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23 de Maio de 2023

SIDERURGIA

Infomoney - SP   23/05/2023

Os preços futuros de referência do aço e ingredientes siderúrgicos, incluindo minério de ferro, tiveram queda nesta segunda-feira, perdendo alguns dos ganhos registrados na semana passada devido às preocupações persistentes com o fraco setor imobiliário da China.

O contrato de minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China DCIOcv1 encerrou as negociações diurnas com queda de 2,7%, a 716 iuanes (103,59 dólares) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de minério de ferro mais ativo em junho chegou a cair até 3,4%, para 101,80 dólares a tonelada, o valor mais baixo desde 15 de maio.

Os preços do ingrediente siderúrgico subiram 6% na semana passada em Cingapura, à medida que cresciam as esperanças de mais estímulos políticos para sustentar a recuperação econômica irregular da China, principal produtora mundial de aço.

A China tomará medidas mais direcionadas para expandir a demanda doméstica e estabilizar a demanda externa em um esforço para promover uma recuperação econômica sustentada, disse o primeiro-ministro Li Qiang, segundo a rádio estatal, nesta quinta-feira.

“Um dos principais problemas com os ralis movidos pelo sentimento é que eles são incrivelmente frágeis, a menos que os fundamentos se recuperem mais cedo ou mais tarde –o que é altamente improvável por enquanto”, disse o diretor administrativo da Navigate Commodities, Atilla Widnell.

Um ritmo mais lento de valorização dos preços das residências na China, juntamente com dados pessimistas da semana passada mostrando uma queda acentuada nos investimentos e vendas imobiliárias, levantaram dúvidas sobre a força da recuperação no setor imobiliário, um dos principais impulsionadores da demanda por aço e crucial para o saúde da economia da China.

Money Times - SP   23/05/2023

A ação da Gerdau (GGBR4), que caía 15% no acumulado do ano até o último fechamento, segue com fundamentos robustos, disse o BTG Pactual. O banco reiterou a recomendação de compra para ação a um preço-alvo de R$ 39, o que representa um potencial de alta de 60%.

Ao contrário de Vale (VALE3), CBA (CBAV3), Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11), a Gerdau não passou por um ciclo de rebaixamento de lucros, ponderaram os analistas do banco, em relatório assinado por Leonardo Correa e Caio Greine.

O primeiro trimestre de 2023 rendeu resultados acima do esperado e, disse o BTG, a empresa deve chegar ao Ebitda de R$ 15,5-16,5 bilhões em 2023.

“Embora as preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos tenham pesado sobre o estoque, a visibilidade dos resultados para os próximos trimestres continua alta e positiva”.

As operações na América do Norte têm impulsionado a maior parte dos ganhos da empresa, com margens sustentadas perto dos níveis de 30%.

No Brasil, destacaram os analistas, o período de baixa rentabilidade provavelmente já passou, apesar dos desafios contínuos de aumento de preços devido às fracas condições de demanda.

Dividendos da Gerdau

A Gerdau é negociada a apenas 3x o Ebitda para 2023 e oferece um rendimento de fluxo de caixa livre de cerca de 20%, disse o BTG.

O banco afirmou não ver mudanças no perfil de capex da empresa no médio prazo, com desembolsos estimados entre R$ 5-6 bilhões/ano.

“Isso basicamente implica que haverá bastante geração de caixa para distribuir este ano, com um rendimento de dividendos perto de 15% ou mais, em nossos cálculos”.

As ações da Gerdau subiam 1,95% por volta das 13h desta segunda-feira (22), a R$ 24,55.

Diário do Aço - MG   23/05/2023

A Usiminas deu início nesta segunda-feira (22) à sua quarta Semana da Diversidade e Inclusão. A semana teve abertura oficial do presidente da companhia, Alberto Ono, seguida de palestra especial com o consultor Guilherme Bara, que conversou com os funcionários da Usiminas sobre diferenças e como Diversidade, Integridade e Sustentabilidade estão conectadas estrategicamente para definir a perenidade das empresas, informou a empresa.

Nessa terça-feira (23), a programação será aberta ao público geral e vai debater os desafios e oportunidades dos processos de seleção para atingirmos empresas mais diversas e inclusivas. Uma roda de conversa irá reunir a coordenadora de Recrutamento e Seleção da Usiminas, Monique Biulchi, e a analista sênior de Recursos Humanos da Cenibra, Lidiane Nazareno. Os interessados podem acompanhar a transmissão, às 14h, pelo canal da empresa no YouTube (https://www.youtube.com/@UsiminasOficial). Quem estiver em Ipatinga também pode assistir à conversa no auditório do Senai. Uma equipe de RH da Usiminas estará na instituição para uma ação de cadastramento de currículos para o banco de talentos da empresa.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   23/05/2023

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 6,03% para 5,8% este ano. A estimativa consta do Boletim Focus desta segunda-feira (22), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,13%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 4% para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior, 4,75%. Segundo o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em abril, influenciado pelo aumento dos preços de remédios, o IPCA ficou em 0,61%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é inferior à taxa de março, de 0,71%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,18%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é a maior desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano passou de 1,02% para 1,2%.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,3%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 1,8%, respectivamente.

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5,15 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,20.

IstoÉ Online - SP   23/05/2023

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de St. Louis, James Bullard, afirmou nesta segunda-feira, 22, que a instituição deve ter de subir os juros mais duas vezes neste ano, a fim de conter a inflação. Bullard considerou que as projeções de queda rápida da inflação “até agora não se concretizaram”, enquanto o núcleo dos preços “não tem mudado muito nos últimos meses” e o mercado leva para cima expectativas de inflação, o que justifica o maior aperto monetário.

Sem direito a voto nas decisões de política monetária deste ano, o dirigente respondeu a questões nesta segunda, no Fórum Financeiro da American Gas Association.

Ele afirmou que seu cenário base é de “crescimento relativamente fraco” nos EUA, neste ano e no próximo, e acrescentou achar “exageradas” as projeções de recessão. Bullard avaliou que o mercado de trabalho segue “forte”, embora dê sinais de desaceleração. “Estamos em ótima forma, na economia em geral”, disse.

Bullard vê como risco que a inflação elevada perdure por muito tempo, o que forçará um aperto ainda mais duro adiante na política monetária.

Questionado sobre a posição dominante do dólar no mundo, ele comentou sobre algumas alternativas, mencionando o euro e também o yuan, mas disse considerar que não vê essa posição do dólar ameaçada e que esse quadro não deve mudar em breve.

Indagado sobre o impasse para elevar o teto da dívida do governo federal norte-americano, Bullard disse que um projeto de lei sobre o tema terá de ser aprovado. Ele advertiu que “um default ou mesmo a ameaça disso é contraproducente”, provocando por exemplo que os EUA tenham de pagar juros mais altos na sua dívida adiante.

