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17 de Outubro de 2023

SIDERURGIA

Money Times - SP   17/10/2023

O mercado se prepara para uma nova rodada de resultados, desta vez referentes ao terceiro trimestre do ano. Do setor de mineração e siderurgia, algumas empresas devem se destacar positivamente, enquanto outras apresentarão números mais fracos, avalia o BTG Pactual.

Na avaliação do banco, o trimestre deve mostrar o minério de ferro tendo um desempenho melhor que o aço, com Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3) entregando os melhores dados da indústria.

O BTG destaca que, embora as ações das mineradoras tenham apresentado performance mais fraca, o minério de ferro vem entregando um desempenho mais forte nos últimos anos. O terceiro trimestre deve ser o primeiro “de muitos que virão” que vão retratar esse cenário mais favorável.

O BTG tem preferência pelo minério de ferro em detrimento do aço, uma vez que acredita que a China continuará produzindo mais de 1 bilhão de toneladas de aço, derrubando seus preços globais e, ao mesmo tempo, ajudando a manter o minério de ferro em níveis “muito saudáveis”.

Vale e CSN Mineração também são as principais apostas da XP Investimentos no trimestre. De acordo com a corretora, as empresas devem entregar uma “sólida melhoria de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) devido aos preços mais elevados do ingrediente siderúrgico e volumes sazonalmente melhores.

Corrida pela sustentabilidade pode virar o jogo para o Banco do Brasil (BBAS3)? Entenda no Giro do Mercado se vale a pena ter as ações do banco:

Decepções da temporada

Do lado negativo, o destaque deve ser novamente a Usiminas (USIM5), dizem os analistas. A companhia deve divulgar um Ebitda ligeiramente negativo por conta do impacto da reforma do Alto-Forno 3.

Gerdau (GGBR4) também deve entregar números menores, com um tombo esperado de 40% para o Ebitda no comparativo anual e uma contração de mais de 20% na receita líquida.

Na opinião do Itaú BBA, sequencialmente, a Gerdau apresentará números mais fracos, com tendências de contração em todas as divisões.

A CSN (CSNA3) deve ter um desempenho melhor, embora o BTG reconheça que a exposição ao Brasil será mais desafiadora no trimestre, visto que os preços domésticos de aço caíram de 5 a 15% (longos/planos) no trimestre.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   17/10/2023

Pesquisa do Sebrae em parceira com a FGV mostra que, no terceiro trimestre do ano, a confiança dos empresários superou em 3,5 pontos a marca registrada na média dos três meses anteriores. Foi o primeiro trimestre de 2023 em que o resultado foi positivo em todos os setores de atividades: Serviços, Comércio e Indústria da Transformação.

De acordo com o Sebrae, o Índice de Confiança das Micros e Pequenas Empresas (IC-MPE) da Sondagem dos Pequenos Negócios, sinaliza que a redução da inflação, aliada à melhora do mercado de trabalho, foram os motivos para elevar o otimismo nos pequenos negócios, na média do terceiro trimestre.

O Comércio apresentou o maior crescimento entre os pesquisados, influenciado, exclusivamente, pelo segmento varejo restrito. Em Serviços, a safra recorde na agricultura rendeu maior otimismo dos serviços de transporte.

Já o setor da Indústria conseguiu reverter o sinal negativo do segundo trimestre para um avanço sólido no terceiro, de 3,8 pontos, garantido, em grande parte, pelo segmento de refino e produtos químicos. Tal cenário se deve, possivelmente, à redução dos preços da gasolina, diesel e do gás de cozinha (GLP) e dos custos de alimentos e dos transportes.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, acredita que as festividades de fim de ano e a possibilidade de contratação de mão de obra para os próximos meses podem levar ainda mais a um aumento do índice nas empresas de comércio e serviços.

Agência Brasil - DF   17/10/2023

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,86% para 4,75% neste ano.

A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (16), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,88%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para este ano está no limite do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em setembro, o aumento de preços da gasolina pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,26%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual ficou acima da taxa de agosto, que teve alta de 0,23%.

A inflação acumulada este ano atingiu 3,50%. Nos últimos 12 meses, ela está em 5,19%, ficando acima dos 4,61% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

Ainda assim, em ata da última reunião, o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,92%, a mesma as últimas três semanas.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

Por fim, a previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,05.

Globo Online - RJ   17/10/2023

A previsão para 2023 é que o Brasil cresça 3%, com uma queda significativa na taxa de desemprego para 7,8%, o nível mais baixo desde 2013. As reservas cambiais do país continuam robustas com quase US$ 350 bilhões, e a balança comercial deve registrar um superávit de US$ 80 bilhões, um recorde histórico.

Embora haja preocupação com o resultado fiscal no próximo ano, a expectativa é que o déficit primário fique em torno de R$ 50 bilhões. Além disso, a inflação está convergindo para níveis mais baixos, com previsão de queda para 5% neste ano e três 3,5% no próximo ano.

Quanto às taxas de juros, espera-se mais duas reduções neste ano na Selic, chegando a 11,75% em dezembro, e mais quedas no próximo ano, possivelmente abaixo de 10%, a depender da situação econômica dos Estados Unidos e dos preços do petróleo.

Isso contribui para um cenário positivo no crédito, que vinha sofrendo com o aumento das taxas de juros no pós-pandemia. O saldo da balança comercial brasileira até agosto de 2023 já foi maior do que em todo o ano passado, e no mês de setembro passou em termos acumulados no ano de US$ 71 bilhões.

