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21 de Dezembro de 2022

INDA

Valor - SP   21/12/2022

O mercado de aços planos, via o canal de distribuição, é responsável por cerca de um terço das vendas totais no país

Aço – Foto: Bloomberg

O mercado de aços planos, via o canal de distribuição, responsável por cerca de um terço das vendas totais no país, encerra o ano com desaceleração na demanda. O volume comercializado em novembro, de 290,6 mil toneladas, ficou 6,3% abaixo de outubro, mas ainda cresceu 3% na comparação com novembro de 2021.

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (20) pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), no acumulado do ano as vendas registraram aumento de 4,4%, somando 3,74 milhões de toneladas.

A expectativa do setor é fechar 2022 com um crescimento de 4% a 4,5% sobre o desempenho do ano passado, segundo Carlos Loureiro, presidente do Inda.

Os números terão o impacto do comércio em dezembro, que costuma ser muito fraco. A previsão de vendas para o mês é de 232 mil tonelada, com uma queda de 20% ante novembro.

Com esse cenário de fim de festa, as empresas da rede ajustam seus estoques na reta final de 2022. A previsão é comprar das usinas de aços planos 227 mil toneladas, recuo também de 20% na mesma base de comparação.

A redução nos pedidos começaram em novembro, quando demandaram 10,3% menos volumes do que em outubro, com 284 mil toneladas. No total de 11 meses, fechou praticamente igual, com apenas 0,3% de alta, em 3,49 milhões de toneladas.

A rede prevê fechar dezembro com 826 mil toneladas em estoque em seus armazéns, o equivalente a 3,6 meses. O normal, e saudável, são 2,5 meses. Em novembro, esse índice ficou em 2,9 meses.

Conforme o Inda, as importações de aços planos pelo país se mantêm em plena desaceleração — em novembro tiveram queda de 35,1%, na base de comparação anual, enquanto no acumulado dos 11 meses do ano, caiu 19%, para 151 milhão de toneladas.

Diário do Comércio - MG   21/12/2022

Após a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciar na última semana que elevará os preços do aço no Brasil em 10% a partir do dia 1º de janeiro, outras companhias devem seguir o mesmo movimento de reajuste. A informação foi repassada ontem pelo presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, durante coletiva de apresentação de resultados do setor.

Segundo o executivo, a Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, deve ser uma das siderúrgicas a elevar o preço do produto. “Tivemos a informação de um associado que a Gerdau deve aumentar o preço na primeira quinzena de janeiro em torno de 12,5%”, disse. “Mas não é oficial. A usina em si ainda não nos informou nada”, ressalta. Procurada pela reportagem, a companhia nega a informação.

Conforme Loureiro, os reajustes, na realidade, “não seriam um aumento de preço, mas mais uma redução de descontos concedidos ao longo do segundo semestre deste ano”. De acordo com ele, desde janeiro os preços de aços planos vendidos pelas usinas no País recuaram mais de 40%, sendo assim, há um movimento de diminuição dos descontos do começo do ano.

No mercado internacional, os preços da liga também apresentaram elevação nas últimas semanas, principalmente, em virtude de um reaquecimento do mercado chinês, maior consumidor de aço do mundo. Segundo o presidente do Inda, essa perspectiva de melhora no país asiático pode estimular um aumento nos valores para 2023.

Ainda em relação ao ano que vem, Loureiro afirma que a expectativa é que o setor cresça entre 2,5% a 3%, na medida em que a economia brasileira aumente cerca de 1%, como previsto. O percentual é inferior ao crescimento esperado para este ano, que, segundo ele, deve ser de 3% a 3,5% em vendas, e um pouco superior em compras.
Resultados do setor

O presidente do Inda detalhou na apresentação os dados de novembro do mercado brasileiro de distribuição de aços planos. Os distribuidores encerraram o mês com a venda de 290,6 mil toneladas, um recuo de 6,3% ao apurado em outubro (310 mil toneladas). Já o volume de aços comprados pelo setor somou 284 mil toneladas, 10,3% inferior ao do mês imediatamente anterior (316,5 mil toneladas).

Entre janeiro e novembro de 2022, as vendas cresceram 4,4% ao totalizarem 3.473,9 milhões de toneladas. Neste mesmo intervalo de 2021, o volume foi de 3.328,8 milhões de toneladas. Quanto às compras de aço realizadas pelos distribuidores, houve uma leve alta de 0,3%. No total, foram 3.491,0 milhões de toneladas adquiridas no acumulado deste ano, contra 3.480,2 no exercício passado.

No mês passado, os estoques atingiram o montante de 831,3 mil toneladas e reduziram 0,8% frente ao mês anterior (837,9 mil toneladas). O giro dos estoques fechou em 2,9 meses. O total de aços importados pelos distribuidores somaram 156,7 mil toneladas e registrou quedas de 12% em relação a outubro (177,9 mil toneladas) e 35,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior (241,5 mil toneladas). Os embarques totalizaram 655,2 mil toneladas.

Para dezembro, mês tradicionalmente fraco para o setor, a projeção é ainda mais pessimista. Um dos motivos citados é o impacto da realização da Copa do Mundo e a sazonalidade ambiental. “O mês está muito ruim, por conta da Copa do Mundo e da sazonalidade, bem como a pouca estabilidade no mercado. Então estamos projetando uma queda de 20%”, salienta Loureiro.

Broadcast - SP   21/12/2022

O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Jorge Loureiro,informou há pouco que as compras de aço caíram 10% em novembro na comparação a outubro. Já as vendas sofreram uma redução de 6% no comparativo do mesmo período. Para Loureiro, os resultados para o mês de dezembro vão apresentar uma queda ainda mais acentuada, de 20%, devido ao período de sazonalidade ambiental e o impacto indireto da realização da Copa do Mundo.

“Estamos imaginando para a nossa perspectiva de vendas que o mês de dezembro será muito ruim, por conta da Copa do Mundo e da sazonalidade, bem como a pouca estabilidade no mercado. Então estamos projetando uma queda de 20%”, disse Loureiro.

Preços

O presidente do INDA mencionou que o Brasil alcançou o menor patamar nos preços da sucata, do carvão, minério de ferro, dos aços laminados a quente e do aço em comparação aos últimos anos. Para Loureiro, o reaquecimento do mercado da China poderá provocar uma melhora na perspectiva dos valores para 2023.

“Essa reação dos preços chineses está transmitindo ao mercado brasileiro uma sensação de que estamos chegando no fundo do poço em termos de preço e que agora podemos esperar um certo aumento nos valores”, afirmou.

Diário do Comércio - MG   21/12/2022

O mês de novembro foi desfavorável ao mercado brasileiro de distribuição de aços planos. No período, foram 290,6 mil toneladas vendidas, queda de 6,3% na comparação com outubro (310 mil toneladas). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram negociadas 282,2 mil toneladas, houve alta de 3%.

Conforme os dados divulgados na manhã desta terça-feira pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), no mês passado foram compradas 284 mil toneladas de aços planos, volume 10,3% inferior ao de outubro (316,5 mil toneladas). Já se comparado a novembro do ano passado, quando foram obtidas 283,2 mil toneladas, foi registrado aumento de 0,3%.

As importações do setor também recuaram. O volume total importado no mês passado foi de 156,7 mil toneladas contra 177,9 mil em outubro, queda de 12%. Na comparação com novembro de 2021, quando foram importados 241,5 mil toneladas, o recuo foi ainda maior, de 35,1%.

