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20 de Abril de 2023

SIDERURGIA

Portal Fator Brasil - RJ   20/04/2023

Pelo terceiro ano consecutivo . Projeções mostram que o faturamento da indústria de autopeças deve crescer 6,1% este ano.

O Grupo Açotubo, referência na distribuição de produtos siderúrgicos, é um dos patrocinadores da 4° edição do Encontro da Indústria de Autopeças, organizado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Este ano, o tema do evento é: a importância da inovação para a cadeia automotiva no Brasil. De acordo com projeções do Sindipeças, a estimativa é que o faturamento da indústria de autopeças deve crescer 6,1% em 2023.

O evento reúne dirigentes de montadoras, representantes de toda a cadeia de produção de autopeças nacional e internacional e especialistas do segmento da reposição para debater as vantagens competitivas e comparativas do Brasil, que podem atrair investimentos nesta área do conhecimento e elevar sua relevância nas decisões de empresas mundiais.

— Poder assistir os debates e acompanhar as discussões dos palestrantes convidados, que são grandes formadores de opinião do setor, é muito enriquecedor. A expectativa é conferir quais são as projeções para o momento atual e futuro. Além disso, o encontro é muito importante para aumentar nosso networking, mostrando, por exemplo, onde e como conseguimos atuar melhor para atender nossos clientes —explica Vinicius Bassi gerente Executivo de Marketing, da Açotubo.

O Encontro da Indústria de Autopeças, acontece no dia 24 de abril (segunda-feira), no Centro de Exposições São Paulo Expo, das 13 às 18 horas, organizado sob o formato de talk show, com sessão de abertura, palestra e painéis de debates.

Monitor Digital - RJ   20/04/2023

As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na fabricação de aço, voltaram a crescer em março, para 71.399 toneladas, aumento de 42% em relação ao mesmo mês do ano passado (50.217 toneladas) e 20% acima a fevereiro último, quando somaram 59.368 toneladas. Há um crescente interesse das empresas que processam e comercializam a sucata em buscar o mercado externo, diante da baixa demanda no Brasil.

No primeiro trimestre deste ano, as exportações já alcançaram 168.659 toneladas, um crescimento de 40% em comparação a janeiro a março de 2022, com 120.612 toneladas, conforme dados do Ministério da Economia, Secex.

Segundo Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,6 mil recicladores que reinserem insumos recicláveis no ciclo da cadeia produtiva, o mercado externo é sempre uma opção quando há retração na demanda do país.

“As incertezas econômicas, com a paralisação de montadoras de veículos e dificuldades em outros setores da indústria, como da construção civil – potenciais consumidores de aço -, vêm mantendo o mercado interno de vendas de sucatas desanimador”, afirma.
Espaço Publicitário

Mas a opção externa esbarra atualmente em outro problema, os preços pouco atrativos. Conforme pesquisa semanal feita pela S&P Global Platts, agência americana especializada em fornecer preços-referência e benchmarkets para o mercado de commodities, “houve queda de cerca de R$ 50 por tonelada nos valores de exportação”, conforme informou uma fonte. O preço de venda da sucata HMS 1/2, um tipo bastante consumido, ficou em US$ 291 por tonelada FOB, e o de sucata triturada, US$ 330 tonelada FOB, na primeira semana deste mês de abril.

Além disso, a taxa de câmbio, que passou de R$ 5,29/US$ 1 em 23 de março para R$ 5,07/US$ 1 em 3 de abril, o que reduziu a margem financeira para as exportações, conforme a S&P Global Platts.

Outro problema no mercado interno, segundo o presidente do Inesfa, é o temor dos recicladores que um novo método de compra de sucatas ferrosas na base, por parte de algumas usinas siderúrgicas, com preços artificiais na aquisição de materiais de baixa qualidade e altos índices de impurezas, possam estar favorecendo empresas sem licenças ambientais e que sonegam tributos em detrimento de outras que cumprem com suas obrigações.

Já de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria CRU Group, solicitada pelo pelo International Aluminium Institute (IAI), a demanda por alumínio primário irá crescer 40% até o ano de 2030. O estudo mostra que isso se deve aos quatro principais consumidores desse metal, que respondem por 75% desse total, são empresas dos segmentos de transportes, embalagens, construção civil e setor elétrico que estão em crescimento. Com isso, o cenário sugere uma maior demanda por importação de alumínio.

Além disso, o mercado do alumínio brasileiro continua em expansão. Só em 2021, o consumo doméstico de alumínio bateu recordes, chegando a 1,583 milhão de toneladas. Com relação às exportações, de acordo com a ComexVis, aplicativo do Ministério da Economia, os principais destinos do minério de alumínio em 2022 foram Canadá, Irlanda, Grécia, EUA e China.

Money Times - SP   20/04/2023

O Santander atualizou suas preferências para as ações ligadas a metais na América Latina. A Vale (VALE3) perdeu seu posto de top pick entre as mineradoras, enquanto a CSN (CSNA3) também não é mais a siderúrgica preferida do banco.
Cobre x Minério de ferro

Ainda que tenha perdido o posto de primeira opção, a Vale segue com uma classificação de “outperform” pelo banco, já que os analistas avaliam que a companhia está negociando com “avaliações atraentes”.

Mas o novo nome top pick no segmento é a Southern Copper Corporation (SCCO), uma mineradora mexicana negociada na Bolsa de Nova York.

A nova preferência do Santander se deve pela avaliação de que o cobre deve ser mais beneficiado do que o minério de ferro pela reabertura chinesa.

“Embora os mercados de minério de ferro e cobre possam permanecer apertados devido aos desafios persistentes do lado da oferta, esperamos que os preços do cobre sejam mais beneficiados”, explicam Rafael Barcellos e Arthur Biscuola, analistas do banco.

Outro ponto de destaque do Santander para o cobre, é que o metal vem capturando as tendências da velha e da nova economia, com tecnologias verdes já representando 8% da demanda global de cobre.
Cobre x Lítio

Em relação ao lítio, os analistas do banco seguem preferindo ações ligadas ao cobre na América Latina, devido à combinação de “demanda saudável e desafios persistentes do lado da oferta”.

Para o lítio, ainda que a sua demanda continue sendo impulsionada pelo forte aumento na produção de veículos elétricos (EV), “continuamos a ver os riscos distorcidos para baixo”, pontuam os especialistas.

Além disso, devido ao mix mais diversificado do cobre (que aproveita a velha e nova economia), ele também deve se beneficiar mais com a retomada da economia chinesa em relação ao lítio.
Aço

Em relação às ações ligadas ao aço, o Santander reavaliou a sua preferência pela CSN (CSNA3), e classificou a Gerdau (GGBR4) como a sua nova siderúrgica top pick, devido a suas “avaliações atraentes e presença geográfica diversificada”.

Apesar disso, os analistas ainda enxergam “fundamentos frágeis” para o aço na América Latina, ainda que reconheçam que o ímpeto de ganhos pode melhorar para as siderúrgicas.

“As crescentes preocupações com a demanda representam um risco negativo para a demanda e preços do aço para 2023”, explicam.
Comprar ou vender?

Apesar das mudanças em relação às ações preferidas, o Santander não mudou a classificação para cada ação do setor.

Dentre as empresas brasileiras, as ações de Vale, Gerdau, CSN e CSN Mineração (CMIN3) têm uma avaliação “outperform”, enquanto a Usiminas (USIM5) possui uma recomendação “neutra”.

Para as empresas estrangeiras, os papéis da Grupo Mexico (GMEX) e da Southern Copper (SCCO) são “outperform”, enquanto a SQM (SQM) e Ternium (TX) são “neutra”.

Money Times - SP   20/04/2023

A Usiminas (USIM5) abre a nova temporada de resultados do setor de mineração e siderurgia. A companhia reporta nesta quinta-feira (20) os números do primeiro trimestre de 2023, e o que se pode esperar é um cenário ainda desafiador – com reversão de prejuízo contábil, mas lucro fraco, afirma a Genial Investimentos.

O balanço deve refletir um ambiente ruim para a principal unidade da Usiminas, a siderurgia. A receita estimada para a categoria é de R$ 6,5 bilhões, o que representa uma queda de 5,6% no comparativo anual devido a uma dinâmica de maiores vendas, mas menor preço realizado.
Mineração

Enquanto isso, a unidade de mineração deve aproveitar um trimestre forte de preços, amenizando em parte os impactos das operações de siderurgia. Para a Mineração Usiminas (Musa), a receita líquida estimada pela Genial é de R$ 737 milhões, recuo anual de 9,2%.

“É um trimestre de maior índice pluviométrico, o que atrapalha a produção e as vendas; mesmo que o preço realizado tenha aumentado durante o período”, afirma.

Para a transformação de aço, a Genial espera que a receita tenha uma queda anual de 3,1%, chegando a R$ 2 bilhões.

Um trimestre ainda fraco

No geral, a Genial espera ver mais um trimestre fraco para a Usiminas.

“Esperamos que os resultados do primeiro trimestre de 2023 reflitam as dificuldades de aumentar o preço realizado. Acreditamos que os reajustes anuais no segmento automotivo, que são rotineiramente aplicados pela Usiminas, virarão descontos na ordem low double digit”, diz.

