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21 de Julho de 2023

INDA

Investing - SP   21/07/2023

Dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), divulgados nesta quinta-feira, 20, mostram que as vendas de aços planos em junho contabilizaram 284,6 mil toneladas, o que representa uma queda de 6% ante o mesmo período do ano anterior.

A entidade destaca ainda que as importações de aço encerraram o mês de junho com 201,3 mil toneladas, uma forte alta na comparação anual, de 74,9%. Frente ao mês imediatamente anterior, o aumento é de 5,7%.

Quanto ao consumo, as compras do mercado brasileiro para o aço registraram queda em junho de 7% na comparação anual, em 293,5 mil toneladas. Comparado com maio, a redução é de 17,2%.

Os estoques de aço em junho atingiram o montante de 850 mil toneladas, o que representa uma alta de 1,1% ante maio. O giro de estoque fechou em 3 meses.
Previsões

O presidente-executivo do Inda, Carlos Jorge Loureiro, afirmou que espera um crescimento de 3% em julho ante junho para as vendas de aço. Mas o cenário para o segundo semestre é negativo.

A expectativa do Inda para o ano de 2023 é que ocorra uma redução nas vendas para todo o ano de 2023, na faixa de 1,5% a 2%, o que representaria em termos de volume um total de 3,69 milhões de toneladas de aço vendidas no País.

Loureiro afirmou ainda que vê uma tendência de queda nos preços da bobina laminada de aço em todo o mundo. Na China, a tonelada do produto está na faixa de US$ 449, enquanto nos Estados Unidos o material é comercializado a US$ 1.008.

A avaliação de Loureiro é que o mercado consumidor de aço enfrenta um momento desafiador em perspectiva global.

Diário do Comércio - MG   21/07/2023

A demanda retraída e o aumento expressivo das importações de aços planos – que cresceram 74,9% em junho frente a igual mês do ano passado – fizeram com que as vendas das distribuidoras associadas ao Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) despencassem no sexto mês do ano. No período, foram 284,5 mil toneladas comercializadas, uma queda de 14% frente a maio e de 6% na comparação com junho de 2022.

Com o resultado, as vendas das associadas encerraram o primeiro semestre com retração de 0,4% e comercialização de 1,89 milhão de toneladas.

Diante dos resultados negativos e de perspectivas pessimistas para os próximos meses, a tendência nas vendas – que antes tendiam a crescer até 2% no ano – foi revisada e é esperada retração de 1,5% a 2% em 2023.

“Em junho, a grande surpresa foram as vendas, que na segunda quinzena foram bem piores do que imaginamos. A nossa sondagem, feita por volta do dia 15, apostava para uma queda de 3%, mas a retração foi muito forte, chegando a 14%. Esta redução está em linha com que está acontecendo com a indústria”, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro.

Em relação ao primeiro semestre, o resultado também foi negativo, com retração nas vendas de 0,4%. Até o acumulado do quinto mês do ano, as vendas ainda estavam positivas, com pequena alta de 0,7%.

Nos últimos 12 meses, as vendas do setor ainda acumulam uma alta de 4,5% e um volume de 3,7 milhões de toneladas, porém, para o fechamento de 2023, a tendência é de resultado negativo.

“A possibilidade de encerrar o ano com um dígito baixo de crescimento, ela praticamente, se esvaiu. Agora, ao invés de aumento, que seria de 1,5% a 2%, teremos uma queda de dígito baixo, algo em torno de 1,5% a 2%”.

Para julho, a perspectiva é de alta de 3% nas vendas e compras. “A gente está apontando para uma alta de 3%, embora, esse sentimento do associado em relação a uma melhora no final do mês não tem se confirmado. Estes 3%, ao meu ver, podem nos dar, novamente, uma surpresa, com o setor não conseguindo essa performance”.

Quanto às compras, em junho, foi verificada queda de 17,2% na comparação com maio, chegando a um volume total de 293,5 mil toneladas contra 354,5 mil. Frente a junho do ano passado, quando as empresas do setor adquiriram 315,7 mil toneladas, a queda foi de 7%.

De janeiro a junho, as compras somaram 1,92 milhão de toneladas, superando em 2,5% o resultado de igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses a elevação ficou em 6,1%.

Com as vendas menores que as compras, em número absoluto, o estoque de junho ficou 1,1% maior em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 850 mil toneladas contra 841 mil. O giro de estoque fechou em três meses.

“O estoque de três meses é um número forte, já dentro da média. As distribuidoras precisam ficar atentas porque um estoque acima de três meses de vendas com a perspectiva muito insegura de preços e alta volatilidade é algo que não nos convém”.

O desempenho negativo das distribuidoras, além da influência de baixa demanda, também tem sido afetado pelo aumento das importações, estimuladas pelo dólar mais barato e o prêmio, que está em 30%.

Conforme o Inda, as importações encerraram o mês de junho com alta de 5,7% em relação ao mês anterior, com volume total de 201,3 mil toneladas contra 190,4 mil. Frente ao mesmo mês do ano anterior, quando as importações somaram 115,1 mil toneladas, elas registraram alta de 74,9%.

De janeiro a junho, as importações de aços planos aumentaram 29,4%, com o ingresso de 1,05 milhão de toneladas no mercado interno.

“As importações estão crescendo bastante e pressionando todo o setor, as usinas e, consequentemente, os distribuidores do Inda que trabalham fortemente com abastecimento das usinas nacionais. Na medida que as usinas são pressionadas pela importação, se abre um espaço grande para os distribuidores não associados ao Inda, que são basicamente, importadores. Essa é a razão da nossa queda”.

Segundo Loureiro, atualmente, o aço vindo do exterior está 30% mais barato que o produzido no País, o nível que desestimularia as importações fica próximo a 10%.

Quanto aos preços, a perspectiva é de queda ao longo dos próximos meses, por enquanto, mesmo com o mercado abastecido, as usinas têm evitado conceder novos descontos.

“Estamos vendo uma resistência interna grande por parte das usinas em conceder descontos adicionais. Em maio, o aumento, que havia sido aplicado em abril, foi suspenso, e as usinas seguem resistindo em fazer novos descontos. A situação de

de excesso de capacidade, as usinas voltando a operar após manutenções, com isso, não há falta de abastecimento. Daqui para frente, vemos um mercado abastecido, usinas operando normalmente e uma pressão grande do prêmio de importação, que está grande, ao redor de 30%. Por isso, poderá haver nova concessão de desconto por parte das usinas”, disse.

Broadcast - SP   21/07/2023

O presidente-executivo do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Jorge Loureiro, afirmou que espera um crescimento de 3% em julho ante junho para as vendas de aço. O porta-voz disse, no entanto, que o cenário para o segundo semestre é negativo.

A expectativa do Inda para o ano de 2023 é que ocorra uma redução nas vendas para todo o ano de 2023, na faixa de 1,5% a 2%, o que representaria em termos de volume um total de 3,69 milhões de toneladas de aço vendidas no País.

Loureiro afirmou ainda que vê uma tendência de queda nos preços da bobina laminada de aço em todo o mundo. Na China, a tonelada do produto está na faixa de US$ 449, enquanto nos Estados Unidos o material é comercializado a US$ 1008.

A avaliação de Loureiro é que o mercado consumidor de aço enfrenta um momento desafiador em perspectiva global.

SIDERURGIA

Valor - SP   21/07/2023

O uso de gás natural será eventualmente eliminado na Steel Europe, da Thyssenkrupp, e, até 2037, a usina será alimentada apenas por hidrogênio renovável.

A Thyssenkrupp e a ArcelorMittal receberão um auxílio estatal da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), no valor combinado de 2,85 bilhões de euros (US$ 3,19 bilhões) para descarbonizar suas operações.

A comissão aprovou um auxílio até 550 milhões de euros para o negócio Steel Europe da Thyssenkrupp, bem como um mecanismo de pagamento condicional de até 1,45 bilhão de euros para a siderúrgica alemã.

O auxílio irá para a construção e instalação de uma usina de redução direta e duas unidades de fundição em Duisburg, que substituirão um alto-forno existente. O uso de gás natural será eventualmente eliminado e, até 2037, a usina será alimentada apenas por hidrogênio renovável, segundo a comissão.

