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20 de Dezembro de 2022

SIDERURGIA

Infomoney - SP   20/12/2022

Os analistas do JPMorgan reduziram a recomendação para a ação de Usiminas (USIM5) de overweight (exposição acima da média, ou equivalente à compra) para neutra, com um novo preço-alvo de R$ 8,50 para o ativo (ante R$ 12). Com isso, as ações USIM5 caíram 6,12%, a R$ 6,90, nesta segunda-feira (19).

“Continuamos construtivos com a cadeia de valor do aço/minério de ferro (com um sentimento positivo com a tese de reabertura da China) que deve sustentar os preços das commodities no primeiro trimestre de 2023 (1T23). No entanto, outros fatores estão nos levando a ser mais cautelosos com a Usiminas”, apontam os analistas.

Além do impacto negativo das taxas mais altas de juros para a demanda doméstica, os analistas esperam custos mais elevados e riscos operacionais relacionados à reforma de suas baterias de coque e do Alto-Forno 3,que podem prejudicar o fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês), mantendo os investidores longe da Usiminas.

Assim, os analistas reduziram as suas estimativas e rebaixaram a Usiminas para neutro. O JP projeta um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) em 2023 de R$ 2,911 bilhões, queda anual de 38% e 7% abaixo do consenso Bloomberg. A Gerdau (GGBR4) segue sendo a principal escolha no setor para o banco, com recomendação overweight.

“A Usiminas enfrenta um número de desafios. As altas taxas de juros pesam sobre a demanda dos aços planos domésticos
e, embora a demanda automotiva deva se recuperar em 2023, deve ser compensada por descontos de preço nas negociações de preços anuais com fabricantes automotivos (os preços à vista do aço estão cerca de 30% abaixo dos preços contratados de 2022)”, avalia o banco.

Todas as siderúrgicas foram impactadas negativamente pelos preços mais altos do carvão, mas os impactos para Usiminas foram exacerbados pela maior depreciação de seus ativos.

“Além disso, enquanto vemos a reformulação de seu Alto-Forno 3 como uma etapa necessária, maior investimento em capital (capex) e a demanda de capital de giro pesarão sobre o FCF no curto prazo”, avaliam os analistas. No todo, o JP espera que o mercado interno registre ventos contrários, com margens mais baixas e maior demanda de capital de giro pesando mais na tese da Usiminas em 2023. A CSN (CSNA3), assim como Gerdau, tem recomendação overweight.

As ações da Gerdau fecharam em queda de 1,39% (R$ 29,75), enquanto CSN teve perdas de 2,01% (R$ 13,632) durante a sessão.

Cabe destacar que hoje o dia foi negativo para o setor de mineração e siderurgia, com as ações da Vale (VALE3) também caindo 0,36%, a R$ 85,37, apesar do dia de forte alta do Ibovespa.

Os preços do ingrediente siderúrgico minério de ferro e os futuros do aço na China caíram nesta segunda-feira, com o aumento dos casos locais de Covid-19 levando os traders a registrar algum lucro de um rali recente estimulado pela flexibilização das restrições ao coronavírus.

A maior produtora de aço, a China, está na primeira de três ondas esperadas de casos de Covid-19 neste inverno, de acordo com o principal epidemiologista do país, forçando muitas pessoas a ficar em casa.

O contrato do minério de ferro mais negociado para entrega em maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou a sessão com queda de 3,7%, a 793,50 iuanes (US$ 113,75) a tonelada.

Petro Notícias - SP   20/12/2022

Até 2028, o mercado global de aço deverá apresentar um crescimento médio de 2,5% ao ano, chegando a US$ 1,12 trilhão, segundo as informações da Reports and Data. Como o aço é um dos principais materiais do mundo, além de um componente essencial para impulsionar economias, é esperado que o setor influencie as tendências globais. Neste sentido, a Alacero, Associação Latino-Americana do Aço, entidade responsável por reunir 95% da cadeia produtora e atuar como voz do setor, citou quatro das tendências esperadas para 2023 na América Latina:

1- Sustentabilidade é peça-chave:

A COP27 e os temas retratados já demonstram que, se a sustentabilidade não for levada em consideração, os países terão problemas irreversíveis com os quais lidar. As preocupações globais com os aspectos de mudança climática dos negócios colocam em destaque o aço fabricado na América Latina. Trata-se de uma produção cerca de 30% mais limpa que a chinesa, uma vez que a energia utilizada na fabricação do aço vem de fontes renováveis, como energia eólica e hidrelétrica. Reduzir a pegada de carbono em toda a cadeia é essencial para evitar danos ainda maiores ao meio ambiente. Além disso, a utilização da sucata também pode ser uma opção para as empresas.

2- Nearshoring e competitividade:

“As empresas latino-americanas não precisam de protecionismo e sim de comércio justo, com base em critérios bem estabelecidos. Quando o mundo compete em igualdade de condições, abrindo mão de práticas como o dumping e os subsídios governamentais, a América Latina se destaca por sua capacidade de inovação”, ressalta Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero. A entidade acredita que, uma tendência para o desenvolvimento do setor em 2023, é utilizar o material produzido em regiões próximas, a exemplo da América Latina se autossustentar.

3- Educação e geração de empregos:

Dados da Alacero apontam que, na América Latina, o setor de aço emprega 1,3 milhão de pessoas diretamente na produção de 64,7 milhões de toneladas em 2021. A região, porém, consome 74,9 milhões de toneladas de aço por ano. Para defender a geração de empregos e todo um ecossistema que se beneficia da cadeia do aço, porém, é preciso mudar alguns paradigmas. Essas mudanças irão gerar benefícios econômicos e sociais, aumentando a vocação sustentável da nossa região. Há uma intensa concorrência na atração de pessoas. A indústria do aço compete com empresas de serviços e de tecnologia pelos profissionais que trilharão o caminho da inovação do setor. Por isso, a Alacero apoia, a nível América Latina, o desenvolvimento de projetos de educação que podem fazer uma diferença enorme.

4- Desenvolvimento econômico:

Nas linhas de sustentabilidade com proteção regional e aposta em educação, a quarta tendência é, inevitavelmente, o desenvolvimento econômico do setor de aço na região da América Latina. O aço é um elemento essencial para o desenvolvimento econômico da região. E, além disso, vem ganhando um protagonismo ainda mais importante dia após dia, uma vez que o mundo inteiro precisará de mais material – de melhor qualidade e mais sustentável. Por ser uma substância presente no início da cadeia produtiva de uma série de setores, a evolução do setor do aço tem um impacto positivo fortíssimo em toda a economia.

Money Times - SP   20/12/2022

A ocorrência de novos surtos de Covid-19 na China ainda causa preocupação e afeta o desempenho de alguns mercados, especialmente o minério de ferro, diretamente atrelado à recuperação da atividade econômica chinesa.

Nesta segunda-feira (19), os contratos futuros do ingrediente siderúrgico negociados em Cingapura afundaram até 4%, a US$ 106,85 a tonelada.

Na Bolsa de Dalian, o contrato do minério de ferro mais negociado para entrega em maio recuou mais de 3%, a 793,50 iuanes (US$ 113,75) a tonelada.

Os preços do minério de ferro vinham aproveitando um rali apoiado por notícias positivas de retomada na China, com a flexibilização das restrições da política de Covid Zero e a injeção de novos estímulos no setor imobiliário do país.

