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18 de Maio de 2023

SIDERURGIA

Revista Mineração - SP   18/05/2023

O Índice de Confiança da Indústria do Aço, calculado pelo Aço Brasil, fechou em 38,0 pontos em maio, recuo de 3,7 pontos em relação a abril.

O consumo aparente de produtos siderúrgicos no Brasil — vendas internas mais importações — registrou 1,9 milhão de toneladas em abril, recuo de 12,6% em relação a março, segundo o Instituto Aço Brasil.

As vendas internas fecharam em 1,5 milhão de toneladas, com queda de 14,3%; as exportações chegaram a 880 mil toneladas, recuo de 29,2%; e as importações cresceram 21,1%, chegando a 403 mil toneladas, todos na mesma base de comparação. A produção de aço bruto atingiu 2,8 milhões de toneladas, alta de 5,1% na comparação com março.

Nos quatro primeiros meses do ano, a produção de aço bruto atingiu 10,6 milhões de toneladas, redução de 8,8% em comparação a igual período de 2022. As vendas internas registraram 6,4 milhões de toneladas, redução de 4% no período.

De acordo com o instituto, as exportações fecharam em 4,0 milhões de toneladas, queda de 10,5%, e importações chegaram a 1,4 milhões de toneladas, alta de 34,4%, também na comparação do primeiro quadrimestre de 2023 com o de 2022. Já consumo aparente acumulou 7,7 milhões de toneladas no período, variação negativa de 0,9%.

O Índice de Confiança da Indústria do Aço, calculado pelo Aço Brasil, fechou em 38,0 pontos em maio, recuo de 3,7 pontos em relação a abril.

Valor Investe - SP   18/05/2023

Preços do minério de ferro voltaram a ganhar força nesta quarta-feira, em meio à menor oferta da commodity

Os preços do minério de ferro voltaram a ganhar força nesta quarta-feira, em meio à menor oferta da commodity a partir dos grandes produtores no mundo e da retomada de produção em usinas siderúrgicas chinesas, levando a uma melhora nas expectativas de demanda no curto prazo.

No norte da China, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com ganho de 2,4%, para US$ 111 a tonelada. Com isso, a commodity passou a exibir valorização de 4,2% em maio e reduziu a 5,4% as perdas acumuladas em 2023.

O cenário externo mexeu com as companhias listadas na B3. Os papéis preferenciais (PNA) da Usiminas ( USIM5), que chegaram a subir 4,82%, por volta das 12h, entraram em leilão no final da sessão e fecharam o dia com avanço de 3,35%, a R$ 7,72 . Os papéis ordinários da CSN (ON, com direito à voto em assembleia) (CSNA3) subiram 4,33%, a R$ 13,24. E a CSN MINERAÇÃO (CMIN3) avançou5,39%, a R$ 4,69.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em setembro, exibiam ganho de 1,5%, para 736,50 yuan (US$ 106,50) por tonelada.

Valor - SP   18/05/2023

A executiva observou que o Brasil importa muito aço da Turquia mas, por causa do terremoto naquele país, as exportações foram reduzidas, o que poderia favorecer a indústria que produz no Brasil

A Aço Verde do Brasil (AVB), controlada do grupo mineiro Ferroeste e localizada em Açailândia (MA), vê a demanda por aço no país aquecida em maio, após um primeiro trimestre mais “parado”. A avaliação foi feita pela diretora-presidente da AVB, Silvia Nascimento, durante evento para empresários, realizado pela boutique de investimentos Araújo Fontes hoje (17), em Belo Horizonte.

“Maio apresenta demanda forte. Acho que o mercado mantém o volume de 2022, com possibilidade de crescer 1% a 2%”, afirmou Nascimento.

A executiva observou que o Brasil importa de 3 milhões a 4 milhões de toneladas de aço da Turquia por ano mas, por causa do terremoto naquele país e da aproximação das eleições, as exportações foram reduzidas drasticamente, o que poderia favorecer a indústria que produz no Brasil.

“O congestionamento nos portos também está alto, de forma que o aço importado está menos atraente do que no ano passado”, acrescentou a presidente da AVB.

Sem citar números, a executiva disse que está otimista em relação ao consumo no país no segundo semestre e que trabalha com um cenário de custo e preço estáveis no ano.

No primeiro trimestre, a AVB registrou vendas de 89,2 mil toneladas de laminados, 18,3% acima do volume registrado no mesmo intervalo de 2022. Em comparação com o quarto trimestre, no entanto, houve queda de 5,5%. A receita líquida somou R$ 399,6 milhões, com alta de 8,1% sobre o primeiro trimestre de 2022.

O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 126,3 milhões, em queda de 18,9% ante o mesmo intervalo do ano passado. O lucro líquido caiu 8,3%, na mesma base de comparação, para R$ 79,6 milhões. A empresa vende toda sua produção no mercado brasileiro.

Ontem, a S&P Global Ratings elevou a nota de classificação de risco da AVB de ‘brAA-’ para ‘brAA’, com perspectiva estável. O motivo é a manutenção da alavancagem bruta perto de 1 nos últimos dois anos e com perspectiva de manutenção, apesar da desaceleração do mercado brasileiro de aço, que deve resultar em menor Ebitda consolidado em 2023, de cerca de R$ 1 bilhão, ante R$ 1,2 bilhão em 2022, informou a agência.

“O grupo também vem mantendo uma liquidez robusta e melhorado sua estrutura de capital com a emissão de dívidas de prazo mais longo, o que lhe proporciona proteção contra desacelerações do setor e maior flexibilidade financeira mediante o mercado mais restritivo de crédito no Brasil”, firmou a S&P Global Ratings em relatório.

A AVB vendeu pouco mais de 380 mil toneladas de aço em 2022, um aumento de 45% em relação a 2021 devido à aceleração do uso de seu segundo alto-forno. Na avaliação da S&P Global Ratings, os volumes da AVB devem chegar perto de 450 mil toneladas em 2023, mitigando parcialmente os preços mais baixos, que são impactados por uma menor demanda de aço no Brasil e o real um pouco mais apreciado, elevando a competição com o aço importado.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   18/05/2023

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira, 17, que o aperto dos juros, atualmente na casa do 13,75% ao ano, começa a dar resultados. “A inflação no Brasil começou a diminuir relativamente mais cedo em comparação a outros países em desenvolvimento”, disse Campos Neto, na abertura da conferência anual do BC.

“No segundo semestre de 2022, o principal fator da redução da inflação foram os cortes de impostos implementados sobre combustíveis, eletricidade e serviços de telecomunicações, mas a diminuição da inflação também se deve ao ciclo de aperto da política monetária”, acrescentou, citando a desaceleração dos índices de preços no período.

Segundo ele, o processo de queda da inflação deve continuar, mas não de forma linear, já que os núcleos de inflação (que expurgam dos preços fatores extraordinários) estão mais resilientes, por conta do espalhamento da alta de preços entre setores e pressões de componentes como os serviços.

Campos Neto voltou também a defender o regime de metas de inflação, que, segundo ele, tem contribuído para ancorar as expectativas do comportamento dos preços. Em meio ao debate sobre mudança nas metas, como forma de abrir espaço para a queda de juros, o presidente do BC sustentou que a credibilidade do regime de metas está justamente em sua estabilidade, assim como no fato de que ele não se altera em função da conjuntura econômica ou do ciclo de política monetária.

“O regime de metas em nosso País tem sido bem-sucedido. O regime tem se mostrado um arcabouço estável e sólido, que atende às diferentes fases da conjuntura econômica e contribui para a ancoragem das expectativas (de inflação)”, disse.

De acorde com Campos Neto, a desancoragem das expectativas está em parte relacionada aos questionamentos sobre a mudança nas metas, além de incertezas da política econômica no Brasil, em especial no quadro fiscal.

Segundo o presidente do BC, decisões que elevem a confiança nas metas de inflação contribuem a um processo desinflacionário mais célere e menos custoso. Sobre o novo arcabouço fiscal, disse que as novas regras para as contas públicas podem “eventualmente” ajudar a reancorar as expectativas, assim como evitam cenários mais extremos à trajetória da dívida pública.

No entanto, Campos Neto reiterou não haver relação mecânica entre política monetária e a apresentação do arcabouço fiscal. Também destacou que a velocidade de desinflação tende a ser mais lenta nesse momento, sendo que o combate à inflação continua sendo um grande desafio para os bancos centrais.

