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20 de Agosto de 2024

SIDERURGIA

IstoÉ Dinheiro - SP   20/08/2024

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) iniciou investigação sobre dumping nas importações brasileiras da China de laminados planos de aço carbono, ligados ou não ligados, em forma de chapas ou em bobinas, de qualquer largura ou espessura.

“Dadas as sólidas evidências de que as políticas públicas e os programas e planos governamentais chineses corroboram o entendimento de que o setor siderúrgico é considerado estratégico e recebe tratamento diferenciado do governo; há intervenção governamental no setor, sob forma de subsídios financeiros e outros; há incentivos para o desenvolvimento tecnológico e há interferência estatal no suprimento de insumos e utilidades para a cadeia produtiva siderúrgica, de forma que as decisões dos entes privados não parecem refletir as dinâmicas puramente de mercado, mas orientações constantes dos planos estabelecidos pelo governo, considerou-se que não há prevalência de condições de economia de mercado para os fabricantes/produtores chineses de laminados planos a frio”, diz o ministério, em circular publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O MDIC informou ainda que a análise dos elementos de prova de dumping considerou o período de janeiro a dezembro de 2023, enquanto a análise de dano considerou o período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023.

Brasil Mineral - SP   20/08/2024

As vagas são nas áreas de Aciaria, Laminação, Redução, Logística, Manutenção, Qualidade, CTO, Beneficiamento, Renováveis, Processos e Geologia na Siderurgia, Mineração e BioFlorestas

A ArcelorMittal está com inscrições abertas para o Programa Expert 2024 até o dia 6 de setembro para as unidades em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso. Os interessados devem fazer a inscrição exclusivamente pelo link https://brasil.arcelormittal.com/seja-arcelormittal/expert. A iniciativa visa atrair profissionais que queiram compartilhar conhecimentos e contribuir para soluções inteligentes e fazer a diferença para as pessoas e o planeta. "Na ArcelorMittal todas as pessoas são bem vindas. Estamos comprometidos em criar um ambiente inclusivo onde cada pessoa se sinta respeitada e valorizada para contribuir com seu melhor", reforça a Analista de Atração Erika Minardi.

As vagas disponibilizadas são nas áreas de Aciaria, Laminação, Redução, Logística, Manutenção, Qualidade, CTO, Beneficiamento, Renováveis, Processos e Geologia na Siderurgia, Mineração e BioFlorestas. Os pré-requisitos para os interessados são mínimo de cinco anos de formação acadêmica e solidez de experiência na área de interesse. “Nos primeiros dois meses será proporcionada uma experiência de integração e aprendizagem, contemplando uma imersão na cultura, valores da ArcelorMittal e no desenvolvimento de habilidades profissionais, alinhadas com modelo de competências da empresa", explica Érika Minardi.

Money Times - SP   20/08/2024

O candidato republicano à presidência dos EUA Donald Trump prometeu nesta segunda-feira acabar com a regra criada pela administração Biden contra poluição de usinas de eletricidade e repetiu a promessa de bloquear a compra da U.S. Steel pela japonesa Nippon Steel.

Nas declarações sobre economia mais detalhadas de sua campanha até agora, Trump também reforçou que vai limitar radicalmente o acesso estrangeiro ao mercado dos Estados Unidos, garantindo que a cadeia de produção para itens essenciais será 100% doméstica se ele vencer a eleição de 5 de novembro.

Ele não detalhou como chegaria a esses objetivos, fazendo apenas referências genéricas à imposição de tarifas comerciais contra outros países.

O ex-presidente falou em frente a uma plateia de apoiadores no chão de fábrica em York, uma cidade de trabalhadores na Pensilvânia. O discurso foi o primeiro no tour por estados-pêndulo, criado com o objetivo de tirar as atenções da Convenção Nacional Democrata em Chicago e para diminuir o bom momento da vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris.

Alguns aliados e conselheiros pressionaram Trump a evitar ataques pessoais a Kamala — em especial sobre temas relacionados a raça e gênero — e, em vez disso, a se focar em questões de políticas públicas.

De maneira geral, Trump seguiu o conselho nesta segunda-feira. Por mais que Trump tenha classificado Kamala como uma “comunista” e tenha criticado suas posições políticas, os ataques pessoais à vice-presidente aconteceram apenas uma vez, quando ele ridicularizou sua risada.

Trump sinalizou, em fevereiro, que iria bloquear o acordo Nippon-U.S. Steel, uma fusão em potencial que gerou ansiedade em alguns trabalhadores sindicalizados — um bloco eleitoral crucial na Pensilvânia e em outros estados do “cinturão da ferrugem”, estados-pendulo que são fundamentais para determinar o resultado eleitoral.

As ações na U.S. Steel foram negociadas por valores mais baixos depois das declarações de Trump, fechando com queda de cerca de 6%.

O presidente Joe Biden disse em março que é vital que a U.S. Steel “siga como uma empresa norte-americana de aço que é de propriedade e operada pelo país”.

Trump também prometeu eliminar as regras criadas pela Agência de Proteção Ambiental em abril passado, que limita a poluição do ar e da água em usinas de energia. Essas regras foram estabelecidas para cortar mais de 1 bilhão de toneladas métricas de gás do efeito estufa até 2047. O setor elétrico é responsável por quase um quarto da poluição de gás de efeito estufa nos EUA, de acordo com a agência.

“É um desastre para o nosso país”, disse Trump. “Em vez de fechar usinas de energia, nós vamos abrir dezenas e dezenas mais. E vamos fazer isso rapidamente.”

Trump disse ainda que seu governo traria mais “reatores nucleares mais avançados, menores, modulares” e que ele usaria o Ato de Produção de Defesa para aumentar a produção de itens essenciais.

Enquanto prometia ampliar os cortes de impostos para famílias, empresas e desembolsos de seguridade social, Trump disse ainda que iria reduzir o déficit fiscal, uma alegação que especialistas em governança se mostraram céticos.

Em uma breve entrevista à Reuters depois do evento, Trump disse que consideraria cortar o crédito de impostos de 7,5 mil dólares para a compra de veículos elétricos. Ele afirmou também que traria Elon Musk para sua administração, se o bilionário tivesse interesse. CEO da empresa de veículos elétricos Tesla e aliado de Trump, Musk teria prejuízos com a revogação do benefício.

A Pensilvânia é um dos estados mais importantes nas eleições presidenciais, com Kamala e Trump em uma disputa cabeça a cabeça, de acordo com a maior partes das pesquisas de opinião.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   20/08/2024

Economistas do mercado veem um “risco crescente” de que a inflação deste ano supere o teto da meta, de 4,50%, diante da mudança de patamar do dólar, da pressão nos preços administrados e do mercado de trabalho resiliente. Se esse cenário se confirmar, Roberto Campos Neto encerraria seu mandato escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento do alvo, o maior número para um presidente do Banco Central.

Os analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast dizem, no entanto, que esse quadro não desabonaria o período de Campos Neto à frente da autoridade monetária. Este ano, os preços administrados explicam boa parte da resiliência da inflação, eles dizem. E, nos outros dois anos de descumprimento da meta (2021 e 2022) a quebra de cadeias globais de suprimentos e outras pressões decorrentes da pandemia de covid-19 levaram a um aumento expressivo no IPCA.

“Quando olhamos a trajetória da inflação durante a gestão do Roberto Campos no BC, temos de lembrar que, no meio do caminho, teve uma pandemia”, afirma o economista-chefe da G5 Partners, Luís Otávio de Souza Leal. “Não só tivemos o choque imediato de inflação, com a quebra das cadeias produtivas, como também uma resposta fiscal muito grande dos governos no mundo inteiro.”

Leal lembra que o BC brasileiro foi um dos primeiros a começar a elevar os juros, ainda durante a pandemia, e foi elogiado pelos pares pelo seu combate tempestivo à inflação. “Eu não vejo um problema de credibilidade se o IPCA superar a meta este ano”, diz o analista, que tem no cenário uma inflação de 4,25% em 2024, mas reconhece que a chance de a taxa superar os 4,50% existe.

O economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano, tem no cenário-base um IPCA de 4,20% este ano, mas afirma que o comportamento dos preços administrados pode levar a inflação a superar o teto do alvo. Os riscos, ele diz, se concentram principalmente em dois componentes: a bandeira de energia, que hoje está no nível “verde”, mas poderia subir para “amarela” no fim do ano; e um eventual reajuste dos preços de gasolina.

“À luz do que temos hoje de cenário hídrico e em termos de paridade dos preços de importação, eu diria que não é um risco tão grande assim, algo em torno de 30%”, ele explica. “De qualquer forma, fica claro que os preços administrados foram o problema de 2024, subindo cerca de 7%, contra 3,60% dos preços livres.”

Essa composição, segundo Serrano, demonstra que a inflação de 2024 responde a uma correção de preços relativos e não a uma “leniência” do BC, uma vez que a política monetária não tem efeito sobre os preços administrados. “Se olharmos para os preços livres e os núcleos, vamos chegar à conclusão de que a política monetária foi desinflacionária este ano”, explica.

Riscos

A estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo, tem no cenário-base uma inflação de 4,42% este ano e calcula que a chance de o IPCA superar o teto da meta já está entre 60% e 70%. O cenário-base dela já contempla um alívio de 0,1 ponto porcentual no IPCA devido à antecipação de recursos da Eletrobras para quitar as contas Covid e de Escassez Hídrica, mas ela destaca que o efeito dessa medida é incerto.

“Nós não sabemos como o Ministério de Minas e Energia e a Aneel vão contabilizar essa medida e, se não der certo, isso terá um impacto de 0,1 ponto para cima na nossa projeção”, ela explica. “Se não chover e formos para bandeira amarela no fim deste ano, temos mais 0,1 ponto de impacto. E, nos preços livres, se o repasse do câmbio mais alto começar um pouco mais cedo, o impacto também pode ficar perto de 0,1 ponto.”