“Além disso, vemos uma maior dificuldade da companhia nas negociações com a carteira de clientes para reajustar os preços domésticos positivamente nos segmentos da indústria e distribuição, principalmente por conta de uma pressão de custos, adicionadas de um cenário macro estressado”, completa a corretora.

A Genial espera ainda que o capital de giro continue pressionando o caixa (ainda que em ritmo descendente) devido à compra de placas para repor o que seria produzido pelo AF3 durante a reforma.

A Genial estima que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado deve registrar tombo de 62% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, enquanto na comparação trimestral deve vir estável, a R$ 592 milhões.

A Genial projeta um lucro líquido de R$ 291 milhões. Seria uma reversão sobre o prejuízo contábil reportado no quarto trimestre de 2022, mas ainda representaria um tombo de 77% comparado com o resultado de um ano atrás.

Mesmo descontada, a ação da Usiminas tem recomendação de “manter” pela Genial, com preço-alvo de R$ 8,60. Segundo os analistas, o desconto para os pares se justifica pelas dificuldades de curto prazo.

“Entendemos que ela está atravessando um ponto chave para a sua história futura, sendo desafiada adicionalmente pelo cenário macro, e dependente de entregas operacionais, que nos parecem ainda um pouco distantes, para que o preço das ações comece a andar”, conclui a corretora.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   20/04/2023

Na passagem de janeiro para fevereiro, a produção da indústria nacional registrou variação negativa de 0,2%, acumulando queda de 0,6% por três meses consecutivos. A produção da indústria nacional ainda está 2,6% abaixo do patamar pré-pandemia da covid-19, que considera como marco o mês de fevereiro de 2020. O resultado também ficou 19% abaixo do recorde da série, alcançado em maio de 2011.

A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) foi divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação anual, a queda foi de 2,4%. No acumulado do ano, a retração está em 1,1%, e nos últimos 12 meses, o indicador registra queda de 0,2%.
Atividades

De acordo com o IBGE, nove das 25 atividades pesquisadas na PIM recuaram em fevereiro, com queda de 1,1% nos produtos alimentícios, 1,8% nos químicos e redução de 4,5% nos farmoquímicos e farmacêuticos.

A pesquisa destaca a queda na produção de carnes bovinas, aves e suínos, sucos e derivados da soja, influenciada pela suspensão das exportações de carne para a China, por causa do mal da vaca louca no final de fevereiro.

Outras reduções importantes ocorreram nas atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,5%) e de produtos de metal (1,4%).

Entre as 16 atividades que tiveram alta no período, o IBGE destaca as indústrias extrativas, que cresceram 4,6% após a expansão de 3,4% registrada em janeiro. Outros crescimentos importantes vieram dos setores de bebidas (3,6%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%); impressão e reprodução de gravações (11,2%); produtos diversos (4%); metalurgia (0,8%); e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2%).

Entre as grandes categorias econômicas, a principal influência para a queda veio dos bens de consumo duráveis, com queda de 1,4%, intensificando a queda de 1,2% registrada em janeiro. Bens de consumo semi e não duráveis tiveram recuo de 0,1%, após quatro meses de alta.  Apresentaram crescimento os setores de bens de capital (0,1%) e de bens intermediários (0,5%).

Na comparação anual, a PIM revela que o setor industrial caiu 2,4%, com retração disseminada por 17 dos 25 ramos analisados. Nessa análise, as principais influências negativas foram dos produtos químicos (8%); produtos alimentícios (3,8%); veículos automotores, reboques e carrocerias (6,1%); e máquinas e equipamentos (9%).

Foram registradas altas em oito atividades, com destaque para as indústrias extrativas (5,1%), impulsionadas pelos itens minérios de ferro e óleos brutos de petróleo.

O Estado de S.Paulo - SP   20/04/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ficou estagnado em janeiro, na comparação com dezembro de 2022, segundo o Monitor do PIB, indicador calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e divulgado pela entidade nesta quarta-feira, 19. Na comparação com janeiro de 2022, a atividade econômica avançou 4,1%.

Segundo a FGV, a variação nula no Monitor do PIB de janeiro se deveu à estagnação do setor de serviços, a uma retração na indústria, contrabalançada apenas pelo crescimento da agropecuária. “Esta configuração já mostra o que se deve esperar em 2023, tendo em vista que o contexto econômico é mais desafiador este ano do que se observou em 2022. Em um cenário de juros e de endividamento elevados e perspectiva de recessão global, o consumo e os investimentos tendem a perder força e dificultar o crescimento econômico”, diz a nota divulgada pela FGV.

O bom desempenho da agropecuária tenderá a se manter, compensando em parte a estagnação ou a retração dos demais componentes. “A expectativa de safra recorde na agricultura, por sua vez, mostra que o crescimento da economia no ano, deve ser bastante influenciado pela agropecuária”, continua a nota divulgada pela FGV.

O Monitor do PIB procura antecipar a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

O Estado de S.Paulo - SP   20/04/2023

O projeto de lei do novo arcabouço fiscal - apresentado ao Congresso na terça-feira, 18 - se revelou mais brando do que o desenho que se imaginava inicialmente, de acordo com economistas ouvidos pelo Estadão.

O texto entregue ao Congresso trouxe 13 exceções. Permite, por exemplo, despesas com aumento de capital de empresas estatais não financeiras. A medida não foi bem vista pelo mercado financeiro. Nesta quarta-feira, 19, o dólar opera em alta, e a Bolsa de Valores recua.

De forma geral, a leitura de parte dos analistas é de que o arcabouço pode estancar o crescente endividamento do País, mas sugere um ajuste fiscal mais lento e gradual. Leia abaixo a avaliação dos economistas sobre o projeto do arcabouço.

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associado.

A avaliação do economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, é a de que a proposta apresentada pelo governo “veio pior do que a apresentação inicial” por causa das exceções que foram abertas ao limite de gastos.

De acordo com Vale, o arcabouço reforça o caráter de que todo o ajuste fiscal será realizado com base na receita. “E a expectativa de crescimento de 7,8% na receita líquida ano que vem é bastante irrealista. Uma regra que dificilmente será cumprida.”

Ele também vê um dificuldade de se cumprir as promessas feitas pelo governo para o superávit primário. A equipe econômica prometeu zerar o rombo das contas públicas no ano que vem e entregar um superávit de 0,5% em 2025.

“Usar a inflação do ano vai permitir uma expansão de gastos maior do que 0,6% estimados pela regra, o que coloca mais dificuldade em se cumprir o superávit primário”, afirmou Vale.

Claudia Moreno, economista do C6 Bank

A opinião da economista do C6 Bank Claudia Moreno é de que a regra vai na direção correta para permitir o equilíbrio da relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB). “O nosso questionamento é como vão chegar até lá”, diz.

Nas contas dela, o País precisa de ajuste fiscal de dois pontos percentuais do PIB - em 2026, o governo projeta um superávit de 1% do PIB. “Seria preciso de mais arrecadação para (a conta) fechar, e as medidas que foram anunciadas são incertas”, afirmou Moreno.

Sobre as exceções, ela avalia que o governo pode acabar usando as estatais para aumentar os investimentos. “O problema o que é que isso pode significar um aumento de gastos.”

Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos

O economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, avalia que o novo arcabouço fiscal se caracterizou como mais expansionista, principalmente porque a nova regra já parte de um base alta de despesas deste ano após a aprovação da PEC da Transição.

Segundo ele, o crescimento real das despesas em 2024 acabará ficando em cerca de 2,1%, ao invés do que se esperava - um pouco abaixo de 1%, com o modelo que o governo utilizou para fazer a correção monetária do limite de gastos.

“Confirma o viés mais expansionista da política fiscal para frente, vai demandar um esforço de receita. A despesa está aí, é um crescimento importante, e a receita é incerta”, disse ele.

Pelo texto do arcabouço, a variação da receita será medida, em termos reais (acima da inflação), até junho do ano anterior, com base na inflação acumulada até junho, enquanto a correção monetária somada a essa variação real será composta pela inflação acumulada de janeiro a junho, acrescida das projeções do governo contidas na proposta orçamentária para julho a dezembro.

Laura Moraes, economista da Neo Investimentos

A economista da Neo Investimentos Laura Moraes acredita que ainda restam dúvidas em relação ao arcabouço fiscal. “Na minha visão, coloca limites fracos que não são suficientes para estabilizar a trajetória da divida.” Ela também critica o fato de o projeto não trazer uma grande penalidade para o caso de não cumprimento das metas de resultado primário.

O projeto obriga o presidente da República a explicar os casos de descumprimento das metas fiscais, mas retira a responsabilização por não cumprimento da meta que existia antes na Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Ou seja, a meta de resultado primário é somente uma indicação de intenção”, disse. “A penalidade por não cumprimento vem somente para evitar que caia na banda de 50% de aumento da despesa. Essa punição parece bastante branda e sugere um ajuste fiscal muito mais lento”

Agência Brasil - DF   20/04/2023

A queda da inflação está mais lenta que o esperado, disse nesta quarta-feira (19) o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Segundo ele, a inflação cheia está caindo, mas o núcleo (que exclui preços mais voláteis) recua mais lentamente.

“A desinflação no país está mais lenta do que esperávamos. É consenso nos bancos centrais que o trabalho ainda não está feito. É preciso ser persistente”, disse Campos Neto em reunião do European Economics & Financial Centre, em Londres. O presidente do BC está viajando ao Reino Unido, e o encontro foi transmitido virtualmente.