Globo Online - RJ   18/05/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira que há espaço para o Banco Central iniciar a trajetória de corte na taxa básica de juros, que está em 13,75% desde agosto de 2022.

— Se você consultar vários especialistas e técnicos, imagina que há espaço para iniciar o ciclo de cortes na taxa de juros. Não estamos questionando a autoridade monetária, do ponto de vista do seu poder. Estou ponderando o que é melhor para o Brasil. Com as medidas tomadas até aqui, sim, haveria espaço para um gesto de mais confiança na economia brasileira, sem que houvesse qualquer percalço na inflação — diz Haddad.

O ministro cita medidas "saneadoras" que estão sendo articuladas pelo governo, dentre elas a recente decisão do STJ sobre incentivos fiscais dados por estados a empresas. Ele também cita "correções" do que chama de “confusão fiscal” no governo Bolsonaro - em referência a ações como a desoneração de combustíveis iniciada no período pré-eleitoral.

Haddad está participando de audiência pública na Câmara, para “esclarecer a política econômica do governo federal”. O convite partiu das Comissões de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle.

Comitê de Política Monetária (Copom) é formado pelo presidente do BC e mais oito diretores

O ministro disse que parte dos chamados gastos tributários do país estão provocando desequilíbrio nas contas públicas. Ele ressaltou que a estimativa de gastos com juros é da ordem R$ 740 bilhões e criticou isenção tributária ‘injustificada’.

No início do mês, houve a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) após a divulgação da proposta do governo para controle das contas públicas. O Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% pela sexta vez consecutiva. No comunicado da decisão, os integrantes do Copom ainda não deram sinais sobre eventual redução dos juros na próxima reunião, em junho.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto - ao lado dos oito diretores da autarquia - entende que a batalha contra a inflação ainda não está vencida.

Exame - SP   18/05/2023

A relação diplomática entre o Brasil e a China tem sido historicamente caracterizada por laços comerciais e cooperação em diversas áreas. Os dois países estabeleceram relações diplomáticas em 1974, durante o governo do presidente Ernesto Geisel e mantiveram um relacionamento relativamente estável desde então.

Contudo, foi a partir de 2009, com a segunda visita do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, que o país tornou-se o principal parceiro comercial do Brasil. Em contrapartida, o Brasil tornou-se um importante fornecedor de commodities (produtos básicos globais não industrializados) para a China.

As exportações brasileiras para o país asiático são dominadas por produtos como soja, minério de ferro, petróleo e carne bovina. Já a China exporta para o Brasil produtos manufaturados, eletrônicos e bens de consumo, auxiliando o comércio bilateral de modo fundamental para as economias de ambos os países, além de contribuir para o desenvolvimento econômico global. O volume de comércio bilateral chegou a US$150,5 bilhões em 2022.

Além das relações comerciais, os dois países têm buscado a cooperação em diversas áreas, como ciência e tecnologia, educação, cultura e turismo e promovido intercâmbios e parcerias. A China também tem sido um importante investidor em setores-chave da economia brasileira, como energia, agricultura, transporte e telecomunicações. Empresas chinesas têm participado de licitações de projetos de infraestrutura no Brasil e têm sido parceiras em projetos como a construção de usinas hidrelétricas e ferrovias.

Os desafios e oportunidades entre os laços diplomáticos Brasil-China

Apesar das relações estáveis, é importante ressaltar que essa diplomacia passou por alguns desafios ao longo dos anos, como mudanças de governo, políticas internas e externas, eventos geopolíticos globais, entre outros. Questões como a competição no setor industrial, barreiras comerciais, protecionismo e divergências em fóruns internacionais também geraram atritos entre os dois países. No entanto, ao longo desses quase 50 anos de relações diplomáticas, a China e o Brasil têm mantido um crescimento constante em sua relação, mesmo diante das mudanças no cenário internacional.

Recentemente, os dois países concordaram em realizar transações comerciais em suas próprias moedas, retirando o dólar americano como intermediário. Isso permitirá que os países conduzam transações diretas, trocando Yuan por Real e vice-versa, em vez de usar o dólar. O acordo será executado pelo Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e pelo Banco de Comunicações BBM. A expectativa é que isso reduza os custos, facilite os investimentos, impulsione transações transfronteiriças e fortaleça ainda mais o comércio entre Brasil e China.

O Estado de S.Paulo - SP   18/05/2023

O gasto adicional que empresas brasileiras têm para produzir no País, em comparação com a despesa média para produzir nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), chega a R$ 1,7 trilhão por ano. Esse é o valor atualizado para o chamado “Custo Brasil”. O dado será apresentado nesta quarta-feira, 17, em evento em Brasília, em uma parceria entre o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O número representa 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, o que o MBC considera como estabilidade desde 2019, quando o cálculo foi feito pela organização e pela Fundação Getúlio Vargas pela primeira vez. “À época, em 2019, o termo custo Brasil já existia, mas em estudos setoriais. O trabalho naquele momento foi criar uma linguagem comum entre diferentes estudos”, afirma Rogério Caiuby, conselheiro executivo do MBC.

Em 2019, o custo calculado foi de R$ 1,5 trilhão, o que significava 22% do PIB. A atualização dos valores para o patamar atual foi novamente feito pela FGV em parceria com o MBC. “Ao longo desses anos tivemos inflação e outras variáveis que contribuíram para esse aumento nominal (do valor, de R$ 1,5 trilhão para R$ 1,7 trilhão). Também não é uma verdade falar que diminuiu ao passar de 22% para cerca de 20% de representatividade na economia, porque o PIB cresceu de forma mais rápida (nos últimos anos)”, diz o executivo. “Os indicadores-chave, em grande medida, andaram de lado. Os desafios se mantêm”, afirma Caiuby.

É um desafio enorme concorrer com empresas fora do País”

Rogério Caiuby, conselheiro executivo do MBC

O MBC, organização que une empresariado e outros representantes da sociedade civil, buscou a parceria com o governo para trabalhar sobre o tema. “A ideia é apresentar um plano mais estruturado de redução do custo Brasil. Será essa a atuação do ministério”, afirma a secretária de Competitividade e Política Regulatória do MDIC, Andrea Macera. O vice-presidente e ministro de Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, irá participar do evento para divulgar o valor atualizado do custo Brasil nesta manhã.

“É um desafio enorme conseguir concorrer com empresas fora do País. Não se trata de atacar o custo Brasil para aumentar o lucro, mas para dar mais acesso a produtos e serviço para sociedade, fazer com que eles possam ser produzidos no Brasil, aumentando o setor produtivo, o que também vai gerar mais emprego para a população”, afirma Caiuby.

Soluções para o problema

As soluções para o problema, diz a secretária de Competitividade do MDIC, passam por três dimensões: diálogo com atores envolvidos no debate, disseminação da ferramenta chamada de “guilhotina regulatória” para eliminar regulamentações que geram aumento de custo e, por fim, estabelecimento de regras para racionalizar o custo regulatório. “Na Europa, eles têm trabalhado com o conceito ‘one in, one out’ (um dentro, um fora) - ou seja, para cada real de custo imposto em uma norma, é preciso que um real de custo seja eliminado em uma norma anterior. O grande desafio é medir o custo regulatório”, afirma.

A conta de R$ 1,7 trilhão considera todo o ciclo de vida de uma empresa no país, em 12 áreas vitais desde o surgimento das companhias brasileiras. Destes, seis representam mais de 80% do custo. São os indicadores: financiar um negócio, empregar capital humano, dispor de infraestrutura, ambiente jurídico regulatório, integração de cadeias produtivas globais e honrar tributos.

Entre os fatores destacados pelo MBC como críticos estão o emprego e a tributação. No primeiro caso, o maior peso vem da baixa qualificação de mão de obra, que representa 8% do custo total anual calculado. No caso dos tributos, o levantamento aponta que o Brasil manteve, de 2019 para cá, a alta complexidade do sistema tributário. Em média, o setor produtivo brasileiro gasta 62 dias ao ano para preparação de impostos. Já a média nos países de OCDE é de 6 dias.

