consiste na construção de uma nova planta de filtragem e de aterros experimentais para uma análise abrangente das melhores formas de disposição e do comportamento geotécnico das pilhas de rejeitos.
Desde a retomada gradual das operações, a Samarco opera com um sistema de filtragem e empilhamento a seco de cerca de 80% do rejeito gerado. O Dry Stacking é um projeto de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) que permitirá que a empresa atinja a marca de 100% de rejeito seco e disposto em pilhas.
Valor - SP 23/06/2023
Associação deve mudar sua projeção de alta de 2,4% para queda na receita total no ano, e com poucas perspectivas de voltar ao azul até dezembro
A manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% na quinta-feira (22) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e a falta de sinalização clara de que o início do ciclo de baixa possa começar já a partir do próximo encontro, em agosto, vai levar o setor de máquinas a rever suas previsões para 2023. Mesmo ainda na metade do ano, na próxima quarta-feira (28), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulga os números do setor em maio e deve apresentar novas projeções para 2023, passando de expectativa de alta de 2,4% para queda na receita total. E com poucas perspectivas de voltar ao azul até dezembro.
O setor começou o ano e manteve até agora a estimativa de crescimento de 0,6% na receita interna e de 8,6% nas exportações. Isso levaria a alta de 2,4% no faturamento total dos fabricantes. O acumulado até abril, no entanto, já sinalizava que as metas seriam difíceis de serem alcançadas. Nos quatro primeiros meses do ano a receita total somou R$ 91,7 bilhões, queda de 6,5% na comparação com 2022. A receita interna, de R$ 69,4 bilhões, ficou 11,9% menor na comparação anual. As exportações ainda crescem 23,4% em 2023, somando US$ 4,3 bilhões.
“A manutenção da taxa de juros não condiz com a realidade de um cenário econômico mais controlado. Mas preocupa que não veio uma sinalização para a próxima reunião (do Banco Central) em agosto. Esperamos que a ata (do Copom) possa trazer uma surpresa boa”, afirma Cristina Zanella, diretora de competitividade, economia e estatística da Abimaq. “O pior cenário é se o ciclo de baixa ficar para 2024. Dependemos de investimento do setor produtivo e como concorrer com uma taxa de juros real de quase 9%”, questiona a economista, numa referência à atual política do Banco Central que estimula o investimento em ativos financeiros e não na produção.
Zanella lembra ainda que uma redução da Selic não significa queda imediata nas taxas de juros praticadas pelos bancos, que pode demorar meses para ser sentida na ponta tomadora de financiamentos. E o ritmo de redução também pesa sobre a indústria. “Se o corte vier de 0,25 pontos percentuais a cada reunião, teremos ainda dois anos de juros na casa dos dois dígitos”, destaca.
Ela disse que as projeções que serão apresentadas na próxima semana ainda não estão fechadas, mas devem indicar uma leve queda na receita total para o ano. Os números de maio também não estão fechados, mas serão melhores do que os de abril, porém ainda abaixo do mesmo mês de 2022. O que vai aprofundar a queda acumulada neste ano.
As exportações tendem a se manter acima do US$ 1 bilhão por mês no restante do ano e fechar com crescimento. Mas a valorização do real vai afetar o receita final do comércio exterior. A Abimaq trabalhava com dólar entre R$ 5,10 e R$ 5,20 para 2023, o que dificilmente será atingido. Com o câmbio em torno de R$ 4,80, o setor começa também a enfrentar problemas de competitividade.
Zanella afirma que os contratos de exportação são de longo prazo e o desempenho de 2023 está garantido. Para 2024, no entanto, o setor pode encontrar dificuldades no mercado externo.
O impacto negativo da taxa de juros e câmbio sobre o setor não se dá de forma igual. Fabricantes que atendem o agronegócio ou os setores extrativistas têm previsões mais positivas para o ano. Já quem fabrica máquinas para segmentos ligados ao consumo — alimentos, bebidas e têxtil, por exemplo — já está sendo afetado. A linha amarela, de máquinas usadas em construção, também sentiu a redução nos negócios.