Os estoques dos distribuidores fecharam o mês com 831,3 mil toneladas, queda de 0,8% em relação ao mês anterior, quando o montante foi de 837,9 mil toneladas. O giro de estoque encerrou em 2,9 meses.

Para o último mês do ano, a expectativa é de queda de 20% em relação a novembro, tanto em vendas quanto em compras. Segundo o presidente-executivo da entidade que representa os distribuidores do material, Carlos Loureiro, se confirmada a projeção, o setor deve encerrar o ano com crescimento de 3% a 3,5% em comercializações e um pouco superior a esse percentual em aquisições.

SIDERURGIA

Portal Fator Brasil - RJ   21/12/2022

Aumento de 14,6%, já em valor a alta foi de 23,3% ( US$ 10,1 bilhões) ante o mesmo período em 2021.

Produção — Em novembro de 2022 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,6 milhões de toneladas, uma queda de 16,3% frente ao apurado no mesmo mês de 2021. Já a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, 3,4% inferior à registrada em novembro de 2021. A produção de semiacabados para vendas foi de 603 mil toneladas, uma queda de 30,8% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2021.

Consumo e Vendas — As vendas internas aumentaram 2,0% frente ao apurado em novembro de 2021 e atingiram 1,6 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,9 milhão de toneladas, 4,7% inferior ao apurado no mesmo período de 2021.

Exportações — As exportações de novembro foram de 814 mil toneladas, ou US$ 687 milhões, o que resultou em queda de 15,5% e de 22,3%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2021.

Importações — As importações de novembro de 2022 foram de 326 mil toneladas e de US$ 433 milhões, uma queda de 25,3% em quantum e de 18,7% em valor na comparação com o registrado em novembro de 2021.

Acumulado de janeiro a novembro de 2022: Produção — A produção brasileira de aço bruto foi de 31,5 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a novembro de 2022, o que representa uma queda de 5,9% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 22,0 milhões de toneladas, redução de 9,2% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2021. A produção de semiacabados para vendas totalizou 7,3 milhões de toneladas de janeiro a novembro de 2022, uma queda de 6,1% na mesma base de comparação.

Vendas — As vendas internas foram de 18,9 milhões de toneladas de janeiro a novembro de 2022, o que representa uma retração de 9,6% quando comparadas com o apurado em igual período do ano anterior.

Consumo — O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 21,8 milhões de toneladas no acumulado até novembro de 2022. Este resultado representa uma queda de 11,5% frente ao registrado no mesmo período de 2021.

Importações — As importações alcançaram 3,0 milhões de toneladas no acumulado até novembro de 2022, uma redução de 35,7% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 4,4 bilhões e recuaram 4,3% no mesmo período de comparação.

Exportações — As exportações de janeiro a novembro de 2022 atingiram 11,0 milhões de toneladas, ou US$ 10,1 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, aumento de 14,6% e de 23,3% na comparação com o mesmo período de 2021.

ICIA de dezembro — Confiança dos CEOs da indústria do aço cai pelo segundo mês seguido: o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) referente à dezembro de 2022 recuou 7,0 pontos e atingiu 42,6 pontos.

Essa foi a segunda que da seguida do ICIA acumulando um recuo de 15,2 pontos no período. A redução levou o indicador ao menor patamar desde maio de 2020.Valores acima da linha de 50pontos indicam confiança dos CEOs da indústria do aço, enquanto valores abaixo de 50 pontos apontam falta de confiança.

A queda do ICIA ocorreu de forma generalizada, ou seja, tanto nos indicadores de percepção atual quanto nos indicadores de expectativas para os próximos seis meses. Todos os componentes do ICIA passaram a se posicionaram abaixo de 50 pontos sem dezembro de 2022.

O índice que mede a percepção sobre a situação atual recuou 5,5pontos frente ao apurado em novembro e atingiu 42,4pontos. O indicador de situação atual da economia brasileira caiu 10,8pontos — componente do ICIA com a maior queda e atingiu 46,0 pontos. O índice que mede a confiança sobre as condições atuais da empresa dos entrevistados diminuiu 2,8pontos —componente com a menor queda—para40,6pontos.

O indicador de expectativas para os próximos seis meses caiu 7,7 pontos frente ao registrado no mês anterior e atingiu 42,7pontos. O índice que mede as expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses recuou 8,1pontos, para 36,4 pontos (componente do ICIA com a menor pontuação). O indicador de expectativas sobre a própria empresa reduziu 7,6 pontos e atingiu 45,8 pontos.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   21/12/2022

O Banco Mundial reduziu nesta terça-feira a previsão de crescimento econômico da China em 2022 para 2,7% contra os 2,8% projetados em setembro, diante do impacto da pandemia e da fragilidade do setor imobiliário na segunda maior economia do mundo. Em junho, a previsão da instituição era de 4,3%.

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A instituição também reduziu a previsão de crescimento do país para 2023, de 4,5%, em setembro, para 4,3%. A previsão chegou a ser de 8,1% em junho.

"A atividade econômica na China segue os altos e baixos da pandemia: surtos e desacelerações no crescimento seguidos por recuperações desiguais", afirmou o Banco Mundial em um comunicado.

"A previsão é de que o crescimento real do PIB alcance 2,7%, antes de uma recuperação a 4,3% em 2023 com a reabertura da economia", acrescentou a instituição financeira.

As duas novas previsões estão abaixo da meta oficial chinesa de 5,5%, um crescimento que analistas consideram impossível.

Depois de três anos de confinamentos, testes em larga escala, quarentenas prolongadas e restrições de viagens, a China abandonou este mês a política de covid zero. Mas a interrupção das atividades prossegue com os surtos de casos e algumas restrições permanecem em vigor.

— A contínua adaptação da política de covid-19 da China será crucial, tanto para mitigar os riscos de saúde pública como para minimizar impactos econômicos maiores— disse a diretora do Banco Mundial para China, Mongólia e Coreia, Mara Warwick.

O "estresse persistente" no setor imobiliário, que responde por 25% do PIB anual do país, pode ter efeitos macroeconômicos e financeiros mais amplos, destacou o Banco Mundial. A instituição acrescentou que o risco de clima extremo provocado pelo aquecimento global e o declínio econômico mundial também ameaçam o crescimento.

A desaceleração chinesa acontece no momento em que a economia mundial enfrenta taxas de juros crescentes para conter a inflação, provocada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Pequim tenta estimular o crescimento com uma série de medidas de alívio, incluindo os cortes das principais taxas de juros e injetando dinheiro no sistema bancário.

— Destinar recursos fiscais a gastos sociais e investimentos verdes não apenas apoiará a demanda de curto prazo, mas também contribuirá para um crescimento mais inclusivo e sustentável a médio prazo — afirmou a economista-chefe do Banco Mundial para a China, Elitza Mileva.

Agência Brasil - DF   21/12/2022

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou, nesta terça-feira (20), sua previsão para a balança comercial de 2023. Segundo a AEB, as exportações devem atingir US$ 325,162 bilhões, queda de 2,3% em relação aos US$ 332,825 bilhões estimados para este ano. Já as importações devem totalizar US$ 253,229 bilhões, com retração de 6,2% comparativamente aos US$ 269,900 bilhões estimados para 2022.