Porém, o aumento dos casos de Covid-19 na segunda maior economia do mundo abala o otimismo que traders vinham nutrindo nos últimos meses.

Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities, comenta que os novos surtos na China podem levar a população a querer esperar em casa a onda atual passar, “destruindo a atividade econômica no processo”.
USIM5, VALE3 e mais ações em queda

O setor de mineração e siderurgia reagiu à correção dos preços do minério de ferro nesta segunda, com Usiminas (USIM5) liderando as quedas do Ibovespa.

O papel da companhia recuou 6,12%. Vale (VALE3), por sua vez, perdeu 0,36%, e CSN Mineração (CMIN3) fechou estável. CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) caíram 2,01% e 1,39%, respectivamente.

Apesar do ambiente volátil e ainda incerto, algumas instituições mantêm visão otimista sobre o minério de ferro e as ações expostas à matéria-prima siderúrgica. É o caso do JPMorgan, que recentemente aumentou suas estimativas para a commodity.

O banco passa a projetar o minério de ferro a US$ 101 e US$ 93 a tonelada em 2023 e 2024, respectivamente (contra expectativa de US$ 94 e US$ 90 a tonelada anteriormente).

As estimativas de produção de aço na China para 2023 permanecem inalteradas, com queda anual estimada de 1%. No entanto, o JPMorgan ressalta que o cenário do lado da oferta parece ter melhorado para o minério de ferro.

“Mais importante, o sentimento deve continuar guiando o momentum positivo de preços no início do próximo ano”, avaliam Rodolfo Angele e Lucas Yang, que assinam o relatório enviado a clientes na última terça-feira (13). “Esperamos uma oferta sazonalmente menor, reabastecendo antes do Ano Novo Chinês, e notícias de uma potencial reabertura na China mantendo o sentimento positivo (embora os fundamentos para 2023 não tenham mudado materialmente)”.
Top pick

O JPMorgan reforça a expectativa de o sentimento em relação à reabertura chinesa ser o principal direcionador para os preços do minério de ferro nos próximos meses.

O banco lembra que o minério de ferro está atualmente em torno de US$ 110/tonelada, tendo avançado 38% desde mínimas recentes, impulsionado pelas notícias positivas mais recentes envolvendo a China.

A instituição ainda tem Vale como principal escolha dentro do setor. Ela aproveitou a atualização para cortar as projeções dos volumes de produção de minério de ferro da companhia em 2023, a 310 milhões de toneladas (patamar mínimo do guidance divulgado pela mineradora, de 310-320 milhões de toneladas).

Justificando a recomendação de “overweight” e o preço-alvo de R$ 109 à Vale, o JPMorgan cita a geração de caixa robusta, o que deve levar a pagamentos também robustos de dividendos, e o valuation atrativo.

Diário do Vale - RJ   20/12/2022

Lei é de autoria do deputado Gustavo Tutuca; PGE vence batalha judicial e lei poderá entrar em vigor; com isso, Volta Redonda e região ganham em competitividade para atrair empresas da chamada “cadeia do aço”

Volta Redonda – A Procuradoria Geral do Estado (PGE) venceu nesta segunda-feira (19), por unanimidade, a ação de inconstitucionalidade movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que impugnava a Lei 8960/20, conhecida como “Lei do Aço”. O deputado estadual Gustavo Tutuca e o prefeito Antonio Francisco Neto comemoraram a decisão do órgão especial do Tribunal de Justiça (TJ), que confirmou, a constitucionalidade da lei que garante incentivos tributários para o setor metalmecânico. Na prática, empresas que componham a chamada “cadeia do aço” poderão se instalar em Volta Redonda com redução na carga do ICMS.

De autoria do deputado estadual Gustavo Tutuca (PP), a lei foi aprovada na Assembleia Legislativa (Alerj) e sancionada pelo Governo do Estado em 2020 para criar um regime tributário diferenciado para as indústrias do setor metalmecânico instaladas no estado, com o objetivo de tornar o Rio competitivo em relação aos estados vizinhos.

A estimativa é que a lei ajude a criar cerca de 4 mil empregos diretos no Sul Fluminense. A decisão do Tribunal de Justiça do Rio passa a valer assim que for publicada e transitada em julgado.

– Foi uma vitória extremamente importante para todo o segmento metalmecânico instalado no estado do Rio de Janeiro, em especial para o Sul Fluminense, que tem muitas empresas na região. A Lei do Aço vai beneficiar muita gente e inserir diretamente 4 mil pessoas no mercado de trabalho. Isso sem contar outros setores da economia que vão se beneficiar indiretamente. Ou seja, é uma lei que só vai trazer benefícios ao Estado. Parabéns à PGE e ao Governador Cláudio Castro por mais essa vitória. Seguimos juntos trabalhando por um Rio de Janeiro forte – disse Gustavo Tutuca.

O prefeito Antônio Francisco Neto disse estar otimista e acredita que Volta Redonda pode viver um novo momento econômico.

– Temos muito que agradecer a todos os deputados estaduais que se empenharam na aprovação desta lei, que coloca o Estado do Rio em pé de igualdade na briga com Minas Gerais e São Paulo na briga por empresas da cadeia do aço. As regras anteriores a esta lei, que agora entra em vigor definitivamente, representavam uma grande covardia com o Rio e com nossa região especificamente – disse Neto.

A empolgação do prefeito de Volta Redonda se mostra justa, uma vez que a cidade já abriga a CSN e agora pode avançar nas negociações para abrigar fornecedores e compradores da siderúrgica. Desta forma, além dos incentivos fiscais, Volta Redonda tem uma “âncora” de peso e a questão logística para entrar na briga por novas empresas.

Segundo Neto, este é um desejo não só do governo municipal, mas também dos empresários do setor metalmecânico. Em recentes reuniões, o prefeito reuniu em seu gabinete representantes de diversas empresas que já manifestaram interesse em mudar o domicílio para Volta Redonda. “Essas tratativas agora tendem a ser aceleradas, numa equação onde todos ganham”, destacou.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   20/12/2022

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 5,79% para 5,76% para este ano. A estimativa consta do Boletim Focus de hoje (19), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2023, a projeção da inflação ficou em 5,17%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,5% e 3,1%, respectivamente.

A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional, a meta é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2% e o superior de 5%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2023 também está acima do teto previsto. Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, para 2023 os limites são 1,75% e 4,75%.

Puxado pelo aumento de preços de combustíveis e alimentos, em novembro, a inflação subiu 0,41%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 5,13% no ano e 5,90% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

A próxima reunião do Copom está marcada para 31 de janeiro e 1° de fevereiro de 2023. Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic seja mantida nos mesmos 13,75% nessa primeira reunião do ano. Mas para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,75% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se mantém em 3,05%. Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é crescimento de 0,79%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,67% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,26.

IstoÉ Dinheiro - SP   20/12/2022

A confiança empresarial da China caiu para o nível mais baixo desde janeiro de 2013, mostrou pesquisa da World Economics nesta segunda-feira, refletindo o impacto do surgimento de casos de Covid19 na atividade econômica com o levantamento abrupto de muitas medidas de controle da pandemia.

O índice caiu para 48,1 em dezembro de 51,8 em novembro, mostrando a pesquisa da World Economics com gerentes de vendas de mais de 2.300 empresas, realizada entre 1 e 16 de dezembro. O índice foi o mais baixo desde que a pesquisa começou em 2013.