Para além da questão dos juros e câmbio, a diretora da Abimaq destaca que existem motivos para manter o otimismo. Ela cita a reforma tributária e a discussão do arcabouço fiscal como fundamentais para estimular investimentos e acelerar o corte de juros. E medidas que estão sendo avaliadas pelo BNDES para as suas linhas de crédito podem oferecer boas opções de financiamento ao setor produtivo.
IstoÉ Dinheiro - SP 23/06/2023
As maiores associações do setor de construção civil criticaram o Banco Central por não cortar os juros e renovaram a pressão sobre a autoridade monetária para que agilize esse movimento. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) distribuíram notas à imprensa cobrando uma mudança de postura por parte do Banco Central.
“Lamentamos que a taxa seja mantida, mais uma vez, nesse patamar exorbitante”, afirmou a CBIC. “Isso está claramente afetando o desempenho da atividade produtiva no país, justamente ela que gera renda e emprego.”
A CBIC lembrou que a indústria da construção está sendo muito impactada pelo juro elevado, com queda de 30,2% dos lançamentos imobiliários nos primeiros meses do ano.
A entidade afirmou ainda que certamente fará uma revisão da sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) setorial neste ano. “O cenário com menor pressão inflacionária, a melhoria das expectativas e a redução de incertezas com a aprovação do arcabouço fiscal pela Câmara demonstram que ou reduzimos os juros ou continuaremos a atrasar o crescimento do país.”
A Abrainc também disse que lamenta a decisão do BC e que reforça a necessidade de queda dos juros. A associação classificou como “preocupante” constatar que o Brasil detém as maiores taxas de juros reais do mundo, com uma taxa de 9,4% ao ano (descontada a inflação), muito acima do segundo colocado, o México, que possui 6,6%.
“Esses números representam um obstáculo significativo para investimentos e têm um impacto prejudicial na geração de empregos, especialmente para a população de baixa renda”.
A Abrainc citou que a Selic elevada é ruim para os financiamentos imobiliários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Segundo a Abrainc, a taxa de 13,75% inviabiliza a aquisição de imóveis para milhares de famílias, uma vez que os altos juros resultam em um aumento exorbitante nas parcelas do financiamento.
Money Times - SP 23/06/2023
A decisão de Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) pegou o mercado de surpresa e pega em cheio as ações de construtoras listadas na Bolsa brasileira, que derretem nesta quinta-feira (22).
Além de sentirem os efeitos de um BC que ainda não sinaliza se haverá ou não corte da taxa básica de juros (Selic) e quando terá, as empresas de construção civil acompanham o tombo do índice Ibovespa.
Por volta das 13h30 (de Brasília), o Ibovespa recuava 1,6%, aos 118,4 mil pontos. Enquanto a Eztec (EZTC3) liderava as perdas entre as construtoras, de 7,1%. Seguida de MRV (MRVE3), que caía 5,3%, e Direcional (DIRR3), com queda de 4,5%.
‘Banho de água fria’ também nas construtoras
Analistas do mercado financeiro foram pegos de surpresa e sentiram um “banho gelado” com um Copom mais duro (“hawkish”) em seu comunicado, após manter a taxa Selic em 13,75% pela sétima vez.
Com isso, as construtoras também sentem, uma vez que juros altos seguem impactando o financiamento de imóveis. Sendo assim, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) lamentou a manutenção da Selic e reforçou a “importância crucial de uma redução” nos juros.
Segundo a Abrainc, os impactos negativos da Selic elevada são particularmente severos para os financiamentos imobiliários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
“A atual taxa inviabiliza a aquisição de imóveis para milhares de famílias, uma vez que os altos juros resultam em um aumento exorbitante de 23% nas parcelas do financiamento. Além disso, a manutenção da Selic também contribui para o aumento da inadimplência das empresas”, comentaram.