Segundo Campos Neto, a inflação cheia pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continua caindo por causa das desonerações decididas no ano passado. No entanto, o núcleo da inflação continua alto, mesmo com os juros básicos no maior nível em seis anos.

“O índice cheio de inflação está muito poluído por mudanças tributárias que estão acontecendo, então quando olhamos o núcleo, está em torno de 8%, o que ainda é muito alto. Em termos de hiato do produto [medida de quanto a economia produz a menos que a capacidade], não vemos mudança, mesmo que a economia esteja desacelerando”, declarou.
Expectativas

De acordo com Campos Neto, o Banco Central está mais preocupado com as expectativas de inflação, principalmente para 2025 e 2026. Ele explicou que o BC projeta IPCA de 5,8% em 2023, 3,6% para 2024 e 3,2% para 2025. Apesar da queda, ressaltou Campos Neto, as expectativas apontam inflação acima do centro da meta.

“Quando olhamos nossas projeções, temos 5,8% [para o IPCA] para 2023 e 3,6% para 2024, 3,2% para 2025 e, obviamente temos um contexto de números melhores, mas ainda longe da nossa meta. Sempre dizemos que a decisão se baseia em três dimensões de dados, olhamos para a inflação corrente, para o hiato do produto e para as expectativas [de inflação]”, destacou.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelece meta de inflação de 3,25% para 2023 e de 3% para 2024 e 2025. Em todos os anos, há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Segundo o presidente do BC, parte do aumento da expectativa para o longo prazo deve-se a ruídos provocados pela mudança de governo.

“Há um questionamento sobre por que temos expectativas de inflação nos médio e longo prazos subindo se as surpresas inflacionárias no curto prazo são positivas. Acho que a questão aqui é que algum ruído foi criado na mudança de governo; quando olhamos porque a inflação desancorou no longo prazo, parte da explicação está relacionada ao pacote fiscal que foi aprovado [Emenda Constitucional da Transição] e parte ao governo falar sobre mudar as metas”, disse.
Arcabouço fiscal

Campos Neto comentou o projeto de lei complementar do novo arcabouço fiscal, enviado nesta terça-feira (19) ao Congresso. Ele disse considerar o texto “bastante razoável”, mas que a avaliação final dependerá da velocidade do Congresso em votar o projeto e de eventuais alterações incluídas pelos parlamentares. “Acho que foi uma boa indicação de que estamos avançando na direção certa.”

“Tivemos o novo arcabouço fiscal, o texto foi enviado ontem, não tive tempo de olhar todos os detalhes, mas parece em linha com o que eu tinha visto antes”, afirmou. Campos Neto, no entanto, disse não ver “relação mecânica” entre a aprovação da nova âncora fiscal e uma eventual queda dos juros.

O presidente do BC também comentou sobre uma possível mudança das metas de inflação e disse que o órgão é contra a ideia porque não resultaria em corte imediato de juros e uma medida nesse sentido aumentaria o prêmio de risco do Brasil.

“Achamos que não é algo que o Banco Central decide [mas o governo]. O mandato é muito claro”, comentou. Campos Neto acrescentou que uma eventual elevação das metas passaria ao mercado a ideia de que o governo pretende ganhar flexibilidade na política monetária, mas admitiu que há membros na diretoria do BC que pensam diferente.

Monitor Digital - RJ   20/04/2023

A deflação não é mais vista agora na China nem o será na próxima etapa, disse um funcionário nesta terça-feira, observando que a oferta e a demanda do mercado permanecem basicamente estáveis apesar do crescimento mais lento nos preços.

A deflação é uma queda contínua no nível geral dos preços, normalmente acompanhada por uma redução na oferta de dinheiro e recessão econômica, disse o porta-voz do Departamento Nacional de Estatísticas da China, Fu Linghui, em uma coletiva de imprensa.

“De modo geral, a deflação não está ocorrendo na China”, disse Fu, citando um leve aumento de 1,3% em termos anuais no índice de preços ao consumidor (IPC) e uma expansão robusta de 4,5% no PIB no primeiro trimestre do ano, bem como um crescimento relativamente rápido de 12,7% no M2, a medida ampla de oferta de dinheiro que cobre o dinheiro em circulação e todos os depósitos, no final de março.

O porta-voz atribuiu a taxa de crescimento do IPC menor no primeiro trimestre à queda nos preços de alimentos, energia, automóveis, etc.
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A oferta e a demanda do mercado permaneceram geralmente estáveis, disse Fu, observando que o IPC central da China, que não inclui os preços de alimentos e energia, subiu 0,8% anualmente e 0,2 ponto percentual trimestralmente.

Para a próxima etapa, os preços se recuperarão continuamente e não haverá preocupações com a deflação na China, observou Fu.

O índice IPC deve permanecer em um nível baixo no segundo trimestre devido à alta base de comparação do mesmo período do ano passado, de acordo com Fu. Ele acrescentou que, com fatores de influência geralmente aliviados, os preços gerais voltarão ao nível normal no segundo semestre do ano. Fim

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   20/04/2023

O planejador estatal da China disse nesta quarta-feira que vai acelerar a construção de projetos de exploração de minério de ferro e melhorar sua capacidade de garantir o fornecimento do produto.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma também monitorará de perto a dinâmica do mercado de minério de ferro e tomará medidas com departamentos relevantes para limitar aumentos irracionais de preços, disse a porta-voz Meng Wei em coletiva de imprensa.

O governo chinês está irritado com a forte dependência do minério de ferro importado, com mais de 70% das necessidades da China vindo do exterior, e pretende aumentar a oferta doméstica.

A China Iron & Steel Association, apoiada pelo governo, lançou uma iniciativa no ano passado para aumentar a oferta doméstica para 370 milhões de toneladas até 2025.

A produção anual de minério de ferro da China deve atingir uma máxima de oito anos de 290 milhões de toneladas em 2023, estimam analistas.

A consultoria Wood Mackenzie disse que a produção doméstica pode não aumentar muito no curto prazo, uma vez que vários novos projetos são minas subterrâneas, cujas condições geológicas complexas e altos custos provavelmente complicarão a construção.

O maior consumidor mundial de minério de ferro produziu 44,50 milhões de toneladas de concentrado de minério de ferro nos primeiros dois meses de 2023, mostraram dados da Metallurgical Mines’ Association of China.

IstoÉ Online - SP   20/04/2023

Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram nesta quarta-feira, já que outro alerta de preço emitido pelo planejador estatal da China pesou sobre o ânimo do mercado.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China disse que monitoraria o mercado de minério de ferro de perto e tomaria medidas com departamentos relevantes para limitar aumentos irracionais de preços.

“Sentimos que o tom do governo refletido em suas palavras é mais rígido em comparação com o demonstrado em declarações divulgadas em seu WeChat”, disse um analista de minério de ferro de Xangai que pediu anonimato porque não está autorizado a falar com a imprensa.

O minério de ferro mais negociado em setembro na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com queda de 0,96%, para 777,5 iuanes a tonelada. Os preços do minério de ferro subiram quase 2% até agora este ano.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para maio subiu 0,2%, para 117,95 dólares a tonelada, após registrar perdas na sessão da manhã.

Os preços de dois outros materiais usados na siderurgia, carvão metalúrgico e coque, também caíram, embora em ritmo mais lento. O carvão teve baixa de 0,22%, enquanto o coque recuou 0,1%.

Enquanto isso, o crescimento econômico mais forte do que o esperado na China levantou temores de uma redução dos estímulos no segundo trimestre, pesando sobre os metais ferrosos.

“O desempenho no segundo trimestre é tipicamente mais forte do que no primeiro. Como o desempenho (econômico) é melhor do que o esperado, estamos preocupados que o governo não estabeleça muitas medidas de apoio para impulsionar ainda mais a economia”, disse um analista de minério de ferro.

IstoÉ Online - SP   20/04/2023

O faturamento do setor mineral somou 54,6 bilhões de reais no primeiro trimestre, queda de 3% ante igual período do ano anterior, mostraram dados publicados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as mineradoras no Brasil.

As exportações do segmento somaram 78,5 milhões de toneladas entre janeiro e março, alta de 4,2% em relação ao mesmo intervalo de 2022. Já as vendas externas de minério de ferro alcançaram 75,2 milhões de toneladas, avanço de 4,3% na mesma comparação.

A arrecadação de royalties da mineração, a chamada Cfem, somou 1,49 bilhão de reais no primeiro trimestre, queda de 3,8% versus um ano antes, segundo o Ibram, que representa empresas como Vale, Gerdau, ArcelorMittal e Mosaic.

Infomoney - SP   20/04/2023

Os dados de produção da mineradora Vale (VALE3) divulgados na noite da última terça-feira (18) não agradaram os analistas de mercado o que, em conjunto com uma nova queda do minério de ferro na China, levaram à queda das ações na sessão desta quarta (19). A ação fechou com baixa de 2,92%, a R$ 76,25; no mês, a baixa é de 5%. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 4,48%, a R$ 75,02.