O economista da LCA Consultores Fábio Romão aumentou recentemente a projeção de inflação deste ano, de 4,20% para 4,40%, devido à desvalorização do real e à resiliência do mercado de trabalho. Incorporando esses dois fatores, ele espera que os bens industrializados terminem o ano com alta de 3,3% (revisada de 2,5% antes) e os serviços, subindo 4,6%.

“Temos alguns fatores de pressão levando essa projeção para perto do teto: o aumento do imposto de cigarro, o mercado de trabalho apertado, e o comportamento do câmbio”, diz Romão. “Também existe a questão da bandeira: eu tenho no cenário bandeira verde, mas ela pode fechar no amarelo, com impacto de 0,08 ponto na projeção.”

IstoÉ Dinheiro - SP   20/08/2024

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,370 bilhão na terceira semana de agosto. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 19, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,900 bilhões e importações de US$ 5,530 bilhões.

No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,115 bilhões e, no ano, de US$ 53,671 bilhões.

Até a terceira semana do mês, as exportações cresceram 4,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, com queda de -18,4% em agropecuária, que somou US$ 3,25 bilhões; com crescimento de 18% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,43 bilhões; e alta de 9,6% em produtos da Indústria de Transformação, que alcançaram US$ 9,17 bilhões.

Já as importações tiveram crescimento de 1,2% na mesma comparação, com avanço de 21,6% em Agropecuária, que somou US$ 230 milhões; alta de 24,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 750 milhões; e crescimento de 13,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 11,75 bilhões.

CNN Brasil - SP   20/08/2024

A eleição presidencial americana em 2024 terá como tema central a inflação, segundo Clifford Young, presidente do Ipsos nos Estados Unidos.

Em sua análise ao WW, o especialista enfatiza que o candidato que conseguir ganhar a confiança do eleitorado nessa questão econômica será o vencedor do pleito.

Young destaca que a inflação é atualmente o ponto fraco da chapa democrata formada por Joe Biden e Kamala Harris.

“É por isso que Harris vem tentando oferecer políticas novas, mais populistas, a respeito de inflação, o nível de preços e o custo de vida”, explica o analista.

Enquanto os democratas buscam se fortalecer na questão econômica, o especialista observa que Donald Trump, candidato republicano, ainda não tem focado esse tema.

“Até agora Trump não vem falando sobre isso e está um pouco confuso, sem foco, mas ele vai focar e a batalha vai ser sobre a inflação”, prevê Young.

Além da economia, o analista também abordou a importância do voto da população palestina em estados-chave como Michigan.

Segundo ele, a postura do governo em relação ao conflito em Gaza pode influenciar nas margens de votos em estados decisivos.
Desafios para os democratas

Questionado sobre a capacidade de Kamala Harris em se dissociar da imagem de inflação associada a Biden, Young avalia que a vice-presidente conseguiu atenuar a relação, mas não fugir completamente dela.

Essa percepção do eleitorado pode ser crucial para as chances de reeleição da chapa democrata.

A análise de Clifford Young reforça a centralidade das questões econômicas na decisão do eleitor americano, indicando que os candidatos deverão intensificar suas propostas e discursos sobre o controle da inflação e o custo de vida nos próximos meses de campanha.

Infomoney - SP   20/08/2024

Quatro anos depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fez do combate ao desemprego uma prioridade maior durante a pandemia da Covid-19, essa promessa enfrenta um teste fundamental em meio ao aumento do desemprego, à crescente evidência de que a inflação está sob controle e a uma taxa de juros de referência que ainda é a mais alta em um quarto de século.

As altas taxas de juros podem estar a caminho do fim, com a expectativa de que o banco central dos Estados Unidos faça um primeiro corte em sua reunião de 17 e 18 de setembro e com Powell podendo fornecer mais informações sobre a abordagem da política de flexibilização em um discurso na sexta-feira na conferência anual do Fed de Kansas City em Jackson Hole, no Estado de Wyoming.

Porém, com a taxa de juros do Fed na faixa de 5,25% a 5,50% por mais de um ano, o impacto dos custos relativamente altos dos empréstimos sobre a economia ainda pode estar se formando e pode levar algum tempo para ser revertido, mesmo que o banco central comece a fazer cortes — uma dinâmica que pode colocar em risco as esperanças de uma “aterrissagem suave” de inflação controlada juntamente com a continuidade do baixo desemprego.

“Powell diz que o mercado de trabalho está se normalizando”, com o crescimento dos salários diminuindo, as vagas de emprego ainda saudáveis e o desemprego em torno do que os formuladores de política monetária consideram consistente com a inflação na meta de 2% do banco central, disse o ex-presidente do Fed de Chicago, Charles Evans. “Isso seria ótimo se fosse só isso. O histórico não é bom.”

De fato, aumentos na taxa de desemprego como os observados nos últimos meses são normalmente seguidos por outros. “Essa não parece ser a situação atual. Mas talvez você esteja a apenas um ou dois relatórios de emprego ruins” de precisar de cortes agressivos nas taxas para combater o aumento do desemprego, disse Evans. “Quanto mais você esperar, mais difícil será fazer o ajuste real.”
Inflação x emprego

Evans foi uma voz importante na reformulação da abordagem de política do Fed, revelada por Powell em Jackson Hole em agosto de 2020, quando a pandemia estava em alta, os formuladores de política monetária estavam se reunindo por meio de transmissão de vídeo e a taxa de desemprego era de 8,4%, ante 14,8% em abril.

Nesse contexto, a mudança do Fed parecia lógica, alterando uma tendência de longa data de evitar a inflação às custas do que os formuladores de políticas passaram a ver como um custo desnecessário para o mercado de trabalho.

A formulação de política monetária padrão via inflação e o desemprego como inseparável e inversamente ligados: o desemprego abaixo de um determinado ponto estimulava os salários e os preços; a inflação fraca sinalizava um mercado de trabalho moribundo. As autoridades começaram a repensar essa conexão após a recessão de 2007 a 2009, concluindo que não precisavam tratar o baixo desemprego como um risco de inflação em si.

Por uma questão de equidade para aqueles que estão à margem do mercado de trabalho e para obter os melhores resultados em geral, a nova estratégia dizia que a política do Fed seria “informada por avaliações dos déficits de emprego em relação ao seu nível máximo”.

“Essa mudança pode parecer sutil”, disse Powell em seu discurso de 2020 na conferência. “Mas ela reflete nossa visão de que um mercado de trabalho robusto pode ser sustentado sem causar um surto de inflação.”

Um surto de inflação provocado por uma pandemia e uma dramática recuperação do emprego fizeram com que essa mudança parecesse irrelevante: o Fed teve que aumentar as taxas para controlar a inflação e, até recentemente, o ritmo dos aumentos de preços havia diminuído sem muitos danos aparentes ao mercado de trabalho.

Até abril, a taxa de desemprego ficou abaixo de 4% por mais de dois anos, uma sequência sem paralelo que não era vista desde a década de 1960. A taxa de desemprego desde 1948 tem sido em média de 5,7%.

Mas os eventos dos últimos dois anos e a próxima revisão da estratégia do Fed também desencadearam uma onda de pesquisas sobre o que exatamente aconteceu: por que a inflação caiu, qual foi o papel da política monetária nesse processo e como as coisas podem ser feitas de forma diferente se os riscos de inflação aumentarem novamente.

Embora a agenda da conferência deste ano ainda não tenha sido divulgada, o tema geral se concentra em como a política monetária influencia a economia. Isso diz respeito a como as autoridades podem avaliar escolhas e compensações futuras e a sabedoria de táticas como a prevenção da inflação antes que ela comece.

Alguns desses trabalhos já estão surgindo dos pesquisadores do Fed, incluindo o economista Michael Kiley. Ele é autor de um artigo que questiona se a “assimetria” da política monetária — tratar a falta de emprego de forma diferente de um mercado de trabalho apertado, por exemplo — realmente ajuda.

Outro artigo recente sugere que os formuladores de política monetária que acreditam que as expectativas de inflação do público são formadas no curto prazo e são voláteis devem reagir mais cedo e aumentar as taxas em resposta.

O papel que as expectativas do público desempenham na condução da inflação — e a resposta da política monetária — foi plenamente demonstrado em 2022. Quando parecia que as expectativas corriam o risco de aumentar, o Fed acelerou seu ciclo de aperto com aumentos de 75 pontos-base em quatro reuniões consecutivas.

Em seguida, Powell usou um discurso truncado em Jackson Hole para enfatizar seu compromisso com o combate à inflação — uma mudança radical em relação ao seu comentário sobre a prioridade ao emprego dois anos antes.

Foi um momento importante que mostrou a seriedade do banco central dos EUA, reforçou sua credibilidade junto ao público e aos mercados e reconstruiu parte da posição que as políticas preventivas haviam perdido.

Powell agora enfrenta um teste na outra direção. A inflação está voltando para 2%, mas a taxa de desemprego subiu para 4,3%, oito décimos de ponto percentual a mais do que em julho de 2023.
Há um debate sobre o que isso realmente diz sobre o mercado de trabalho versus o aumento da oferta de mão de obra, o que é positivo se os novos candidatos a emprego encontrarem trabalho.

No entanto, ele rompeu um indicador de recessão que é a regra geral e, embora isso tenha sido minimizado em função de outros indicadores de uma economia em crescimento, também está ligeiramente acima dos 4,2% que as autoridades do Fed consideram representar o pleno emprego.

Também é mais alto do que em qualquer momento dos meses pré-pandêmicos de Powell como chefe do Fed: era de 4,1% e estava caindo quando ele assumiu o cargo em fevereiro de 2018.

Em outras palavras, o “déficit” de emprego ao qual ele prometeu responder há quatro anos pode já estar tomando forma.

Embora Powell relute em declarar vitória sobre a inflação por medo de desencadear uma reação exagerada, Ed Al-Hussainy, estrategista sênior de taxas globais da Columbia Threadneedle Investments, disse que já passou da hora de o Fed se antecipar ao risco para o desemprego.

Al-Hussainy disse que o Fed provou sua capacidade de manter sob controle as expectativas do público em relação à inflação, um ativo importante, mas que “também colocou em movimento alguns riscos negativos para o emprego”. “A postura da política hoje está fora de controle — está muito rígida — e isso merece uma ação.”

