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16 de Dezembro de 2022

SIDERURGIA

IstoÉ Online - SP   16/12/2022

O grupo siderúrgico CSN disse nesta quinta-feira que espera vender 4,670 milhões de toneladas de aço em 2023, o que representaria alta de cerca de 4,2% ante o projetado para este ano, segundo fato relevante divulgado ao mercado.

O número estimado para 2023 compara-se aos 4,48 milhões de toneladas agora esperados para este ano. A CSN havia projetado inicialmente vendas de 5,104 milhões de toneladas em 2022, mas executivos da companhia já haviam sinalizado um número menor.

A siderúrgica também projetou investimentos consolidados de 4,4 bilhões de reais no ano que vem, enquanto para o intervalo de 2024 a 2027 a expectativa é de 5,5 bilhões a 6,5 bilhões de reais anualmente.

Na área de mineração, na qual o grupo atua por meio da CSN Mineração, a projeção de investimentos de expansão é de aproximadamente 13,8 bilhões de reais entre 2023 e 2027, relativos à fase 1 do projeto de adição de capacidade.

Além disso, a companhia espera um custo caixa de entre 19 dólares e 21 dólares por tonelada em 2023, enquanto estima produção e compras de minério de ferro de terceiros de 39 milhões a 41 milhões de toneladas no ano que vem.

Já em energia, segmento em que a CSN vem elevando seu foco com a aquisição da CEEE-G neste ano e até planos para uma oferta inicial de ações (IPO) da CSN Energia no futuro, a estimativa da companhia é de um Ebitda de 23 milhões de reais em 2022.

IstoÉ Online - SP   16/12/2022

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian atingiram uma nova máxima de seis meses nesta quinta-feira, enquanto o preço de referência de Cingapura para o ingrediente siderúrgico subiu acima de 110 dólares a tonelada, impulsionado pela melhora nas perspectivas de demanda na China, maior produtora mundial de aço.

À medida que a economia chinesa enfrenta riscos de infecções por Covid-19 que se espalham rapidamente e uma perspectiva sombria para o crescimento global, formuladores de políticas pretendem aumentar a escala de consumo e investimento, disse a agência oficial de notícias Xinhua na quarta-feira.

O aumento da demanda doméstica ajudará a China a buscar um crescimento econômico de maior qualidade e a lidar com os riscos externos, disse a Xinhua, citando os planos de 2022-2035 emitidos pelo gabinete.

O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 3,2%, a 830 iuanes (119,05 dólares) a tonelada. Mais cedo, o contrato tocou 832 iuanes, o maior valor desde 15 de junho.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de janeiro de referência do minério de ferro subiu 2,7%, para 111,55 dólares a tonelada.

“A implementação acelerada de planos para estabilizar a economia (e) a otimização das políticas de prevenção de epidemias… elevaram o sentimento do mercado”, disseram analistas da Zhongzhou Futures em nota.

Os benchmarks do aço chinês também subiram, com o vergalhão na Bolsa de Futuros de Xangai ganhando 3,3%, a bobina laminada a quente subindo 2,7% e o fio-máquina avançando 2%. O aço inoxidável subiu 0,2%.

Valor - SP   16/12/2022

Com o avanço em novas áreas, o grupo tende a reduzir a participação do setor de mineração e siderurgia nos negócios, dos atuais 68% para 60% mais à frente

O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, disse que o grupo seguirá buscando “negócios de R$ 1 bilhão”, considerando mercado financeiro, serviços e manutenção. “Vamos verticalizar, procurar oportunidades internas de reduzir custos através de novos negócios correlatos”, disse o empresário, na abertura do CSN Day.

A meta do grupo, indicou Steinbruch, é manter o ritmo de crescimento visto nos últimos ano, tanto na linha das receitas quanto de resultado operacional. Entre 2017 e 2019, a CSN registrou receita líquida média de R$ 22 bilhões e chegou a R$ 41 bilhões na média de 2020 a 2022. O objetivo é repetir esse avanço entre 2023 e 2025.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) médio, por sua vez, subiu de R$ 6 bilhões entre 2017 e 2019 para R$ 16 bilhões de 2020 a 2022. “Da mesma forma, pretendemos espelhar esse crescimento para 2023 a 2025”, afirmou.

Com o avanço em novas áreas, o grupo tende a reduzir a participação do setor de mineração e siderurgia nos negócios, dos atuais 68% para 60% mais à frente. Conforme o empresário, haverá expansão nos negócios atuais, mas a participação será diluída.

Olhando para o portfólio atual, a CSN buscará “novos negócios dentro dos negócios existentes” em busca de eficiência. Na mineração, o crescimento já está contratado, com a planta de beneficiamento P-15 em Itabirito (MG) e há possibilidade de duplicar os volumes no curto prazo, indicou. A siderurgia, por sua vez, vai privilegiar a internacionalização.

Em cimento, há oportunidades de crescimento nos mercados interno e externo, além da potencial oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Em logística, a CSN vê oportunidades de crescimento e geração de valor tanto em portos quanto ferrovias e, em energia, há possibilidade de parcerias estratégicas e de um eventual IPO no futuro.

“Novos negócios de R$ 1 bilhão é o que vão trazer uma grande valorização para a CSN do ponto de financeiro, de produtividade e de redução de custos”, acrescentou.

Steinbruch: Vamos verticalizar, procurar oportunidades internas de reduzir custos através de novos negócios correlatos — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

IstoÉ Online - SP   16/12/2022

A CSN vai elevar os preços de aço no Brasil em 10% a partir de 1º de janeiro afirmou o diretor comercial da companhia, Luis Martinez, nesta quinta-feira em reunião com analistas e investidores.

Segundo o executivo, o aumento servirá para manter a diferença de preços entre o aço importado e o nacional em cerca de 12%.

Os preços do aço no mercado internacional têm subido nas últimas semanas em meio à flexibilização de medidas de isolamento social na China e perspectiva de pacotes de apoio à economia pelo maior produtor e consumidor da liga no mundo. A perspectiva de maior consumo de aço no país asiático também tem puxado para cima os preços de insumos.

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian atingiram uma nova máxima de seis meses nesta quinta-feira, enquanto o preço de referência de Cingapura para o ingrediente siderúrgico subiu acima de 110 dólares a tonelada.

Valor - SP   16/12/2022

A receita, no entanto, deve ficar estável em relação a 2021

“2023 será um ano bastante desafiador, com novo governo e questões globais como inflação alta e perspectiva de recessão”, diz Garcia, CEO da Belgo Arames — Foto: Rafael Motta/Divulgação

Depois de ganhos expressivos em 2021, a Belgo Bekaert Arames, empresa que tem como sócias ArcelorMittal e Bekaert, estima encerrar 2022 com queda de 12% em volume de vendas, e crescer de 3% a 4% no ano que vem, apesar das incertezas macroeconômicas. A companhia anuncia ao mercado nesta sexta-feira (16) a mudança de sua marca.

A nova marca é Belgo Arames e vai levar as cores das sócias da companhia (alaranjada, vermelha e azul). A companhia contratou a Agência 2Pontos Comunicação, de Belo Horizonte, para desenvolver a logomarca. O valor investido foi de US$ 1 milhão (5,3 milhões), incluindo a troca de fachadas das nove unidades da empresa, mudança nas sinalizações internas das fábricas, embalagens, materiais de papelaria e ações publicitárias. É o primeiro reposicionamento de marca feito pela companhia em seus 47 anos de existência.

