FORGOT YOUR DETAILS?

Seja bem-vindo ao INDA!

Olá, seja bem-vindo
ao INDA!

15 de Dezembro de 2022

SIDERURGIA

Diário do Comércio - MG   15/12/2022

A Belgo Bekaert Arames, líder brasileira na transformação de arames de aço, está de cara e nome novos. A empresa apresenta sua nova marca – Belgo Arames -, criada para refletir sua evolução estratégica no Brasil e para chancelar a maneira pela qual é nomeada e conhecida no mercado.

E não foi apenas o nome que ficou mais fácil de ser pronunciado. O primeiro rebranding em 47 anos da Belgo parte de um conceito simples, com movimentos flexíveis para ressaltar a maleabilidade do arame de aço e com cores que remetem à sua história: a empresa foi fundada em 1975 por meio de uma parceria estratégica entre a ArcelorMittal (à época Belgo-Mineira) e a Bekaert, representadas pelo laranja, vermelho e azul, respectivamente.

A nova marca também celebra o resultado de um processo de transformação cultural e digital que a empresa investe desde 2019. “Essa mudança coroa um movimento de muito amadurecimento, iniciado ao definirmos o nosso propósito, que é criar uma vida melhor para todos. É comum ver empresas que mudam a marca e depois se preocupam com o restante, mas aqui fizemos o inverso, tratamos primeiro nossas questões internas, nos reinventamos – de uma indústria tradicional para uma totalmente inovadora – para agora estampar essa nova imagem, com identidade e personalidade bem definidas”, explica o CEO da Belgo Arames, Ricardo Garcia.

Uma das importantes conquistas desse amadurecimento foi a criação da Gerência de Diversidade, Inclusão e Responsabilidade Social, composta pelos grupos de afinidade Equidade de Gênero, Pessoas com Deficiência, Migrantes em Vulnerabilidade, Equidade Racial, LGBTI+ e Gerações. Dentre os compromissos assumidos nessa área, está o de ter 30% de mulheres contratadas até 2030. Atualmente, dos 3.434 empregados, 16% são mulheres. A empresa já dobrou a presença feminina em cargos de liderança. Das 484 mulheres empregadas em 2020, 7,9% eram líderes. Já em 2022 o número saltou para 15,5%.

Outra evolução é a criação da Diretoria de Inovação e Digital, composta pelas áreas de Digital, Inovação, Propriedade Intelectual, Fronteira Tecnológica, Corporate Venture Building, Corporate Venture Capital, e-commerce, Analytics e Inteligência Artificial. Nesta frente, a Belgo lançou recentemente a linha de produtos easyworks, com os primeiros gabiões da América Latina produzidos em malha soldada para trazer mais sustentabilidade, produtividade e estética aos projetos geotécnicos e da construção civil; e a Belgo Cerca Rápida, startup corporativa com um projeto pioneiro e único para padronizar e acelerar em até cinco vezes a instalação de cercas rurais no País. Em parceria com a ArcelorMittal e o Centro Tecnológico CIT Senai, está investindo na criação do primeiro Centro de Desenvolvimento da Tecnologia de Manufatura Aditiva por Deposição a Arco (CDT Mada) do País.

O fomento a políticas e ambientes cada vez mais saudáveis para seus empregados também caracterizam essa nova fase. Atualmente a Belgo adota jornadas híbridas de trabalho, home office e horário flexível para cargos administrativos, disponibiliza espaços de coworking e de inovação para potencializar a criação e contribuição das equipes dentro de um pensamento ágil e intraempreendedor.

“Como resultado, a Belgo é uma das 30 melhores empresas de grande porte para trabalhar no Brasil, de acordo com o ranking Lugares Incríveis para Trabalhar, realizado pelo UOL e Fundação Instituto de Administração (FIA). Também nos destacamos em gestão de pessoas e desempenho financeiro entre as empresas de Mecânica e Metalurgia presentes no anuário Época Negócios 360º e estamos entre as que mais praticam inovação aberta com startups, segundo o ranking das TOP 100 Open Corps. Esses reconhecimentos apontam que estamos no caminho certo”, celebra Garcia.

