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18 de Outubro de 2023

SIDERURGIA

Brasil Mineral - SP   18/10/2023

A expectativa é de uma demanda crescente por aço de 1,8% em 2023, com 1.814 milhões de toneladas

A worldsteel divulgou a atualização do Short Range Outlook (SRO) para 2023 e 2024. A expectativa é de uma demanda crescente por aço de 1,8% em 2023, com 1.814 milhões de toneladas, após retração de 3,3% em 2022. Para o próximo ano, a procura de aço registará um novo aumento de 1,9%, para 1.849 milhões de toneladas. “A demanda por aço tem sentido o impacto do ambiente de alta inflação e taxas de juros. Desde o segundo semestre de 2022, as atividades dos setores usuários de aço têm se abrandado acentuadamente, tanto na maioria dos setores como nas regiões, à medida que o investimento e o consumo enfraquecem. A situação continua em 2023, afetando particularmente a União Europeia e os Estados Unidos”, disse Máximo Vedoya, Presidente do Comitê Econômico da worldsteel. O mandatário espera uma recuperação da procura de aço em 2024, mesmo que lenta, nas economias avançadas, além de um crescimento mais rápido nas economias emergentes.

A expectativa é que o mercado imobiliário da China se estabilize na última parte do ano e que a procura de aço no país asiático cresça graças às medidas governamentais. As perspectivas para 2024 para a China permanecem incertas, dependendo das orientações políticas para enfrentar as dificuldades econômicas atuais. “Observamos que a economia chinesa se encontra numa fase de transição estrutural que pode acrescentar volatilidade e incerteza e está ligada a conflitos e agitações regionais, como na Rússia e na Ucrânia, em Israel e na Palestina, e em outros locais. Isto poderá contribuir para o aumento dos preços do petróleo e para uma maior fragmentação geoeconômica, ambos os riscos descendentes”.

Apesar das perspectivas econômicas mundiais terem piorado sob a influência dos juros, que prejudicou tanto o consumo como o investimento, a worldsteel vê uma inflação mais moderada em 2023 graças ao abrandamento da economia, o que poderá permitir o fim dos ciclos de juros monetários em 2024. No entanto, a guerra contra a inflação não acabou e continua a ser ameaçada por múltiplos fatores: inflação subjacente persistente e um mercado de trabalho apertado e aumento dos preços do petróleo.

Na China, a depressão no mercado imobiliário ainda afeta a economia em 2023 e a queda nas vendas de habitação gerou problemas financeiros para os principais promotores imobiliários. No entanto, espera-se que a situação se estabilize no final de 2023, uma vez que o governo chinês tomou algumas medidas para estabilizar a economia desde Julho. Quase todos os setores usuários de aço apresentaram sinais de queda desde o segundo trimestre.

Os principais indicadores imobiliários, como vendas de terrenos, vendas de habitação e novas construções, continuaram a cair em 2023. O declínio nas novas construções em 2021-2022 suprimiu as atividades de construção e continuará a suprimir a procura de aço em 2024. O governo chinês poderá lançar alguns projetos de infraestruturas adicionais. Como resultado, o worldsteel aguarda que o investimento em infraestruturas, tanto em 2023 como em 2024, permaneça moderadamente positivo. O mercado imobiliário e as exportações continuarão a exercer pressão negativa sobre a procura de aço, que pode ter contração na ausência de medidas adicionais de apoio governamental. No entanto, parte do pressuposto de que o governo introduzirá medidas adicionais para apoiar a economia, a procura de aço em 2024 poderá sustentar o nível de 2023. Existe um risco descendente tanto para 2023 como para 2024 se o efeito do estímulo para mais fraco do que o esperado.

Nas economias desenvolvidas, a procura de aço caiu 1,8% em 2023 e a Europa sofreu especialmente com os contratos públicos e os custos energéticos elevados. Em 2024, uma recuperação técnica permitirá um crescimento de 2,8% na procura de aço. Já na União Europeia, as elevadas taxas de juro e os custos da energia prejudicam fortemente as atividades industriais. A Alemanha encontra-se numa situação particularmente difícil, com uma recessão industrial e uma crise imobiliária. Com a expectativa de que a política monetária permaneça restritiva, não se prevê uma recuperação da procura real em 2024, mas à medida que os ciclos de diminuição dos estoques terminem, uma recuperação técnica permitirá um crescimento positivo da procura de aço em 2024. Após uma queda de 7,8% em 2022, a procura de aço deverá cair 5,1% em 2023. Espera-se um crescimento de 5,8% em 2024.

Nos Estados Unidos, os setores que utilizam aço sentem o impacto, principalmente, da construção residencial, que deverá cair em 2023 e 2024. No entanto, o setor da construção comercial está apresentando uma recuperação robusta graças às atividades de relocalização. O crescimento no setor de infraestruturas também está sendo apoiado pela Lei das Infraestruturas e pela Lei de Redução da Inflação (IRA) de 2022. A indústria transformadora também está desacelerada, mas espera-se que o setor automotivo continue sua recuperação pós-pandemia. O efeito desfasado da política monetária restritiva aponta para um risco descendente para 2024. Após uma queda de 2,6% em 2022, a procura de aço deverá diminuir 1,1% em 2023 e depois crescer 1,6% em 2024.

A deficiência de mão-de-obra e o aumento dos custos estão levando a um crescimento lento nas atividades de construção no Japão, mas espera-se que a procura de aço industrial apresente um crescimento moderado em 2023 e 2024, ajudada pela recuperação da produção automotiva (o iene fraco ou os mercados externos exercem uma influência limitada sobre o aço). Após uma queda de 4,2% em 2022, a procura deverá diminuir 2,0% em 2023 e depois crescer 0,6% em 2024.

Já na Coreia do Sul a recuperação dos danos causados pelas cheias em 2022 e o pequeno - mas positivo - crescimento na construção após anos de contração permitirão uma recuperação da procura de aço em 2023, mas será apenas moderadamente devido à fraqueza geral na indústria transformadora, exceto no setor automobilístico. Após uma contração de 8,5% em 2022, a procura de aço na Coreia deverá apresentar um crescimento de 3,3% em 2023 e de 1,1% em 2024.

As economias emergentes e em desenvolvimento, excluindo a China, continuam a divergir, e após cair 0,6% em 2022, a procura de aço nas economias emergentes e em desenvolvimento, excluindo a China, apresentará um crescimento de 4,1% em 2023 e de 4,8% em 2024. A economia indiana permanece estável face à pressão do ambiente de taxas de juro elevadas e espera-se que a procura de aço na Índia continue o seu elevado dinamismo de crescimento. O investimento em infraestruturas também apoiará o crescimento do setor de bens de capital. O impulso de crescimento saudável continuará no setor automotivo. O setor de bens de consumo duradouros é o único que apresenta um desempenho insatisfatório devido à inflação/taxas de juros mais elevadas, que restringem os gastos discricionários. No entanto, irá melhorar em 2024 com os gastos da época festiva e o progresso nos regimes de investimento ligado à produção (PLI). Após um crescimento de 9,3% em 2022, a procura de aço deverá apresentar um crescimento saudável de 8,6% em 2023 e 7,7% em 2024.

A região da ASEAN terá a procura por aço impulsionada pela demanda interna e pelo investimento em infraestruturas, apesar da inflação e da tensão nas condições externas. No entanto, as exportações da região abrandaram consideravelmente e estão prejudicando o seu desempenho industrial. O Vietnã é particularmente afetado pela extensão do ambiente comercial global. A situação política está causando atrasos no investimento em infraestruturas em alguns países. Depois de cair 0,2% em 2022, a procura por aço da ASEAN deverá aumentar 3,8% em 2023 e depois 5,2% em 2024. Espera-se que a procura por aço na Turquia cresça 19% em 2023 e continue a crescer em 2024. A procura por aço beneficiará as atividades de construção relacionadas com o terramoto e o abandono da sua política monetária não convencional que impulsionou o investimento estrangeiro do país.