“É uma espécie de coroamento de uma série de mudanças feitas nos últimos anos. É uma simplificação do nome, alinhada à forma como a empresa é conhecida”, disse o CEO da Belgo Arames, Ricardo Garcia. Nos últimos quatro anos, a companhia criou uma diretoria de inovação e digital, focada em negócios digitais e novos produtos. Lançou comércio eletrônico e a franquia Belgo Cercas, atualmente com 12 unidades. Outras cinco serão abertas até junho de 2023. A empresa também adotou compromissos de inclusão e responsabilidade social, como ter 30% de mulheres no total de contratados até 2030, ante atuais 16%. A Belgo emprega 3,4 mil pessoas em nove unidades industriais no país.

Após queda em vendas no início da pandemia, disse Garcia, a Belgo teve recuperação em parte de 2020 e 2021. Neste ano, a instabilidade política afetou as decisões de investimento de clientes, reduzindo as vendas no país. “2023 será um ano bastante desafiador, de novo governo, com questões globais como inflação alta, perspectiva de recessão e a guerra não resolvida da Rússia com a Ucrânia” disse Garcia. A Belgo prevê fechar 2022 com receita líquida de R$ 6,5 bilhões, ante R$ 6,4 bilhões em 2021. A empresa não divulgou previsão de lucro. Em 2021, o lucro líquido chegou a R$ 1,6 bilhão. Para 2023, a previsão é crescer de 3% a 4% em receita.

Uma das apostas para crescer é a Belgo Cerca Rápida. A empresa desenvolveu com um parceiro um maquinário para instalar cercas com produtividade cinco vezes maior que a instalação manual. “Vamos migrar de vender rolo de arame para quilômetros de cerca”, disse Garcia. Os três maiores compradores da Belgo são os setores automotivo, agronegócio e construção civil. A empresa também espera demanda aquecida no setor de telecomunicações por arames para sustentação dos cabos de fibra óptica.

Para 2023, a companhia prevê investimento de R$ 40 milhões nas fábricas de Contagem (MG) e Osasco (SP) para ampliar a capacidade de produção de arames para fibra óptica e de cercamentos. Garcia estima ainda demanda aquecida nos setores de transmissão e distribuição de energia e infraestrutura.

“Devemos investir aproximadamente R$ 25 milhões em inovação, à parte dos R$ 40 milhões nas fábricas”, afirmou Garcia. Nos últimos quatro anos, a Belgo investiu cerca de R$ 200 milhões no aumento da capacidade produtiva. O aporte mais recente foi na expansão de 35% da capacidade produtiva de cabos de aço para pneus (“steel cord”) em Itaúna (MG).

Diário do Comércio - MG   16/12/2022

O Açolab Ventures – fundo de gestão constituído pela ArcelorMittal para acelerar startups – anuncia um novo investimento em 2022. Desta vez, trata-se da construtech Modularis Offsite Building. Com planta industrial em Itupeva, no interior de São Paulo, e mais de 12 anos de atuação no mercado brasileiro, a empresa de construção modular é a mais nova parceira da produtora de aço.

“A ArcelorMittal está em sintonia com as tendências globais e pensando no futuro da construção civil. Esse novo investimento fortalece ainda mais o ecossistema de inovação, tornando-o ainda mais competitivo e conectado com as demandas das pessoas e do planeta. O aporte reforça o nosso compromisso com desenvolvimento do País”, avalia o VP Comercial e Metálicos da ArcelorMittal Aços Longos, Marcelo Marino. Até o momento, o Açolab Ventures, que é gerido pela Valetec Capital, investiu em outras três startups: Agilean (também da construção civil), Sirros (focada em IOT) e uma energytech (a ser divulgada em breve).

“A sinergia tecnológica e comercial assim como o alinhamento de propósito e condutas fizeram da ArcelorMittal o parceiro ideal para impulsionar nosso crescimento. Não somente para o mercado residencial e de hotelaria, mas também outras aplicações onde já atuávamos como lojas de varejo e escritórios e facilities industriais”, revela o CEO da Modularis, Paulo Salvador.

De acordo com o Vice-Presidente Comercial Aços Planos da ArcelorMittal, Eduardo Fares Zanotti, o objetivo com a parceria é criar um ecossistema para que as soluções em aço sejam efetivamente um diferencial competitivo para o negócio. “A nova parceria reforça a ampla atenção da ArcelorMittal em se aproximar de empresas que incorporam a inovação tecnológica e gestão, que buscam o aumento de produção e o aprimoramento do desempenho da atividade construtiva”, explica.
Construção modular

A construção offsite consiste na fabricação de soluções profissionais, lojas de varejo e residências em ambiente controlado. Uma vez fabricados eles são transportados até local definitivo onde são encaixados e finalizados. Essa técnica construtiva vem ganhando espaço na construção civil em todo o mundo pois racionaliza a obra e acelera a entrega em até metade do tempo com economia significativa de materiais.

O uso dos recursos do fundo de gestão consolida o plano de crescimento da Modularis Offsite Building. Os investimentos serão direcionados para pesquisa, inovação e a inauguração de uma segunda fábrica em 2023 que vai viabilizar os vários projetos residenciais e hoteleiros em negociação.

O Açolab Ventures é a evolução de uma estratégia potencializada com a criação do primeiro laboratório de inovação do setor siderúrgico do mundo, o Açolab, que completou quatro anos em 2022. As startups selecionadas pelo fundo de gestão relacionam-se às áreas de Siderurgia, Mineração, Construção Civil, Indústria, Sustentabilidade, Logística, Comercial, Varejo e Distribuição.
Parceria

A parceria entre a ArcelorMittal e a Modularis Offsite Building foi iniciada há 18 meses por meio de um acordo de cooperação técnica e comercial que culminou com o desenvolvimento de um protótipo residencial, o MGuestHouse, além de vários estudos e pesquisas de engenharia, e racionalização do uso do aço.

“A expectativa com a chegada de um novo sócio é aproveitar as sinergias de negócios, gestão e governança. Com a ArcelorMittal vamos também usufruir da cultura de empreendedorismo do Açolab e de todo o ecossistema de inovação aberta da ArcelorMittal. Com isso, pretendemos triplicar nosso faturamento em 2023”, destaca o acionista membro do Comitê Executivo da Modularis Offsite Building, Marcelo Dória.

Diário do Comércio - MG   16/12/2022

Quem é a mineração comparada à siderurgia, como mola propulsora da sustentabilidade econômico-social do Brasil, afortunado com grandes e qualificadas reservas de minério de ferro? Por escolhas governamentais equivocadas, escasseiam-se políticas públicas e investimentos para incentivar o setor siderúrgico, que poderia alçar o país a outro patamar de desenvolvimento.

A tonelada do aço é vendida por até 10 vezes o preço da tonelada do minério de ferro, sendo a mesma diferença comparativa para a geração de empregos diretos. Ou seja, enquanto a mineração brasileira gera em torno de 340 empregos por tonelada extraída, a siderurgia emprega mais de 3.300 pessoas por tonelada de aço produzida.

No aspecto de arrecadação, o setor do aço brasileiro recolhe quase 6 vezes mais impostos do que se limitado a ferro, por tonelada. São R$ 1.140,00 recolhidos por tonelada de aço contra R$ 203,00 de minério de ferro.

Por que será que, com essas duas importantes evidências de efeitos econômicos positivos tão distintos, complementadas implacavelmente pelo quadro ao final deste texto, com vantagem inequívoca para a siderurgia, os governos fingem não ver e ficam impassíveis na criação de mecanismos para incentivar mais a siderurgia?

Justiça seja feita, entretanto, a siderurgia brasileira, sem a mineração, também não poderia ser o que se deseja que seja. Não há a intenção de contrapor os setores, até porque são estritamente complementares e parte da mesma cadeia de transformação, ensejando que um deveria transferir mais valor para o outro, em benefício do país.