Apesar da reação negativa no pregão, o analista de real estate da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araujo, destaca que as construtoras e incorporadoras estão diretamente ligadas à recuperação da Bolsa nos últimos três meses. Essa melhora foi justamente em linha com a expectativa de queda de juros nos próximos meses.
“O Copom foi uma questão de postura, de manutenção do seu raciocínio sobre o cenário doméstico. Mas a perspectiva ainda é positiva para as construtoras com a possível captação da queda de juros”, comenta.
Direcional lança oferta de ações
A Direcional tem uma das maiores quedas do setor e não é apenas pela decisão do Copom, que contamina o desempenho dessas companhias.
A construtora protocolou um pedido de oferta de ações (follow-on) que pode chegar a R$ 431,9 milhões. A emissão será de até 23,5 milhões de papéis ordinários. Os recursos serão utilizados para acelerar o crescimento e melhorar sua estrutura de capital.
Os analistas do JP Morgan avaliam que, pelo lado positivo, o follow-on é uma oportunidade para a Direcional acelerar o crescimento, ainda se beneficiando das recentes melhorias no programa Minha Casa, Minha Vida.
Entretanto, a empresa tem espaço para aumentar a alavancagem com sua dívida líquida sobre patrimônio líquido de apenas 21%, que cairá para menos de 5% após a oferta total. No entanto, segundo o JP Morgan, a oferta pesará negativamente em seu retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de curto prazo.
“Além disso, essa oferta levantará preocupações se outras construtoras do segmento de baixa renda também podem anunciar aumentos de capital para se beneficiar das altas recentes, criando um excesso no setor”, ponderam.
No mais, a equipe do JP Morgan acreditamos que a Direcional está aproveitando sua avaliação atual de 2,04 vezes o preço da ação ao seu valor patrimonial proporcional, sinalizando o mercado de que outras empresas de construção civil podem fazer o mesmo no curto prazo.
Valor - SP 23/06/2023
A ideia, segundo o Ministério das Cidades, é viabilizar a construção ou reforma de 30 mil unidades habitacionais em 2023
Uma semana após relançar a versão urbana do Minha Casa, Minha Vida, o governo anunciou nessa quinta-feira (22) os detalhes do segmento rural do programa. A ideia, segundo o Ministério das Cidades, é viabilizar a construção ou reforma de 30 mil unidades habitacionais em 2023.
Diferentemente do que acontece nas regiões urbanas, o Minha Casa, Minha Vida rural disponibiliza até R$ 75 mil para a construção de residências e até R$ 40 mil para reformas e melhorias. Os recursos podem ser usados na aquisição de material de construção, mão de obra e assistência técnica.
Quem pode se beneficiar
São elegíveis agricultores familiares, incluídos os silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores, povos indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e demais povos e comunidades tradicionais residentes em áreas rurais, os trabalhadores rurais e as famílias residentes em área rural, "independente da atividade econômica que exerçam".
O benefício é destinado para famílias com renda bruta anual de R$ 31.680, valor correspndente à faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida urbano.
Outra portaria do Ministério das Cidades trata da habilitação das organizações privadas sem fins lucrativos que poderão atuar com entidades organizadoras do programa.
"A qualificação técnica demanda a comprovação de experiência da entidade proponente em processos de autogestão ou gestão habitacional, na elaboração de projetos habitacionais ou de ações de desenvolvimento rural sustentável, em processos de mobilização e de difusão de informações, na participação de conselhos voltados às políticas públicas de habitação e de desenvolvimento rural sustentável e a existência de equipe técnica", diz a portaria.
Petro Notícias - SP 23/06/2023
Pelo andar da carruagem, parece que o governo Lula não aprendeu com os erros anteriores. Agora, o Ministro Renan Filho, meio desaparecido do noticiário brasileiro, visita a Argentina e anuncia: o Brasil vai financiar a construção do gasoduto que vai ligar Vaca Muerta, no extremo sul do país, até a Buenos Aires, criando milhares de empregos para os argentinos. O dinheiro voltará a sair dos cofres do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), que ainda sofre com os maiores calotes de Cuba, Nicarágua, Venezuela e os países africanos, para onde foi o dinheiro brasileiro, que seria para fomentar o desenvolvimento no país, criando emprego para brasileiros. E a bondade parece não ter fim. Renan Filho levou essas boas notícias para Buenos Aires e garantiu ao seu homólogo argentino, Gabriel Katopodis, que o Brasil financiará integralmente duas novas pontes na fronteira com a Argentina. Todas essas revelações foram feitas em entrevista ao jornal argentino Clarin.