O mecanismo de pagamento alemão, cobrindo os primeiros 10 anos de operação da nova usina, cobrirá os custos adicionais de aquisição e uso de hidrogênio renovável. As instalações devem começar a operar em 2026, disse a comissão.

Enquanto isso, a comissão disse separadamente que aprovou um auxílio de 850 milhões de euros para apoiar a ArcelorMittal. Os fundos irão para a construção de uma planta de redução direta e dois fornos de arco elétrico em Dunquerque.

As novas instalações substituirão dois dos três altos-fornos existentes da empresa e dois dos três fornos básicos de oxigênio no local. Como na Alemanha, o uso inicial de gás natural será eliminado gradualmente e substituído por hidrogênio, biogás e eletricidade renováveis ou de baixo carbono, disse a comissão.

Os recursos para o projeto da ArcelorMittal serão alocados em quatro parcelas durante a construção, planejada entre 2023 e 2026. As instalações combinadas estão previstas para entrar em operação em 2026, disse a comissão.

ECONOMIA

Infomoney - SP   21/07/2023

O Ministério da Fazenda reduziu sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 e 2024. De acordo com os novos parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para 2023 caiu de 5,58% para 4,85%, muito próximo do teto da meta no ano – que é de 4,75%. Segundo o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, houve “aumento expressivo das chances do IPCA terminar dentro da banda superior da meta de inflação”.

Para 2024, a projeção de IPCA caiu de 3,63% para 3,30%. A meta de inflação do ano que vem é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. O último boletim da SPE havia sido divulgado em maio. Também foram divulgadas novas projeções para o PIB.

No documento, a SPE argumenta que a revisão na projeção para a inflação oficial neste ano foi motivada, sobretudo, pelas “surpresas positivas” com a divulgação do IPCA de abril (0,61%) e maio (0,23%). Eles citaram como pontos relevantes o reajuste autorizado para plano de saúde, que foi levemente inferior ao projetado e a redução nos preços dos combustíveis (gasolina, diesel e gás) nas refinarias, além de revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e dos ônibus urbanos.

Em relação a 2024, a explicação dada pela SPE para a redução da projeção reflete mudanças no cenário externo, como o câmbio e o preço de commodities, além de menores reajustes previstos para preços monitorados.

Após a deflação de 0,08% no IPCA de junho, a expectativa inflacionária para 2023 ficou estável em 4,95% no Boletim Focus divulgado nesta semana. Um mês antes, a mediana era de 5,12%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção continuou em 3,92%. Há um mês, era de 4,00%. O Ministério da Fazenda destacou a mudança no regime de meta de inflação (para meta contínua, a partir de 2026) como um fator que também deve ajudar para a convergência das expectativas de inflação para este ano.
Salário mínimo

A Fazenda também reduziu a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – utilizado para a correção do salário mínimo. De acordo com a pasta, a estimativa para a alta do indicador neste ano recuou de 5,34% para 4,48%. Para 2024, a projeção foi revisada de 3,44% para 3,01%. Já a estimativa para o IGP-DI em 2023 foi reduzida de 2,06% para -2,21%. Para o próximo ano, a projeção caiu de 3,78% para 3,63%.

O Estado de S.Paulo - SP   21/07/2023

O mundo enfrentando forte onda de calor é sinal de que as soluções para as mudanças climáticas precisam ser globais, da mesma forma como foi global a resposta sanitária dos governos a pandemia

Foram apressados demais aqueles que apostaram no fim iminente da globalização, quando a pandemia de covid-19 desorganizou e paralisou os canais de produção e distribuição ao redor do mundo.

De fato, os navios foram retidos nos portos, porque as tripulações tiveram de permanecer confinadas; matérias-primas, produtos intermediários e mercadorias finais não chegaram aonde tinham de chegar; viagens por terra, mar e ar tiveram de ser interrompidas.

Com isso, ficou truncada uma instituição essencial da globalização econômica, o sistema just in time, que prevê o encaminhamento de chips e peças às linhas de produção dentro de um cronograma preciso, de modo a reduzir os custos com estocagem de produtos intermediários e de bens finais e a dispensar mais máquinas e equipamentos.

“A globalização atrapalha”, ou então, “a globalização tem de ser desmontada”, afirmaram muitos. Governos e grandes empresas tiveram de determinar a recomposição de estoques ou de garantir abastecimento em outras fontes, ainda que a custos mais altos. Foi o principal fator que puxou para cima a inflação global e obrigou os bancos centrais a elevar os juros. Por conta disso, alguns governos rejeitaram o livre-comércio e se voltaram para o protecionismo.

E, no entanto, tanto a pandemia foi global como foi global a resposta sanitária dos governos a ela. Os procedimentos e as vacinas para o combate à covid-19 foram universais. E, uma vez vencida a pandemia, os antigos canais globais de produção e distribuição ao redor do mundo voltaram a ser restabelecidos.

E há, agora, o que todos os dias mostram a TV e os jornais. O Hemisfério Norte está entregue a ondas insuportáveis de calor. Como adverte o New York Times, três continentes vêm ardendo a temperaturas ambientes entre 40° C e 50° C – e tem ainda o sufoco produzido pela sensação térmica adversa. Este é outro fenômeno global. Ele avisa que a crise ambiental só pode ser combatida com ações globais.

Depois de ter permitido que a atmosfera se tornasse a chaminé do mundo; de que as florestas fossem derrubadas a machado, motosserra e fogo; e de que os rios e o mar fossem usados como ralo do mundo – não sobra opção à humanidade a não ser assumir sentido de urgência, antecipar os cronogramas de transição energética e derrubar as emissões de carbono.

As respostas não se limitam a isso. As autoridades já começam a martelar que não basta que os produtos sejam ambientalmente limpos. Passa a ser exigido que os processos de produção não poluam o ambiente. Não basta que uma roupa seja biodegradável, mas que o algodão que a fabricou não seja produzido com agrotóxicos ou com queima de florestas e que toda a sua cadeia de produção também seja limpa e sustentável.

Cada vez mais o tema ganha prioridade nas reuniões do G-7, do G-20 e em outras conferências internacionais.

Mais do que antes, as respostas são de mais globalização, e não menos.

CNN Brasil - SP   21/07/2023

O governo da China emitiu um documento na noite da última quarta-feira (19) detalhando uma lista de medidas destinadas a tornar as empresas privadas “maiores, melhores e mais fortes”.

A declaração vem apenas alguns dias depois de uma série de dados econômicos mostrarem que o crescimento da economia chinesa havia desacelerado.

“O setor privado é uma nova força para promover a modernização ao estilo chinês, uma base importante para o desenvolvimento de alta qualidade e uma força importante para promover a China como uma potência socialista moderna”, afirma o documento.

As medidas incluem promessas de derrubar barreiras de acesso ao mercado para empresas privadas, de “implementar totalmente” um sistema de concorrência justa e de fortalecer a aplicação das leis antimonopólio.

O documento é o mais recente sinal do recente movimento pró-iniciativa privada do país, que começou no final do ano passado. Sua eficácia dependerá de como serão executadas as políticas, segundo analistas.

“Acreditamos que a ação é real, mas não é suficiente para trazer de volta o espírito animal entre as empresas privadas”, escreveu Larry Hu, economista-chefe para a China do Macquarie Group, em uma nota de pesquisa.

“Olhando para o futuro, os legisladores precisam se empenhar em duas frentes: enviar sinais mais fortes para empresas privadas e tornar a recuperação mais forte e sustentável.”

Em dezembro, Pequim disse que faria de tudo em 2023 para salvar sua economia atingida pela Covid, aumentando o consumo e afrouxando o controle sobre a indústria privada, incluindo os setores tecnológico e imobiliário em dificuldades.

Essa promessa marcou uma grande mudança no esforço de anos do líder Xi Jinping para controlar os negócios privados, que eram vistos pelo governo como “muito poderosos e desordenados”.