Quanto ao superávit comercial, a AEB estima que alcance US$ 71,933 bilhões, em 2023, com expansão de 14,3% sobre os US$ 62,925 bilhões previstos para este ano. O superávit de US$ 71,933 bilhões em 2023 será recorde, mesmo com previsão de queda das exportações e importações, e superará o recorde anterior de US$ 61,223 bilhões, apurado em 2020.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente executivo da AEB, José Augusto de Castro, ressaltou, porém, que se trata de um superávit negativo, porque não gera nenhuma atividade econômica. “É um superávit negativo porque resulta de um duplo déficit e não gera nenhuma atividade econômica”, disse.

De acordo com Castro, as commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) continuarão sendo o carro-chefe das exportações brasileiras no próximo ano, embora com possibilidade de queda das cotações no decorrer do período. “Já começa a acomodação dos preços, como resultado de uma série de fatores”, afirmou.
Fatores

Entre esses fatores, Castro citou a desaceleração da economia mundial, o baixo crescimento econômico da China, a guerra da Ucrânia com a Rússia, a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos e na União Europeia. “São todos fatores que fazem com que o comércio internacional e a economia não tenham aquecimento. Pelo contrário.”

Castro argumentou, por outro lado, que “qualquer que seja o preço”, as commodities continuarão liderando as exportações nacionais e admitiu que uma surpresa desagradável poderá surgir se a União Europeia decidir taxar as commodities como um todo. “Isso pode vir a afetar o Brasil a partir de 2024”. A expectativa, contudo, é que o Brasil continue com superávits altos, com as commodities atuando como carro-chefe das exportações.

Soja, petróleo e minério deverão responder por 35,7% das exportações brasileiras projetadas para 2023, revelando estabilidade em comparação aos 35% apurados em 2022. À exceção de automóveis e semiacabados de ferro e aço, que são produtos manufaturados, os demais 13 principais produtos exportados pelo Brasil são commodities.
Reformas

Castro defendeu as reforças tributária e administrativa para reduzir o custo Brasil e levar os manufaturados a uma posição de destaque na balança comercial do país. “Nós dependemos de várias commodities e de poucos manufaturados”, apontou. De acordo com a AEB, a competitividade das exportações de manufaturados tem na América do Sul seu principal mercado de destino, mas a região enfrenta problemas políticos ou econômicos. “Não podemos contar com a América do Sul como um mercado final”, disse Castro.“Sem reformas, nós não saímos do lugar.”

Para Castro, o câmbio flutuante permanece em patamar adequado. A taxa cambial deverá oscilar entre o piso de R$ 5 e o teto de R$ 5,70, durante 2023, influenciada por fatores políticos e econômicos internos ou externos. “Não haverá problema em relação ao câmbio, que ajuda a exportação. O custo Brasil é que tem de ser reduzido”, afirmou.

O presidente executivo da AEB acrescentou que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) para 2023, estimado entre 1,4% e 1,5%, “é um PIB baixo, que não ajuda, nem atrapalha o comércio exterior e não estimula o crescimento interno, nem gera emprego no mercado interno”. Ele insistiu que a redução do custo Brasil ajudaria o país a entrar nos mercados norte-americano e europeu com produtos manufaturados, de maior valor agregado.

IstoÉ Dinheiro - SP   21/12/2022

A Fitch reafirmou o rating da Índia em BBB-, com perspectiva estável. Em comunicado, a agência diz que a avaliação reflete uma “perspectiva de crescimento robusto” em relação aos pares, com finanças externas ainda resilientes, mas com isso contrabalançado pelas “finanças públicas fracas”, com déficits e dívida elevados em relação aos pares, além de pontos fracos em itens como indicadores de governança do Banco Mundial e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita.

A Fitch vê a Índia “relativamente isolada da perspectiva global sombria em 2023”, diante de sua dependência modesta da demanda externa. De qualquer modo, a queda em suas exportações, a maior incerteza e juros mais altos devem desacelerar o crescimento do país a 6,2% no ano fiscal de 2024.

A agência também diz que há desafios estruturais nas finanças públicas da Índia, com inflação elevada que continua a reduzir a relação entre dívida e PIB. A inflação no país já atingiu o pico e continua a desacelerar, aponta ainda.

Globo Online - RJ   21/12/2022

A queda da inflação registrada em novembro nos Estados Unidos — de 9,1% para 7,7% em 12 meses — trouxe certo alívio a um mercado global angustiado com o risco de recessão em 2023. Mas é inverossímil que leve ao afrouxamento da política monetária restritiva que tomou conta dos bancos centrais. O Federal Reserve (Fed) reduziu na semana passada o ritmo de alta nos juros americanos — eles subiram 0,5 ponto percentual, para até 4,5%, e não 0,75 como nos quatro aumentos anteriores —, mas seu presidente, Jay Powell, continua alerta.

Desaceleração: Banco Mundial prevê que China vai crescer só 2,7%

Powell afirmou esperar mais evidências de que a espinha dorsal da inflação foi quebrada. E não quis se comprometer com um pouso suave da economia americana. Na linguagem críptica dos banqueiros centrais, disse que as expectativas sobre os preços estão “bem ancoradas”, mas que isso não é motivo para complacência. Tradução: se necessário, os juros voltarão a subir, até que a inflação volte à meta de 2%.

Novo governo: BC autônomo será trava à expansão de gastos

O recado que vem da Europa é parecido. O Banco Central Europeu (BCE) elevou os juros 0,5 ponto percentual, para 2%, A presidente do BCE, Christine Lagarde, anunciou a intenção de interromper os programas de estímulo monetário pela compra de papéis e de reduzir o balanço inflado do banco. Tradução: vem mais aperto monetário por aí. A inflação na Zona do Euro caiu de 10,6% em outubro para 10% em novembro, ainda longe da meta de 2%.

Mesmo adotando uma atitude mais benevolente, o Banco da Inglaterra (BoE) seguiu o Fed: elevou os juros em 0,5 ponto percentual, para 3,5% (e não em 0,7 ponto percentual, como desejavam alguns). A inflação no Reino Unido também caiu em novembro, para 10,7%, ante 11,1% em outubro. Cauteloso, o BoE afirmou que a pressão sobre salários e preços ainda preocupa: “A maioria dos gargalos na cadeia de abastecimento melhorou, mas as pressões inflacionárias globais permanecem altas”.

O choque inflacionário causado pela invasão da Ucrânia pela Rússia ainda não está debelado. Ao mesmo tempo, o desacoplamento das economias americana e chinesa mal começou. Enquanto nada disso estiver resolvido, é esperado que os bancos centrais insistam na alta nos juros.

No Brasil, o Conselho de Política Monetária (Copom) manteve por unanimidade os juros em 13,75%. Como previsível, há desaquecimento, ainda assim a inflação de 2022 ficará próxima dos 6%, distante da meta de 3,5%. A partir de janeiro inicia-se a experiência inédita da convivência de um governo à esquerda com o BC autônomo. O BC brasileiro tem a vantagem de ter reagido a tempo ao choque inflacionário externo. Aqui os maiores riscos têm outra natureza. A ata da última reunião do Copom é certeira ao apontar a incerteza sobre o arcabouço fiscal como maior ameaça inflacionária. O novo governo precisará agir rápido para resgatar a credibilidade nesse campo, pois o cenário externo não será favorável.

O Estado de S.Paulo - SP   21/12/2022

Após cinco anos ameaçando atolar num nível abaixo da meta de inflação dos Estados Unidos e Europa, em torno de 2%, a inflação dos países ricos ocidentais (não só deles) disparou, como desdobramento dos efeitos econômicos da pandemia. Um estudo recém-publicado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), e de autoria do economista português Ricardo Reis, da London School of Economics (LSE), tenta entender por que os principais BCs do mundo deram a bobeada de deixar a inflação ir para muito acima das suas metas.