Para lembrar, atualmente as pontes que unem o Brasil e a Argentina são a Ponte Internacional Tancredo Neves, também conhecida como Ponte Internacional da Fraternidade, que liga Foz do Iguaçu (Brasil) a Puerto Iguazú (Argentina), e a ponte que une Uruguaiana (Brasil) com Paso de los Libres (Argentina).
VACA MUERTA
Os próximos projetos na fronteira, que somam um investimento de US$ 120 milhões, totalmente financiados pelo Brasil, são as pontes que ligarão Porto Xavier (Brasil) com San Javier (Argentina), e São Borja (Brasil) com Santo Tomé (Argentina). Quanto ao gasoduto, trata-se da construção do segundo trecho, na Argentina, denominado Salliqueló-San Jerónimo, que fornecerá gás a uma parte da costa e ao norte do país. Essa extensão, por sua vez, criará as condições para enviar gás para o Brasil através de duas obras adicionais. Neste caso, o projeto tem um valor aproximado de US$ 800 milhões (quase 4 bilhões de reais) e será financiado pelo Brasil, por meio do BNDES. Uma das justificativas ditas por Renan Filho, é que “Isso nos permitirá deixar de depender do gás boliviano, que está em declínio. O Brasil tem muitas dificuldades em infraestrutura, e isso representa um gargalo na região central do país. Investimos muito pouco e isso reduz nossa competitividade internacional.“
Em sua entrevista, Renan Filho se auto elogiou quando falou sobre o período em que esteve a frente do governo de Alagoas: “Eu me propus a organizar as contas e gerar recursos. Conseguimos construir hospitais, reduzir a violência e diminuir a evasão escolar, além de avanços na infraestrutura.” Ele também justificou ao repórter argentino a razão do Brasil emprestar dinheiro à Argentina, mesmo sem garantia plenas, com o governo e a população enfrentando uma inflação ainda sem controle e com o país quase em ebulição: “A Argentina é o nosso principal cliente em produtos industriais. Vendemos matéria-prima para o mundo e entendemos, como parte do nosso desenvolvimento, que é fundamental promover o comércio regional.– O Brasil tem muitas dificuldades em infraestrutura, e isso representa um gargalo na região central do país. Investimos muito pouco e isso reduz nossa competitividade internacional. Precisamos investir mais em ferrovias, que são mais baratas e sustentáveis, e facilitam o acesso aos portos.”
O Ministro também deu a receita de que como o Brasil iria buscar o dinheiro para esses financiamentos: “Buscamos ampliar a capacidade de investimento do país com uma parceria entre o público e o privado. Estamos trabalhando nos rios do norte do Brasil para facilitar o escoamento da produção do centro do país para o Atlântico. Cerca de 30% da soja brasileira sai pelo norte do país. Assim, podemos liberar os portos do Sul para que tenham maior capacidade de saída de exportações industriais. Vamos investir US$ 4,5 bilhões em um ano, e US$ 20 bilhões em quatro anos, com recursos públicos”.
CNN Brasil - SP 23/06/2023
Os contratos futuros de petróleo registraram queda, nesta quinta-feira (22). O sinal já era negativo no início do dia, mas as baixas se aprofundaram ao longo da sessão, com foco em riscos à demanda, com a perspectiva de atividade global mais fraca.
O fortalecimento do dólar também contribuiu para o movimento, em dia de mais declarações que sugerem alta de juros à frente pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. No setor, dados mistos do relatório semanal de estoques dos EUA, divulgado pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), não alteraram o quadro.