O Estado de S.Paulo - SP   20/08/2024

O mercado financeiro subiu as projeções para a inflação deste ano pela quinta semana seguida. De acordo com o relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 19, a mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu de 4,20% para 4,22%, distanciando-se ainda mais do centro da meta de inflação perseguida pelo BC, de 3%. Um mês antes, essa projeção era de 4,05%. Para 2025, a estimativa intermediária para a inflação de cedeu de 3,97% para 3,91%, a segunda baixa seguida. Um mês antes, estava em 3,90%.

As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta de inflação. Ficaram em 3,60% no caso de 2026 e 3,50% em 2027, pela 11.ª e 59.ª semana consecutiva, respectivamente.

As projeções de uma inflação mais alta chegam em um momento delicado para a política monetária, em que se discute até se será necessário elevar a taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro.

Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em um evento organizado pelo banco Barclays, em São Paulo, que a autoridade monetária está “muito incomodada” com a desancoragem das expectativas em relação ao alvo da inflação e prometeu fazer o necessário para corrigir esse desvio.

“Não estamos dando um guidance (orientação), mas faremos o que for necessário para levar a inflação à meta. E, se aumentar os juros for necessário, nós aumentaremos”, ele afirmou, reforçando que o BC vai perseguir a meta independentemente de quem seja seu próximo presidente. O mandato de Campos Neto termina em 31 de dezembro.
Projeção de alta do PIB

A mediana para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2024, no relatório Focus, subiu de 2,20% para 2,23%, após o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na sexta-feira, 16, ter mostrado uma forte expansão da economia brasileira em junho e no segundo trimestre.

Na última sexta-feira, Campos Neto já havia dito que o mercado provavelmente aumentaria as projeções de crescimento da economia brasileira este ano para mais do que 2,5%, devido às surpresas com a atividade.

Também na sexta, economistas do mercado que se reuniram com diretores do BC reforçaram que o hiato do produto (o espaço que o PIB tem para se expandir sem que estimule uma inflação de demanda) continua apertado e o mercado de trabalho, aquecido. Esses são fatores que também têm influência direta na decisão de subir ou não os juros.

A mediana do Focus para a alta do PIB de 2025 caiu de 1,92% para 1,89%, provavelmente considerando uma trajetória de juros mais alta, já que a estimativa intermediária para a taxa Selic no fim do próximo ano avançou. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 54 semanas e 56 semanas, respectivamente.

A última estimativa divulgada pelo BC, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano. O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 2,5% em 2024.
Selic no fim de 2024

A mediana para a Selic no fim de 2025 subiu pela segunda semana consecutiva, de 9,75% para 10%, indicando um total de cortes de apenas 0,5 ponto porcentual no próximo ano. A projeção para a taxa básica de juros no fim de 2024 se manteve em 10,5% pela nona semana consecutiva.

Em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na terça-feira, Campos Neto reforçou que o Copom tem votado de forma unânime para garantir a convergência do IPCA para a meta. Na sexta, ele reforçou que uma alta de juros está na mesa, se necessária.

O mercado manteve o consenso de que os juros encerrarão 2026 e 2027 em 9%.

IstoÉ Online - SP   20/08/2024

Em meio à postergação do ciclo de baixa da taxa de juros dos Estados Unidos, à piora das expectativas de inflação no Brasil e à retomada da atividade econômica brasileira, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galipolo, afirmou que o BC seguirá firme no objetivo de perseguir a meta de 3% da inflação. Para alcançá-la, toda a diretoria hoje nomeada se põe à disposição de elevar juro sempre que necessário, disse.

“Não há centro da meta. O BC tem de perseguir a meta de 3%, e as expectativas estão acima disso. A ata do Copom deixou bem claro que nós estamos dependente de dados, e como eu falei, existe um rol de dados que vão ser publicados (até a próxima reunião), e as alternativas estão abertas”, disse Galípolo. “A inflação projetada para os próximos 18 meses está acima da meta, dissemos na ata. Eu disse que inflação acima da meta significava que variáveis estão desconfortáveis”, afirmou em evento em Belo Horizonte, mencionando que a inflação no setor de serviços também roda em patamar acima da meta e igualmente desconfortável.

Segundo o diretor, os limites de tolerância do intervalo do alvo do regime em vigor no País não existem para reduzir o esforço da política monetária. Cabe ao BC perseguir a meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “Melhor fica o arcabouço do BC quanto mais respeitarmos esse conceito.”

Ainda de acordo com ele, foi muito importante ter conseguido afastar ceticismo sobre eventual alta de juros. “Havia leitura do mercado de que o BC jogava com uma das mãos amarradas. Havia ceticismo quanto à disposição do BC de aumentar a taxa de juros. A leitura era que o BC estava impossibilitado de usar ferramentas da política monetária.”

Melhora das perspectivas para a atividade econômica é um dos pontos de atenção

O diretor de Política Monetária do Banco Central disse ainda que a melhora das perspectivas para a atividade econômica é um dos pontos de atenção. E que o BC tem por função “tomar os cuidados para que esses indicadores não se transformem em um desarranjo que sinalize o crescimento da demanda numa velocidade muito descompassada do crescimento da oferta”.

Segundo ele, uma série de dados que vem demonstrando uma surpresa do ponto de vista da atividade econômica, como um desemprego que está em níveis bastante baixos, com o menor nível de desemprego desde 2014, um crescimento da renda que vem batendo recorde, que vem crescendo muito a renda, um mercado de trabalho que vem se mostrando apertado por diversas métricas. Ele citou ainda um PIB que vem sendo revisado sistematicamente para cima das expectativas de crescimento.

“Obviamente que todos nós, inclusive que estamos lá no Banco Central, entendemos como um êxito a possibilidade que as pessoas possam ganhar mais dinheiro, possam ter mais oportunidades, encontrar mais emprego. Ninguém tem nenhum tipo de sentimento perverso para torcer pelo contrário”, comentou.

“Mas a função do Banco Central, o Banco que deve zelar pela inflação, é tomar cuidado para que esses indicadores não se transformem em um tipo de desarranjo que sinalize o crescimento da demanda numa velocidade muito descompassada do crescimento da oferta”, disse o diretor do BC. “O BC tenta dissecar quanto economia aquecida está sendo repassada para preços.”

O Estado de S.Paulo - SP   20/08/2024

Quando o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, falar na conferência econômica anual desta semana (entre os dias 22 e 24) em Jackson Hole, Wyoming, as pessoas estarão atentas a qualquer indício sobre o que o banco fará com as taxas de juros em sua reunião de setembro.

Provavelmente, elas ficarão desapontadas. Ainda assim, há muitas questões cruciais sobre o futuro da política monetária que as autoridades do Fed podem e devem abordar.

Espero que Powell enfatize o progresso que o Fed fez em direção a suas metas duplas de estabilidade de preços (definida como uma inflação de 2%) e emprego máximo sustentável. Ele provavelmente observará que os dois estão mais equilibrados, o que implica que não se justifica mais uma política monetária restritiva. No entanto, eu ficaria surpreso se ele oferecesse qualquer indicação do tamanho do primeiro corte na taxa de juros, que é quase certo que ocorrerá em setembro. Isso anteciparia desnecessariamente a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Federal Open Market Committee), que terá mais dados — incluindo outro relatório de empregos — para considerar até lá.

As autoridades do Fed também podem refletir sobre alguns temas importantes dos últimos anos. Eles devem ser gratos, por exemplo, pelo fato de as expectativas de inflação das pessoas terem permanecido bem ancoradas durante a pandemia, embora o Fed tenha sido lento na resposta ao aumento da inflação real. Além disso, eles poderiam considerar o efeito das comunicações do Fed sobre a economia: a velocidade com que os mercados financeiros respondem aos pronunciamentos do Banco Central sugere que as defasagens da política monetária podem ser mais curtas e menos variáveis do que eram quando ela era menos transparente.

Olhando para o futuro, estou mais interessado em saber como o Fed pode mudar a forma de conduzir a política monetária. Aqui estão cinco perguntas que me vêm à mente:
A política monetária deveria ser mais preventiva?

O Fed cometeu um erro durante a pandemia ao se comprometer a manter as taxas de curto prazo próximas de zero até que a economia fosse considerada em pleno emprego e a inflação tivesse subido acima de 2% e se esperasse que permanecesse assim por algum tempo. Isso significou que a política monetária permaneceu muito flexível mesmo quando o mercado de trabalho estava muito apertado e os preços estavam subindo. É melhor começar a remover o estímulo monetário mais cedo, para atingir a neutralidade, ao mesmo tempo em que a economia atinge o pleno emprego e o objetivo de inflação do Fed. Chegar tarde significa que a política monetária deve se tornar restritiva, aumentando desnecessariamente os riscos de recessão.

A meta de inflação deveria ser mais alta?

Alguns querem aumentar a meta de inflação do Fed — digamos, de 2% para 3% — para que o banco tenha mais espaço para cortar as taxas de juros antes de atingir o limite inferior zero. Essa é uma má ideia. Mudar a meta colocaria em risco a estabilidade das expectativas de inflação que se mostrou tão importante durante a pandemia: se o Fed mudar a meta uma vez, as pessoas podem razoavelmente se preocupar que ele fará isso novamente. Além disso, o Fed pode não precisar de mais espaço. Se a taxa de juros neutra (aquela que não acelera nem desacelera o crescimento econômico) tiver aumentado, como geralmente se acredita, isso deixará mais espaço na faixa onde as taxas normalmente estarão e zero.

O Fed deveria mudar a meta de inflação para uma faixa de tolerância?

Uma faixa de 1,5% a 2,5% poderia ser uma boa ideia. Ela reconhece explicitamente que o Fed não pode controlar a inflação com precisão e permite que o banco diferencie entre desvios pequenos e sem importância e aqueles que exigem uma resposta da política monetária.

Como e quando o Fed deve se envolver nas compras de ativos conhecidas como flexibilização quantitativa?