O Brasil exporta 83% do minério de ferro que extrai, vendendo para outros países 357 milhões de toneladas de ferro ao ano, contra 11 milhões de toneladas de aço exportadas. Quanto perdemos se mantivermos a dinâmica como vem sendo praticada há tantos anos? Estamos entre os 3 maiores produtores de minério de ferro no mundo e em 9º lugar na produção de aço.

Uma histórica oportunidade desperdiçada, sobretudo ao considerarmos agora que o Brasil é o país que reúne as melhores condições imediatas para produzir o “aço verde”. Além de produzir aço, é capaz de fazê-lo com baixíssimo impacto ambiental, através de tecnologia madura e se aproveitando de um recente mercado internacional – o de créditos de carbono.

É brasileira a primeira siderúrgica do mundo a ser certificada como neutra em emissões de gases do efeito estufa e que emite certificado atestando a pegada relativa de carbono dos seus produtos. Qualquer outro país que queira produzir, em escala, aço neutro em emissões, precisará investir intensivamente em pesquisa e inovação, enquanto esse custo e tempo no Brasil foi absorvido pela iniciativa privada há muitos anos, com tecnologias já comprovadas e operacionais. O caminho natural para essas nações, no curto prazo, será através do mecanismo de compensações e não pela produção limpa, como pode trilhar o Brasil.

Estamos no lugar certo e na hora certa, graças à pressão e busca internacional por processos descarbonizantes e por fontes limpas e renováveis de energia. Mas é preciso termos políticas públicas e segurança para os investidores assumirem riscos na construção de parques fabris e no reflorestamento de áreas degradadas para a produção de biocarbono com tecnologia empregada como fonte energética.

Com incentivos assertivos, podemos estar entre os cinco maiores produtores de aço do mundo em questão de menos de 10 anos, com incremento exclusivo de aço verde, enquanto outras nações precisarão passar por diversas provações e baixas de ativos na caminhada da transição energética. Temos condições geográficas, climáticas e técnicas para tanto. Para isso, há que se criar políticas e programas pelo governo, para que os grupos siderúrgicos aqui estabelecidos ou até entrantes, quem sabe, possam produzir aço a partir de florestas renováveis e, agregando tamanho valor, consumindo cada vez mais o nosso próprio minério de ferro.

Isso poderia significar mais do que dobrar a nossa produção atual de aço, elevando-nos ao bloco que disputa a 3ª maior produção global, equiparados com Japão, Estados Unidos e Rússia. Atrás da Índia e da distante China, que produz mais da metade do aço mundial com a impressionante marca de 1 bilhão de toneladas anuais, baseada ainda na matriz de consumo de combustíveis fósseis. O Brasil estaria com uma vantagem competitiva precoce e enorme para os longos anos da descarbonização que se aproximam com cada vez mais força.

Ao exportar esses 36 milhões de toneladas adicionais ao ano, deixaríamos de faturar R$ 33 bilhões com a venda do ferro equivalente, mas passando a receber R$ 207 bilhões. Uma diferença positiva anual de cerca de R$ 170 bilhões. No cenário absolutamente possível de redução da capacidade mundial de aço “cinza” em velocidade maior que a da sua reposição por aço “verde”, poderíamos usufruir por algum bom tempo de uma situação de fronteira, autêntica e globalmente reconhecida com esse movimento. E com a possibilidade de diferenciar tal pioneirismo no preço do produto brasileiro e na venda de créditos por aprisionamento de carbono.

É algo muito factível, está nas nossas mãos, das lideranças institucionais públicas e privadas. A siderurgia brasileira, com todas essas oportunidades, algumas preteridas há bastante tempo, é o atual “cavalo selado” passando na porta do Brasil e é conveniente o governo brasileiro não continuar fingindo que não está vendo!

Valor - SP   16/12/2022

Presidente da siderúrgica, Benjamin Steinbruch voltou a dizer ainda que o grupo vai perseguir maior internacionalização dos negócios, o que pode se dar via aquisições

Os diferentes negócios do grupo CSN darão origem a empresas independentes, listadas em Bolsa, e acima dessas companhias haveria uma holding, eventualmente fechada, disse nesta quinta-feira (15) o presidente da siderúrgica, Benjamin Steinbruch.

“A ideia é ter companhias independentes listadas abertas e, eventualmente, uma CSN holding fechada. As cinco para baixo, vamos ter. O fechamento de cima, não sei”, afirmou, durante o CSN Day.

O empresário voltou a dizer que o grupo vai perseguir maior internacionalização dos negócios, o que pode se dar via aquisições.

“Queremos continuar com essa política agressiva de crescimento, de desalavancagem, de pagamento de dividendos. Então, estamos obstinados em fazer esse movimento [de internacionalização], mas é preciso esperar o momento certo”, afirmou.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   16/12/2022

A estimativa do Banco Central (BC) para a inflação, em 2023, subiu de 4,6% para 5%. A previsão para 2022 passou de 5,8% para 6%. As projeções estão no Relatório de Inflação, divulgado hoje (15), em Brasília, pelo BC.

Para 2024, a revisão foi de 2,8% para 3% e, para 2025, permanece em 2,8%.

Estouro da meta

A probabilidade de a inflação ultrapassar o limite de tolerância da meta está próxima de 100%, neste ano, e 57%, em 2023.

A meta de inflação, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para 2022, é 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Dessa forma, a inflação, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), poderia ficar entre 2% e 5% neste ano.

Para 2023, o CMN estabeleceu meta de 3,25% para o IPCA, também com 1,5 ponto percentual de tolerância. Dessa forma, o índice poderá fechar o próximo ano entre 1,75% e 4,75%.

Taxa Selic

No relatório, o BC diz que o Comitê de Política Monetária (Copom) “se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial.

“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, ressaltou. Mas o comitê reforçou que poderá voltar a aumentar a Selic caso a inflação não caia como esperado.

No último dia 7, o Copom manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano. Essa foi a terceira vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto.

Agência Brasil - DF   16/12/2022

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar 2023 em 4,9%, segundo previsão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A projeção é a mesma para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até cinco salários mínimos.

Ambos indicadores são divulgados mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o Ipea, para este ano, a previsão é que o IPCA fique em 5,7% e o INPC feche em 6%.

De acordo com a previsão do Ipea para o IPCA em 2023, os alimentos consumidos no domicílio devem ficar 5,2% mais caros, enquanto os outros produtos devem ter inflação de 3,3%.

Os serviços devem ter inflação de 5,4%. Analisando-se apenas os serviços de educação, a previsão é que haja uma alta de preços de 5,7%. O IPCA para os serviços monitorados deve fechar em 5,6%, segundo o Ipea.

“Mesmo diante da expectativa de comportamento favorável dos preços do petróleo no mercado internacional e de um cenário hídrico confortável, estima-se que a deflação apresentada para os preços administrados em 2022 seja revertida ao longo de 2023. Além dos reajustes contratuais das distribuidoras de energia e das operadoras de planos de saúde, a recomposição mais acentuada das tarifas de transporte público deve exercer pressão sobre este grupo de preços no próximo ano”, informou o Ipea, por meio de nota.

Ao mesmo tempo, a perspectiva de queda de preços dos commodities no mercado internacional e a normalização das cadeias produtivas devem impedir “pressões adicionais sobre os preços dos bens industriais e dos alimentos”.

Os preços dos alimentos também devem ter altas menos intensas devido a fatores como a projeção de uma safra recorde de grãos e a baixa probabilidade de eventos climáticos adversos.

A expectativa de crescimento mais moderado da atividade econômica, no ano que vem, deve trazer uma acomodação do mercado de trabalho e um consequente esfriamento da demanda, o que deve provocar uma desaceleração dos preços dos serviços livres.