Reis explora quatro fatores explicativos. O primeiro seria uma leitura errada dos BCs sobre a natureza dos choques num momento de alta incerteza, levando a um período excessivamente prolongado de política monetária frouxa.

O economista observa que, talvez por causa dos efeitos prolongados de inibição da atividade econômica causados pela crise financeira global de 2008-09, os BCs julgaram que a pandemia, que foi recessiva e desinflacionária no primeiro momento, fosse por caminho parecido.

Mas, ao contrário, a volta da atividade econômica após o choque inicial da Covid-19 foi abrupta e vigorosa, com altas de, respectivamente, 14,9% e 17,5% no PIB norte-americano e da área do euro entre o momento mais deprimido em 2020 e o fim de 2021. O desemprego caiu mais de 10 pontos percentuais nos Estados Unidos em menos de 12 meses. O setor privado aprendeu rápido e quando o segundo choque, da variante delta, pior em termos sanitários, ocorreu na virada de 2020 para 2021, a queda de produção foi menor na Europa e nem aconteceu nos Estados Unidos.

Apesar do vigor da retomada, a política monetária permaneceu frouxa em 2021, nota Reis. A poupança acumulada pelas famílias e o pacote de estímulo de Joe Biden no início de 2021 colocaram mais lenha na fogueira. O economista considera que a manutenção dos estímulos em 2021, mesmo diante do aquecimento econômico, é mais criticável do que o enorme tamanho dos pacotes monetários e fiscais de 2020, quando de fato havia muita incerteza.

O economista aponta ainda que os gargalos de oferta foram interpretados pelos BCs como choques temporários que aumentaram o poder de mercado das empresas quando, na verdade, refletiram também mudanças mais duradouras no nível potencial do produto ligadas a questões tecnológicas e de globalização. Como tal, a resposta da política monetária não deveria ter sido de acomodar essas altas de preços, mas sim apertar a política monetária para tentar manter a inflação nas metas. O mesmo pode ser dito em relação à reação do Banco Central Europeu (BCE) ao choque de energia agravado pela guerra da Ucrânia.

O segundo fator para a falha dos BCs está ligado às expectativas inflacionárias. Focando na mediana, os bancos centrais viam as expectativas bem ancoradas mesmo quando a inflação subiu - isto é, a expectativa é de que a alta seria temporária e a inflação voltaria para a meta. Mas Reis observa que o desacordo entre os respondentes em coletas de expectativa de inflação de consumidores estava aumentando significativamente em 2021, com aumento do grupo que esperava inflação mais alta, mesmo quando a mediana estava quase parada. Em 2022, finalmente, a mediana começou a subir.

O terceiro fator foi um excesso de confiança dos BCs na sua própria credibilidade, que ajuda a manter a inflação na meta no longo prazo. Segundo Reis, novos métodos de análise financeira (utilizando opções) apontam que o preço que os participantes de mercado estavam dispostos a pagar para ter um "seguro" contra um "desastre" de inflação persistentemente alta subiu consistentemente nos Estados Unidos a partir de meados de 2021, e a partir de 2022 na zona do euro.

O quarto fator é ligado à taxa neutra de juros (que não estimula nem desestimula a demanda), que para os BCs teve tendência de queda nas últimas décadas, o que faz com que a autoridade monetária tenha um temor especial da combinação entre inflação muito baixo ou deflação e atividade anêmica. Isso porque a taxa neutra muito baixa reduz o poder de estímulo possível com taxas nominais positivas ou de zero (o chamado problema do "zero lower bound", ou limite inferior de zero).

Mas o economista português faz uma distinção entre rentabilidade dos títulos do governo (que é vista como uma referência da taxa neutra de juros) e o retorno do capital no setor privado que, ao contrário, se manteve constante nas últimas décadas. Ele detalha no trabalho uma complexa série de dilemas de política econômica que surge dessa defasagem, pondo em questão se foi apropriado um certo viés pró-inflação dos BCs nos últimos tempos, justamente pelo temor de uma inflação persistentementemuito baixa. Aqueles dilemas apontam inclusive, na intepretação do economista, na direção de políticas pelo lado da oferta, com foco nas razões para a perturbação na alocação de poupança refletida na defasagem entre a rentabilidade dos títulos do governo e o retorno do capital no setor privado.

Na conclusão, Reis escreve que, embora seja muito provável que os quatro fatores mencionados acima tenham tido um papel na "bobeada" dos BCs, será preciso pesquisa quantitativa no futuro para mostrar qual ou quais são mais relevantes.

Mas ele já faz quatro recomendações de política econômica: aceitar níveis mais baixos de atividade econômica real no futuro; agir de forma vigorosa e drástica no curto prazo em termos de alta de juros e reancoragem de expectativas inflacionárias; recolocar da forma mais sonora e convincente possível a primazia da estabilidade de preços como objetivo da política dos BCs; e reconsiderar para cima os custos da alta inflação, ao mesmo tempo em que se retoma o foco em políticas pelo lado da oferta agregada.

O Estado de S.Paulo - SP   21/12/2022

Na semana passada, o Federal Reserve (Fed) elevou os juros nos Estados Unidos em 0,50 ponto porcentual, revisou a projeção da taxa terminal do atual ciclo de aperto monetário (de 4,6% para 5,1%) e sinalizou que esse nível mais elevado deverá ser mantido ao longo de todo o ano de 2023.

Só que o mercado não comprou essa mensagem: os investidores estão apostando que o Fed vai, sim, começar a cortar a taxa básica a partir de novembro de 2023, quando o impacto do maior ciclo de alta de juros desde a década de 1980 provocar uma recessão, ainda que moderada.

No cabo de guerra entre o Fed e o mercado, há um fator crucial: a composição dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o equivalente ao Copom brasileiro. Dos 12 participantes com direito a voto no Fomc, oito têm assento permanente: sete membros do conselho do Fed e o presidente regional de Nova York. Os outros quatro votantes se alternam entre os restantes 11 presidentes regionais do Fed.

Para saber se em determinado ano o Fomc terá uma postura mais dura (“hawk”, ou falcão, na tradução em português do jargão do mercado financeiro) ou mais suave e tolerante (“dove”, ou pombo) nas suas decisões de política monetária, isto é, propenso a subir mais ou cortar menos os juros e vice-versa, os analistas classificam os membros do Fomc, em particular os quatro com mandatos rotativos, numa escala de quem é o mais falcão até o mais pombo, incluindo os que são vistos como neutros.

Neste ano, os quatro membros com mandatos rotativos no Fomc são os presidentes regionais de St. Louis (James Bullard), de Cleveland (Loretta Mester), de Boston (Susan Collins) e de Kansas City (Esther George). Bullard é considerado um dos falcões mais influentes do Fed. Mester e George também têm viés “hawk”. Só Collins é vista como neutra.

Em 2023, quatro novos membros rotativos terão direito a voto: os presidentes do Fed de Chicago (Austan Goolsbee, substituto de Charles Evans, que está se aposentando da instituição), de Dallas (Lorie Logan), de Filadélfia (Patrick Harker) e de Mineápolis (Neel Kashkari).

Desses, Kashkari era pombo e virou falcão feroz. Já Harker tem se mostrado preocupado com os efeitos de um aperto excessivo. E os outros dois são vistos como neutros, mas com viés “dove”.