Sobre o quadro geopolítico global, Bullard afirmou que um tema bastante importante neste momento é o “desacoplamento” das economias de EUA e China. Sobre a Rússia, avaliou que o país decidiu não fazer parte do projeto europeu, no contexto da guerra da Ucrânia.

Questionado sobre o setor bancário norte-americano, ele considerou que “até agora, está tudo bem” com esse segmento da economia, mas insistiu na importância de que reguladores continuem a monitorar de perto a situação.

Para ele, o caso do Silicon Valley Bank (SVB), que quebrou, é “bem pouco usual” em suas características, em relação ao setor bancário dos Estados Unidos.

IstoÉ Online - SP   23/05/2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a destacar, em seminário do jornal Folha de S.Paulo, a precificação da curva de juros futuros para a queda da taxa Selic no Brasil e em outros países da América Latina. “Nos países que começaram a elevar juros antes, como México, Chile, Colômbia, e Brasil, os mercados precificam queda de juros. Mercados entendem que o processo em parte está funcionando”, disse, nesta segunda-feira, 22, completando que alguns países, onde os juros subiram menos, ainda precificam aperto monetário.

Segundo Campos Neto, em relação à inflação, o grande embate hoje é nos núcleos de inflação. No índice cheio, o presidente do BC mencionou que, na América Latina caiu bastante, com destaque para o Brasil. “Os núcleos, em países avançados, não só não caíram, como estão no máximo e voltaram a subir. Na América Latina, caiu muito pouco.”

Ele lembrou o choque causado pela demanda de bens e, consequentemente, energia, após o impulso fiscal da pandemia, e avaliou que a tem voltado à tendência, mas ainda distante. “Não existe interpretação hoje de que a inflação é de oferta, é mais dominada por fatores de demanda.”

Autonomia

Campos Neto destacou que a aprovação da autonomia formal, tema do seminário, foi uma “luta muito árdua”, que demandou conversas longas com parlamentares, governo e, depois que judicializado, com o Supremo Tribunal Federal (STF).

A autonomia foi aprovada em fevereiro de 2021 pelo Congresso Nacional, mas questionada no STF na sequência, onde foi confirmada em agosto do mesmo ano.

Money Times - SP   23/05/2023

Economistas adiaram expectativas de quando o Federal Reserve cortará os juros dos Estados Unidos e elevaram projeções para a inflação e a força do mercado de trabalho norte-americanos, mostrou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.

Economistas agora acreditam que o banco central dos EUA, que está debatendo se precisa elevar os juros novamente, reduzirá a taxa no primeiro trimestre do ano que vem, de acordo com a pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe).

Em fevereiro, os entrevistados da pesquisa viram o Fed cortando os juros nos últimos três meses deste ano. Os analistas mantiveram visão sobre o pico da taxa de juros, que está de acordo com a faixa atual entre 5% e 5,25%.

A pesquisa da Nabe mostrou que os entrevistados se dividiram sobre se a economia dos EUA entrará em recessão, embora a visão mediana da pesquisa indica níveis modestos de crescimento até 2024, com um aumento esperado de 0,4% entre o quarto trimestre de 2022 e os últimos três meses de 2023.

Os entrevistados aumentaram estimativa de inflação em 2023, vendo o índice de preços ao consumidor subir 3,3% do último trimestre de 2022 ao último trimestre de 2023, de acordo com a pesquisa. Em fevereiro, os entrevistados esperavam que a inflação subisse 3% no mesmo período.

A pesquisa também identificou perspectivas atualizadas para o mercado de trabalho, com os entrevistados agora dizendo que esperam a criação de uma média de 142 mil empregos por mês, ante 102 mil na pesquisa de fevereiro. A taxa de desemprego, atualmente em 3,4%, é projetada para uma média de 3,7% este ano, abaixo dos 3,9% da pesquisa de fevereiro.

Infomoney - SP   23/05/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma elevação de 1,8% em março ante fevereiro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). Na comparação com março de 2022, a atividade econômica teve expansão de 4,5% em março de 2023.

No primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 1,6% na comparação com o quarto trimestre de 2022. Em relação ao primeiro trimestre de 2022, houve crescimento de 3,6% no primeiro trimestre de 2023.

Segundo Juliana Trece, coordenadora do Monitor, o expressivo desempenho da agropecuária (10,9%) é o principal responsável pelo crescimento de 1,6% da economia no primeiro trimestre na comparação com o quarto trimestre de 2022. Além disso, destaca-se também o desempenho positivo dos serviços com crescimento em praticamente todas as suas atividades, o que sinaliza certa resiliência deste setor no início de 2023.

“No entanto, é importante destacar que o crescimento da agropecuária foi bastante concentrado e não deve se manter neste ritmo ao longo do ano. A forte contribuição da produção de soja e sua elevada participação no valor adicionado da agricultura foram cruciais para o crescimento do PIB no primeiro trimestre; porém deve-se considerar que a maior parte da colheita de soja é realizada no primeiro trimestre, o que pode indicar maiores desafios ao longo do ano para a manutenção desse forte crescimento da economia”, afirmou em nota oficial.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo IBGE, responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

No primeiro trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre de 2022, sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 4,7%, puxado pelo consumo de serviços e de produtos não duráveis.

“O único componente do consumo a retrair nesta comparação foi o de semiduráveis”, apontou a FGV, em nota.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma elevação de 0,2% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior. Entre os componentes, a construção cresceu 2,4%, e os outros ativos avançaram 4,1%, porém, o segmento de máquinas e equipamentos recuou 3,4%.

“O forte recuo registrado na FBCF de caminhões e ônibus é a principal razão para a retração do segmento (de máquinas e equipamentos)”, informou a FGV.

A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 5,7% no primeiro trimestre de 2023, enquanto a importação caiu 2,1%.

Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 2,830 trilhões no primeiro trimestre de 2023, em valores correntes.

A taxa de investimento da economia foi de 15,7% no primeiro trimestre de 2023.

Infomoney - SP   23/05/2023

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,268 bilhões na terceira semana de maio (entre os dias 15 a 21). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira (22), o valor foi alcançado com exportações de US$ 7,121 bilhões e importações de US$ 4,854 bilhões.

No mês, o superávit acumulado é de US$ 6,394 bilhões e no ano, de US$ 30,3 bilhões.

A média diária das exportações registrou alta de 9,6% na comparação com a média diária do período em 2022, com crescimento de US$ 52,5 milhões (14,5%) em Agropecuária; aumento de US$ 22,35 milhões (7,9%) em Indústria Extrativa e alta de US$ 50,06 milhões (7,2%) em produtos da Indústria de Transformação.