O MDIC abriu uma consulta pública sobre o tema, que se encerraria amanhã, mas será prorrogada até 15 de junho. A ideia é contar com apoio do setor privado e sociedade civil para mapear atos normativos que geram custos excessivos para as empresas brasileiras, complementando o trabalho que é apresentado nesta quarta-feira. “Um dos objetivos é essa tomada de subsídios e o outro é comunicar para o setor produtivo a relevância da política regulatória, que pode trazer incentivos nem sempre justos ou adequados para os objetivos que se quer alcançar com as políticas públicas”, afirma a secretária Andrea Macera.

MDIC e MBC lançarão, no segundo semestre, um observatório para monitorar os projetos e normas que podem gerar impacto no custo Brasil. “A ideia é que, junto com o governo, possamos definir qual a carteira de projetos que vamos apoiar, seu tempo de implementação e se ele está tendo o resultado pensado”, diz Caiuby.

CNN Brasil - SP   18/05/2023

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 1,53% em maio, após a queda de 0,58% em abril, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (17). O resultado ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma queda entre 1,45% e 0,20%, com mediana negativa de 1,19%.

Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de maio, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram redução de 2,25%, ante uma queda de 0,96% em abril. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram alta de 0,60% em maio, após o aumento de 0,57% em abril. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve elevação de 0,09% em maio, depois de subir 0,22% em abril.

O IGP-10 acumulou um recuo de 1,99% no ano. A taxa acumulada em 12 meses ficou negativa em 3,49%. O período de coleta de preços para o indicador de maio foi do dia 11 de abril a 10 deste mês.

Apesar da pressão do aumento de preços dos alimentos (1,04%), o recuo nas passagens aéreas (-8,98%) ajudou a impedir uma aceleração maior da inflação ao consumidor medida pelo IGP-10 de maio.

Dentro do IPC-10, cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Alimentação (de 0,15% em abril para 1,04% em maio), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,86% para 1,52%), Comunicação (de 0,12% para 1,18%), Despesas Diversas (de 0,15% para 0,50%) e Vestuário (de 0,45% para 0,63%). As principais contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (de -2,06% para 8,71%), medicamentos em geral (de 0,75% para 3,16%), tarifa de telefone móvel (de 0,40% para 3,25%), jogo lotérico (de 0,00% para 4,59%) e calçados (de 0,30% para 1,24%).

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Transportes (de 1,86% para 0,52%), Habitação (de 0,78% para 0,48%) e Educação, Leitura e Recreação (de -1,37% para -1,50%). As maiores influências foram os itens: gasolina (de 5,87% para 0,17%), tarifa de eletricidade residencial (de 2,56% para 0,46%) e passagem aérea (de -7,46% para -8,98%).

Construção

A alta mais branda no custo da mão de obra desacelerou a inflação do setor de construção dentro do IGP-10 de maio, segundo a FGV. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de uma alta de 0,22% em abril para uma elevação de 0,09% em maio.

O Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 0,07% em abril para um aumento de 0,16% em maio. Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram aumento de 0,11% em maio, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,42% no mês.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de um aumento de 0,38% em abril para uma alta de 0,01% em maio.

CNN Brasil - SP   18/05/2023

Na terça-feira (16), o texto final do projeto da nova regra fiscal apresentada pelo governo foi entregue pelo relator ao Congresso. No mesmo dia, a Petrobras anunciou o fim da política de paridade internacional (PPI) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou mais uma pesquisa mensal do serviço.

O dia exemplifica o período recente do noticiário econômico no país, com movimentações e divulgações de dados e índices considerados positivos, em geral, e até “surpreendentes”, de acordo com os economistas consultados pela CNN.

Contudo, os especialistas mantêm reticências com esse cenário para o médio prazo, de olho no desenrolar das decisões que a equipe econômica do governo está tomando.

Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, o mercado recebeu bem às divulgações, mas muitas dúvidas ainda pairam nas análises. Segundo ela, o relatório final do arcabouço trouxe algumas melhorias, mas em boa parte elas já tinham sido antecipadas.

“Nos últimos dias a gente vê uma grande melhora na curva de juros, principalmente porque é onde a existia os prêmios de risco maiores por conta de uma insegurança com relação à trajetória da dívida brasileira e um controle maior dos gastos. Então, isso acabou já sendo precificado.”

Diante desse cenário, o Inter calculou um impacto inicial de cerca de 30 pontos base para 0,3 ponto percentual na inflação do ano. “Esse impacto que a gente deve ter agora, principalmente entre maio e junho, estava indo para 5,9%. Agora, estamos vendo em maio, alguns reajustes um pouco acima do que esperávamos. Com essa mudança nos preços dos combustíveis, a gente está voltando para 5,6%. Então, estamos reduzindo a meta de inflação de 5,9% pra 5,6%.”
Nova meta fiscal

O arcabouço trouxe essa melhoria na parte de contingenciamento, destaca a economista-chefe do Inter. “Trouxe uma melhoria na questão do enquadramento de despesa dentro do limite do gasto. A gente tinha três exceções que caíram para cinco. Isso também é muito bem visto, mas ainda fica uma incerteza com relação ao cumprimento da meta.”

Vitória disse achar difícil o governo zerar esse déficit no próximo ano e o relatório não muda a expectativa para o resultado primário no mesmo período, que é um déficit de zero 8% do PIB.

“A gente ainda vai ter um crescimento real de peso próximo de 12%, principalmente pela política do salário mínimo, que acabou sendo blindada pelo arcabouço. Mas a gente tem sim essa visão relativa um pouco melhor.”

Para ela, a discussão do início do ano com o fim do teto, ficou em aberto. Mas, acredita que o arcabouço traz melhorias, porém, ainda não o suficiente para que se tenha uma queda de juros maior no mercado.

Na análise de Pedro Paulo, diretor da Nova Futura Investimentos, o texto final do arcabouço fiscal, por um lado, adicionou mecanismos de ajuste, em caso de descumprimento da meta, e retomou os contingenciamentos, que serão acionados por relatórios bimestrais, além de excluir capitalização das estatais e piso da enfermagem das despesas isentas do teto.

Mas, por outro lado, as despesas de 2024 serão ampliadas em 2,5%, independente do crescimento da receita, além de permitir que o gasto fique até 0,25% do PIB acima do limite, caso projeções de receitas e despesas mostrem que a meta não será comprometida.

“As despesas do Bolsa Família e as ligadas ao salário-mínimo (1/3 do Orçamento) ficam fora do teto. Além disso, o texto altera a fórmula de cálculo do IPCA em 12 meses no ano corrente (que contariam com projeções de julho a dezembro) para o IPCA em 12 meses efetivo entre julho passado e junho do ano corrente.”

Na análise de Israel Rodrigues, analista do setor de Petróleo da Genial Investimentos, a apresentação do novo marco fiscal, melhorou a expectativa dos investidores com a inclusão de proposta mais duras em caso de descumprimento das metas, combinado à redução de ruídos quanto á mudança da meta para a inflação.

Segundo ele, isso fez com que o Real entrasse em trajetória de valorização nas últimas semanas, furando o nível de R$ 4,90 para cada US$ 1,00.

“Caso este cenário se mantenha, o Real deverá manter a trajetória de valorização e atingir um nível próximo a R$ 4,60 para US$ 1,00 nos próximos meses.”
Petrobras

As reações dos analistas sobre as mudanças na política de preços dos combustíveis da Petrobras é de que a nova proposta não tem transparência. A falta de clareza nos conceitos, segundo relatório da LCA Consulsutores, aumentou os riscos de ingerência política, podendo causar impactos negativos na estatal, refinarias privadas e nas empresas do setor de etanol.

De acordo com Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, já vinha sendo especulado e esperado nos últimos dias o anúncio da Petrobrás de uma nova política de preços. E de fato, aconteceu.

“Ficou claro que a nova diretoria da Petrobrás não vai mais seguir a política de preços da paridade internacional, a famosa PPI. O anúncio deu a entender que será uma nova política que será realizada de forma saudável e sustentável pela companhia, para poder oferecer preços mais justos e competitivos para o consumidor final.”

Diante disso, Izac afirmou que o mercado já estava precificando. “Estavam esperando que viesse algo bem ruim ou algo mais próximo do que foi feito no governo Dilma. E pode se dizer que a gente teve uma leve surpresa. O comentário veio bem brando e reiterando que a Petrobras quer fazer isso de uma forma saudável para não deixar repetir erros do passado. Então, a perspectiva de que seria muito ruim, veio um pouco mais tranquilo, com aparência de que seria melhor do que se esperava e trouxe um fôlego para as ações.”