Assim, o risco é de os falcões, que dominaram as decisões neste ano, darem lugar aos pombos, aumentando a chance de o Fed começar a cortar os juros no fim de 2023. Seria uma festa para os investidores em Bolsa e um forte estímulo à economia global.

Jornal de Brasília - DF   21/12/2022

Com a recusa de industriais consultados para assumir o comando do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se vê diante de uma encruzilhada. Quer um empresário para chefiar a pasta, mas barreiras legais impedem que eles continuem à frente de suas empresas.

Assessores do presidente afirmam que este foi o motivo que levou Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, a declinarem do convite. Se aceitassem, também haveria restrições para que retornassem às empresas após deixarem o cargo devido à exigência de quarentena (seis meses).

A ideia de Lula em torno de um empresário à frente da pasta se deve a uma de suas promessas feitas durante a campanha de conduzir um projeto de reindustrialização no país. Para isso, Lula quer um nome que transite bem entre o empresariado e, ao mesmo tempo, construa pontes com o Congresso para a definição de novas políticas para o setor.

Sem alguém do setor produtivo disposto a liderar esse processo no governo até o momento, Lula agora se inclina para o ex-senador Armando Monteiro -que chefiou o Mdic no governo Dilma Rousseff. Consultado, Monteiro negou ter recebido o convite e disse que sua possível indicação é “balão de ensaio”.

Entretanto, seu nome é bem visto por petistas do núcleo presidencial e empresários ligados à CNI (Confederação Nacional da Indústria) -todos afirmaram que Monteiro está em alta na bolsa de apostas.

Para conduzir a missão dada por Lula de reindustrializar o país, o futuro ministro contará em sua pasta com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e com a Apex, agência de promoção das exportações. Sob Jair Bolsonaro (PL), o setor sofreu com a redução de tarifas de importação em um momento de fragilidade advinda com a pandemia.

Muitos setores perderam mercado interno para importados. Na indústria petroquímica, por exemplo, o déficit na balança comercial deve passar de US$ 60 bilhões neste ano -mais que o dobro do que foi há quatro anos.

Até semana passada, havia incertezas sobre os rumos do Mdic. Muitos partidos demonstravam desinteresse na pasta, que, até aquele momento, ficaria sem o BNDES, a Apex e a Camex (Câmara de Comércio Exterior), hoje vinculados ao Ministério da Economia.

No entanto, somente a Camex ficará com a Fazenda, segundo relatos. BNDES e Apex serão deslocados para o Mdic, que, com essa configuração, voltou a se tornar atrativo.

Uma das restrições apontadas pelos empresários a Lula foi, justamente, o desconforto de- como possível ministro- definir políticas que seriam executadas pela Fazenda por meio do BNDES e da Camex.

Um banqueiro no BNDES Para a retomada, o BNDES terá papel fundamental. Sua tarefa será definir ferramentas financeiras (não somente linhas de crédito) que abram espaço para o investimento em parques industriais no país. Diante desse desafio, o futuro presidente do banco, Aloizio Mercadante, chamou Alexandre Abreu para fazer parte da diretoria da instituição.

O executivo, que já aceitou o convite, foi vice-presidente do Banco do Brasil e, mais recentemente, dirigiu o Banco Original. Atuou junto à Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nos últimos sete anos como representante dessas instituições.

Seu trânsito junto ao mercado financeiro levou Mercadante a convidá-lo. Uma das metas é aproximar o BNDES das instituições financeiras. Em conversa recente com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, Mercadante apresentou as principais diretrizes que pretende imprimir no comando da instituição de fomento.

Disse que não há mais espaço fiscal para a política de subsídios e que o BNDES não dará crédito para exportações nos mesmos moldes do passado. Segundo Sidney, a saída será por meio de funding privado (captação com instituições do mercado) e via Fundo Garantidor (que concederá aval para lastrear empréstimos). Ambas as ferramentas deverão mitigar risco de crédito.

Esses serão os pilares para a retomada da indústria e também para o fomento da descarbonização (políticas de redução de emissões de poluentes) e da transição energética e ecológica da economia. Abreu dividirá a diretoria do banco com Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, e com a ex-ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   21/12/2022

O atraso acrescenta alguma incerteza desnecessária para compradores de veículos elétricos

O Tesouro dos EUA está postergando, até março, uma lista de quais veículos elétricos (EVs) se qualificam para subsídios de compra. A lista anual geralmente sai em dezembro. O atraso acrescenta alguma incerteza desnecessária para compradores de veículos elétricos - e fabricantes de EV.

Os créditos fiscais de compra para compradores de veículos elétricos foram incluídos na Lei de Redução da Inflação recentemente aprovada nos EUA. Os créditos podem dar aos compradores até US$ 7,5 mil de desconto se o EV atender a certas condições.

O atraso pode mudar as vendas mês a mês em 2023 das montadoras. A Tesla está oferecendo aos compradores US$ 3,750 mil de desconto em alguns modelos de veículos que forem comprados até o final de dezembro. O incentivo é projetado para impedir que os compradores esperem até que a lista seja lançada.

O Internal Revenue Service, que administra a receita do governo, divulga a lista de quais carros se qualificam para quais subsídios. Uma divisão do Departamento do Tesouro, que administra os impostos, emite os comunicados à imprensa e implementa a lei.

Os fatores que influenciam a qualificação incluem onde o veículo é montado, onde as peças são fornecidas e o preço do veículo. Os veículos precisam ser montados nos Estados Unidos, e os sedãs, por exemplo, precisam custar menos de US$ 55 mil para obter o crédito total.

O ponto crítico para a lista de 2023 parece ser onde as peças são adquiridas. Para se qualificar para parte dos créditos, baterias e materiais de bateria não podem ser adquiridos de “entidades estrangeiras de interesse”. A quem isso se refere e o que exatamente isso significa ainda está sendo trabalhado pelas autoridades dos EUA. O departamento do IRS e do Tesouro não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

A qualificação de crédito fiscal “pode ter implicações significativas para alguns participantes da indústria automobilística”, escreveu o analista do RBC Joseph Spak em um relatório nesta terça-feira. Os créditos fiscais são importantes, mas ele não acredita que um pequeno atraso afetará a penetração de EVs nas vendas de carros novos.

Valor - SP   21/12/2022

O Brasil tem uma frota antiga de caminhões, o que pode dificultar a ampliação do uso de sistemas mais modernos de gerenciamento de carga

O Brasil tem uma frota antiga de caminhões, o que pode dificultar a ampliação do uso de sistemas mais modernos e tecnológicos de gerenciamento da frota. A Secretaria Nacional de Trânsito, do Ministério da Infraestrutura, informa que há mais de 3,5 milhões de caminhões em circulação no Brasil, sendo 26% com mais de 30 anos de fabricação. Entidades do setor de transportes estimam que a frota brasileira de caminhões é menor, de 2,27 milhões de veículos.

O governo brasileiro lançou, em 2019, o Renovar, programa de aumento da produtividade da frota rodoviária no país, cujo objetivo é tirar de circulação ônibus e caminhões no fim da vida útil. Recentemente aprovado pelo Senado, ele ainda não entrou em operação. O programa tem como meta “reduzir os custos da logística no país, aumentar a produtividade, a competitividade e a eficiência do transporte rodoviário”, além de contribuir para a diminuição dos níveis de emissão de poluentes.