Já as importações tiveram queda de 9,1% no período, também na comparação pela média diária, com redução de US$ 8,97 milhões (-37,9%) em Agropecuária; queda de US$ 6,01 milhões (-7,1%) em Indústria Extrativa e diminuição de US$ 86,73 milhões (-8,6%) em produtos da Indústria de Transformação.

O Estado de S.Paulo - SP   23/05/2023

Nos últimos anos, o crescimento do PIB brasileiro tem apresentado surpresas positivas em relação às projeções do mercado no início de cada respectivo ano.

Segundo o Focus, sistema do Banco Central de coleta de expectativas do mercado, em8/1/2021, a mediana das previsões de crescimento para 2021 era de 3,4%, mas o Brasil cresceu 5%. Em 7/1/2022, a mediana do Focus para o crescimento do PIB em 2022 era de apenas 0,28%, e houve crescimento de 2,9%. Agora em 2023, em 6/1, a mediana estava em 0,78%, mas há uma tendência de revisões para cima, e um número expressivo de casas já estima expansão do PIB este ano de 1,5% ou mais.

Alexandre Manoel, sócio e economista-chefe da AZ Quest, nota que uma das consequências dessa subestimação sistemática do crescimento do PIB brasileiro nos últimos anos é que os erros de projeção se transmitem também às previsões sobre a trajetória da relação entre a dívida pública e o PIB - sendo uma das razões pelas quais as previsões do mercados sobre a dívida/PIB também têm sido excessivamente pessimistas.

O Prisma Fiscal, sistema de coleta de expectativas do mercado do Ministério da Fazenda, indica que, em janeiro de 2021, o mercado estimava que a dívida bruta fechasse aquele ano em 90,7% do PIB, mas ficou em 78,3% do PIB. Em janeiro de 2022, a estimativa do Prisma para o indicador no fim do ano passado era de 79% do PIB, e o resultado foi de 72,9% do PIB. No início de 2023, a projeção do mercado da relação dívida/PIB estava em 79% do PIB, mas Manoel acha mais provável que fique próxima de 75% do PIB.

O economista da AZ Quest, na verdade, considera possível que esses erros sistemáticos para menos na projeção do PIB derivem do fato de que os economistas de mercado estejam ignorando os impactos da agenda microeconômica no crescimento do PIB brasileiro.

"O Brasil possui uma agenda microeconômica em andamento e em plena implantação desde o governo Temer", diz Manoel.

Ele observa que essa agenda foi inicialmente conduzida pelo economista João Manoel Pinho de Mello que, em março de 2017, assumiu a chefia da Assessoria Especial de Reformas Microeconômicas do Ministério da Fazenda, então comandado por Henrique Meirelles, no governo Temer. Entre 2019 e 2021, Mello foi diretor do Banco Central.

No governo Bolsonaro, na visão de Manoel, a agenda microeconômica teve continuidade pelas mãos de Geanluca Lorenzon e Adolfo Sachsida, secretários do Ministério da Economia.

O economista da AZ Quest chama a atenção particularmente para o fato de que essa agenda prossegue no governo de Lula, tocada agora por Marcos Barbosa Pinto, como secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda.

"Cabe destacar que, entre esses líderes da agenda micro, o que chegou mais qualificado ao governo foi o Marcos Pinto, que chegou tanto com experiência privada, como sócio de private equity do Armínio Fraga, quanto pública, como diretor da CVM e com passagem pelo Ministério do Planejamento", analisa Manoel.

O economista lista reformas microeconômicas desde 2016: substituição da TJLP pela TLP no BNDES; reforma trabalhista; reforma da Lei de falências; a "Lei do Agro" (nº 13.986/20), de garantias no setor e a criação dos "Fiagro" (Fundos do Agronegócio do Brasil); reforma dos marcos regulatórios do saneamento, gás natural, ferrovia e cabotagem; O PEAC (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito) e o Pronampe, na área de micro e pequenas empresas; estruturação do mercado de apostas esportivas e loterias; 35% de redução horizontal de IPI, reduzindo impostos da indústria em torno de R$ 16 bilhões; e medidas tarifárias e não tarifárias que diminuíram o custo de importar.

Ele frisa que a lista acima tem ênfase na Fazenda, mas ainda há toda a agenda BC+/BC#, de melhoria da qualidade e incentivo à concorrência no mercado financeiro, o pix, o cadastro positivo, o destravamento dos leilões do setor de petróleo e do setor elétrico entre 2017-19 etc.

Na visão de Manoel, essa será a primeira vez que o Brasil passará muitos anos com uma agenda microeconômica em andamento e implantação. As experiências anteriores, ele aponta, foram o PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo) de 1964 a 1966, com os frutos colhidos no período subsequente do "milagre econômico" de 1967-73; e na "era Palocci", de 2003 a 2005, que esteve na base dos anos dourados do governo Lula.

"Após esses dois períodos, vivemos fases de contrarreformas, mas agora há continuidade, o que sinaliza um período alvissareiro de crescimento para o Brasil", diz Manoel. Ele acrescenta que é muito difícil mensurar o efeito da agenda microeconômica no curto prazo.

O economista considera que o Brasil não terá problemas para crescer a um ritmo anual entre 1,5% e 2% nos próximos anos.

"Estamos removendo os obstáculos do mercado de crédito, sem retrocessos regulatórios de fato, e, com o esforço de ajuste fiscal também em continuação, o que deverá fazer com que a política monetária possa ser afrouxada ao longo do tempo", pondera o sócio da AZ Quest.

Para Manoel, com coordenação macroeconômica e a agenda de produtividade em andamento, "é muito difícil ficar pessimista com o Brasil". O risco, no entanto, para ele, é de que "ideias ruins prosperem quando todos perceberem que deixamos de flertar com o abismo".

Infomoney - SP   23/05/2023

A China decidiu reagir com rigor ao comunicado divulgado pelo G7 neste domingo (21), após sua reunião de cúpula realizada em Hiroshima, na Japão, no qual foram feitas várias referências contra as políticas comerciais, tecnológicas e de relações externas do gigante asiático. Pequim convocou o embaixador do Japão na China, Hideo Tarumi, ainda no domingo para apresentar um protesto formal sobre o documento.

Segundo órgãos de imprensa dos dois países, o vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Sun Weidong, expressou a “forte insatisfação e oposição resoluta” de seu governo sobre as declarações emitidas no comunicado. Segundo a agência japonesa Kyodo News, Tarumi, por sua vez, respondeu a é “natural” que tais referências tenham sido feitas e incentivou a China a mudar de rumo, segundo informações da Embaixada.

Entre os temas que mais irritaram o governo chinês estão a menção à questão de Taiwan, nação insular autogovernada que a China considera parte do seu território. Sun disse do embaixador japonês que as questões relacionadas à ilha estão no centro dos principais interesses chineses e que essa é uma linha vermelha que não deve ser cruzada por outros países.