O apoio da iniciativa privada agora é crucial enquanto a China luta para reanimar sua economia em dificuldades. Na segunda-feira (17), dados oficiais mostraram que o crescimento continuou a perder força nos meses de abril a junho, levando a pedidos urgentes de economistas por mais estímulos de Pequim.
Investimento morno e recorde de jovens desempregados

As empresas privadas hesitam em contratar ou fazer novos investimentos, em parte por causa do endurecimento regulatório que começou no final de 2020.

O investimento em ativos fixos como estradas e infraestrutura do setor privado encolheu 0,2% no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O desemprego juvenil atingiu outro recorde. A taxa de jovens entre 16 e 24 anos desempregados atingiu 21,3% no mês passado, quebrando o recorde anterior de 20,8% estabelecido em maio.

Em um esforço para reunir o setor privado, o primeiro-ministro Li Qiang se reuniu com executivos de grandes empresas de internet, incluindo Alibaba Group, Bytedance e PDD na semana passada.

Li os elogiou como “pioneiros” e reforçou a todos os níveis do governo que intensifiquem o apoio político a eles.

O executivo-chefe da Tencent, Pony Ma, publicou um artigo de opinião na mídia estatal elogiando as medidas depois que elas foram divulgadas.

Lei Jun, fundador e executivo-chefe da Xiaomi, foi citado como um dos apoiadores das novas políticas.

A notícia impulsionou as ações de empresas chinesas listadas em Nova York na quarta-feira (19). O Nasdaq Golden Dragon China Index fechou em alta de 0,7%, após cair em vários pregões anteriores.

Mas os ganhos não foram transferidos para as bolsas de valores de Hong Kong e Xangai, que estavam praticamente estáveis na quinta-feira (20).

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   21/07/2023

Diante da recente aprovação do projeto de reforma tributária na Câmara dos Deputados, investidores têm levantado preocupações sobre a possibilidade de aumento da tributação para o setor de mineração, especialmente para a Vale (VALE3).

Nesse contexto, o Goldman Sachs conversou com Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e advogados especializados em mineração na última semana e destacou os pontos de atenção listados a seguir.

Primeiro, conforme o banco, o artigo 20 do projeto de lei tributária é potencialmente o maior risco de aumento de impostos para o setor, pois poderia abrir espaço para os governos estaduais implementarem novos impostos ou encargos, aumentando as incertezas fiscais. No entanto, existe a possibilidade de que o artigo seja modificado na versão final do projeto de lei tributária.

O artigo permitiria efetivamente que até 17 estados incluam tributação adicional sobre as exportações não só de produtos de mineração, mas também para agrícolas e petrolíferos. Além disso, o artigo especifica que os recursos devem ser usados para financiar projetos de infraestrutura e habitação.

Além dos potenciais novos impostos estaduais sobre mineração, o setor tem uma antiga disputa relacionada aos impostos de fiscalização da mineração (TFRM). O TFRM é um imposto estadual criado em 2011, que tem o objetivo de reembolsar os estados pelas despesas incorridas na fiscalização da atividade mineradora. A criação deste imposto foi controversa, pois o setor entendeu que impôs um tributo criado pelos estados às empresas, não definido na Constituição brasileira. O Supremo Tribunal Federal do Brasil julgou a legalidade de tais impostos em 2022.
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As questões ainda no radar sobre a reforma tributária e que podem impactar a Bolsa brasileira
O TFRM está atualmente sendo cobrado em 4 estados (Minas Gerais, Pará, Mato Grosso do Sul e Amapá). Em março de 2021, o estado do Pará anunciou que aumentaria o TFRM cobrado de R$ 4,37 por tonelada de minério de ferro produzido para R$ 13,11 por tonelada (ou uma redução de desconto dos níveis negociados anteriormente de R$ 6,90/t – em termos de 2012). O setor de mineração continua apelando a decisão nos tribunais superiores. “Neste momento, não está claro quais seriam as barreiras para que os estados aumentem ainda mais impostos semelhantes”, destaca o relatório.

A discussão em relação ao TFRM também se estende aos municípios onde as empresas de mineração operam. Segundo verificações do banco, há indícios que isso poderia ser um dos principais riscos fiscais potenciais para o setor, já que alguns municípios estão pressionando por um TFRM municipal, que poderia resultar eventualmente em dupla tributação para monitorar as atividades mineradoras. Esse assunto também está sendo questionado pelo setor de mineração.

Diante disso, a equipe de research do banco recomenda que os investidores acompanhem de perto os desenvolvimentos em torno da discussão do artigo 20 do projeto de lei tributária nas próximas semanas.

Em segundo lugar, o Goldman Sachs avalia que o risco de aumento dos royalties pagos através da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) é baixo, uma vez que potenciais elevações nos royalties de mineração não estão sendo discutidos no projeto de lei tributária.

Por outro lado, “a criação recente de impostos (por exemplo, o aumento do imposto de supervisão da mineração) adicionou incertezas fiscais”, comentam analistas.

Já mudanças na Lei Kandir (que isenta o ICMS nas exportações de produtos primários) poderiam ser significativas, mas são altamente improváveis, segundo os advogados ouvidos pelo banco, pois exigiriam uma emenda constitucional.

Mas caso o artigo 20 for aprovado na versão final do projeto de lei tributária em seu formato original, alguns Estados teriam respaldo legal para cobrar impostos sobre produtos primários exportados, revertendo efetivamente alguns dos benefícios que estão em vigor atualmente.

“Além disso, no futuro próximo, quando os impostos de renda forem discutidos no Congresso, os investidores devem se concentrar na possibilidade de tributação de dividendos e mudanças nos benefícios de Juros sobre Capital Próprio (JCP)”, pontua Goldman Sachs.

O Goldman Sachs reforça manter recomendação neutra para os ADRs (recibo de ações negociado nos EUA) da Vale, com preço-alvo de U$ 12,50 para os próximos 12 meses, com base no valor implícito de Valor da Firma/Ebitda da Vale (excluindo dividendos) de 4,5 a 5,0 vezes para 2023-2024.

Valor - SP   21/07/2023

Nas operações de Minas Gerais e Rio de Janeiro, a companhia produziu 6,32 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 29% no ano, com performance recorde das suas minas e menor tempo de parada para manutenção.

A Anglo American registrou um aumento de 11% na sua produção total durante o segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, impulsionada por melhor desempenho nas suas operações de cobre, carvão siderúrgico e de minério de ferro.

A mineradora britânica teve uma produção de 15,6 milhões de toneladas de minério de ferro, crescimento de 9% no ano, mantendo meta de alcançar uma produção entre 57 milhões e 61 milhões de toneladas em 2023.

Nas operações de Minas Gerais e Rio de Janeiro, a Anglo American teve uma produção de 6,32 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 29% no ano, com performance recorde das suas minas e menor tempo de parada para manutenção.

As vendas de minério de ferro em Minas Gerais e Rio de Janeiro ficaram em 6,32 milhões de toneladas, crescimento de 52% na comparação anual. O preço realizado médio da commodity foi de US$ 104 por tonelada durante o primeiro semestre.

A produção de cobre da Anglo American cresceu 56% no ano, a 209 mil toneladas, com melhor desempenho da mina de Quellaveco, no Peru. A produção de carvão siderúrgico chegou a 3,4 milhões de toneladas, alta de 28% no ano.

No entanto, a empresa destaca que a produção de níquel caiu 4% no segundo trimestre, a 9,9 mil toneladas, enquanto diamantes teve redução de 5%, a 7,6 milhões de quilates. Já manganês caiu 1%, a 970 mil toneladas, e platina recuou 9%, a 943 mil toneladas.

Fonte: Foto: Divulgação/Anglo American

Money Times - SP   21/07/2023

Os contratos futuros de minério de ferro se recuperaram nesta quinta-feira (20) em meio a conversas no mercado sobre mais apoio ao setor imobiliário da China.

O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 1,7%, a 849,5 iuanes (US$ 118,25 ) por tonelada, quebrando uma sequência de três dias de perdas.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência do minério de ferro para agosto subiu 2,1%, para US$ 114,7 por tonelada.

“Os otimistas agora estão apostando suas fichas em rumores de que os reguladores estão considerando planos para aliviar as restrições às hipotecas a fim de reiniciar o motor de crescimento da economia”, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities.