O Fed não tem uma estrutura bem definida para avaliar os custos e benefícios da flexibilização quantitativa (’quantitative easing’, ou QE, quando um Banco Central compra títulos públicos e privados para aumentar o dinheiro em circulação na economia). A prática afeta os ganhos e as remessas do Fed para o Tesouro, conforme evidenciado pelo buraco de US$ 188 bilhões (e ainda em expansão) no balanço patrimonial do banco central. As autoridades devem prestar mais atenção a esses custos e considerar quando eles podem justificar o encerramento de um programa de QE com benefícios cada vez menores.
O Fed deve parar de estabelecer como meta a taxa dos fundos federais?

Ao definir as taxas de juros, o Fed há muito tempo se concentra no mercado de fundos federais (os fed funds), onde os bancos dos EUA emprestam dinheiro uns aos outros. Isso não faz mais sentido. O mercado se tornou menor, cada vez mais idiossincrático, e o Fed teve de apresentar soluções — notadamente seu mecanismo de recompra reversa overnight — para garantir que a taxa de fundos federais não caísse abaixo do limite inferior de sua faixa de meta. Em vez disso, o Fed deveria simplesmente usar a taxa de juros que estabelece sobre as reservas bancárias como referência para outras taxas do mercado monetário.

Se as autoridades do Fed não abordarem essas questões publicamente em Jackson Hole, elas certamente receberão muita atenção nos bastidores - e na revisão da estrutura da política monetária do Fed, programada para ser concluída em 2025.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   20/08/2024

Os preços futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian recuperaram as perdas registradas mais cedo nesta segunda-feira, com os preços mais firmes do aço e as esperanças renovadas de estímulo na China dando suporte ao mercado volátil.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 0,71%, a 712 iuanes (99,70 dólares) a tonelada.

O contrato atingiu seu nível mais fraco desde agosto de 2023, em 688,5 iuanes, no início da sessão.

O minério de ferro de referência para setembro na Bolsa de Cingapura subia 3,14%, 94,9 dólares a tonelada.

A maioria dos índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai ganhou terreno. O fio-máquina subiu perto de 1,5%, o vergalhão avançou 1,4% e o aço inoxidável ganhou 0,6%, enquanto a bobina laminada a quente caiu 1,3%.

A expectativa é de que o mercado doméstico de aço se estabilize esta semana, já que os preços dos materiais de construção se mantiveram estáveis após o enfraquecimento na semana passada, disse o site chinês de informações financeiras Hexun Futures em nota.

A demanda por vergalhões e fio-máquina deve melhorar um pouco, à medida que o clima se torna favorável para atividade de construção ao ar livre, enquanto a produção e os estoques podem diminuir ainda mais, disse a consultoria chinesa Mysteel.

O vergalhão é usado principalmente no setor de construção, enquanto o fio-máquina é normalmente utilizado na manufatura.

Outra rodada de dados econômicos ruins da China está aumentando a pressão sobre Pequim para afrouxar ainda mais a torneira fiscal e até mesmo distribuir vales-compras para atingir a meta de crescimento deste ano de aproximadamente 5%.

Em meio a dados desanimadores do segundo trimestre, queda nos preços das casas novas e desaceleração da produção industrial, os formuladores de políticas parecem cada vez mais propensos a aumentar o estímulo, a menos que aceitem um crescimento mais lento e a perspectiva de uma espiral descendente na confiança dos consumidores e das empresas.

Um artigo publicado na imprensa estatal nesta semana reavivou os rumores sobre cupons para estimular o consumo, mas a maioria dos economistas está cética quanto à possibilidade de Pequim implementar tal medida, dada a resistência do passado.

 

Brasil Mineral - SP   20/08/2024

O depósito Florália DSO consiste em quatro corpos distintos de mineralização de minério de ferro

A Max Resource, listada na bolsa do Canadá, anuncia que celebrou um contrato definitivo de compra de direitos minerais com sua subsidiária brasileira, Max Resource Brazil Ltda. e a Jaguar Mining Inc. e a subsidiária brasileira da Jaguar, Mineração Serras do Oeste Limitada para adquirir 100% de participação nos direitos minerais do Projeto de Minério de Ferro Florália DSO (direct shipping ore) localizado 120 km a leste da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.

Conforme o acordo, a Max fará os seguintes pagamentos em dinheiro restantes em consideração à aquisição do Projeto Florália DSO: US$ 200 mil no prazo de cinco dias úteis após a data efetiva do acordo; US$ 300 mil no prazo de cinco dias úteis a partir da data em que a Agência Nacional de Mineração aprovar a transferência do Projeto Florália para a Max Brasil; US$ 200 mil no prazo de cinco dias úteis após a data de seis meses depois da data efetiva do acordo; US$ 200 mil no prazo de cinco dias úteis após a data de 12 meses depois da data efetiva do acordo. A Max já pagou um depósito não reembolsável de US$ 100 mil. O fechamento da transação permanece sujeito às condições de fechamento habituais, incluindo, entre outras, a aprovação final da TSX Venture Exchange.

"Embora nosso foco principal continue sendo o Projeto de Cobre e Prata Sierra Azul, aproveitamos a oportunidade estratégica de adquirir o Projeto de Minério de Ferro Florália DSO de alto valor", comentou o CEO da MAX, Brett Matich.

"O valor do Projeto Florália DSO está em seu rico potencial de minério de embarque direto, que se alinha com nossa estratégia de explorar propriedades minerais prospectivas com potencial de desenvolvimento de curto prazo. O próximo passo é delinear alvos prontos para perfuração", concluiu o CEO.

O Projeto Florália DSO está situado na porção leste do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, que abriga algumas das maiores minas de ferro do mundo. Além disso, Florália está localizado a 20 km de quatro grandes minas de minério de ferro e de vários compradores de minério de ferro DSO. A infraestrutura de mineração local inclui ferrovias, estradas de transporte, serviços de mineração e pessoal.

O depósito Florália DSO consiste em quatro corpos distintos de mineralização de minério de ferro. O mapeamento traçou minério de ferro ao longo de 1.000 m de direção ao norte e mais 822 m ao sudoeste, com o maior corpo localizado na extremidade sudeste. Este corpo é exposto por uma histórica mina a céu aberto de 80 m de largura e 40 m de profundidade. As bancadas da mina revelam uma faixa de mergulho de minério de ferro na base e faixas sub-horizontais no topo da mina.

Durante o programa de mapeamento e amostragem, 41 amostras foram coletadas em um comprimento acumulado de 151 m. As amostras apresentaram em média 58% Fe. Este trabalho resultou na definição de uma meta geológica estimada em 2.971.233 m3 a 4.496.333 m3 ou 8.052.041 toneladas a 12.184.160 toneladas usando uma densidade de 2,71 g/cm3 em um teor médio de 58% Fe (referência DSO 58 a 62%).

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   20/08/2024

A Volvo Construction Equipment está lançando no Brasil as carregadeiras de rodas L110H e L120H, produzidas em sua fábrica brasileira, localizada em Pederneiras (SP).

De acordo com Gilson Capato, diretor comercial da Volvo CE no Brasil, os modelos trazem melhorias que elevam a produtividade em até 12% e a economia de combustível em até 28% em relação às antecessoras. As novas máquinas entregam elevada disponibilidade em segmentos como mineração, indústria, construção civil e também em obras de infraestrutura pesada.

"As novas Volvo L110H e L120H são máquinas versáteis que complementam a atualização tecnológica e o portfólio de carregadeiras da marca", diz.

Agora são 11 modelos, que começam com a L60H, com peso operacional de 13.600 kg, e vai até a L350H (56.300 kg). A L110H tem peso operacional de 20.700 kg. Já a L120H, de 21.600 kg. “Estamos com uma linha completa, para toda a faixa de pesos. São modelos de última geração, a mesma disponível na Europa e nos EUA”, afirma Capato.

Novidades – As carregadeiras têm o novo motor Volvo D8L. São 228 hp na L110H e 241 hp na L120H. É um propulsor 5% mais potente e com níveis de confiabilidade e eficiência superiores à versão anterior. Tem alto torque a baixas rotações, como nas demais carregadeiras Volvo série H.

A função Eco Pedal ajuda na economia de combustível ao orientar o operador a reduzir a rotação do equipamento a níveis de alta eficiência.

O Controle de Tração (Rimpull Control) regula a tração dos pneus em terrenos escorregadios para evitar deslizamento e gasto excessivo de combustível.

O Desligamento Postergado do Motor (Delayed Engine Shutdown) auxilia no resfriamento do propulsor, o que garante maior vida útil dos componentes.

Outro destaque é a nova transmissão que pode ser equipada com a tecnologia OptiShift. “Esse sistema Volvo usa algoritmos inteligentes para otimizar a troca de marchas, o torque e a pressão do óleo, adaptando-se às condições de trabalho em tempo real”, explica Guilherme Ferreira, especialista de produto da Volvo CE.

Uma nova função de Controle de Força de Tração traz mais eficiência no carregamento e melhora o desempenho nos aclives. Com isso, reduz o consumo de combustível e o desgaste dos pneus.

"Para facilitar a manutenção, as carregadeiras Volvo L110H e L120H oferecem acesso irrestrito a componentes vitais. O capô do motor tem abertura elétrica", complementa Ferreira.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   20/08/2024

A YTO, uma das maiores fabricantes de tratores da China, anunciou um investimento robusto de 150 milhões de dólares na construção de sua primeira fábrica no Brasil, em Caruaru, Pernambuco.

Esse movimento marca a entrada oficial da empresa no mercado brasileiro, com uma estratégia agressiva que inclui a produção local de 100 tratores por mês e a geração de 3.000 empregos diretos na região.

Estratégia – A chegada da YTO ao Brasil não foi um movimento aleatório. A empresa, fundada em 1955, já é líder no mercado chinês, com uma impressionante fatia de 40% do mercado de tratores.

Além disso, sua fábrica em Luoyang, China, tem uma capacidade de produção superior a 100 mil tratores por ano, dos quais 10 mil são exportados anualmente para mercados da Ásia, América Latina e África.