Rafaela Vitória disse que vai ter que esperar para ver na prática, o resultado dessa nova política de preço, porque o anúncio em si, ficou vago e amplo.

“O reajuste de hoje está bem em linha com PT, então não trouxe nenhuma novidade para nós. A gente até tinha uma estimativa de que poderia ser colocado R$ 0,45 na gasolina, então foi um corte até abaixo dos R$ 0,40 anunciado. Então o corte de hoje não mostrou nenhum indicativo de que a Petrobrás pretende, na prática, aplicar essa nova política.”

Segundo ela, a política foi mais vaga em relação à PPI, deixando de ter um número referência. Por isso, ela acredita que o mercado vai continuar usando a paridade internacional como referência na ausência de algum outro dado.

“Essa mudança fez a gente perde a transparência, uma referência, que era fácil de se discutir e avaliar. Então, a avaliação inicial é de que a mudança não foi positiva e necessária nesse momento de queda da gasolina. Era um ruído a menos que a companhia podia deixar de ter e simplesmente dar o desconto.”
Serviços

Também nesta terça-feira, o IBGE divulgou os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). De acordo com o levantamento, o setor cresceu 0,9% em março de 2023 na comparação com fevereiro, fechando o primeiro trimestre do ano com alta acumulada de 5,8% na comparação com 2022.

No acumulado dos últimos 12 meses, o índice perdeu força, passando de alta de 7,8% até fevereiro para 7,4% até março, o menor resultado desde setembro de 2021 (6,8%). Já frente a março de 2022, o setor avançou 6,3%, marcando a 25ª taxa positiva consecutiva.

No mês de março, três das cinco atividades investigadas acompanharam o avanço do índice, com destaque para o setor de transportes (3,6%), dando continuidade ao crescimento observado no mês anterior, beneficiado pelo transporte rodoviário de cargas diante de uma demanda crescente vinda do agronegócio, do comércio eletrônico e do setor industrial.

Neste cenário, Israel Rodrigues, analista do setor de Petróleo da Genial Investimentos, diz que o resultado demonstra que o setor ainda pode ser beneficiado pelo setor de tecnologia da informação e transportes, explicados pela mudança no perfil de consumo impulsionado durante a pandemia (comércio eletrônico e serviços de streaming) e pelo bom desempenho da agropecuária ao longo de 2023.

Rodrigues pontua que as projeções indicam que a conjuntura atual mais adversa compensará os vetores positivos advindos do mercado de trabalho (baixo desemprego e expansão da massa salarial) e, em menor magnitude, das políticas de expansão da renda aprovadas pelo governo (valorização do salário-mínimo e transferência de renda).

“Assim, os próximos resultados do setor serão influenciados por vetores que atuarão em ambas as direções, de modo que, esperamos uma leve expansão próximo à estabilidade do setor de serviços ao longo de 2023.”

A economista-chefe do Inter ressalta o forte crescimento do setor em março. Segundo Vitória, o resultado deve levar a novas revisões do PIB.

“Nosso cálculo preliminar já aponta para um crescimento revisado de 0,8% para 1,5% em 2023. Apesar do bom desempenho do setor, os serviços às famílias tiveram nova queda no mês, 1,7%, indicando que o consumo segue mais baixo, seguindo o aperto monetário, o que pode ser positivo para a queda da inflação à frente.”

De fato, o deflator do setor está em cerca de 5% no acumulado dos últimos 12 meses, abaixo dos patamar de 7% observado na inflação de serviços ao consumidor. Entretanto, a economista diz que é possível observar a perda de dinamismo, sobretudo dos setores de tecnologia da informação e dos transportes devido à forte expansão ocorrida desde o início da pandemia, que eleva a base de comparação e por conta de um contexto macroeconômico mais adverso.
Comércio

As vendas do varejo brasileiro cresceram 0,8% em março na comparação com fevereiro de 2023. Frente a março de 2022, houve alta de 3,2%, enquanto no indicador dos últimos 12 meses o crescimento foi de 1,2%.

No primeiro trimestre do ano, as vendas do comércio registraram crescimento de 2,4% comparado ao mesmo período de 2022. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Esse aumento de 0,8% representa a saída de uma estabilidade em fevereiro para um resultado que podemos considerar como crescimento. Além disso, ao observarmos os últimos três meses juntos, vemos ganho de patamar de 4,5% em relação a dezembro do ano passado, último mês de queda”, comenta o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, em nota.

Para Matheus Pizzani, economista da CM Capital, o crescimento do comércio acima da expectativa de mercado em março pode ser atribuído ao movimento de correção frente ao desempenho de fevereiro, quando o indicador não apresentou variação.

“Não instante, a inflação mais amena no mês de março também teve papel importante no resultado, privilegiando o consumo de itens como alimentos e demais itens de despesas pessoais, reflexo do segmento de hiper e supermercados (que teve alta apesar de seu grande grupo não apresentar variação) e dos artigos farmacêuticos.”

A divulgação de março, segundo ele, ainda não trouxe sinalizações claras acerca do efeito da política monetária sobre a economia, visto que apesar da retração do consumo de itens semiduraveis.

“O resultado deixa margem para uma possível interpretação de que o nível de atividade, tanto quantitativamente quanto qualitativamente, ainda sustenta a atual posição do BC quanto aos juros.”

Infomoney - SP   18/05/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o País tem espaço para crescer entre 1,8% e 2,0% em 2024, mas que essa condição depende da queda de juros. Haddad reiterou que o volume de despesas do País é estável, mas o gasto tributário se tornou um grande problema.

“Assim que atingirmos as metas, o crescimento vai fazer o seu papel, com a redução necessária da taxa de juros”, afirmou o ministro a deputados nesta quarta-feira.

Haddad lembrou que a projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda é de crescimento do PIB de 1,9%. “Nós temos espaço para crescer este ano. O que vai ajudar na arrecadação e com a redução da taxa de juros necessária, que pode começar mês que vem, que o mercado acha que é setembro ou agosto, mas que tem espaço”, disse.
Impulso de crédito

O ministro da Fazenda afirmou que a economia brasileira não precisa de impulso fiscal para crescer hoje, mas sim de impulso de crédito. “A economia brasileira não precisa de impulso fiscal hoje, precisa de impulso de crédito, que só vai acontecer com a redução de juros. É a calibragem da política monetária que vai fazer a economia crescer”, afirmou.

Ele defendeu que o País precisa criar condições de crescimento da economia, para investimentos privados e públicos. “O investimento privado tem tudo para crescer no Brasil. Temos mercado de capitais pujante. Temos de mudar a mentalidade de vamos gastar mais que a economia crescer. Isso depende da circunstância”, afirmou.
Juros do cartão

O ministro da Fazenda disse ainda que não houve “má vontade” do Banco Central ao propor resolução para limitar os juros do cheque especial e não incluir o cartão de crédito na medida.

Ele respondia a questionamento do deputado Lindbergh Faria (PT-RJ), que lançou frente parlamentar para a redução de juros neste ano e questiona as taxas do cartão de crédito, as mais altas do mercado.

“O cartão de crédito e o cheque especial são muitos diferentes. Não foi má vontade do Banco Central de não tabelar o (juro do) cartão. Tem problemas técnicos para abaixar os juros”, disse Haddad, na sessão conjunta de comissões na Câmara.

Infomoney - SP   18/05/2023

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,44% na segunda quadrissemana de maio, acelerando em relação à alta de 0,40% verificada na primeira quadrissemana deste mês, segundo dados publicados nesta quarta-feira 17) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Na segunda leitura de maio, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força: Alimentação (de 0,79% na primeira quadrissemana a 0,82% na segunda quadrissemana), Transportes (de 0,36% a 0,55%), Despesas Pessoais (de 0,08% a 0,32%) e Vestuário (de 0,88% a 0,97%).

Por outro lado, houve desaceleração de preços nas categorias Saúde (de 1,89% para 1,31%) e Educação (de 0,16% a 0,14%) de uma quadrissemana para a outra.