Os resultados da pesquisa estão entre os primeiros indicadores de como o sentimento empresarial foi afetado na segunda maior economia do mundo, após o forte relaxamento das rigorosas medidas de contenção da Covid em 7 de dezembro ter desencadeado uma onda ainda crescente de casos de Covid em toda a China.

“A pesquisa sugere fortemente que a taxa de crescimento da economia chinesa diminuiu drasticamente, e pode estar caminhando para a recessão em 2023”, disse a World Economics.

O PIB da China deve crescer apenas 3% este ano, seu pior desempenho em quase meio século.

A pesquisa mostrou que a atividade empresarial caiu com força em dezembro, com os índices dos gerentes de vendas nos setores de industrial e de serviços abaixo do nível 50, que separa crescimento de contração.

IstoÉ Online - SP   20/12/2022

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,38% na segunda quadrissemana de dezembro, perdendo força ante o avanço de 0,48% verificado na primeira quadrissemana deste mês, de acordo com dados publicados hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Na segunda leitura de dezembro, cinco dos sete itens que compõem o IPC-Fipe desaceleraram. Foi o caso de Alimentação (de 0,61% na primeira quadrissemana para 0,47% na segunda quadrissemana), Transportes (de 0,63% para 0,41%), Despesas Pessoais (de 0,86% para 0,73%), Saúde (de 1,18% para 1,17%) e Vestuário (de 1,48% para 1,40%).

Além disso, os custos de Habitação recuaram em ritmo um pouco mais forte na segunda quadrissemana deste mês, de 0,19%, após caírem 0,17% na prévia anterior de dezembro.

Por outro lado, houve leve aceleração do item Educação no mesmo período, de 0,11% para 0,13%.

Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na segunda quadrissemana de dezembro:

– Habitação: -0,19%

– Alimentação: 0,47%

– Transportes: 0,41%

– Despesas Pessoais: 0,73%

– Saúde: 1,17%

– Vestuário: 1,40%

– Educação: 0,13%

– Índice Geral: 0,38%

CNN Brasil - SP   20/12/2022

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 226,5 milhões na terceira semana de dezembro de 2022. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (19), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,182 bilhões e importações de US$ 5,955 bilhões.

Em dezembro, o resultado comercial acumula superávit de US$ 2,489 bilhões. No ano, o saldo é positivo em US$ 60,019 bilhões.

A média diária das exportações registrou nas três primeiras semanas de dezembro aumento de 20,0%, com alta de 35,8% em agropecuária, crescimento de 5,8% em Indústria da transformação e expansão de 41,1% em produtos da indústria extrativa.

Já as importações subiram 25,1%, com alta de 3,8%em agropecuária, crescimento de 40,1% em indústria extrativa e de 19,2% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária.

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   20/12/2022

Os preços do ingrediente siderúrgico minério de ferro e os futuros do aço na China caíram nesta segunda-feira, com o aumento dos casos locais de Covid-19 levando os traders a registrar algum lucro de um rali recente estimulado pela flexibilização das restrições ao coronavírus.

A maior produtora de aço, a China, está na primeira de três ondas esperadas de casos de Covid-19 neste inverno, de acordo com o principal epidemiologista do país, forçando muitas pessoas a ficar em casa.

O contrato do minério de ferro mais negociado para entrega em maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou com queda de 3,7%, a 793,50 iuanes (113,75 dólares) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de janeiro de referência do ingrediente siderúrgico caiu 3,1%, para 107,85 dólares a tonelada, a partir das 04:00 (horário de Brasília).

O surto de Covid-19 na China “pode provocar uma proporção crescente da população nervosa a esperar a onda atual em casa, destruindo a atividade econômica no processo”, disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities.

A retração do mercado foi ampla, mesmo quando Pequim, em um comunicado na sexta-feira após uma reunião de definição de agenda, prometeu se concentrar na estabilização de sua economia de 17 trilhões de dólares em 2023 e intensificar os ajustes de política para garantir que as principais metas sejam atingidas.

O vergalhão na Bolsa de Futuros de Xangai caiu 3,4%, a bobina a quente perdeu 3,6% e o aço inoxidável caiu 4,8%.

Em Dalina, o carvão caiu 6,4% e o coque perdeu 6,8%.

Os fundamentos do mercado também foram preocupantes.

A produção média diária de aço bruto entre as usinas membros da Associação de Ferro e Aço da China (CISA, na sigla em inglês) diminuiu entre 1º e 10 de dezembro, depois de subir nos dois períodos anteriores de 10 dias, caindo 2,1% ou 41.800 toneladas em relação ao final de novembro, para 1,99 milhão de toneladas, informou a consultoria Mysteel, citando dados da CISA.

Várias produtoras de aço cortaram a produção enquanto tentavam recuperar as perdas e antecipar o cenário de uma demanda mais fraca durante o inverno, disse a Mysteel.

Diário do Comércio - MG   20/12/2022

O preço do minério de ferro deve encerrar 2022 em patamares parecidos aos do fechamento de 2021. Apesar disso, o cenário ao longo do ano foi de instabilidade. No porto de Qingdao, na China, por exemplo, o minério com 62% de teor de ferro atingiu seu pico de valorização em março (US$ 147,36/tonelada) e de desvalorização em outubro (US$ 78,91/t). A cotação final da última semana foi de US$ 106,19/t.

As incertezas globais decorrentes do conflito entre Rússia e Ucrânia foram um dos motivos para a volatilidade da commodity, porém, os principais fatores continuam relacionados à China, que dita o mercado. O país asiático, que é o principal importador mundial de minério de ferro, vem sofrendo com isolamentos sociais impostos à população, além de estar vivendo uma longa crise imobiliária, o que afeta diretamente a demanda.

“As movimentações nas cotações foram maiores do que o esperado, mas o preço do minério de ferro deve terminar o ano em um nível esperado. O minério de ferro foi negociado entre US$ 95 e US$ 155 a tonelada esse ano, demonstrando que a volatilidade que houve no início da pandemia ainda não se dissipou no mercado de commodities. Entretanto, o minério de ferro caminha para o fim do ano com o preço dentro do esperado”, explicam os analistas da Terra Investimentos, Régis Chinchila e Luis Novaes.

Segundo eles, durante o primeiro semestre do ano, o mercado esperava que a economia chinesa se recuperasse, visto que vários países já haviam “demovido” as políticas de combate à Covid-19. Além disso, ainda havia o fato da guerra no Leste europeu não ter impacto direto sobre o país e ser visto como algo que duraria apenas semanas. No entanto, a China manteve a política de Covid Zero e os resultados não vieram. Assim, a demanda não correspondeu às expectativas e os preços desabaram nos meses seguintes. Já neste fim do ano, como o mercado voltou a projetar uma recuperação da economia chinesa em 2023, o minério de ferro se valorizou.

O professor titular do Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Roberto Galéry, também ressalta que o mineral sofreu uma grande variação de preço neste ano muito pelo fator chinês. “Se o mercado interno imobiliário da China retrai, o preço cai, porque ela consome muito ferro. Se a China faz uma grande compra de minério, o preço aumenta. E assim por diante”, disse.

O analista de investimentos da Mirae Asset, Pedro Galdi, lembra que a cotação do minério de ferro no final do ano passado na Bolsa de Dalian era de US$ 122,26/t, já atualmente está em US$ 113,85/t. Sendo assim, entre os períodos houve um recuo de quase 7%. Apesar disso, ele pondera: “Considerando o que está acontecendo no mundo, entendo que esta queda é até pequena, ou seja, o preço está se mantendo em um patamar acima do esperado”.