A gigante de mineração reportou uma produção de 66,8 milhões de toneladas (mt) de minério de ferro no primeiro trimestre de 2023 (1T23), 5,8% acima do mesmo trimestre do ano anterior (1T22), devido ao desempenho mais forte da importante mina S11D, no Pará, e melhores condições climáticas em Minas Gerais.

Já o volume de vendas de finos e pelotas de minério de ferro somou 45,9 milhões de toneladas no primeiro trimestre deste ano, valor 10,6% menor que o do primeiro trimestre de 2022 e 43,5% abaixo do quarto trimestre de 2022.

Segundo relatório da XP Investimentos, os fracos embarques de finos de minério de ferro foram o principal destaque negativo sobre o desempenho operacional da mineradora no 1T23.

O Itaú também ressalta que o volume de vendas de minério de ferro ficou 2% abaixo de suas estimativas e significativamente abaixo do volume de produção de 66,8 mt (queda de 17% na base trimestral). Os volumes de níquel e cobre foram 1% e 3% mais fracos do que o esperado, respectivamente. Já os preços realizados ficaram 4% abaixo das estimativas do para o minério de ferro e 11% para as pelotas.

Em termos de lucratividade, o BBA revisou a sua estimativa de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 4,1 bilhões para US$ 3,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

Após os dados operacionais relatados na noite de ontem, o Morgan Stanley estima uma queda de aproximadamente 4 a 8% na estimativa de Ebitda da Vale no 1T23, abaixo do consenso de US$ 4,3 bilhões, devido a menores embarques de minério de ferro, cobre e níquel e menor preço realizado em minério de ferro e níquel. O banco americano já apontava que a ação tenha um desempenho inferior na sessão de hoje.

Já o JPMorgan acredita que os baixos volumes de vendas de minério de ferro, combinadas com uma reposição significativa, provavelmente desapontarão o mercado. Nesse sentindo, o banco disse que continua pessimista com relação ao minério de ferro e espera que a combinação de maior oferta e demanda mais fraca por aço pese sobre os preços no 2º semestre de 2023.

A produção de minério de ferro reportada pela Vale veio em linha com as estimativas do Goldman, mas as vendas reportadas ficaram 11 Mt abaixo da produção e 15% abaixo das estimativas do banco, com a Vale sugerindo que poderia desestocar esses volumes no 2º semestre de 2023.

“A qualidade média do minério de ferro continuou a deteriorar e chegou a 61,6% no trimestre, levando a uma realização de preços com desconto em relação ao benchmark (vs. média histórica de US$ 3,3/t de prêmio)”, explicam analistas do Goldman Sachs. “As vendas de metais básicos (principalmente cobre, em -25% versus estimativas do Goldman Sachs) também foram mais fracas do que o esperado.” O banco também apontava uma reação negativa do mercado.

No geral, o Credit Suisse classificou os volumes de produção de minério de ferro da Vale como sólidos, enquanto o trade-off entre menores embarques do Sistema Norte e maiores volumes nos Sistemas Sudeste e Sul já deve estar na mira dos investidores.

Diário do Comércio - MG   20/04/2023

O faturamento da indústria de mineração de Minas Gerais caiu 4% no primeiro trimestre de 2023. O Estado saiu de um resultado de R$ 22,7 bilhões nos primeiros três meses de 2022 para R$ 21,9 bilhões neste ano. O resultado acompanhou o movimento de baixa apurado pelo setor mineral brasileiro no início deste exercício, em que indicadores como produção, exportação e faturamento tiveram desempenhos negativos.

Com isso, a atividade apurou faturamento de R$ 54,6 bilhões no acumulado de janeiro a março em todo o País, queda de 3% sobre a mesma época do ano passado (R$ 56,2 bilhões). Minas Gerais respondeu por 40% desse montante, ultrapassando, mais uma vez, o Pará que, com R$ 18,8 bilhões, respondeu por 34% do resultado.

Para o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Julio Nery, porém, o retorno de Minas Gerais à primeira posição do setor não deverá se sustentar no decorrer do exercício.

“No trimestre anterior, o Estado também tinha passado o Pará. Mas, a perspectiva a longo prazo é que o estado do Norte do País volte à liderança. O que aconteceu nestes primeiros meses do ano é que o Pará tem uma dependência maior do minério de ferro e a produção do mineral impactou o resultado. Em Minas o impacto foi menor, o que não quer dizer que tenha sido pequeno”, explicou.

A partir do movimento, o recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) também acabou impactado. Segundo balanço da entidade, baseado nos dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), no primeiro trimestre de 2023, as cifras apuradas por Minas foram de R$ 666 milhões. O montante é 5,9% menor que o apurado em igual época do ano passado, quando o valor dos royalties da mineração havia sido de R$ 707 milhões.

Ainda assim, o Estado ocupou a primeira posição entre as unidades federativas com recolhimentos. O Pará, por sua vez, arrecadou R$ 585 milhões frente aos R$ 616 milhões do primeiro trimestre do exercício anterior. A baixa neste caso foi de 5,1%. Já o resultado nacional foi de R$ 1,49 bilhão contra R$ 1,55 bilhão da mesma época de 2022, uma diferença de 3,8%.

Além disso, as exportações do segmento somaram 78,5 milhões de toneladas entre janeiro e março, alta de 4,2% em relação ao mesmo intervalo de 2022. Já as vendas externas de minério de ferro alcançaram 75,2 milhões de toneladas, avanço de 4,3% na mesma comparação.
Menor demanda e chuvas impactaram mineração no primeiro trimestre

De maneira geral, os dirigentes do Ibram atribuíram o desempenho apurado pelo setor no decorrer dos três primeiros meses de 2023 à menor demanda do mercado, somada à sazonalidade do período, com forte incidência de chuvas no Sudeste brasileiro.

“Nos primeiros trimestres dos últimos anos observamos essa menor produção, em função principalmente do volume de chuvas que implica na diminuição da produção em diversas minas a céu aberto”, explicou Nery.

Segundo o diretor-presidente do Instituto, Raul Jungmann, a recuperação do preço do minério de ferro impediu que a queda fosse ainda maior.

Para o ano como um todo, a expectativa da entidade é uma espécie de repetição do que foi 2022, não chegando aos quantitativos de 2021. A produção caiu 1,2% entre os exercícios, saindo de 1,19 bilhão de toneladas para 1,05 bilhão de toneladas no ano passado.
Competitividade do setor em xeque

Por fim, os dirigentes também falaram sobre as preocupações acerca dos custos provocados por taxas regionais incidentes sobre a mineração criadas por governos estaduais e municipais. Para o Ibram, o movimento tem colocado a competitividade do setor em xeque.

“Temos uma expectativa de US$ 50 bilhões entre 2023 e 2027. Mas se esse novo imposto que burla a lei Kandir viralizar, nós vamos ter uma queda neste investimento. Já temos sido indagados interna e externamente por mineradoras e fundos de investimentos sobre a vigência dessas taxas”, alertou Jungmann, em referência à recente taxa criada em Goiás. Segundo Jungmann, na prática, trata-se de uma lei que cobra ICMS sobre operações de exportação, principalmente de produtos agro e minérios, o que é vetado pela Lei Kandir.

Em agosto do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a cobrança de taxas estaduais de fiscalização sobre atividades de mineração – TFRM – criadas por Minas Gerais, Pará e Amapá. Desde então, mais estados e também municípios criaram taxas próprias: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, oito municípios do Pará e dois em Minas Gerais. Já o governo do Maranhão criou uma taxa referente a cargas transportadas sobre trilhos.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   20/04/2023

Três companhias vão disputar um mercado que movimentou R$ 35 bilhões em 2022

Após os resultados negativos de 2022 em quase todas as categorias de eletrodomésticos, fabricantes como Samsung, TCL e Atlas vão ampliar a oferta de produtos da linha branca. As empresas projetam vendas aquecidas no 2º semestre, com a expectativa de queda nos juros, e preveem um novo ciclo de troca de eletrodomésticos comprados entre 2012 e 2013, quando houve a prorrogação do IPI zerado ou reduzido para esses produtos. As três companhias vão disputar um mercado que movimentou R$ 35 bilhões em 2022. A Samsung vai oferecer lava-louças, coifas, fogões cooktop e fornos elétricos. A Atlas lançará depuradores, cooktop e forno elétrico e a TCL, refrigeradores, lavadora e secadora. “Podemos ocupar mais espaço na cozinha”, diz Helbert Oliveira, da Samsung.

Valor - SP   20/04/2023

Grandes fabricantes de TV, Samsung e TCL aumentam a oferta de produtos de linha branca

Diversificar a oferta ou estrear em eletrodomésticos são apostas de fabricantes como Samsung, TCL e Atlas para impulsionar as vendas em um mercado enfraquecido. Depois do auge da pandemia da covid-19, em 2020 e 2021, quando muitos brasileiros isolados em casa decidiram equipar a cozinha e a lavanderia, as vendas caíram em quase todas as categorias de eletrodomésticos no ano passado, em relação a 2021, segundo dados da GfK.

As três companhias disputam um mercado que movimentou R$ 35 bilhões no ano passado - o valor das vendas cresceu porque os preços aumentaram. O volume vendido encolheu (ver gráficos ao lado). A disputa pelo bolso do consumidor é travada com as líderes do setor como Whirlpool, Electrolux, Philco e Panasonic.