Segundo o Diretor de Marketing e Produtos Comerciais da Belgo, Roberto Milhomem, essa primeira fase de rebranding recebeu o investimento de cerca de US$ 1 milhão. “Teremos uma comunicação pessoal muito intensa para fazermos essa virada o mais rápido possível, envolvendo todos os nossos públicos. A partir das próximas semanas nossos produtos já chegam ao mercado com nova embalagem, mais limpa, moderna e atraente, reforçando nosso novo momento e também valorizando o ponto de venda de nossos clientes”, afirma.

“Liderar o primeiro rebranding dessa marca tão forte e consolidada no mercado é um desafio interessante, que vai desde a percepção do mercado até o completo alinhamento com os pilares estratégicos, conduzido por nossa equipe interna. O slogan que lançamos para esse novo momento também reflete bem o que desejamos para as próximas décadas da companhia: uma Belgo moderna como nunca e forte como sempre”, completa Milhomem.

A chegada de um novo nome e uma nova logomarca encerra um ano em que a projeção de receita líquida chega aos R$ 6,5 bilhões, frente aos R$ 6,4 bilhões de 2021. É também a coroação de um ano em que os investimentos foram focados em desenvolver novos produtos e soluções para os clientes, além de ampliar a capacidade produtiva, com a finalização da primeira fase de expansão da fábrica de steel cord (cabos de aço para pneus radiais) em Itaúna (MG), que recebeu mais de R$ 200 milhões nos últimos 4 anos. Para 2023, a empresa prevê continuar ampliando sua capacidade produtiva, com investimentos previstos de R$ 40 milhões na fábrica de arames para fibra ótica e na de cercamentos.

Valor - SP   15/12/2022

CSN Inova Ventures fez um aporte na i.Systems, que é especializada na aplicação de inteligência artificial na área industrial; aporte é o oitavo do CVC

O fundo de venture capital da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) acaba de fechar mais uma rodada de investimentos em startups e empresas de inovação. O CSN Inova Ventures fez um aporte na i.Systems, que é especializada na aplicação de Inteligência Artificial para indústrias.

Esse é o oitavo investimento feito do fundo de venture desde que foi criado, há pouco mais de dois anos. A i.Systems, informou a CSN em nota ao Valor, vai usar AI para otimizar produção e cadeia de suprimentos. O valor do aporte não foi revelado pelo CSN Inova.

A startup foi fundada em 2007 por alunos de engenharia da computação da Universidade de Campinas (Unicamp), que, em 2016, se tornaram empreendedores da Endeavor. Segundo a CSN, esse movimento reforça seu compromisso de investir no desenvolvimento da indústria 4.0.

A CSN informa que já utiliza uma das uma das soluções da i.Systems, o LEAF, que “reduz a variabilidade e intervenção humana e aumenta a eficiência de processos produtivos, reduzindo o consumo de utilidades como gás natural e energia elétrica”.

Segundo a empresa, os resultados iniciais mostrados na usina de aço Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ), tanto na fábrica de cal da siderúrgica, como nos moinhos da fábrica de cimento, já deram resultados expressivos na melhoria de processos e redução de custos correspondente a milhões de reais por ano.

A empresa informa que já estão tão mapeadas diversas linhas nas áreas de siderurgia, cimentos e mineração que são alvos de aplicação da tecnologia.

A empresa destaca que o investimento está em linha com uma das verticais da CSN Inova Ventures, o industrial tech, que são startups com tecnologias IoT, AI e Data Analytics aplicadas em indústrias.

“O LEAF é uma tecnologia exclusiva e patenteada em diversos países, com ganhos comprovados na CSN e potencial de escala pensado por um time com expertise no setor e capacidade para desenvolver novos produtos”, disse, na nota, Eduardo Gebara, que atua no time da CSN Inova Ventures. A i.Systems tem ainda o Calix, outra plataforma de AI.

“Nosso objetivo com o investimento é potencializar ainda mais a experiência com o LEAF, nossa solução de otimização de processos, e expandir o Calix”, afirma Igor Santiago, fundador da i.Systems.

A CVC da CSN Inova - plataforma de inovação da siderúrgica - definiu mais de R$ 100 milhões de capital comprometido para investir em startups. Até o fim do primeiro trimestre de 2023, estão previstos mais três investimentos, consumindo quase todo o pacote de recursos.