O plano é conquistar 20% do mercado brasileiro de tratores em uma década. Para isso, a YTO firmou uma parceria estratégica com a BDG Máquinas, uma empresa brasileira com mais de 30 anos de experiência no setor automotivo. A colaboração visa combinar o know-how local com a eficiência e inovação chinesas.

Na Agrishow deste ano, a YTO apresentou sua linha de tratores, que variam de 24 a 240 cavalos de potência.

Esses modelos foram projetados para atender as necessidades específicas dos pequenos e médios agricultores, contando com características como portas dos dois lados e design europeu.

“Os tratores possuem tecnologia de transmissão e de câmbio da Fiat, a mesma da CNH. Isso ajuda o produto a se adaptar ao mercado,” destacou Jiahui Niu, gerente geral para o Brasil da YTO.

Preço – A empresa afirma que não veio apenas para competir em qualidade, mas também em preço. Utilizando subsídios do governo chinês, a YTO consegue oferecer tratores a preços mais acessíveis, o que pode forçar os concorrentes a reverem suas estratégias de preços no Brasil.

“Quando os chineses vêm para o Brasil, eles baixam a régua do mercado com produtos bons a preço acessível. Com os tratores não será diferente,” afirmou Ubiratan Sousa, gerente geral da BDG Máquinas.

O impacto da YTO no Brasil não se limita à oferta de tratores de qualidade a preços competitivos. A construção da fábrica em Caruaru, prevista para começar ainda em 2024, promete um investimento significativo na economia local, com a criação de 3 mil empregos diretos.

Esse projeto é apenas o primeiro passo de uma estratégia de longo prazo da YTO para se estabelecer no setor agrícola brasileiro.

Além das lojas próprias em Ribeirão Preto e Belo Horizonte, a YTO também planeja vender seus tratores através de representantes comerciais espalhados por todo o país, garantindo que produtores rurais em todas as regiões tenham acesso a suas máquinas.

AUTOMOTIVO

Automotive Business - SP   20/08/2024

A GWM é uma das várias marcas chinesas que investem no desenvolvimento de biocombustíveis. Além da eletrificação de sua frota de automóveis de passeio, a empresa aposta no sucesso da FTXT, subsidiária especializada na tecnologia de célula combustível, para fazer caminhões movidos a hidrogênio - inclusive no Brasil.

A vinda da empresa para cá seria facilitada por parcerias firmadas com empresas locais - e é por isso que a GWM está disposta a conversar com companhias estabelecidas no país.

"Nós temos interesse (em financiar um projeto) e estamos abertos a conversas com qualquer parceiro interessado em se juntar ao projeto. É por isso que, inclusive, queremos nos aproximar das montadoras presentes no país porque elas conhecem muito bem o mercado brasileiro", revelou Bea Xiao, gerente de planejamento de produto da divisão Overseas da FTXT Energy Technology.
FTXT enaltece parceria com universidades brasileiras

Até a data da realização da entrevista, a montadora chinesa havia visitado universidades como a USP (Universidade de São Paulo) e a Unifei (Universidade Federal de Itajubá), que investem recursos no uso de hidrogênio como combustível alternativo para automóveis de passeio e veículos pesados.

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Xiao elogiou o trabalho realizado pelas instituições e disse que a proximidade com eles pode ser importante para acelerar a chegada das tecnologias de hidrogênio desenvolvidas pela FTXT, que conta com o apoio financeiro do governo chinês para desenvolver projetos relacionados à descarbonização.

"O governo chinês concede incentivos muito altos para a descarbonização da frota. Além desse apoio, nós contamos com uma estrutura muito forte de TI formada por mais de oito mil funcionários, sendo que mais de 150 são do mais alto nível de pesquisa e desenvolvimento", declarou Bea.
Empresa surgiu em 2000 e se especializou em pesados

A FTXT nasceu nos corredores da Universidade de Xangai e se tornou uma empresa própria em 2000. Desde então, a empresa já desenvolveu várias tecnologias de descarbonização com foco na célula combustível movida a hidrogênio.

Embora esteja aberta a trabalhar com qualquer montadora de veículos, a FTXT atua de forma mais próxima com a IF (como "if", ou "se", em inglês), marca de caminhões da GWM que já lançou 527 veículos comerciais no mercado chinês.

Segundo a FTXT, os pesados foram testados em mais de 15 milhões de quilômetros por toda a China.

"Vários caminhões rodaram e ainda rodam pela China para coletar informações relacionadas a desempenho e funcionamento. Isso nos fornece uma quantidade substancial de informações para serem analisadas e aplicadas em diversos mercados, inclusive no Brasil", disse a executiva.
Caminhão virá ao país para demonstrações

A FTXT, a propósito, vai trazer, nos próximos meses, um de seus caminhões para participar de testes no Brasil. A ideia é utilizá-lo em demonstrações para potenciais interessados em participar do desenvolvimento da tecnologia.

"Nós acreditamos que seria importante realizar demonstrações da nossa tecnologia, e por isso vamos trazer um dos nossos caminhões para cá ainda neste ano. Estamos conversando com parceiros locais, inclusive universidades como a USP, para mostrar as diferentes possibilidades de rodagem e aplicações", afirmou.

Trata-se de um veículo extrapesado de 49 toneladas cuja autonomia varia, mas ele tem oito tanques de armazenamento, sendo que cada um deles comporta 210 litros, ou 5 kg de hidrogênio. Juntos, eles resultariam em 40 kg de hidrogênio que seriam suficientes para rodar aproximadamente 400 km.

"Nossa ideia é verificar como o veículo se comportaria no Brasil para, a partir daí, pensar nas fases seguintes do nosso projeto", complementou Bea.
FTXT não vai financiar infraestrutura

Xiao sabe que a falta de infraestrutura no Brasil é um dos maiores empecilhos para o uso do hidrogênio como combustível em escala comercial, e que a situação em seu país de origem é bem diferente da daqui.

"Na China a rede de recarga é mais madura em relação a outros países, uma vez que o governo patrocinou a construção de 420 estações pelo país, sendo que 128 delas já estão em uso na China. Além disso, as plataformas utilizadas pelos caminhões são subsidiadas pelo governo chinês e os caminhões podem ser alugados por meio de leasing para qualquer empresa", disse.

Mesmo assim, a FTXT não pretende financiar a construção de pontos de abastecimento de hidrogênio, mas que tem planos de parcerias também neste sentido.

"Não há como fazer um veículo rodar sem estações de recarga. Falamos com a USP sobre o desenvolvimento de estações, e uma delas estará pronta para funcionar ainda neste ano. Também conhecemos a Unifei e ficamos impressionados com o projeto deles. Eles construíram um tipo de estação de recarga muito sólida e avançada que podemos adaptar para nosso projeto. Nós não desenvolvemos estações de recarga, mas estamos trabalhando com um parceiro no Brasil chamado Hytron, que é muito bom na construção e integração das estações de recarga", afirmou Bea.
Parcerias podem acelerar oferta do hidrogênio no Brasil

Perguntada sobre o uso do etanol na estratégia de descarbonização, a executiva da FTXT reconheceu a importância do combustível derivado da cana-de-açúcar, porém acredita que o hidrogênio pode ser a melhor saída para os pesados.

"Sabemos que o etanol é a chave para a descarbonização da indústria automotiva, mas acreditamos que o hidrogênio surge com muito potencial no setor de veículos comerciais, especialmente no caso dos caminhões".

Caso encontre parceiros locais, a FTXT acredita que estará mais perto de oferecer sua tecnologia no Brasil.

"Precisamos nos certificar de que vamos entregar o produto apropriado para o mercado e poderíamos até localizar os processos de engenharia e manufatura no país, e por isso estamos abertos a conversas e negócios", concluiu Bea.

Auto Informe - SP   20/08/2024

Percalços de mercado para carros elétricos se aprofundaram no primeiro semestre deste ano. Um exemplo foi a queda brusca do Tesla Y que de automóvel mais vendido na Europa, caiu para oitavo no primeiro semestre deste ano. Segundo o especialista em análise de mercado Felipe Munoz, da Jato Dynamics, há três razões: “Sua linha de produtos limitada começa a envelhecer; a crescente concorrência de outras marcas; e estratégia de redução de preços que já não funciona com concorrentes chineses”.

Entretanto, há outras dificuldades em marcha que explicam por que houve a desaceleração tão rápida de venda na Europa e nos EUA. No segundo caso, a Automotive News aponta as panes em mais de um quarto dos postos públicos de carregamento e a dificuldade de informações precisas sobre localização que minam a confiança dos motoristas.

Na Alemanha as vendas caíram 37% em relação a dezembro com o fim dos subsídios do governo. E isso desanimou também a indústria de autopeças. A Schaeffler indicou que vai redirecionar sua produção para híbridos, numa guinada inesperada. Fabricante de chips, Infineon Technologies, afirmou que a recuperação em grande escala de veículos elétricos “ainda não está à vista” e pretende cortar 1.400 postos de trabalho.

Por fim, a Mercedes-Benz anunciou US$ 15 bilhões para voltar a investir em tecnologia de motores a combustão, seguindo a Toyota, que desenvolve avanços significativos para surpreender o mercado nos próximos anos.

Novo polo de produção no Ceará suscita dúvidas

A iniciativa era esperada desde que a Ford decidiu encerrar as atividades industriais no Brasil em janeiro de 2021. As instalações em São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e em Camaçari (BA) já foram alienadas. Restava o terreno e uma pequena fábrica de onde saía o SUV raiz Troller já descontinuado. O governo cearense desapropriou a área em março, mas a marca levou o caso à Justiça e preferiu não se manifestar oficialmente.

O Grupo Comexport, de São Paulo (SP), que trabalha com exportação e importação, se interessou pelo projeto e reservou R$ 400 milhões (cerca de US$ 70 milhões). Trata-se de valor incompatível para investimentos que, segundo a empresa, “incluem seis modelos de nova energia (híbridos plugáveis em tomada e elétricos), para três marcas consagradas da indústria automobilística mundial”, afirmou o sócio e vice-presidente comercial, Rodrigo Teixeira.