A América Latina esteve à frente de outros países no aumento das taxas de juros para combater a inflação e alguns países já começaram a afrouxar a política monetária. No entanto, isto está provocando um abrandamento da economia e as perspectivas para a procura de aço pioraram em comparação com as perspectivas de abril, com muitos países registrando quedas em 2023. Prevê-se que a procura de aço na América Latina aumente 1,4% em 2023 e depois cresça 2,1% em 2024, depois de ter caído 8,3% em 2022. A demanda por aço no Brasil deverá cair novamente este ano, devido à lentidão da produção e ao enfraquecimento do setor imobiliário. Prevê-se que o investimento governamental no âmbito do recém-lançado programa de aceleração do PIB impulsione a construção nos próximos anos e que a procura de aço recupere moderadamente em 2024.

Grandes Construções - SP   18/10/2023

O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) – entidade gerida pelo Instituto Aço Brasil – em parceria com a Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM), divulgou os números de suas pesquisas anuais com fabricantes de estruturas de aço.

Realizada pela E8 Inteligência, a pesquisa “Cenário dos Fabricantes de Estruturas de Aço” considera dados de estruturas metálicas, torres de energia para transmissão, torres para energia eólica, estrutura para parques de energia solar e defensas metálicas.

Neste ano, o estudo apresenta os resultados de crescimento em 2022, com destaque para o faturamento de 16,2 bilhões de reais (+13,2%), ante 14,3 bilhões no ano anterior.

Em 2022, as 349 empresas participantes do cenário pesquisado produziram 1,05 milhão de toneladas de aço, crescimento de 0,5% em relação ao ano anterior, sendo 522 mil toneladas para obras de estrutura metálica, 491,7 mil toneladas para obras no segmento de energia e 36,5 mil toneladas para defensas metálicas.

Também realizada pelo CBCA em parceria com a ABCEM, a pesquisa “Cenário dos Fabricantes de Telhas de Aço e Steel Deck” analisou 106 empresas, sendo 88% com atuação exclusiva na produção de telhas de aço e 9% de telhas de aço e steel deck.

Nessa área, houve crescimento de 18,3% no faturamento das empresas em relação a 2021, o que corresponde a aproximadamente 8,4 bilhões de reais.

Já o estudo “Cenário dos Fabricantes de Perfis Galvanizados – Light Steel Frame e Drywall” mostrou crescimentos de 5,5% (Light Steel Frame) e 9,5% (Drywall) na produção em relação a 2021, com expectativas otimistas para os próximos anos.

Nesse segmento, as 35 empresas participantes da sondagem apresentaram um faturamento de 1,38 bilhão de reais, crescimento de 28,4% em relação ao ano anterior.

Diário do Aço - MG   18/10/2023

Na tarde desta terça-feira (17), o presidente da Usiminas, Marcelo Chara, concedeu entrevista coletiva à imprensa sobre o acidente que ocorreu na planta de Ipatinga nessa segunda-feira (16) e vitimou o trabalhador Genivaldo Fernando da Silva, de 41 anos.

Chara lamentou a morte do funcionário, que atuava na obra do alto-forno 3 e caiu de uma altura aproximada de 30 metros. “Estamos profundamente comovidos e as causas do evento estão sendo apuradas”, disse o executivo. “Nossa área de recursos humanos está muito perto da família, procurando acompanhar neste difícil momento”.

Ele também afirmou que assim que for finalizada a análise do acidente, divulgará para a imprensa. “É um tema delicado, que é fundamental a prudência e estamos dando toda a colaboração possível às autoridades”, disse.

Segundo o presidente, no momento, não é possível especificar como ocorreu a queda. “Não podemos dar detalhes específicos dos elementos e em que circunstâncias aconteceu, porque há uma análise de investigação profunda sendo feita”, afirmou. Ele também esclareceu que o funcionário, junto de outros profissionais, estava “fazendo um trabalho específico de concerto” no momento do acidente.
Matheus Valadares
Acidente ocorreu no alto-forno 3, onde é realizada uma obra

Chara esclareceu que as respostas da equipe de segurança e saúde que atuam na planta foram imediatas após o ocorrido. Ele também disse que não é possível detalhar se Genivaldo estava com os sinais vitais após o acidente.
“O tempo de resposta foi imediato. Usiminas tem um protocolo bem rigoroso, equipes preparadas para dar as devidas atenções, mas não posso dar detalhes, digamos, de como foi toda a sequência”, afirmou Chara.

Também foi feita uma comunicação imediata com os funcionários da siderúrgica, com o objetivo de esclarecer a fatalidade e pedir mais prudência e cuidados “nas operações habituais, assim como nas da reforma do alto-forno 3”.
“Imediatamente, quando aconteceu o evento, suspendemos absolutamente todas as atividades, a fim de fazer uma forte campanha de comunicação com todos nossos times, não só com as pessoas que trabalham na obra do alto-forno”, disse.

ECONOMIA

Infomoney - SP   18/10/2023

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) teve alta de xx% em outubro, ante 0,18% em setembro, informou nesta terça-feira (17) a Fundação Getúlio Vargas. Com esse resultado, o índice acumula variação de -4,65% no ano e de -4,88% em 12 meses. Em outubro de 2022, o índice tinha caído 1% no mês, mas acumulava elevação de 7,44% em 12 meses.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, a principal contribuição para do índice ao produtor no mês veio do preço do minério de ferro, que experimentou um significativo aumento de 7,31%. “Essa elevação foi impulsionada pela política de apoio econômico adotada pela China, que é o maior consumidor global desse produto”, afirmou em nota.
IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,61% em outubro, ante alta de 0,23% no mês anterior. Por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -0,14% em setembro para -0,04% em outubro.

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,29% para 0,66%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,36% em outubro. No mês anterior, a taxa caiu 0,51%.

A taxa do grupo Bens Intermediários recuou de 1,14% em setembro para 0,99% em outubro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 15,34% para 4,32%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,37% em outubro, contra queda de 1,11%, no mês anterior.

Já o índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -0,44% em setembro para 0,84% em outubro. As principais contribuições para o avanço da taxa do grupo partiram dos itens: minério de ferro (2,81% para 7,31%), bovinos (-8,91% para -0,16%) e cana-de-açúcar (0,11% para 2,48%).

Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (3,16% para -1,20%), mandioca/aipim (1,52% para -5,38%) e leite in natura (-5,67% para -6,52%).

IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,25% em outubro, ante uma variação de 0,02% um mês antes. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de -1,32% para 2,10%), Vestuário (de -0,36% para 0,04%), Despesas Diversas (de -0,27% para 0,00%), Alimentação (de -0,69% para -0,61%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,01% para 0,02%) e Comunicação (de 0,08% para 0,09%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos itens: passagem aérea (de -9,14% para 13,96%), roupas (de -0,42% para -0,06%), serviços bancários (de -0,42% para 0,12%), aves e ovos (de -1,37% para -0,09%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,91% para -0,77%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,01% para 0,26%).

Por outro lado, os grupos Transportes (de 1,19% para 0,44%) e Habitação (de 0,42% para 0,39%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram dos itens: gasolina (de 3,42% para 0,89%) e tarifa de eletricidade residencial (de 1,84% para 0,28%).
INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,36% em outubro ante 0,18% em setembro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: Materiais e Equipamentos (de -0,07% para 0,25%), Serviços (de 0,28% para 0,88%) e Mão de Obra (de 0,49% para 0,43%).

Globo Online - RJ   18/10/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre deste ano, informaram as autoridades do país hoje. O resultado superou as previsões dos analistas de mercado.

A expectativa dos especialistas era de uma desaceleração, com crescimento um pouco mais baixo, em torno de 4,4%, mas o resultado ainda é distante dos 6,3% registrados no segundo trimestre, configurando uma desaceleração.

País tenta retomar crescimento acelerado

Com desemprego aumentando entre os jovens, crescimento mais lento do Produto Interno Bruto (PIB) no pós-covid, queda do investimento estrangeiro e crise no setor imobiliário, a China tenta reverter o quadro de desaceleração da primeira metade de 2023 com ações para estimular a atividade econômica.