Já o sócio-diretor da Belo Investment Research, Paulino Oliveira, além de todos os fatores já citados, destaca o aumento na taxa de juros nos países desenvolvidos e emergentes. “O minério de ferro é uma commodity muito cíclica e, portanto, responde mais do que proporcionalmente à expectativa do nível de atividade econômica”, aponta. Segundo ele, quando criada uma política de estímulo à economia em geral, como a chinesa em relação ao setor imobiliário residencial, há um impacto ainda mais veloz no mercado de minério de ferro.

Para os últimos dias do ano, a expectativa quanto à cotação é parecida entre os analistas. Chinchila e Novaes acreditam que o minério de ferro termine o ano entre US$ 105 e US$ 115/t, próximo à cotação final de 2021 – em torno de US$ 115/t. Galéry acredita que a commodity feche em US$ 110/t. Galdi estima o mesmo valor, mas ressalta que pode sofrer alterações, caso piore o quadro de saúde na China. Já Oliveira afirma não ter preço-alvo, mas espera um cenário de estabilidade.
Expectativa de preço a curto e médio prazo

Os analistas ouvidos pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO também comentaram sobre a expectativa de preço do minério de ferro para os próximos anos. Apesar de divergirem em relação à cotação, todos eles citam a recuperação chinesa como fator crucial para uma possível variação.

“O minério de ferro pode voltar a ser negociado a um preço maior no curto prazo, refletindo o aumento da demanda após possível retomada da economia chinesa. Entretanto, esse cenário só deve se concretizar com o fim da política de Covid Zero na China, algo que pode demorar mais do que o projetado, ou seja, é uma valorização especulativa. Para longo prazo, os preços do minério de ferro não devem voltar a ser negociados nos patamares recentes, historicamente altos. E, sim, voltar à normalidade em aproximadamente US$ 85 em 2025, considerando também que os custos de produção hoje são mais altos, o que impede a negociação da commodity na faixa dos US$ 50”, afirmam Chinchila e Novaes.

Oliveira diz que para 2023, a expectativa é de estabilidade, tendo em vista que as medidas globais de aumento de juros para controle da inflação começaram a dar sinais de efetividade. Desse modo, pode haver um favorecimento à manutenção ou retomada da atividade econômica e, consequentemente, a demanda por minério de ferro. Ele cita ainda que o país asiático já vem dando indícios de uma possível retomada do mercado imobiliário residencial, o que também pode beneficiar a commodity. “Isso tudo deve contribuir para a sustentação desse nível de demanda. Portanto, ano que vem a gente pode esperar uma maior estabilidade com essa reticência, só que há um risco de recessão que dependerá muito do tamanho do aumento de juros”, salienta.

Já Galdi ressalta que a cotação segue pressionada com a China, devido aos isolamentos sociais. Enfatiza, porém, que com a redução das restrições, a economia chinesa deve mostrar uma recuperação no primeiro trimestre de 2023. Ainda conforme ele, há potencial para que a cotação atinja US$ 120/t no ano que vem, a depender da retomada industrial e habitacional chinesa. Um pouco mais otimista, Galéry afirma que a tendência para o próximo exercício é de alcançar US$ 130/t.

Money Times - SP   20/12/2022

A CSN Mineração (CMIN3) enfrentou um ano difícil em 2022, com as ações reportando queda de aproximadamente 38% até o momento. Para a XP Investimentos, o fraco desempenho operacional e o cenário macro volátil foram os pontos que interferiram no desempenho do papel.

No entanto, a XP ainda tem um olhar positivo para a empresa, pois espera um ambiente positivo para o segmento de commodities, “principalmente devido ao relaxamento das restrições da Covid-19 na China e um melhor desempenho do setor imobiliário em relação a 2022.

Quanto ao valuation, a corretora diz que CMIN3 continua barata em 3,6 vezes o seu EV/Ebitda (valor da empresa sobre resultado operacional) para 2023. Com isso, a recomendação de “compra” foi reiterada.

Apesar da avaliação, no momento atual, a XP diz preferir Vale (VALE3) para a aposta na reabertura da China através do minério de ferro.

“Acreditamos que os investidores permanecerão afastados de CSN Mineração devido ao desembolso de capital, preocupações com riscos de execução e ceticismo sobre a futura alocação de capital”, avalia.

CSN pagará dividendos elevados

A política de dividendos da CSN permanece inalterada, com pagamentos de proventos ainda elevados esperados para 2023, destaca a XP. Em evento anual com investidores, a CSN mencionou um rendimento de 18% para sua unidade de negócios de mineração.

A CSN Mineração espera que os mercados globais de minério de ferro fiquem equilibrados no ano que vem, com preços em torno de US$ 100-110 a tonelada.

“A empresa espera que o crescimento da demanda seja de alta de 26 milhões de toneladas ano a ano. Desse total, 12 milhões de toneladas devem vir da China”, destaca a XP.

Do lado da oferta, o crescimento esperado pela empresa é de um avanço de 29 milhões de toneladas, vindo principalmente do Brasil, devido aos menores efeitos das chuvas, e da Índia, por conta das tarifas de exportação mais baixas.

Revista Mineração - SP   20/12/2022

Para 2023, a empresa planeja produzir entre 8 e 9 milhões de toneladas, com investimentos de R$ 1,6 bilhão.

A Samarco, joint venture entre Vale e BHP, produziu mais de 7,5 milhões de toneladas (Mt) de pelotas e finos de minério de ferro de janeiro a novembro deste ano, alta de 5,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a mineradora, foram embarcados 77 navios para exportação.

Operando com 26% da capacidade produtiva, a empresa investiu mais de R$ 1,1 bilhão no mesmo período para sustentação das operações, continuidade das obras de descaracterização da barragem e cava do Germano, entre outros.

Até outubro foram gerados mais de R$ 915 milhões em tributos da própria empresa e aqueles gerados na aquisição de bens, materiais e serviços de fornecedores. De acordo com a companhia, até o final de 2022, os impostos devem somar R$ 1,1 bilhão, incluindo a projeção dos dois últimos meses.

Para 2023, a empresa planeja produzir entre 8 e 9 milhões de toneladas (+10%) com investimentos de R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 721 milhões para as obras de descaracterização, em estágio avançado. “A retomada total da capacidade produtiva está prevista para ocorrer de forma gradual e segura até 2028”, ressalta a mineradora.

“Neste segundo ano de nossa retomada, concretizamos a estabilidade operacional da empresa, superando as expectativas de performance, alcançando mais eficiência e custo operacional competitivo. Ao mesmo tempo, consolidamos nosso retorno ao mercado e nossas relações com clientes estratégicos. Queremos, em 2023, evoluir ainda mais para seguirmos com o nosso propósito de fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável”, destacou o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela.
Principais inciativas

Entre os destaques deste ano, a Samarco inaugurou o Centro de Operações Integradas (COI) integrando áreas de planejamento, operações, gestão de ativos, entre outras para reforçar a segurança operacional e de processos.

Além disso, a empresa vem investindo no projeto Dry Stacking para construção de uma planta de filtragem e de aterros experimentais para análise das melhores formas de disposição e do comportamento geotécnico das pilhas, no Complexo de Germano, em Mariana (MG).