A Samsung, que domina o mercado de TV ao lado da também sul-coreana LG, entrou no segmento de lava-louças neste mês, com dois modelos de capacidade média (10 serviços) e grande (14 serviços), e se prepara para lançar coifas, fogões cooktop e fornos elétricos importados, no fim do ano. “Podemos ocupar mais espaço na cozinha dos consumidores brasileiros”, diz Helbert Oliveira, diretor de eletrodomésticos da empresa.

‘No geral, houve aumento de 32,5% nos preços de eletrodomésticos desde 2019, um aumento brutal’, diz diretor da GfK

Segundo o executivo, a demanda pelas lava-louças importadas, com preços sugeridos entre R$ 4.500 e R$ 4.700, está maior do que o previsto nos canais on-line de vendas diretas da Samsung. Na próxima semana, os lançamentos devem chegar às lojas físicas dos principais varejistas do país.

Além das lava-louças, ainda consideradas produtos de nicho, com 5% de presença nos lares brasileiros ante 75% nos americanos, a Samsung vai concorrer este ano com empresas como Whirlpool, Electrolux, Philco e Panasonic por mais espaço no preparo de refeições pelo brasileiro.

A projeção de Oliveira é otimista para 2023. “O mercado sofreu um pouco em 2021 e 2022, mas apesar do cenário, estamos em um mercado maduro, vivendo um momento de troca após o boom [de vendas] da redução do IPI em 2012”, prevê Oliveira. “Temos uma perspectiva bastante positiva em linha branca nos próximos anos e ainda há muito espaço para inovação.”

A escalada de preços da linha branca no varejo, motivada pela escassez de insumos, componentes e salto nos custos do frete para importação na pandemia, não ajudou o setor. “No geral, houve aumento de 32,5% nos preços de eletrodomésticos desde 2019, um aumento brutal de preços”, diz Henrique Mascarenhas, diretor comercial da GfK na América Latina. Apesar dos preços altos e redução do poder de consumo do brasileiro, provocada pela inflação, ainda há uma demanda reprimida no país, diz Mascarenhas.

Com a estreia em novas categorias no Brasil, as fabricantes projetam vendas aquecidas no segundo semestre, esperando por um taxas de juros menores.

As empresas calculam, para este ano, um ciclo de troca de eletrodomésticos comprados entre 2012 e 2013, quando houve a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), zerado ou reduzido em produtos de linha branca, anunciado no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

A concorrência na cozinha do brasileiro também foi ampliada pela Atlas Eletrodomésticos, dona das marcas de fogões Atlas e Dako. A empresa sediada em Pato Branco (PR) lançou neste mês uma linha de depuradores, um cooktop elétrico por indução, ambos importados da China, e um forno elétrico de embutir fabricado no país.

A chinesa TCL, mais conhecida no Brasil pelas linhas de TV e áudio, dá o primeiro passo no mercado brasileiro de linha branca, este ano, com o lançamento de quatro modelos de refrigeradores e outros quatro de máquinas de lavar e secar roupa, no segundo semestre.

Inicialmente, o plano é importar os produtos da China, onde a TCL conta com três fábricas de geladeiras e lavadoras. “A estratégia é começar com a importação, definir bem os canais de distribuição e o perfil dos clientes para amadurecer o mercado até chegar ao ponto de fabricação local”, diz Maximiliano Dominguez, diretor de engenharia e produto na Semp TCL , a divisão de TVs da empresa. Atualmente, a TCL fabrica televisores e aparelhos de ar-condicionado em Manaus (AM).

Importar eletrodomésticos é um caminho mais viável, atualmente, após o auge da pandemia da covid-19, quando o valor de um contêiner chegou a US$ 18 mil, diz Dominguez. “O valor da cadeia de suprimentos estabilizou e hoje o frete está em torno de US$ 2 mil.”

As geladeiras são centrais nas estratégias de linha branca da japonesa Panasonic e da chinesa Midea, que investem em fabricação local. Em julho de 2024, a Midea inicia a produção de refrigeradores na nova fábrica de Pouso Alegre (MG). Ao lançar a pedra fundamental do projeto, na semana passada, a empresa, que por enquanto importa geladeiras, informou que investirá mais de R$ 600 milhões na unidade.

A Panasonic reservou R$ 300 milhões, até 2025, para expandir sua fábrica de refrigeradores e máquinas de lavar roupa em Extrema (MG), com um plano de longo prazo para a categoria, disse ao Valor, em março, Sergei Epof, vice-presidente da empresa no Brasil.

Mascarenhas, da GfK, diz ver com bons olhos o resultado do segundo semestre para o segmento de linha branca. Mas, em um cenário de aperto de gastos, o consumidor deve optar por modelos acessíveis com certo grau de inovação, os chamados “affordable premium”. Para o especialista, “a tese se sustenta mais assim como um ‘downgrade’, a troca por modelos mais simples do que o consumidor possui”.

Ipesi - SP   20/04/2023

Santiago, no Chile, receberá 12 representantes da indústria brasileira que participarão da Expomin, principal evento do setor de mineração na América Latina, que acontece entre 24 e 27 de abril. As companhias participantes contam com o apoio do Programa Brazil Machinery Solutions (BMS), fruto da parceria entre Abimaq e ApexBrasil.

Nesta edição, serão apresentadas soluções voltadas aos setores de energia, tecnologia de mineração, máquinas industriais, entre outros, para um público estimado em mais de 70 mil profissionais envolvidos na cadeia produtiva de mineração.

Durante o evento, seminários e palestras terão abordagens de temas nacionais e internacionais relevantes para a indústria, com foco em inovação, desenvolvimento, competitividade, empregabilidade, eficiência produtiva, digitalização e segurança, entre outros.

As expositoras brasileiras –  BGL – Bertolotto & Grotto Ltda., Comet do Brasil, Grupo Oiram, Máquinas Furlan, Mineral Technologies, Neuman & Esser, Netzsch, Porta Cabos, Prensso Máquinas, Semco, Thermoval e TKA Cranes, apresentarão suas novidades e lançamentos voltados a diversos setores da indústria de mineração, como válvulas e acessórios de alta performance, acessórios e bombas capazes de melhorar a eficiência em limpeza pesada na mineração, bombas peristálticas para dosagem de químicos, sistemas de compressão de gás, equipamentos para concentração gravimétrica, magnética e eletrostática, carrinho e esteira porta cabos metálica, agitador industrial para mistura, homogeneização e agitação de produtos em fase líquida, sistemas de automação de lubrificação, vedação e monitoramento de temperaturas e vibração, entre outros.

“A Expomin é uma vitrine para as empresas do setor. Por se tratar de um dos maiores eventos voltados à mineração da América Latina, são grandes as chances de conquistar negócios e ampliar a visibilidade de produtos e fechar negócios promissores”, diz Patrícia Gomes, diretora de Mercado Externo da Abimaq.

Os países da América Latina foram destino de 47% do total das exportações brasileiras em 2022, que apresentou crescimento de 36% no último ano, de US$237 milhões em 2021 para mais de US$322,5 milhões em negócios realizados. Entre os três países que mais se destacaram estão a Argentina, com cerca de US$83 milhões e importações de máquinas e equipamentos brasileiros; o Chile, que alcançou US$57,6 milhões; e, por fim, o México, com a marca de US$42,7 milhões, ao longo de 2022.

“Além de ser um destino importante para as nossas máquinas e equipamentos, o Chile é o país sede da Expomin, o principal evento com foco em mineração da América Latina. Portanto, a exposição de produtos brasileiros na feira deve ajudar a fortalecer ainda mais a nossa imagem neste setor”, complementa Patrícia.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   20/04/2023

As principais montadoras globais estão aumentando a produção de veículos elétricos na China, protegendo-se contra o risco de interrupções na cadeia de suprimentos devido às tensões bilaterais com os Estados Unidos.

Como o maior mercado de veículos elétricos do mundo, com vendas estimadas em 9 milhões de veículos este ano, a China é grande demais para ser ignorada, apesar dos riscos geopolíticos.

No Salão do Automóvel de Xangai, que começou na terça-feira, as empresas disputaram a atenção divulgando ações de pesquisa e desenvolvimento (P&D) locais e novos modelos elétricos projetados para consumidores chineses.

A Honda anunciou na terça-feira no salão de Xangai que o segundo modelo em sua linha elétrica e:N será lançado no início de 2024, seguido por um terceiro modelo no fim do ano.

A fabricante japonesa está construindo fábricas dedicadas a veículos elétricos em Wuhan e Guangzhou, por meio das joint ventures Dongfeng Honda Automobile e Guangqi Honda Automobile. Dependendo da rapidez com que esses projetos avançarem, a produção da série e:N pode começar já no próximo ano.

A Honda está correndo para construir uma rede local de fornecimento de veículos elétricos, assinando um contrato de compra de baterias com a Contemporary Amperex Technology (CATL) de 2024 a 2030. A montadora possui cerca de 1% da CATL, a maior fabricante mundial de baterias para veículos elétricos.

Também na terça-feira, a Mazda disse que produzirá uma versão híbrida do veículo utilitário esportivo CX-50, apresentado pela primeira vez na China, em Nanjing.