O diplomata chinês afirmou que o G7 ( formado por Grã-Bretanha, Canadá, Alemanha, França, Itália, Japão e Estados Unidos, além da União Europeia) “interferiu grosseiramente nos assuntos internos da China” e que violou os princípios básicos do direito internacional, prejudicando a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento de seu país.

O comunicado do G7 afirmou que os países do Grupo continuam “seriamente preocupados” com a situação nos mares do Leste e do Sul da China. “Nós nos opomos fortemente a qualquer tentativa unilateral de mudar o status quo pela força ou coerção”, disse o texto.

“Reafirmamos a importância da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan como indispensáveis para a segurança e a prosperidade da comunidade internacional. Não há mudança nas posições básicas dos membros do G7 sobre Taiwan, incluindo políticas declaradas para a China. Apelamos para uma resolução pacífica das questões através do Estreito”, afirmou o documento do Grupo.

Sobre menções à situação dos direitos humanos na China, o vice-ministro das Relações Exteriores afirmou ainda que os assuntos relacionados a Hong Kong, Xinjiang e Tibete são “puramente internos” do país e que “nenhuma força externa terá permissão para fazer comentários irresponsáveis e interferir arbitrariamente”.

Mas a embaixada japonesa respondeu que, a menos que a China mude seu comportamento, os países do G7 continuarão a expressar suas preocupações comuns sobre Pequim. “Se a China não quiser que essas questões sejam mencionadas, ela deve primeiro responder de forma mais positiva”, disse Tarumi.

Nesta segunda-feira, a China também defendeu sua política nuclear, ignorando a preocupação expressa pelos líderes do G7 em Hiroshima sobre o “acúmulo acelerado” do arsenal nuclear chinês, sem transparência ou diálogo significativo.

Segundo Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, a China rejeita a “apontamento do dedo” do G7, dizendo narrativa é falsa. “Qualquer país estará livre da ameaça das armas nucleares da China, desde que não use ou ameace usar armas nucleares contra a China”, disse Mao. “É a transparência mais realista”, acrescentou.
Boicote à Micron

O governo chinês também adotou medidas do ponto de vista comercial. A Administração do Ciberespaço da China (CAC, na sigla em inglês) informou ter feito uma revisão de segurança de rede dos produtos da Micron vendidos no país e que constatou que os produtos da fabricante norte-americana têm problemas.

Por conta do “grande risco de segurança para a cadeia de fornecimento de infraestrutura de informações” do país, o órgão do governo chinês decidiu não aprovar os produtos da Micron e recomentou que os operadores de infraestrutura de informação locais devem parar de comprar esses itens.

“O objetivo desta revisão de segurança de rede dos produtos da Micron é evitar que problemas de segurança de rede de produtos coloquem em risco a segurança da infraestrutura de informações chave do país, que é uma medida necessária para manter a segurança nacional. A China promove firmemente a abertura de alto nível para o mundo exterior. Desde que cumpram as leis e regulamentos chineses, empresas de todos os países e várias plataformas são bem-vindas para entrar no mercado chinês”, comentou a CAC.

No documento da G7, o grupo de países prometeu “enfrentar os desafios colocados pelas políticas e práticas não comerciais da China, que distorcem a economia global”.

“Iremos combater práticas malignas, como transferência ilegítima de tecnologia ou divulgação de dados. Promoveremos a resiliência à coerção econômica. Também reconhecemos a necessidade de proteger certas tecnologias avançadas que podem ser usadas para ameaçar nossa segurança nacional sem limitar indevidamente o comércio e o investimento”, disse o comunicado.

CNN Brasil - SP   23/05/2023

A maior parte dos bancos brasileiros considera que as sinalizações da ata da última reunião do Copom foram adequadas, de acordo com a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Também é majoritária a percepção de que os juros devem chegar ao final deste ano em 12,25% ao ano, ante os 13,75% atuais.

Segundo o levantamento, 68,4% dos bancos participantes avaliaram que a comunicação do Copom foi correta ao não sinalizar um corte de juros no curto prazo, porque assegurar a convergência da inflação à meta, com expectativas desancoradas, ainda não permite uma sinalização de corte.

Por outro lado, 57,9% dos bancos apostam que a Selic começará a cair no terceiro trimestre deste ano, com três cortes de 0,5 ponto porcentual até o final do ano. O porcentual de apostas nessa movimentação dos juros não mudou entre as pesquisas realizadas em março e em maio.

A Febraban realiza o levantamento a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Copom. A pesquisa mede percepções tanto sobre o documento quanto sobre indicadores da economia brasileira e o crescimento do crédito no país.
Perspectivas macro

Ainda de acordo com a entidade, 68,4% dos bancos acreditam que projeções de que a inflação ficará em torno de 6% neste ano estão bem calibradas. Nenhum dos bancos afirmou esperar que a alta de preços seja superior a 6%, em uma melhora de cenário em relação a março, quanto 47,4% dos participantes revelaram essa expectativa.

Ao todo, 52,6% dos bancos projetam que o PIB brasileiro crescerá cerca de 1% neste ano, enquanto outros 42,1% anteveem alta próxima a 1,5%.

A Febraban também auferiu as perspectivas para o ciclo de juros nos Estados Unidos. A vasta maioria, 84,2%, espera que o ciclo de alta dos juros tenha se encerrado, e que o Fed (o banco central norte-americano) manterá as taxas dos Fed Funds entre 5% e 5,25% ao ano até o final de 2023.

MINERAÇÃO

Valor - SP   23/05/2023

Commodity passou a exibir desvalorização de 1,6% em maio e elevou a 10,7% as perdas acumuladas em 2023

Os preços do minério de ferro iniciaram a semana com queda acentuada no mercado à vista, dando sequência às perdas de sexta-feira (19), com a piora das preocupações com o setor de propriedades na China. O mercado de construção é um dos grandes impulsionadores da demanda de aço no país asiático, mas os dados setoriais mais recentes mostraram que o nível de atividade permanece desaquecido.

No norte da China, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com baixa de 3,3%, para US$ 104,85 a tonelada.

Com isso, a commodity passou a exibir desvalorização de 1,6% em maio e elevou a 10,7% as perdas acumuladas em 2023.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em setembro, recuaram 2,7%, para 716 yuan (US$ 103,60) por tonelada.

Money Times - SP   23/05/2023

As ações da Vale (VALE3) recuam nesta segunda-feira (22), em linha com o movimento de boa parte das ações do setor de mineração e siderurgia.

A trajetória segue a queda dos preços do minério de ferro no exterior. O ingrediente siderúrgico recuou pela terceira sessão seguida, com os mercados de olho na recuperação mais lenta da economia chinesa.