Os dados que já temos para 2023 apontam para um superávit em nossa balança comercial de US$ 80 bilhões, um feito histórico. Na mente dos investidores estrangeiros, o Brasil se consolida como o paraíso das commodities, o que ajuda a trazer dinheiro ao país.

Por tudo isso, o real readquiriu seu status de “commodity-currency”: moedas que se apreciam muito em booms de commodities. O Brasil já está no time de países com maiores reservas de petróleo do mundo graças à descoberta do pré-sal. Em 2023 estaremos entre as dez maiores produções de petróleo do planeta, com quase 4% da oferta mundial. O custo de exploração se revelou muito menor do que se imaginara e a qualidade do petróleo do pré-sal é muito boa. Passamos de uma produção de um milhão de barris/ dia no início dos 2000 para perto de três milhões de barris/dia em 2023; em 2030 deveremos chegar a cinco milhões de barris/dia.

Nosso setor de mineração segue também robusto. Os grandes projetos da Vale se concretizaram, com destaque para o S11D em Carajás, com uma das maiores capacidades produtivas do mundo. Nosso volume de exportação é enorme, além do boom de preços do mineiro de ferro, níquel, lítio, cobre, etc. Para se ter ideia da força da Vale e da Petrobras, basta observar que nos últimos anos essas duas companhias distribuíram mais dividendos do que todas as empresas da Bolsa brasileira somadas. O Brasil tem praticamente todos os minerais necessários para a transição energética e climática do planeta.

No setor agro, a situação também é exuberante. Nossa safra deve superar 300 milhões de toneladas de grãos em 2023; em 2000 esse número era de cem milhões de toneladas por ano. O setor teve um superávit externo de mais de US$ 100 bilhões nos últimos dois anos, compensando nosso déficit de bens tecnológicos e industriais. Nos últimos anos, o saldo negativo do setor industrial tem ficado próximo a US$ 50 bilhões.

O boom de preços de commodities decorrente da pandemia e do conflito com a Ucrânia acabou favorecendo o Brasil pela via da alta de preços de bens agrícolas e energéticos. A alta de preços de commodities sempre nos favoreceu no passado, inclusive quando viramos grau de investimento em 2008. Nesse cenário, não teremos falta de dólares e investidores estrangeiros seguirão comprando ativos do Brasil.

Nosso grande desafio continua sendo, entretanto, gerar empregos de qualidade para cem milhões de trabalhadores. Sem a recuperação de nossa indústria não conseguiremos tamanha façanha. O atual boom de commodities resolve nosso problema de divisas e ajuda no controle da inflação pela via da apreciação da moeda brasileira; fica faltando ainda a essencial retomada de nosso desenvolvimento industrial e tecnológico.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/10/2023

Presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) da Filadélfia, Patrick Harker disse acreditar que a manutenção dos juros no nível atual nos Estados Unidos é a posição prudente a se tomar a partir de agora – embora não descarte completamente novas altas caso haja uma reaceleração inesperada da inflação. Com direito a voto nas reuniões deste ano, ele também afirmou que assina embaixo na mensagem de “juros mais altos mais tempo” – expressão que o Fed e vários dirigentes têm adotado em suas comunicações nos últimos meses.

Harker apontou que levará algum tempo até que o impacto do ciclo de aperto seja totalmente absorvido pela economia.

“Na ausência de uma mudança drástica no que vejo nos dados e ouço dos contatos, acredito que estamos no ponto em que podemos manter as taxas onde elas estão”, discursou ele em evento da Mortgage Bankers Association no período da manhã desta segunda-feira. “Meu argumento é de que, ao fazer nada, estaremos fazendo alguma coisa.”

Harker disse que, enquanto taxas ficarem restritivas, o Fed estará pressionando a inflação de forma constante e equilibrando melhor os mercados. No entanto, ele fez a ressalva de que não pode dizer por quanto tempo acha que a política monetária deve continuar restritiva, já que isso dependerá de informações por vir.

O dirigente falou que o Fed continuará guiado por dados, mas está paciente e cauteloso.

Harker vê uma desinflação constante em curso, e comentou que até o núcleo da inflação medido pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA tem dado sinais claros de progresso. Entretanto, ponderou que pode haver desafios na avaliação das tendências da desinflação, citando, por exemplo, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de setembro “modestamente positivo”.

“Embora eu não espere realmente, se a inflação reacelerar, sei que não hesitaria em apoiar novos aumentos das taxas, uma vez que o nosso objetivo de devolver a inflação à meta simplesmente não é negociável”, declarou o membro do Fed. “Não vou tolerar uma reaceleração dos preços. Mas também não quero reagir exageradamente à variação normal dos preços mês a mês”, amenizou.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/10/2023

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,460 bilhões na 2ª semana de outubro de 2023. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 16, pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor foi alcançado com exportações de US$ 5,822 bilhões e importações de US$ 3,362 bilhões.

Até a 2ª semana do mês, o superávit acumulado em outubro chega a US$ 3,935 bilhões. No ano, o saldo é positivo em US$ 75,189 bilhões.

A média diária das exportações registrou na 2ª semana de outubro queda de 0,6%, com alta de 2,16% em agropecuária, recuo de 2,04% em indústria da transformação e queda de 0,57% em produtos da indústria extrativa.

Já as importações caíram 21,7%, com baixa de 28,11% em agropecuária, avanço de 18,37% em indústria extrativa e baixa de 24,73% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária.