A plataforma de operação será a Agência Brasileira de Desenvolvimento, Industrial (ABDI), mas o programa ainda não foi regulamentado e não há nada ainda em andamento, segundo a assessoria de imprensa do órgão. Enquanto o Renovar não sai do papel, bancos públicos oferecem financiamento para a compra de caminhões, com linhas especiais para incentivar a descarbonização. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oferece o BNDES Finame Baixo Carbono para a compra de caminhões elétricos, híbridos e movidos a biocombustíveis.

Na Feira Nacional de Transportes, que ocorreu no início de novembro, os negócios somaram R$ 9 bilhões. A troca de informações sobre produtos, caminhões e equipamentos, adaptados aos tempos atuais de redução do nível de CO2 no planeta dominaram as conversa e anúncios, o que incluiu veículos autônomos, elétricos e a gás. Luiz Carlos Moraes, atual vice-presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), aponta que parte significativa da frota brasileira ainda é composta por caminhões movidos a tecnologias antigas, mais poluentes e boa parte deles é carente de manutenção. Como exemplo, ele cita o maior porto do Brasil, o de Santos, onde rodam “caminhões com 40 anos de idade”, a Central de Abastecimento de São Paulo, o Ceagesp, onde circulam “unidades com 30 anos”.

A Anfavea, de acordo com ele, está a postos para colaborar com a regulamentação e implementação do Renovar. Em recente entrevista em reunião na entidade, Glenda Lustosa, secretária de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços do Ministério da Economia, lembrou que caminhoneiros com veículos com mais de 30 anos terão vantagens ao aderir ao programa quando ele estiver em vigor. Segundo ela, um caminhão de 30 anos tem custo operacional 15% maior que um de dez anos de uso.

Valor - SP   21/12/2022

As tecnologias vão muito além de dispositivos que permitem a localização dos veículos em tempo real

As principais montadoras de caminhões do país estão investindo recursos vultosos em sustentabilidade e no desenvolvimento de dispositivos e soluções para aumentar o nível de conectividade entre responsáveis por frotas e seus veículos pesados. As tecnologias se complementam e vão muito além de dispositivos que permitem a localização dos veículos em tempo real. Há coleta e análise de dados dos caminhões e também da condução pelo motorista. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a redução de emissões e operações mais produtivas estão entre os principais objetivos dos ciclos atuais de investimento. “A digitalização e a conectividade são fundamentais para a eficiência do transporte e a sua sustentabilidade”, diz Gustavo Bonini, vice-presidente da entidade.

Com foco em eficiência energética e conectividade, a Scania investiu R$ 2,6 bilhões entre 2016 e 2020 no lançamento de uma nova geração de caminhões, modernização de sua fábrica, lançamento de uma linha a gás e na preparação de produtos para a nova lei de emissões Proconve -8/Euro VI, que exige que veículos com motores diesel combinem sistemas de redução de poluentes. Para 2021 a 2024, o investimento da Scania no país é estimado em R$ 1,4 bilhão.

“Os caminhões da nova geração vendidos no país alcançaram a marca de 1 milhão de toneladas de CO2 não emitidas nos últimos três anos, fruto da economia desses veículos e do desempenho dos motoristas acompanhado pelos pacotes de conectividade da Scania”, informa Alex Nucci, diretor de vendas de soluções de transporte da montadora.

Entre 2024 e 2025, caminhões elétricos que vem sendo comercializados na Europa podem chegar ao Brasil. Dependerá, contudo, da maturidade do mercado nacional. Outra aposta são veículos autônomos, também em teste na Europa.

Para a conectividade, a montadora desenvolveu a Ferramenta de Inteligência de Frotas (FIT), com a qual é possível mensurar o potencial de economia no consumo de combustível levando em conta até o preço do diesel, além de avaliar a situação atual de cada veículo. “A FIT funciona com base nos dados operacionais de milhares de veículos conectados da marca, mede o desempenho da frota e o compara a dados de operações similares para avaliar, por exemplo, o estilo de condução”, diz Nucci.

A Volvo é outra montadora cujos sistemas não oferecem apenas dados de condução e parâmetros de consumo de seus caminhões, mas também informações sobre a variação de nível de combustível, velocidade máxima e média, rotação de marcha, faixa econômica, média de consumo de combustível, tempo de uso do piloto automático e acompanhamento do histórico de manutenção do veículo, além do monitoramento de sua localização em tempo real.

“O acesso pode ser feito de qualquer smartphone ou computador, sem qualquer tipo de interface ou adaptação no veículo, já que se trata de uma tecnologia de fábrica”, explica Carlos Banzzatto, gerente executivo de serviços da Volvo. Segundo ele, mais de 100 mil caminhões da Volvo em circulação na América Latina estão conectados.

A marca também está em uma jornada de descarbonização, informa o executivo. “Até 2030, a Volvo tem como meta reduzir em 50% as emissões de gases de efeito-estufa de seus caminhões e em 100% até 2040. No Brasil, acabamos de lançar as novas linhas de caminhões para atender a nova regulamentação Euro VI/Proconve-8, com importante redução nas emissões”, diz Banzzatto.

A Volvo, informa, apresentou em novembro no país o caminhão 100% elétrico, com zero emissões, para operações de distribuição urbana e regional de até 300 km. Ainda sem data para comercialização no Brasil, o modelo iniciará testes de operação no país em 2023. “Na Europa, a Volvo oferece caminhões elétricos desde 2019, sendo líder de mercado nessa tecnologia”, diz Banzatto.

“A descarbonização, bandeira da Anfavea e do setor automotivo, em especial de veículos pesados, tem como meta reduzir o consumo de combustível, usar cada vez mais combustíveis renováveis e eletrificação, além de telemetria e a gestão de frotas”, diz Bonini, da Anfavea.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   21/12/2022

Que será responsável pela gestão, operação, manutenção e expansão da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips). A Fips terá que investir cerca de R$ 890 milhões e administrará o ativo por 35 anos.

A Santos Port Authority (SPA), estatal responsável pela infraestrutura pública do Porto de Santos, e as empresas Ferrovia Centro Atlântica S/A (VLI), MRS Logística S/A e Rumo S.A., assinaram no dia 16 de dezembro (sexta-feira), em cerimônia formal realizada no Ministério da Infraestrutura, em Brasília, o contrato para a gestão da malha ferroviária do Porto, pelos próximos 35 anos.

— O contrato agora firmado garante os investimentos necessários para dar vazão, com eficiência, à movimentação de cargas por ferrovia no Porto de Santos, cuja projeção é dobrar no prazo de cinco a dez anos —afirma o presidente da SPA, Fernando Biral.

A nova Cessionária, que será formada pelas três principais concessionárias ferroviárias do país, será responsável pela gestão, operação, manutenção e expansão do da infraestrutura ferroviária que atende o Porto de Santos e terá de realizar investimentos da ordem de R$ 891 milhões, no prazo máximo de cinco anos, para ampliar a capacidade ferroviária do complexo portuário, que está próxima da saturação.

A capacidade atual é de 50 milhões de toneladas por ano, com 94% de utilização, sendo imprescindível sua expansão imediata, que de acordo com os projetos conceituais estabelecidos no modelo, resultará em uma capacidade de 115 milhões de toneladas por ano.