O Estado de S.Paulo - SP   16/12/2022

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acionou uma cartilha de alertas para o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente indicado para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

O principal alerta foi para o risco da volta de uma “massa grande” de crédito subsidiado na política de juros e de combate à inflação.

Os recados acontecem após a primeira reunião de Haddad com Campos Neto, em que conversaram sobre a importância de coordenação da condução da política fiscal pelo Ministério da Fazenda com a política de juros do BC.

A preocupação com a reedição da política de estímulo ao crédito com taxas subsidiadas, como foi feito durante o governo Dilma Rousseff, entrou no radar no mercado financeiro depois da indicação de Mercadante para comandar o BNDES.

O BNDES foi o epicentro desse política, com empréstimos bilionários concedidos pelo Tesouro Nacional, que começaram ainda no governo Lula, e que estão sendo devolvidos ao caixa da União desde o governo Temer. A devolução completa ainda não foi concluída.

Apesar da negativa de Mercadante de que esse caminho será adotado, em conversa com o presidente da Federação Nacional dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney, revelada pelo Estadão, a desconfiança continua e segue impactando, nos últimos três, os ativos financeiros.

Essa deterioração se somou ao risco de mudanças na Lei das Estatais, patrocinada pelas lideranças do Centrão. Haddad também defendeu foco do futuro governo na politica de crédito para o crescimento do País, mas ponderou que será feita com “responsabilidade fiscal”.

Sem citar diretamente o BNDES ou o governo eleito, os alertas de Campos Neto foram feitos durante a apresentação do último Relatório Trimestral de Inflação do ano.

A preocupação com o crédito subsidiado foi também incluída no documento, que traz um panorama completo do cenário econômico e do balanço de riscos para a inflação. Em um dos trechos, o BC fala que as projeções para inflação dependem de considerações sobre a evolução das políticas fiscal e “parafiscal”.

Solicitado a detalhar o que seria a política “parafiscal” citada no documento, Campos Neto explicou que se tratava da quantidade de crédito subsidiado pelo governo.

A citação do risco de medidas de política “parafiscal” não constava no relatório de setembro e foi introduzida agora depois das eleições.

Para Campos Neto, esse tipo de crédito diminui a força da política de juros do BC para combater a inflação. “A diminuição do crédito subsidiado teve uma importância e relevância grande na diminuição da taxa neutra (de juros) e entendemos que tem um efeito também na potência da política monetária”, disse.

O presidente do BC ponderou que, se houver um aumento muito grande do crédito subsidiado, poderá ocorrer uma reversão desses dois ganhos obtidos nos últimos anos.

Ele também defendeu a permanência da Taxa de Longo Prazo (TLP), que substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), marcando uma política de juros dos empréstimos concedidos pelo BNDES para coibir exageros na concessão de subsídios.

Segundo Campos Neto, a mudança foi um ganho institucional. “Houve uma expansão do mercado de capitais (com a TLP), uma redução da taxa neutra (aquela que nem estimula e nem desestimula a economia). Foi uma mudança muito boa que gerou ganhos de eficiência na economia”, avaliou.

A possibilidade de mudança na fórmula da TLP ou de volta da TJLP entrou no radar depois que integrantes do grupo de transição deram declarações nessa direção.

Ao presidente da Febraban, Mercadante garantiu que não há mais espaço para a política de subsídios no BNDES, mas ponderou na conversa que “talvez caiba uma discussão sobre alguma flexibilidade nos financiamentos de longo prazo”.

A TLP é usada pelo BNDES para remunerar os recursos que o Fundo de Amparo ao Trabalhado (FAT) e do Tesouro emprestaram ao banco para financiar os seus clientes. Para calcular a taxa, é usada como referência o custo da NTN-B de 5 anos, título do Tesouro remunerado pelo IPCA mais juros reais.

Teto de R$ 130 bilhões

O BC também renovou os alertas para o risco de a piora nas contas públicas e aumento de gastos impactarem as expectativas da inflação acabarem levando o BC a subir novamente os juros. Hoje, a taxa básica de juros, a Selic, está estacionada em 13,75% ao ano. E sinalizou que pode voltar aumentar os juros caso o processo de desinflação não aconteça como esperado.

Chamou atenção a informação dada pelo presidente do BC de que, nas suas projeções de inflação para tomar a decisão sobre juros, levou em consideração um teto de R$ 130 bilhões de alta de gastos em 2023.

O valor é menor do que os R$ 168 bilhões da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que foi aprovada no Senado, mas ainda precisa passar pelo crivo da Câmara. Ele evitou falar do impacto no combate à inflação da PEC com uma expansão maior do que os R$ 130 bilhões, mas fez questão de alertar que é preciso pensar nos impactos da proposta sobre a dívida.

Na prática, a revelação por Campos Neto do valor que o BC trabalhou em suas projeções impõe uma espécie de saia justa para o futuro governo. Ele evitou, porém, falar qual seria o aumento gastos que manteria as despesas do governo em relação ao PIB em 2023 no mesmo patamar deste ano. Citou dados do mercado que apontam para um patamar entre R$ 130 bilhões e R$ 140 bilhões. Nos cálculos do governo eleito, esse nível é em torno de R$ 150 bilhões, como já citou o próprio Haddad.

O presidente do Banco Central disse também que a incerteza fiscal no Brasil acabou fazendo com que o mercado retirasse as expectativas de corte de juros e passasse também a prever altas de juros no cenário futuro.

Infomoney - SP   16/12/2022

A produção industrial dos Estados Unidos teve queda de 0,2% em novembro, na comparação com o mês anterior, informou nesta quinta-feira (15) o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Analistas previam avanço de 0,1% no período, segundo o consenso Refinitiv.

O dado de outubro ante setembro não foi revisado e permaneceu em -0,1%.

O Fed ainda informou que a taxa de utilização da capacidade instalada caiu de 79,9% em outubro para 79,7% em novembro.

O Estado de S.Paulo - SP   16/12/2022

O setor produtivo está na expectativa das medidas que o novo governo vai adotar com vistas à recuperação da economia nacional. Com o objetivo de contribuir com este processo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elaborou um Plano de Retomada da Indústria, no qual são apresentadas diversas propostas de ações capazes de reverter o acelerado processo de desindustrialização em curso no Brasil e de ampliar a inserção do País nas cadeias globais de valor. Partimos do pressuposto de que, sem políticas de fortalecimento da indústria, é praticamente impossível que ocorra um crescimento vigoroso e sustentável da economia. Além de objetivos estratégicos de longo prazo, o plano – que foi encaminhado ao gabinete de transição – inclui propostas para subsidiar as ações dos primeiros 100 dias na nova administração federal nesta área.

Uma das principais propostas diz respeito à necessidade premente de se suplantarem os vários problemas que tornam os produtos brasileiros mais caros do que os de nossos principais concorrentes e impedem que a indústria nacional seja mais competitiva. Destacam-se, entre eles, os obstáculos que elevam o custo Brasil, que, de acordo com estudo do Movimento Brasil Competitivo, consome R$ 1,5 trilhão anualmente das empresas instaladas no País. Esse valor assombroso é resultado de diversos entraves, como sistema tributário complexo, oneroso e cumulativo; infraestrutura deficiente; financiamento escasso e caro; baixa qualidade da educação; ambiente macroeconômico instável; e insegurança jurídica.