“Dito isso, as autoridades estão esquecendo o quão danificada e quebrada está a confiança do consumidor após anos de restrições da política zero-Covid e projetos imobiliários atrasados”, acrescentou Widnell.

Do lado da oferta, os estoques de minério de ferro transoceânico aumentaram cerca de 3,4% ao ano nas primeiras 28 semanas de 2023, de acordo com dados de rastreamento de navios, elevando as preocupações com o excesso de oferta na China e no mundo e pressionando os preços para baixo, disse o Commonwealth Bank of Australia.

Qualquer pacote de estímulo provavelmente será limitado devido às preocupações com os altos níveis de dívida do governo local, impondo desafios à demanda por aço até o segundo semestre de 2023, acrescentou o banco.

Valor Investe - SP   21/07/2023

Minério de ferro avançou de 1,7% na bolsa de Dalian com expectativa de novos incentivos do governo chinês ao setor imobiliário. Ibram diz que preço do minério de ferro deve ficar entre US$ 100 e US$ 110 a tonelada.

A bolsa se manteve no campo positivo nesta quinta-feira, embalada pelos ganhos de ações ligadas às commodities metálicas. Vale ON (+0,22%), Gerdau PN (+0,33%) e outras ações do setor operaram em alta por boa parte do dia, após o avanço de 1,7% do minério de ferro na bolsa de Dalian e com expectativa de novos incentivos do governo chinês ao setor imobiliário. CSN (-0,16%) e Usiminas (-0,69%), no entanto, não sustentaram a alta e viraram na parte da tarde. Ontem, o banco central do país manteve as taxas básicas de juros inalteradas, o que já era esperado pelo mercado.

Para o diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Julio Nery, os preços internacionais do minério de ferro devem permanecer, na média, em uma faixa entre US$ 100 e US$ 110 por tonelada ao longo do segundo semestre.

A estimativa leva em consideração a perspectiva de um cenário estável em comparação com o primeiro semestre deste ano. De acordo com o Ibram, nos primeiros seis meses de 2023, o preço médio do minério de ferro caiu 15,3% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, para US$ 118,34. Mas ao longo do semestre, os preços ficaram a maior parte do tempo entre US$ 100 e US$ 115 por tonelada.

“Não acredito que a China vai permitir uma redução drástica na demanda por ferro, o que teria impacto forte na sua economia. Não acredito que o preço vai subir muito, vai ficar entre US$ 100 e US$ 110”, afirmou Nery.

O executivo acrescentou que não existe um grande projeto de minério de ferro no mundo nos próximos cinco anos. “A grande fronteira para o minério de ferro é a África, especialmente o projeto Simandou [na Guiné], que não tem previsão de entrar em operação no curto prazo”, acrescentou Nery.

O presidente do Ibram, Raul Jungmann, observou que a queda de 15,3% no preço médio do minério de ferro foi o principal fator de impacto no valor exportado pelo Brasil no primeiro semestre.

As exportações minerais totais brasileiras recuaram 5,77%, para US$ 19,85 bilhões, e aumentaram 10,2% em volume, para 177,2 milhões de toneladas. As exportações de minério de ferro caíram em 9%, para US$ 13,7 bilhões. Em volume, houve aumento de 9,8%, para 169,6 milhões de toneladas.

Em relação às exportações, houve queda nos preços de todas as commodities metálicas, exceto o ouro, que valorizou 3,7%. O Ibram destacou queda de 25,3% do alumínio, 6,1% do chumbo, 10,8% do cobre, 34,4% do estanho, 12,1% do níquel, 26% do zinco, e 15,3% do minério de ferro. O dólar no semestre ficou estável, com valor médio de R$ 5,07, ante média de R$ 5,08 no primeiro semestre de 2022.

As importações minerais caíram 34,22%, para US$ 6,19 bilhões. Em volume, a queda foi de 6%, para 20,91 milhões de toneladas. Houve queda nos preços das importações de carvão (30%), cobre (15%), enxofre (14%), potássio (44%) e zinco (18%) em relação ao primeiro semestre de 2022.

Com isso, o saldo da balança mineral foi de US$ 13,66 bilhões, com alta de 17,21% em relação ao primeiro semestre de 2022.

Money Times - SP   21/07/2023

Uma das coisas mais curiosas do mercado é a rapidez com que as condições e as narrativas mudam – é a tal da bipolaridade do Sr. Mercado.

Um exemplo disso é o que aconteceu com as ações da Vale nos últimos doze meses: a VALE3 foi de queridinha da Faria Lima no final do ano passado – sendo uma das maiores apostas dos gestores para a reabertura da China – beirando os R$ 100 por ação; para rejeitada e fonte de ‘funding’ para a compra de outras ações após a reabertura chinesa frustrar as expectativas.

Enquanto ao final de 2021 e início de 2022 a expectativa de aumento de consumo das commodities devido à aceleração da vacinação no mundo e a invasão da Ucrânia pela Rússia foram os grandes catalisadores para a alta das commodities devido aos receios de uma redução da oferta global; no segundo semestre, a desaceleração da economia chinesa – gerada pela política rígida de covid-zero – colocou a demanda por commodities em xeque e despertou uma correção de preços.

Porém, em outubro de 2022 a narrativa mudou novamente: dessa vez, o afrouxamento das políticas de isolamento pelo governo chinês levariam a um aumento da demanda por commodities.

Aliás, muitos investidores apostaram no petróleo ao invés do minério de ferro já que o mais provável era que o chinês saísse de casa e consumisse mais combustível.

Para surpresa de todos, quem andou foi o minério e não o petróleo.

Tendo contato com muitos gestores e analistas, o Market Makers consegue fazer um “termômetro” do que o mercado acha de uma empresa. Acreditamos que as maiores oportunidades se encontram nas empresas que quase ninguém olha ou que quase ninguém gosta. No caso da Vale, muita gente olha mas poucos gostam.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   21/07/2023

Comunicado publicado por 13 agências governamentais afirma que esforços serão feitos para apoiar as vendas de veículos usados.

Autoridades chinesas anunciaram uma série de medidas nesta sexta-feira (21) para ajudar a impulsionar as vendas de automóveis e eletrônicos. Governos locais foram alertados a não implementarem políticas que alimentem a concorrência acirrada, enquanto buscam sustentar uma economia em desaceleração.

As regiões serão incentivadas a aumentar as cotas anuais de compra de carros e esforços serão feitos para apoiar as vendas de veículos usados, de acordo com um comunicado sobre o consumo de automóveis publicado por 13 agências governamentais, incluindo a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

À medida que a recuperação econômica pós-pandêmica da China desacelera, os formuladores de políticas identificaram o setor automobilístico do país como uma alavanca importante que desejam usar para sustentar o crescimento. Em junho, eles estenderam inesperadamente uma isenção de imposto de compra para veículos de nova energia (NEVs) até 2027, mas a demanda doméstica do consumidor permanece fraca e o maior mercado automotivo do mundo está enfrentando uma guerra de preços desencadeada pela Tesla desde janeiro, que se espalhou para mais de 40 marcas oferecendo descontos em seus veículos.

Em março, uma importante associação pediu à indústria automobilística e às autoridades que esfriassem o 'corte de preços' para garantir o desenvolvimento saudável e estável da indústria. A declaração desta sexta-feira, destinada a incentivar o consumo de automóveis, ecoou isso. "As localidades não devem implementar políticas protecionistas e evitar a concorrência viciosa", diz o texto do comunicado.

Outra declaração de apoio às vendas de produtos eletrônicos afirma que as autoridades incentivariam os institutos de pesquisa científica e as entidades de mercado a aplicar ativamente a tecnologia doméstica de inteligência artificial (IA) para melhorar os níveis de inteligência dos produtos eletrônicos.

Investidores se disseram desapontados com o fraco crescimento da China no segundo trimestre e querem ver um estímulo mais forte. Alguns depositam suas esperanças na reunião do Politburo, no fim deste mês. (Com agências internacionais)

 

O Estado de S.Paulo - SP   21/07/2023

Demanda por energia no Brasil irá aumentar por fatores como o crescimento do PIB, a eletrificação de setores como a indústria e a produção de hidrogênio verde

RIO - Com o avanço da eletrificação da frota de veículos e da produção de hidrogênio no País, a demanda extra por energia deve exigir investimentos de R$ 2,2 trilhões até 2050. Esse é o montante estimado para instalar cerca de 540 gigawatts (GW) de energia renovável, como solar e eólica, segundo levantamento do Portal Solar, empresa franqueadora de projetos fotovoltaicos.