A Volkswagen pretende abrir sua terceira fábrica chinesa de veículos elétricos ainda este ano, na província de Anhui, que fornecerá uma capacidade anual de 350 mil veículos. A primeira fábrica de veículos elétricos da empresa Audi no país, com inauguração prevista para o fim de 2024, na província de Jilin, será capaz de produzir 150 mil veículos por ano.

O executivo-chefe (CEO) da Volkswagen, Oliver Blume, disse que a empresa alemã planeja continuar investindo na China, adaptando-se às mudanças em curso naquele que chamou de um mercado extremamente importante.

Os Estados Unidos, por sua vez, buscam atrair investimentos em veículos elétricos com os subsídios incluídos na Lei de Redução da Inflação de agosto passado. Os incentivos fiscais para novos modelos elétricos são limitados a veículos montados na América do Norte. Os minerais críticos em suas baterias devem ser provenientes de países com os quais Washington tem um acordo de livre comércio.

Os requisitos já estão estimulando anúncios de novos investimentos nos Estados Unidos por montadoras como a Honda, que está construindo uma fábrica de baterias em Ohio com a sul-coreana LG Energy Solution e adaptando as instalações de montagem existentes para a produção de veículos elétricos.

Shinji Aoyama, diretor executivo sênior da Honda, se recusou a comentar sobre os riscos geopolíticos quando questionado por repórteres na terça-feira sobre os atritos Estados Unidos-China. Mas ele disse que "queremos ter certeza de que cumprimos os requisitos" para subsídios sob a Lei de Redução da Inflação.

A produção de veículos elétricos na China parece destinada a continuar crescendo à medida que as montadoras constroem redes de produção e os players locais buscam aumentar as exportações para mercados como o Sudeste Asiático. A LMC Automotive espera que a contagem anual mais que dobre entre 2022 e 2029, para 12,56 milhões de veículos.

“Mesmo com as tensões entre Estados Unidos e China, grandes montadoras, inclusive japonesas, que mantiveram certa participação de mercado com veículos a gasolina provavelmente continuarão investindo em eletrificação na China”, disse Hiroto Suzuki, sócio da consultoria Arthur D. Little Japan.

“Mas tenho a impressão de que algumas montadoras estão esperando para ver investimentos adicionais na China" em meio aos rápidos ganhos obtidos por rivais locais no mercado de veículos elétricos, bem como à incerteza sobre as perspectivas para a situação entre Estados Unidos e China, disse Suzuki.

Infomoney - SP   20/04/2023

A Tesla reduziu os preços dos seus veículos para estimular a demanda em meio à desaceleração da economia, mas a estratégia cobrou seu preço nos resultados trimestrais da companhia, sacrificando suas margens.

Entre janeiro e março deste ano, o lucro líquido da companhia foi de US$ 2,51 bilhões, cifra 24% menor que a registrada um ano antes.  A receita da companhia no período foi de US$ 23,33 bilhões – ambos os números vieram em linha com a média das projeções do mercado.

No entanto, o ponto de atenção negativo do balanço foi a margem bruta total da Tesla, de 19,3%, abaixo dos 22,4% do consenso Refinitiv.

As ações da companhia, negociadas na Nasdaq, haviam fechado em baixa de mais de 2% nesta quarta-feira (19). Após a divulgação do balanço, os papéis estenderam perdas nos negócios do after market, chegando a recuar mais de 6%.

A receita da companhia com a venda de automóveis cresceu 18% na comparação anual, para US$ 19,96 bilhões. O faturamento da Tesla Energy, unidade de baterias de lítio, cresceu 148% na mesma base de comparação, para US$ 1,53 bilhão.

Desde o ano passado, a fabricante de carros elétricos de Elon Musk vem reduzindo preços em alguns mercados, ciente de que assim estaria sacrificando suas margens. Só nos Estados Unidos, os veículos baixaram de preço por seis vezes.

O objetivo com os cortes é aumentar volumes em meio a um cenário de economia entrando em recessão.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   20/04/2023

O apoio estadual ou municipal pode reduzir as prestações e fazer o financiamento caber no bolso

Oreng, do Santander, avalia que os programas regionais reforçam a estimativa de bom desempenho esperado para o setor — Foto: Silvia Zamboni/Valor

Incorporadoras que atuam no segmento de baixa renda - como Tenda, Direcional e Plano&Plano - estão de olho em programas habitacionais que têm surgido Brasil afora para tentar desbloquear a demanda do público com menor renda e diante de um cenário econômico mais adverso para a compra de imóveis.

Os programas são semelhantes ao Casa Paulista, do governo do Estado de São Paulo, em que o poder público entra com um complemento à entrada que a família vai dar na compra de unidades do Minha Casa, Minha Vida. O apoio estadual ou municipal viabiliza uma redução das prestações e faz o financiamento caber no bolso.

Já há iniciativas como essa sendo tocadas pelos governos dos Estados do Paraná, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, além da prefeitura de Belo Horizonte. Há duas semanas, Porto Alegre também aprovou a criação de um programa habitacional. O Pipeline apurou que Pernambuco tem discutido lançar algo nessa linha e, segundo o presidente da Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias), Luiz França, há uma série de prefeitos que tem manifestado às empresas interesse em ter o próprio projeto.

Para as companhias, o complemento que os governos estaduais ou municipais oferecem aos compradores acaba baixando a régua do público que consegue entrar em um financiamento do MCMV. Uma conta feita pela Tenda aponta que, a cada R$ 10 mil em subsídio, é possível reduzir em R$ 500 a renda mensal mínima para uma família se habilitar, de R$ 3 mil para R$ 2,5 mil, por exemplo.

“É algo que tem o potencial para dobrar a quantidade de famílias que podem virar clientes”, diz o CEO da Tenda, Rodrigo Osmo. Praticamente todos os empreendimentos da companhia se enquadram no MCMV.

O apoio dos governos regionais tem variado entre R$ 10 mil e R$ 20 mil para cada comprador e se soma ao subsídio do MCMV, que tem orçamento de R$ 9,5 bilhões. “Só o programa do Paraná tem verba de R$ 450 milhões. Se todos os 27 Estados tivessem um programa, imagina o quanto você consegue multiplicar os R$ 9,5 bilhões do governo federal”, provocou Osmo.

Segundo o executivo, como há muitos Estados e municípios de olho em ter a própria iniciativa, está em discussão em Brasília a criação de modelo padrão que possa ser replicado por todas as regiões, o que facilitaria a vida da Caixa Econômica Federal, responsável por financiar os imóveis do MCMV.

“Se cada município ou Estado criasse o seu com uma característica diferente, a gestão da Caixa seria uma loucura, porque são mais de 5 mil municípios e 27 unidades da federação”, disse o CEO da Tenda. E, com esse modelo padrão, quem não tem estrutura para implementar algo do tipo poderia se beneficiar. “Cidades como Sorocaba ou Piracicaba conseguiriam aderir.”

O CEO da Direcional, Ricardo Gontijo, também tem notado que cidades e Estados estão mais interessadas em ter programas como o Casa Paulista. Ele considera que esse modelo tem mais potencial para atrair demanda para o mercado do que o Pode Entrar, programa do município de São Paulo que tem outro formato: a prefeitura banca 100% da compra das unidades e depois as revende, com subsídio.

Embora veja o Pode Entrar como uma grande sacada do prefeito Ricardo Nunes, porque permite diminuir a renda mínima para conseguir financiar um imóvel, Gontijo avalia que o modelo do Casa Paulista dá mais eficiência ao dinheiro público investido.

Por exemplo, em vez de o poder público gastar R$ 200 mil para comprar uma unidade que será revendida, o mesmo valor pode ser usado para dar 10 complementos de R$ 20 mil para 10 famílias, que terão ainda os recursos do FGTS.

Enquanto monitoram o surgimento de programas habitacionais regionais, as incorporadoras aguardam a decisão que será tomada nesta quinta-feira (20) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que pode limitar o MCMV.

A corte vai julgar uma ação que pede alteração na taxa de correção monetária do FGTS, que hoje está em TR+3% e pode passar a algum indicador de inflação. Como os recursos do fundo servem para financiar as operações da Caixa no mercado imobiliário, se a taxa subir, os juros cobrados no MCMV também acabariam sendo elevados. De um lado, isso pode reduzir a demanda do público de baixa renda pela compra de imóveis. Por outro, pode aumentar a importância de programas regionais para complementar o MCMV.

Caso se multipliquem pelo país, os programas podem ajudar as incorporadoras a atravessar um momento que já está difícil para o setor. Com a Selic em patamar de 13,75% ao ano e ainda sem ceder, a demanda pelo financiamento imobiliário está estrangulada, e as companhias têm pensado duas vezes antes de lançar um empreendimento - até porque a inflação elevada pressionou os custos de construção nos últimos dois anos.

Na Tenda, o número de unidades lançadas no primeiro trimestre caiu 2% em relação a igual período do ano passado. Por outro lado, as vendas líquidas cresceram 20% - o que, para os analistas do Credit Suisse, sugere o início de um “turnaround” há muito esperado. A mesma dinâmica se repetiu na Direcional: enquanto os lançamentos recuaram 2,4%, as vendas líquidas tiveram aumento de 25%.

Para a analista Fanny Oreng, do Santander, os programas habitacionais em discussão pelo Brasil ajudam a compor a visão construtitva que o banco tem para o setor. “Esperamos distratos menos expressivos do que nos últimos anos, estabilização de custos, as empresas retomando rentabilidade e a população com mais acesso.”