Uma prioridade urgente é a aprovação de uma reforma da tributação sobre o consumo, nos moldes do que prevê a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110, em tramitação no Congresso Nacional, que contempla a eliminação da cumulatividade e a imediata recuperação dos créditos tributários. A consolidação da tributação indireta é imprescindível para corrigir as distorções do sistema tributário atual, que levam à perda de competitividade e de eficiência da indústria. Outra medida essencial é a recuperação da capacidade de investimento em infraestrutura nas áreas de transportes, energia, saneamento e telecomunicações, com o objetivo geral de propiciar reduções de custos para as empresas, no médio e no longo prazos.

Para enfrentar o desafio de reindustrializar o País, defendemos, ainda, que o novo governo implemente uma política industrial moderna, de acordo com as nossas particularidades e com as melhores práticas internacionais. O foco principal deve ser o apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico, uma vez que a inovação é a principal fonte de ganhos de produtividade e de competitividade. A política deve, também, ser estruturada com a garantia de recursos orçamentários e ter como um de seus principais pilares o financiamento, com juros competitivos, direcionado à inovação, à exportação e à economia de baixo carbono. Outro fator crucial é a construção de uma sólida estrutura de governança que assegure a eficácia das ações.

Todos os países desenvolvidos já adotam políticas industriais ativas há algum tempo, uma tendência que se acentuou nos últimos anos, em razão dos efeitos causados pela pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia. Estima-se que Estados Unidos, Japão, China, Coreia de Sul, Alemanha e demais integrantes da União Europeia investirão, juntos, em torno de US$ 5 trilhões, nos próximos anos, em políticas de apoio às suas indústrias, para alcançar objetivos estratégicos, como a digitalização e a descarbonização da economia. O Brasil não pode ficar alheio a esse movimento mundial. Durante nossa história, construímos uma indústria forte e mais diversificada que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organismo com o qual estamos negociando o ingresso pleno.

A indústria nacional já foi a oitava maior do mundo, mas estamos perdendo força, o que é demonstrado pela queda de nossa participação na produção mundial: de 2,58%, em 2006, para 1,28%, em 2021. A despeito de políticas econômicas que, nas últimas décadas, deram pouca atenção ao progresso da indústria nacional, o setor ainda responde por 22,2% do Produto Interno Bruto (PIB), por 71,8% das exportações e por 68,6% dos investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, a indústria propaga seus efeitos positivos sobre o restante da economia, por causa de sua longa cadeia de fornecedores. A cada real que o setor industrial produz, a economia ganha R$ 2,43, valor bem superior ao dos outros segmentos.

É importante destacar que as propostas contidas no Plano de Retomada da Indústria não se baseiam na criação de incentivos nem na redução de tributos. Defendemos a adoção de medidas que garantam à indústria igualdade de condições diante da acirrada competição do mercado internacional, com a redução do custo Brasil e com políticas similares às implementadas pelos nossos concorrentes. A premissa básica é a seguinte: não existe país forte e desenvolvido sem uma indústria competitiva e integrada ao mercado global.

MINERAÇÃO

Valor - SP   16/12/2022

Ao mesmo tempo, a previsão é de crescimento da demanda global da ordem de 26 milhões de toneladas, com 12 milhões de toneladas adicionais apenas no mercado chinês

A CSN Mineração projeta queda dos preços do minério de ferro em 2023, na comparação com a média deste ano indicada pelo Platts, para o intervalo de US$ 100 a US$ 110 por tonelada.

Ao mesmo tempo, a previsão é de crescimento da demanda global da ordem de 26 milhões de toneladas, com 12 milhões de toneladas adicionais apenas no mercado chinês, refletindo a retomada gradual do setor imobiliário e o relaxamento da política de covid zero.

Na Ásia como um todo, a expectativa é de retomada da atividade industrial, enquanto a Europa deve continuar sentindo os efeitos da guerra na Ucrânia.

Do lado da oferta de minério, a companhia prevê elevação no Brasil, com recuperação das perdas vistas neste ano em decorrência das condições climáticas, e maiores exportações da Índia.

Em relação à projeção de produção, a CSN Mineração avalia que deve superar em 2023 o volume previsto para este ano, de 34 milhões de toneladas, uma vez que o impacto negativo de 4 milhões de toneladas decorrente da entrada em operação das plantas centrais já foi superado, e da perspectiva de normalização das condições climáticas.

Além disso, a CSN tem sido mais agressiva na compra de minério de terceiros, que deve superar 9 milhões de toneladas em 2022 e ir a cerca de 10,5 milhões de toneladas no ano que vem.

Do lado dos estoques, indicou a companhia, a ideia é reduzir os níveis em 2 milhões de toneladas em 2023, de forma que as vendas da commodity devem alcançar entre 41 milhões e 43 milhões de toneladas, com crescimento de mais de 20%.

Money Times - SP   16/12/2022

A Rio Tinto, segunda maior mineradora do mundo, vê “mais estabilidade” no cenário para a demanda por minério de ferro da China em meio à implementação de medidas de estímulo, reabertura da economia e recuperação das margens da indústria do aço.

As medidas de estímulo do governo de Pequim, após um colapso na demanda de incorporadoras imobiliárias, oferecem “uma perspectiva bastante construtiva à medida que avançamos para 2023”, disse Simon Trott, diretor de minério de ferro da Rio Tinto, durante conferência em Sydney nesta quinta-feira.

“Vemos as margens do aço se recuperando no último mês em particular, o que provavelmente aponta um pouco para o quadro atual no terreno”, disse Trott, acrescentando que as compras do ingrediente siderúrgico devem terminar o ano no nível de 2021.

Também no evento, o CEO da Rio Tinto, Jakob Stausholm, disse que a produção comercial em sua ampla mina subterrânea de cobre Oyu Tolgoi, na Mongólia, está programada para começar no primeiro semestre de 2023. A aquisição da mineradora canadense Turquoise Hill Resources, que detém a maior participação no projeto, será concluída nos próximos dias, acrescentou.

Ainda assim, Stausholm afirmou que estava “relutante” em buscar mais aquisições no setor de cobre, devido às complicações com a compra da Oyu Tolgoi. À parte disso, a empresa não desistiu de desenvolver a mina de lítio Jadar, na Sérvia, a qual o governo local bloqueou no início deste ano, acrescentou.

AUTOMOTIVO

Infomoney - SP   16/12/2022

Quase dois anos após anunciar o fechamento das fábricas no Brasil, a Ford comemorou nesta quarta-feira, 14, a volta à rentabilidade na América do Sul. Interrompendo uma sequência de, segundo a direção da montadora, “muitos anos” de prejuízo na região, a filial conseguiu emendar, a partir da segunda metade do ano passado, cinco trimestres consecutivos com as finanças no azul.

“Desde 2013, a Ford não tinha essa solidez financeira na América do Sul”, disse Daniel Justo, presidente da Ford na América do Sul, referindo-se, em evento com a imprensa, aos resultados financeiros divulgados pela matriz dois meses atrás.

Nos nove primeiros meses deste ano, o lucro da operação sul-americana foi de US$ 303 milhões. A cifra – que considera o lucro sem os descontos das despesas financeiras e impostos, o chamado Ebit, na sigla em inglês – reverteu o prejuízo de US$ 157 milhões do mesmo período de 2021.

No último balanço financeiro, referente ao terceiro trimestre, a montadora informou que todos os mercados na América do Sul mostraram-se rentáveis nos três meses, num reflexo da reestruturação dos negócios motivada após anos de perdas expressivas no Brasil.

“Temos agora uma base sólida de lucratividade que traz muitas possibilidades para a empresa na região”, comentou Justo durante o encontro com jornalistas, realizado na sede da companhia na capital paulista.
Negociações em curso

Sobre as fábricas que foram desativadas no Brasil, o comando da montadora admite ter conversas com a BYD sobre a venda do complexo industrial em Camaçari, na Bahia, porém sem confirmar um acerto com os chineses.