Globo Online - RJ   17/10/2023

Poucos acreditavam até recentemente que a inflação terminaria o ano na meta, mas ontem a mediana do mercado apostou nisso pela primeira vez em três anos. O economista José Roberto Mendonça de Barros vinha dizendo que esse cenário era possível há algum tempo. Agora a previsão da sua consultoria é a de que o IPCA terminará o ano em 4,71%. Perto do teto, mas dentro do espaço de flutuação permitido pelo regime de metas. Esse resultado se deve em grande parte à queda da inflação de alimentos. Do fim do ano passado até o fim deste ano pode ocorrer uma inversão de 17 pontos na inflação da alimentação no domicílio.

— No ano passado, este item terminou com uma inflação de 13,2%. Nossa projeção agora, junto com a MB Agro, é que chegue a dezembro de 2023 com -3,3%, uma virada de 17pp. Isso aí equivale a um abono salarial para as classes C e D. E é justamente a inflação de alimentos no domicílio que é a mais importante —diz Mendonça de Barros.

O Boletim Focus é apenas uma verificação do que está nos modelos dos economistas de mercado financeiro e consultorias. É semanal, portanto, o cenário pode ser outro daqui a sete dias. Mas essa é a primeira vez em mais de três anos que a mediana das projeções do mercado para 2023 é de inflação abaixo do teto da meta. A última vez que houve essa projeção foi em junho de 2020.

Em 2020, a inflação terminou em 4,52%, dentro do espaço de flutuação da meta, mas a alta de alimentos foi de 14%. Em 2021, o IPCA terminou o ano em 10%, para um teto da meta de 5,25%. Em 2022, o governo fez muitos artifícios, como a suspensão dos impostos sobre combustíveis, e conseguiu reduzir a taxa, mesmo assim ficou em 5,79% com o teto em 5%.

José Roberto Mendonça de Barros acha que nem mesmo o El Niño mudará a tendência este ano que é de inflação dentro do espaço de flutuação da meta, um resultado que poucos acreditavam ser possível. Há riscos do desequilíbrio climático, mas Mendonça de Barros avalia que o maior peso será no ano que vem. Essa é a mesma convicção do professor Luiz Roberto Cunha, da PUC do Rio. Os riscos climáticos não terão efeito este ano.

—Os preços subiram um pouco, mas a alimentação no domicílio está ainda negativa, o IPA ( dos preços do atacado) tem estado negativo, parte pela soja, milho — diz Luiz Roberto.

Por outro lado, a guerra no Oriente Médio é um risco presente, porque pode afetar o petróleo e, por consequência, os combustíveis. A questão, explica Luiz Roberto Cunha, é que a desaceleração da economia mundial reduz essa pressão.

—O envolvimento muito grande numa guerra (dos países produtores) pode jogar o preço do petróleo a US$ 100, mas a desaceleração da economia mundial tem segurado muito o preço. Se tiver um conflito em grande escala a economia terá problemas — afirma Cunha.

A LCA mudou sua projeção para a inflação de 5% para 4,7%, na semana passada, porque tirou de cena a hipótese de um novo reajuste importante da gasolina no último trimestre, já que a defasagem caiu. De acordo com a Abicom, o combustível está com defasagem de apenas 1%. Em 14 de setembro, era de 12%. O economista Fábio Romão, da LCA, que desde o começo do ano previa deflação para o grupo de alimentos e bebidas, projeta queda de -2,6% no item alimentação no domicílio.

José Roberto Mendonça de Barros explica que a inflação deste ano caiu por causa do aumento de produção em diversos produtos. Leite, por exemplo, teve queda de preço, e os produtores culpam as importações. O economista diz que a compra do exterior foi pequena, o que realmente afetou foi que a produção de leite aumentou 10%.

— Para o ano que vem, o que dá para dizer é que não haverá uma ajuda especial vinda da agricultura. Se os preços ficarem mais ou menos como estão vai ser uma maravilha. O plantio vai ser bom, consistente com a safra colhida este ano, mas o potencial de perda pelo clima é bastante significativo. Dá para falar com firmeza que o ano de 2023, do ponto de vista do consumidor, mas também do ponto de vista do produtor, está sendo um ano excepcional no volume, na produtividade, na renda e no benefício ao consumidor. A exceção é o Rio Grande do Sul, que enfrentou seca no começo do ano e enxurrada agora. Por isso, um dos produtos que teve alta de preços e redução da oferta foi o arroz.

O ano de 2023 está no seu último trimestre confirmando um crescimento maior do que o esperado e uma inflação menor do que a prevista.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/10/2023

Embora o Brasil tenha experimentado alguns avanços nos últimos anos, alguns velhos e conhecidos problemas precisam ser resolvidos para que a indústria volte a crescer. As soluções, de acordo com o vice-presidente do Conselho de Administração da Abimaq/Sindimaq, João Carlos Marchesan, passam por manter a inflação sob controle, e ajuste das contas públicas, que permita a retomada dos investimentos e a eliminação do Custo Brasil.

“As ineficiências sistêmicas do Pais, resumidas no Custo Brasil, tornam difícil a competição da indústria de transformação brasileira”, disse Marchesan durante a abertura do 8º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, em São Paulo, que contou com a presença virtual do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

“O preço das matérias primas, em nosso mercado interno, é de 30% a 50% maior do que no mercado internacional. O câmbio é excessivamente volátil e tende a se apreciar e os juros de mercado estão muito acima do retorno médio das empresas”, disse, acrescentando que a carga tributária da indústria de transformação atinge inacreditáveis 44% do valor agregado, o que ajuda a explicar os baixos investimentos e a desindustrialização dos últimos 40 anos.