Para cumprir sua meta de crescimento de 5% este ano, o governo chinês decidiu nos últimos dias fazer a maior injeção de liquidez na economia desde dezembro de 2020.

O Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou na segunda-feira a injeção de 289 bilhões de yuans (US$ 39,6 bilhões) ao sistema financeiro através do chamado mecanismo de empréstimo de médio prazo.

O objetivo é oferecer mais crédito, inclusive para os governos regionais, que estão altamente endividados e viraram fonte de preocupação do governo central. A taxa de juros foi mantida em 2,5% ao ano, um patamar baixo.

Novo proprietário da mansão "2-8a Rutland Gate" teria que arcar com os custos de terminar a reforma do imóvel de 5.782 metros quadrados

Analistas apontam riscos estruturais

Analistas que acompanham os números chineses observam que existem preocupações de curto prazo, mas também riscos estruturais devido à fraqueza do setor imobiliário, setor que tem peso de 30% no Produto Interno Bruto (PIB).

Um relatório dos economistas Laura Pitta, Gabriella Garcia e Pedro Schneider, do banco Itaú, observa que uma das preocupações de curto prazo é que, mesmo com a reabertura pós-Covid, a economia chinesa vem crescendo a uma velocidade de 4,1% ao ano desde 2021.

É um ritmo muito fraco para quem se acostumou a uma expansão de dois dígitos no passado. Até mesmo as exportações chinesas que cresceram 9,5%, entre 2020 e 2022, vêm perdendo fôlego.

Setor imobiliário perde força

O setor imobiliário perdeu tração porque o pico de demanda por novas moradias já passou. Por isso, Pequim terá que encontrar alternativas para reduzir o peso da construção civil na economia. Os economistas do Itaú lembram que não houve estímulos fiscais para as famílias durante a pandemia de Covid-9, uma das razões para a retomada do crescimento com menos força do que se esperava.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2020 os países do G-20 aportaram US$ 15,2 trilhões em suas economias por meio de medidas de estímulos fiscais, impulsionando o consumo. Isso explica os processos de recuperação mais fortes em países como EUA, Europa, e emergentes como o Brasil.

A ausência desse incentivo para as famílias pode ter um impacto estrutural ainda maior na China, porque com uma rede de proteção social limitada, os chineses estão tendo que manter um nível maior de poupança por precaução.

Pouso suave chinês

Os autores do estudo preveem um crescimento do PIB chinês de 4,9% em 2023 e 4,1% em 2024. Pitta diz que se há um soft landing (pouso suave) da economia americana, o mundo também terá que se acostumar também com um soft landing chinês.

No mês passado, a agência de classificação de risco Standard & Poors (S&P) cortou a previsão de crescimento do crescimento da China para 2023. Os novos dados apontam que o avanço deverá ser de 4,8% frente a uma projeção anterior de 5,2%. A meta do governo chinês é que o país cresça 5% este ano.

Conflito entre Israel e o grupo Hamas acontece desde o último sábado (7)

A preocupação do mercado aumentou depois que a Evergrand, gigante chinesa do setor imobiliário que já tinha dado calote em títulos em dólares, anunciou que novamente deixou de pagar títulos internos chineses no valor de US$ 540 milhões. As ações da empresas perderam 25% de seu valor em apenas um dia.

Isolamento da economia

Outro fator de preocupação, são as relações geopolíticas entre EUA e China, que vêm se deteriorando desde o início da guerra comercial de 2018-19. Uma das consequências, apontam os analistas, foi a redução dos investimentos estrangeiros diretos (IED) na China, deixando a economia asiática mais isolada da economia global. O investimento direto para a China foi menor do que para o Brasil, em US$ 66 bilhões, e para a Índia, em US$ 49 bilhões, no biênio 2021/2022.

Para o Brasil, maior parceiro comercial chinês, pode haver impacto negativo na balança comercial. Ao mesmo tempo, diz Laura Pitta, a distensão entre China e EUA está provocando a realocação das cadeias de produção da China, onde há eficiência e o custo é menor, para países como a índia, onde produzir é mais caro. Esse deslocamento também tende a provocar uma inflação global mais alta.

— O difícil é saber qual será o efeito médio desses dois movimentos — questiona Laura.

Infomoney - SP   18/10/2023

Contando com a maior participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o setor de serviços decepcionou, levando a questionamentos sobre se os números já mostram um sinal de desaceleração mais forte da economia do país, que tem mostrado uma resiliência acima do esperado.

O volume de serviços prestados no país recuou 0,9% em agosto frente ao mês anterior, após ter acumulado ganho de 2,1% no período de maio a julho, informou o IBGE nesta terça-feira. O resultado marcou a maior queda para qualquer mês desde abril de 2023 (-1,7%) e a baixa mais intensa para agosto desde 2016.

A leitura ficou bem abaixo da projeção em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,4%

A XP destaca que a categoria de serviços prestados às famílias ficou em baixa, encerrando uma sequência de quatro altas.

Para os economistas da casa, esses resultados reforçam o cenário de desaceleração da atividade doméstica no período recente. “A dissipação dos choques positivos em setores menos sensíveis ao ciclo econômico (agricultura e indústria de mineração), aliada à desaceleração das condições favoráveis do mercado de trabalho, deverão conduzir a um crescimento do PIB próximo de zero neste semestre”, apontam. A projeção para o crescimento do PIB em 2023 permanece em 2,8%.

Na mesma linha, o Itaú diz que o setor de serviços decepcionou em agosto e, embora espere alguma recuperação dos serviços oferecidos às famílias em setembro, os números de hoje corroboram a visão de uma desaceleração gradual da atividade no segundo semestre.

Matheus Pizzani, economista da CM Capital, reforça que o resultado foi oriundo da queda de quatro dos cinco principais grupos que compõem o indicador, também destacando os serviços prestados às famílias (-3,8% na base mensal), impactado pelo forte recuo do subgrupo de alojamento e alimentação (-3,5%).

“O movimento pode ser explicado pela correção do crescimento apresentado pelo grupo nos meses anteriores, bem como a ausência de fatores sazonais que favoreçam sua performance, como os feriados, que tendem a dinamizar o desempenho do grupo e ajudaram a impulsionar os resultados de meses anteriores”, avalia.

Este último ponto ajuda a explicar também a retração de 2,1% sofrida pelo grupo de transportes, armazenagem e correio, influenciado negativamente pela queda de todos os seus componentes, com destaque para os subgrupos de transporte terrestre (-0,9%), armazenagem e serviços auxiliares (-5,5%) e transporte aquaviário (-1,3%), sendo que este último não conseguiu esboçar crescimento nem mesmo com a ajuda do dinamismo do setor externo.

“Tendo em vista a correlação existente entre o setor de transportes e a atividade econômica do país como um todo, a expectativa para o desempenho da economia do país para o mês de agosto não é positiva”, avalia.

Na visão de Pizzani, em linhas gerais, apesar de ter surpreendido as projeções, o dado de agosto está mais alinhado ao que poderia se esperar em termos macroeconômicos para o desempenho do setor de serviços em uma conjuntura marcada pelo nível de juros tão elevado.

“Uma vez extirpados os efeitos artificiais proporcionados por feriados prolongados ou medidas governamentais – vale lembrar que o benefício fornecido pelo governo ao setor automobilístico foi de grande importância para o desempenho dos serviços no segundo trimestre – o que nos sobra é de fato uma atividade econômica de pouca pujança e sem capacidade de criação de mecanismos endógenos de crescimento”, avalia.

Por outro lado, a expectativa é que o resultado negativo seja rapidamente revertido em setembro, o que pode ser explicado em parte pelo feriado de 7 de setembro, que deve exercer efeito positivo sobre o desempenho do setor, bem como a própria correção estatística da queda deste mês. “A sazonalidade positiva que marca o desempenho dos serviços no último trimestre do ano também traz uma perspectiva mais positiva para o resultado do setor em 2023, que na nossa avaliação segue com projeção de alta de 3,5%”, avalia.