Já os custos de Habitação recuaram 0,10% no segundo levantamento de maio, repetindo a variação da pesquisa anterior.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   18/05/2023

Os contratos futuros do minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura subiram para seus níveis mais altos em mais de três semanas nesta quarta-feira, ampliando os ganhos pelo terceiro dia consecutivo na esperança de uma melhora da demanda depois que algumas usinas retomaram a produção.

O contrato futuro de minério de ferro para setembro mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com alta de 2,96%, a 747,5 iuanes (108,14 dólares) a tonelada, a maior cotação desde 20 de abril.

O minério de ferro de referência em junho na Bolsa de Cingapura subiu 2,53%, para 107,7 dólares a tonelada, também o nível mais alto desde 20 de abril.

Algumas usinas reiniciarão suas operações à medida que as margens melhorarem, e reabastecerão as matérias-primas, incluindo minério de ferro, para atender às necessidades de produção, disse um analista do mercado ferroso de Xangai, que pediu anonimato porque não estava autorizado a falar com a imprensa.

Dados fracos da China alimentaram as esperanças de que o país adotará mais medidas de estímulo, dando mais suporte ao mercado de minério de ferro.

Os investimentos de janeiro a abril no setor imobiliário, que é o principal demandante de aço da China, caíram 6,2% em relação ao ano anterior, contra uma queda de 5,8% nos primeiros três meses de 2023, segundo dados oficiais divulgados na terça-feira.

Os investimentos na área de infraestrutura no primeiro quadrimestre cresceram 8,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, ante 8,8% nos primeiros três meses do ano.

“Os dados vieram mais fracos do que o esperado, mas não podem ficar piores do que isso nos próximos meses. Portanto, se olharmos dessa perspectiva, é uma boa notícia”, disse um analista de Pequim.

Alguns analistas expressaram dúvidas sobre a sustentabilidade desta rodada de alta de preços com a aproximação da temporada tradicionalmente de baixa demanda.

Exame - SP   18/05/2023

O minério de ferro atingiu sua maior cotação em mais de três semanas nesta quarta-feira, 17, depois que a China divulgou uma valorização dos imóveis residenciais pelo terceiro mês consecutivo. O dado foi interpretado como um sinal positivo para a demanda por aço.

Os futuros do minério de ferro em Singapura subiram até 3,3%, para US$ 108,45 a tonelada. Os preços das casas na China tiveram alta de 0,3% em abril em relação ao mês anterior, incluindo ganhos nas principais cidades.

A construção é um dos principais motores da demanda por aço no país, respondendo por mais de um terço do consumo. A crise do setor imobiliário chinês no ano passado derrubou os preços do aço, pressionou as margens das usinas e levou a uma queda na produção.

Diário do Comércio - MG   18/05/2023

A mineração evoluiu no mundo inteiro e, especialmente, no Brasil e em Minas Gerais, após os rompimentos das barragens de rejeitos de Mariana, na região Central (2015) e Brumadinho, na RMBH (2019). Desde então, legislações foram revistas e protocolos de atuação lançados a fim de aprimorar a atividade e evitar que tragédias do tipo voltem a ocorrer.

Há, por exemplo, o Padrão Global da Indústria sobre Gestão de Rejeitos (global industrial standard tealing management – GISTM), protocolo lançado em 2020. E o Padrão MAC’s Towards Sustainable Mining (TSM), canadense. Ambos possuem caráter voluntário no Brasil, mas o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) orienta e incentiva a adoção por parte das mineradoras.

De acordo com o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios da entidade, Julio Nery, o Padrão Canadense é até mais abrangente que o Padrão Global e grande parte das empresas brasileiras têm se esforçado para cumprir os parâmetros, mesmo que em caráter de autorregulação.

“A lei brasileira evoluiu muito depois de Mariana e Brumadinho. Em Minas, primeiramente tivemos a lei estadual, depois passou-se a âmbito nacional com a revisão da Política Nacional de Segurança de Barragens. Sem contar as diversas resoluções dos órgãos de fiscalização como a Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente) e a ANM (Agência Nacional de Mineração), por exemplo”, diz.

Resolução 130 da ANM dispõe sobre a segurança das barragens de rejeitos em todo o País

A modificação mais recente diz respeito à Resolução nº 130/2023, da ANM, que dispõe sobre a segurança das barragens em todo o País. O objetivo é simplificar as regras e minimizar os riscos relacionados à mineração. Entre as mudanças, destaca-se, por exemplo, a proibição da construção ou alteamento de estruturas pelo método a montante. Há também a possibilidade de plano de ação de emergência para barragens de mineração simplificado, bem como a elaboração de estudo de ruptura hipotética, entre outros.

Assim, conforme Nery, grande parte dos parâmetros estipulados pelos padrões já está contemplada na legislação brasileira, que é uma das mais exigentes do mundo. “Por isso, nossas mineradoras já estão num nível que a maioria dos países não está”, avalia.
Estudo da KPMG alerta sobre adesão das mineradoras ao Padrão Global GISTM

Contudo, estudo realizado pela KPMG mostrou que 28% das mineradoras que atuam no Brasil possuem barragens consideradas de alto dano potencial, segundo registro na ANM. Dessas, 34% divulgam alguma informação sobre segurança em barragens; 22% possuem planos de resposta a emergências de barragens divulgados; 3% possuem compromisso público de redução do uso de barragens ou novas tecnologias; 20% reportam iniciativas e investimentos em andamento para redução do uso ou novas tecnologias.

Neste sentido, a KPMG lembra que as mineradoras têm até julho para se adequar às exigências elencadas no Padrão Global GISTM. Porém, o prazo é válido para as barragens com elevado potencial de danos às pessoas e ao meio ambiente operadas por empresas membros do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês) ou àquelas que aderiram voluntariamente ao protocolo.

O levantamento também indicou que 65 empresas são responsáveis pelas 257 barragens com alto potencial de dano em operação, segundo dados de 2022 da ANM. Destas, apenas 12, ou seja 18%, divulgaram estar comprometidas com o GISTM. As empresas são responsáveis por 131 das barragens de alto impacto que existem no País, o que representa 51% do total.

“Isso é significativo, mas todas deveriam se preparar para aderirem ao protocolo. É um desafio para o setor porque essas empresas têm pouco tempo para realizar as adequações necessárias. Algumas estão fazendo o esforço, mas os requisitos não conseguem ser cumpridos de uma hora para outra, improvisadamente. É necessário um esforço amplo, como a contratação de engenheiros e de consultorias, por exemplo, o que leva tempo além da verificação dos processos e controles implementados”, analisa o sócio-diretor de ESG da KPMG Brasil, André Winter.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   18/05/2023

Juan David Ramirez sabe que seu Nissan Juke SL 2012 está nas últimas. Mas comprar um carro novo na área de Orlando, hoje em dia, o faz lembrar de seu país natal, a Colômbia, onde apenas os ricos têm condições de comprar carros novos.

Ramirez, de 33 anos, e sua esposa Angelica Castro-Calle realmente querem um novo SUV, pequeno, mas com espaço para equipamentos de camping e de remo. Mas, apesar dos bons empregos no setor financeiro, o casal teria de desembolsar cerca de US$ 700 ao mês pelo financiamento dos modelos que estão procurando, na faixa dos US$ 35 mil.

Por isso, o que eles planejam agora é consertar o Nissan, que está pago. Ramirez culpa as montadoras e as concessionárias por cobrarem tanto pelos carros novos. “Mas isso é algo com o qual eles provavelmente estão bem”, diz.

Mesmo com a redução da inflação e a escassez global de chips começando a diminuir, mais americanos estão sendo excluídos do mercado de carros novos no país, apontam dados da indústria e do governo. Os gastos com carros novos pelos 20% mais pobres da população caíram para o nível mais baixo em 11 anos. Enquanto isso, os gastos com carros novos dos 20% mais ricos atingiram seu nível mais alto registrado desde 1984, segundo os dados mais recentes da Pesquisa de Despesas do Consumidor de 2021.

“Os veículos novos talvez nunca tenham sido um produto comum nos Estados Unidos”, disse Charles Chesbrough, economista sênior da Cox Automotive, em uma conferência automotiva no início deste ano. “Queremos acreditar que eram, mas provavelmente não são há muito tempo. E, certamente, são ainda menos hoje.”