“Este cenário, que resulta numa taxa inferior a 18% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) sobre o PIB, contra um patamar desejável superior a 25%, sequer é suficiente para repor a depreciação dos ativos, o que se traduz em queda no estoque de recursos produtivos à disposição de cada pessoa ocupada – e, portanto, em perda de produtividade e competitividade”, explicou.

Marchesan citou estudo recente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), segundo o qual para a indústria de transformação recuperar a posição ocupada no passado, precisaria aumentar o nível de investimentos em 70% pelos próximos 10 anos.

“A indústria de máquinas e equipamentos – setor que emprega quase 400 mil pessoas, diretamente, e três vezes esse número de forma indireta -, mesmo ocupando posição de destaque no Brasil e no mundo, exportando aproximadamente US$ 14 bilhões para países que exigem elevado padrão de sofisticação e qualidade dos bens, não está imune às consequências adversas deste cenário”, alertou o vice-presidente da Abimaq.

Um exemplo dessas dificuldades é que “cerca de 80% das vendas de nossos associados é feita com recursos próprios”. “Para reverter o quadro acima, o Brasil precisa voltar a ser competitivo. Isso significa a criação de um ambiente macroeconômico favorável à produção, com inflação sob controle, e contas governamentais ajustadas que permitam a retomada dos investimentos e eliminação do Custo Brasil”, disse.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   17/10/2023

O preço do minério de ferro se fortaleceu nesta segunda-feira, com o sentimento dos investidores sendo impulsionado pelo mais recente estímulo da China, ignorando a pressão de queda dos cortes de produção de algumas usinas siderúrgicas devido à redução das margens.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na bolsa de Dalian, da China, encerrou o dia com alta de 2,86%, a 862 iuanes (117,93 dólares) a tonelada métrica, o maior valor desde 25 de setembro.

O banco central da China aumentou o suporte de liquidez para o sistema bancário, realizando operações de facilidade de empréstimo de médio prazo (MLF) no valor de 789 bilhões de iuanes.

“Os preços permaneceram firmes, já que a oferta restrita de sucata de aço resultou em um consumo robusto de minério de ferro”, disseram os analistas da Huatai Futures em uma nota.

Os baixos estoques também elevaram o sentimento no mercado de minério de ferro, já que os estoques caíram por cinco semanas consecutivas para 105,2 milhões de toneladas em 13 de outubro, o menor valor desde junho de 2020, mostraram dados da consultoria Steelhome.

No entanto, o aprofundamento da crise no setor imobiliário da China, o maior consumidor de aço do mundo, provavelmente manterá a demanda deprimida, apesar de mais estímulos, alertaram analistas do banco ANZ em uma nota.

Money Times - SP   17/10/2023

Analistas do mercado acreditam que as mineradoras devem superar as empresas siderúrgicas nos resultados do terceiro trimestre do ano. Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3) foram colocadas como os prováveis destaques positivos do setor nessa nova temporada, tendo seus números impulsionados pelos preços ainda elevados do minério de ferro.

Segundo a XP Investimentos, Vale e CSN Mineração devem entregar uma “sólida melhoria” de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) devido aos preços mais elevados da commodity e volumes sazonalmente melhores.

O bom desempenho da CSN Mineração deve puxar os números da controladora CSN (CSNA3), inclusive. Com isso, a holding deve ver seu Ebitda avançar 19% sequencialmente. A divisão de siderurgia ainda deve apresentar um desempenho prejudicado no trimestre, enquanto o segmento de cimento mostrará melhorias, completa a corretora.

Segundo o BTG Pactual, o terceiro trimestre será o primeiro “de muitos que virão” que vão retratar um cenário mais favorável para as mineradoras.

O banco segue preferindo o minério de ferro em detrimento do aço, uma vez que acredita que a China continuará com uma produção relevante de aço, o que derrubará os preços globais da liga metálica enquanto ajuda a manter o minério de ferro em níveis “muito saudáveis”.

VALE3 ou CMIN3?

Para o BTG, a Vale é a melhor escolha para se expor ao minério de ferro. O banco reforça a visão de que o cenário atual, de queda nos preços do aço e o minério de ferro ainda resiliente, não deve mudar significativamente até 2024, beneficiando as mineradoras.

“Continuamos a favorecer as mineradoras de minério de ferro em detrimento das siderúrgicas e reiteramos a Vale como nossa principal escolha”, afirma a instituição.

O BTG tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 96 para a ação da Vale. Em relação a CMIN3, o banco está neutro e tem alvo em R$ 5,50.

Em relatório de prévia, o Itaú BBA lança Vale e CSN como os principais nomes de mineração e siderurgia na temporada de balanços corporativos, mas tem recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a compra) apenas para a mineradora, com preço-alvo de US$ 17 para o ADR (American Depositary Receipt).

A CSN está com rating de underperform (desempenho esperado abaixo da média do mercado, equivalente a venda) pela instituição, com preço-alvo de R$ 11. O BBA não especifica recomendação para o braço de mineração da holding.

Enquanto isso, a XP está neutra tanto com VALE3 quanto com CMIN3.

Diário do Comércio - MG   17/10/2023

A borda de um abismo de 200 metros de profundidade, que separa os domínios da mineração e da conservação ambiental na Serra da Moeda, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi o local escolhido ontem para visita de parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Ainda que já existisse antes, o precipício foi ampliado pela ação da Gerdau, que hoje opera a mina Várzea do Lopes, uma cava profunda que ocupa uma ampla área entre a BR-040 e a Serra da Moeda.

A Gerdau explora minério de ferro na vertente da Serra da Moeda voltada para leste, no município de Itabirito, enquanto a vertente oeste, no município de Moeda, permanece dentro dos limites de preservação.