Neste ano, a empresa lançou o Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão. Foram destinadas vagas afirmativas para mulheres, jovens negros (as) e para pessoas com deficiência. A expectativa é que as ações sejam ampliadas em 2023.

Por meio do Força Local, que contribui com o desenvolvimento socioeconômico dos territórios onde a empresa atua, a Samarco desembolsou cerca de R$ 480 milhões em compras com fornecedores locais. Em 2022, 112 empresas foram certificadas no Pilar Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores Locais.

“Esse desempenho é fruto do planejamento e do fortalecimento dos nossos valores, sobretudo o respeito às pessoas e tendo como foco a segurança”, avaliou Vilela.

Máquinas e Equipamentos

Veja - SP   20/12/2022

O presidente-executivo da Abimaq, José Velloso, afirmou que a chegada de uma nova gestão ao BNDES, que passará a ser comandado por Aloizio Mercadante no próximo governo Lula, renova a expectativa do setor de máquinas e equipamentos pela redução do custo de se tomar dinheiro emprestado no banco de fomento.

Segundo ele, atualmente a TL, a taxa de longo prazo do banco, não é atrativa para a indústria que compra máquinas financiadas em cinco anos ou mais. Com a taxa básica de juros alta e a remuneração alta dos títulos públicos, muitos empresários, disse, preferem investir no mercado financeiro ao invés de aportar recursos na ampliação da produção.

A TL passou a vigorar em substituição à chamada TJLP, que era a taxa de juros subsidiada do banco. Velloso afirmou que a indústria não concorda com taxas subsidiadas para qualquer financiamento por trazerem problemas fiscais para o governo. Ele defendeu uma mudança no cálculo da TL, reduzindo a remuneração do FAT, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, cujos recursos financiam os empréstimos do BNDES.

A discussão foi levada ao gabinete de transição do próximo governo de Lula. Ainda não há uma definição do que será feito com a taxa de juros do BNDES, mas há um consenso no mercado de que o banco, que passou os últimos quatro anos mais focado nas operações de concessão na área de saneamento básico, irá retomar com mais força o seu papel no financiamento de projetos de infraestrutura de uma maneira geral e também de que as micro e pequenas empresas terão atenção especial da nova gestão.

Velloso explicou que as grandes empresas conseguem recursos com condições mais favoráveis no mercado e que, com a mudança na taxa do BNDES, as micro, pequenas e médias empresas ficaram sem opções de financiamentos mais competitivos.

“A TL considera a remuneração do FAT a preço de mercado, além do lucro do BNDES e o spread do banco repassador. No final, o empresário paga taxas de 20% a 22% ao ano, muito acima das de mercado. Acaba não fazendo sentido investir na produção. Defendemos não o subsídio, mas uma redução do percentual de remuneração do FAT para que no final, depois dos ganhos dos bancos, o tomador do empréstimo tenha ainda assim uma taxa atrativa”, disse Velloso ao Radar.

Estudos da Abimaq indicam que nos últimos anos 80% dos recursos usados para a compra de novas máquinas são próprios das empresas, algo que não é comum, já que geralmente usam empréstimos para financiar a ampliação da sua capacidade produtiva.

“Existe uma demanda muito grande por financiamento, dado o passivo de investimento nos últimos anos. Tem otimismo com a nova gestão, no sentido de que está na hora de se resolver o custo de capital no país. Acho que poderíamos chegar em 2024 com algo em torno de 21% de investimento em relação ao PIB. Isso só seria possível com uma mudança, porque nunca esteve tão alto o custo de capital no Brasil”, disse.

VEJA Mercado em vídeo - segunda, 19 de dezembro
O porquê da liminar de Gilmar Mendes não ser o "pior dos mundos" e a melhora na previsibilidade depois do julgamento do orçamento secreto são os destaques do dia

Os recentes movimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) têm provocado reações no mercado financeiro. A liminar do ministro Gilmar Mendes que autoriza a retirada de recursos extraordinários para o pagamento do Bolsa Família em 2023 e a derrubada do orçamento secreto têm promovido uma onda de otimismo na bolsa de valores.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   20/12/2022

Montadoras tradicionais estão fazendo grandes investimentos em veículos elétricos

O diretor-presidente da Toyota, Akio Toyoda, disse que há um crescimento no setor sobre questionamento se uma estratégia totalmente focada em veículos elétricos deve continuar, citando uma inquietação sobre a capacidade da empresas em realizar essa transição.

As montadoras tradicionais estão fazendo grandes investimentos em veículos elétricos, atendendo a uma demanda robusta, mas que ainda conta com poucos modelos disponíveis. Desafios como escassez de materiais para peças e baterias criaram dúvidas sobre a evolução dessa transição.

“As pessoas envolvidas no setor automotivo são uma maioria silenciosa”, disse Toyoda, conversando com repórteres na Tailândia. “Essa maioria silenciosa questiona se veículos elétricos são a única solução, mas eles não podem falar abertamente para não ir contra a maré.”

Enquanto competidoras como General Motors e Honda estão com metas de eletrificação, a Toyota insiste em uma estratégia de investimentos em diversos modelos híbridos, que combinam motores elétricos e a combustão, além de tecnologias alternativas, como veículos movidos a hidrogênio.

“Como ainda não há uma resposta definida, não queremos limitar nossas opções a uma só”, comentou o diretor-presidente da montadora japonesa. Toyoda diz que a companhia tenta convencer outras empresas e governos disso, em um esforço que ele considera cansativo.

A companhia diz que veículos híbridos, como o utilizado no Prius, modelo criado na década de 1990, é uma opção importante em um momento onde veículos totalmente elétricos são caros e com opções limitadas de infraestrutura de carregamento ao redor do mundo.

Infomoney - SP   20/12/2022

A fabricante de carros elétricos Tesla (TSLA34) poderá anunciar a construção de uma fábrica no Estado mexicano de Nuevo León já na sexta-feira, com um investimento inicial entre 800 milhões e 1 bilhão de dólares, informou o jornal local Reforma nesta segunda-feira.

O investimento total, considerando futuras expansões, poderá chegar a 10 bilhões de dólares, disse o jornal, citando fontes.

O anúncio se seguiria a visita do presidente-executivo da montadora, Elon Musk, ao Estado, que faz fronteira com o Texas, em outubro. Na época, uma fonte disse à Reuters que Musk se encontrou com o governador de Nuevo León, Samuel García, e o embaixador dos Estados Unidos no México, Ken Salazar.

A potencial fábrica nos arredores da cidade de Monterrey começará produzindo componentes para os modelos atuais da montadora, disse uma fonte ao Reforma, possivelmente depois fabricando um novo modelo a um custo menor do que outras unidades.

Uma autoridade federal disse à Reuters que a Tesla irá anunciar o planejado investimento quando estiver pronta para tal, mas que não será necessariamente antes do Natal e poderá ocorrer em janeiro, segundo o Reforma.

O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, disse no início deste mês que Musk havia percorrido três Estados do país em busca de instalações para a fábrica.

A Tesla não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

FERROVIÁRIO

Valor - SP   20/12/2022

Pacote inclui novos leilões, o regime de autorização e as renovações antecipadas

Nos últimos quatro anos, o setor de ferrovias teve uma onda de novos projetos. Foram ao menos R$ 61 bilhões de investimentos contratados (considerando os valores à época das contratações), entre leilões de novos trechos, renovações antecipadas de concessões e uma nova ferrovia privada.