Já em relação ao destino da unidade que produzia os jipes da Troller em Horizonte, no Ceará, as negociações ainda não tiveram uma definição, conforme relatam os diretores da Ford, sem abrir, neste caso, nomes de interessados.
Projeções para 2023

Ao falar sobre as expectativas para o mercado no ano que vem, a direção da marca americana apresentou nesta quarta projeções de crescimento em torno de 5% das vendas de veículos no Brasil, na soma de toda a indústria. O prognóstico se baseia na perspectiva de crescimento moderado da economia, queda dos juros e maior oferta de carros, dada a melhora gradual no fornecimento de componentes eletrônicos, cuja escassez leva a interrupções na produção da indústria automotiva desde o ano passado.

Se a previsão da Ford for confirmada, 2,2 milhões de unidades – entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus – serão comercializadas no Brasil em 2023.

A meta da montadora americana é crescer mais do que a média do mercado. Para perseguir esse objetivo, a Ford adiantou que vai reforçar seu portfólio com o lançamento de dez modelos no ano que vem.

O Estado de S.Paulo - SP   16/12/2022

A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) vai iniciar a produção de veículos na Argentina a partir de 2024, dividindo assim a produção local com o país vizinho. O projeto será desenvolvido em parceria com a Volkswagen Argentina, responsável pela fabricação local de automóveis, na cidade de Córdoba.

A produção argentina será destinada ao próprio mercado local. Hoje, os caminhões e ônibus da marca são importados da fábrica do grupo em Resende (RJ). O anúncio foi feito pelo presidente da VWCO, Roberto Cortes, ao ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, e ao secretário de Indústria e Desenvolvimento Produtivo, José Ignacio de Mendiguren. Também participou do anúncio o presidente e CEO do Grupo VW Argentina, Marcellus Puig.

A Argentina é, historicamente, o principal destino de exportação da VWCO na América do Sul, informa Cortes. Segundo ele, a produção no país vizinho “reforçará nossa estratégia de internacionalização”, disse Cortes. Cinco modelos atualmente importados do Brasil serão fabricados em Córdoba, onde são produzidas transmissões para automóveis e, a partir de dezembro, a motocicleta topo de linha Ducati Scrambler 803cc.

A nova linha de montagem será instalada em uma área exclusiva de 15 mil metros quadrados para os caminhões VW Delivery 9.170 e 11.180, o VW Constellation 17.280 nas versões chassis-cabine e cavalo-mecânico, além do chassis de ônibus VW Volksbus 15.190 OD. Já a produção do caminhão elétrico e-Delivery continuará sendo exclusividade da planta brasileira.

Projetos inovadores

“O centro industrial de Córdoba do Grupo Volkswagen Argentina é reconhecido entre as fábricas de componentes do grupo no mundo por seu grande profissionalismo e excelente equipe. Por isso é um grande orgulho que continue sendo selecionado para realizar projetos inovadores, como é o caso da Ducati com o recente início da produção da Scrambler e agora este ambicioso projeto de caminhões e ônibus”, afirmou Puig.

Com mais de 1,1 milhão de veículos produzidos em 42 anos de história, a VWCO está presente em mais de 30 países da América Latina, África, Oriente Médio e Ásia. A empresa tem fábricas em Resende (RJ), no Brasil, e Querétaro, no México, além de parcerias em São Paulo (SP) para a produção dos motores MAN D08 e D26, e veículos em Pinetown, na África do Sul, e Manila, nas Filipinas.

NAVAL

Porto Gente - SP   16/12/2022

Há muitas possibilidades de privatizar e o governo pode escolher uma.

Paira no ar a solução para os portos no governo Lula. A especulação em torno do nome de Alexandre Silveira (PDS) para o comandar o ministério da Infraestrutura não significa, necessariamente, abrangência ao assunto portuário. É oportuno destacar que o tema porto voltou a ter relevância no contexto federal, em 2007, quando foi criada a Secretaria Especial de Portos – SEP, no primeiro governo do Lula. Hoje está anacrônica ante os desafios da conjuntura mundial e precisa ser conceituada com significações do novo comércio marítimo.

O governo que se encerra, como programa de governo, prometeu alçar os portos brasileiros a patamares similares aos portos asiáticos de Busan, Yokohama e Kaohsiung. Porém, sequer conseguiram sair do rés do chão. Até mesmo a ruidosa privatização do porto de Vitória, no ES, não pode ser considerada exitosa como modelo. Em entrevista ao Portogente, em agosto último, o programa do candidato Lula definiu que, no seu modelo de gestão, os portos públicos têm foco em investimento na infraestrutura com recursos das Autoridades Portuárias e do Orçamento Geral da União – OGU.

A pandemia da covid, a crise do petróleo por conta da guerra na Ucrânia e as novas tecnologias, dão formas a novos arranjos e estratégias do comércio marítimo internacional que irão influenciar decisões e gerar demandas de investimentos, para renovar a operação dos portos e estruturas portuárias. Todavia, no Brasil, os recursos orçamentários federais serão insuficientes para atender às necessidades e há possibilidades de modelos diversos de participação conjunta do privado e do público, com excelentes resultados.

Como Portogente vem demonstrando, a privatização do Porto de Santos não vai acontecer. O programa do governo Lula preserva as funções públicas das autoridades portuárias, como planejamento e fiscalização. No seu terceiro mandato presidencial e apoiado por uma ampla frente democrática, decerto, esta conjuntura traduz-se por capacidade de realizar. Portanto, é primordial esclarecer como serão suficientes os recursos das Autoridades Portuárias e do Orçamento Geral da União – OGU, para alcançar uma bem definida meta, no processo de construir infraestrutura essencial para os portos do futuro.

O desafio prioritário é ter recursos para construir condições viáveis em si mesmas, com visão de reindustrialização e evitar a desqualificação, por exemplo, do Porto de Santos para operar os navios e rotas do futuro, que bate à porta. No nível de governo, essa pauta faz parte do equilíbrio fiscal, controle de gastos e de assuntos insensíveis à competitividade portuária. Portogente, inicia esse debate aberto pelos comentários, no pé desta página. É preciso humanizar esse assunto, para dar sentido e aderência a um Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), alinhado com o planejamento do Porto de Santos, no próximo governo do País.

Conceitualmente, aprovar mecanismos que direcionem parte dos recursos dos portos, hoje canalizados para a União, a fim de viabilizar a construção de estruturas portuárias. Assim, o projeto da estatal Empresa de Planejamento de Logística (EPL) do governo Dilma Rousseff para construir o trem-bala, foi inspiração para o programa de concessão de infraestrutura do Minfra, do governo Bolsonaro. Fazer a iniciativa privada responsável pela garantia do contrato.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   16/12/2022

A Companhia Potiguar de Gás (Potigás) irá encerrar o ano de 2022 com o maior lançamento de rede de sua história, em um total de mais de 26 mil metros de tubulação destinada à distribuição de gás natural canalizado no Rio Grande do Norte. O resultado é consequência do investimento de mais de R$ 9 milhões de recursos próprios da Companhia em infraestrutura para o estado.

O orçamento para o ano apontava um crescimento de 19 mil metros de rede da Potigás. No entanto, essa meta foi atingida e ultrapassada já no mês de setembro. Com as obras realizadas ao longo do ano, a rede de gasodutos em todo o estado atingiu o marco de 500 mil metros em outubro.

Os investimentos na expansão de rede possibilitaram ainda a interligação de mais de 4 mil usuários à rede de gás natural canalizado neste ano. A Diretora Técnico e Comercial da Potigás, Taciana Amaral, destaca a importância dos resultados de 2022.