À beira do abismo, integrantes da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALMG mostraram divergências a respeito do Projeto de Lei (PL) 1.185/23, de autoria do deputado Noraldino Júnior (PSB), que altera os limites do Monumento Natural Estadual Serra da Moeda (Mona).

Aos representantes de entidades ambientalistas que participaram da visita, o autor do projeto explicou que sua intenção é apenas ampliar a área do monumento natural acrescentando áreas indicadas pela Gerdau. “Diferente de outros projetos anteriores, esse só traz a anexação de áreas, não há desafetação alguma”, afirmou Noraldino Júnior.

Desafetação é o nome técnico para a mudança legal de finalidade de uma área, que poderia liberar um terreno, antes preservado, para a mineração.

Autoras do pedido para realização da visita à Serra da Moeda, as deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (Psol) criticaram o projeto por considerá-lo uma oportunidade para que o lobby das mineradoras pressione para a apresentação de emendas que prejudiquem e reduzam a área preservada atualmente.

“Não é possível controlar a tramitação do projeto. Qual o objetivo de acrescentar algo (ao Monumento) que ninguém está pedindo? Se a intenção é a preservação, porque não trabalhar para aprovar a PEC?”, questionou a deputada Beatriz Cerqueira, referindo-se à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 7/23, que promove o tombamento das Serras do Rola Moça, do Brigadeiro e da Moeda, e que está parada na Comissão de Constituição e Justiça.

Para a deputada Bella Gonçalves, o projeto é perigoso porque abre espaço para que a área de preservação seja reduzida por lei, de uma forma juridicamente mais consolidada do que os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) firmados com o Ministério Público, um instrumento que as mineradoras costumam lançar mão para regularizar explorações iniciadas clandestinamente.

De acordo com o ambientalista Cléverson Ulisses Vidigal, da organização não governamental (ONG) Abrace a Serra da Moeda, a Gerdau já manifestou a intenção de desafetar 128 mil metros quadrados no Monumento Natural Serra da Moeda para permitir a ampliação da mina Várzea do Lopes.

Vidigal relata que o desbarrancamento da vertente da Serra já invadiu alguns metros da área de preservação, fato confirmado pelo desaparecimento do Marco 32 do Monumento Natural, que foi retirado durante obras de contenção realizadas em 2017 pela Gerdau, dentro dos limites de preservação.
Corredor ecológico

Além disso, Vidigal afirmou que, dos 62 hectares que estariam sendo anexados ao Monumento Natural pelo PL 1.185/23, 31 hectares correspondem a um corredor ecológico que já está entre os compromissos de compensação ambiental assumidos pela Gerdau em 2009. Na mesma ocasião, segundo ele, a empresa firmou o compromisso de não mais solicitar ampliações da área explorada na Serra da Moeda. “E ela não está cumprindo isso”, afirmou o ambientalista.

Vidigal também criticou o governo do Estado pela demora em implantar no local um sistema de monitoramento por câmeras térmicas que já existe na Serra do Rola Moça.

Segundo informações do gerente do monumento natural Serra da Moeda, Henri Collet, que é funcionário do Instituto Estadual de Florestas (IEF), a instalação das câmeras depende da Polícia Militar, que ficou responsável pela aquisição de rádios e da frequência de comunicação entre os equipamentos. Esse processo está parado desde 2019.

A instalação das câmeras, segundo Vidigal, seria útil também para monitorar outros problemas da área de preservação, tais como vandalismo, incêndios e danos causados por praticantes de motocross. (Com informações da ALMG)

Investing - SP   17/10/2023

A Rio Tinto (LON:RIO) informou nesta terça-feira que seus embarques de minério de ferro cresceram 1,2% no terceiro trimestre, enquanto a mineradora anglo-australiana aumentava a produção em sua mina Gudai-Darri.

A Rio Tinto, que obtém 70% do seu lucro da sua divisão de minério de ferro, observou melhoras nos preços da commodity em comparação com o segundo trimestre, à medida que o principal consumidor, a China, intensificou seus estímulos econômicos.

Maior produtora global de minério de ferro, a mineradora embarcou 83,9 milhões de toneladas da commodity de suas operações em Pilbara nos três meses encerrados em 30 de setembro, ante 82,9 milhões de toneladas um ano antes.

A Rio Tinto manteve sua previsão de custo unitário de minério de ferro em Pilbara para 2023 de 21,0 dólares a 22,5 dólares por tonelada.

AUTOMOTIVO

Exame - SP   17/10/2023

Em setembro de 2023, o volume de vendas de veículos de nova energia aumentou 27,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a 904 mil unidades. O volume acumulado de janeiro a setembro foi de 6,278 milhões de unidades, um crescimento de 37,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, e a taxa anual de penetração no mercado automotivo foi de 29,8%.

Capacidade instalada de bateria de energia

De janeiro a setembro de 2023, a capacidade instalada da bateria de energia foi de 255,7 GWh, um aumento acumulado de 32,0% em relação ao ano anterior. A capacidade instalada de bateria ternária foi de 81,6 GWh, representando 31,9% do total; a capacidade instalada de bateria de fosfato de ferro e lítio totalizou 173,8 GWh, representando 68%.

Escala das instalações de infraestrutura de recarga

No final de setembro, as estatísticas da China Charging Union totalizavam 7,642 milhões de unidades de recarga no país, das quais 2,462 milhões eram unidades de recarga pública, 5,180 milhões unidades de recarga de conjunto com veículo. A construção cumulativa das estações de troca de bateria totalizou 3,46 mil unidades. A construção cumulativa da província de Zhejiang, com 410 unidades, representou 11,8% do país, ficando em primeiro lugar na China.