Além disso, existe uma movimentação em curso do governo para aumentar o poder sobre a mineradora. As informações foram divulgadas por Lauro Jardim, em sua coluna d’O Globo.

De acordo com as informações da coluna, existe uma articulação em curso, ainda em estágio inicial, para que o governo passe a deter mais poder na Vale.

No mês passado, a Previ, que é o maior acionista individual da mineradora, colocou seu ex-presidente Daniel Stieler na cadeira de presidente do conselho de administração.

Agora, segundo Lauro Jardim, “passando pela mesma Previ, inicia-se um trabalho para tentar tirar da cadeira o atual presidente, Eduardo Bartolomeo”. O mandato de Bartolomeo expira dentro de um ano.

“O nome do sucessor, imaginado pelos articuladores da troca, é o de Paulo Caffarelli, ex-presidente do Banco do Brasil [BBAS3], da Cielo [CIEL3] e hoje no comando do banco digital BBC”, diz a coluna.

De acordo com Lauro Jardim, um ex-conselheiro que ainda acompanha de perto a Vale enxerga com preocupação essa articulação, caso comece a ganhar corpo.

Máquinas e Equipamentos

Terra - SP   23/05/2023

Relatório da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou em março deste ano, dados referentes ao desempenho do setor da indústria brasileira de máquinas e equipamentos no mês de fevereiro. De acordo com o levantamento realizado, a receita líquida do setor registrou um crescimento de 7% em relação a janeiro, totalizando R$ 21,766 bilhões.

No entanto, em fevereiro de 2023, ocorreu uma nova queda de 7,8% em comparação com o mesmo mês de 2022, marcando a nona queda consecutiva nesse tipo de análise. Como resultado, no primeiro bimestre do ano, o setor registrou um recuo de 7,1%. Em relação ao período de maior volume de vendas do setor, entre 2010 e 2013, o ano de 2023 inicia com uma redução de 30,9%.

Segundo o relatório apresentado, os resultados do primeiro bimestre de 2023 sobre exportações mostram que mais uma vez o setor de máquinas e equipamentos registrou um valor superior a US$ 1 bilhão. Por outro lado, o estudo mostrou que as importações de máquinas e equipamentos começaram o ano de 2023 em queda em relação ao mês anterior, após um aumento expressivo, principalmente no final de 2022. Os dados de desempenho no primeiro bimestre, comparado a janeiro de 2023, mostram que houve uma queda de 11,9%. Assim, as importações de máquinas e equipamentos para o Brasil totalizaram US$ 1,8 bilhão, um valor 4,2% menor em relação ao mesmo mês de 2022. Apesar dessa queda pontual, no primeiro bimestre do ano, houve um aumento de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. De forma geral, também é possível observar, pelo lado das importações, uma desaceleração nos investimentos em máquinas e equipamentos neste início de ano.

Na construção civil, setor diretamente ligado ao de máquinas e equipamentos, a avaliação para 2023 é positiva. De acordo com o informativo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor da indústria da construção prevê um crescimento de 2,5% em 2023. Essa projeção leva em consideração a evolução consistente do mercado nos últimos dois anos, bem como a análise do ciclo de negócios do mercado imobiliário em andamento, que, segundo o informativo, apresenta uma demanda habitacional sólida.

O relatório também destaca que nos últimos dois anos (2021/2022), o setor da construção civil teve um avanço de 17,7%, em comparação com os 8,2% de crescimento da economia nacional. Somente nos 12 meses encerrados em setembro de 2022, a construção registrou um crescimento de 8,8%.

Além disso, o relatório observou uma desaceleração nos custos da construção desde junho de 2022, com destaque para a redução dos preços dos vergalhões e arames de aço ao carbono. No que diz respeito aos custos de mão de obra e matéria-prima, os dados do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), publicados pela FGV, mostraram que o índice encerrou o ano de 2022 com um aumento de 9,40%, menor do que os 13,84% registrados no ano anterior.

José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos Trans Obra, afirma que a indústria brasileira de máquinas e equipamentos pode suprir a demanda por esses recursos especificamente na modalidade de locação de equipamentos, além ajudar o mercado a cobrir qualquer falta de peças e estruturas menores, no caso do aluguel de andaimes e pequenas máquinas para construção civil, diante da retomada do setor após o período da pandemia. "Todo setor de locação de máquinas e equipamentos espera por um crescimento para aumentar os resultados no negócio, diante dos dados e estudos que acompanhamos desde as previsões do ano anterior. O momento é de estar preparado, pois a construção civil e a indústria de máquinas e equipamentos poderão ser impulsionadores de receita e resultados positivos para diversas empresas no Brasil".

O setor de aluguel e venda de máquinas e equipamentos para construção civil também está otimista para 2023. Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) revelou que o setor de aluguel e venda de equipamentos para construção civil está passando por um momento de retomada e crescimento, com perspectivas de aumento nas vendas em 2023. O 17º Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção estima que as vendas no próximo ano terão um incremento de aproximadamente 4%, tanto para o segmento de máquinas da linha amarela quanto para o setor como um todo.

Em relação ao potencial do mercado de venda e aluguel de equipamentos para construção civil, o estudo ressalta a presença de cerca de 30 mil empresas especializadas em locação de equipamentos no mercado brasileiro, o que corresponde a aproximadamente 30% das vendas de máquinas da linha amarela. Além disso, o estudo destaca que a capacidade de faturamento desse segmento é estimada em cerca de R$ 21 bilhões por ano, o que representa 0,26% do Produto Interno Bruto (PIB).

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   23/05/2023

A Sotreq, fornecedora de tecnologia, maquinário e soluções especializadas para peças e equipamentos, estreou, entre os dias 1º e 5 de maio, a nova linha de equipamentos compactos Cat. Trata-se das minicarregadeiras Cat 242D3, 246D3 e 262D3. Um exemplar da 246D3.

Além das melhorias nos equipamentos, a novidade é que o já conhecido tripé da Série D3 terá fabricação nacional, com assistência e comercialização autorizada da Sotreq.

Para divulgação do lançamento ao público, um exemplar do modelo 242D3 ficou exposto durante a 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – principal evento de tecnologia agrícola da América Latina.

As três Minicarregadeiras passaram por modificações que garantem o aumento da produtividade e desempenho das operações.

“Cada uma dessas versões de minicarregadeiras foi adaptada para ser utilizada em diferentes tipos de operação. Um ponto de convergência entre os modelos é a versatilidade para os trabalhos na construção civil, indústria e no agronegócio”, explica Renan Aparecida, especialistas de equipamentos compactos da Sotreq.

O especialista segue explicando que tais modelos são considerados os mais modernos e produtivos do Brasil.