Planos concretos serão anunciados em 2025. Trata-se de uma empresa de serviços e tem entre seus clientes Mercedes-Benz, Toyota e Volvo. No seu site identifica-se assim: “Fundada em 1973, a Comexport é a maior empresa de comércio exterior do Brasil com ampla experiência nos processos operacional, logístico, tributário, aduaneiro e financeiro”. Obviamente, nenhum dos três clientes se pronunciou. Planos industriais envolvem investimentos superiores àquele montante.

Por enquanto, apenas a Neta Auto anunciou produção no Brasil. A Toyota vai colocar à venda sua fábrica em Indaiatuba (SP), pois está transferindo produção do Corolla para Sorocaba (SP). Especula-se que esta chinesa poderia se interessar. Quanto às “três marcas consagradas” citadas é preciso esperar para ver.

2008 tem boa dirigibilidade e preços nem tanto

Agora importado da Argentina, o SUV compacto da Peugeot chega ao mercado nas versões Active (R$ 119.990), Allure (R$ 129.990) e GT (R$ 149.990) para o ano-modelo 2025. São preços de pré-venda bem interessantes, porém só válidos até o fim de agosto. Já em setembro vão aumentar em R$ 20.000, o que os tornam menos competitivos.

Permanece entre os mais atuais do segmento, por fora e por dentro. Posto de condução é o mesmo do hatchback 208, com visual bastante agradável, embora haja excesso de plástico comum. O volante ovalado permite visão privilegiada do quadro de instrumentos digital em sua inusitada posição elevada. A central multimídia de 10,3 pol. conta com suporte a Android Auto e Apple CarPlay sem fio e há carregador de bateria de celular por indução (menos na versão de entrada). No banco traseiro, largura razoável, mas o assoalho tem um túnel central.

Os faróis são de LED e as rodas de liga leve de 17 pol. apresentam desenho bem elaborado. Já o porta-malas de 374 litros, padrão VDA, deveria ser maior pois perde para o do VW Nivus (415 litros), por exemplo. Motor é sempre de 1 L turbo flex, 130 cv (E)/ 125 cv (G) e 20,4 kgf·m, associado ao câmbio automático CVT de sete marchas selecionáveis por borboletas atrás do volante. A Peugeot declara aceleração de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos.

Pacote de segurança ativa é de primeira linha e inclui, entre outros itens, a indispensável frenagem automática de emergência tão importante que passará a ser item de série em todos os carros e picapes novos nos EUA em 2029.

Primeiro contato foi breve por estradas bem pavimentadas em Alagoas, além de um pequeno trecho de terra. O 2008 mostrou bastante agilidade nas acelerações, especialmente no modo Sport. Rodar é confortável, mas o isolamento acústico na cabine é apenas regular e alguns ruídos surgem em piso irregular.

Festival Interlagos planeja crescer ainda mais

O balanço é da empresa organizadora que vislumbrou um mercado que estava adormecido e acaba de superar recorde de público no autódromo paulistano, nesta terceira edição, entre 8 e 11 de agosto últimos. No dia 8 para imprensa e nos três dias seguintes atraiu 118,7 mil visitantes e contabilizou 8,9 mil testes. No total entraram na pista 355 automóveis de 29 marcas, incluindo produtos de 19 fabricantes e importadores independentes.

Uma das novidades deste ano foi a participação da empresa gaúcha Super Carros, de Gramado (RS), especializada em aluguel para passeios curtos. Daí a diversidade de modelos no circuito como McLaren LT, Ferrari, Porsche 911 Turbo S, Lamborghini Gallardo, entre outros. Segundo a organização, a iniciativa se transformou no maior evento desse tipo no mundo com cerca de 50 expositores incluídos fabricantes de autopeças, pneus, acessórios e serviços.

Foram lançados este ano 12 modelos inéditos, entre 19 marcas, a exemplo do que acontece em tradicionais salões de automóveis. Até as mais novas chinesas, Omoda e Jaecoo, do Grupo Chery, estrearam. O empresário Márcio Saldanha, em sociedade com o jornalista Eduardo Bernasconi, criou o Festival Interlagos em 2019 apenas para motocicletas. E em 2022 estenderam-no para automóveis.

“Nunca um evento havia oferecido um pacote tão completo: oportunidade de conhecer e dirigir os carros na pista, além de possibilitar negociações de vendas”, afirma Saldanha, da Duas Rodas Mídia, do Rio de Janeiro. “Foram exatos 38.300 km rodados durante o evento, no asfalto do traçado e nas pistas (off-road e habilidade). Com zero de acidentes, saídas de pista e derrapagens”, acrescenta Bernasconi.

Já foram marcadas datas para 2025: Motos, 28 de maio a 1º de junho; Automóveis, 11 a 15 de junho. No caso de automóveis, com mais um dia de evento, há perspectiva de atrair até 200.000 pessoas.

Enquanto isso, o Salão do Automóvel, de acordo com a Anfavea, ainda enfrenta dificuldades de datas tanto no segundo semestre deste ano, quanto no primeiro de 2025. Nem a alternativa do remodelado pavilhão do Parque Anhembi apresenta disponibilidade.

 

Infomoney - SP   20/08/2024

A General Motors anunciou nesta segunda-feira (19) mais de 1.000  demissões em suas unidades de software e serviços em todo o mundo.

A montadora norte-americana disse em comunicado que “à medida que construímos o futuro da GM, devemos simplificar para velocidade e excelência, fazer escolhas ousadas e priorizar os investimentos que terão o maior impacto”.

Segundo a emissora norte-americana CNBC, os cortes de pessoal incluem cerca de 600 empregos no campus de tecnologia da GM na região de Detroit, nos Estados Unidos.

Infomoney - SP   20/08/2024

A montadora indiana de motocicletas Hero MotoCorp anunciou nesta segunda-feira (19) que vai começar a operar uma fábrica no Brasil no quarto trimestre do próximo ano, segundo apresentação a companhia.

A empresa afirma ser a maior fabricante de motocicletas e scooters do mundo, tendo vendido no segundo trimestre deste ano 1,53 milhão de motos, de acordo com balanço publicado na semana passada, em que a montadora comenta anúncio de uma fábrica no Brasil, sem dar detalhes.

Como comparação, a maior fabricante de motocicletas do Brasil, Honda, vendeu de janeiro ao final de julho 760,4 mil motocicletas no país, correspondendo a uma participação de mercado de cerca de 70%. A segunda maior fabricante do país, Yamaha, acumulou 193,5 mil emplacamentos, uma fatia de 17,8%.

Em junho de 2022, a Superintendência da Zona Franca de Manaus afirmou que a Hero MotoCorp tinha interesse em produzir motocicletas elétricas na região.

Procurada, a Hero não pode comentar o assunto de imediato. A montadora afirma ter presença em 47 países. Na América Latina, onde a Hero tem uma fábrica na Colômbia, a companhia está presente em seis países, incluindo Argentina e México.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Infomoney - SP   20/08/2024

Quem acompanha a economia sabe que juros altos são prejudiciais para o crescimento das empresas e alguns setores sofrem impactos maiores. Varejo e construção civil são frequentemente listados como os mais afetados pela Selic alta porque dependem de financiamento e consumo fortes para crescer.

Mas, mesmo com a taxa básica de juros em 10,50% ao ano – e com possibilidade de alta -, as corretoras ainda gostam das ações de construtoras e até recomendam a compra.

Prova disso é que a ação da Cyrela (CYRE3) foi uma das seis mais recomendadas para agosto em lista elaborada pelo InfoMoney com carteiras de nove corretoras. Outras companhias do setor, como Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3), figuram nestas listas ao lado de bancos e elétricas, companhias consideradas “defensivas” e “seguras” para o momento atual.

Enquanto isso, o IMOB, índice que mede o desempenho das principais construtoras listadas na B3, acumula alta superior a 7% nos últimos seis meses, acima do Ibovespa.

Diante disso, o que explica o otimismo com o setor mesmo diante de juros altos? Confira a seguir:
1. Minha Casa Minha Vida

Primeiro, é preciso separar as construtoras de baixa, média e alta renda. Isto é importante para entender que os dois primeiros segmentos (especialmente o de baixa renda) são amplamente ligados ao Minha Casa Minha Vida (MCMV) e constroem empreendimentos que se enquadram no programa para aproveitar a demanda e facilidade de financiamento.

E para quem constrói no MCMV, a Selic tem pouco impacto. “É um programa vinculado ao FGTS e tem taxas baixas com pouquíssima variação em relação à Selic”, explica Pedro Dietrich, analista da Ativa Investimentos.

No último dia 9, o Ministério das Cidades atualizou as faixas de renda dos beneficiários do programa. O limite da faixa 1 passou de R$ 2.640 para R$ 2.850, enquanto na faixa 2 passou de R$ 4.400 para R$ 4.700. Por sua vez, a faixa 3 seguiu em R$ 8.000.

Ainda neste mês, o Conselho Curador do FGTS destinou mais R$ 22 bilhões do orçamento anual do fundo para abastecer os financiamentos ao programa habitacional. As medidas, portanto, contribuíram para fortalecer a tese de investimento nas construtoras beneficiadas pelo programa.

2. Margens melhores

Se o MCMV explica o otimismo com as construtoras de baixa e média renda, por que as de alta renda, como a Cyrela, ainda são bem vistas pelo mercado? A resposta começa pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M). O indicador de inflação do setor está comportado, o que vem contribuindo para aumentar as margens das empresas.

“Hoje o INCC está estável e as empresas vêm conseguindo margens mais expressivas”, diz Felipe Mesquita, analista do BB Investimentos. Ele ainda explica que as construtoras não estão aumentando os gastos com comissões para vender mais: “o movimento de venda tem sido orgânico, o que também ajuda as margens”.
3. Melhora no crédito

O segmento de alta renda vinha sofrendo com a falta de financiamento. Com o cenário econômico cheio de incertezas, os bancos frearam a concessão de crédito.

“Ainda não é interessante para eles a agressividade no segmento imobiliário, mas vimos uma melhora marginal na concessão de crédito para o cliente de alta renda”, diz Dietrich.
4. Lição de casa feita

Diante desses fatores que vêm ajudando o setor, a avaliação dos especialistas ainda é de que as empresas aproveitaram o momento para reduzir o endividamento e aumentar a eficiência das operações, o que fortalece a confiança nos fundamentos das companhias para investimentos de longo prazo.