O estudo foi feito com base no cruzamento de dados oficiais e projeções de entidades setoriais, órgãos de governo e institutos internacionais. De acordo com o trabalho, a transição energética da atual frota de veículos circulantes do Brasil traria uma demanda adicional de 403 terawatts-hora/ano (TWh/ano), um volume que se aproxima da capacidade total de geração de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN). Ou seja, seria necessário acrescentar 270 GW de capacidade instalada.

Além disso, a demanda por energia no País irá aumentar por uma série de outros fatores, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a eletrificação de outros setores, como a indústria, e a produção de hidrogênio verde.

De acordo com Luiz Piauhylino Filho, da Secretaria de Hidrogênio Verde (SHV) do Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL), a Europa, por exemplo, precisará instalar 3.350 GW de energia renovável para tornar viável a eletrificação e produção de hidrogênio verde, necessárias para atingir a meta de descarbonização até 2050. Mas o continente europeu só tem capacidade de instalar 20% desse total e o restante terá de ser importado.

Segundo relatório do Portal Solar, se o Brasil quiser atender 10% dessa demanda, teria que instalar 268 GW adicionais de projetos renováveis para a produção de hidrogênio verde e seus derivados nos próximos 27 anos. Este cenário desconsidera a necessidade de investimento para servir ao mercado doméstico — em particular o transporte de carga por caminhões, a siderurgia e outros usos energéticos industriais.

Para o presidente do Portal Solar, Rodolfo Meyer, nesse cenário, embora outras fontes devam crescer para acompanhar a nova onda de demanda por energia no País, a solar fotovoltaica se configura como uma das mais competitivas e atrativas. Isso porque houve nos últimos anos uma queda expressiva no preço dos equipamentos fotovoltaicos, melhora na geração por metro quadrado das placas solares e baixo custo da geração descentralizada.

O executivo lembra que diversos fatores em conjunto fizeram com que o mercado de energia solar crescesse 36 mil vezes no Brasil entre 2012 e 2023, saindo de 8 megawatts (MW) para 32 mil MW de capacidade instalada. A potência foi atingida este mês, colocando a fonte solar fotovoltaica como a segunda maior da matriz elétrica, atrás apenas da hídrica, com aproximadamente 110 mil MW, em termos de capacidade instalada.

Já em relação à carga de energia, a geração eólica representa cerca de 20% da matriz, enquanto a energia solar contribui com uma fatia em torno dos 7%, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS).

“A resolução normativa 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que criou o mercado de geração distribuída, abriu o caminho para que combinação entre a inflação das tarifas de energia e a redução de custos dos equipamentos fotovoltaicos catapultassem o crescimento vertiginoso da energia solar no País”, disse Meyer.

Há também o avanço tecnológico do mercado internacional. Conforme dados da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), o preço dos painéis solares caiu 90% no mercado global entre 2010 e 2019. Na última década, esses equipamentos também passaram a gerar 80% mais energia por metro quadrado. Paralelamente, a tarifa média da classe residencial explodiu no Brasil, saindo de R$ 284,67/MWh para R$ 632,62/MWh entre 2013 e 2022, segundo evolução histórica da Aneel, um aumento de mais de 122%.

Na energia eólica, apesar de o potencial em terra ser ainda grande, uma das apostas é a construção de torres em alto mar, a chamada eólica offshore. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), hoje o Brasil têm mais de 60 projetos com capacidade para 160 GW. O potencial seria de 700 GW em locais com profundidade de até 50 metros. A diferença entre os empreendimentos onshore e offshore é que parques em alto-mar tem uma capacidade muito maior, de 5 mil a 6 mil MW comparado aos projetos em terra.

Frota

A velocidade de expansão da matriz elétrica vai depender da popularização dos veículos elétricos e também da produção de hidrogênio. Segundo a Bloomberg New Energy Finance, no caso dos carros elétricos, a expectativa é que os preços se tornem mais baratos que veículos a combustão por volta de 2027. O ponto de paridade indica o momento em que os fabricantes poderão construir e vender os dois tipos de automóveis com a mesma margem, assumindo que não existam subsídios.

As tecnologias de carregamento também avançaram muito. Conforme publicação da Agência Internacional de Energia (IEA), em 2022, mais de 900 mil pontos de carregamentos públicos foram instalados globalmente, representando um crescimento de 55% em relação a 2021. Atualmente, o país que mais investe nesse mercado é a China. No Brasil, a instalação de eletropostos ainda engatinha, sendo considerado o principal gargalo para que o segmento se desenvolva como no resto do mundo.

“Uma vez que todos os grandes fabricantes automotivos já estão colocando em prática a migração de suas linhas de produção para veículos elétricos, a transição da frota de veículos se torna eminente no mundo, incluindo no Brasil”, diz Meyer.

Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), a frota de veículos elétricos do País saltou de 77 mil para 126 mil de 2021 para 2022. A associação reporta também que, no primeiro trimestre de 2023, as vendas cresceram 55% em relação ao mesmo período do ano passado, levando a frota de veículos elétricos para mais de 140 mil carros em circulação.

“Embora ainda pequeno, esse mercado tem uma curva de crescimento que se assimila à registrada em revoluções tecnológicas anteriores, como nos mercados de chips, internet, smartphones e painéis solares. Agora, chegou a vez dos veículos elétricos, baterias e hidrogênio verde”, afirma Meyer.

Segundo dados do Ministério dos Transportes, da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavan), existem aproximadamente 120 milhões de veículos automotores no País, sendo que metade desse total circula nas ruas diariamente.

No caso do hidrogênio verde, o Brasil pode se tornar um dos líderes mundiais na produção de hidrogênio verde, dado seu potencial de energia eólica e solar abundante; um sistema elétrico integrado e de baixo carbono; e uma posição geográfica vantajosa para alcançar a Europa e a costa leste norte-americana; além de uma relevante indústria doméstica.

Valor - SP   21/07/2023

Entenda como a reforma tributária pode afetar o mercado de carros.

A reforma tributária em discussão no Senado, após aprovação na Câmara dos Deputados, pode mexer no mercado automotivo, mas o cenário ainda é nebuloso. Isso porque ainda não há definição de alíquotas e regras para cada setor.

Em linhas gerais, a reforma aprovada até agora substitui cinco impostos pelo chamado IVA Dual (Imposto sobre Valor Agregado) em duas esferas: nos impostos federais, substitui IPI, PIS e Cofins pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços); nos Estaduais e municipais, troca ICMS e ISS pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). Também é criado o imposto seletivo sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.

Além disso, a reforma cria créditos de impostos já pagos ao longo da cadeia produtiva, eliminando a prática que é conhecida como impostos em cascata.

Usando como exemplo um parafuso usado na fabricação de uma peça de carro que tenha alíquota de 10%: um produtor de aço vende o insumo por R$ 100 para uma fábrica e a fábrica recolhe R$ 10 em imposto; depois, vende o parafuso por R$ 200 para a empresa que produz a peça, que recolhe imposto de R$ 20. Destes, R$ 10 ficam como crédito, pois R$ 10 já foram recolhidos na fase anterior. Então, o consumidor compra a peça por R$ 300 e paga R$ 30 de imposto. A loja tem R$ 20 de crédito.

Hoje, alguns tributos acumulam, pois não geram créditos.

As regras para cada setor serão criadas depois por leis complementares. Hoje, o mercado automotivo tem particularidades, como faixas de impostos conforme a motorização, que varia de 7% para carros até 1.0 até 25% para carros a gasolina com motor acima de 2.0.

Sem a definição das alíquotas, é difícil saber se a reforma vai ou não baixar os preços dos carros. O discutido hoje é que essas faixas passem a ser estabelecidas pelo consumo energético, ou seja, carros que poluem menos, pagam menos. Mas, saindo do campo da especulação, seria necessário esperar ao menos até 2025 para ter alguma definição.