“A nova geração D3 apresenta benefícios adicionais com relação aos modelos anteriores, aliando alta tecnologia a baixo custo operacionais, contando ainda com o suporte técnico oferecido tradicionalmente pela Sotreq”, conclui.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   23/05/2023

Contratos fazem parte da estratégia da montadora para fabricar 2 milhões de veículos elétricos por ano até 2026 e continuar expandindo a partir daí

A Ford chamou a atenção de investidores com novos acordos de fornecimento de material para baterias em uma demonstração de como está solidificando a cadeia de suprimentos necessária para uma expansão maciça na produção de veículos elétricos.

Os dois maiores nomes entre as várias empresas que anunciaram acordos com a Ford nesta segunda-feira (22) - a norte-americana Albemarle e a chilena SQM - são os maiores produtores mundiais de lítio.

Esses pactos estão entre os cinco divulgados no dia do investidor da Ford que detalham como a montadora espera fabricar 2 milhões de veículos elétricos por ano até 2026 e continuar expandindo a partir daí.

A disponibilidade e o custo de materiais cruciais para baterias - que, junto com o lítio, incluem níquel e cobalto - são as principais preocupações há anos entre as montadoras que tentam construir suas linhas elétricas. As questões ganharam mais urgência nos últimos meses devido ao aumento da concorrência para fechar acordos de fornecimento, oscilações violentas nos custos das matérias-primas e a pressão do governo dos EUA para que as empresas reduzam sua dependência da China para minerais essenciais.

“A parte da mineração não é o constrangimento. É realmente o processamento”, disse o CEO da Ford, Jim Farley, em entrevista à Bloomberg Television. Ele explica que o objetivo tornar mais fácil transformar essas matérias-primas, especialmente lítio e níquel, em materiais processados para utilizar nas próprias células de bateria.

Esta é a segunda vez em menos de um ano que a Ford anuncia acordos diretos com produtores de metais para baterias, após uma série de acordos anunciados em julho . Os últimos pactos incluem:

Albemarle fornecendo mais de 100.000 toneladas métricas de hidróxido de lítio para cerca de 3 milhões de baterias Ford EV, com início em 2026 e seguindo até 2030

SQM garantindo o fornecimento de carbonato e hidróxido de lítio para baterias que ajudarão os veículos Ford a se qualificarem para créditos fiscais ao consumidor incluídos na Lei de Redução da Inflação

A canadense Nemaska ​​Lithium fornecerá até 13.000 toneladas de hidróxido de lítio por ano, com a Ford se tornando o primeiro cliente da empresa apoiada pelo governo de Quebec e pela Livent, a terceira maior produtora de lítio do mundo

EnergySource Minerals e Compass Minerals fornecendo produtos de lítio que esperam produzir na Califórnia e em Utah, respectivamente, a partir de 2025

A Ford parecia estar ficando atrás dos concorrentes em termos de fornecimento de lítio, apesar de ter assinado um contrato de compra e venda no ano passado com a Liontown Resources, disse David Deckelbaum, analista da TD Cowen, em nota. A enxurrada de negócios anunciada nesta segunda-feira a coloca "bem à frente" da maioria dos fabricantes de automóveis, escreveu ele, e destaca qual será o caminho mais provável que as empresas seguirão para garantir o fornecimento, em oposição a fusões e aquisições.

A Ford está organizando um evento de dois dias em Dearborn, Michigan, esta semana para convencer os investidores sobre os méritos de seus planos para um aumento de 16 vezes na produção de veículos elétricos em apenas alguns anos. A empresa está “praticamente pronta” para garantir a capacidade de mineração necessária para atingir sua meta de produção de 2026, disse Farley.

O CEO observou que as restrições de processamento que a Ford enfrenta são parcialmente políticas. O governo Biden está persuadindo as empresas a depender menos da China, tornando os incentivos de veículos elétricos sujeitos a requisitos de que componentes e materiais sejam provenientes da América do Norte e dos parceiros de livre comércio dos EUA.

“O processamento on-shoring será o controlador mais importante de custo e também de política”, disse Farley, que destaca que 80% do processamento de níquel e lítio está sendo feito na China.

FERROVIÁRIO

Jota - DF   23/05/2023

O Supremo Tribunal Federal (STF) pautou para o próximo dia 31 o julgamento da inconstitucionalidade na alteração dos limites do Parque e da Floresta Nacional Jamanxim para a passagem da ferrovia EF-170, a Ferrogrão. O trecho proposto inicialmente, além de cortar parte do parque, afetando a área originalmente destinada para proteção da fauna, flora e dos recursos naturais, teria potencial impacto em ao menos 48 terras indígenas.

Com 933 km de extensão, o projeto da ferrovia calcula o transporte de até 52 milhões de toneladas de commodities agrícolas ao ano, como soja, milho, açúcar, além de fertilizantes, derivados de petróleo e insumos agrícolas. O trajeto ligaria o município de Sinop, em Mato Grosso, ao porto de Miritituba, no Pará. Seriam nove anos de construção, com início das operações previsto para 2030.

A redução da área do Parque e da Floresta Nacional do Jamanxim foi encaminhada ainda em 2016, quatro anos depois da formalização do projeto da Ferrogrão, via MP 756/2016. Ocorre que o STF já decidiu em plenário que é inconstitucional a redução de limites de espaços territoriais especialmente protegidos por meio de Medida Provisória. Portanto, os limites dessas unidades de conservação não poderiam ter sido alterados por tal medida, mesmo que ela tenha sido convertida em lei.

Entre os territórios com potenciais impactos está o Parque Indígena do Xingu. Só nessa terra indígena, ao norte de Mato Grosso, há 16 povos habitantes. Também, possuem potenciais impactos as Terras Indígenas Munduruku, Panará, Kayapó, Capoto Jarina e Sawre Ba’pim, com presença de povos em isolamento voluntário, além de outras em diferentes etapas de demarcação. Conflitos em torno da BR-163, paralelamente a qual deve correr a Ferrogrão, já envolvem atividades ilegais como garimpo e grilagem, além de desmatamento, fogo, contaminação por agrotóxicos e envenenamento por mercúrio.

A Ferrogrão deve considerar e garantir os direitos socioculturais, territoriais e a dignidade da pessoa humana de quem pode ser potencialmente impactado com o empreendimento, assim como à garantia à consulta livre, prévia e informada a todos os povos envolvidos; ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; à manutenção da integridade de áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, dentre outros.

É sabido que projetos de infraestrutura anteriores não trouxeram à população local a pujança econômica prometida. A logística, apontada como diferencial no caso da Ferrogrão, não basta como fim em si mesma, visando apenas atender uma demanda de mercado. O planejamento do território deve preceder a definição da infraestrutura necessária, e isso requer amplo debate com os diferentes setores da sociedade. Nesse cenário, a logística entraria como mais um componente de um processo de desenvolvimento que considere a realidade amazônica em suas diversidades sociais, culturais, territoriais, ambientais e climáticas.