O contrato do WTI para agosto fechou em baixa de 4,16% (US$ 3,02), em US$ 69,51 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro recuou 3,61% (US$ 2,79), a US$ 74,35 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A commodity já exibia sinal negativo na madrugada, revertendo ganhos da sessão anterior. Em dia de feriado com mercados fechados na China, temores sobre a demanda adiante voltaram a pesar.
A expectativa é de desaceleração global, reforçada pelo aperto monetário conduzido para conter a inflação elevada em grande parte do mundo. Nos EUA, o presidente do Fed voltou a prometer mais altas adiante, caso o cenário se mantenha.
O ANZ destaca o fato de que mesmo uma reação recente na demanda da China e cortes na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) não foram o suficiente para elevar os preços da commodity.
Segundo o banco, aumentos na oferta de outras nações devem estar pesando no quadro.
Para o ANZ, sanções contra a Rússia até agora não afetaram muito a oferta no mercado internacional de petróleo, enquanto as exportações de Irã e Venezuela “têm sido surpreendentemente fortes”, e mesmo os cortes na oferta da Opep+ não reduziram a oferta no nível combinado.
O ANZ acredita que os fundamentos ainda apontam para quadro mais apertado futuro nos mercados, mas os sinais macroeconômicos contêm os preços no curto prazo.
O TD Securities, por sua vez, diz esperar um aperto “notável” no mercado de petróleo nos próximos meses. Segundo esse banco, mais do que as preocupações com demanda da China, a fraqueza atual dos preços revela uma oferta ainda abundante, ao menos por enquanto.
Na agenda de indicadores, os estoques de petróleo dos EUA recuaram 3,831 milhões de barris na semana encerrada no dia 16, quando analistas previam queda de 100 mil barris.
Já os estoques de gasolina e destilados cresceram, enquanto a produção média diária de petróleo caiu, de 12,4 milhões de barris na semana anterior a 12,2 milhões na mais recente.
Valor - SP 23/06/2023
Operação envolve a Azevedo e Travassos Petróleo (ATP), voltada à exploração no Brasil e exterior, e Azevedo e Travassos Internacional (AT Internacional), dedicada à expansão internacional
O conselho de administração da Azevedo e Travassos aprovou nesta quinta-feira (22) a incorporação de duas subsidiárias – a Azevedo e Travassos Petróleo (ATP), integral e voltada para exploração de petróleo e gás no Brasil e no exterior, e Azevedo e Travassos Internacional (AT Internacional), dedicada à expansão internacional da empresa e à gestão de recursos, contratos e oportunidades fora do país.
A empresa diz que, desde a oferta inicial de ações, em 1984, até o ano 2000, voltou-se à produção de petróleo e gás no Nordeste. “Agora, com a criação da subsidiária integral ATP, a Azevedo e Travassos está pronta para aproveitar as novas oportunidades que se apresentam no mercado”, afirma.
A estratégia da companhia abrange desde a consolidação de micro e pequenos produtores de campos maduros terrestres até a participação em licitações para exploração de poços maduros onshore da Petrobras.
“Além disso, a Azevedo e Travassos está empenhada em explorar concessões em países de língua portuguesa, especialmente em nações africanas, onde acredita-se que existam grandes possibilidades de desenvolvimento no setor de petróleo e gás”, acrescenta.
Sobre a incorporação da Azevedo e Travassos Internacional, diz que “a criação dessa subsidiária é uma resposta estratégica à demanda global por energia e ao aumento das oportunidades de negócios no setor de petróleo e gás e infraestrutura”.
Valor - SP 23/06/2023
Oferta de energia no país está garantida para as próximas décadas
A decisão do Ibama de negar a licença para a exploração do bloco FZA-M-59, localizado na Foz do Amazonas, suscitou reações acaloradas entre os interessados na extração de petróleo na região. Além de ignorarem que a decisão se embasa em análises técnicas sobre os riscos ambientais do projeto, seus críticos defendem que a exploração de petróleo na área é essencial para garantir a oferta de energia no país, financiar a transição energética para fontes renováveis de baixo carbono e gerar empregos e renda no Amapá e Pará.