O impacto da maioria dessas obras está por vir, já que se tratam de projetos de longo prazo. Porém, especialistas avaliam que uma real mudança na matriz de transporte de cargas no Brasil, ainda muito concentrada em rodovias, segue distante. Uma transformação maior dependerá da atração de mais investimentos privados e da retomada do papel estatal no crescimento da malha.

Em 2022, as ferrovias deverão ser responsáveis por uma fatia de 19% na movimentação de cargas do país - sem grande variação em relação ao patamar observado desde 2004, segundo dados da consultoria Ilos. As rodovias seguirão representando cerca de 63% da matriz de transportes.

“O ente privado não vai construir uma ferrovia desbravadora, isso é papel do Estado”, diz Quintella, da FGV

“Tivemos avanços, mas pontuais. Vai demorar para colocarmos em prática uma mudança, porque, ao mesmo tempo que os investimentos são feitos, o país segue aumentando sua produção, sua safra. Os novos projetos são extremamente necessários, mas, no curto prazo, não haverá mudança na participação dos modais”, afirma Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva da Ilos.

“A verdade é que não tivemos evolução [nos últimos anos]. Pelo contrário, estamos perdendo trilhos, porque dos 30 mil km existentes, apenas 12 mil km estão operacionais. Temos 18 mil km de ferrovias abandonadas ou subutilizadas e muitas delas estão inclusive sendo devolvidas à União”, avalia Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes.

Ele também destaca que os investimentos contratados trarão algum avanço. “As renovações antecipadas garantirão, pelo menos, as melhorias na malha que já está em operação. Além disso, a inclusão de subsídios cruzados, com a destinação de parte dos investimentos a novas ferrovias, terão um efeito positivo”, diz ele.

Nos últimos anos, o governo federal conseguiu enfim tirar do papel o plano de renovar grandes concessões ferroviárias, como forma de antecipar novos investimentos - um plano iniciado em 2015, mas que ficou travado por anos devido à resistência do Tribunal de Contas da União (TCU).

A pioneira foi a Malha Paulista, da Rumo, em maio de 2020, que se comprometeu com obras estimadas à época em R$ 6,1 bilhões.

Desde então, a Vale também conseguiu renovar as concessões de duas ferrovias, em troca de cerca de R$ 24,7 bilhões em investimentos. Parte dos recursos foi destinado a outros projetos: à obra da Ferrovia de Integração Centro Oeste (Fico), em execução pela Vale, e à compra de equipamentos para da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol).

A MRS também teve aprovação para seu aditivo, com o compromisso de cerca de R$ 9,7 bilhões em novas obras no sistema.

Além disso, foram realizados dois leilões de novas concessões. No primeiro deles, em 2019, a Rumo conquistou o trecho central da Norte-Sul, que começou a operar em março de 2021.

A segunda licitação, do trecho inicial da Fiol, foi arrematada pela Bamin (Bahia Mineração), em abril de 2021. A empresa prevê iniciar no primeiro trimestre de 2023 as obras para concluir a via (cuja construção foi iniciada pelo Estado). Até agora, o grupo vinha avaliando os projetos e realizando diligências na obra, além de iniciar serviços de reparação de passivos ambientais.

Essa onda de investimentos recém-contratada, no entanto, já encontra problemas. As operadoras pedem que o governo federal reconheça a necessidade de um reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos, devido à forte inflação de insumos observada a partir da segunda metade de 2021 - quando boa parte dos acordos já estava firmado.

“A alta de insumos é um problema efetivo, que gerou passivos e que não foram resolvidos. Os preços ainda não se reacomodaram. As obras vão acontecer, mas o governo precisa dar um conforto de sinalizar que esse abismo vai ser equacionado”, afirma Fernando Paes, diretor-executivo da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários).

Além dos leilões e renovações, outro avanço do setor foi a aprovação do regime de autorização, que trouxe a possibilidade de empresas privadas construírem ferrovias por conta própria, sem participação ou compartilhamento de riscos com o governo.

No mercado, a expectativa para as autorizações é positiva, porém, muito mais modesta do que as projeções exorbitantes divulgadas pelo governo federal - ao todo, os pedidos protocolados poderiam somar R$ 258 bilhões, segundo o Ministério de Infraestrutura. A expectativa é que, na prática, uma parcela pequena desses requerimentos saia do papel. Ainda assim o modelo é visto como um passo importante.

“É muito difícil prever quais e quantos projetos vão se concretizar. Quando olhamos para a experiência de terminais portuários privado, o índice de não concretização dos projetos é bastante alto, então é algo natural”, diz Paes.

Para ele, os projetos mais viáveis serão os de porte menor, com implementação mais fácil e menos onerosa, e para os quais já existe carga prevista. “Também pode ser uma boa forma de solucionar trechos das malhas já existentes que não são utilizados ou com baixa utilização”, afirma.

Para além dos investimentos privados, uma percepção geral no setor é que, para construir novas ferrovias de grande porte e gerar desenvolvimento em regiões do país onde a demanda ainda não está dada, a atuação do governo federal será indispensável.

“O ente privado não vai construir uma ferrovia desbravadora, isso é papel do Estado”, afirma Quintella, da FGV Transportes.

Para ele, não há perspectiva no curto prazo de o país voltar a ter grandes obras públicas, devido à crise fiscal. Porém, ele pondera que já é possível - e necessário - voltar a investir na elaboração de bons projetos e em planejamento para a logística do país, inclusive para além da ferrovia. “É importante pensar na intermodalidade. É equivocado pensar em investir só em ferrovias”, diz.

Paes, da ANTF, também vê a necessidade de o Estado participar de forma mais ativa. “Só autorizações ou só subsídios cruzados não vão ser suficientes. O governo federal precisa assumir um papel de protagonista da malha ferroviária, seja na construção, no financiamento ou via PPPs. Precisamos dar esse salto.”

Apesar dos desafios e custos, os especialistas apontam grandes benefícios em promover um maior equilíbrio do sistema de transportes no Brasil. Para a logística, essa mudança representaria uma redução de custos bilionária, segundo Hijjar, da Ilos.

Uma projeção da consultoria indica que se a matriz brasileira fosse igual à dos EUA - em que o modal ferroviário representa 33% do total; o dutoviário, 19%; e o aquaviário, 9% - os custos de transporte, em 2021, teriam sido R$ 208,42 bilhões menores. “É claro que é apenas um exercício teórico, mas já dá a dimensão do impacto”, diz ela.

Valor - SP   20/12/2022

Se o leilão não for realizado esta semana, o dinheiro do orçamento da União reservado para o projeto cairá na conta do Tesouro Nacional no dia 31 de dezembro para fazer superávit

Apesar das incertezas que rondam a concessão do Metrô de Belo Horizonte e privatização da estatal CBTU Minas, ao menos um consórcio apresentou nesta segunda-feira (19) documento de habilitação e proposta inicial para disputar o leilão, na próxima quinta-feira (22), na B3, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Isso garante que não haja frustração do governo mineiro e da atual gestão federal com uma licitação “deserta” — sem investidor interessado.

Uma das fontes consultadas pela reportagem informou que o consórcio garantido na concorrência é liderado por um investidor nacional, que já atua no país na área de mobilidade urbana, e que conta ainda com participação minoritária de um grupo chinês.