“Esse resultado evidencia um novo patamar que a companhia conseguiu atingir neste último ano e aponta para resultados ainda mais expressivos para seus sócios e, principalmente, para a sociedade potiguar, fazendo uma verdadeira revolução na competitividade do Estado no que tange à oferta energética”, explica a diretora.

A diretora presidente da companhia, Marina Melo, adianta que o orçamento de 2023 para investimentos será maior do que o deste ano. “Parabenizo toda a equipe da Potigás pelos números obtidos porque eles coroam o empenho de cada um e possibilita à empresa cumprir com o seu papel de vetor do desenvolvimento econômico do nosso estado”, explica.

A Potigás apresentou os resultados de 2022 ao Conselho de Administração da empresa na tarde da quarta-feira, 14. Os dados também serão expostos aos colaboradores na próxima sexta-feira, 16.

Petro Notícias - SP   16/12/2022

A Diretoria da ANP aprovou hoje (15) a realização de consulta e audiência públicas sobre minuta de acordo, a ser celebrado entre a Agência e a Petrobrás, para o recolhimento de participações governamentais (royalties e participação especial) relativas à produção de petróleo no Campo de Jubarte, nos períodos de agosto de 2009 a fevereiro de 2011 e dezembro de 2012 a fevereiro de 2015. Essas participações governamentais deixaram de ser recolhidas em função da não atualização, pela empresa, da curva PEV da corrente do Campo de Jubarte, que tem impacto no Preço de Referência do Petróleo, adotado no cálculo de participações governamentais. O preço de referência do petróleo de determinado campo, apurado pela ANP, para fins de recolhimento de participações governamentais, é calculado a partir das características físico-químicas da corrente de petróleo à qual este campo está vinculado. Para cada uma destas correntes é realizada a análise dos pontos de ebulição verdadeiros, conhecida como curva PEV, definindo as frações leves, médias e pesadas existentes em cada tipo de petróleo. A partir das frações, o petróleo de uma corrente é valorado utilizando cotações de derivados do mercado internacional.

O acordo que será submetido a consulta e audiência públicas, para que interessados possam se manifestar, já foi aprovado pela Petrobrás e visa encerrar o processo judicial que envolve o caso. Com a assinatura de acordo entre ANP e a empresa, que deverá ser homologado pela Justiça Federal para extinguir o processo, a empresa efetuará o pagamento de aproximadamente R$ 780 milhões. Os valores do acordo serão pagos 35% à vista e o restante em 48 parcelas corrigidas pela taxa SELIC. Royalties e participação especial são participações governamentais (compensações financeiras) oriundas da exploração e produção de petróleo e gás natural pelas empresas. A base de cálculo para apuração dos royalties pela ANP é a receita bruta da produção mensal em cada campo produtor, sobre o qual incide alíquota (porcentagem) estabelecida em contrato. Após a apuração, os royalties são distribuídos mensalmente aos entes beneficiários: União, estados e municípios. A participação especial é a compensação financeira extraordinária devida pelas empresas que exploram campos com grande volume de produção e/ou grande rentabilidade. Para apuração da participação especial sobre a produção de petróleo e de gás natural, alíquotas progressivas, que variam de acordo com a localização da lavra, o número de anos de produção e o respectivo volume de produção trimestral fiscalizada, são aplicadas sobre a receita líquida da produção trimestral em cada campo (receita bruta de produção menos as deduções previstas). Após a apuração, pela ANP, a participação especial é distribuída trimestralmente aos entes beneficiários, na proporção de 50% para a União, 40% para os estados produtores e 10% para os municípios produtores.

Petro Notícias - SP   16/12/2022

As propostas de acordo para de contratos em blocos exploratórios marítimos operados pela Petrobrás suspensos por longos períodos em razão de atraso no licenciamento ambiental, já poderão ser assinados. Para que isso ocorra, a empresa terá que transferir os investimentos associados aos Programas Exploratórios Mínimos (PEM) não realizados para outras concessões na Margem Equatorial Brasileira, na forma de perfuração de dois novos poços exploratórios, como investimentos adicionais aos seus respectivos contratos receptores. Com a medida, será possível destravar investimentos que poderão ser efetivamente realizados em áreas concedidas na Margem Equatorial Brasileira, região brasileira de altíssimo potencial para novas descobertas, a exemplo do sucesso exploratório alcançado nas bacias sedimentares análogas da Guiana, Suriname e Costa Oeste Africana, mas cuja última perfuração de poço exploratório ocorreu em 2015.

Atualmente, a ANP é responsável pela gestão dos contratos de 295 blocos exploratórios. Desse total, 42 estão com seus contratos suspensos em razão de atraso no licenciamento ambiental. Entre esses blocos, há casos cujo tempo decorrido de processo de licenciamento ambiental perdura por tempo superior a uma década, o que se configura claramente como uma anomalia, diminuindo a expectativa de cumprimento dos compromissos contratuais. Dessa forma, o acordo se apresenta como uma solução para contratos que se enquadrem nesse cenário.

Os critérios utilizados para seleção dos contratos que fizeram parte do acordo foram:
Blocos suspensos por atraso no licenciamento ambiental e localizados total ou parcialmente a menos de 50km da costa (por não serem mais considerados para licitação atualmente pela ANP); e/ou Blocos suspensos por atraso no licenciamento ambiental que estejam com pedido de licenciamento em análise por mais de 10 anos e que tenha sido feita solicitação de Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), em razão de maior sensibilidade ambiental da região.
Um total de oito contratos, incluindo 15 blocos, se enquadram atualmente nos critérios descritos: BM-J-4 (blocos J-M-115, J-M-165, J-M-3, J-N-5 e J-M-63 ) e BM-J-5 (blocos J-M-59 e J-M-61), na Bacia de Jequitinhonha; BM-CAL-9 (bloco CAL-M-188), BM-CAL-10 (blocos CAL-M-3, CAL-M-58 e CAL-M-60), BM-CAL-11 (bloco CAL-M-248) e BM-CAL-12 (bloco CAL-M-372), na Bacia de Camamu-Almada; e BM-PEPB-1 (bloco PEPB-M-783) e BM-PEPB-3 (bloco PEPB-M-839), na Bacia de Pernambuco-Paraíba. Todos são operados pela Petrobras com 100% de participação no consórcio, com exceção dos contratos BM-CAL-12, BM-PEPB-1 e BM-PEPB-3, em que há a participação de outras empresas.

Estes contratos possuem um valor de, aproximadamente, R$ 475 milhões em garantias financeiras para cumprimento do PEM. Os parceiros da Petrobrás optaram por não participar do acordo, de forma que pagarão em pecúnia para a União seu montante proporcional referente ao PEM não realizado (valor de cerca de R$ 34,9 milhões). Os R$ 440 milhões restantes, referentes ao valor garantido pelo Programa Exploratório Mínimo (PEM) não realizado dos contratos com 100% de participação da Petrobrás, somados ao valor correspondente à participação da Petrobrás no PEM dos contratos BM-CAL-12, BM-PEPB-1 e BM-PEPB-3, serão transferidos para perfuração de dois novos poços em outros blocos operados pela empresa na Margem Equatorial.