Mesquita diz que “o setor de construção tem uma dinâmica específica: os recursos das vendas podem demorar até três anos para caírem no balanço; percebemos que, mesmo com esse atraso no reconhecimento, tivemos empresas com impacto pequeno do momento ruim após a pandemia”.

Quais são os riscos?

Mesmo diante destes fatores positivos, sempre há riscos no radar. Um INCC voltando a avançar é o principal temor para os investidores do setor. Se isso acontecer, as margens voltam a ficar pressionadas e eventos positivos (e incomuns), como o pagamento de dividendos da Direcional, deixariam de acontecer.

Além disso, o investidor deve ficar de olho no valuation das companhias: “a maioria das empresas ligadas ao MCMV estão bem precificadas”, alerta Dietrich, que ainda enxerga boas oportunidades no setor.
Onde investir?

Partindo para onde investir, a Ativa e o BB-BI têm indicação de compra para a Direcional. Mesquita, do BB, diz que a ação, hoje cotada na casa dos R$ 29, pode chegar a R$ 33,50 em um ano e exalta a distribuição de dividendos da empresa: “vem devolvendo capital em um ritmo incomum para o mercado, é um indicador que ativa o radar para outros tipos de investidores”.

Já a Ágora prefere o papel da Cyrela porque vê na empresa “a combinação de operação reconhecidamente de qualidade com liquidez de suas ações, o que faz dela uma das principais alternativas de investimento no setor, em caso de entrada de capital estrangeiro”.

A Cury também é elogiada (e indicada) pelo BB Investimentos. Mesquita lembra que a empresa vem batendo recordes de lançamentos e diz que “está com o operacional ‘voando’”.

O preço-alvo da casa para o papel, que hoje custa cerca de R$ 23,50, é de R$ 27,50. Mas o especialista pondera: “o setor imobiliário é um dos mais voláteis da Bolsa, não são companhias defensivas ou indicadas para o investidor conservador”.

Valor - SP   20/08/2024

As unidades do MCMV representavam, no segundo trimestre, 31% dos apartamentos novos disponíveis para compra no país

Os lançamentos de apartamentos no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) cresceram 87% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2023, e 66% no primeiro semestre, ante os primeiros seis meses do ano passado. Os dados são do indicador imobiliário da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), elaborado pela consultoria imobiliária Brain com dados de 221 cidades.

As vendas subiram 46% na comparação com o segundo trimestre de 2023 e 37% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Para Renato Correia, presidente da CBIC, isso mostra a resposta do setor da construção às mudanças realizadas no programa habitacional no ano passado, com aumento de limite máximo para as unidades, redução de juros e aumento de subsídios. “Leva um ano para realmente mudar de patamar”, diz.

As unidades do MCMV representavam, no segundo trimestre, 31% dos apartamentos novos disponíveis para compra no país.

Mesmo com o avanço forte no lançamento de novos apartamentos no MCMV nas cidades analisadas, a oferta de unidades do programa no segundo trimestre era suficiente para abastecer o mercado por 7,5 meses, ante 8,5 meses há um ano. Para Celso Petrucci, economista chefe do Secovi-SP, que apresentou os dados da CBIC em coletiva nesta segunda-feira (19), isso mostra que as empresas podem continuar fazendo lançamentos, porque a oferta está baixa.

Correia afirma estar preocupado com o volume de recursos do FGTS disponíveis para a política habitacional. Neste mês, o orçamento do fundo para o programa foi ampliado em R$ 22 bilhões, para R$ 140 bilhões. Ele cita o saque-aniversário e o uso do FGTS para crédito consignado como fatores preocupantes, porque desviariam recursos que podem ir para habitação.

Recentemente, o Ministério das Cidades já reduziu a participação que o fundo pode ter no financiamento de imóveis usados e impôs um teto de R$ 270 mil ao preço desses imóveis. O aumento do uso de recursos do fundo para unidades usadas era reclamação do setor da construção.

Houve também uma atualização das faixas de renda 1 e 2 do programa, mas que ainda precisa ser aprovada pelo conselho curador do FGTS. Hoje, só é aplicada às obras feitas com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), que não entram nos cálculos da CBIC.

A faixa 1 passou de um limite de renda de R$ 2.640 para R$ 2.850. A faixa 2 subiu seu intervalo de renda de R$ 2.640 a R$ 4.400 para R$ 2.850 a R$ 4.700. Os representantes da CBIC esperam que o Conselho Curador do FGTS também aprove essas alterações, e querem uma atualização de valor para a faixa 3, que atende famílias com renda de até R$ 8 mil. “Existe perda de poder aquisitivo pela inflação e o trabalhador precisa desse ajuste, não é algo que coloca em risco o FGTS”, afirma Correia.

Desempenho geral também avança

O mercado geral de apartamentos novos também avançou. Os lançamentos de unidades de todos os padrões cresceram 7% no segundo trimestre e 6% no semestre, enquanto as vendas subiram 18% no segundo trimestre e 15% no acumulado do semestre.

Já a oferta final de unidades, os apartamentos novos disponíveis para serem comprados, recuou 11,5%, tanto na comparação trimestral quanto anual.

Atualmente, a oferta total de apartamentos novos no país é suficiente para manter o mercado por 9,3 meses, queda ante os 11,7 meses de junho do ano passado. Para Petrucci, é um patamar “bastante preocupante”, considerado baixo, mas que mostra “a saúde do mercado” e a aderência das vendas aos produtos que estão sendo ofertados pelas construtoras.

Reforma tributária

Representantes da CBIC e de outras entidades da construção se reuniram com o ministro da Fazenda Fernando Haddad, e o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, na sexta-feira (16). O setor considera que o texto atual da reforma representa um aumento de carga tributária, que poderia ter como consequência o aumento do preço dos imóveis.

A proposta atual tem um desconto de 40% sobre a alíquota modal, um avanço ante os 20% originalmente propostos, mas as entidades do setor defendem que o desconto deve ser de 60% para que a “neutralidade tributária” seja obtida.

Ainda serão feitas outras reuniões com o Ministério da Fazenda e congressistas.

Globo Online - RJ   20/08/2024

Turbinado pelo governo federal, o Minha Casa, Minha Vida registrou entre abril e junho deste ano um aumento de vendas de 46%, na comparação com o segundo trimestre de 2023. O patamar é superior aos 17,9% registrados na comercialização geral de apartamentos no país no mesmo período, e apontam para uma disparada nas vendas no âmbito do programa habitacional do governo, enquanto outros setores estacionaram.

Descontadas as unidades residenciais vendidas em meio ao MCMV, a variação no período é de 3,4%. Os indicadores de residências verticalizadas foram divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) nesta segunda-feira, e consideram dados de 221 cidades, incluindo as 27 capitais e principais regiões metropolitanas.

Mais vendas que lançamentos

Com R$ 53 bilhões, o Valor Geral de Vendas (VGV) é 20,2% maior que no mesmo intervalo de 2023 (R$ 44 bilhões).

Foram vendidas em todo o país 93.743 unidades no segundo trimestre deste ano. O patamar é um recorde desde 2016, quando o levantamento começou. Deste total, o MCMV responde por 42% do mercado, com 39.332 apartamentos vendidos. No ano passado, o paralelo era de 79.543 comercializadas, sendo 26.935 através do programa habitacional do governo federal.

Já o número total de novos lançamentos variou 7% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, passando de 78.431 novas unidades para 83.930 – abaixo do total de unidades residenciais vendidas. Frente ao patamar registrado de janeiro a março, o volume de novos empreendimentos lançados cresceu 28%, variando a partir de 65.557.

No período analisado, 44764 unidades foram lançadas pelo MCMV, o que corresponde a 53% do mercado e 87% a mais que o total lançado pelo programa no segundo trimestre de 2023, quando a política habitacional respondia por 30% das unidades residenciais verticais lançadas.

Na avaliação da Renato Correia, presidente da CBIC, o setor está em fase de crescimento e, mantido o cenário atual, a tendência é um segundo semestre positivo.

Ele ainda destacou efeitos positivos da inflação controlada, aumento na geração de novos empregos e disponibilidade de recursos tanto do FGTS quanto da caderneta da poupança para aplicação em moradia.

– Quando o governo acerta os parâmetros do Minha Casa, Minha Vida nós vemos as vendas crescendo rapidamente. Leva um ano para mudar de patamar, o setor é de resultados de médio e longo prazo. Você toma uma decisão agora e o efeito acontece paulatinamente – afirmou Correia, em coletiva de imprensa.

FERROVIÁRIO

Porto Gente - SP   20/08/2024

Alper destaca impactos das normas da ANTT na segurança e operação do transporte ferroviário de cargas e revela crescimento de 36,5% no setor

A recente Resolução n° 6.031/2023 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) trouxe melhorias ao setor ferroviário brasileiro após regulamentar as "operações acessórias ao serviço de transporte ferroviário de cargas". A normativa visa aumentar a segurança jurídica nas relações comerciais e operacionais entre as concessionárias de ferrovias e outras empresas do setor, além de coibir possíveis abusos.

Denis Teixeira, vice-presidente de Alper Cargo, divisão de Transportes da Alper Seguros, esclarece que, embora a resolução se refira ao transporte de passageiros como seu foco principal, ela incentiva uma adequação geral das empresas às novas exigências legais. "Acreditamos que as empresas prestadoras deste serviço já tenham operações robustas e apólices contratadas em produto adequado para operar. As que eventualmente ainda não se adequaram às necessidades da nova Lei, assim o devem fazer para a segurança da operação, dos usuários e também para continuar a ter a liberação da ANTT para o exercício de seu propósito", aponta.

Para Teixeira, a robustez das apólices de seguro das grandes empresas do setor ferroviário se dá porque são fortemente fiscalizadas pela ANTT. "Inclusive a Alper possui hoje em sua carteira de clientes segurados uma das maiores empresas do Brasil no setor nessa modalidade de Transporte Ferroviário", revelou. Nos últimos dois anos, houve um aumento de 36,5% na carteira de bens transportados por ferrovia protegidos pela Alper Seguros.