A Ferrogrão deve, também, ser repensada e replanejada para que seja, realmente, um vetor de desenvolvimento e não um vetor de impacto negativo, segregação, desagregação e perda de direitos. Vale mais um planejamento adequado do trajeto, com ordenamento do território, não só para a ferrovia, mas incluindo as devidas salvaguardas socioambientais, ordenamento do território e as estratégias de inclusão socioeconômica e desenvolvimento local.

Qualquer processo de desenvolvimento na Amazônia, naturalmente, pode requerer a implantação de infraestrutura e logística. O que precisa ser discutido, no caso da Ferrogrão e outros tantos projetos, é como o planejamento e a implementação se relacionam com parâmetros modernos de sustentabilidade, considerando as áreas protegidas, terras indígenas, o conjunto de ativos ambientais, como as emissões de carbono, e de recursos naturais. É preciso assegurar, também, que infraestrutura e logística não irão impactar os modos de vida, os territórios e os direitos de populações locais, como povos indígenas, agricultores familiares e extrativistas, que vivem na região.

Mesmo que haja alteração nos valores do projeto, no caso da mudança de trajeto em função de uma área natural protegida, o custo se paga. Segundo estudos recentes, estima-se o prejuízo de US$ 1,9 bilhão só pela emissão de gases superaquecedores da atmosfera, que seriam liberados com o desmatamento previsto nos atuais moldes da obra. Esse custo ambiental corresponde a 60% do orçamento previsto para a implementação da ferrovia.

Considerada a perspectiva de avanço para a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico de baixas emissões de gases de efeito estufa, não estamos em posição favorável para nos dar, como país, a chance de voltar a repetir erros já cometidos. Existem caminhos de harmonização dos diferentes interesses e direitos relacionados ao caso. O Brasil não pode prescindir de um conjunto de estruturas e logísticas para o processo de desenvolvimento da Amazônia, mas o modus operandi deve ser debatido e elaborado de forma participativa na busca de um entendimento que atenda as diferentes visões, interesses e direitos, seguindo a tendência global de desenvolvimento de baixas emissões, com ampla participação, protagonismo de povos e comunidades tradicionais e repartição de benefícios decorrentes da potencial riqueza a ser produzida em empreendimentos como estes.

PETROLÍFERO

Valor - SP   23/05/2023

Presidente do órgão aponta “pontos problemáticos” em estudo da Petrobras para região

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou nesta segunda-feira (22) que “dificilmente” o órgão cederá à pressão política para liberar o licenciamento ambiental da perfuração do poço de petróleo e gás da Petrobras no litoral Norte do país, na região da Margem Equatorial.

Em viagem ao Japão no fim de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou ser favorável à atividade de exploração na foz do rio Amazonas, mas disse que trataria do assunto quando voltasse ao Brasil. A região é considerada a nova fronteira de exploração e produção de petróleo e gás no país, semelhante ao que foi a descoberta das reservas do pré-sal.

Em entrevista à emissora CNN Brasil, o presidente do Ibama disse que os estudos entregues pela estatal têm “pontos problemáticos” e “questões mal resolvidas” relacionadas aos impactos da atividade de exploração sobre a biodiversidade da foz do rio Amazonas e a áreas sedimentares. Além disso, ele disse que há dificuldade da Petrobras garantir a “pronta-resposta” em caso de acidentes envolvendo vazamento de óleo.

De acordo com Agostinho, a região onde está prevista a perfuração do poço está próxima de parque nacional, comunidades indígenas e área com “muita pesca”. Disse que, enquanto a plataforma fica situada a 130 quilômetros da costa norte do Amapá, a base operacional da Petrobras está a 800 quilômetros, em Belém (PA).

“Dificilmente vai ter algum tipo de mudança de posição simplesmente por pressão política”, disse Agostinho. Ele garantiu que a equipe técnica do Ibama não vai rever o parecer contrário ao empreendimento se a Petrobras não aprofundar os estudos de impacto ambiental. O presidente do órgão ambiental disse, porém, que o instituto está à disposição para analisar novas informações e “a qualquer momento” a companhia poderá apresentar novamente as análises técnicas.

O presidente do Ibama afirmou que os estudos preliminares indicaram que, em caso de vazamento, o óleo chegaria à costa do país no prazo de dez horas. Existe o risco, segundo ele, de contaminação de mangues da região, que demandaria um trabalho de reparação de dano mais complicado do que a remoção de areia em praias afetadas por acidente no setor.

“Não é uma questão que o Ibama é contra [a exploração de] o petróleo”, afirmou disse Agostinho, que afirmou ter "sensibilidade" para a importância do setor com sua capacidade de gerar riqueza e benefício social para os Estados e a população local. Ele ressaltou, porém, que o Ibama não desempenha papel de “cartório”, de carimbar pedidos de licenciamento sem analisá-los com profundidade.

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama — Foto: Wenderson Araujo/Valor

Infomoney - SP   23/05/2023

O conhecido cabo-de-guerra entre oferta e demanda de petróleo segue dando o tom do mercado da commodity. Na sexta-feira, o petróleo caiu em meio às difíceis negociações sobre o teto da  dívida nos EUA e o alerta do Federal Reserve sobre inflação alta, mas conseguiu subir na semana; já nesta segunda, enquanto as preocupações sobre os EUA permanecem, o aperto da oferta no Canadá e países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) dão suporte aos preços, com o brent negociado na casa dos US$ 75 o barril.

Com base nisso, a XP destacou em relatório as conclusões sobre o mercado após realizar um evento para discutir as perspectivas para os preços do petróleo.

As principais conclusões foram: (i) o consenso é que o petróleo está caminhando para um mercado com oferta insuficiente no segundo semestre de 2023 (2S23); (ii) a Opep atuará de forma “pró-ativa” e “preventiva”, mantendo um piso para os preços do petróleo; (iii) as incertas perspectivas macro deixam os participantes do mercado menos entusiasmados com as commodities, mas parece que o petróleo tem uma assimetria positiva no curto prazo; (iv) o mercado está em um lento (contínuo) processo de normalização dos mercados de derivativos após a eclosão da guerra Rússia/Ucrânia, que reduziu as posições em aberto, ampliou os spreads compra/venda e aumentou a volatilidade (mas os produtores ainda não estão fazendo hedge) e (v)  por fim, a cadeia global que abastece empresas de exploração e produção está se normalizando.

Os analistas Andre Vidal e Helena Kelm, que assinam o relatório, apontam que, no geral, o sentimento dos diversos agentes de mercado permanece dividido entre o que parece ser um equilíbrio estreito entre oferta e demanda de petróleo à medida que se avança para a segunda metade do ano contra os temores de uma recessão global que pode pesar mais na demanda.