Para Marco Antonio Caruso e Igor Cadilhac, economistas do PicPay, dado o tamanho da surpresa negativa, é preciso entender se há um ponto de inflexão do setor de serviços ou se foram fatores temporários que ancoraram os números de agosto. “Por ora, no nosso cenário atual, ainda vemos espaço para um bom desempenho no segundo semestre, sem grandes consequências nos preços, que já mostram uma dinâmica favorável. Para 2023, projetamos um avanço de 2,8% da Pesquisa Mensal de Serviços”, avalia.

Luiz Carlos Almeida, analista do IBGE, avaliou que “a queda de agora não é uma inflexão do setor de serviços; é puxada por transportes, especialmente por cargas, que vinha de um pico recorde em julho”, “Depois de três meses de alta, há um ajuste, uma acomodação, mas não uma mudança de trajetória”, complementa.

De qualquer forma, o desempenho do setor inspira cautela, ainda que a visão para o acumulado do ano seja de uma leitura positiva.

“A nossa expectativa para as próximas medições, com ajuste sazonal, é de continuidade de recuo para o setor visto a conjuntura de política monetária contracionista e inflação ainda em patamares elevados, mesmo utilizando estabilidade de preços para a projeção, devido a maior sensibilidade do setor a essas variáveis”, avalia Ariane Benedito, economista e RI da Esh Capital.

Considerando a retração do índice de difusão de 53,2% em julho para 49,1% em agosto, reforça a expectativa de continuidade descendente para as próximas divulgações. “No entanto, mesmo frente aos desafios internos e globais, ainda acreditamos numa leitura final positiva para o indicador, visto o crescimento acumulado no primeiro semestre deste ano”, finaliza.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   18/10/2023

Os contratos futuros de minério de ferro negociados na bolsa de Dalian ampliaram seus ganhos nesta terça-feira, com os investidores permanecendo otimistas em relação às perspectivas de demanda de curto prazo em meio aos baixos estoques.

O minério de ferro mais negociado em Dalian, encerrou as negociações diurnas com alta de 2,12%, a 866 iuanes a tonelada métrica, o maior valor desde 25 de setembro.

“Embora a produção de metais quentes tenha diminuído recentemente, o ritmo de queda é relativamente lento, com a produção atual ainda em um nível comparativamente alto para o período”, disseram analistas da Shengda Futures em uma nota.

“A produção diária de metais quentes provavelmente cairá para 2,42 milhões de toneladas até o final de outubro e se recuperará para cerca de 2,45 milhões de toneladas, dando um forte apoio às matérias-primas da siderurgia.”

A demanda robusta levou as importações de minério de ferro da China a um recorde de 876,65 milhões de toneladas nos primeiros nove meses de 2023, segundo dados da alfândega.

A Rio Tinto, a maior produtora de minério de ferro do mundo, relatou um aumento de 1,2% em seus embarques de minério de ferro no terceiro trimestre, à medida que aumentava a produção na mina de Gudai-Darri.

A melhora na demanda de aço também impulsionou o sentimento, com os volumes diários de transações de produtos de aço para construção subindo para 208.200 toneladas na segunda-feira, o maior desde maio, segundo dados da consultoria Mysteel.

IstoÉ Online - SP   18/10/2023

A Vale apresentou nesta terça-feira, 17, uma nova empresa, batizada de Agera, para comercializar e distribuir a sua “areia sustentável”, proveniente de rejeitos do minério de ferro produzido em Minas Gerais. A expectativa para este ano é comercializar um milhão de toneladas e faturar R$ 18 milhões. Para o ano que vem, a projeção é de vendas de 2,1 milhões de toneladas. O volume ainda é pequeno em relação ao total de rejeitos produzidos pela Vale – 47 milhões de toneladas em 2022 -, mas a expectativa é ampliar a fabricação nos próximos anos.

A nova empresa, com sede em Nova Lima (MG), foi estabelecida há cerca de um ano com o nome provisório de Co-Log. Hoje, atende mais de 80 unidades fabris de sete segmentos – concreteiras, pré-moldados, argamassa, artefatos, cimenteiras, tintas texturizadas e pavimentos – e está investindo em pesquisa para expandir as aplicações do produto.

A “areia sustentável” começou a ser produzida pela Vale em 2021, na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, após sete anos de pesquisa. Desde então, foram destinadas à construção civil e à pavimentação rodoviária cerca de 900 mil toneladas do produto, contabiliza a mineradora. No ano passado, a Agera começou a produzir em pequena escala na mina de Viga, em Congonhas, e nos próximos meses pretende iniciar a produção na mina de Cauê, em Itabira.

“Estamos estruturados para acelerar o desenvolvimento de produtos e materiais sustentáveis, atendendo às especificidades que o mercado exige. Além disso, nossas soluções logísticas permitem uma eficiência de ponta a ponta para garantir a agilidade no fornecimento da areia sustentável”, explica Fábio Cerqueira, CEO da Agera.

A Agera tem sete pontos de atendimento ao cliente e estoque de material em Minas Gerais e no Espírito Santo. Para a operação logística, tem contrato com sete transportadoras rodoviárias e três fornecedores de frete ferroviário.

Cerca de 330 milhões de toneladas de areia são usadas anualmente na construção civil e em processos industriais no Brasil, de acordo com a Vale. A extração de areia natural dos leitos de rios, frisa a mineradora, frequentemente ultrapassa a taxa de reposição natural.

“Criamos a Agera com o objetivo de escalar um negócio que está nos ajudando a reduzir o uso de barragens e pilhas em Minas Gerais, além de contribuir para substituir a areia natural, que muitas vezes é extraída de forma predatória do leito dos rios”, disse em nota Fabiano Carvalho Filho, diretor de Negócios da Vale. “A criação da Agera está fortemente ligada à nossa estratégia de promover a mineração circular.”

Destinação de rejeitos

O processamento a úmido do minério de ferro, usado em menos de 30% da produção da Vale, gera rejeitos, que podem ser dispostos em barragens ou em pilhas. Esses rejeitos são compostos basicamente de sílica, principal componente da areia, e óxidos de ferro. É um material não tóxico, que em seu processamento é submetido apenas a processos físicos.

A Vale informa que, desde 2014, investe em pesquisas para encontrar soluções para o reaproveitamento da areia proveniente do processamento do minério de ferro com o objetivo de reduzir a geração de rejeitos. A “areia sustentável” tem alto teor de sílica e baixo teor de ferro, além de alta uniformidade química e granulométrica.

A Universidade de Queensland e a Universidade de Genebra divulgaram estudo, em 2022, que confirma que a areia proveniente da produção do minério pode contribuir para atenuar a extração predatória de areia e reduzir a geração de rejeitos de mineração, de acordo com a Vale. O estudo teve participação da mineradora brasileira, que cedeu amostras da sua “areia sustentável” e doou US$ 1 milhão para apoiar o trabalho dos pesquisadores.

No ano passado, a Vale inaugurou a primeira estrada do Brasil que usa a “areia sustentável” nas quatro camadas do pavimento. Testes em laboratório apontaram que o aumento da vida útil do pavimento é da ordem de 50% e a redução de custos de 20% quando comparado com materiais mais usados em estradas. Além disso, cada quilômetro de pavimento pode consumir até 7 mil toneladas de rejeito. Os testes são realizados em uma estrada de 425 metros em Itabira. A pista será monitorada até o ano que vem, com 96 sensores. O estudo tem parceria da Universidade Federal de Itajubá (campus Itabira) e da Coppe-UFRJ.

Ainda em Minas Gerais, a Vale mantém a Fábrica de Blocos do Pico, primeira planta industrial de produtos para a construção civil cuja matéria-prima principal é o rejeito da mineração. Instalada em 2020 na Mina do Pico, em Itabirito, a fábrica tem capacidade de produção de 3,8 milhões de produtos pré-moldados. Nos dois primeiros anos, ela funcionou em regime de pesquisa e desenvolvimento e contou com a cooperação técnica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) para o desenvolvimento de produtos pré-moldados de larga aplicação na indústria da construção civil, como pisos intertravados, blocos de alvenaria e vedação.

