IstoÉ Online - SP 17/08/2023
Um painel da Organização Mundial do Comércio (OMC) considerou, nesta quarta-feira (16), que as tarifas chinesas às importações americanas, em resposta aos impostos aplicados por Washington ao aço e ao alumínio chineses, são “incompatíveis” com as obrigações perante a entidade multilateral.
O relatório do grupo especial formado pela OMC para resolver a disputa entre as duas maiores economias do mundo determina que “a medida da China sobre tarifas adicionais” impostas a produtos originários dos Estados Unidos é “incompatível” com os artigos do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT).
Diário do Aço - MG 17/08/2023
Até o dia 31 de agosto, a Usiminas estará com inscrições abertas para o Programa de Estágio 2023 – Segundo Semestre. As vagas são para as unidades da Siderurgia, Mineração e Soluções Usiminas em Cubatão (Baixada Santista), Taubaté e Guarulhos (SP), Belo Horizonte, Santa Luzia, Ipatinga e Itatiaiuçu, Vitória (ES) e Suape (PE). Os candidatos devem estar cursando o Ensino Superior ou Técnico. O processo é aberto a pessoas com deficiência, destacou a empresa.
Outras informações e inscrições podem ser obtidas pelo site https://programasdeentradausiminas.gupy.io/
Valor - SP 17/08/2023
Cleveland-Cliffs e Esmark fizeram propostas recentes de mais de US$ 7 bilhões pela U.S. Steel, que iniciou avaliação estratégica dos seus negócios.
A ArcelorMittal está avaliando enviar uma proposta pela U.S. Steel, diz a agência “Reuters”, citando fontes com conhecimento das negociações.
A siderúrgica está conversando com investidores para tentar ir adiante com a proposta e não há certeza que irá adiante.
Cleveland-Cliffs e Esmark fizeram propostas recentes de mais de US$ 7 bilhões pela U.S. Steel, que iniciou avaliação estratégica dos seus negócios.
O Estado de S.Paulo - SP 17/08/2023
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira, 16, que a luta contra a inflação não está ganha e que é preciso perseverar para atingir a meta de 3,0%.
Campos Neto disse que a inflação acumulada em 12 meses, que estava em queda, deve começar a subir por efeito estatístico no segundo semestre. O presidente emendou que a média dos núcleos também tem recuado, ainda que siga acima do desejável, mas ressaltou que vê consistência nessa queda.
“Quando olhamos de forma geral, vemos a inflação de serviços e do núcleo de serviços bem comportada, indo na trajetória que esperávamos ao longo desses meses”, acrescentou.
Ele ainda afirmou que há uma queda da inflação em grande parte do mundo. Porém, a mesma velocidade de redução não é vista nos núcleos de inflação, disse. “Alguns lugares estão com os núcleos caindo; na América Latina é muito mais recente a queda, mas quando olhamos países avançados a queda dos núcleos tem sido muito baixa”, disse. O presidente do BC citou o exemplo da Inglaterra.
Campos Neto afirmou em seguida que, entre os países emergentes, Brasil e Chile têm a maior queda de inflação. O presidente da autarquia defendeu que o País é um dos poucos com expectativas de inflação dentro das bandas da meta em 2023, 2024 e 2025. No início de sua fala, Campos Neto também reafirmou que o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a começar juros diante do choque de inflação pós-pandemia.
O presidente do BC participou nesta manhã do 35º Congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Infomoney - SP 17/08/2023
A produção industrial total dos Estados Unidos cresceu 1,0% em julho, após quedas nos dois meses anteriores, informou nesta quarta-feira o Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A produção industrial total em julho ficou 0,2% abaixo do nível do ano anterior.
Os dados superaram as projeções de mercado. A mediana das estimativas apontava para alta de 0,3% na comparação mensal e queda de 0,1% na anual.
A utilização da capacidade aumentou para 79,3% em julho, uma taxa 0,4 ponto percentual abaixo da média de longo prazo.
A maioria dos principais grupos acompanhados registrou crescimento em julho. A produção de bens de consumo duráveis foi impulsionada por um salto de 4,8% na manufatura de artigos automotivos.
Segundo o Fed, o índice de mineração subiu 0,5% e o índice de serviços públicos aumentou 5,4% devido ao impacto da temperaturas muito altas em julho, que elevaram a demanda por refrigeração.
O clima anormalmente quente em julho elevou os índices de bens de consumo energéticos e materiais energéticos, que avançaram 3,7% e 2,1%, respectivamente. Em outros lugares, houve ganhos de 1% em bens de consumo não duráveis, equipamentos comerciais, bem como equipamentos de defesa e espaço. Dos principais grupos de mercado, os materiais de construção registraram a única queda.
IstoÉ Online - SP 17/08/2023
O governo da China afirmou nesta quarta-feira (16) que a recuperação após a pandemia será “tortuosa”, mas insistiu que as críticas da imprensa e dos políticos ocidentais são exageradas e que o tempo vai demonstrar que “estão equivocados”.
A declaração do porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, aconteceu após a divulgação de uma série de indicadores que aumentaram os temores sobre a recuperação da economia chinesa e de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmar que os crescentes problemas do país constituem uma “bomba-relógio”.
“A recuperação econômica da China vai registrar ondas e será um processo tortuoso que inevitavelmente enfrentará dificuldades e problemas”, afirmou Wenbin.
“Alguns políticos e meios de comunicação ocidentais exageraram os problemas periódicos do processo de recuperação posterior à pandemia, mas com o tempo será provado que estão equivocados”, acrescentou.
Os últimos indicadores publicados mostram que a China pode enfrentar dificuldades para alcançar a meta de crescimento de 5% este ano, depois que o ritmo de expansão entre o primeiro e segundo trimestres foi de apenas 0,8%
Outros indicadores, como as vendas no varejo, também mostraram sinais de fragilidade e a taxa de desemprego entre os jovens de 16 a 24 anos atingiu o recorde de 20%.
CNN Brasil - SP 17/08/2023
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou em evento nesta quarta-feira (16) que há ceticismo no mercado sobre o plano do governo federal de atingir metas de primário com medidas de aumento da arrecadação.
“Por que o mercado não acredita nesta entrega [de convergência do fiscal]? Para fazer essa entrega precisamos ter muita arrecadação. As pessoas tem ceticismo em relação a esta capacidade”, disse.