O certo é que a reforma diminui a burocracia, e isso é comemorado por fabricantes e economistas.

“Tudo vai depender da alíquota. Ainda não se tem, então trabalhamos com diversos cenários. Tem algum segmento que perde e outro que ganha, mas, no geral, não se espera uma redução da carga tributária, mas sim nos gastos administrativos”, diz Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Pelas contas da entidade, 1,2% do faturamento da indústria automotiva é gasto com burocracia tributária, o que giraria em torno de R$ 4 bilhões. “Isso poderia ser revertido em investimento e formação das pessoas”, diz Leite.

“A redução do tempo que você vai perder para poder pagar impostos é um ganho de produtividade. Um dos pilares [da reforma] é a simplificação. A arrecadação fica mais simples, a cadeia produtiva vai perder menos tempo. Esse é o grande foco”, diz Carla Beni, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A economista antecipa, no entanto, um cenário positivo para o setor. “Existe a reforma ideal e a possível. Estamos vendo uma extremamente positiva, mas também dentro do possível.”

A associação dos fabricantes também vê na reforma uma porta para investimentos externos. “Acreditamos, sim, em aumento dos investimentos, com previsibilidade e amadurecimento do país. De uma forma geral, estamos celebrando a aprovação. Isso é um sinal de amadurecimento do Brasil e da sociedade”, disse o presidente da Anfavea.

Apesar do otimismo, há indefinições também no segmento de carros usados. Segundo Alcides Wilhelm, assessor jurídico da Federação dos Revendedores de Veículos Usados (Fenauto), ainda não dá para saber o reflexo que a reforma terá no setor. “Pela forma que está sendo desenhado o CBS, se o setor de veículos usados não estiver contemplado com a possibilidade de ter créditos presumidos haverá um aumento significativo nos preços”, disse.

Wilhelm defende que o setor seja tratado de forma diferente do mercado de novos. “Como a PEC 45 está posta, vejo que a carga deve ficar mais alta.”

“Seria importante o segmento pressionar os nossos legisladores para que contemplem alguma forma de tributação diferenciada para evitar um aumento de carga tributária. A gente não pode deixar que a reforma trate todos os contribuintes de forma igualitária, sendo que cada segmento econômico tem as suas particularidades”, conclui.

Outro ponto da reforma tributária que interessa aos donos de carros é a mudança no Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que passa a ser progressivo. O discutido é que a base de cálculo leve em conta dois pontos: a eficiência energética e o valor dos carros.

Se passar dessa forma, veículos elétricos e híbridos pagariam menos, e carros a combustão mais caros teriam alíquotas mais altas. As taxas serão fixadas posteriormente, por meio de lei complementar. Atualmente, há iniciativas pontuais de Estados nesse sentido. Com a mudança, pode haver uma única regra para todo o país.

Também foi aprovada a cobrança do imposto para embarcações e aeronaves, mas já há projetos de isenção para veículos usados na agricultura e na pesca, o que abriria brechas para outras categorias. Ou seja, até o início da implementação, prevista para 2025, muita água ainda vai rolar.

Valor - SP   21/07/2023

De acordo com o site da National Highway Traffic Safety Administration, a montadora anunciou recall de 15.869 veículos Model S e Model X fabricados entre 2021 e 2023.

A Tesla anunciou um recall de 15.869 veículos Model S e Model X fabricados entre 2021 e 2023 por conta de problemas no cinto de segurança, de acordo com o site da National Highway Traffic Safety Administration.

A agência diz que os cintos de segurança dos bancos da frente podem se soltar em uma situação de colisão com outro veículo. A Tesla vai checar as peças dos cintos e trocá-las de graça caso sejam defeituosas.

A montadora de Elon Musk já realizou recall de aproximadamente 384 mil veículos nos Estados Unidos por 10 incidentes diferentes. Cerca de 95% dos carros não precisaram ir a uma oficina e bastou atualização no software do carro.

Por volta das 14h42, as ações da montadora caíam 8,68% na Nasdaq, em Nova York.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   21/07/2023

Restrições têm reduzido a demanda em Pequim e Xangai há anos.

Autoridades chinesas estudam diminuir as restrições para a compra de imóveis nas maiores cidades do país, o que poderia remover um obstáculo que tem reduzido a demanda em Pequim e Xangai há anos, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

Reguladores avaliam eliminar as regras que desqualificam pessoas que já tiveram uma hipoteca - mesmo que totalmente paga - de serem consideradas como compradores do primeiro imóvel nas grandes cidades, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.

Atualmente, compradores de imóveis com registro de hipoteca que não possuem uma propriedade ainda estão sujeitos a uma entrada mais alta, e limites de empréstimo mais rigorosos são aplicados aos que compram uma segunda casa.

Alguns bancos estatais enviaram dados e feedback relevantes sobre hipotecas a reguladores nos últimos meses, disse uma das pessoas. Os planos estão em discussão e ainda não foram aprovados, acrescentaram.

As políticas existentes da China falharam em sustentar uma recuperação no mercado imobiliário, já que a desvalorização dos imóveis se estende por todo o país, colocando em risco a meta de crescimento econômico de 5% do governo.

Os números do PIB divulgados na segunda-feira mostraram que a recuperação perdeu força no segundo trimestre, o que intensificou os pedidos de mais estímulos.

“Em um mercado normal, esse afrouxamento provavelmente aumentaria a confiança imediatamente, mas agora não é um mercado normal”, disse Raymond Cheng, chefe de pesquisa para China e Hong Kong da CGS-CIMB Securities. Mais medidas de flexibilização são necessárias, como reduzir os juros das hipotecas, que são muito mais altos nas principais cidades, acrescentou.

Até agora, autoridades têm sido cautelosas ao oferecer amplo apoio, optando por medidas direcionadas para estimular os gastos das famílias, como a extensão de isenções fiscais na compra de carros elétricos. O governo também deu um passo para apoiar o mercado imobiliário em crise por meio da extensão do alívio de empréstimos para incorporadoras neste mês, na esteira de uma série de medidas em um amplo pacote de resgate de 16 pontos no ano passado.

Enquanto muitos governos locais em cidades menores diminuíram ou até reverteram as restrições de compra de imóveis ao longo do último ano, a postura oficial em relação às megacidades não mudou.

O banco central e o Ministério da Habitação não responderam de imediato a pedidos de comentário.

Rodoviário

Valor - SP   21/07/2023

O plano para construir um túnel entre Santos e Guarujá, ideia que já tem 97 anos de idade, ganhou novo capítulo nos últimos meses após a nova gestão da APS (Autoridade Portuária de Santos) adotar a travessia submarina como sua principal prioridade.

Sob o guarda-chuva do Ministério de Portos e Aeroportos, a autarquia corre para viabilizar a entrega da obra até o fim de 2028.

A ligação das duas margens do estuário de Santos é considerada o maior gargalo no transporte de mercadorias e pessoas no país. Por dia, são 78 mil passageiros que atravessam o canal com a balsa e, sem a conexão seca, 10 mil caminhões precisam fazer um percurso de 45 quilômetros para ir de um lado a outro. Por lá passam cerca de 30% das exportações e importações brasileiras.

Nesta quinta-feira (20), a autoridade portuária assinou um acordo de cooperação técnica com o Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo). O primeiro objetivo da parceria é adaptar, com a ajuda dos engenheiros, um projeto que foi desenvolvido entre 2012 e 2014 pela Dersa --empresa estadual de infraestrutura viária.

A estimativa é que a obra custe R$ 5,8 bilhões. O túnel teria um pedágio para veículos, e a intenção é garantir que o preço seja o mesmo que é cobrado pela balsa --hoje de R$ 6,20 para motos, R$ 12,30 para carros e até R$ 98,60 para caminhões. O projeto também prevê uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e ciclovia.

Há 40 dias, a autoridade portuária pediu a renovação de licenças ambientais para o projeto, que estavam liberadas para o antigo em 2019. Depois dessa fase, o órgão vai atualizar detalhes com a ajuda do Crea-SP e pretende publicar o edital da obra entre o fim deste ano e o início de 2024. A previsão é de que as obras durem três anos e meio.