Money Times - SP   17/10/2023

Um escândalo ocorrido em setembro na China e repercutido pela The Economist pode ter consequências para a dinâmica do mercado de carros elétricos em todo o mundo. Trata-se da prisão de Jia Tianjian, magnata conhecido como “rei do manganês”.

O industrial de 61 anos foi sentenciado pela justiça a cumprir regime fechado em razão do acúmulo de dívidas multibilionárias não pagas a credores. Tianjian entrou no radar das autoridades há mais de cinco anos, quando a sua estratégia de aquisições via alavancagem tomou contornos internacionais.

Como resultado da sua queda, a endividada Tianyuan Manganese Industry (TMI), uma das maiores mineradoras do mundo, passou para as mãos da justiça chinesa.

Esta poderia ser uma história com ramificações locais, se o manganês não fosse um componente crucial para a crescente indústria de carros elétricos no mundo. O metal é utilizado para produzir aço de alta qualidade, necessário para a produção de baterias de lítio que fazem os veículos funcionarem.

Com a reestruturação da TMI, cresce a preocupação a respeito do atual suprimento do manganês no mercado internacional, com potenciais restrições de oferta penalizando o preço final dos veículos elétricos.

A notícia ocorre em um momento em que montadoras chinesas, como a BYD,  passam por um “boom” de vendas no mercado doméstico e ambicionam uma expansão para outros continentes.

Além da China, que tem posição de dominância sobre metais requeridos para tecnologias mais limpas, é a África do Sul que pode acabar se destacando em um cenário de disrupção das cadeias de suprimento do metal.

Guerra de semicondutores: EUA reforçam medidas de restrições contra China

Além do manganês, a China deve lidar com outro desafio a sua indústria tecnológica. Trata-se das novas medidas de restrição de acesso a semicondutores avançados, colocadas em prática pelos Estados Unidos, e que deverão ser atualizadas ainda nesta semana, disseram fontes à Bloomberg News.

Embora o objetivo primário da ação seja impedir o desenvolvimento de tecnologias militares, obstáculos na comercialização de chips entre os dois países pode respingar no mercado de carros elétricos.

Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, fez objeções “à politização, instrumentalização e armamento das questões comerciais e tecnológicas dos EUA”.

“Continuaremos a monitorar os desenvolvimentos e a salvaguardar firmemente os nossos direitos e interesses”, acrescentou.

FERROVIÁRIO

Agência Senado - DF   17/10/2023

Foram promulgados os 19 dispositivos referentes ao Marco Legal das Ferrovias (Lei 14.273, de 2021). Os trechos chegaram a ser vetados pelo então presidente Jair Bolsonaro em 2021, quando o texto entrou em vigor para facilitar investimentos privados no transporte ferroviário, mas os vetos foram derrubados pelo Congresso Nacional no início de outubro. A promulgação dos artigos foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta segunda-feira (16).

Entre os trechos restaurados ao texto da lei estão a preferência na obtenção de autorizações para as atuais concessionárias e a proibição de que as empresas responsáveis pelas ferrovias outorgadas recusem, sem justificativa, o transporte de cargas.
Preferência

A lei aprovada pelo Congresso garante cinco anos de preferência para as concessionárias já existentes assegurarem as ferrovias dentro da sua área de influência que forem disponibilizadas para outorga, em condições idênticas à da proposta vencedora. A concessionária terá 15 dias para exercer esse direito. Bolsonaro havia vetado a regra alegando que essa possibilidade inviabilizaria a competição e afastaria o interesse de novos investidores.

Além disso, a lei garante às concessionárias atuais o direito à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, caso não ocorra a adaptação do contrato de concessão para autorização. A recomposição pode se dar por redução do valor da outorga, aumento do teto tarifário, supressão da obrigação de investimentos ou ampliação do prazo contratual.
Recusa

A lei também vedava a recusa de transporte de cargas fora das seguintes justificativas reconhecidas: a saturação da via, o descumprimento de condições contratuais e a indisponibilidade de material ou de serviços. No veto, o Executivo havia alegado que, como as outorgas são em regime de direito privado, deve ser garantida a discricionariedade do administrador da ferrovia.
Documentos

Também foram devolvidas ao texto da lei as seguintes exigências documentais:
Relatório executivo dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, necessário para requerer autorização de exploração de novas ferrovias. Informação de capacidade de transporte da ferrovia a ser construída, necessária para o chamamento público de interessados na obtenção de autorização para a exploração de ferrovias e para o contrato de autorização. Condições técnico-operacionais para interconexão e compartilhamento da infraestrutura ferroviária, necessárias para o contrato de autorização. Adiamento

Em outro dispositivo retomado, a lei determina que valores não-tributários auferidos pela União junto às operadoras ferroviárias (como multas e indenizações) devem ser reinvestidos em infraestrutura logística ou de transporte público, sendo que pelo menos metade vai para projetos estaduais. A justificativa do veto alegou risco à eficiência da gestão dos recursos públicos com essa obrigação.

A rejeição plena do veto ficou pendente até a próxima sessão do Congresso, que está prevista para terça-feira da próxima semana (24). Isso porque o veto se refere ao caput (enunciado) de um artigo e seu primeiro inciso, mas o caput não foi incluído na cédula de votação para a sessão de 4 de outubro. Com isso, o inciso foi restaurado à lei imediatamente, mas o caput ainda precisará ser votado. Há acordo firmado entre os parlamentares para garantir a derrubada do veto ao caput quando o dispositivo voltar à pauta.