Campos Neto detalhou dados sobre o aumento de arrecadação necessário para que as metas de primário marco fiscal sejam atingidas. Para 2024, seria necessária elevação equivalente a 1,4% do PIB; para 2025, 1,5%; e para 2025, 1,7%.
O marco fiscal (em vias de ser promulgado pelo Congresso) estabelece como metas de primário: déficit zero em 2024; superávit de 0,5% do PIB em 2025; superávit de 1% do PIB em 2026. Há banda de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou menos.
Além de estabelecer metas, o mecanismo indica que as despesas do governo devem crescer anualmente entre 0,6% e 2,5% (acima da inflação).
“Mesmo com o arcabouço, o crescimento de gastos no Brasil em termos reais será bem acima da média do mundo emergente, o que faz com que haja uma desancoragem fiscal. Para cumprir ou precisaria de um crescimento muito grande ou mais arrecadação”, aponta o presidente.
Ele não deixou de destacar, contudo, que o governo vem se movendo para aprovar medidas que permitam a elevação de arrecadação e atingir as metas.
Reajuste de combustíveis foi “acerto” do governo
Campos Neto disse no mesmo evento que o recente reajuste no preço dos combustíveis vai impactar a inflação de 2023, mas foi “decisão acertada” do governo.
“Tivemos o reajuste dos combustíveis, que vai ter um impacto em 2023. Confesso que achei acertado. Não é bom ter distanciamento dos preços [internacionais], mesmo que o reajuste tenha impacto negativo [na inflação]. A gente acha que foi uma decisão acertada”, disse.
Na última terça-feira (15), Campos Neto havia indicado que o reajuste anunciado pela Petrobras terá impacto de 0,4 ponto percentual na inflação de agosto e setembro.
Infomoney - SP 17/08/2023
A produção e o emprego industrial apresentaram queda em julho, sinalizando uma piora do desempenho. Os dados constam da Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de evolução da produção ficou em 47,8 pontos em julho, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que significa que a produção caiu frente ao mês anterior. Essa foi a segunda queda consecutiva do indicador.
Segundo a CNI, “esse resultado não é usual para o período, visto que o valor médio do índice de evolução da produção para os meses de julho é de 51,0 pontos, ou seja, a produção industrial usualmente aumenta na passagem de junho para julho”.
O emprego industrial teve índice de evolução de 48,4 pontos em julho, também abaixo da linha de 50 pontos, que separa queda de alta de emprego. Esse foi o décimo mês consecutivo em que o emprego do setor não apresentou crescimento.
Com relação à Utilização da Capacidade Instalada (UCI), o indicador ficou estável em julho, em 69%, o mesmo registrado no mês anterior. Segundo a CNI, este é o terceiro mês consecutivo que a UCI se encontra nesse patamar.
O índice de julho de 2023 foi o mais baixo para o mês nos últimos três anos. O índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual ficou em 42,6 pontos em julho, o mesmo verificado em junho.
A Sondagem também mediu o índice de evolução do nível de estoques, que subiu de junho para julho, ficando em 51,6 pontos. O resultado acima da linha dos 50 pontos indica crescimento dos estoques.
“Desde fevereiro, o índice encontra-se acima dos 50 pontos, mostrando acúmulo de estoques”, destaca a pesquisa. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado foi de 52,3 pontos em julho. “Ao situar-se acima da linha divisória de 50 pontos, o índice mostra que o nível de estoques de produtos finais efetivo ao fim de julho está acima do planejado pelas empresas.”
Expectativas
Apesar do fraco desempenho da produção, todos os índices de expectativas de agosto estão acima dos 50 pontos, revelando otimismo do empresário industrial. Segundo a Sondagem, o índice de expectativa de demanda de agosto ficou em 55,6 pontos, estável na comparação com mês anterior.
O índice de expectativa de número de empregados registrou leve aumento na passagem de julho para agosto, de 0,3 ponto, chegando a 51,4 pontos. O indicador de expectativa de compras de matérias-primas teve queda de 0,7 ponto em agosto, registrando 52,8 pontos.
O indicador que mede expectativa de quantidade exportada teve maior queda, de 1,4 ponto, mas ainda assim as expectativas ficaram em patamar favorável, de 50,8 pontos.
Com relação à intenção de investimento, a pesquisa mostra que ela tem oscilado ao longo do ano, com avanços e recuos. De julho para agosto, o indicador ficou em 53,5 pontos, o que representa uma queda de 0,6 ponto.
A Sondagem foi feita com 1.625 empresas, entre os dias 1º e 9 de agosto.
Infomoney - SP 17/08/2023
Um tom mais leve a respeito da inflação e outro mais duro em relação à resiliência da atividade econômica foram os dois pontos destacados pelos analistas sobre a Ata da reunião do Fomc dos dias 25 e 26 de julho, quando o Comitê do Fed decidiu elevar as taxas de juros nos EUA em 25 pontos-base. Como foi observada também uma divisão sobre os impactos da política monetária sobre atividade e inflação, não é descartada uma nova alta de juros na próxima reunião, marcada para 19 e 20 de setembro.
Andressa Durão, economista da ASA Investments, afirma que, apesar de uma avaliação sobre a inflação mais “dovish” que na decisão anterior, a Ata deixou mais clara a reavaliação dos membros do Fomc a respeito da resiliência da atividade econômica. Portanto, o documento teve um tom geral mais duro (“hawk”) pelo Fed.
A economista destaca que a Ata cita a possibilidade de um ajuste adicional dos juros – assim como já havia feito o comunicado pós-reunião. Isso caso a totalidade dos dados de inflação e atividade sugiram que há necessidade de mais aperto.
“Parece que estão dando peso considerável aos dados fortes de atividade no sentido de indicarem riscos altistas para a inflação à frente, confirmando um viés de alta para os juros”, avalia..
Para André Cordeiro, economista-sênior do Banco Inter, o documento mostrou que existe uma certa divisão entre os membros do Comitê. Um grupo ainda enxergam riscos de alta para a inflação e que o mercado de trabalho ainda está bastante aquecido. “Na visão desse grupo, altas adicionais na taxa de juros podem ser necessárias”, afirma.
O outro grupo, por sua vez, observa que apesar desses fatores, ainda existe um risco de recessão devido ao efeito defasado da política monetária, cuja contração ainda pode não ter se materializado completamente na atividade real.
“Para esse grupo, o cenário atual aumenta a incerteza sobre a capacidade do Comitê em alcançar o seu mandato duplo, fazendo necessário que as decisões considerem o balanço de riscos. Evitando assim o risco de contrair a política monetária além do necessário”, detalha.