Infelizmente, por mais que esses argumentos pareçam importantíssimos, eles se baseiam numa visão equivocada, anacrônica e até ingênua sobre o papel do petróleo e dos combustíveis fósseis nas próximas décadas para o Brasil, em particular para Amapá e Pará, razão pela qual é necessário analisá-los de maneira coerente para qualificar o debate público.
Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que a oferta de energia no país está garantida para as próximas décadas, seja porque boa parte dela já é proveniente de fontes renováveis (45% em 2021, de acordo com a EPE, órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia), seja porque as reservas de petróleo já descobertas, notadamente do pré-sal, são significativas e continuam a se expandir: em 2022 o Brasil teve um índice de reposição de reservas de 246%. Isso significa que, para cada barril produzido, outros 2,46 tiveram sua existência comprovada. Foram 2,7 bilhões de barris em novas reservas, todas provenientes de bacias consolidadas como a de Santos e de Campos.
A transição energética não depende da receita a ser obtida com petróleo. Na verdade, é o contrário: à medida que investidores, empresas e governos alocam recursos na busca e desenvolvimento de reservas de petróleo, diminui a capacidade de investimento em fontes renováveis
Ainda que o ritmo de descobertas se reduza nos próximos anos, deve-se considerar que a demanda mundial por petróleo pode ser atendida pelos campos já existentes e projetos aprovados, conforme cenário da Agência Internacional de Energia para atendimento do Acordo de Paris (IEA, 2022). Para quem duvida da consistência de tal cenário, cabe dizer que a IEA não é um organismo de viés ambientalista, ao contrário: ela foi criada pelos países desenvolvidos para garantir a segurança energética, propósito que permeia suas análises até os dias de hoje.
Isso nos leva ao segundo argumento, de que a transição energética depende da receita a ser obtida com a produção do petróleo. Na verdade, é justamente o contrário: à medida que investidores, empresas e governos alocam recursos financeiros na busca e desenvolvimento de reservas de petróleo, diminui a capacidade de investimento em projetos de fontes renováveis de energia. Sejam eles projetos tradicionais, como os de energia eólica, solar fotovoltaica e biocombustíveis, ou inovadores, como eletrificação dos transportes, hidrogênio de baixo carbono e combustíveis sintéticos.
Essa competição pela destinação dos recursos é patente no Plano Estratégico 2023-2027 da Petrobras, a qual pretende destinar a maior parcela dos investimentos para exploração e produção de P&G (US$ 65 bilhões, equivalente a 83% dos investimentos), enquanto a alocação de recursos para biorrefino, o maior investimento planejado em fontes renováveis, corresponde a apenas US$ 0,6 bilhões. Com isso, a Petrobras aponta na contramão das necessidades mundiais, as quais exigem que a mudança para as energias renováveis seja muito mais rápida do que seus planos indicam. Em 2030, para cada dólar investido em combustíveis fósseis outros 5 serão destinados a fontes limpas de energia e 4 em ações de eficiência energética e gestão da demanda, também de acordo com a Agência Internacional de Energia.
Em tal contexto, investir em projetos em uma nova fronteira exploratória, onde a produção de petróleo se iniciará em apenas 10 anos e levará pelo menos outros 10 para se pagar, corresponde a alocar o dinheiro dos acionistas (sociedade brasileira inclusa) numa aposta de alto risco, a qual só será vencedora se a humanidade perder o combate às mudanças climáticas.
Há quem considere que o último argumento, de que empregos e renda a serem proporcionados pela exploração de petróleo nos Estados de Amapá e Pará, é suficiente. Mas ele se baseia numa ideia ingênua e equivocada, a de que a exploração offshore de petróleo gera empregos e desenvolvimento nos Estados confrontantes a ela. A realidade é que a atividade offshore em sistemas de águas profundas, como seria o caso da Foz do Amazonas, concentra mais de 90% dos investimentos no aluguel de sondas e outras embarcações especializadas e na aquisição de equipamentos e serviços exclusivos para a atividade. Estes são contratados em quase sua totalidade com grandes empresas instaladas nos Estados do RJ e SP e com multinacionais gigantes do setor instaladas em outros países.