A solução de engenharia proposta é a imersão das estruturas do túnel, em vez de uma tuneladora (o popular "tatuzão"). Isso pressupõe que blocos de concreto com 127 metros de comprimento sejam construídos em terra, levados ao canal e submersos a 21 metros de profundidade. A inspiração é uma obra em andamento que conecta a Dinamarca e a Alemanha, o túnel Fehmarnbelt.

"Esse modelo trazido pela Dersa é a solução mais interessante", comenta o presidente do Crea-SP, Vinícius Marchese. "É uma ação para tirar o gargalo que temos lá, vai continuar com as alternativas [como a balsa]. Tem mais ações que precisarão ser tomadas para resolver o problema, uma delas é estimular muito meios de transporte alternativos. E esse é um debate global hoje, porque há um esgotamento do foco no modal de transporte em carros."

Um dos maiores entraves para viabilizar o projeto ao longo dos anos foi a divisão dos custos da obra entre os governos federal, estadual e a autoridade portuária. E isso ainda não está definido.

O diretor-presidente da APS, Anderson Pomini, afirma que a autarquia dispõe de cerca de R$ 3 bilhões aplicados em investimentos que poderiam ser usados para bancar o túnel. Ele diz que recebeu, nesta semana, um compromisso da Casa Civil do governo federal de aportar o restante necessário. A fonte no orçamento ainda está sendo decidida.

A autoridade portuária busca ainda uma participação do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Pomini comemora o fato de que agora todos concordam com o modelo de túnel --e não uma ponte, como chegou a defender João Doria (sem partido) quando comandou o estado. Doria esbarrou em resistência no Ministério da Infraestrutura, quando o ministro era Tarcísio.

"Os astros estão alinhados. Todos querem [o túnel]", disse Pomini. "Todos os números são favoráveis à implementação. O que a gente precisa agora é só vencer essa questão político-burocrática, que está bem avançada."

O Ministério dos Portos, chefiado por Márcio França (PSB), defende uma obra 100% pública que seja entregue a uma concessionária para operar o túnel pronto. O Governo de São Paulo tem planos para uma PPP (Parceria Público-Privada). A obra inclusive está incluída no Programa de Parcerias de Investimentos da gestão Tarcísio.

"O empreendimento possui projeto-executivo validado por duas consultorias internacionais especializadas na elaboração de projetos de alta complexidade de engenharia, além de licença ambiental prévia", disse a SPI (Secretaria Estadual de Parcerias e Investimentos), em nota.

O entendimento na esfera federal é que a PPP atrasaria o projeto em cerca de dois anos, pois precisaria passar pela aprovação de tribunais de contas e da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

No desenho sugerido por Pomini, o governo paulista faria um aporte financeiro no túnel Santos-Guarujá, construído pela autarquia federal, e em troca o governo Lula se comprometeria a dar dinheiro para uma terceira ligação entre a Baixada Santista e a capital --uma alternativa para o transporte de cargas. O diretor da SPA diz que espera uma resposta da gestão Tarcísio, que analisa a ideia de uma nova estrada.

"O presidente Lula quer anunciar a obra, o governo do estado quer, o ministro quer, nós queremos. A brincadeira que a gente faz é: vamos sentar todo mundo à mesa e discutir os lugares; quem investir mais recursos senta na ponta", diz Pomini.

NAVAL

A Tribuna - SP   21/07/2023

Anunciados há pouco mais de um mês pelo Governo Federal, os descontos de até 65% nas tarifas do Porto de Santos ainda não começaram a ser aplicados. O tema está sob análise da Autoridade Portuária de Santos (APS), mas sem prazo para entrar em vigor.

Conforme a proposta anunciada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, em 17 de junho, quanto maior o número de escalas de um navio de longo curso ou de cabotagem, maior será o abatimento nas tarifas, até o limite de 65%. Também haverá incentivo às chamadas embarcações verdes, para fomentar a sustentabilidade, com abatimentos de até 12%.

Na mesma data, França anunciou descontos tarifários de até 95,5% para o Porto do Rio de Janeiro, que entraram em vigor dez dias depois. A portaria editada pelo diretor-presidente da Portos Rio, Álvaro Luiz Savio, foi publicada em 27 de junho.

Procurada por A Tribuna, a estatal gestora do Porto de Santos informou ontem “que os descontos na tarifa portuária estão tramitando na Autoridade Portuária para aprovação e posterior publicação no Diário Oficial da União”, sem mencionar datas.

Infraestrutura

Em junho, o ministro disse que o objetivo da medida é alavancar investimentos em infraestrutura e parte da arrecadação com tarifas deve ser destinada para este fim. Em dezembro de 2021, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) editou a Resolução 322, que estabelece os investimentos a receberem financiamento das tarifas portuárias.

“Nessa deliberação, a Antaq autorizou investimentos de R$ 936 milhões na expansão e modernização da infraestrutura do porto organizado, com início de execução em até 36 meses e conclusão em até 84 meses, contados a partir da homologação”, explicou a APS, em nota. Mas os valores ainda não foram aplicados.

Na mesma nota, a Autoridade Portuária diz que pretende dar celeridade às obras de infraestrutura em Santos. “Apesar dos atrasos na implementação na gestão anterior, a atual diretoria está tomando as medidas necessárias para entregar as obras e os serviços de dragagem, manutenção e ampliação das perimetrais, entre outros, no menor prazo possível, visando recuperar o tempo perdido”.

Análises // Devido ao atraso nesses investimentos, o especialista em gestão portuária e consultor Ivam Jardim, sócio da Agência Porto Consultoria, entende que os descontos de até 65% são uma medida acertada da União.

“Passados já dois terços da totalidade dos 36 meses que vigorará essa estrutura e valores aprovados, quais obras efetuadas pela Autoridade Portuária significantes vimos no Porto de Santos? Haja visto a não efetivação dessas obras, acertadamente são estudados critérios para descontos tarifários. É importante que eles sejam aplicados aos usuários do canal de acesso e aos arrendatários”.

O diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, ressaltou que é preciso haver investimentos em infraestrutura do Porto de Santos. “Hoje, o complexo tem limitação de calado para os porta-contêineres maiores. Existe há muito tempo um programa para aumentar o calado do Porto, que precisa ser concretizado. Obviamente, o que banca isso ou são os recursos da tarifa 1 – arrecadados pelos portos – ou a própria União, aportando recursos”.

Perguntado sobre onde espera que os recursos sejam investidos, Barbosa disse que “os recursos arrecadados com a tarifa de acesso aquaviário devem ser aplicados, obrigatoriamente, no aprimoramento do acesso aquaviário do porto, com um balizamento mais eficiente, com uso de tecnologia, e aprofundamento e alargamento do canal, para permitir que navios maiores adentrem o porto”.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   21/07/2023

A Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) anunciou a realização de uma nova rodada para oferta de capacidade de transporte de gás natural dos Produtos de Curto Prazo, com disponibilidade de contratação a partir de agosto de 2023. O processo para aquisição será realizado em três etapas subsequentes para disponibilizar contratos de entrada e saída, priorizando a contratação trimestral, mensal e diária.

Na primeira fase, entre os dias 19 e 20 de julho, estarão disponíveis os contratos trimestrais, com vigências previstas para o quarto trimestre deste ano. O período compreende desde a publicação da capacidade disponível até a assinatura do contrato.

Já a modalidade mensal de contrato de curto prazo será ofertada entre os dias 24 e 25 de julho. A aquisição desse produto compreende o período entre agosto e dezembro deste ano. Por fim, os produtos diários, para contratos com período operacional em agosto, serão liberados entre os dias 27 e 31 de julho.

Valor - SP   21/07/2023

O barril do petróleo do Brent para setembro subiu 0,23%, a US$ 79,64, enquanto o WTI com entrega prevista para o mesmo mês avançou 0,40%, a US$ 75,65.

Os contratos futuros do petróleo encerraram a quinta-feira (20) em alta tímida, com os investidores ainda avaliando os dados recentes de estoque dos Estados Unidos e demais indicadores econômicos do país.