Outros grupos estrangeiros — Stoa, da França, e Acciona, da Espanha — também vinham estudando o projeto, mas, por enquanto, não há confirmação se apresentaram ou não proposta na sede da B3, em São Paulo.

O prazo de entrega dos documentos e da proposta inicial começou às 9h e encerrou-se ao meio dia. Na quinta-feira (22), será a abertura das propostas econômicas e disputa de lances, em viva-voz, se houver mais de um consórcio habilitado.

Incertezas quanto ao novo governo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) insistiu em manter o leilão mesmo em contexto de grande incerteza para os investidores. Isso porque o vencedor do certame terá que assinar o contrato somente no próximo governo, sob a gestão do futuro presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Integrantes da equipe de transição já sinalizaram que todos os processos de privatização conduzidos pelo atual governo deveriam ser paralisados, incluindo a CBTU Minas. O PT entrou com uma ação na Justiça contra a licitação. Na semana passada, o processo contou com um ingrediente a mais: greve dos metroviários na capital mineira.

A atual equipe econômica considera o projeto estratégico, que pode ser replicado nos sistemas metroviários de Recife e Salvador, e inovador, por se tratar de uma licitação híbrida que envolve tanto a concessão de 30 anos do serviço de metrô quanto a privatização de empresas federais deficitárias que atuam no ramo. Na prática, o modelo de contratação se assemelha mais a uma parceria público-privada (PPP), embora não seja considerada.

Até a publicação do edital, em setembro, integrantes do Ministério da Economia venceram resistências no governo do Estado de Minas Gerais e desconfianças de investidores privados, além de convencer ministros e auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a viabilidade do projeto.

Ao todo, o contrato prevê investimento de R$ 3,2 bilhões na modernização da Linha 1 (Novo Eldorado-Vilarinho) e extensão da rede metroviária com a construção da Linha 2 (Nova Suíça-Barreiro). Os estudos indicam que o aumento do atendimento da população da região metropolitana de Belo Horizonte e a maior eficiência da gestão privada serão capazes de tonar o projeto economicamente sustentável.

O leilão inclui a privatização da CBTU Minas, controlada pelo governo federal, que toma prejuízo na administração da Linha 1. A União garantiu o aporte de R$ 2,8 bilhões no orçamento federal deste ano para o projeto, uma forma de se livrar de perdas financeiras acima de R$ 300 milhões por ano. O governo mineiro se comprometeu a entrar com ajuda de R$ 400 milhões.

Se o leilão não for realizado esta semana, o dinheiro do orçamento da União reservado para o Metrô de Belo Horizonte cairá na conta do Tesouro Nacional no dia 31 de dezembro para fazer superávit.

Aposta de Romeu Zema

Considerada uma grande aposta da nova gestão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), a concessão do Metrô de Belo Horizonte cumprirá etapa importante com o leilão. “A gente esperava um ou dois grupos interessados, não mais do que isso”, disse o secretário de infraestrutura e mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, quando questionado sobre a previsão de que a licitação não será “deserta".

Ele afirmou ao Valor que aguardará o dia do leilão para saber a quantidade de consórcios que formalizaram interesse em assumir a operação do metrô por 30 anos.

O secretário comemorou a indicação de que houve pelo menos um investidor interessado no leilão. “A gente está muito feliz. Sabemos que é um setor extremamente complicado, que depende muito da demanda de passageiros, que, após a pandemia, se comporta de forma muito imprevisível”, disse Marcato. “As concessões de mobilidade urbana talvez sejam as mais desafiadoras”, acrescentou.

O secretário lembrou dos problemas enfrentados pelo governo do Estado de São Paulo com as Linhas 8 e 9 do metrô. “Não está fácil para a CCR operar”, comentou, mencionando o grupo que responde pela concessionária ViaMobilidade.

Marcato admitiu que a licitação do Metrô de Belo Horizonte ocorre em ambiente de incerteza, com “muito ruído”, relacionado à real disposição do governo federal eleito de assinar o contrato com o vencedor no início de 2023.

NAVAL

Porto Gente - SP   20/12/2022

O vereador de Santos, Francisco Nogueira (PT), ao realizar audiência pública sobre o Porto de Santos, na Câmara Municipal, põe luz sobre o cenário portuário e organiza um debate continuado de ações políticas urgentes.

Com uma ampla e didática abordagem da conjuntura do complexo portuário santista, Frederico Bussinger, na audiência da Câmara Municipal de Santos, promoveu reflexão e extensa pauta para construir negociação com o novo governo, que já garantiu que a privatização do Porto de Santos está suspensa. Acertadamente. Pois a reforma anunciada pela Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), sem perspectiva de prosperar, não saiu do papel, efetivamente.

O próximo governo não terá caixa para construir o futuro do principal porto brasileiro. Entretanto, este projeto precisa ser feito e implementado, como um modelo administrativo alinhado com o negócio portuário e atrelado a resultados que favoreçam o seu desenvolvimento e da sua região. Como nos grandes portos mundiais, esta reforma deve ser realizada na região do porto. Convém que seja como missão da nova diretoria, juntamente com a comunidade portuária. Um contexto que inclui o histórico do desenvolvimento desse complexo portuário, seus potenciais geográfico e operacional, na elaboração de um projeto bem atrativo para capitais globais.

Isso aconteceu há 26 anos: “Preparando o Porto de Santos para o Século XXI”. Foi um processo eficiente, com remodelagem, expansão e inserção regional. Ocorreu um aumento de produtividade e movimentação históricas, que atraíram investimentos intensivos. Um projeto de uma diretoria competente, que deve ser referência às próximas indicações. Que tenha espírito empreendedor, para implantar os projetos do porto oceânico e o túnel submerso ligando às margens do canal, por meio de Programa de Parcerias de Investimentos, (PPI), pela concessão especial na linha do governo Lula, coordenada pela Autoridade Portuária.

Trata-se de um projeto de governo com visão de futuro, comprometido com o longo prazo, aderente e focado no processo de inovação da navegação do comércio internacional, de navios tecnológicos e sustentáveis, com grandes calados. Esse debate, do futuro do Porto de Santos, permeia o modelo privado da Companhia Docas de Santos, como autoridade portuária e operadora, e o modelo estatal atual, com operação privada. Ainda que se defenda a privatização da autoridade portuária, a operação permanecerá com operadores privados. E fica claro que o problema a ser resolvido é o processo de nomeação política da diretoria do porto, com competência de gestão. Isto é possível e ágil na era digital.

Mais importante, ainda, é alinhar a comunidade portuária, na sua quase totalidade, através do planejamento e de ampla articulação, focando os interesses comerciais do porto. Uma transversalidade que abrange a Região Metropolitana, proposito da sua Agência de Desenvolvimento – AGEM e alcança a sua área de influência. Essa distribuição de papéis entre atores públicos e privados, exige uma alocação apropriada de deveres e responsabilidades, de riscos e recompensas para fazer o comércio marítimo funcionar com sua eficiência num crescendo.

O custo portuário é refletido na competitividade do produto brasileiro no comércio internacional e na matéria prima de importação que compõe preços de produções essenciais. No caso do Porto de Santos, trata-se da hinterlândia mais industrializada do País. O balanço equilibrado entre os setores público e privado na atividade portuária, contribuindo para o desenvolvimento econômico, é questão crítica na busca dos melhores resultados.