Valor - SP   18/10/2023

A BHP é o terceiro maior produtor mundial de minério de ferro, com grandes operações de mineração no remoto noroeste da Austrália

O Grupo BHP produziu mais cobre e menos minério de ferro nos primeiros três meses do ano fiscal. A BHP é o terceiro maior produtor mundial de minério de ferro, com grandes operações de mineração no remoto noroeste da Austrália.

A BHP disse que produziu 63,2 milhões de toneladas métricas de minério de ferro, usado para a produção de aço, entre julho e setembro, uma queda de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, esse desempenho seria resultado da manutenção e obras em sua infraestrutura ferroviária.

A empresa produziu 16% menos carvão metalúrgico, também utilizado na siderurgia, pois a produção foi afetada pela manutenção planejada da fábrica. A produção trimestral dessa commodity ficou em 5,6 milhões de toneladas.

A empresa também disse que a sua produção de cobre aumentou 11% no mesmo período, em 457 mil toneladas, sustentada pelo aumento da produção das suas maiores operações. A BHP opera e tem participação majoritária na operação chilena de Escondida, a maior produtora mundial de concentrados e cátodos de cobre.

Além do resultado trimestral, a BHP também anunciou que nomeou a australiana Whitehaven como licitante preferencial para duas minas de carvão que possui com a japonesa Mitsubishi. A mineradora disse em fevereiro que a joint venture estava procurando um comprador para as minas Daunia e Blackwater, no Estado australiano de Queensland.

“A BHP confirma que a Whitehaven Coal foi selecionada como licitante preferencial no processo de desinvestimento”, disse a mineradora.

IstoÉ Dinheiro - SP   18/10/2023

A produção de minério de ferro pela Vale no terceiro trimestre deste ano caiu 4% em relação a igual período de 2022, alcançando 86,24 milhões de toneladas, afetada pela menor produção de run-of-mine (ROM), o minério bruto, do complexo de Paraopeba e à menor produção de Serra Norte. A companhia divulgou nesta terça-feira, 17, seu relatório de produção e vendas.

O resultado de produção também foi afetado por uma falha no sistema de correia transportadora no S11D, em agosto, com impacto de 2 milhões de toneladas, que levou à redução de 1,5 milhão de toneladas no Sistema Norte. Na comparação com o trimestre anterior, a produção de minério cresceu 9,5%.

As vendas atingiram 69,7 milhões de toneladas, aumento de 6,6% ante igual período do ano passado e de 10% na comparação sequencial. As vendas de finos e pelotas de minério de ferro aumentaram 4,4 milhões de toneladas na comparação anual, com a venda de estoques do primeiro semestre e aproveitando as condições favoráveis do mercado.

A produção do Sistema Sul diminuiu 2,6 milhões de toneladas, principalmente devido à menor produção de ROM e às vendas do Complexo Paraopeba, além da parada temporária das operações de Viga devido à manutenção pontual do rejeitoduto.

A produção de pelotas foi de 9,17 milhões de toneladas, aumento de 11% na comparação anual, impulsionada por um aumento no fornecimento de pellet feed de Brucutu e Itabira. Na comparação com o trimestre anterior, o avanço foi de 0,7%.

Em agosto, a Vale iniciou os testes de comissionamento da primeira de duas plantas de briquete de minério de ferro em Tubarão. Após o ramp-up, a capacidade combinada atingirá 6 milhões de toneladas por ano.

As vendas do pelotas somaram 8,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre, aumento de 1,1% na comparação anual, mas recuo de 2,2% na sequencial.

O preço realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 105,1 por tonelada, alta de 13,5% ante igual período do ano passado, incremento em grande parte atribuído a preços de referência mais altos de minério de ferro (US$ 10,7/t maior na comparação anual) e a um impacto positivo de ajustes de preços (US$ 2,1/t na comparação anual).

O preço realizado das pelotas, por sua vez, foi de US$ 161,2 a tonelada no trimestre, queda de 17% ante igual período do ano passado e suave avanço de 0,5% na comparação sequencial.

O prêmio all-in totalizou US$ 3,8 por tonelada, US$ 2,8 menor na comparação anual, principalmente devido aos menores prêmios de pelotas. Trimestre contra trimestre, o prêmio all-in foi ligeiramente menor, impulsionado por prêmios de mercado mais baixos, uma vez que as usinas siderúrgicas têm preferido finos de menor qualidade devido à redução nas margens de aço. Isso foi parcialmente compensado por um mix de vendas de portfólio de produtos superior, com uma participação maior dos volumes do Sistema Norte.

Diário do Comércio - MG   18/10/2023

O relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM), referente à campanha de entrega das Declarações de Condições de Estabilidade (DCE) das barragens de mineração, aponta que Minas Gerais tem 25 das 31 barragens embargadas no País. As DCEs são obrigatórias e enviadas semestralmente à ANM, conforme Resolução nº 95/2022 da entidade. O documento reúne informações coletadas na campanha 2/2023, com prazo entre setembro e outubro para envio das declarações.

Ao todo, 456 barragens de mineração estão inseridas na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). Para quase todas, é necessário a emissão da DCE, que atesta a estabilidade da estrutura pelas empresas que as administram. No relatório deste semestre, apenas cinco estruturas foram desobrigadas de emitir o documento de estabilidade. Ainda assim, duas enviaram para a ANM.

Quase 7% do total das estruturas entregaram declarações que não atestam a estabilidade ou não enviaram o documento. O não envio, quando obrigatório, é considerado pela ANM como estabilidade não atestada. Neste sentido, ao todo, 33 barragens não tiveram a estabilidade atestada, mas duas não puderam ser embargadas por questões ambientais. Assim, dessa vez, 31 foram interditadas.

Minas Gerais concentra quase todas as estruturas do tipo impedidas de operar no Brasil. A distância para os outros estados impressiona: somente Amazonas, com duas, Mato Grosso, com duas, Pará, com uma, e Rio Grande do Sul, também com uma, têm barragens embargadas.

Das 25 estruturas com embargo no Estado, 18 são da mineradora Vale. Procurada, a empresa disse, em nota, que trabalha para aumentar o nível de segurança de suas barragens e, desde o ano passado, 11 de suas estruturas receberam a DCE positiva e deixaram o nível de emergência.

Segundo a companhia, todas as barragens de rejeito construídas pelo método de alteamento a montante estão inativas e suas estruturas vêm sendo eliminadas. Os reservatórios construídos por este método tiveram a operação proibida e a descaracterização obrigada pela Lei 23.291/2019, conhecida como “Mar de Lama Nunca Mais”.

Desde que a lei foi sancionada, em 2019, 12 barragens a montante da Vale foram eliminadas. Isso equivale a 40% das 30 estruturas previstas no Programa de Descaracterização. A previsão da empresa é que nenhuma barragem esteja em estado crítico de segurança (nível 3 de emergência) até 2025.

Infomoney - SP   18/10/2023

A produção de aço na China, maior do que a esperada para este ano, está impulsionando o consumo de minério de ferro, corroendo os estoques chineses da matéria-prima e elevando as importações acima dos anos anteriores, disseram analistas.

Os estoques de minério de ferro no porto da China devem encerrar o ano no nível mais baixo desde 2016, de acordo com previsões de oito analistas chineses, enquanto as importações no maior consumidor do mundo atingirão o nível mais alto desde 2020.

A forte demanda por minério de ferro, apesar de uma desaceleração no setor imobiliário, ávido por aço, ocorre em um momento em que o governo parece cada vez menos propenso a dar continuidade a uma política de dois anos para limitar o crescimento da produção de aço.

A China não permitiu que sua produção de aço crescesse nos últimos dois anos a fim de reduzir as emissões de carbono, mas este ano Pequim ainda não emitiu um mandato nacional semelhante.

A produção diária de metal quente foi, em média, de 2,44 milhões de toneladas métricas entre junho e agosto, 6% a mais do que no mesmo período de 2022, segundo dados da consultoria Mysteel.