O barril do petróleo do Brent, a referência global, para setembro subiu 0,23%, a US$ 79,64, enquanto o WTI, a referência americana, com entrega prevista para o mesmo mês avançou 0,40%, a US$ 75,65.

A quinta-feira foi vista como “um dia de noticiário fraco para o petróleo", segundo disse Edward Moya, analista de mercados da Oanda, em nota.

"Os dados de ontem de estoque em declínio [dos Estados Unidos] e as fracas estatísticas de demanda não ajudaram o petróleo a estender sua alta recente. Os dados de hoje dos EUA pintaram um quadro misto para a economia, já que o mercado de trabalho ainda parece apertado, enquanto outras partes da economia permanecem fracas", completou Moya.

Hoje, dados mostraram que os pedidos de seguro-desemprego nos EUA vieram abaixo das estimativas do mercado, assim como o índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia e as vendas de moradias usadas tiveram declínios acima do esperado.

Outro fator que impactou o desempenho do petróleo nesta quinta foi a notícia de que a Ucrânia declarou que irá considerar qualquer navio que se dirija aos portos russos do Mar Negro como um alvo em potencial. O porto russo de Novorossiysk, no Mar Negro, é um importante centro para suas exportações da commodity, bem como para embarques do petróleo bruto cazaque.

Valor - SP   21/07/2023

Setor ainda está em recuperação dos impactos da pandemia de covid-19.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) prevê que os investimentos para exploração de petróleo e gás no país devem alcançar os R$ 21 bilhões até 2027. Conforme dados levantados com empresas que já participam de contratos no Brasil, serão investidos cerca de R$ 5,6 bilhões do total (29%) até o fim de 2023 e R$ 7 bilhões (34%) em 2024.

"Só em 2022, a ANP distribuiu cerca de R$ 130 bilhões em royalties, participações especiais e bônus de assinatura", disse o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, no evento de divulgação do Relatório Anual de Exploração da reguladora.

A fase de exploração é quando são realizados estudos para detectar a presença de petróleo e/ou gás natural nas áreas sob contrato em quantidade suficiente para tornar sua extração economicamente viável. Essa etapa inicia quando as empresas assinam o contrato com a agência e, quando concluída com sucesso, as operadoras podem passar para a fase seguinte, de produção.

O setor ainda está em recuperação dos impactos da pandemia de covid-19, de acordo com o documento da ANP. Eles justificam a afirmação pelo leve aumento no número de poços perfurados no ano passado: em 2021, foram 22, ante 23 poços em 2022.

Ainda assim, o número de descobertas de petróleo e/ou gás aumentou 54%. Em 2021, foram 13 notificações de ocorrência da commodity nas áreas de concessão, ante 20 em 2022. A ocorrência de petróleo ou gás natural na área de concessão independe de quantidade, qualidade ou comercialidade e precisa ser verificada por, pelo menos, dois métodos de detecção ou avaliação.

Dos 295 blocos com contratos vigentes no ano passado, 246 estavam ativos e 49 suspensos: cerca de 17% dos contratos estavam suspensos. Na maioria desses contratos, explica a ANP, a suspensão era por atraso no processo de licenciamento ambiental.

No ambiente marítimo, as Bacias de Campos e Santos destacaram-se em quantitativo de blocos sob contrato, com 33 e 30 blocos, respectivamente. Já no ambiente terrestres, as Bacias de Potiguar e Recôncavo destacaram-se em quantitativo de blocos sob contrato, com 48 e 32 blocos, respectivamente.

AGRÍCOLA

Infomoney - SP   21/07/2023

A produção agroindustrial registrou uma leve alta de 0,6% em maio em comparação com igual mês do ano passado, mostra pesquisa mensal do FGVAgro sobre a Agroindústria divulgada nesta quinta-feira (20). Conforme o estudo, a expansão só não foi mais intensa por conta do segmento de produtos não-alimentícios, que registrou queda de -3,7%, com impacto, sobretudo, de insumos agropecuários, produtos têxteis e florestais.Em contrapartida, o segmento de produtos alimentícios e bebidas registrou uma alta de 4,4%, apresentando expansão interanual pelo terceiro mês consecutivo.

Segundo a FGVAgro, o melhor desempenho da agroindústria, em maio, acompanha a evolução da conjuntura macroeconômica do país, que teve uma inflação mais moderada, favorecendo o consumo das famílias e, consequentemente, a produção agroindustrial (notadamente, a de produtos alimentícios).

Além disso, “o mercado de trabalho demonstrou maior aquecimento, com redução da taxa de desocupação, apesar de a informalidade ainda se manter elevada”, conclui a FGVAgro.

Valor - SP   21/07/2023

Com aumento da demanda, preço dos equipamentos subiram até 40% nos últimos anos.

A venda de máquinas e equipamentos agrícolas usados aumentou nos últimos anos, principalmente com a pandemia da covid-19 e a crise de oferta dos microchips, segundo plataformas de compra e venda do segmento. Com a maior demanda, os preços das máquinas também subiram.

“O segmento de usados tem forte tráfego na internet, e também tem muita gente em busca de peças para manutenção”, afirma o diretor de negócios para o Brasil da startup argentina AgroFy, Diego Arruda.

Os altos preços das commodities agrícolas em 2021 e 2022 levaram o produtor a aumentar a área plantada, o que demandou investimento em máquinas. Mas a produção de tratores e colheitadeiras, por exemplo, não acompanhou, devido ao fechamento de fábricas de microchips — usados na produção — em importantes polos, como a China, durante a pandemia.

Como consequência do aumento da demanda pelas máquinas usadas, os preços subiram de 30% a 40% entre o começo e o fim da pandemia, de acordo com a AgroFy. Nos últimos meses, com a melhora da oferta de equipamentos novos, as cotações cederam cerca de 10%.

Na plataforma AgroFy, concessionárias de máquinas agrícolas exibem ofertas para uma base de 600 mil usuários ativos por mês. Os equipamentos são adquiridos de produtores no processo de atualização da frota, diz Arruda.

Na Superbid Exchange, aproximadamente 17 mil máquinas foram leiloadas ou vendidas no ano passado. O volume de negócios na plataforma subiu mais de 40% em relação aos patamares pré-pandemia, e a expectativa é crescer mais 15% este ano, diz Marcelo Pinheiro, diretor técnico da empresa.

O mercado de usados é importante porque permite que pequenos e médios produtores acessem máquinas melhores a preços mais em conta, afirma Pinheiro. Segundo ele, uma vantagem é que os agricultores não estão esperando mais 10 anos para revender, como ocorria no passado. As máquinas que chegam à plataforma costumam ter de 3 a 5 anos de uso.

O diretor do Superbid diz que, em muitas fazendas, os operadores comparam custos de manutenção, preço de venda dos equipamentos antigos e os valores de novos equipamentos. Quando um equipamento tende ao prejuízo no médio e longo prazo, eles sinalizam para a venda.

Dentro da plataforma, empresas como SLC, Bunge e Usina Santa Adélia vendem máquinas antigas, segundo ele. Há também ofertas de pequenos e médios produtores. “Muitas dessas empresas já trabalham com a curva de monetização dos usados”, diz.

A maioria dos negócios (80%) ocorre em regime de leilão. Além dos leilões, há vendas a preço fixo e outras que aceitam propostas de valores.

Não há uma tabela de preços, mas a equipe do Superbid faz recomendações com base em avaliação dos equipamentos — a mesma que garante a procedência das máquinas. “Recebemos máquinas em vários estados diferentes de conservação. Tentamos valorizar aqueles vendedores que só usam peças originais e que oferecem treinamentos aos operadores constantemente, porque isso faz o equipamento se desgastar menos”, afirma.

De acordo com o diretor do Superbid, os tratores representam quase um terço das vendas na plataforma. “São o carro-chefe devido à flexibilidade. Estão nos processos de pré e pós-colheita, e também atingem mercados de terraplanagem e construção civil”, diz.

Este ano, a expectativa é de que os produtores aproveitem os recursos do Plano Safra 2023/24 para trocar a frota — ainda que os juros de algumas linhas estejam elevados devido ao patamar da Selic. “E tem muita entrega de anos anteriores sendo feita”, acrescenta.

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