Cordeiro comenta, entretanto, que ambos os grupos concordam que a recessão, se houver, não ocorrerá esse ano, e continuam enxergando resiliência na atividade econômica. “Portanto, a Ata indica que os próximos passos do Fed são incertos e dependerão dos dados econômicos”, afirma.
O economista lembra que, antes da próxima reunião, haverá a divulgação de mais um dado do mercado de trabalho (Payroll) e da inflação de agosto e que esses dados serão essenciais para a reação do Fed.
“Por um lado, vemos a tendência de desinflação se manter. Ao mesmo tempo, observa-se um mercado de trabalho ainda muito apertado e os dados de atividade mostrando uma forte retomada. Portanto, não se pode descartar a possibilidade de uma nova aceleração da inflação, o que pode levar a novas altas nas próximas reuniões”, conclui.
Já Marcos de Marchi, economista-chefe da Oriz Partners, viu a última ata do Fomc demonstrando que a maioria dos membros ainda percebe riscos altistas significativos para a inflação. Assim, afirma, poderá ser necessário um novo aperto da política monetária no futuro.
“Importante destacar, no entanto, que após a reunião a inflação de julho apresentou números mais benignos do que os esperados pelo mercado. Portanto, a divulgação desses dados pode ter proporcionado algum alívio a essas preocupações.”
Marchi lembra que, uma vez que o próprio presidente da instituição (Jeorme Powell) ressaltou que os dados de inflação e do mercado de trabalho teriam um papel crucial na orientação da próxima decisão, é possível acreditar – por ora – que a desaceleração das contratações em julho e a diminuição do núcleo da inflação aumentam a probabilidade de que os juros sejam mantidos na próxima reunião.
Sávio Barbosa, economista-chefe da Kínitro, afirma que o principal objetivo da leitura da ata do Fomc nesta quarta-feira era buscar alguma informação que ratificasse ou não a leitura do mercado que o ciclo de alta de juros teria se encerrado na reunião de julho. Mas para ele, os sinais foram mais “hawkish”, ou altistas em relação a perspectiva de juros.
“A Ata relata que a maioria dos membros do Comitê acredita que o risco para a inflação ainda é altista e que isso pode fazer com que seja necessário novos aumentos de juros à frente”, comenta.
Em relação à inflação, Barbosa comenta que os participantes destacaram diversos sinais de moderação, como a desaceleração do núcleo de bens, preços mais baixos na internet, evidência de menores repasses de preços por parte das empresas, redução de ritmo da inflação de moradia e queda das expectativas de inflação de curto prazo. Mas diversos participantes afirmaram que essa moderação ainda precisa se mostrar de forma mais clara na inflação de serviços ex-moradia.
“Os participantes também ressaltaram que, mesmo com a melhora recente, a inflação segue muito acima do objetivo do Comitê. Assim precisarão ver mais dados para que consigam ter confiança que a economia está alcançando um equilíbrio melhor entre oferta e demanda. Em suas discussões sobre estabilidade financeira os participantes afirmaram que o sistema bancário segue saudável e resiliente, que o estresse no setor acalmou nos últimos meses.”
Dúvida
Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, afirma que a citação na Ata da resiliência do desemprego (baixo) e da inflação (ainda alta) sugerem que o ciclo de alta ainda não terminou, mas que as opiniões divergentes dentro do Fomc devem aumentar apostas em pausa na reunião de setembro.
Para ele, as informações adicionais de percepções e projeções, tanto de analistas do Fed como do mercado, não confrontam a principal mensagem do comunicado divulgado após a reunião: existe o entendimento de que a atividade evolui com ritmo moderado, mas com taxas de desemprego baixas e inflação ainda elevada.
“A decisão de elevar a taxa de juros foi apoiada pela maioria dos participantes como meio de restabelecer o equilíbrio entre oferta e demanda na economia. Entretanto, houve o reconhecimento de que condições de crédito iniciavam um processo de aperto e que a defasagem dos impactos da restrição monetária poderia produzir um desaquecimento maior do que o pretendido”, comenta Igliori.
O economista lembra que a última leitura do índice de preços ao consumidor (CPI), que subiu marginalmente em julho de 3,0% para 3,2% em 12 meses, com o núcleo caindo ligeiramente (de 4,8% para 4,7%), foi interpretada por muitos analistas como evidência de que as chances de uma pausa na próxima reunião do Fomc teriam aumentado. “É possível que a análise da ata vá na mesma direção por parte do mercado.”
“Existe uma possibilidade real de que ocorra uma pausa nos aumentos em setembro, mas se isso significará o encerramento do ciclo ou não ainda está totalmente em aberto. Em conjunto com as incertezas domésticas dos EUA existe um cenário internacional com renovadas turbulências, particularmente vindo da China”, pondera.
Pausa?
Mas também há quem considere que os sinais apontam mais para uma pausa do que para uma alta em setembro. Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital, destaca que a minuta do Fed trouxe elementos que sugerem um colegiado que deseja mais graus de liberdade nessa nova fase da política monetária. Ela citou o trecho da Ata em que o Comitê expôs dúvidas sobre a intensidade do impacto da política restritiva.
A economista afirma que o comunicado condiz com uma pausa na próxima reunião para análise dos dados correntes. “Ainda não é um ambiente no qual se sintam confortáveis para afirmar que o ciclo já terminou”, pondera.
Para ela, o problema surge dos dados de atividade divulgados nos últimos dias, que impulsionaram as projeções econômicas para o terceiro trimestre. “O varejo e a indústria tiveram um desempenho muito forte em julho. Pode ainda haver um problema no ajuste sazonal, nós temos sido afetados por essa questão no pós-pandemia, mas no mínimo devem justificar um discurso ‘hawkish’ por trás da pausa nos juros na próxima reunião”, avalia.
Débora diz que ainda espera que até novembro se tenha mais clareza sobre a moderação da atividade. “Na confirmação de nossa expectativa de uma janela benigna de dados de inflação, o Fed não subirá os juros também em novembro, mantendo-os no nível atual de 5,5%”, prevê.
Investing - SP 17/08/2023
Um painel de resolução de disputas da Organização Mundial do Comércio (OMC) considerou que a China violou normas comerciais ao aplicar taxas contra os Estados Unidos em 2018. Na época, a medida chinesa foi um resposta a tarifas impostas pelos americanos às importações de aço e alumínio.
O Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) celebrou o veredicto. "A decisão da China de prosseguir com essa disputa destaca sua hipocrisia ao processar os Estados Unidos na OMC e, ao mesmo tempo, retaliar unilateralmente com tarifas", disse o porta-voz do USTR, Sam Michel.
Segundo a Xinhua, a China protestou contra o julgamento da OMC e pediu que os EUA "cancelem imediatamente" as tarifas impostas em 2008.
Infomoney - SP 17/08/2023
O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse, nesta quarta-feira (16), que as obras previstas no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dependem da aprovação do arcabouço fiscal. “Se tivermos a volta do teto de gastos, teremos um País que investe pouco”, afirmou, em apresentação das obras do Novo PAC, em Brasília.
Ele disse, contudo, que acredita na aprovação do arcabouço pelo Congresso. “Mas é importante que o governo amplie os diálogos. Sinto que isso ocorrerá, em uma democracia é sempre assim”, destacou.
Renan Filho diz que uma obra estar no Novo PAC significa garantia de recursos para a conclusão dela. “É uma obra que tem o correspondente recurso à luz da responsabilidade fiscal”, afirmou.
O programa lançado na última semana prevê a inclusão de obras em andamento e outras que estavam paralisadas, além do lançamento de novas. Para que as perspectivas se efetivem, porém, o ministro condiciona a aprovação do arcabouço fiscal e o cumprimento das metas.
“Se tivermos o cumprimento de resultados primários, poderemos ter ainda mais recursos. Os recursos atuais previstos estão dentro de uma análise conservadora (do cumprimento das metas do arcabouço fiscal)”, afirmou Renan Filho.
Rodovias com avaliação positiva
Segundo o ministro dos Transportes, o governo federal pretende alcançar avaliação positiva de 80% das rodovias até o final da atual gestão, contra 54% atuais. “Recebemos a malha viária na pior condição e índices mostram que já há melhora. Esperamos um ponto de inflexão na próxima avaliação”, disse sobre análise que é feita periodicamente pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A projeção do ministro é de ter “no máximo” 20% da malha classificada como regular, ruim ou péssima até o final da atual gestão. “Temos que manter o que temos e fazer novas obras”, afirmou ao destacar as diferentes características das obras previstas no PAC.
O diretor-geral do Dnit, Fabrício Galvão, disse que a estimativa é de que no final deste ano já se alcance avanço das melhorias, com possibilidade de ter 62% de rodovias classificadas como boas.
Money Times - SP 17/08/2023
Os contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian subiram nesta quarta-feira (16), a caminho da quinta sessão consecutiva de ganhos, com um corte inesperado na taxa básica de juros do banco central da China.
Os preços do minério de ferro em Cingapura, no entanto, caíram, à medida que os preços das novas residências na China recuaram pela primeira vez este ano em julho, somando-se a um clima de negociações cautelosas após uma série de dados pessimistas da China, maior produtor mundial de aço e consumidor de metais.
O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações do dia com alta de 0,8%, a 738,50 iuanes (US$ 101,23) por tonelada.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de setembro de referência do ingrediente siderúrgico caiu 0,3%, para US$ 100,65 por tonelada.
“A fraqueza contínua no setor imobiliário continua sendo um vento contrário para o mercado de aço e minério de ferro. No entanto, o corte do PBOC nas taxas de empréstimos de um ano em 15 pontos-base para 2,5% aumentou alguma esperança de estabilização no mercado imobiliário”, disseram estrategistas de commodities do ANZ em nota.
Os dados pouco inspiradores dos preços das novas residências na China espelharam a fraqueza do setor imobiliário local em apuros, situação que os analistas esperam que persista e arraste o crescimento econômico, aumentando a pressão para que Pequim promova medidas de apoio mais ousadas para sustentar a atividade.
A implementação gradual da política chinesa de mais um ano de controle da produção de aço bruto também pode reduzir os preços do minério de ferro e de outros ingredientes siderúrgicos.
O Estado de S.Paulo - SP 17/08/2023
A VinFast, marca vietnamita de carros elétricos que quer conquistar os mercados dos Estados Unidos e da Europa, celebra nesta quarta-feira, 16, a sua bem-sucedida estreia no índice norte-americano Nasdaq, com uma capitalização superior à de gigantes automobilísticas como a Ford e a General Motors.
As ações da empresa abriram na terça-feira em US$ 22 e terminaram em US$ 37,06, um ganho de 68% que impulsionou a avaliação da VinFast para US$ 85 bilhões, acima da de grandes fabricantes locais como Ford (US$ 48 bilhões) ou General Motors (US$ 46 bilhões) nesta quarta.
“O bem-sucedido IPO não apenas apoia o compromisso da VinFast com a mobilidade sustentável em escala global, mas também desbloqueia o acesso aos mercados de capitais”, disse a diretora global da VinFast, Thuy Le, em comunicado à imprensa na quarta-feira.
O aumento também impactou a fortuna do principal acionista da VinFast, Pham Nhat Vuong, o homem que à frente do conglomerado de negócios Vingroup se tornou o mais rico do Vietnã e controla 99% das ações da VinFast.
O IPO da VinFast ocorreu no momento em que a marca vietnamita busca se expandir nos Estados Unidos, onde já começou a construção de uma fábrica, e na Europa, onde participa de inúmeras feiras e planeja abrir 50 pontos de venda nos próximos anos.
No entanto, apesar das suas ambições, o progresso é lento: dos três mil veículos enviados para os Estados Unidos desde o ano passado, apenas 137 foram registrados, segundo dados publicados nesta quarta na imprensa vietnamita.
No mercado vietnamita, a empresa indicou ter entregue 19 mil carros elétricos de diferentes modelos nos primeiros seis meses do ano, embora não tenha especificado quantos foram para a Xanh SM, empresa de táxi elétrico pertencente ao mesmo conglomerado empresarial com forte desenvolvimento nos últimos meses. / EFE
Diário do Comércio - MG 17/08/2023
O segmento de veículos comerciais está em queda neste ano, sobretudo por influência da alta taxa de juros e da introdução de um novo padrão de produção (Euro 6). Mesmo assim, a montadora Iveco, com fábrica em Sete Lagoas, na região Central do Estado, vem ganhando mercado no País e batendo recordes de participação nas vendas. Os expressivos resultados, aliados à expectativa de uma contínua redução da Selic, ainda levam a fabricante antever 2024 com bastante otimismo.