Os problemas que empurram os carros novos para fora do alcance dos mais pobres são duplos. Do lado da demanda, o aumento das taxas de juros tornou os empréstimos para carros muito mais caros — o pagamento mensal médio chegou a US$ 686, em meados de 2022, segundo dados da consultoria Edmunds. No mês passado, chegou a US$ 730.

Mas, mesmo que os compradores consigam obter uma taxa de juros decente, a oferta de carros disponíveis para compra tem se tornado muito mais cara, em parte porque os fabricantes têm canalizado recursos para versões aprimoradas de modelos caros e reduzindo opções mais baratas.

No final de abril, a General Motors anunciou que descartaria a produção de seu veículo elétrico mais vendido, o Chevy Bolt, eliminando um dos modelos mais acessíveis dos Estados Unidos desse segmento até o final do ano. É uma tendência de longa data: em 2017, por exemplo, havia 11 modelos disponíveis no mercado americano por menos de US$ 20 mil, de acordo com dados da Cox. No final de 2022, eram quatro. Este ano, até março, eram apenas dois.

O resultado é um fosso crescente entre os que podem comprar carros novos e os que não podem. O preço médio de um carro novo nos Estados Unidos atingiu US$ 48 mil em março, um aumento de 30% em relação a março de 2020, segundo a consultoria Kelley Blue Book.

As montadoras estão vendendo menos veículos novos nos EUA do que antes da pandemia — cerca de 13,9 milhões no ano passado, ante 17 milhões em 2019. Mas sua receita em 2022 ainda foi US$ 15 bilhões maior do que em 2019, porque estão vendendo produtos mais caros, de acordo com a Cox Automotive.

Uma grande razão pela qual os fabricantes de automóveis se apoiaram fortemente em veículos mais caros é a escassez global de chips. A escassez dos minúsculos componentes eletrônicos, causada por oscilações de oferta e demanda relacionadas à pandemia, forçou as montadoras a reduzir a produção, elevando os preços de veículos novos e usados. A escassez forçou as montadoras a racionar seus componentes, reservando-os para seus veículos mais lucrativos e sofisticados.

As montadoras também enfrentaram custos de produção mais altos, por conta do fechamento de fábricas na China durante a pandemia e da contínua escassez de mão de obra. Alguns desses problemas estão diminuindo. Mas os fabricantes começaram a manter mais peças em estoque para se proteger contra alguma escassez futura, uma estratégia que aumenta seus custos, disse Ambrose Conroy, especialista automotivo da consultoria Seraph.

Enquanto isso, a indústria automobilística está investindo muito dinheiro para reformar as fábricas para produzir veículos elétricos, uma grande despesa que também contribui para o aumento dos preços, acrescentou Conroy.

Essas mudanças aceleraram uma tendência de anos que já estava expulsando os carros acessíveis do mercado americano, à medida que as montadoras passaram a produzir mais SUVs e picapes, de margem mais alta. Por mais de uma década, as montadoras aumentaram a produção e a propaganda nos EUA de picapes e SUVs, cuja venda era mais lucrativa porque uma tarifa de importação de 25% protegia muitos deles da concorrência estrangeira. “Todo mundo parece ter sido condicionado a dirigir um SUV hoje em dia”, disse Conroy.

Entre os carros descontinuados no ano passado estava o Chevy Spark, o mais barato, custando a partir de US$ 13,6 mil. A Chevy vendeu mais de 24,4 mil desses carros em 2021 — número maior do que a maioria dos modelos de luxo pode reivindicar. Agora, os modelos mais baratos da Chevy custam mais de US$ 20 mil.

Ao mesmo tempo, o número de modelos vendidos por mais de US$ 60 mil continua aumentando: eram 61 em 2017, depois 76 em 2021, e 90 em 2022. Em março, a categoria cresceu para 94 modelos.

Em Austin, Johnny Loredo e sua esposa pagaram US$ 38 mil por uma Nissan Frontier há dois anos. “Fiquei em estado de choque... e era um modelo básico”, disse. Se não tivessem um Suburban usado para negociar, não teriam como pagar, disse ele.

“Acho que eles ultrapassaram o que as pessoas recebem”, disse Loredo, gerente de hotel. “Quando estamos fazendo aumentos aqui, estamos dando o aumento básico de dois, três, quatro por cento, mas isso não dá para um carro novo. É por isso que você está vendo muitos carros usados e as pessoas estão apenas consertando seus carros.”

Os fabricantes determinam quais carros são enviados para as concessionárias e normalmente não enviam novos estoques até que o estoque atual seja vendido. Mas os revendedores dizem que os fabricantes estão elevando os preços além do que os clientes podem pagar, em alguns casos deixando os revendedores presos com modelos que não podem vender.

No início desta primavera, Andrea White tinha 76 veículos novos no estacionamento de sua concessionária de carros em Annapolis, Maryland. Na época, ela não tinha compradores para o Jeep Wagoneer, de US$ 88 mil. O Grand Wagoneer, de US$ 115 mil, também não se mexeu. Muitos de seus carros custam entre US$ 50 mil e US$ 60 mil. “Estou tão desesperado para me desfazer dessas coisas caras, porque isso está nos prejudicando”, diz.

A incompatibilidade também decorre da resposta das montadoras à forma como os consumidores se comportaram no auge da pandemia, quando muitos americanos tinham mais dinheiro para gastar em mercadorias e encomendavam novos veículos com muitos recursos extras.

“Esses grandes Suburbans, Yukons e Expeditions estavam carregados. Então, quando você olha para alguns desses números, parte disso foi autoinfligido pelo consumidor”, disse Pete DeLongchamps, vice-presidente sênior do Group 1 Automotive, dono de 150 concessionárias de automóveis nos EUA, em uma recente conferência automotiva. “Mas acho que agora que os juros subiram e estamos vendo a alta das prestações mensais, há alguma moderação acontecendo.”

Funcionários da indústria automobilística discordam que estejam produzindo carros fora de alcance, acrescentando que os modelos à venda refletem os interesses dos clientes e a demanda por SUVs e picapes. Em uma declaração, John Bozzella, presidente e executivo-chefe da Alliance for Automotive Innovation, disse que “a beleza da indústria automobilística — e isso sempre foi verdade — é que há literalmente algo para todos”.

“Mais de 400 modelos de diferentes fabricantes, configurações, preços e agora uma escolha de motores — a combustão ou elétrico”, disse ele. “Por que há tantos modelos de picapes e veículos utilitários à venda? Porque os clientes realmente gostam dessa categoria de veículos.”

CONSTRUÇÃO CIVIL

Infomoney - SP   18/05/2023

As construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos tiveram alta de 2,2% em abril ante março, ao ritmo anualizado de 1,401 milhão de unidades. O indicador de março foi fortemente revisado para baixo, de 1,42 milhão para 1,371 milhão.

Antes da revisão, analistas consultados pela FactSet previam queda de 1,4% em abril, a 1,4 milhão de unidades.

Já as permissões para novas obras caíram 1,5% em abril ante março, à taxa anualizada de 1,416 milhão. O número de março teve revisão para cima, de 1,413 milhão para 1,437 milhão.

FERROVIÁRIO

Valor - SP   18/05/2023

Projeto da ferrovia, iniciado em 2006, já consumiu R$ 9 bilhões e tem a história marcada por paralisação de obras, bloqueio na liberação de recursos e atualmente uma disputa com Pernambuco

Daher, presidente da concessionária: “Não temos nada contra o ramal em Pernambuco. Mas não cabe na nossa concessão” — Foto: Divulgação

A CSN tenta solucionar o que neste momento considera ser a sua última pendência para viabilizar a conclusão da ferrovia Transnordestina, no trecho do Piauí ao Porto de Pecém (CE): o financiamento dos R$ 7,9 bilhões necessários para finalizar a obra. A empresa avalia que é possível entregar a maior parte do empreendimento até a metade de 2027. Porém, destaca que o cronograma depende da liberação de recursos. Em paralelo, a empresa enfrenta duras críticas de lideranças políticas de Pernambuco, após desistir da construção de um trecho que ligaria a cidade de Salgueiro até o Porto de Suape.