Mais metal quente, um precursor do aço, está sendo produzido porque há menos sucata de aço disponível para a fabricação de aço devido à retração imobiliária.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   18/10/2023

Da mesma fábrica de Goiana sairão também os futuros modelos 100% elétricos, segundo a companhia

A Stellantis anunciou hoje que seus primeiros veículos híbridos a etanol produzidos no Brasil serão fabricados a partir do próximo ano na unidade industrial de Goiana, em Pernambuco. Da mesma fábrica sairão também os futuros modelos 100% elétricos, segundo a companhia.

Globalmente, a Stellantis planeja alcançar a descarbonização total das operações e produtos até 2038, com redução de 50% das emissões de CO2 já em 2030. “Nossa prioridade é descarbonizar a mobilidade, e queremos fazer isto de modo acessível para o maior número de consumidores, desenvolvendo tecnologias e componentes no Brasil”, destacou, por meio de nota, o presidente da empresa na América Latina, Antonio Filosa.

Segundo a Stellantis, o desenvolvimento das novas plataformas, híbridas e elétricas, vai mobilizar centros de pesquisa da própria companhia em parceria com fornecedores, universidades e outros centros, como o Software Center, sediado no Porto Digital, em Recife.

Filosa, que está prestes a deixar o cargo em novembro para assumir o comando global da marca Jeep, reitera o objetivo de deixar para o sucessor (Emanuele Cappellano) o planejamento da expansão do parque de fornecedores no Nordeste.

Hoje a Stellantis tem, no entorno da fábrica de Goiana, 38 fornecedores de componentes e sistemas. Mas o objetivo é chegar a 50 no curto prazo. A meta posterior é chegar a 100 e, por isso, a empresa defende a prorrogação dos incentivos fiscais do programa automotivo no Nordeste e Centro-Oeste, previsto para terminar no fim de 2025.

Segundo a empresa, motores térmicos e eletrificados combinados serão, futuramente, produzidos nas outras fábricas do Brasil – Betim (MG) e Porto Real (RJ). A montadora prevê ter distintos graus de combinação térmica e da eletricidade na propulsão dos veículos.

“É uma oportunidade de reindustrialização e de reconfiguração da indústria nacional de autopeças, que é diversificada, complexa e muito importante para a economia brasileira”, destacou Filosa. Segundo o executivo, o desenvolvimento de novos produtos abre perspectivas de exportações para toda a América Latina.

“A decisão de investir na localização das novas tecnologias considera o horizonte de estabilidade e previsibilidade, decorrentes de marcos legais como a aprovação da reforma tributária”, completa a nota da empresa.

Hoje a Stellantis tem, no entorno da fábrica de Goiana, 38 fornecedores de componentes e sistemas. Mas o objetivo é chegar a 50 no curto prazo — Foto: Foto: Divulgação

CONSTRUÇÃO CIVIL

Infomoney - SP   18/10/2023

O índice de confiança das construtoras dos Estados Unidos caiu de 44 em setembro (dado revisado) para 40 outubro, informou a Associação Nacional das Construtoras (NAHB, na sigla em inglês).

Analistas da FactSet previam que o indicador ficasse em 45 no período. Resultados abaixo de 50 indicam que as construtoras veem as condições mais como ruins do que boas.

O resultado de outubro é o mais baixo desde janeiro, quando o indicador registrou 35.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   18/10/2023

O engenheiro pernambucano Francisco Martins assumiu a presidência da PortosRio, com o desafio de liderar a administração dos Portos do Rio de Janeiro, Niterói, Itaguaí e Angra dos Reis. A posse foi efetivada no dia 11 de outubro (quarta-feira).

Ao longo de quatro anos — entre janeiro de 2019 e janeiro deste ano, Francisco Martins desempenhou funções-chave no Complexo Industrial e Portuário de Suape, tendo ocupado os cargos de diretor de Planejamento, diretor de Operações Portuárias e diretor-presidente.

Com uma carreira de mais de 30 anos no Brasil e em outros países da América Latina, Martins possui uma sólida formação acadêmica, incluindo pós-graduações em Gestão Ambiental, Responsabilidade Social Corporativa e Gestão de Projetos. Sua vasta experiência abrange gestão de projetos industriais e portuários, liderança de equipes, planejamento estratégico e políticas de sustentabilidade.

Além disso, Francisco Martins participou ativamente do grupo de transição no setor da infraestrutura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, coordenado pela ex-ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão de Dilma Rousseff, Miriam Belchior.

Martins expressou sua determinação em promover o crescimento e a competitividade dos portos sob sua gestão, concentrando-se na modernização da infraestrutura e da administração portuária, na atração de novos negócios e, principalmente, no aumento da eficiência dos portos, em alinhamento com as diretrizes do Ministério de Portos e Aeroportos e do Governo Federal. Destacou também a importância do ativo envolvimento dos funcionários da empresa e da sinergia com todos os operadores portuários e demais players envolvidos na operação do complexo de portos.

Portal Fator Brasil - RJ   18/10/2023

E representa oportunidade única de investimento estratégico em meio às incertezas globais. Com a falta de competitividade, Porto de Santos deixa de movimentar cerca de US$20 bilhões ao ano.

A resiliência da atividade econômica em 2023 fez com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevasse sua estimativa de crescimento global este ano para 3%. Porém, o cenário geopolítico permanece complexo, com riscos econômicos e crédito apertado. Esse panorama faz com que as nações tenham maior incerteza ao investirem em projetos de desenvolvimento de infraestrutura. Embora no Brasil não seja diferente, com previsão de crescimento da economia de 2,1% este ano, há oportunidades de investimento claras e potenciais como a modernização dos portos e dragagens de aprofundamento, que trariam impactos muito positivos sobre a economia local.

A demanda de cargas atingiu a capacidade operacional dos portos (em TEUs) em 2021, o que faz da ampliação dos terminais de contêineres uma prioridade para o setor. Já há falta de espaço nos terminais, com insuficiência de número de berços e de calado. As profundidades dos canais de acesso dos portos são claramente deficientes e precisam com urgência de um programa de dragagem adequado. Para se ter uma ideia, o porto de Santos já precisaria hoje aprofundar o calado operacional em 1,5 metros para atender aos atuais navios que já frequentam o porto. Com tal limitação, o setor deixa de transportar cerca de um milhão de toneladas por ano.

Para essa modernização e expansão dos portos, que estão 15 anos atrasadas em relação à média mundial em termos de acessos, necessita-se de projetos de curto e longo prazos, como uma rápida retomada de leilões de concessões de terminais e programas de dragagem, que ajudarão a estimular uma nova onda de investimentos.

—A perda de competitividade nacional atrasa o crescimento econômico, atrasando também o desenvolvimento e a geração de novos empregos no país. Para alcançarmos a média mundial, precisamos promover investimentos em terminais com capacidade para atender navios maiores e mais eficientes energeticamente; aumentar a capacidade de armazenamento de carga, mantendo alta a produtividade das embarcações no carregamento e descarregamento; e utilizando navios maiores, não sobrecarregar a utilização de berços— afirma Claudio Loureiro de Souza, diretor-executivo do Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), que reúne 19 armadores de atuação mundial e que operam em várias modalidades do transporte marítimo de Longo Curso. Os associados do Centronave movimentam cerca de 97% de toda a exportação e importação brasileira em contêineres, atendem a 30 segmentos da economia, e abrem novos mercados para a indústria e o agro negócio em cerca de 170 países.

—Um programa de dragagem contribuirá para a chegada de uma nova geração de navios maiores e mais eficientes. Com isso, menores serão os gastos com combustível e o impacto ambiental, já que um navio maior consome proporcionalmente até 68% menos combustível por TEU transportado—acrescenta Loureiro.

Por falta de competitividade, o porto de Santos, o maior da América Latina, deixa de movimentar cerca de 500 mil TEUs por ano, o que gera uma perda estimada de US$ 21 bilhões ao ano em receitas de importações e exportações, afetando diretamente a balança comercial do país. Hoje, o Brasil recebe apenas navios de até 11.500 TEUs, enquanto a Ásia, Europa e América do Norte têm capacidade de operar embarcações de até 24 mil TEUs.