O CSN Inova Ventures possui cinco verticais de investimentos - industrial tech, ESG, logtech, B2B software e construtech. Já estão no portfólio do CVC a Oico, Clark, 2DM, Traive, entre outras.

Globo Online - RJ   15/12/2022

Entre as commodities (matérias-primas), o mercado de minério de ferro foi um dos que mais sofreu oscilações ao longo dos últimos anos. Afinal, com a pandemia de covid-19, os preços chegaram a bater na casa dos U$$ 230 dólares a tonelada em maio de 2021, desabando a U$$ 84 em novembro do mesmo ano.

Por quê? Porque a queda foi provocada em boa parte por conta da política rigorosa de covid zero na China, maior consumidor do mundo (70%) do produto. Quando a guerra na Ucrânia se iniciou no início deste ano, os preços escalaram novamente próximo a U$$ 160.

Nestas duas cristas, a Usiminas (USIM3,USIM5) surfou de braçada, com as cotações de suas ações batendo nos dois momentos em R$ 23 e depois ao redor dos R$ 16, nas duas ocasiões respectivamente.

As curvas, tanto do preço do minério quanto das ações da siderúrgica, pareciam seguir direções muito similares, mas nos últimos meses, as coisas começaram a mudar.

Por que o preço do minério sobe, mas as ações da Usiminas caem?

Agora vamos nos aprofundar mais no setor. Nos últimos 12 meses, a alta no preço do minério é de cerca de 10%. Mesmo assim, as ações da Usiminas (USIM3,USIM5) não seguiram o mesmo movimento.

Em um ano, o preço desabou 49,33%, considerando o fechamento do dia 8 de dezembro, valendo apenas R$ 7,57. Desde o final de outubro, o minério ensaia recuperação com alta de 32%, contra menos de 5% da siderúrgica.

Além disso, os números do balanço do último trimestre da companhia mostraram quedas expressivas. Por exemplo: no terceiro trimestre, a Usiminas (USIM3,USIM5) viu o lucro líquido encolher 67% em relação ao mesmo período do ano passado, indo para R$ 609 milhões.

E a receita líquida caiu 7%, a R$ 8,4 bilhões. Já o lucro bruto foi de R$ 1 bilhão no terceiro trimestre, 54,1% inferior em relação ao segundo trimestre deste ano, que foi de R$2,2 bilhões.
Vendas de aço em queda

E não para por aí. O volume de vendas de aço foi de 1,047 milhão de toneladas, registrando recuo de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No final de novembro, o vice-presidente de finanças da Usiminas, Thiago Rodrigues, disse que outro desafio é a reforma de um dos fornos. A obra deve durar de abril a agosto, o que poderá prejudicar a produção.

O que os analistas dizem sobre a Usiminas

É nesse sentido que, na avaliação do Santander, os resultados ruins ainda devem permanecer, pelo menos, no curto prazo. O banco estima vendas menores de aço, entre 850 mil toneladas e 950 mil toneladas, contra 1 milhão de toneladas do trimestre anterior.

Além disso, apenas 18% das vendas da unidade de siderurgia da Usiminas no primeiro semestre deste ano foram feitas para empresas de fora do Brasil.

O que mais preocupa? Pois bem, o principal anseio de quem acompanha a Usiminas é a desaceleração da economia brasileira e as incertezas quanto ao futuro governo.

Vendas de veículos devem crescer

Pelo menos uma boa notícia vem da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). De acordo com o presidente da entidade, Márcio Leite, o setor deve crescer, no mínimo, 5% em vendas de veículos em 2023.

A projeção considera que o desabastecimento mundial de chips seja resolvido ao longo do próximo ano. E isso impacta a companhia? Muito. Afinal, boa parte de sua produção é voltada para carros, caminhões e afins, como veremos a seguir.
O que faz a Usiminas?

A empresa mineira vende chapas de aço, usadas principalmente pela indústria automobilística e de eletrodoméstico. Produtos para a construção civil também compõem o portfólio, mas não são a especialidade da casa.
Quem são os donos da Usiminas?

Os controladores da Usiminas são o Previdência Usiminas (4,84%), o grupo japonês Nippon (31,45%) e o grupo o ítalo-argentino Ternium (32,28%).
Como comprar ações da Usiminas (USIM3,USIM5) ?