“Estamos prontos para terminar a Transnordestina. Estamos com todos os projetos executivos aprovados, licenças ambientais vigentes, 98% das desapropriações executadas e obras mobilizadas. O que falta é o financiamento. Para isso, temos tido apoio do governo”, disse Tufi Daher Filho, presidente da Transnordestina Logística, concessionária controlada pela CSN (92,5%), que tem como acionistas minoritários a Valec e a BNDESPar.

A meta da companhia é entregar a fase 1 do projeto entre o fim de 2026 e meados de 2027 - o que já viabilizaria a interligação entre o Piauí e o porto de Pecém, no Ceará. Para isso, serão necessários investimentos de R$ 6,58 bilhões. Ficaria faltando outra parcela de R$ 1,3 bilhão referente à fase 2 da construção, que corresponde a um trecho menor, de pouco mais de 100 km, até a cidade de Eliseu Martins (PI).

A devolução foi a forma de tornar a conclusão do projeto viável ”

— Tufi Daher

Neste ano, a previsão é investir R$ 900 milhões, segundo o cronograma pactuado com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Os investimentos se aceleram a partir do próximo ano: R$ 2,4 bilhões em 2024, R$ 2,27 bilhões em 2025 e R$ 1 bilhão em 2026.

O calendário, porém, depende da liberação de recursos, diz Daher. Hoje, já há uma estrutura de financiamento em negociação com o governo federal e os bancos públicos, para os R$ 7,9 bilhões totais necessários.

A ideia é que a CSN entre com R$ 3 bilhões no total. Deste valor, R$ 1,5 bilhão ainda está em discussão, porque deverá ser fruto de uma renegociação de dívidas. A proposta da empresa é obter uma carência de cinco anos, para destinar os recursos que iriam para amortizações e juros à obra em si.

Além disso, deverá haver mais R$ 3,5 bilhões de financiamento vindo do FNDE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste) e outros R$ 800 milhões de créditos já contratados, mas ainda não liberados, junto ao Banco do Nordeste. Para fechar a equação, também está em fase preliminar de negociação aporte de R$ 600 milhões do BNDES, que aumentaria um pouco sua atual participação do negócio.

Procurado, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que tem conduzido a negociação sobre o financiamento, não se pronunciou. O Ministério de Transportes destacou que a questão não está sendo encabeçada pela pasta, mas afirmou que, entre as propostas estudadas, estão o uso de recursos do FDNE e a recompra do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor).

O Banco do Nordeste afirmou que as informações “estão protegidas pela lei do sigilo bancário”, e a Sudene disse que ainda não recebeu informações “sobre a eventual demanda de recursos do FDNE”. O BNDES afirmou, em nota, que “o projeto não se encontra em análise no BNDES” e que não teria como comentar.

Até hoje, a construção da ferrovia Transnordestina já consumiu R$ 9 bilhões, sendo R$ 7,5 bilhões destinados à obra em si e R$ 1,5 bilhão a juros e amortizações. Do valor total, houve um aporte público de R$ 1,7 bilhão, e o restante foi investido ou financiamento pela CSN, segundo dados da concessionária.

A obra, iniciada em 2006, começou a sofrer paradas a partir de 2016, em meio a problemas de engenharia, escassez de recursos e entraves jurídicos com quilombolas impactados pelo empreendimento no Piauí. Em 2017, a construção foi interrompida de vez, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueou qualquer repasse de dinheiro público ao projeto.

Na época, o ministro do TCU Walton Alencar Rodrigues alegou que “o regime de legalidade administrativa, em consonância com os princípios constitucionais, não tolera a liberação de recursos públicos para empreendimentos que apresentam alto risco de não conclusão, mormente quando sequer existem elementos que permitam aferir o custo real da obra.”

A CSN decidiu retomar a obra no fim de 2019, sob pressão do governo federal, que ameaçava a empresa com a caducidade e a possibilidade de execução de garantias corporativas da dívida contraída para o projeto.

Após longa negociação, CSN, ANTT e Ministério de Infraestrutura chegaram a uma repactuação do contrato, no fim de 2022. Nesse acordo, os passivos regulatórios foram equacionados e foi definido um novo cronograma de obras. Além disso, a concessionária conseguiu devolver o trecho da ferrovia em Pernambuco, da cidade de Salgueiro até o Porto de Suape.

A devolução foi uma forma de tornar a conclusão do projeto viável economicamente, afirma Daher. “Não temos nada contra o ramal em Pernambuco, pelo contrário, somos favoráveis. Mas não cabe dentro da nossa concessão.” Ele estima que a construção desse tramo demandaria, no mínimo, R$ 5 bilhões adicionais.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, a concessionária “foi contemplada com um ajuste contratual que considera exclusivamente seus interesses econômicos”. Como alternativas, ele vê a realização de nova concessão, uma chamada para autorização ferroviária ou delegar o ramal ao Estado de Pernambuco.

O Ministério dos Transportes tem tentado buscar alternativas para a obra. A pasta afirmou, em nota, que “uma agenda de cooperação entre os entes federativos envolvidos é fundamental para encontrar alternativa para esse trecho” e que “estão em andamento estudos tanto para analisar possibilidades privadas quanto o próprio investimento público”.

A devolução ainda está em curso. Daher explica que no próximo mês deverá ser apresentado um estudo, ainda em elaboração, com o cálculo estimado de “valuation” do trecho, que já foi parcialmente construído. A concessionária ainda poderá obter alguma indenização pelos investimentos feitos, mas a perspectiva é que o valor seja usado para fazer um encontro de contas de outra concessão da CSN.

Segundo Daher, mesmo com todos os imbróglios e atrasos em torno do projeto, a companhia ainda tem expectativa de obter retorno significativo com a ferrovia Transnordestina, que deverá ser operada pela companhia até 2057. O plano da concessionária é iniciar uma operação, em fase de comissionamento, para fazer o transporte de grãos no mercado interno, entre Piauí, Pernambuco e Ceará, até o fim de 2024. Uma vez que a obra estiver concluída até o porto de Pecém e já madura (o que deverá levar de sete a oito anos), a ferrovia deverá ter capacidade de 30 milhões de toneladas por ano, com possibilidade de ampliação para 50 milhões de toneladas anuais.

NAVAL

Portos e Navios - SP   18/05/2023

O Porto Itapoá (SC) passa a contar com mais uma importante opção de serviço que liga o terminal aos principais portos da Ásia — a parceria foi selada em reunião dos executivos brasileiros de Itapoá com o grupo HMM — Hyundai Merchan Marine, na Coreia do Sul.

Anunciado pela HMM em outubro de 2021, o serviço FIL (Far East - India - Latin America) iniciou suas operações já em dezembro do mesmo ano. Devido aos impactos da pandemia, sofreu algumas alterações e agora retoma sua formatação original.

O serviço FIL fará escalas semanais em Itapoá; conectando a América Latina a portos asiáticos importantes como Busan (Coreia do Sul), Xangai (China), Singapura, Jacarta (Indonésia) e Kattupalli (Índia). O primeiro navio a atracar em Itapoá será o MV. Hyundai Shanghai ETA IOA, que chegará no dia 8 de julho.

“Esse é um serviço relativamente novo oferecido pela HMM, mas muito interessante para transações comerciais com a Ásia. É mais uma opção oferecida aos nossos clientes que negociam cargas com países do continente”, afirmou Rosa Jr, diretor de Operações, Tecnologia e Meio Ambiente do Porto de Itapoá.

PETROLÍFERO

O Petróleo - SP   18/05/2023

As atividades de perfuração de petróleo e gás nos Estados Unidos registraram a maior queda semanal desde junho de 2020, com uma redução de 17 plataformas ativas esta semana, de acordo com os dados mais recentes da Baker Hughes. Isso ocorre após uma redução de 7 na semana passada, sinalizando uma tendência preocupante para a indústria.

Atualmente, a contagem total de sondas ativas nos EUA é de 731 – apenas 17 a mais que no mesmo período de 2022, e significativamente menor que as 1.075 registradas no início de 2019, antes da pandemia.

Dominando a entrevista de emprego na Karoon Brasil

Desagregando os números, as plataformas de petróleo diminuíram em 2 esta semana, totalizando 586, enquanto as plataformas de gás caíram 16, para 141. As plataformas diversas, no entanto, aumentaram 1.

Geograficamente, a Bacia do Permiano e Haynesville foram particularmente atingidas, com a contagem de sondas caindo 3 e 5, respectivamente.