As obras devem começar como ato contínuo à aprovação dos projetos executivos, sendo as principais intervenções:

. Pátio ferroviário entre o canal 4 e a Ponta da Praia, dotado de 3 vias férreas para atendimento aos terminais de celulose;

. Viadutos para eliminação de passagem de nível na região do canal 4 - Marinha;

. Passarelas de pedestres entre o canal 4 e Ponta da Praia;

. Pêra ferroviária, dois viadutos e passarela de pedestres na região de Outeirinhos;

. Novo viário da 2ª entrada da margem direita do Porto de Santos, no Saboó.

A Fips será gerida por uma Associação, em que as empresas ferroviárias integrantes da cessionária realizarão uma gestão cooperativa baseada em autorregulação administrativa e operacional, na qual compartilharão custos e sem finalidade lucrativa. Ao longo de toda a vigência contratual a cessionária realizará, bianualmente, chamamentos públicos, de forma a garantir o ingresso de novos associados.

PETROLÍFERO

IstoÉ Dinheiro - SP   21/12/2022

As importações chinesas de petróleo bruto da Rússia aumentaram 17% em novembro em relação ao ano anterior, com as refinarias da China correndo para garantir mais cargas, antes de um teto de preço imposto pelo Grupo dos Sete países (G7) em 5 de dezembro.

O salto fez da Rússia o principal fornecedor de petróleo para a China, à frente da Arábia Saudita.

As chegadas de petróleo russo, incluindo petróleo bombeado pelo oleoduto da Sibéria Oriental no Oceano Pacífico e embarques marítimos dos portos europeus e do Extremo Oriente da Rússia, totalizaram 7,81 milhões de toneladas no mês passado, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas nesta terça-feira.

Isso equivale a 1,9 milhão de barris por dia (bpd), ante 1,82 milhão de bpd em outubro e 1,63 milhão de toneladas no mesmo período do ano passado.

A partir de 5 de dezembro, a União Europeia proibiu as importações de petróleo bruto russo e os países do G7 introduziram um teto de 60 dólares o barril para o petróleo russo em uma tentativa de limitar a capacidade de Moscou de financiar a guerra na Ucrânia.

Grandes descontos no petróleo bruto russo, no entanto, ainda atraíram compradores chineses em novembro, especialmente as refinarias independentes no centro de refino de petróleo de Shandong, embora algumas refinarias estatais tenham começado a reduzir as compras devido a preocupações com as sanções ocidentais a Moscou.

As importações pela China da Arábia Saudita totalizaram 6,62 milhões de toneladas em novembro, ou 1,61 milhão de bpd, queda de 11% em relação ao ano anterior.

Os analistas esperavam que a participação de mercado da Arábia Saudita na China permanecesse firme ou até aumentasse no futuro, depois que o presidente da China, Xi Jinping, prometeu fazer mais acordos de energia com o maior exportador de petróleo do mundo.

Os embarques de petróleo bruto dos Estados Unidos para a China atingiram 1,05 milhão de toneladas ano em novembro, o nível mais alto desde janeiro, com os compradores aproveitando os lucros consideráveis de arbitragem após o aumento da produção de óleo de xisto e vendas de reservas nos EUA.

O Petróleo - SP   21/12/2022

No sábado, o governo Biden emitiu uma licença autorizando a Chevron a retomar a produção de petróleo na Venezuela por seis meses.

administração do presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu uma licença autorizando a Chevron a retomar as operações limitadas de extração de petróleo na Venezuela.

A licença, emitida no sábado , restringe a Petroleos de Venezuela (PdVSA) de lucrar com as vendas de petróleo da empresa americana de energia Chevron . A licença permite que as joint ventures da Chevron operem na Venezuela e não autoriza qualquer outro envolvimento com a PdVSA. Outras sanções e restrições impostas pelos EUA à Venezuela permanecem em vigor.

De acordo com a Licença Geral 41 do Departamento do Tesouro dos EUA ( USDT ), a Chevron obteve permissão de seis meses do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC). Isso permite que a empresa produza petróleo bruto e derivados de petróleo em seus projetos na Venezuela. A empresa pode manter e reparar campos de petróleo lá mesmo que nenhuma nova perfuração seja permitida.

“A decisão da OFAC traz mais transparência ao setor petrolífero venezuelano. A emissão da Licença Geral nº 41 significa que a Chevron agora pode comercializar o petróleo que está sendo produzido atualmente a partir dos ativos da joint venture da empresa”, disse um representante da Chevron à Bloomberg News .

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O governo Trump impôs sanções contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro Moros em 2019 por roubar bens e recursos naturais da Venezuela. A Chevron nesta época só tinha permissão para manter seus ativos na Venezuela e não exportar petróleo ou expandir operações.

De acordo com um alto funcionário do governo dos EUA que informou a repórteres no sábado, a licença de seis meses estará aberta a mudanças se “o regime de Maduro não negociar de boa fé ou cumprir seus compromissos”.

O Washington Post informou que um alto funcionário do governo dos EUA negou as alegações de que o governo estava tomando medidas para reduzir os altos preços da energia devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Permitir que a Chevron comece a retirar petróleo da Venezuela não é algo que vai impactar os preços internacionais do petróleo. Isso é realmente sobre a Venezuela e o processo venezuelano”, disse o funcionário, acrescentando que os EUA “[apoiam] uma resolução pacífica e negociada para a crise política, humanitária e econômica”.

A decisão de autorizar a Chevron a retomar os embarques da América do Sul ocorre antes do prazo de 5 de dezembro para aumentar as sanções contra a Rússia. De acordo com notícias do Politico , o G-7 e a União Europeia consideraram restringir as exportações russas de petróleo e impor um teto de preço nas vendas de petróleo.

Infomoney - SP   21/12/2022

O novo mercado do gás começa a produzir seus primeiros efeitos no faturamento das petroleiras de menor porte da Bolsa.

Sancionada pelo governo federal em abril de 2021, a legislação que rege o novo mercado do gás natural tem como objetivo ampliar a concorrência em um mercado que antes era monopolizado pela Petrobras. Uma mudança que merece destaque foi a possibilidade de as empresas privadas negociarem o gás diretamente com os compradores sem o intermédio da estatal, o que fez diminuir o spread da operação.

Com isso, a PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3), conhecidas como “junior oils” – apelidadas assim por conta da diferença diante da gigante Petrobras (PETR3; PETR4), apresentaram um crescimento no faturamento até o terceiro trimestre do ano.

Mas se, por um lado, o novo mercado pode ajudar a ampliar o faturamento dessas companhias, por outro, as necessidades de investimentos de R$ 138 bilhões e o aumento na demanda são grandes desafios para as companhias.
Receita em expansão

No caso da PetroReconcavo, que opera campos maduros desinvestidos pela Petrobras, a mudança regulatória ajudou a companhia a ampliar em 15,8 vezes sua receita com a venda de gás e seus subprodutos, de R$ 69,4 milhões para R$ 1,1 bilhão. Com isso, a participação do gás no faturamento saiu de 6,85% em 2021 para 35% neste ano.

“O novo mercado otimizou nosso operacional e nos deu competitividade. Hoje, conseguimos baratear o valor cobrado dos nossos consumidores com uma margem maior”, afirma João Moreira, diretor de regulação e novos negócios da empresa.

Contudo, não foi apenas o novo mercado do gás que garantiu a expansão de receita da PetroReconcavo: a compra do Polo Miranga, na Bahia, no fim de 2021, somada a outros investimentos nos campos em que já operava, fez a produção diária de gás sair de cerca de 500 mil m³ por dia em 2021 para 1,5 milhão de m³ diários em 2022.