Essas empresas, em virtude do alto grau de especialização e das certificações exigidas, geralmente contam com um quadro estabelecido de profissionais e dificilmente fazem esforços significativos de capacitação de pessoal local ou de empresas que já não operem com eles. Isso faz com que a inserção de empresas e trabalhadores locais fique muito restrita a serviços de baixa complexidade, como limpeza e vigilância, e a geração de emprego e renda associada sejam pequenas.
Mesmo os royalties têm efeitos limitados: eles só são recolhidos com a produção efetiva de petróleo ou gás, e dessa maneira só serão recebidos no futuro e, ainda assim, dependentes do preço internacional do petróleo e do volume produzido, os quais variam significativamente. Dessa maneira, os Estados em questão só receberiam royalties depois de 2030. É certo que nesse momento a pressão pela taxação de carbono e a competição com produtores tradicionais de petróleo e gás natural como Arábia Saudita e Rússia serão grandes, podendo inclusive inviabilizar a produção em áreas ambientalmente sensíveis como a Foz do Amazonas.
A defesa desses argumentos é um reflexo de uma visão que não condiz com os desafios impostos ao mundo pelas mudanças climáticas. É forçoso entender que as oportunidades de geração de renda e competitividade do país virão da produção de bens e serviços com baixa emissão de carbono, que respeitem trabalhadores e protejam o ambiente. Investir em petróleo no longo prazo é apostar contra o combate das mudanças climáticas e a garantia do bem-estar das gerações futuras. É essa aposta que queremos para o Brasil?
Ricardo Junqueira Fujii é especialista em conservação do WWF-Brasil
Suely Araújo é especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima
Petro Notícias - SP 23/06/2023
A diretoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou hoje (22) a realização de uma consulta pública sobre um possível acordo envolvendo o Gasoduto Subida da Serra, em São Paulo. As sugestões recebidas na consulta e audiência públicas serão apreciadas pela área técnica da agência, cuja avaliação, após análise jurídica da Procuradoria Federal junto à ANP, servirá como subsídio para a decisão final da diretoria do órgão regulador sobre o tema.
A ANP busca um acordo com a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) para estabelecer condições possíveis e necessárias para que o gasoduto possa operar de acordo com as legislações federal e estadual. Para lembrar, em setembro de 2021, a ANP classificou a linha como um gasoduto de transporte. No entanto, a Arsesp a distribuidora de gás canalizado Comgás entendem que o empreendimento é uma instalação de distribuição.
Por isso, a empresa e a agência estadual formularam pedidos de reconsideração, encaminhado novas informações à ANP. Esses dados possibilitaram a elaboração da minuta que entrará em consulta pública. Pelos termos do acordo, o gasoduto não se conectará a Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN), estocagem ou gasodutos de transporte; se destinará exclusivamente a atender os consumidores finais da Comgás; e não haverá entrega e venda de gás a outras concessionárias.
“A minuta de acordo entre ANP e ARSESP prevê que, se tais condições, além de outras indicadas na minuta de acordo, forem cumpridas, será possível a operação do Gasoduto Subida da Serra em conformidade com a legislação aplicável. Dessa forma, visa resolver, de forma consensual, uma controvérsia com potencial para ocasionar insegurança jurídica aos investimentos no setor, vindo ao encontro das diretrizes de harmonização entre a União e Estados da federação preconizadas”, detalhou a ANP.