Conforme o presidente da Iveco para a América Latina, Marcio Querichelli, até o momento, está previsto para 2023, um recuo de aproximadamente 30% nas vendas do segmento de veículos comerciais no Brasil. Segundo ele, a previsão é de que sejam comercializados em torno de 100 mil unidades no atual exercício, sendo que no ano anterior foram negociados cerca de 140 mil.
O executivo ressalta que, embora a empresa também enfrente uma queda no volume de vendas, sua participação no mercado nacional segue crescendo. Em julho, inclusive, a marca alcançou o maior market share de sua história no País, iniciada em 1997. A explicação para tal feito está na estratégia da companhia de criar novos produtos, ampliar a rede e promover melhorias na fábrica. Desde 2022, foram investidos R$ 600 milhões e até 2025, serão aportados mais R$ 400 milhões.
Para o ano que vem, Querichelli está otimista. Entretanto, de acordo com ele, para que os clientes tenham condições favoráveis de compra e o mercado realmente “destrave”, é necessário que se acelere o ciclo de redução da taxa de juros, com a Selic alcançando um patamar abaixo de dois dígitos e seguindo em uma tendência de queda. Segundo o presidente da Iveco, também é preciso haver o retorno da linha de financiamento de máquinas e equipamentos (Finame).
“Hoje, o mercado de veículos comerciais está travado. Nós vendemos para o setor agrícola, para exportação e isso está indo muito bem. Os números de fechamento do primeiro semestre do Brasil são ótimos. Só que a taxa de juros alta complica o cliente adquirir o veículo financiado. Está difícil de ele conseguir pagar o valor da parcela do financiamento por conta disso”, afirmou.
“Esse é o desafio. Então o nosso pedido para o Ministério da Indústria e da Economia, é que, de fato, eles acelerem o processo de redução da taxa de juros e, principalmente, o Finame, que é uma é um mecanismo muito interessante usado no passado e estamos pedindo para que ele seja reativado em condições mais propícias. Assim o mercado destrava e voltamos para 140, 150 mil veículos vendidos sem problemas”, completou.
Expansão das exportações da fábrica mineira
Outro resultado significativo da Iveco está na evolução das exportações. Conforme Querichelli, em 2019, o volume de vendas externas da fábrica de Sete Lagoas era praticamente incipiente e para este ano, a previsão é de comercializar cerca de duas mil unidades. Segundo ele, no período, a montadora aumentou em sete vezes o número de exportações da planta mineira.
Ainda de acordo com o executivo, a fabricante está dimensionando a fábrica instalada no Estado para ser, cada vez mais, um polo exportador, principalmente para a América Latina. E no prazo de três a cinco anos, pretende alcançar o número de 5 mil unidades exportadas anualmente, volume praticamente igual ao que é embarcado pela planta de Córdoba, na Argentina.
Entrega de veículos da Iveco no programa de renovação de frota
Na manhã de ontem (16), a Iveco realizou a entrega simbólica de 20 caminhões para o Grupo Sada, com sede em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e 10 ônibus urbanos para a empresa Auto Viação Nossa Senhora da Piedade, do Paraná. Essa foi a primeira grande negociação da montadora no âmbito do programa de renovação de frota do governo federal e envolveu cifras da ordem total de cerca de R$ 30 milhões.
Além dos representantes da Iveco e das empresas compradoras dos veículos, participaram do encontro diversas autoridades, entre elas, o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). Os dois destacaram a importância da iniciativa, que visa fomentar a indústria nacional, gerar novos empregos e contribuir para a descarbonização mundial.
Construção Latino-americana - SP 17/08/2023
O veículo oferece desempenho, disponibilidade, facilidade de manutenção e bom custo total de propriedade. “O modelo é ideal para o deslocamento de material em pedreiras e mineradoras. O R60 é altamente eficiente, resistente e equipado com a mesma tecnologia de outros modelos de caminhões rígidos Volvo já aprovados em operações ao redor do mundo”, diz Boris Sánchez, head de gerenciamento de produtos e serviços de produtividade da Volvo CE na América Latina.
Com 4,6 metros de altura, 5,9 de altura e 10 metros de comprimento, o modelo tem peso líquido de 44,8 toneladas e capacidade para até 54 toneladas de carga. O R60 se soma à família de caminhões rígidos da Volvo, que oferece também no Brasil o R70D, que movimenta até 65 toneladas de carga, e o R100E (95 toneladas). O R60 é um projeto novo e moderno que privilegia a produtividade e a segurança. Itens como a telemetria, o powertrain atualizado e o desenho da caçamba elevam a eficiência do caminhão. Todos os modelos são fabricados na Escócia e contam com suporte global da marca.
Produtividade e segurança
O novo R60 tem cabine que atende as normas ROPS, de proteção contra tombamento, e FOPS, contra queda de objetos no teto da estrutura. Posicionada à esquerda, a estação do operador oferece visão livre, auxiliada também pelos retrovisores de grande área. O amplo para-brisa amplifica a visão frontal, com uma melhora significativa da segurança da operação. Dentro, uma série de recursos entregam conforto elevado: ambiente climatizado, monitores posicionados ergonomicamente, controles responsivos, assento e volante ajustáveis com suspensão pneumática. O sistema de câmeras Volvo Smart View garante visão panorâmica de 360° da zona de trabalho.
Nova caçamba
A caçamba tem desenho que centraliza a carga, posiciona o centro de gravidade mais próximo do chão e melhora a estabilidade. A suspensão avançada do R60 reduz a transferência de impacto e vibrações do solo para o operador.
Outro recurso importante para a segurança e performance da operação são os dois sistemas para controle em declives. O retardador da transmissão limita o travamento das rodas. E o modulador do freio traseiro ajuda a manter uma rotação controlada do motor. A velocidade máxima é de 61 km/h.
Tecnologia e manutenção
O sistema de pesagem a bordo, o On-Board Weighing, fornece informações sobre a carga útil em tempo real. Outro opcional que intensifica os resultados da operação é o sistema de telemetria para o acompanhamento remoto da operação.
Apesar de gigante, o R60 tem manutenção simplificada. Um exemplo são os pinos e buchas de suspensão. O modelo tem 15 no total, a maior parte de tamanho único. “Facilita a manutenção porque não demanda tamanhos variados em estoque. O R60 tem disponibilidade elevada porque o seu projeto é para um custo de manutenção baixo, com componentes confiáveis e reconhecidos do mercado”, explica Sánchez.