As ações da Usiminas são negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira, e são comercializadas sob os tickers USIM3 e USIM5.

Portanto, para comprar os papéis da empresa você precisa ter conta em corretoras ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários cadastradas e autorizadas na B3.

Assim, a negociação pode ser feita de forma eletrônica até mesmo por meio de aplicativos em seu celular.
Qual a diferença entre USIM3 e USIM5 ?

As ações ordinárias (USIM3) terminam com o número 3 e dão direito a voto. Já as preferenciais (USIM5) que terminam com 5 e têm a preferência no recebimento de dividendos.
Vale investir em USIM3 e USIM5?

No último trimestre, Santander e Itaú BBA deram downgrade, ou seja, reduziram o preço-alvo das ações da empresa. O Santander mudou a posição de compra para neutro, reduzindo o preço-alvo de R$ 14,50 para R$ 9.

O Itaú ainda informou que espera queda no Ebtida da siderúrgica. “Introduzimos o novo preço-alvo em R$ 9/ação ao fim de 2023 (ante R$ 15/ação anteriormente). O novo Ebitda estimado para a companhia em 2023 está em R$ 3,7 bilhões (queda de 33% em relação às estimativas anteriores) diante de menores preços de aço no mercado doméstico e de minério de ferro”.

Já o BTG Pactual alerta para os números ruins da companhia. “Apesar de o Ebitda ter superado nossas estimativas, acreditamos que o mercado não irá gostar desses números, e mantemos nossa visão de que a Usiminas deve ter alguns trimestres de resultados pressionados e baixa qualidade de lucros (fornos de coque operando abaixo da capacidade, pressões de custos, menores preços do aço, volumes menores, manutenção do auto forno, aumento de capital de giro, capex elevado…). Reiteramos nossa recomendação neutra na companhia”.
Quanto a Usiminas paga de dividendos?

A Usiminas (USIM3,USIM5) pagou em junho deste ano R$ 0,572 por ação ordinária e R$ 0,629 por ação preferencial, num total de R$ 734,2 milhões.

A empresa tem mantido uma política recente de pagar 25% de dividendos sobre o lucro.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico. Este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem-informado.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   15/12/2022

A equipe de transição do governo Lula avalia dividir o atual Ministério da Infraestrutura em duas Pastas. O Estadão apurou que a ideia foi debatida pelo grupo técnico que analisou a área. Um ministério ficaria responsável pela gestão de rodovias e ferrovias, enquanto um segundo ministério assumiria a gestão de portos, aeroportos e hidrovias.

O plano de criar um “superministério”, como passou a ser chamado o atual Ministério da Infraestrutura, foi encampado pelo governo Jair Bolsonaro, que aglutinou, dentro do que era o antigo Ministério dos Transportes, outras áreas que tinham gestões distintas, com a Secretaria de Portos e a Secretaria de Aviação Civil. A avaliação do governo eleito é que essa estrutura, na realidade, tratou apenas de centralizar temas complexos dentro de um único ministério, sem efeitos práticos para reduzir custos da máquina pública.

A cúpula do governo Lula ainda discute a estrutura final sobre o assunto e ainda não há nomes definidos para os dois novos ministérios que seriam criados a partir do Ministério da Infraestrutura. A tendência mais forte, porém, é que essa divisão, de fato, se consolide, conforme uma fonte da alta cúpula do governo.

Alguns nomes despontam como favoritos para assumirem as novas pastas e secretarias. O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) são os mais cotados para assumirem as duas pastas, além da ex-ministra Miriam Belchior.

O Ministério da Infraestrutura está no centro das disputas políticas do governo, principalmente por concentrar grande parte das obras públicas, concessões à iniciativa privada e um dos maiores orçamentos da União. É no Minfra que são negociados, por exemplo, os recursos para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que costuma ser dono do maior orçamento federal, para cuidar das rodovias do País.