Também a despeito do crescimento expressivo, a empresa é apenas a quarta maior produtora de gás natural do país, atrás de Petrobras (136 milhões de m³ por dia), Eneva (4,1 milhões de m³ por dia) e TotalEnergies (2,4 milhões de m³ por dia), segundo relatório mais recente da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural (ANP).

No caso da 3R Petroleum, que produz 1,12 milhão de m³ por dia, a receita líquida obtida na operação de gás natural subiu 15 vezes na comparação anual ao final de setembro, chegando R$ 116,2 milhões, ou 23,1% da receita total da companhia. Já a Prio (PRIO3), que produz cerca de 415 mil m³ por dia, não divulga o faturamento específico da sua operação de gás.
Nova demanda

Desde a sanção da nova lei, a PetroReconcavo anunciou nove contratos de fornecimento de gás natual. Galp, Bahiagás, Potigás, PBGás, Cegás, TAG e Unigel deverão garantir a demanda do produto para a companhia ao longo de 2023.

Embora a PetroReconcavo não divulgue os valores dos contratos, ela afirma que não são atrelados ao brent do petróleo – como ocorre em alguns casos –, evitando assim que a remuneração esteja sujeita às volatilidades de mercado.

“Cerca de 70% da nossa produção diária está contratada e ancorada a índices inflacionários, e isso nos dá uma boa previsibilidade. Ademais, conseguimos utilizar o excedente para operações pontuais”, diz Moreira, que destaca ainda que as reservas da companhia podem entregar até 2,5 milhões de m³ por dia, caso a empresa decida produzir em capacidade máxima.

Essa ‘renda extra’ obtida com o negócio de gás dá mais vigor à saúde financeira da empresa, prossegue João Moreira. Isso porque diminui a necessidade de alavancagem da companhia para expandir sua operação de petróleo, que é mais lucrativa, mas também demanda mais investimentos.

“Cria-se um círculo virtuoso para a companhia e aumenta nosso interesse por novos projetos. O petróleo é o negócio mais importante, mas já é possível dizer que o gás está se aproximando”, reforça o executivo. No trimestre encerrado em setembro, a PetroReconcavo registrou caixa líquido positivo em R$ 84,1 milhões, o que indica que a empresa não está alavancada financeiramente.

Dentre os novos projetos no radar da empresa, está a compra do Polo Bahia Terra junto à Petrobras. Um consórcio formado pela PetroReconcavo com a Eneva fez a melhor oferta no leilão de venda em maio, mas o negócio foi paralisado na Justiça. Em novembro, a Petrobras derrubou a liminar, mas na última semana, a estatal anunciou ao mercado que a ANP determinou a interdição dos 37 instalações do Polo Bahia Terra, gerando um novo impasse ao negócio. A PetroReconcavo diz que segue acompanhando a situação.
Desafios

Apesar de os números indicarem um cenário positivo, o mercado privado de gás ainda é incipiente. A maior oferta advém da Petrobras e dos campos do pré-sal, onde a estatal é a principal operadora.

Ademais, a demanda ainda é considerada inconstante pelos agentes de mercado. Prova disso é que, dos 148,7 milhões de m³ produzidos diariamente em outubro deste ano, pelo menos metade foi reinjetada nos poços – parte dessa injeção é necessária para a extração do petróleo, mas uma parcela disso, contudo, poderia ser vendida ao mercado.

Esse cenário pode mudar com a nova legislação. Segundo estimativas de um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao governo federal, o novo mercado do gás pode gerar uma demanda extra de 66 milhões de m³ por dia até 2031, jogando a necessidade do país para 239 milhões de m³ diários ante uma oferta de 273 m³ por dia.
Investimentos necessários

Para tanto, algumas iniciativas que façam crescer a demanda precisam ser implementadas. No documento, os técnicos estimam que novas unidades de fertilizantes nitrogenados (que teriam potencial de reduzir a importação de fertilizantes pelo Brasil) e novas plantas de produção de metanol (que poderiam ofertar aumento na produção de biodiesel), poderiam gerar uma demanda adicional de 22 milhões de m³ por dia em 2031.

A EPE prevê ainda que o novo mercado do gás demandará investimentos de R$ 137,9 bilhões em 57 novos projetos de infraestrutura, tratamento e escoamento de gás no país até 2031. “As discussões trazidas pelo Programa ‘Novo Mercado de Gás’ configuram um cenário otimista com relação ao aumento do aproveitamento deste insumo”, reforçou o estudo.

AGRÍCOLA

Página Rural - RS   21/12/2022

A Agco, líder mundial na concepção, fabricação e distribuição de equipamentos e soluções agrícolas, apresenta a nova linha de motores Core, desenvolvida pela Agco Power, sua marca global de motores, resultado de investimento de 50 milhões de euros (R$ 174 milhões).

Os propulsores à diesel foram projetados para serem compatíveis, no futuro, com combustíveis alternativos, como hidrogênio, etanol, metanol e biogás, buscando a redução das emissões de gases de efeito estufa.

"Com pequenas mudanças, a plataforma dos motores Core permitirá aplicações híbridas elétricas, com excelente desempenho ", explica Fernando Silva, coordenador comercial Agco Power. O novo propulsor também é compatível com HVO renováveis, conhecidos como “diesel verde” e produzidos a partir de óleos vegetais hidratados.

Os motores serão fabricados em Linnavuori, na Finlândia, e comercializados inicialmente no mercado europeu, nos tratores Fendt 700 Vario Gen7. O primeiro propulsor é o Core75, que possui características que garantem versatilidade na potência e um sistema avançado de controle de emissões. Além disso, oferece excelente torque em baixas velocidades, permitindo economia de combustível, bem como menor nível de ruído. O design inovador resulta em benefícios adicionais, como melhor raio de giro, maior distância ao solo e fácil manutenção. Ainda não há previsão para a chegada dos novos motores ao Brasil.

A Agco Power fabrica motores agrícolas para as marcas Fendt, Massey Ferguson e Valtra. Suas operações no Brasil tiveram início em 1993, em Mogi das Cruzes (SP). Desde então, já foram fabricadas 297 mil unidades. Todas as linhas estão em conformidade com o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores para Máquinas Agrícolas e Rodoviárias (Proconve Mar-1), com redução da emissão de poluentes em até 90%. No caso do óxido de nitrogênio (NOx), a redução é de 75% e, em material particulado, 85%, segundo a Anfavea.

A Agco tem investido continuamente no desenvolvimento de novos produtos, tecnologias inovadoras e aumento das capacidades de produção. Hoje, fabrica motores a diesel de 3, 4, 6 e 7 cilindros em quatro fábricas, em Linnavuori (Finlândia), Changzhou (China), Mogi das Cruzes (Brasil) e General Rodriguez (Argentina), com o volume de produção de 80 mil motores por ano.

Sobre a Agco:

A Agco (Nyse: Agco) é líder mundial em concepção, fabricação e distribuição de máquinas agrícolas e tecnologia para agricultura de precisão. A Agco entrega valor aos clientes por meio de seu portfolio diferenciado que inclui marcas como Challenger® , Fendt® , GSI® , Massey Ferguson® , Precision Planting® e Valtra® . Impulsionada por soluções agrícolas inteligentes da Fuse® , a linha completa de equipamentos e serviços Agco ajuda agricultores a alimentar nosso mundo de forma sustentável. Fundada em 1990 e sediada em Duluth, Geórgia, EUA, a Agco registrou receita líquida de vendas de aproximadamente US$ 11,1 bilhões em 2021.

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