Demanda favorável
“O Brasil passa por um momento em que projetos que estavam parados começam a sair do papel. Isso aumenta a demanda para diversos tipos de máquinas, incluindo caminhões rígidos”, afirma Marcelo Magalhães, head de contas estratégicas (key accounts) da Volvo CE. “Estamos otimistas, não só com o novo R60 mas com o potencial de mercado para toda a linha de caminhões rígidos Volvo”, finaliza o executivo.
Infomoney - SP 17/08/2023
Os pedidos de hipotecas nos Estados Unidos caíram 0,8% na semana encerrada em 11 de agosto de 2023 ante a semana anterior, somando assim a quarta retração consecutiva, segundo dados da pesquisa semanal da Mortgage Bankers Association (MBA). A taxa de juros média do contrato para hipotecas de taxa fixa de 30 anos aumentou 7 pontos-base no período, para 7,16%, a maior desde outubro de 2022.
Segundo a MBA, os pedidos de refinanciamento do empréstimo à habitação caíram 1,9% na semana e os pedidos de compras recuaram 0,3%.
Segundo Joel Kan, economista da MBA, o setor tem sofrido o impacto dos indícios de resiliência da economia dos EUA, que representam um desafio para o Federal Reserve conseguir reduzir a inflação.
Valor - SP 17/08/2023
De acordo com o ministro, o trem-bala não foi incluído no Novo PAC porque o governo entendeu que o valor da obra, em torno de R$ 50 bilhões, não encontra recurso suficiente no orçamento público
O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse hoje que o governo poderia discutir uma participação minoritária em eventual projeto para a construção do trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo. Tudo vai depender, no entanto, da disposição do setor privado para investir na obra.
De acordo com o ministro, o trem-bala não foi incluído no Novo PAC porque o governo entendeu que o valor da obra, em torno de R$ 50 bilhões, não encontra recurso suficiente no orçamento público. O projeto recebeu autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e aguarda a manifestação de interessados.
Caso apareça algum investidor, disse Renan, o governo federal poderia avaliar uma participação minoritária, por tratar-se de “um projeto altamente estruturante para o país”. “Se o investidor não conseguir fazer os R$ 50 bilhões, mas puder fazer R$ 40 bilhões, por exemplo, poderíamos pensar em entrar com os R$ 10 bilhões”, disse ele.
PAC x arcabouço fiscal
O ministro, ao detalhar os projetos de rodovias e ferrovias incluídos no novo PAC, afirmou que a inclusão no programa significa a garantia do governo federal de que haverá recursos para a execução das obras, sejam eles públicos ou privados.
Ele lembrou, entretanto, da importância de aprovar o novo arcabouço fiscal, cujo texto ainda está pendente na Câmara dos Deputados. Segundo Renan, uma vez aprovadas as novas regras fiscais, o PAC poderá, inclusive, crescer, caso o país alcance as metas de superávit primário.
“O Brasil fez um esforço para abrir espaço fiscal para investimento. E esse espaço está sendo ocupado por uma seleção de obras que terão recursos para sua execução, à luz da sustentabilidade fiscal”, afirmou o ministro. “Tem garantia de recursos para seguir adiante desde que arcabouço fiscal seja aprovado”, completou.
Segundo Renan, o governo ainda precisa "azeitar sua base" no Congresso Nacional, mas ele não enxerga a possibilidade de uma rejeição ao arcabouço e o retorno da regra do teto de gastos.
“Se o Congresso não aprovar o arcabouço fiscal, volta o teto de gastos. Volta o teto, transforma o Brasil em um país que investe muito pouco. Isso é uma ideia inteligente? Não. O Congresso vai fazer isso? Presumo que não. Mas é sempre muito importante ampliar o diálogo e fazer um esforço adicional”, disse o ministro.
A lista divulgada pela pasta aponta investimentos totais de R$ 280 bilhões em transportes terrestres, sendo R$ 79 bilhões em recursos públicos e R$ 201 bilhões em investimentos da iniciativa privada. As rodovias receberiam R$ 185,9 bilhões em aportes e as ferrovias, R$ 94,2 bilhões.
A região Sudeste representa 35% do total de investimentos, seguida pelo Sul, com 22%. Logo depois aparece o Nordeste, com participação de 18%, o Centro-Oeste, com 17% e o Norte, com 8%.
Valor - SP 17/08/2023
Caso a Invepar devolva a Via 040, as 11 praças de pedágio serão desativadas, e os serviços mecânicos, de conservação, monitoramento e emergência deixarão de ser prestados
A dois dias do fim do contrato de concessão, o futuro da BR-040 no trecho entre Juiz de Fora (MG) e Brasília segue indefinido. Administrada pela Invepar, a rodovia batizada de Via 040 está em processo de relicitação e a devolução do ativo à União está marcada para esta sexta-feira (18).
Em meio a um impasse entre a empresa e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a decisão sobre um novo adiamento desse prazo foi parar na Justiça, que decidirá na sexta - último dia de contrato - se a concessionária deve ou não seguir prestando serviços por mais alguns meses.
Caso a Invepar devolva a Via 040, as 11 praças de pedágio serão desativadas, e os serviços mecânicos, de conservação, monitoramento e emergência deixarão de ser prestados. O trecho, então, passaria a ser administrado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Com 936 quilômetros de extensão, a rodovia foi concedida em 2014 por um período de três décadas. No entanto, pouco mais de três anos depois, em 2017, a Invepar anunciou que entraria com um pedido de relicitação, que é a devolução amigável do ativo para que um novo leilão seja feito pelo governo. O pedido foi aprovado em 2019.
Em seu site, a Via 040 afirma que, desde o início da operação, vem enfrentando um quadro desafiador e diferente do período que antecedeu o leilão, realizado em 2013.
"As condições de financiamento bancário para investimentos foram modificadas, houve atrasos e fragmentação na emissão das licenças ambientais para execução de obras e, além disso, a redução significativa da atividade econômica brasileira afetou diretamente o tráfego de veículos e passageiros", diz o comunicado.
A companhia ainda alega prejuízo financeiro e diz que, entre o início da concessão e dezembro de 2020, perdeu R$ 1,1 bilhão.
Com o caixa devastado, a concessionária deixou uma série de obrigações não cumpridas. Dos 557 quilômetros previstos em edital para serem duplicados, por exemplo, apenas 73 quilômetros foram executados.