No Brasil, o seguro de transporte ferroviário, conhecido como Responsabilidade Civil do Transportador Ferroviário de Carga (RCTF-C), é obrigatório e deve ser contratado pelas empresas que operam nas ferrovias por exigência da ANTT. Apesar da obrigatoriedade, o seguro ferroviário é considerado competitivo no mercado. "Normalmente não é um seguro caro, inclusive o trecho ferroviário possui taxas bem mais atrativas no mercado segurador do que o seguro dos trechos rodoviários", destacou o vice-presidente da Alper Seguros, que também explicou que a precificação normalmente não depende mais da distância percorrida, mas sim do volume e histórico de sinistralidade e segurança na operação.

A Alper Seguros, com sua vasta experiência e carteira de grandes clientes no setor ferroviário, se posiciona como uma referência em seguros para operações ferroviárias no Brasil, garantindo que as empresas estejam sempre em conformidade com as novas regulamentações e protegidas contra riscos operacionais.

NAVAL

Valor - SP   20/08/2024

Serão ofertados terminais de menor porte, nos portos de Rio Grande (RS), Recife e Rio de Janeiro

O governo federal deverá realizar, nesta quarta-feira (21), o leilão de cinco terminais portuários. A concorrência estava inicialmente marcada para maio, mas foi adiada devido ao desastre climático no Rio Grande do Sul. Trata-se de ativos de menor porte que, juntos, deverão somar R$ 86 milhões de investimentos no total.

Esta deverá ser a primeira licitação de ativos portuários realizada neste ano, mas há previsão de mais um ou dois leilões do setor em 2024 - um deles entre setembro e outubro e, possivelmente, mais um em dezembro, segundo Eduardo Nery, diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

As próximas rodadas deverão trazer empreendimentos de maior porte. Entre os ativos previstos estão os terminais de grãos chamados PAR14 e PAR15, em Paranaguá (PR), que devem somar R$ 1,8 bilhão de investimentos; o terminal VDC29 em Vila do Conde (PA), também voltado a grãos, com previsão de R$ 716 milhões em obras; e o terminal de contêineres MUC04, em Fortaleza, que deverá gerar R$ 360,7 milhões de investimentos.

Porém, Nery prevê que os maiores leilões aguardados pelo setor fiquem para o próximo ano. Um deles é a concessão do canal de acesso de Paranaguá, que deverá ser um projeto pioneiro no setor portuário. “Pelo andar da carruagem, deve ficar para o primeiro trimestre de 2025”, diz.

Outra licitação com grande expectativa do setor é a do Porto de Itajaí (SC), que tem como principal operação o terminal de contêineres. O porto ficou parado por mais de um ano após o fim do contrato da Maersk, em 2022, e uma série de imbróglios que atrasaram o início do contrato de transição. Em junho deste ano, a nova operação temporária enfim entrou em vigor, sob controle da Seara, do grupo JBS, mas o governo já vinha trabalhando, em paralelo, para a licitação definitiva.

“Como agora tem o contrato de transição, vamos olhar com mais calma, porque há contribuições importantes ao projeto, da consulta pública, que podem levar a alterações mais estruturantes”, afirma Nery. Com isso, a previsão é que a concorrência para o arrendamento de longo prazo seja realizada no primeiro semestre de 2025, diz ele. A projeção de investimentos no projeto é da ordem de R$ 3 bilhões.

Outro leilão de grande porte, do terminal de granéis sólidos minerais em Itaguaí (RJ), que deverá somar R$ 3,5 bilhões de obras, está em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A depender do ritmo, poderá sair ainda neste ano, mas provavelmente também ficará para 2025.

Os ativos licitados nesta quarta-feira são terminais de menor porte, que serão leiloados em modelo simplificado, com rito mais célere e contratos com prazo máximo de dez anos, sem possibilidade de prorrogação.

Um deles é o terminal RIG10, no porto de Rio Grande (RS), voltado à movimentação de carga geral. Hoje, a área é parcialmente ocupada pela empresa Sagres Operações Portuárias, por meio de contrato de transição, e outra zona do terminal é de uso público. A expectativa dos estudos é que a principal carga movimentada no local seja de máquinas e equipamentos, como já é feito atualmente, mas o novo arrendatário poderá escolher a destinação do terminal para qualquer tipo de carga geral. A projeção é de investimento de R$ 7,8 milhões.

O porto do Recife terá três terminais contemplados nesta licitação. O principal deles é o REC08, um novo terminal que terá de ser desenvolvido em uma área desocupada. A ideia é que o projeto seja voltado a granéis sólidos vegetais, com potencial de demanda principalmente para malte, trigo e milho. Os estudos preveem investimentos de R$ 50,9 milhões.

No porto, também serão licitados os terminais REC09, que já é operacional e tem foco específico na movimentação de arroz, e o REC10, voltado a granéis sólidos e cargas gerais, que hoje movimenta principalmente barrilha. Os investimentos projetados são de R$ 2,2 milhões e R$ 3 milhões, respectivamente.

No leilão que estava marcado para maio, o porto do Recife também teria a licitação de um quarto terminal, o REC04, destinado à movimentação de granéis sólidos e carga geral e com previsão de investimentos de R$ 3,6 milhões. Porém, o projeto se encontra suspenso. Trata-se de um terminal já operacional, que opera principalmente barrilha (usado pela indústria de vidros) e fertilizantes.

Por fim, será ofertado o RDJ06, no porto do Rio de Janeiro, para a movimentação de carga geral líquida. Hoje, o terminal de Lubrificantes é explorado pela empresa Iconic Lubrificantes. O novo contrato prevê R$ 22,2 milhões em novos investimentos.

A concorrência será realizada na sede da B3, em São Paulo.

PETROLÍFERO

Money Times - SP   20/08/2024

Nesta segunda-feira (19), os contratos futuros de petróleo caíram quase 3%, com o barril sendo negociado abaixo de US$ 75, em meio às tratativas de cessar-fogo em Gaza e preocupações com a demanda mais fraca da China.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento para outubro, terminaram o dia com queda de 2,54%, a US$ 77,66 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, o Brent ficou próximo da estabilidade, com baixa de 0,03%.

Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para setembro caíram 2,97%, a US$ 74,37 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos (EUA).

O que mexeu com petróleo hoje?

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que Israel aceitou a proposta de paz para encerrar o conflito contra o Hamas na Faixa de Gaza. Ele ainda afirmou que esta pode ser a “última oportunidade” de garantir um acordo que ponha fim aos combates e liberte os reféns mantidos pelo grupo extremista.

As tratativas tinha sido interrompidas na última sexta-feira (16) e ainda não está claro se representantes do Hamas também aceitarão o acordo.

Na semana passada, o primeiro ministro do Catar disse a líderes do Irã para não atacar enquanto as conversas estiverem em andamento, segundo o jornal The Washington Post,. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que um acordo de paz em Gaza “está mais perto do que nunca”.

Na avaliação do Bank of America (BofA), os preços do petróleo devem recuar em 2025, com o fim dos cortes voluntários de oferta da commodity determinado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Para os analistas do banco, o barril de petróleo Brent pode atingir os US$ 80 no ano que vem. Mas o cenário geopolítico e fatores macroeconômicos podem desencadear pressões altistas.

“As tensões no Oriente Médio podem elevar muito mais os preços se a geopolítica volátil levar a danos à infraestrutura de energia, além de taxas de juros mais baixas nos Estados U nidos, um dólar mais fraco e estímulo da China em direção a 2025”, escreve o estrategista de commodities e derivativos, Francisco Blanch, em relatório.

Na visão dele, “os preços da energia já estão baratos em relação à história, principalmente quando ajustados pela inflação, e o petróleo está barato em comparação a outros combustíveis térmicos”.

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   20/08/2024

A balança comercial do agronegócio paulista registrou superávit de US$ 13,55 bilhões de janeiro a julho deste ano, alta de 10% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. O resultado deve-se a um aumento de 9,6% nas exportações, que atingiram US$ 16,83 bilhões, e de um crescimento de 9,3% nas importações, para US$ 3,28 bilhões.

As exportações do agronegócio representaram 42,8% do total exportado pelo Estado de São Paulo no período, enquanto as importações do setor responderam por 7,6% do total das importações paulistas. Outros setores da economia paulista registraram um déficit de US$ 17,20 bilhões.

“Mais uma vez o bom desempenho da agricultura paulista refletiu nos bons resultados da balança comercial do Estado e contribuiu para um superávit ainda maior”, disse em nota o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai.

O complexo açucareiro teve uma participação de US$ 6,51 bilhões na balança do setor, maior contribuição no que diz respeito a exportação dos produtos do agronegócio, com o açúcar representando 92,2% do total e o álcool etílico (etanol) 7,8%. Em seguida, aparecem os produtos florestais, com US$ 1,83 bilhão – celulose (54,0%) e papel (38,4%).

As carnes ocuparam uma fatia de US$ 1,81 bilhão, com destaque para a carne bovina, que representou 83,4% do total. O complexo da soja gerou US$ 1,77 bilhão, sendo a soja em grão o principal item, com 81,4% de participação. Por fim, dos sucos registraram US$ 1,36 bilhão, dos quais 97,6% referem-se a suco de laranja.

Esses cinco grupos de produtos representaram 79% das exportações do agronegócio paulista. O café, tradicional no Estado, ocupou a sexta posição, com vendas de US$ 737,40 milhões – 73,3% foram café verde. Comparado ao mesmo período de 2023, os grupos que apresentaram maior crescimento em valor exportado foram complexo sucroalcooleiro (+31,8%), café (+31%), sucos (+20%), produtos florestais (+15%) e carnes (+4,3%). Por outro lado, o complexo soja registrou uma queda de 36,7% no valor exportado.

Considerado todo o agronegócio brasileiro, São Paulo representou 17,2% das exportações do setor, um aumento de 1,4 ponto porcentual em relação ao mesmo período de 2023. O Estado fica apenas atrás de Mato Grosso (18,5%).

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