Sucesso no Campo - GO 23/06/2023
Com o apoio do Programa Brazil Machinery Solutions (BMS), nove empresas brasileiras estarão como expositoras na Agroexpo, em Bogotá; Se juntam a este grupo outras seis companhias, para participação de uma Rodada Internacional de Negócios inédita no país
Entre os próximos dias 13 e 23 de julho, a capital colombiana Bogotá sediará a Agroexpo, uma das mais importantes feiras de agropecuária familiar da América Latina. Na oportunidade, nove empresas brasileiras participarão do evento com o apoio do Programa Brazil Machinery Solutions (BMS), fruto da parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ). A programação também contará com uma Rodada Internacional de Negócios que receberá compradores locais e reunirá outras seis companhias nacionais ao grupo inicial, totalizando 15 empresas beneficiadas.
No Brasil, o Agro apresentou um desenvolvimento expressivo nos últimos anos, graças ao constante investimento em tecnologia, com máquinas, equipamentos e pesquisas para tratamento do solo, colheita e armazenagem, além dos estudos de genética. “Este avanço tecnológico fez do nosso país uma grande referência mundial e ajudou a promover a nossa competitividade perante a grandes players, como a China e os Estados Unidos”, explica Paulo Guerra, Gerente de Relações Institucionais e Promoção Comercial da ABIMAQ.
Para o executivo, a presença brasileira na Agroexpo fortalece ainda mais os laços da indústria brasileira de maquinários para o setor não apenas com a Colômbia, mas com os demais países latinos. Segundo dados do BMS, em 2022, o Brasil exportou o equivalente a USD 1 bilhão somente para a América Latina, principalmente para o Paraguai e Argentina, que juntos importaram daqui mais de USD 570 milhões. Já a Colômbia, sede do evento, está em 7º lugar no ranking dos principais destinos das exportações de máquinas e equipamentos agrícolas, com o total de USD 62 milhões no último ano. “Estes números mostram o potencial de negócios que temos pela frente e a certeza de que o evento nos renderá bons frutos!”, complementa.
Com uma ampla gama de soluções inovadoras que podem ser ajustadas e personalizadas de acordo com as necessidades específicas de cada produtor rural, gerando impactos significativos na produção, as empresas Cimisa Máquinas Pozzer Ltda., Famac Indústria de Máquinas Ltda., Grazmec Indústria e Comércio Ltda., Industrial Pagé Ltda., Indutar Tecno Metal Ltda., Mfw Máquinas Ltda., Prensso Máquinas Ltda., Refribrasil Indústria e Comércio Ltda. e Syl Indústria de Máqs. Com. Import. e Export. Ltda. apresentarão na Agroexpo equipamentos de colheita de grãos, niveladoras para o solo (subsoladores para o preparo e distribuidores para correção), bombas submersíveis, máquinas para tratamentos de sementes, tratores mais econômicos, colheita de forragem e secadores de arroz, pulverizadores com recursos por GPS para agricultura de precisão, sistema de medição automática e removedor para equipamentos de ordenha canalizados, tanque de resfriamento tipo silo para instalação externa, entre outros implementos multifuncionais para reduzir custos, aumentar a produtividade e preservar o meio ambiente.
Para a participação exclusiva na dinâmica com os compradores colombianos (Rodada Internacional de Negócios, promovida pelo BMS), se juntam ao grupo Agritech Lavrale Indústria de Maquinário Agrícola e Componentes Ltda, B.R.A. Indústria e Comércio de Balanças Eireli (Balanças Açores), Baldan Implementos Agricolas S/A., Canello Equipamentos Agrícolas Ltda. (Panter), Geraldo N Recktenwald & Cia Ltda. (São José Industrial)e, por fim, Tka Guindastes Indústria E Comércio Ltda.
“Além da realização de negócios durante estes 11 dias de evento, as indústrias que fazem parte do BMS e estarão conosco em Bogotá enxergam esta oportunidade de forma estratégica para o conhecimento mais profundo sobre o mercado, não só em relação à Colômbia, mas também dos países vizinhos, bem como entenderem suas atuais necessidades e encontrarem parceiros comerciais e distribuidores locais”, finaliza Paulo Guerra.
A feira tem a expectativa de receber mais de 100.000 participantes, uma plataforma ideal para a promoção de produtos e serviços relacionados à agricultura familiar, onde os produtores têm a oportunidade de explorar as últimas tendências do setor.
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