Centronave —O Centro Nacional de Navegação Transatlântica é uma entidade associativa sem fins lucrativos, fundada em 1907, que reúne atualmente 19 armadores de atuação global, dentre os maiores do mundo, operando em várias modalidades do transporte marítimo de Longo Curso, incluindo granéis, carga-geral, cargas de projeto, produtos florestais, roll-on-roll-off e contêineres, segmento no qual movimenta cerca de 97% das cargas de exportação e importação do comércio exterior brasileiro. | https://centronave.org.br

Investing - SP   18/10/2023

A secretária nacional de portos e transportes aquaviários, Mariana Pescatori, disse nesta 3ª feira (17.out.2023) que o projeto de regulamentação e incentivo ao transporte aquaviário apelidado de “BR dos Rios” deve ser finalizado até o final de 2023.

O projeto tem como objetivo incentivar a navegação em rios, reduzir a dependência do modal rodoviário e diminuir o custo de fretes com caminhões. Seu nome faz referência ao “BR do Mar”, sancionado em janeiro de 2022 para aumentar a navegação entre portos ao longo da costa brasileira.

Em conversa com o Poder360, Pescatori afirmou que o ministério está trabalhando em conjunto com a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) para definir a estruturação e as linhas estratégicas do programa.

Apesar de estar liderando o projeto dentro da secretaria, Pescatori disse que o “BR dos Rios” deverá ficar sob a responsabilidade da futura secretaria nacional de hidrovias. O novo departamento é um desejo do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que tem o desenvolvimento do transporte aquaviário como a maior prioridade na sua gestão.

Pescatori disse ao jornal digital que o Costa Filho já entregou uma proposição ao ministério da Gestão e Inovação para permitir a criação da nova secretaria. A previsão é que o trâmite seja concluído até o final do ano.

A secretaria de Portos afirmou que a sua prioridade é o desenvolvimento do projeto “Navegue Simples”, que tem como objetivo a simplificação e desburocratização do setor portuário e aquaviário, principalmente em relação à assinatura de outorgas e prorrogações contratuais.

Pescatori declarou que pretende integrar a Antaq, o ministério e o TCU (Tribunal de Contas da União) em uma pauta única que viabilize a aceleração e simplificação desses processos.

“Acho que a grande entrega que a gente está tocando é o Navegue Simples. Estamos pensando no que pode ser melhorado em termos de procedimento e regulação para que a gente possa rdduzir os prazos para que as outorgas sejam efetivamente realizadas e para que a gente consiga integrar a Antaq, o TCU e o ministério numa pauta que de celeridade nessas assinaturas”, disse Pescatori.

Portos e Navios - SP   18/10/2023

O Complexo do Pecém firmou, nesta segunda-feira (16), um protocolo de intenções com o Porto de Xiamen, localizado na província de Fujian, na China.

O acordo prevê a troca de ideias e melhores práticas sobre melhorias e produtividade portuária; o desenvolvimento de tecnologia da informação portuária; a participação na troca e cooperação da aliança “Rota da Seda Marítima”; e trocas comerciais e cooperação em investimentos.

O documento foi assinado pelo presidente do Complexo, Hugo Figueirêdo; pela vice-presidente Financeira, Rebeca Oliveira; e pelo diretor do Fujian Provincial Port Group, Huang Xunyou, em evento no Pecém. Na comitiva também esteve o vice-governador da província de Fujian, Lin Wenbin.

Os dois portos já são conectados por uma linha de longo curso. “Hoje, já há movimentação de carga entre os portos do Pecém e de Xiamen. São cargas principalmente relacionadas a rochas ornamentais. Mas há, também, potencial para termos cargas de contêineres sendo movimentadas entre os dois portos, que atualmente chegam e saem do Brasil pelo Porto de Santos. Acredito que, com o trabalho de cooperação, haverá oportunidade de explorar novas cargas e novas linhas”, pontuou Hugo Figueirêdo.

O presidente do Complexo do Pecém apontou, ainda, o potencial para exportação aos portos de Fujian das cargas de grãos transportados pela Transnordestina a partir de 2027.

Além do Complexo do Pecém, o governo cearense, por meio do governador Elmano de Freitas, também assinou, neste domingo (15), um protocolo de intenções entre Ceará e Fujian. O acordo visa o desenvolvimento de capital humano, sobretudo jovens, na área de energias renováveis, através de um programa de capacitação. A iniciativa deverá ser concretizada por meio de parcerias entre o estado e empresas chinesas que operam no Ceará.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   18/10/2023

A ANP lançou uma versão completa digital do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2023, que apresenta de forma consolidada os dados do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil, além de um panorama internacional, em 2022. O documento está disponível neste link. O trabalho faz parte das comemorações de 25 anos da criação da agência. O Diretor da ANP Cláudio Jorge de Souza destacou que o Anuário é uma consolidação de informações de várias áreas técnica da ANP, sendo resultado de um trabalho coletivo. “O Anuário 2023 ratifica a constante evolução não só da indústria regulada, mas também da nossa instituição“, destacou. Já o Diretor-Geral da ANP, Rodolfo Saboia (foto), ressaltou a importância da divulgação de dados do setor regulado pela Agência. “Um dos papéis do órgão regulador é o de prover dados confiáveis, tendo como princípio a transparência e a sua ampla divulgação. Dar acesso a informações relevantes e fidedignas sobre o mercado regulado é tarefa de extrema importância, sendo tratada de forma muito séria pela ANP. Precisamos lembrar que dados, quando compartilhados com quem precisa, podem trazer vários benefícios, seja na tomada de decisão e no apoio à concepção de políticas mais eficazes, seja no estímulo à inovação“, disse.

O Anuário é dividido em seis seções: Panorama Internacional; Indústria Nacional do Petróleo e Gás Natural; Comercialização; Biocombustíveis; Licitação de Blocos; e Resoluções da ANP. Há ainda um guia de leitura, notas, glossário, lista de agentes econômicos e outras informações complementares. A primeira seção traz um panorama da indústria mundial de petróleo e gás natural, destacando seus níveis de reservas, produção, capacidade nominal de refino e consumo. Esses dados servem como referência à contextualização da indústria nacional no cenário internacional.

Na segunda seção, há informações sobre o desempenho da indústria brasileira do petróleo da exploração ao refino e processamento, além de dados sobre comércio exterior, superavit externo e preços. Constam também dados de arrecadação de participações governamentais e de terceiros sobre atividades de exploração e produção e os volumes de recursos destinados a pesquisa, desenvolvimento e inovação e formação de recursos humanos, além do novo capítulo com informações relacionadas a segurança operacional.

A terceira seção contempla a distribuição e a revenda de derivados de petróleo e gás natural, assim como a infraestrutura de comercialização existente, além de indicadores da qualidade dos combustíveis. Também apresenta a evolução dos preços ao consumidor de derivados de petróleo e as ações de fiscalização do abastecimento.

A quarta seção apresenta os dados relacionados a produção, comercialização e preços dos biocombustíveis, juntamente com as atividades do RenovaBio. Já a quinta seção apresenta uma síntese das Rodadas de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural realizadas pela ANP.

Finalmente, na sexta seção, são listadas as Resoluções ANP publicadas no ano de 2022. Há também um Glossário, que define os vários termos mencionados, os fatores de conversão utilizados e as relações entre unidades físicas comumente utilizadas. Por fim, traz a lista dos agentes econômicos que atuam na indústria brasileira de petróleo e na distribuição nacional de derivados e as fontes utilizadas na elaboração do Anuário.

Petro Notícias - SP   18/10/2023

A Ocyan começou a semana com a conquista de um grande contrato. A empresa anunciou que foi escolhida para executar a revitalização da malha de gás da Petrobrás na Bacia de Campos. O novo acordo, no valor de aproximadamente R$ 1,6 bilhão e com duração de quatro anos e meio, marca o retorno da Ocyan em projetos EPCI offshore – que inclui atividades de engenharia, fabricação, aquisição e instalação de equipamentos. Esta também será a primeira vez em que a Ocyan vai liderar um contrato desse tipo, numa parceria 50/50 com a companhia portuguesa Mota-Engil.