NAVAL

A Tribuna - SP   17/10/2023

Obra de infraestrutura fundamental para aumentar a competitividade do Porto de Santos, a dragagem de aprofundamento do canal de acesso para 16 metros tem um orçamento estimado em R$ 324,1 milhões, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos. Atualmente, a Autoridade Portuária de Santos (APS) estuda uma nova modelagem de contrato, com um prazo mais longo que favoreça a eficiência operacional do acesso ao complexo e proporcione equilíbrio econômico-financeiro à empresa contratada.

Em nota, a APS informou que a profundidade atual do canal de navegação do Porto de Santos é de 15 metros e que já elabora o “anteprojeto da dragagem de aprofundamento para 16 metros, com possibilidade de avançar para 17 metros. Estão em avaliação questões ambientais, comerciais e técnicas para sua viabilização”.

Tecnólogo em logística e transportes, o sócio e consultor da Agência Porto Consultoria, Ivam Jardim, lembrou que, no que se refere ao aumento da profundidade do canal para 16 metros, “a publicação do edital está prevista para dezembro de 2025 e o início das obras em junho de 2026”.

Quanto a ampliar a profundidade do canal de navegação para até 17 metros na segunda fase, o que atende às expectativas das empresas que formam a cadeia produtiva do Porto de Santos, Jardim explicou que se trata de um empreendimento mais complexo.

“As exigências — documental, ambiental e técnica — são bem diferentes e distintas. Dessa forma, para se atingir essa profundidade, estuda-se diferentes modalidades, como abarcar apenas a dragagem ou também o serviço posterior de manutenção da profundidade”.

Exemplo paranaense

Quanto à concessão do canal de acesso do Porto de Santos à iniciativa privada nos mesmos moldes do canal do Porto de Paranaguá (PR), ou seja, para gestão, dragagem, manutenção e operação, Jardim disse que aprova a modelagem adotada no porto paranaense. O processo está em fase de audiência pública e este será o primeiro edital de concessão de um canal aquaviário no País.

“Como inovação ao contrato administrativo hoje praticado, tenho muitos elogios ao modelo de concessão. Entendo que o trabalho realizado pela Secretaria de Portos e Transportes Aquaviários junto à Autoridade Portuária local foi de muito diálogo nos últimos meses, de forma a dar conforto a diversas questões críticas que sempre inviabilizam contratos de longo prazo para esse tipo de serviço”.

No entanto, Jardim fez uma ponderação sobre riscos. “Esse modelo trará metas ao concessionário, porém, em contrapartida, dividirá o risco de custos não gerenciáveis, como variação cambial, preço do combustível marítimo e valor dos equipamentos de dragagem”.

Dragagem de manutenção

Atualmente, a dragagem de manutenção do canal de acesso do complexo portuário santista, que é diferente da de aprofundamento, está a cargo da empresa Van Oord. Segundo a APS, o contrato vigente tem prazo de dois anos, a vencer em março do ano que vem, no valor de R$ 392,9 milhões. Porém, se for necessário, poderá ser prorrogado.

“Há a previsão de prorrogação do contrato por até cinco anos e a possibilidade de nova licitação para a manutenção da profundidade, pois é um serviço contínuo que não pode deixar de ser prestado”.

Quanto à concessão do canal de acesso do Porto de Santos à iniciativa privada nos mesmos moldes do canal do Porto de Paranaguá (PR), ou seja, para gestão, dragagem, manutenção e operação, Jardim disse que aprova a modelagem adotada no porto paranaense. O processo está em fase de audiência pública e este será o primeiro edital de concessão de um canal aquaviário no País.

Quanto à concessão do canal de acesso do Porto de Santos à iniciativa privada nos mesmos moldes do canal do Porto de Paranaguá (PR), ou seja, para gestão, dragagem, manutenção e operação, Jardim disse que aprova a modelagem adotada no porto paranaense. O processo está em fase de audiência pública e este será o primeiro edital de concessão de um canal aquaviário no País.

A Tribuna - SP   17/10/2023

O Porto do Itaqui, no Maranhão, movimentou 27,5 milhões de toneladas de carga de janeiro a setembro de 2023, marcando um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para os embarques de milho que atingiram 1,4 milhão de toneladas em setembro, superando o recorde anterior de 1,3 milhão de toneladas, no mesmo mês de 2022.

Segundo a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), granéis sólidos e líquidos e carga geral puxaram o aumento na movimentação nos primeiros nove meses do ano.

De janeiro a setembro de 2023, foram movimentadas 19,8 milhões de toneladas de granéis sólidos, registrando alta de 10% em comparação ao acumulado do mesmo período em 2022. Já em granéis líquidos, o complexo portuário operou 6,5 milhões de toneladas no período.

Em relação à carga geral, somente no mês de setembro, o movimento registrado foi de 3,520 milhões de toneladas.

Para o presidente da Emap, Gilberto Lins, “os números positivos são resultado de empenho de nossa equipe e de muito planejamento, que se reflete em investimento contínuo em infraestrutura, eficiência operacional e parcerias estratégicas. Estamos focados em continuar aprimorando nossas operações para atender às demandas crescentes do mercado”.

Investing - SP   17/10/2023

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), assinaram nesta 2ª feira (16.out.2023) a autorização para a construção de um terminal de contêineres no Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado a 40 km do Recife.

O empreendimento terá um investimento de R$ 1,6 bilhão e deve duplicar a capacidade de movimentação de cargas no porto. O terminal será administrado pela APM Terminals, que financiará a construção do projeto. A empresa pertence ao grupo A.P. Moller – Maersk.