Em 2020, após aderir ao programa de relicitação, a Via 040 assinou um termo aditivo de contrato, estabelecendo um novo prazo para a empresa seguir administrando a rodovia.
A expectativa era que nesse período o governo fizesse estudos de modelagem e estabelecesse as condições para realizar um novo leilão transferindo a BR-040 para outra concessionária.
Mas isso não ocorreu e, dois anos depois, em fevereiro de 2022, a ANTT aprovou a prorrogação do termo aditivo por 18 meses, com prazo final para 18 de agosto de 2023.
Faltando menos de 20 dias para a data-limite, e sem uma nova licitação a vista, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública em 1º agosto pedindo que a Via 040 seja obrigada a dar continuidade aos serviços essenciais até a conclusão do processo de relicitação.
A intenção é evitar o abandono do trecho. Na avaliação do MPF, o encerramento das relações contratuais é ilícito e pode prejudicar o patrimônio público e os direitos dos usuários da rodovia.
Para tentar chegar a uma solução consensual, uma audiência com a Invepar e a ANTT foi marcada para o último dia 10, na Justiça Federal, em Belo Horizonte. Mas a reunião terminou sem acordo.
Uma segunda tentativa de audiência ocorreu na tarde desta quarta-feira (16) - novamente sem consenso.
De acordo com uma pessoa envolvida diretamente nas negociações, a proposta da concessionária foi: usar R$ 125 milhões em tarifa amortizada para custear a prestação de serviços por mais seis meses (até fevereiro). A ANTT teria recusado.
Com o impasse, a decisão sobre o futuro da Via 040 será tomada pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 6ª Região até a sexta.
A expectativa de envolvidos é que a Justiça acate o pedido do MPF para que a concessionária permaneça por mais alguns meses.
Procurada, a Invepar disse que não comenta processos que tramitam na Justiça.
Em nota, a ANTT disse que a audiência promovida pelo MPF não resultou em acordo, mas que continua mantendo diálogo com a concessionária sobre a gestão da rodovia.
"A agência ressalta que, tão logo houver uma decisão sobre a condução do trecho, a informação será amplamente divulgada."
Problemática
A Via 040 é um dos ativos de infraestrutura que vêm sendo chamados de "concessões estressadas". Nessa lista, estão aeroportos, rodovias e ferrovias que passaram a ser administrados pela iniciativa privada nos últimos anos e hoje apresentam desequilíbrio financeiro grave, que praticamente inviabilizam a operação.
Fazem parte desse grupo os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Viracopos, em Campinas (SP). Também estão em relicitação a ferrovia Rumo Malha Oeste, e outras quatro rodovias: Arteris Fluminense, Eco101, MSVia e Concebra.
Boa parte dos ativos estressados foi concedida à iniciativa privada durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). No caso das estradas, a maioria dos ativos problemáticos foi leiloada na chamada terceira etapa do programa de rodovias.
Empresários e especialistas apontam que as concessões dessa época acabaram sendo frustradas pela crise financeira iniciada em 2014, pela Operação Lava-Jato, e principalmente por problemas na modelagem dos contratos - que exigiam investimentos volumosos dos operadores num prazo curto e antecipavam uma demanda muito maior do que veio a se concretizar.
"Falava-se em duplicação de ponta a ponta num curto espaço de tempo, isso também levava o fluxo de caixa desses projetos a ficar muito vulnerável às mudanças macroeconômicas. E essas mudanças vieram", diz Marco Aurélio de Barcelos, diretor-presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
O mecanismo da relicitação - sancionado em 2017 e regulamentado em 2019 - foi uma forma de tentar resolver o problema desses ativos. Por meio dele, o governo federal pode estabelecer condições para que um novo leilão seja feito. Até lá, a concessionária deve permanecer à frente do contrato.
No entanto, a relicitação tem se mostrado um instrumento complexo e demorado. Desde que a lei foi aprovada, apenas um ativo passou por esse processo: o aeroporto de Natal, em maio deste ano.
Para tentar resolver o problema das concessões estressadas de forma mais célere, o governo quer evitar esse caminho. A solução desejada é renegociar os termos dos contratos com os próprios administradores, para que eles permaneçam à frente dos negócios.
Essa alternativa ganhou legitimidade jurídica nas últimas semanas, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou que operadores podem desistir de devolver suas concessões. Na prática, a decisão autoriza soluções alternativas caso haja consenso entre governo e empresas.
O Ministério dos Transportes, inclusive, já tem quatro grupos de trabalho para discutir saídas consensuais para rodovias. O tema é considerado prioridade pela pasta e a intenção é trazer os contratos para a regularidade, permitindo a retomada de investimentos que hoje estão parados.
IstoÉ Dinheiro - SP 17/08/2023
Os portos de Paranaguá e Antonia movimentaram 36,06 milhões de toneladas entre janeiro e julho deste ano, informou há pouco, em nota, a Portos do Paraná, empresa pública responsável pelos terminais. Este volume representou aumento de 4% em relação a igual período do ano passado, quando 34,57 milhões de toneladas foram movimentadas.
O avanço foi impulsionado principalmente pelo desempenho do Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá, que movimentou 12,97 milhões toneladas de granéis vegetais de janeiro a julho, cita a empresa estatal, acrescentando que “o volume acumulado em sete meses é o maior já registrado pelo complexo e constitui um novo registro histórico”. O recorde anterior havia sido batido em 2020, com 12,92 milhões de toneladas, em igual intervalo.
A Portos do Paraná cita ainda que, entre os principais produtos movimentados de janeiro a julho, estão os granéis sólidos para exportação, com alta de 16% no acumulado do ano. “Nos sete meses de 2023 o segmento embarcou 17.192.572 toneladas, enquanto em igual período anterior foram 14.734.867 toneladas”, cita.
Somente de soja em grão foram 8,47 milhões de toneladas, ou 15% a mais. O farelo somou 3,78 milhões de toneladas (+9%); o milho, 2,58 milhões de toneladas (+21%) e o açúcar a granel, 2,23 milhões de toneladas, ou 28% mais.
Além disso, entre janeiro e julho Antonina e Paranaguá registraram 1.468 atracações de janeiro a julho. O número é 5% maior em relação às 1.400 manobras executadas em igual período do ano anterior. Já a movimentação de caminhões no Pátio de Triagem chegou a 291.442 no período, número 14% superior aos 255.909 veículos que passaram pela classificação de grãos nos sete primeiros meses de 2022.