Os contratos escolhidos pela estatal e aprovados pela ANP para configurarem como receptores dos investimentos na forma de atividade de perfuração de poço exploratório são:
POT-M-762_R15 – bloco POT-M-762 (Bacia Potiguar); e BM-BAR-1, Plano de Avaliação de Descoberta do bloco BM-BAR-1 (Alcântara, Bacia de Barreirinhas),OU no POT-M-952_R11, bloco POT-M-952.
O valor estimado para a perfuração dos dois novos poços será de, no mínimo, R$ 579 milhões (a depender da locação do segundo poço, poderá chegar a R$ 687 Milhões). Esse montante supera em mais de R$ 100 milhões os valores a serem transferidos dos contratos resilidos pelo acordo em questão, o que demonstra vantagem para a União, além de efetivar a perfuração de dois poços em uma nova fronteira exploratória brasileira. Os investimentos referentes aos compromissos de perfuração a serem realizados em face do acordo deverão ser integralmente assegurados por garantias financeiras, que deverão seguir as regras do contrato para o qual o investimento será transferido e cujo valor deverá ser correspondente aos custos dos poços compromissos do acordo, previamente aprovados pela ANP. Para lembrar, o bloco exploratório é parte de uma bacia sedimentar, onde são desenvolvidas atividades de exploração de petróleo e gás natural. O Programa Exploratório Mínimo (PEM) Corresponde às atividades exploratórias a serem obrigatoriamente cumpridas pelo concessionário durante a fase de exploração, que é a fase inicial de um contrato de exploração e produção de petróleo e/ou gás natural.

IstoÉ Dinheiro - SP   16/12/2022

Os preços do petróleo caíram cerca de 2% nesta quinta-feira, com os comerciantes preocupados com as perspectivas de demanda por combustível devido a um dólar mais forte e a novos aumentos nas taxas de juros pelos bancos centrais globais.

Depois de subir por três dias consecutivos, os futuros do Brent caíram 1,49 dólar, ou 1,8%, para 81,21 dólares o barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) caiu 1,17 dólar, ou 1,5%, para 76,11 dólares.

“Os preços do petróleo caíram à medida que os riscos de recessão global aumentaram depois que uma onda de bancos centrais apresentou outra forte rodada de aperto. A recente recuperação do petróleo (perdeu) o vapor à medida que a aversão ao risco aumentava”, disse Edward Moya, analista sênior de mercado da empresa de dados e análises OANDA.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse na quarta-feira que o banco central dos EUA aumentará ainda mais as taxas de juros no próximo ano, mesmo com a economia caminhando para uma possível recessão. Na quinta-feira, o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu elevaram as taxas de juros para combater a inflação.

Globo Online - RJ   16/12/2022

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) realiza nesta sexta-feira o primeiro leilão de blocos de petróleo na camada do pré-sal no regime de partilha através do modelo de oferta permanente.

Diferente de um leilão tradicional, no qual são ofertadas áreas definidas pela ANP, nesse modelo tratam-se de blocos que já receberam declaração de interesse das empresas de petróleo.

Exploração: ANP e Petrobras fazem acordo para aumentar investimento na Margem EquatorialTele : Justiça decreta fim do processo de recuperação judicial da Oi

No leilão desta sexta-feira serão 11 blocos, dos quais sete estão na Bacia de Santos, em São Paulo, e quatro na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Como são áreas no regime de partilha, o bônus de assinatura é fixo. Se todos forem arrematados, podem somar uma arrecadação de R$ 1, 28 bilhão.

Estão inscritas nove companhias. Além da Petrobras, estão previstas a participação de Shell, Total, Equinor, BP, Chevron, Ecopetrol, Petronas e QatarEnergy.

Segundo a ANP, a Petrobras exerceu o direito de preferência em relação aos blocos de Água Marinha e Norte de Brava, ambos na Bacia de Campos, com percentual mínimo de 30% de participação.

O mercado espera disputa pelas áreas. Pelas regras do regime de partilha, leva o bloco quem oferecer o maior excedente em óleo para a União (depois de descontados os custos de investimento e pagamento de participações governamentais).

Pelo edital, cada bloco tem um percentual mínimo de excedente em óleo para a União, que vai de 4,88% a 22,71%.

Na oferta permanente, os dados técnicos dos blocos ficam disponíveis para as empresas que manifestam interesse através de um edital geral da ANP. Os pedidos são, então, analisados por uma Comissão Especial de Licitação e, uma vez aprovados, é marcado o leilão, cujo cronograma é definido pela agência.

No leilão desta sexta-feira, dos onze blocos, seis estão sendo leiloadas pela primeira vez como as áreas na Bacia de Santos (Ágata, Esmeralda, Jade e Tupinambá) e em Campos (Turmalina e Água Marinha).

As outras áreas em Santos (Sudoeste de Sagitário, Cruzeiro do Sul e Bumerangue) e Campos (Norte de Brava e Itaimbezinho) já foram leiloadas em rodadas anteriores, mas não receberam ofertas.

Desde 2019, a ANP fez três ciclos da oferta permanente no regime de concessão, que somaram bônus de assinatura de R$ 500 milhões e investimentos superiores a R$ 880 milhões.

O certame desta sexta-feira ocorre no hotel Windsor Guanabara, no Centro do Rio, a partir das 9h.

Falhas de segurança: ANP interdita campos de petróleo em terra da Petrobras em polo à venda na Bahia

Áreas ofertadas na Bacia de Santos

Ágata
12,58% de percentual mínimo de excedente em óleo Bumerangue
5,66% de percentual mínimo de excedente em óleo Cruzeiro do Sul
14,13% de percentual mínimo de excedente em óleo Esmeralda
10,54% de percentual mínimo de excedente em óleo Jade
10,98% de percentual mínimo de excedente em óleo Sudoeste de Sagitário
21,3% de percentual mínimo de excedente em óleo Tupinambá
4,88% de percentual mínimo de excedente em óleo

Áreas ofertadas na Bacia de Campos

Água Marinha
13,23% de percentual mínimo de excedente em óleo Itaimbezinho
11,67% de percentual mínimo de excedente em óleo Norte de Brava
22,71% de percentual mínimo de excedente em óleo Turmalina
6,87% de percentual mínimo de excedente em óleo

Valor - SP   16/12/2022

Segundo o Instituto Internacional Arayara, há conflitos entre as áreas dos blocos e zoneamentos de conservação de ambientes sensíveis e de espécies ameaçadas de extinção

A organização da sociedade civil Instituto Internacional Arayara abriu uma ação civil pública junto à 9ª Vara Federal de Brasília para anular a inclusão de blocos localizados nas bacias de Campos e Santos no leilão de partilha da Agência Nacional do Petróleo (ANP) agendado para hoje.

De acordo com o instituto, há conflitos entre as áreas dos blocos e zoneamentos de conservação de ambientes sensíveis e de espécies ameaçadas de extinção.

O leilão será o primeiro para contratos de partilha sob o modelo da oferta permanente, na qual as áreas são oferecidas ao mercado somente depois da manifestação de interesse pelas empresas. Ao todo, o certame vai oferecer quatro blocos na bacia de Campos e sete na de Santos.

“Todos os blocos oferecem riscos de impactos (em diferentes escalas) na costa dos Estados, principalmente paulista e fluminense, com potencial para impactar, pelo menos, 140 unidades de conservação, 77 comunidades tradicionais, além de milhares de famílias que sobrevivem das atividades da pesca e do turismo na região”, diz a nota técnica que embasou a abertura da ação civil pública.

O documento foi elaborado pelo instituto com apoio do Observatório do Petróleo e Gás, da Coalizão Não Fracking Brasil, Coalizão Energia Limpa e do Observatório do Clima.

A nota técnica foi encaminhada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Procurados, a ANP optou por não comentar, e o Ibama não respondeu até a conclusão desta edição.

O leilão previsto para hoje terá blocos que serão ofertados ao mercado pela primeira vez, assim como áreas que já estiveram em certames anteriores, mas não despertaram interesse do mercado.

De acordo com a ANP, os 11 blocos ofertados receberam declaração de interesse das empresas inscritas. Há nove companhias qualificada para participar da rodada.

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