Rodoviário

Valor - SP   20/04/2023

O certame está marcado para o dia 25 de maio e prevê investimento de R$ 2,6 bilhões em 30 anos

O governo de Minas Gerais remarcou para 25 de maio, às 14h, na B3, o leilão para concessão do lote de rodovias entre Varginha e Furnas, no sul do Estado. O edital deve ser publicado hoje no Diário Oficial Minas Gerais. A entrega das propostas será no dia 22 de maio. É o único leilão de rodovias previsto para o primeiro semestre do ano, mas o governo prevê fazer novas concessões futuramente. A próxima concessão na fila é da BR-356, entre Belo Horizonte e Ouro Preto.

“Pretendemos dar sequência às concessões e entendemos que é importante ter um pipeline robusto de concessões de rodovias para os próximos anos”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Pedro Bruno Barros de Souza. O secretário disse que conta com o apoio do governo federal para avançar nas concessões dos trechos de rodovias federais que passam por Minas Gerais.

A expectativa do governo é que sejam atraídos mais de R$ 11 bilhões em investimentos privados nas concessões de rodovias. Os projetos de concessões em Minas Gerais já leiloados ultrapassam R$ 20 bilhões em investimentos, segundo Pedro Bruno.

O leilão do chamado Lote 3 estava previsto para março, mas a data foi alterada para a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade fazer adaptações no projeto. “Levamos em conta mais de 300 contribuições do setor privado na consulta pública”, disse o secretário.

O novo edital traz algumas mudanças em relação ao que foi publicado em novembro do ano passado. Entre as novidades estão a incorporação de rotas de fuga, instalação de iluminação pública nas novas intervenções e ampliação, de nove para 12 meses, do prazo para fazer a pavimentação de áreas afetadas pelas chuvas. Em contrapartida, o vencedor do leilão pode implantar praças de pedágio assim que fizer a pavimentação.

“Já temos vários interessados em participar do leilão. Estamos bastante otimistas, vamos ter uma competição bem acirrada”, afirmou Pedro Bruno. O secretário não quis informar nomes dos possíveis interessados.

O terceiro lote do programa de concessões rodoviárias do Estado contempla 432,8 quilômetros de rodovias, passando por 22 municípios. O investimento estimado pelo governo é de R$ 2,6 bilhões ao longo de 30 anos. Do total, R$ 1,3 bilhão serão investidos nos oito primeiros anos da concessão, segundo o governo.

O edital prevê a instalação de seis praças de pedágio, com uma praça a cada 100 quilômetros. O teto do valor do pedágio foi estabelecido em R$ 13,20, com deságio na tarifa limitado a 20%. Atingindo esse deságio, o critério para desempate entre os concorrentes será o valor da outorga, que não tem mínimo estipulado.

De acordo com o edital, o vencedor do leilão deve fazer a duplicação de um trecho de 8 quilômetros da MGC-491, entre Varginha e Três Corações. O edital também prevê a implantação de 30 quilômetros de faixas adicionais e de 236 quilômetros de acostamentos. O edital também prevê a implantação de dispositivos de sinalização e a prestação de serviços como atendimento médico de emergência, guincho, apreensão de animais, manutenção e conservação dos trechos. A concessionária vencedora deverá ainda fazer o inventário de emissões de gases de efeito estufa anualmente, com metas voluntárias de redução de emissões.

O Estado de S.Paulo - SP   20/04/2023

BRASÍLIA - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira, 19, o primeiro processo de relicitação de rodovias federais. O modelo, referente a uma nova concessão de trechos que ligam Minas Gerais a Rio de Janeiro, poderá ser aplicado pelo governo nas próximas relicitações rodoviárias.

O instrumento é utilizado quando a concessionária decide devolver um ativo problemático à União, que então organiza um novo leilão. Nesse processo, contudo, o governo precisa acertar quanto irá pagar de indenização por investimentos não amortizados à empresa que está deixando a operação - etapa que adiciona um fator de complicação à velocidade dos novos certames.

Além do caso julgado hoje, também estão na fila de relicitações outras rodovias, como a MS Via (BR-163/MS), a Concebra (BR-060/153/262), e a Autopista Fluminense (BR-101/RJ).

O projeto destravado pelo TCU reúne o sistema rodoviário das BR-040/RJ/MG e BR-495/RJ e tem previsão de atrair mais de R$ 9 bilhões em investimentos num contrato de 30 anos. Parte dos trechos resulta do contrato com a Concer, entre Rio e Juiz de Fora. Outra parte é fruto da devolução do trecho administrado pela Invepar, que acionou a relicitação da via que administra entre Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG). Foi a primeira concessionária de rodovia a acionar o instrumento, em 2019.

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Relator do caso no TCU, o ministro Jorge Oliveira fez algumas determinações que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) terá de seguir antes de realizar o novo leilão. Seguido pelos demais colegas, o voto determina, por exemplo, que o órgão regulador corrija questões no cálculo do montante associado ao excedente tarifário, que será subtraído do valor da indenização paga à operação atual. O ministro ainda fez uma série de determinações relacionadas ao cálculo do que será repassado à Via 040, cujo contrato ainda está em vigor.

Oliveira também recomenda que a ANTT incorpore na elaboração de futuros termos aditivos de relicitação cláusulas específicas voltadas à mitigação de riscos relacionados à incapacidade econômico-financeira de as concessionárias arcarem com eventuais valores devidos ao Poder Público após a extinção dos contratos.

Por fim, o ministro ordenou à Secretaria-Geral de Controle Externo do TCU que inclua em seu plano de fiscalização uma ação de controle específica para avaliar os procedimentos internos relacionados à aplicação e julgamento das multas impostas pela ANTT às concessionárias. Ele também quer que o órgão do tribunal abra processo para examinar o impacto do mecanismo de mitigação de riscos com o emprego de contas vinculadas em desestatizações.

NAVAL

Infomoney - SP   20/04/2023

O Sinaval, que representa a indústria naval brasileira, prepara-se para apresentar ao governo federal neste mês um estudo com um panorama atual do setor e sugestões para uma retomada do segmento no país, motivado por promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No documento, os estaleiros poderão defender mudanças na política de contratação da Petrobras e outras medidas estruturais que permitam que o Brasil volte a construir grandes embarcações, como plataformas de petróleo, disse à Reuters o secretário-executivo do Sinaval, Sergio Leal.

“Estamos cheios de esperança outra vez, cheios de expectativa. Se o governo quiser mesmo fazer isso, ele vai contar com nossa colaboração, ajuda, sugestões, para que a indústria volte a funcionar”, disse Leal, destacando ainda ver novas oportunidades no horizonte, com o potencial desenvolvimento de uma indústria de energia eólica marítima no país e o descomissionamento de plataformas.

O secretário-executivo evitou dar detalhes sobre o documento que será apresentado, mas adiantou que o Sinaval defende o relançamento de programas de estímulo a construções de navios, como de apoio, aliviadores, petroleiros, gaseiros, além de incrementos na política de conteúdo local, que foi bastante flexibilizada nos últimos anos.

Leal também destacou a necessidade de se olhar a carga tributária e legislações que impactam o setor, além de custos e qualificação de mão de obra.

“Nossa indústria tem que voltar a ser importante, mas precisa ter política pública, política de Estado… a gente não pode ter um sistema de que a cada quatro ou oito anos a regra do jogo muda”, ressaltou.

O segmento, segundo o representante do Sinaval, tem “sobrevivido” bem abaixo de sua capacidade instalada, com 20 mil empregados, enquanto grandes estaleiros se ocupam de pequenas obras e reparos, e até mesmo servindo como espécie de terminais portuários, com transbordo de cargas.

O setor chegou a empregar 80 mil funcionários no fim de 2014, antes que se iniciasse grande declínio com a deflagração da operação Lava Lato, que apontou diversos esquemas de corrupção envolvendo obras da Petrobras e culminou com a transferência de construções de plataformas para fora do Brasil e mudanças nas políticas de contratação da petroleira estatal.

EXPECTATIVAS COM PETROBRAS

Leal pontuou que a Petrobras atualmente tem optado por afretar navios ou então contratar de maneira integrada, dependendo do projeto, dando pouca chance para que estaleiros brasileiros consigam concorrer por novos contratos.

“O modelo hoje é feito só para estrangeiro pegar, não tem como fazer aqui no Brasil”, afirmou o secretário-executivo do Sinaval, defendendo que novos projetos de plataformas de petróleo sejam divididos como no passado, permitindo que partes das plataformas sejam construídas e até montadas no país.

“Fazendo algumas mudanças nos modelos de contratação, a gente pode ter oportunidades que hoje não tem. Mas a gente não pode se conformar com a ideia de que as plataformas que ainda vão ser encomendadas, sejam encomendadas lá fora… Ou então vai continuar o que aconteceu nos últimos oito, dez anos: a gente fica de fora e deixa os empregos todos migrarem para Coreia, Japão, China, Cingapura.”

O presidente Lula tem prometido desde a campanha em seus discursos uma retomada da indústria naval e das contratações da Petrobras e de sua subsidiária Transpetro no país, mas nenhuma decisão neste sentido foi tomada até o momento.