Grandes Construções - SP 17/08/2023
A movimentação de cargas nos portos de Santa Catarina teve um crescimento de 6,87% no primeiro semestre de 2023, em relação ao mesmo período de 2022.
A alta catarinense é superior à média nacional que foi de 6,38% e a maior entre os estados do Sul, PR (6,11%), SP (0,35%) e RS (2,61%). Segundo os dados divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), passaram pelos portos do estado, 29,3 milhões de toneladas, o que representa 4,77% do total nacional.
“São dados importantes e que só revelam que os portos administrados pelo Estado e pela iniciativa privada seguem performando positivamente, fruto de um melhor planejamento de gestão”, avalia o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins.
As linhas de longo curso movimentaram 21,2 milhões de toneladas, sendo 42,2% de importações e 57,8% exportações. A China é o principal destino e a principal origem das cargas.
Outro destaque dos portos de Santa Catarina é a movimentação de contêineres, que representa 21,7% do país, e com 1,2 milhão de TEUs, registrou um crescimento de 3,12% em relação ao primeiro semestre de 2022.
No balanço do primeiro semestre, o estado também manteve dois portos entre as maiores movimentações de contêineres do Brasil, com a Portonave em segundo lugar com 666.611 TEUs e o Porto Itapoá, em quarto lugar, com 499.407 TEUs.
Entre os portos de Santa Catarina, São Francisco do Sul lidera o desempenho com 7,5 milhões de toneladas. Portonave vem em segundo lugar com 7,4 milhões, Itapoá em terceiro com 5,2 milhões, Imbituba em quarto com 3,7 milhões e Itajaí em quinto com 185 mil toneladas.
Petro Notícias - SP 17/08/2023
O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, participou hoje (16) de uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado. Durante a reunião, como não poderia deixar de ser, a Margem Equatorial foi um dos principais temas debatidos. Prates voltou a defender a liberação das atividades de óleo e gás na região e lembrou do histórico positivo da Petrobrás na exploração em áreas ambientalmente sensíveis.
“O histórico da Petrobrás em perfuração de poços é [de] nenhum acidente. Nenhum vazamento historicamente da Petrobrás promoveu, deu causa, em atividade de perfuração exploratória”, disse na audiência. O presidente da petroleira também destacou que apesar das críticas de ambientalistas e ONGs internacionais contra os planos de perfuração na Margem Equatorial, a Petrobrás já tem um grande histórico de perfuração em áreas sensíveis da foz do Rio Amazonas.
“Pasmem: onde já tem pluma [do rio], tem os mangues, as áreas mais sensíveis já têm 60 ou 100 poços furados já no passado. A própria Petrobrás e outras empresas já perfuraram uma centena de poços na foz do rio Amazonas”, acrescentou. Prates disse ainda que a Margem Equatorial tem um grande potencial não apenas para exploração de óleo e gás, mas também na produção de energia eólica offshore. A Petrobrás tem o interesse em desenvolver as duas atividades na região.
A estatal está tentando obter o licenciamento ambiental do Ibama para perfurar um poço no bloco FZA-M-59, na costa do Amapá. O poço pretendido ficará a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas. O Ibama, no entanto, negou a licença em maio, mas a Petrobrás entrou com um pedido de reconsideração no órgão ambiental. Prates declarou que quando a licença for emitida, a petroleira precisará ainda de um período entre cinco e oito anos para produzir o primeiro óleo na região.
O presidente da companhia aproveitou a audiência para comentar sobre a política de preços de combustíveis. Como noticiamos, a Petrobrás anunciou novos aumentos nos preços da gasolina e do diesel, acompanhando assim a alta do barril de petróleo e a desvalorização do real frente ao dólar. “Nós não vamos repetir erros do passado, nem em relação a contratação, nem em relação a obras, nem em relação a gestão dos preços dos combustíveis”, afirmou. “Essa política (de preços) não é igual a de governos anteriores, absolutamente, estamos na ponta dos dedos entre valor marginal e custo alternativo do cliente e fizemos o ajuste (anunciado na véspera) para justamente levar o preço que estava começando a tender a desgarrar do nosso túnel de volatilidade”, disse Prates, que ainda completou: “Nós correríamos o risco de começar a perder dinheiro e nós não aceitamos isso e não houve interferência absolutamente nenhuma do governo”.
Valor - SP 17/08/2023
O barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro fechou em baixa de 1,99%, a US$ 79,38, já o barril do Brent para outubro cedeu 1,70%, a US$ 83,45
O petróleo fechou em forte queda nesta quarta-feira (16), ainda pressionado pela perspectiva de demanda fraca da China. Ainda que o relatório semanal de estoques da commodity do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos tenha dado algum suporte no fim da manhã, os contratos voltaram ao território negativo e aprofundaram a queda após a divulgação da ata da reunião de julho do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para setembro fechou em baixa de 1,99%, a US$ 79,38. Já o barril do Brent, a referência global, para outubro cedeu 1,70%, a US$ 83,45.
A menos que ocorra uma forte recuperação nos dois próximos dias, a commodity energética deve ter sua primeira queda semanal após sete semanas em alta. O mau humor no mercado de petróleo tem seguido, principalmente, indicadores econômicos fracos na China e o aprofundamento da crise no setor imobiliário, que pioraram ainda mais a perspectiva de demanda do maior comprador do óleo no mundo.
A queda de 5,96 milhões de barris nos estoques dos EUA na semana passada chegou a dar algum impulso aos contratos, que ficaram próximos da estabilidade no fim da manhã. O ímpeto positivo durou pouco, e o petróleo voltou a cair mais de 1% no início da tarde e estendeu o movimento após a divulgação da ata do Fed.
Embora não tenha indicado de forma clara quais serão as próximas decisões do BC americano, investidores leram mais sinais “hawkish” (favorável ao aperto monetário) do documento, o que fortaleceu o dólar e pesou sobre os contratos futuros do petróleo.
Para James Knightley, economista do ING, a ata indica um viés conservador, mas os dirigentes não devem seguir adiante com outra alta de juros. “O Fed citou as preocupações com a inflação como uma razão para manter novos aumentos de juros na mesa, mas as divisões estão começando a se formar. Esperamos uma pausa em setembro, que acabará durando até o primeiro trimestre de 2024, quando os cortes nas taxas entrarão na agenda”, prevê.
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