A estrutura terá capacidade de movimentar 400 mil contêineres por dia e vai ocupar uma área de 50 hectares. Segundo o ministério, o projeto possibilitará mais conexões com os principais portos do mundo, além de incrementar a movimentação de cargas por cabotagem.

“O Porto de Suape é o maior terminal do Nordeste e está entre os 5 maiores do Brasil. É um complexo que hoje, sem dúvida alguma, se transformou num hub internacional. Não podemos falar de desenvolvimento do Estado sem falar em desenvolvimento de Suape. É um ativo do nosso Estado, um ativo do Nordeste e é um ativo do Brasil”, disse Costa Filho.

As obras do terminal serão iniciadas em 2024 e a APM Terminals planeja iniciar as operações em 2026. O governo estima que, na fase de construção, o empreendimento vai gerar 500 empregos diretos e 2.000 indiretos. Quando estiver concluído, a estrutura vai criar 350 postos de trabalho diretos e 1.400 indiretos.

Segundo a governadora de Pernambuco, a construção do terminal vai fortalecer a infraestrutura portuária do Estado e de toda região Nordeste. “Os novos investimentos vão garantir mais competitividade para o porto de Suape e permitir que o nosso Estado se reposicione do ponto de vista logístico para o Brasil, internamente, e para o mundo”, disse Lyra.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   17/10/2023

Estarão em oferta na sessão pública do 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) a área com acumulação marginal de Japiim e 33 setores com blocos exploratórios, localizados em nove bacias sedimentares. As áreas em oferta no 4º Ciclo da OPC foram divulgadas hoje (16/10) pela Comissão Especial de Licitação (CEL) em comunicado no Diário Oficial da União (DOU). Veja a lista completa dos setores em oferta: https://www.gov.br/anp/pt-br/rodadas-anp/oferta-permanente/opc/4o-ciclo-oferta-permanente-concessao/setores-oferta.

Destaca-se a indicação de todos os 12 setores disponíveis na bacia de Pelotas, bem como de todos os 12 setores disponíveis em bacias maduras. Além disso, houve indicação de quatro setores na Bacia de Santos, quatro setores em bacias de nova fronteira terrestre (Paraná, Amazonas e Tucano Sul) e de um setor na porção marítima da Bacia Potiguar.

Até 8/11, todas as 87 licitantes inscritas poderão apresentar declarações de interesse acompanhadas de garantias de oferta para os setores divulgados hoje, que estarão em oferta na sessão pública do 4º Ciclo da OPC, a ser realizada no dia 13/12.

Saiba mais sobre o 4º Ciclo da OPC: https://www.gov.br/anp/pt-br/rodadas-anp/oferta-permanente/opc/4o-ciclo-oferta-permanente-concessao.

Empresas qualificadas para a Oferta Permanente de Partilha

Também foram divulgadas hoje no DOU três empresas qualificadas para participar do 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP). A lista completa das cinco empresas qualificadas até o momento pode ser acessada em https://www.gov.br/anp/pt-br/rodadas-anp/oferta-permanente/opp/2o-ciclo-oferta-permanente-partilha/qualificacao.

No caso da OPP, a qualificação é realizada antes da sessão pública e somente as empresas qualificadas poderão apresentar ofertas (diferentemente da OPC, em que a qualificação é realizada posteriormente, somente para as licitantes vencedoras).

O prazo para apresentação de documentos de qualificação havia terminado no dia 6/10, junto com o prazo de declarações de interesse para os blocos em oferta no edital. Os blocos que receberam declaração de interesse e estarão no 2º Ciclo serão divulgados no dia 18/10.

Até o dia 8/11, as empresas qualificadas também poderão ampliar seu interesse no certame, com a apresentação de novas declarações de interesse e garantias de oferta adicionais.

A sessão pública de apresentação de ofertas da OPP também ocorrerá em 13/12.

Saiba mais sobre o 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha: https://www.gov.br/anp/pt-br/rodadas-anp/oferta-permanente/opp/2o-ciclo-oferta-permanente-partilha.

Infomoney - SP   17/10/2023

A Petrobras (PETR4) informou nesta segunda-feira que produziu, como operadora, um recorde de 3,98 milhões de barris de óleo equivalente (boe) por dia no terceiro trimestre, 7,8% acima do trimestre anterior, com a entrada em operação de novas plataformas em importantes campos do pré-sal.

Além disso, a companhia disse, em fato relevante, que alcançou também um recorde mensal de produção operada em setembro, com 4,1 milhões de boe/dia, 6,8% superior ao registrado em agosto.

O montante considera o volume total produzido pelos campos operados pela empresa, incluindo as parcelas que pertencem a eventuais parceiros nos ativos.

“Esse resultado se deve principalmente ao crescimento da produção (ramp-up) das plataformas Almirante Barroso, que opera no campo de Búzios, e P-71, no campo de Itapu – ambas no pré-sal da Bacia de Santos – e das unidades Anna Nery e Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador – que operam na Bacia de Campos”, disse a empresa.

Os recordes também contaram com a contribuição de um menor número de paradas para manutenção das plataformas no período, acrescentou a Petrobras.

A companhia bateu ainda um recorde mensal da produção operada no pré-sal em setembro, quando atingiu a marca de 3,43 milhões de boe/dia naquela camada.

A Petrobras informou que sua projeção de produção operada para este ano está em revisão e que um novo número será publicado em 9 de novembro, junto com o resultado financeiro da companhia no terceiro trimestre.

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