Leal ponderou que, depois de longo período de declínio, não tem como “estalar os dedos e ter tudo construído” e destacou que o diálogo com a Petrobras deverá ter início agora, “a partir de abril, quando o presidente da Petrobras (Jean Paul Prates) sentar na cadeira definitivamente”.

Prates tomou posse em janeiro, mas terá seu nome confirmado em assembleia no próximo dia 27, juntamente com a eleição dos novos conselheiros indicados pelo novo governo, completando assim a renovação de toda alta cúpula da empresa, processo que deverá abrir caminho para que o CEO comece a colocar em prática mudanças estratégicas prometidas.

Leal pontuou ainda que “o Sinaval não tem pretensão de frear nenhuma iniciativa da Petrobras”.

“Ela tem que dar continuidade aos planos dela, a gente tem que ter bom senso de ir trabalhando com a Petrobras e fazendo a transição para que a gente participe com mais frequência, com mais força, mais volume, das contratações futuras, mas nada rigoroso.”

Prates reiterou no mês passado a jornalistas que “o presidente Lula deseja muito ver esse setor reerguido”, e que a petroleira irá participar disso “ativamente”, mas que sozinha não será possível. Ele também defendeu a realização de políticas públicas que permitam o avanço.

Valor - SP   20/04/2023

A maior parte dos recursos, R$ 62 bilhões, vai para terminais de uso privado, segundo o ministro

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou que o setor portuário irá receber um total de R$ 79,5 bilhões de investimento privado durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O número foi exposto por França durante audiência pública realizada em sessão conjunta das comissões de Infraestrutura e Desenvolvimento Regional.

A maior parte dos recursos, R$ 62 bilhões, vai para terminais de uso privado. Renovações e prorrogações contratuais correspondem a R$ 7,1 bilhões, enquanto novos arrendamentos representam R$ 6,8 bilhões do montante. Ele destacou que o Brasil tem o maior tráfego marítimo da América do Sul e que 95% do comércio exterior do país é feito através de portos.

França se posicionou mais uma vez contra a privatização do porto de Santos, defendida pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). "Portos no mundo todo, estrategicamente, são privados. Aqui no Brasil nós temos um porto privado, que o governo anterior conseguiu privatizar. É o porto de Vitória, no Espírito Santo. Aquele mesmo que há 30 dias aumentou suas taxas de operação em 1.580%. Na nossa visão, contrariando a opinião do antigo ministro que hoje é o nosso governador de São Paulo, é que os portos devem ser mantidos públicos e concessionados", disse França.

Márcio Franca — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   20/04/2023

A Petrobras, a Shell e o Senai CIMATEC celebram, em parceria, a construção do Laboratório de Desenvolvimento de Produção (LDP), o maior complexo para pesquisa e desenvolvimento para pré-sal. O LDP vai viabilizar condições operacionais seguras semelhantes ao pré-sal brasileiro para testes de sistemas integrados. A vantagem é avaliar a performance dos novos equipamentos antes que eles sejam utilizados em campo. O laboratório está sendo construído dentro do Senai CIMATEC Park, localizado no Polo Petroquímico de Camaçari (BA).

“A criação de um laboratório que possa simular as condições extremas do pré-sal é importante para o desenvolvimento de tecnologias que possam tornar a exploração e produção mais seguras e eficientes. O desenvolvimento de novas tecnologias é um fator importante na estratégia da Petrobras de reduzir as emissões de suas operações e o Laboratório de Desenvolvimento da Produção cumpre seu papel dentro dessa estratégia”, afirma Maiza Goulart, gerente executiva do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), destacando a parceria com a Shell. “O trabalho conjunto com as outras empresas de energia é uma forma de acelerarmos o atingimento dos nossos objetivos, com retorno positivo para o Brasil e benefício de toda a cadeia de petróleo e gás”.

“A criação dessa infraestrutura é um marco na parceria com a Shell e Petrobras. O LDP irá permitir avançar, de forma rápida e confiável, no desenvolvimento de novas tecnologias na área de poços, permitindo testar equipamentos e sistemas que hoje não podem ser realizados no Brasil. Além disso, o LDP pode ser um vetor para fortalecer a pesquisa e a inovação nacional, através de ações de P&D”, comenta Rosane Zagatti, gerente de Tecnologia da Shell Brasil.
Um poço de 300 metros de profundidade será perfurado no complexo. Conectado a ele, será construído um 'flow loop’, unidade fechada composta por tubulações, compressores e bombas que simula o fluxo de produção de petróleo e gás.

Além da infraestrutura, o LDP vai contar com equipe técnica multidisciplinar de mestres e doutores com domínio em modelagem e análise de confiabilidade, engenharia avançada e especializada em simulações computacionais, materiais e exame de falhas e processos.

Os testes possibilitam que toda a cadeia da indústria de óleo e gás se beneficie: submarina, ‘Topsides’ (parte da plataforma de petróleo offshore que fica acima da linha da água), operações de produção, elevação e escoamento do óleo do fundo do mar e processamento.

“O LDP será fundamental para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono na indústria brasileira. Com o fortalecimento do ecossistema de educação, ciência, tecnologia, inovação e negócios do SENAI CIMATEC, aumentaremos nossa capacidade de apoiar a indústria nacional e global, contribuindo para um futuro mais sustentável e tecnologicamente avançado”, comenta Ricardo Alban, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).

Cerca de R$ 254 milhões de reais estão sendo investidos no LDP, cuja construção atende às normas internacionais para qualificação e especificações técnicas do mercado. O projeto é financiado com recursos oriundos da cláusula de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A previsão é que laboratório comece a operar em 2024.

IstoÉ Dinheiro - SP   20/04/2023

Os preços do petróleo caíram cerca de 2% para uma mínima de duas semanas nesta quarta-feira, devido à firmeza do dólar se fortalecendo diante de expectativas de que os aumentos iminentes das taxas de juros do Federal Reserve possam reduzir a demanda por energia no maior consumidor mundial.

O recuo ocorreu apesar de um forte declínio nos estoques de petróleo dos EUA. Um dólar americano mais forte pode prejudicar a demanda global por petróleo, tornando-o mais caro em outros países. Os investidores também foram desencorajados pela inflação ainda alta na Europa e dados econômicos desiguais na China, o maior importador de petróleo bruto do mundo.

O petróleo Brent entrega em junho caiu 1,65 dólar, ou 2%, para 83,12 dólares o barril. O petróleo nos EUA (WTI) para entrega em maio caiu 1,70 dólar, ou 2,1%, para 79,16 dólares, enquanto o contrato de junho do WTI, que se torna o primeiro vencimento dos EUA no final do pregão de quinta-feira, também perdeu 2,1%, a 79,24 dólares.

Esses foram os fechamentos mais baixos para ambos os contratos de referência desde 31 de março, apagando a maior parte dos ganhos desde o corte surpresa na produção de petróleo anunciado em 2 de abril pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e outros aliados do grupo Opep+.

“Os benchmarks do petróleo estão registrando… baixas … em resposta a um fortalecimento do dólar americano que, por sua vez, está pesando sobre ativos de risco após alguns dados quentes da inflação na Europa”, disseram analistas da empresa de consultoria de energia Ritterbusch and Associates em nota a clientes.

“Ainda acreditamos que o mercado está muito focado no lado da oferta da equação global de petróleo após os cortes na produção da Opep e que a demanda mundial por petróleo é significativamente mais fraca do que o amplamente percebido”, disse a nota.

Os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram 4,6 milhões de barris na semana passada, à medida que as refinarias e as exportações aumentaram, enquanto os estoques de gasolina aumentaram inesperadamente devido à demanda decepcionante, segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA (AIE). [EIA/S] [API/S]

AGRÍCOLA

Valor - SP   20/04/2023

A New Holland Agriculture, marca da CNH Industrial, comercializou a primeira unidade do trator movido a gás biometano no Brasil. O modelo T6.180 Methane Power, que utiliza o gás gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos como combustível, foi vendido à SF Agropecuária, empresa com sede em Brasilândia (MS) ligada ao setor de suinocultura e que abate cerca de 180 mil animais por ano.

O trator foi produzido em Basildon, na Inglaterra e, segundo a empresa, tem a mesma eficiência energética e operacional de um trator convencional.

Em nota, o diretor da SF Agropecuária, Fábio Pimentel de Barros, afirmou que a aquisição do trator representa ganhos ambientais e operacionais para as fazendas do grupo, que, além do plantel de suínos, possui também 33 mil bovinos, e uma produção vindoura de 1,6 mil hectares de soja e outros mil hectares de sorgo. As atividades estão distribuídas em três fazendas. “Primeiramente, o trator biometano representa para nós uma energia limpa, renovável e que tem uma produção de CO2 muito menor que as demais. Além disso, ele apresenta um nível de consumo menor do que o diesel. E, também, traz maior conforto para o operador, por causa do baixo nível de ruído em comparação com um trator comum. Outra grande vantagem é que o combustível dele eu já tenho na fazenda”, argumentou.

Segundo a New Holland, a propulsão por biometano reduz em até 80% as emissões em comparação com um motor diesel padrão. “Ao usar o biometano, o impacto de carbono da máquina é virtualmente zero, e uma redução de custos entre 25% e 40% pode ser alcançada quando comparada com os combustíveis convencionais.”

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