“Acreditamos que as palavras da Agência Internacional de Energia (IEA), em seu recém-lançado Relatório de Petróleo de maio, resumem muito bem o sentimento atual: ‘o atual pessimismo do mercado (…) contrasta fortemente com o equilíbrio de mercado mais apertado que prevemos no segundo semestre do ano em que a demanda deverá eclipsar a oferta em quase 2 mb/d [milhões de barris/dia]”, aponta.

Vidal e Helena reforçam que o cenário macro é difícil de navegar, e os dados de demanda de uso final para derivados de petróleo são uma ilustração desse enigma: enquanto a demanda por gasolina e combustível de aviação está aumentando (demonstrando que os consumidores ainda estão comprando e viajando), o diesel está reduzindo (refletindo um ambiente mais desafiador para o setor manufatureiro).

Enquanto isso, a a estratégia da Opep parece clara e esses países produtores darão um piso para os preços do petróleo. O gestor de fundos multimercado da Legacy Capital e especialista em commodities, Ricardo Kazan, vê os dados macro mais como a perspectiva do “copo meio cheio”, pensando que é mais provável um cenário de soft landing (pouso suave da economia) do que hard landing (pouso brusco da economia).

Ele aponta que o motivo da queda recente do petróleo (que teve somente na semana passada sua primeira semana de ganhos em um mês) está mais na oferta do que na demanda, mas vê um mercado subofertado para o 2S23 (ajudado pela sazonalidade), assim como a IEA.

Kazan, citando as próprias palavras da Opep, vê o cartel agindo de forma “pró-ativa” e “preventiva”, cortando a produção para estabilizar mercados e preços. Para ele, o outlier (ponto “fora da curva”) da estratégia do grupo Opep+ tem sido a Rússia, que não está cortando produção e, como os dados vêm mostrando, está inundando os mercados globais com petróleo bruto e derivados.

Os EUA, avalia o gestor, deveriam agir agora para reabastecer pelo menos parte de suas Reservas Estratégicas de Petróleo (“SPR”), mas não está claro se eles aproveitarão essa oportunidade ou não. Assim, pelo menos no curto prazo, ele vê uma assimetria positiva para os preços do petróleo.

Para o gestor, as próximas semanas serão cruciais para a guerra, já que a Ucrânia foi alimentada com armas de países ocidentais e parece disposta a infligir dor ao território russo, o que talvez possa causar interrupções na produção russa de petróleo e gás. Na frente geopolítica, ele destacou que a influência da China no Oriente Médio está crescendo e provavelmente ultrapassando os EUA. Ele acredita que a crescente influência da China no Oriente Médio terá profundas consequências a médio e longo prazo para a geopolítica, o petróleo e o papel do dólar no comércio internacional.

Peter Keavey, manager Director e chefe global de energia e produtos ambientais do CME Group, apontou, por sua vez, que o que aconteceu em 2022 – quando os mercados de derivativos de energia, metais e agricultura sofreram um movimento simultâneo de “disrupção” -, foi um outlier por “muitos anos por vir”.

Ele vê um processo lento (em andamento) de normalização nos mercados de derivativos após o início da guerra Rússia/Ucrânia, que reduziu as posições em aberto, ampliou os spreads de compra e venda e aumentou a volatilidade.

Rodrigo Pizarro, CFO da 3R (RRRP3), compartilhou seus insights da perspectiva de uma empresa junior baseada no Brasil. A empresa não faz previsões quanto a preços, mas disse trabalhar com uma gama de resultados possíveis (em torno de US$ 70 a US$ 90 por barril em 2023) para ajustar as necessidades de financiamento da empresa para vários cenários possíveis. A empresa ainda apontou que uma das motivações para a 3R decidir por um (polêmico) aumento de capital foi estar do lado seguro caso o pior cenário para os preços do Brent se materializasse.
Assimetria, mas cabo de guerra continua

Os analistas da XP apontam que, em conversas diárias com gestores, enxergam que o petróleo continua sendo a commodity favorita para a maioria. Mas, de uma perspectiva bottom-up (olhando para o micro para depois olhar o macro), a maioria dos fundos não está favorecendo grandes alocações para o complexo de commodities em geral neste momento, devido às incertas perspectivas macroeconômicas.

“Isso parece condizer com o que foi discutido no evento: que o petróleo tem uma assimetria positiva para o curto prazo, e nós concordamos com essa visão”, apontam os analistas.

Vidal e Helena citam ainda um fato ocorrido recentemente e que pareceu ter passado quase despercebido pelos mercados: o governo russo ordenou que a publicação de estatísticas sobre a produção de petróleo, gás e condensado seja suspensa até 1º de abril de 2024.

“Os otimistas podem ver isso como um sinal de que a produção da Rússia finalmente cairá (e Moscou não quer ‘revelar’ essa fraqueza ao mundo), enquanto os pessimistas podem perceber isso como uma estratégia para bombear ainda mais petróleo de forma ‘despercebida’ (embora os dados de exportação sejam mais difíceis de esconder no mundo tecnológico em que vivemos)”, apontam.

A XP aponta estar mais próxima à visão dos otimistas, embora seja preciso mais tempo para ter certeza disso. Os analistas apontam ainda que os investidores devem ficar de olho na produção de líquidos dos EUA, que tem surpreendido positivamente, apesar de todas as menções à disciplina de capital, inflação de custos e gargalos de oferta (uma ilustração disso, dois dias atrás, a EIA revisou os números para a atividade de perfuração do país).

“Do ponto de vista de um investidor de ações no brasil, acreditamos que uma estratégia que combine as ações da Petrobras (PETR4) (beta baixo, ou variação baixa, frente o petróleo) com uma empresa ou uma cesta de empresas de petróleo júnior (beta alto para o petróleo) parece uma boa estratégia para navegar no ambiente macroeconômico incerto”, apontam.

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   23/05/2023

A fabricante de máquinas agrícolas Deere, dos Estados Unidos, disse que não está vendo enfraquecimento na demanda por equipamentos, já que as encomendas de grandes máquinas agrícolas se estendem até 2024.

Segundo a companhia, agricultores continuam interessados em comprar equipamentos, apesar da queda recente dos preços de commodities agrícolas. A Deere observou que os custos de insumos para agricultores também caíram, ajudando-os a preservar seus lucros. A empresa informou que está monitorando atentamente os estoques de equipamentos, que normalmente aumentam quando a demanda diminui.

A companhia explicou que a demanda permanecerá elevada por mais tempo porque problemas na cadeia de suprimentos e volumes de produção reduzidos impediram agricultores de obter equipamentos de reposição tão rapidamente quanto no passado. O diretor de relações com investidores, Brent Norwood, disse que a produção da Deere está entre 20% e 25% abaixo do volume médio para um período de substituição de equipamentos agrícolas.

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