A atividade offshore será realizada junto às plataformas de Namorado e Garoupa (PNA-1 e PGP-1), e incluirá a instalação de diversos equipamentos submarinos e dutos flexíveis. Hoje, a produção de gás da Bacia de Campos é escoada por quatro ramais que passam pelas plataformas PNA-1 e PGP-1 e seguem para terra através de três gasodutos de exportação. Porém, como essas plataformas serão desativadas, o gás da Petrobras terá que contornar essas unidades por meio da instalação de dois manifolds submarinos e respectivas interligações ao sistema submarino existente.

“O contrato com a Petrobrás marca de forma determinante esse novo momento da Ocyan, reflete a nossa solidez como companhia e consolida-nos, definitivamente, como referência em prestação de serviços para a indústria de óleo e gás. O negócio de gás abrirá grandes oportunidades para o mercado brasileiro nos próximos anos e a Ocyan está atenta e pronta para esse tipo de trabalho”, disse o vice-presidente executivo da Unidade de Serviços Integrados da Ocyan, Jorge Mitidieri (foto).

A primeira etapa do projeto, que compreende a fase de engenharia, deverá ser iniciada imediatamente. Já a campanha offshore está programada para começar em 2025. A execução do projeto de revitalização da malha da Bacia de Campos prevê a contratação de profissionais, especialistas e técnicos de diversas áreas. “O contrato EPCI vai trazer robustez técnica para a área de construção submarina da Ocyan, já que desenvolveremos disciplinas de engenharia, fabricação e qualidade, e isso nos dará capacidade de buscar projetos de maior complexidade no futuro”, explicou o diretor de contrato de Construção Submarina da Ocyan, Rafael Guigon.

O Estado de S.Paulo - SP   18/10/2023

O tempo das estatais já passou, ao menos no Ocidente, onde elas são relativamente recentes. Nos 10 mil anos da civilização, as estatais surgiram no século 19, inexistindo, pois, em 98% do período. Sua origem remonta à Revolução Industrial na Inglaterra, que inspirou países europeus a buscar o mesmo sucesso.

As causas da Revolução Industrial, amplas e complexas, remontam ao fim da Idade Média e foram impulsionadas pelas mudanças institucionais da Revolução Gloriosa inglesa (1688). Aboliu-se o absolutismo monárquico e transferiu-se a supremacia do poder ao Parlamento. A segurança jurídica estimulou as inovações, o crescimento da produtividade e a expansão da economia.

Seria difícil obter o mesmo em pouco tempo, mas se percebeu o papel, no processo, do transporte ferroviário e do crédito. Isso requeria capacidade empresarial e bancos, o que tampouco poderia surgir rapidamente. Era o que hoje se chama “falhas de mercado”. O Estado deveria intervir para suprir a lacuna. Daí as ferrovias e os bancos estatais europeus. No Japão da dinastia Meiji (1868), estatais foram privatizadas no final do século 19. Na Europa, isso ocorreu a partir dos anos 1980.

A Petrobras e outras estatais foram criadas sob premissas semelhantes, mas em ambiente em que a maioria da sociedade aceita o discurso segundo o qual elas são “estratégicas”, assim rejeitando seu controle por capitais privados. Ignora-se o fato de que os sucessos de desenvolvimento do pós-guerra se explicam basicamente por educação de qualidade, e não por controle estatal infinito de empresas.

Os qualificados quadros da Petrobras contribuíram para o êxito na exploração e produção de petróleo em águas profundas. Várias vezes, todavia, ela pagou o preço do controle estatal. Governos a fizeram instrumento de suas políticas, provocando escolhas desastrosas de investimentos – e elevado endividamento –, além de corrupção.

A empresa enfrenta custos inexistentes no setor privado, como os derivados da fiscalização do Tribunal de Contas, que requer cuidados excessivos nas decisões e justificam um quadro de 850 advogados. A observância de regras de concorrência pública e, não raramente, de políticas de conteúdo mínimo nacional são fontes de ineficiências.

A interferência do governo leva frequentemente a escolhas políticas de seus gestores, e não à busca dos mais competentes. O atual governo substituiu integralmente a diretoria da empresa, o que, salvo em casos de fraudes, dificilmente ocorreria em empresas privadas, em razão dos contratempos que tal decisão pode causar. O ex-presidente Bolsonaro demitiu três presidentes da Petrobras e até o ministro de Minas e Energia para atingir o objetivo de interferir nos preços de combustíveis com fins eleitorais.

A administração da Petrobras muda a cada quatro anos, pelo menos, o que pode alterar estratégias e a política de preços. Trata-se de período inferior ao que se consome entre a exploração, a descoberta e a produção de um poço na área do pré-sal, que é de sete anos. Guinadas de gestão podem ocorrer, como ocorre atualmente com os planos de volta de elevados e pouco justificáveis investimentos em refinarias. A política de preços, que seguia padrões consagrados de mercado, como os de outras grandes empresas do ramo, segue agora critérios obscuros, sujeitos a manipulações políticas que podem custar caro.

Visões que governos do PT implantaram ou apoiaram costumam ter más consequências. É o caso da ideia “do poço ao posto”, que induz a empresa a uma integração vertical que aumenta custos e reduz a eficiência. Dificilmente uma empresa – menos ainda uma estatal – reúne condições competitivas para atuar em todas as fases de seu campo de atividades.

As resistências à privatização são muito poderosas, inclusive porque aproveitam o apoio à estatização que ainda caracteriza grande parcela da opinião pública. Não é apenas o PT que se opõe à venda da empresa, mas também aqueles que mamam nas suas tetas: líderes sindicais, pessoas que sonham ser indicadas politicamente e todos os que extraem vantagens propiciadas pelo controle estatal da Petrobras.

Existem, também, resistências internas encontráveis em outras estatais. A garantia praticamente certa contra demissões cria o ambiente segundo o qual basta passar no concurso, gozar dos inúmeros benefícios que a empresa oferece e esperar a aposentadoria. Claro, há muitas exceções que asseguram a qualidade da pesquisa e estimulam a inovação, inclusive no campo administrativo. O corporativismo é outra herança que a privatização pode eliminar.

O Brasil já dispõe de capacidade empresarial para assumir o controle da Petrobras. O mercado de capitais, que já representa mais de 40% do estoque de crédito, tornou-se fonte de financiamento de longo prazo. A privatização eliminaria custos e geraria maior eficiência. Os desafios são convencer a sociedade e evitar transferir um monopólio para o setor privado. A tarefa é difícil e levará tempo, mas é preciso sempre insistir.

Infomoney - SP   18/10/2023

A Petrobras (PETR4) informou nesta terça-feira, 17, que bateu recorde de processamento de gás natural do pré-sal no mês de setembro. No período, a companhia chegou à marca de 28,96 milhões de metros cúbicos de gás por dia, acima do volume máximo até então, de 27,27 milhões m³/d registrado em março de 2022.

O recorde está diretamente ligado ao desempenho das unidades de processamento de gás natural de Caraguatatuba (UTGCA) e Cabiúnas (UTGCAB) da Petrobras, que recebem gás do Pré-Sal da Bacia de Santos.

A notícia vem após a onda de reclamações do Ministério de Minas e Energia sobre reinjeção de gás do Pré-Sal com finalidade de aumentar a sua produção, o que reduziria a oferta do produto ao mercado, uma narrativa que predominou até poucos meses atrás em declarações do Ministro Alexandre Silveira, e que vem sendo reiteradamente contestada por executivos da Petrobras.

O gás oriundo do pré-sal representa 77% do total recebido nessas unidades. As duas unidades processam gás oriundos dos campos de produção em mar, tanto do Pré-Sal quanto do Pós-Sal, a partir das chamadas rotas de escoamento, tubulações que interligam os campos marítimos às unidades em terra.

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