Portos e Mercados - SP   20/12/2022

Nos 11 meses do ano foram movimentadas 35.838.523 toneladas, número que é 18.19% menor que o mesmo período do ano passado e 3.51% inferior ao ano de 2020

A Portos RS divulgou, na manhã desta segunda-feira (19), os dados da movimentação dos portos do Rio Grande do Sul no período de janeiro a novembro. Os números levam em consideração as cargas movimentadas nos portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, assim como das empresas situadas no distrito industrial de Rio Grande.

As movimentações ainda seguem sentindo o reflexo da estiagem dos últimos anos, mas que castigou severamente os produtores em 2022. Nos 11 meses do ano foram movimentadas 35.838.523 toneladas, número que é 18.19% menor que o mesmo período do ano passado e 3.51% inferior ao ano de 2020.
Desse total, 33.981.529 toneladas foram movimentadas somente pelo Porto do Rio Grande que atingiu 10.002.230 toneladas de carga geral, 19.966.614 toneladas de granel sólido e outras 4.012.685 toneladas de granel líquido. O maior crescimento foi o do trigo que variou 233.40% em relação ao ano passado.

A lista de aumentos é seguida pelo cavaco de madeira, que variou positivamente em 14.86%, e pela celulose, com aumento de 11.13%. A soja em grão mais uma vez apresentou queda na movimentação, passando de 12.860.109 toneladas em 2021 para 5.342.421 toneladas em 2022, uma variação negativa de 58.46%.

O destino das exportações continua sendo a China (31.68%), seguido pela Espanha (4.98%), Estados Unidos (4.68%), Portugal (4.22%), Marrocos (4.10%) e Irã (3.81%). Já a origem das importações é liderada pela Argentina (12.81%), e seguida pela China (10.54%), Arábia Saudita (7.84%), Canadá (6.95%), Estados Unidos (6.42%) e Marrocos (5.42%).

O Porto de Pelotas registrou uma movimentação de 1.117.827 toneladas, uma variação positiva de 19.47% em relação a 2020, quando foram movimentadas 935.658 toneladas. Até agora, foram movimentadas 946.029 toneladas de madeira, 159.619 toneladas de clinquer e 12.179 toneladas de soja em grão.
Já o Porto de Porto Alegre atingiu 739.167 toneladas, uma queda de 27.53% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 477.933 toneladas de fertilizantes, 100.161 toneladas de cevada, 93.085 toneladas de carga geral, 47.503 toneladas de sal e outras 20.485 toneladas de trigo.

Com relação ao número de contêineres, foram movimentados de janeiro a novembro 476.204 unidades, sendo 294.710 delas cheias e outras 181.494 vazias.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   20/12/2022

A operadora independente Petro Victory concluiu o seu programa inicial de workover de três poços no campo de São João, localizado na Bacia de Barreirinhas. E o resultado colhido foi bastante expressivo, segundo a companhia. Os três poços que receberam as atividades foram o SJ-11, o SJ-06 e o SJ-01. A empresa detalhou que o workover teve impacto positivo significativo na produção de petróleo do poço SJ-11, que durante o período de 15 a 17 de dezembro alcançou o patamar de 613 barris de petróleo. Apenas para comparação, em 2021, o poço SJ-11 teve uma produção média de 7 barris de óleo por dia.

Para lembrar, workover é um conjunto de atividades que permite retomar ou melhorar as condições de produção e injeção esperadas do poço no mesmo intervalo. “A Petro-Victory reentrou no poço SJ-11, removeu o sistema de bomba de cavidade progressiva com falha e equipou o poço para produção usando um macaco de bomba. Além disso, dois reservatórios adicionais foram perfurados em profundidades de 1.297m e 1.467m para fornecer ganhos potenciais de produção de petróleo para a zona de petróleo aberta e comprovada existente em 1.490m. Outros nove reservatórios foram identificados em SJ-11 para futuros testes e produção de petróleo”, detalhou a empresa.

Com o sucesso do programa, a empresa anunciou também que já começou a expandir a sua capacidade de armazenamento de petróleo, de modo a dar suporte ao aumento da produção no campo. Para o futuro, a Petro-Victory espera iniciar também a produção dos poços SJ-06 e SJ-01, mas ainda não há uma data definida.

“Estou incrivelmente feliz com o resultado do workover no SJ-11. A taxa inicial de 640 barris de petróleo por dia é excelente. A equipe trabalhou muito para tornar este programa de workover um sucesso. O SJ-11 demonstra o lado positivo significativo que nossa empresa continua a desbloquear por meio de intervenções em poços de baixo custo. Este é o nosso primeiro passo, desde que assumimos a operação há alguns meses, para extrair valor de nosso campo de São João”, comentou o CEO da companhia, Richard Gonzalez.

Diário do Comércio - MG   20/12/2022

As exportações brasileiras de petróleo alcançaram 6,02 milhões de toneladas no acumulado das três primeiras semanas de dezembro, superando o volume de 5,91 milhões embarcado no total do mês em 2021, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira.

A média diária de embarques recuou para 501,3 mil toneladas, ante os 615,7 mil ao dia registrados até a semana passada, mas permaneceu acima da média de 257 mil toneladas ao dia exportada em dezembro de 2021.

Ainda de acordo com a Secex, as vendas externas de milho somaram 3,38 milhões de toneladas no acumulado deste mês, encostando nos 3,4 milhões embarcados no total de dezembro do ano passado, após produção elevada na segunda safra e demanda internacional firme.

Na mesma linha, as exportações de açúcar totalizam 1,9 milhão de toneladas até o momento, versus 1,94 milhão em todo o dezembro de 2021, mostraram os dados. As usinas têm elevado a produção do adoçante e também há demanda aquecida no mercado externo.

Infomoney - SP   20/12/2022

A demanda global por petróleo avançou, em outubro, contrariando a tendência sazonal, de acordo com novos dados da Iniciativa de Dados de Organizações Conjuntas (Jodi, na sigla em inglês). A demanda global avançou em 75 mil barris por dia (bpd) em outubro, 1,7 milhão de bpd acima do nível de 1 ano atrás, puxada sobretudo por ganhos na China, nos Estados Unidos e na Índia.

Já a produção global de petróleo recuou 228 mil bpd em outubro, puxada por perdas em Rússia, Arábia Saudita e Estados Unidos.

Enquanto os mercados ficaram mais apertados em comparação com setembro, os estoques globais de petróleo e produtos refinados avançaram de modo contrário ao normal na temporada, para 37,9 milhões de barris. Os estoques globais seguem 406 milhões de barris abaixo da média dos últimos cinco anos.

A demanda global estava em 99% dos níveis pré-covid em outubro, enquanto a produção de petróleo estava em 96% dos níveis pré-pandêmicos.

Os dados mostraram que a produção russa de petróleo caiu 107 mil bpd, a 9,88 milhões de bpd, e recua 378 mil bpd em relação aos níveis anteriores à invasão da Ucrânia. Já a produção russa de gás aumentou um pouco pelo terceiro mês seguido, embora ainda mais de 22% abaixo dos níveis de março.

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INDA

O INDA, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, é uma Instituição Não Governamental, legalmente constituída, sem fins lucrativos e fundada em julho de 1970. Seu principal objetivo é promover o uso consciente do Aço, tanto no mercado interno quanto externo, aumentando com isso a competitividade do setor de distribuição e do sistema Siderúrgico Brasileiro como um todo.

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