Além disso, a Primary Vision’s Frac Spread Count – uma estimativa do número de equipes finalizando poços inacabados, uma estratégia financeiramente mais prudente do que perfurar novos poços – caiu 12 na semana encerrada em 5 de maio, para 282. Isso representa 5 equipes de acabamento a menos do que há um mês atrás e 4 a mais em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa queda é a maior desde dezembro de 2021.

No entanto, apesar dessas reduções, os níveis de produção de petróleo bruto nos Estados Unidos não foram afetados, mantendo-se constantes em 12,3 milhões de barris por dia (bpd), de acordo com as estimativas mais recentes da EIA. Isso é uma melhora de 500.000 bpd em relação ao mesmo período do ano passado.

Empresa inicia processo seletivo para Pintor Escalador e outras funções na indústria offshore

Em termos de preços, o petróleo bruto WTI estava sendo negociado a $70,3 por barril às 12h41 ET, uma queda de $0,56 (-0,79%) no dia e menos de $1 por barril em relação à mesma hora da semana passada. O Brent também caiu $0,63 (-0,84%) para $74,35 por barril, novamente menos de $1 por barril em comparação com a última sexta-feira.

No final do dia, o WTI estava sendo negociado a $70,26, um declínio de 0,86%. Esses preços mais baixos refletem a diminuição da atividade de perfuração, mas também podem desestimular ainda mais a perfuração, resultando em um ciclo potencialmente perigoso para a indústria.

A queda na atividade de perfuração sugere que a indústria de petróleo e gás dos EUA está enfrentando desafios significativos. Embora a produção de petróleo bruto tenha se mantido constante, a redução na contagem de sondas e na atividade de perfuração pode levar a uma diminuição na produção futura se a tendência persistir.

Outro ponto de preocupação é a redução do Frac Spread Count da Primary Vision. A conclusão de poços inacabados é uma estratégia mais econômica do que a perfuração de novos poços, então uma queda nessa medida sugere que as empresas de petróleo e gás podem estar enfrentando dificuldades financeiras ou se tornando mais cautelosas em suas operações.

Os preços mais baixos do petróleo também podem agravar essa situação. Embora os preços mais baixos possam beneficiar os consumidores, eles reduzem a receita e os lucros das empresas de petróleo e gás, o que pode levar a cortes ainda maiores na atividade de perfuração.

Em resumo, esta queda semanal na atividade de perfuração de petróleo e gás nos EUA é uma notícia preocupante para a indústria e algo que os investidores em energia provavelmente estarão observando de perto nos próximos meses.

Valor - SP   18/05/2023

Empresa, controlada pela Brookfield, aplicará recursos para duplicar capacidade

Erick Portela: “Capacidade da NTS do Rio para SP aumentará para 25 milhões de m3/dia — Foto: Luciana Whitaker/Valor

O início do desenvolvimento do Bloco BM-C-33, no pré-sal da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, está levando a NTS a colocar em prática um conjunto de projetos que amplia a capacidade de escoamento de gás natural no país. Com previsão de investimentos de R$ 7,5 bilhões nos próximos cinco anos, os projetos envolvem a duplicação de estações de compressão de gás natural em São Paulo e no Rio. Também será construído um segundo gasoduto conectando Taubaté (SP) ao território fluminense, além da construção de novas estações de compressão. As obras vão dobrar a capacidade da malha da NTS, que sairá de 12 milhões de metros cúbicos por dia (m3 /dia) de gás para 25 milhões de m3 /dia em 2028.

O pacote de projetos da NTS dependia de decisões de petroleiras para que esse conjunto de iniciativas saísse do papel. Dois “gatilhos” foram disparados recentemente: um deles é o BM-C-33, que tem como sócios a Equinor, a Petrobras e a Repsol Sinopec, com previsão de iniciar produção de petróleo e gás em 2028. A expectativa, no caso do gás natural, é de que o bloco produza 16 milhões de m3 /dia. A NTS esperava o início do desenvolvimento do bloco, cuja produção será escoada por meio do gasoduto Rota 5, para colocar tais projetos em prática. O outro gatilho é a conclusão do polo GasLub, polo de gás natural localizado em Itaboraí - antigo complexo petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que vai receber o gás natural escoado pelo chamado Rota 3.

“É a materialização do gás do pré-sal”, disse o presidente da NTS, Erick Pettendorfer Portela. A NTS, controlada pela canadense Brookfield, é resultante da venda da malha de gasodutos da Petrobras. Conectando os Estados do Rio, São Paulo e Minas Gerais, a malha da empresa se interliga com as redes da TBG (que traz o gás da Bolívia) e da TAG, responsável pela interligação entre o Sudeste e o Nordeste. Os investimentos estão sendo anunciados no momento que a Petrobras prevê aumento de 50 milhões de m3 /dia na oferta de gás natural nos próximos anos. A previsão é que esses projetos, que estão previstos em estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), iniciem a operação comercial em 2028.

Os novos investimentos envolvem a duplicação de quatro estações de compressão de gás natural nos Estados do Rio e São Paulo, o que permitirá transporte de maiores volumes sem precisar de intervenções na malha de gás da companhia. Também será construída outra estação de compressão, em Paulínia (SP). Além das estações, a NTS vai construir novo gasoduto de 300 quilômetros de extensão, que acompanhará o traçado de um duto existente que liga Duque de Caxias (RJ) a Taubaté.

A nova estação de compressão, a duplicação das estações existentes e o novo duto vão mais que duplicar a capacidade de escoamento do gás do Rio para São Paulo, saindo dos atuais 12 milhões de m3 /dia para os 25 milhões de m3 /dia projetados.

Os investimentos da NTS se somam a outro projeto, denominado internamente de “desengargalamento 1”, que envolve a construção de uma estação de compressão de gás natural em Japeri (RJ), com capacidade de movimentar 7,5 milhões de m3 /dia adicionais na malha da companhia, disse Portela.

Essa estação, disse, depende apenas da liberação da licença de instalação pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio, e da liberação para funcionamento pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O projeto custou R$ 600 milhões e é considerado estratégico pelo governo fluminense. Somado aos R$ 7,5 bilhões, o total de investimentos em expansão pela NTS chega a R$ 8,1 bilhões.

A nova unidade de Japeri se soma ao chamado Gasig, gasoduto de 11 quilômetros entre Itaboraí e Guapimirim, ambos municípios no Rio, que aguarda apenas a concessão da licença de operação definitiva e autorizações regulatórias. O gasoduto conecta o GasLub à malha da NTS. Essas instalações vão escoar o gás do chamado Rota 3, gasoduto que vai transportar o gás do pré-sal da Bacia de Santos para o Gaslub.

Investing - SP   18/05/2023

A produção de petróleo e gás do Brasil teve queda de 12,1% em abril em relação a março, para 3,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia, de acordo com dados publicados no site da agência reguladora do setor, a ANP.

Considerando a produção exclusiva de petróleo, o país marcou redução de 13,48% em abril na comparação com o mês anterior, para 2,695 milhões de barris/dia.

O total produzido, incluindo gás, também recuou na comparação anual. Em abril de 2022, o país havia produzido 3,86 milhões de barris de óleo equivalente ao dia.

O Brasil registrou um recorde mensal de produção de petróleo e gás em fevereiro, acima de 4,18 milhões de barris de óleo equivalente ao dia.

Infomoney - SP   18/05/2023

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 5,04 milhões de barris na semana encerrada em 12 de maio, a 467,624 milhões de barris, informou nesta quarta-feira, 17, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). O consenso Refinitiv de analistas esperava uma queda de 1,3 milhão de barris.

Os estoques de gasolina registraram queda de 1,381 milhão de barris na semana, a 218,33 milhões de barris, ante previsão de recuo de 1,3 milhão de barris.

Já os estoques de destilados aumentaram 80 mil barris, a 106,233 milhões de barris, quando se esperava estabilidade.

A taxa de utilização das refinarias nos EUA subiu de 91,0% na semana anterior para 92,0% na mais recente, acima da previsão de 91,3%. Os estoques de petróleo em Cushing cresceram 1,461 milhão de barris, a 35,468 milhões de barris.

A produção média diária de petróleo dos EUA caiu de 12,3 milhões de barris na semana anterior para 12,2 milhões nesta semana, segundo o DoE.

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