A força política do ministério se confirmou neste ano, com a eleição do então ministro Tarcísio de Freitas para o governo de São Paulo. Durante as eleições, Tarcísio explorou a imagem de “executor de obras” de Bolsonaro e de pessoa de perfil técnico e menos político. Na prática, porém, é grande a pressão de todas as legendas para controlar a área de infraestrutura, um setor que já foi tido como um “feudo” do antigo PR, hoje o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, controlado por Valdemar Costa Neto.

IstoÉ Online - SP   15/12/2022

A economia do Brasil iniciou o quarto trimestre com fraqueza em outubro, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira, indicando acomodação da atividade neste final de ano.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) registrou recuo de 0,05% em outubro na comparação com o mês anterior, mostrou o dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).

O resultado ficou bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,50% e mostra que o indice não registra uma taxa positiva mensal desde julho.

O quarto trimestre deve ser marcado pelos impactos defasados do forte aperto monetário promovido pelo Banco Central para combater a inflação elevada e pela iminência de uma recessão global.

Assim, Luiz Inácio Lula da Silva assume como presidente em janeiro diante de um pano de fundo de esperada desaceleração da economia, com o qual o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá de lidar.

O BC ainda piorou o resultado do IBC-Br de setembro para uma estagnação, de um avanço informado antes de 0,05%. Em agosto, o índice teve queda de 1,13%

Na comparação com outubro do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,68%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,13%, de acordo com números observados.

O Produto Interno Bruto do Brasil perdeu mais força do que o esperado no terceiro trimestre do ano e cresceu 0,4%, segundo dados divulgados pelo IBGE no início do mês.

Mas ainda assim marcou o maior patamar da série histórica, com início em 1996, impulsionado mais uma vez pelo setor de serviços em meio a uma demanda ainda robusta por parte das famílias.

Em outubro, o destaque foi a queda de 0,6% no volume de serviços, interrompendo série de cinco meses de alta e acendendo sinal de alerta.

A produção industrial brasileira cresceu 0,3% no mês, mas o resultado não compensou a queda dos dois meses anteriores. O destaque positivo foi o varejo, com aumento das vendas pelo terceiro mês seguido, de 0,4% em outubro.

“Na nossa avaliação, a perda de dinamismo de todos os grandes segmentos reflete os efeitos da política monetária contracionista sobre a economia brasileira. Acreditamos que esta tendência deve continuar sendo observada nos próximos meses, haja vista o encarecimento do custo de acesso ao crédito e da elevação do nível de inadimplência em um contexto de elevação das incertezas em torno da condução da pauta econômica durante o próximo governo” disse a Genial Investimentos em nota.

Neste final de ano, favorecem a economia a melhora do mercado de trabalho e medidas de auxílio do governo adotadas mais cedo. Mas enquanto a política fiscal foi mais expansionista, a monetária busca arrefecer a economia com juros elevados, atualmente em 13,75% ao ano.

“Por um lado, os estímulos fiscais e a sazonalidade de final do ano devem prover fôlego para a atividade econômica no curto prazo. Por outro, a manutenção da taxa de juros em patamar elevado e o aumento das incertezas em torno do novo governo eleito devem pressionar a economia”, avaliou Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modal. Ele manteve projeção de crescimento do PIB de 3,2% para 2022, mas acrescentou agora viés baixista.

O Banco Central ainda vem dando recados ao governo eleito, dizendo que há elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país.

O Ministério da Economia prevê crescimento da atividade econômica neste ano de 2,7%, indo a 2,1% em 2023, enquanto o mercado calcula expansão respectiva de 3,05 e 0,75%.

IstoÉ Dinheiro - SP   15/12/2022

A China estabeleceu planos para expandir o consumo doméstico e os investimentos, disse a agência oficial de notícias Xinhua nesta quarta-feira, enquanto a economia enfrenta a Covid-19 e o enfraquecimento da demanda externa.

As autoridades chinesas enfrentam vários desafios, pois um afrouxamento abrupto das restrições severas contra a Covid-19 tem provocado no país uma onda de infecções, atingindo empresas e consumidores, enquanto o enfraquecimento da economia global prejudica as exportações chinesas.

O aumento da demanda doméstica ajudará a China a buscar um crescimento econômico de maior qualidade e a lidar com os riscos e desafios externos, disse a Xinhua, citando os planos de 2022 a 2035 divulgados pelo gabinete.

A China pretende aumentar a escala de consumo e investimento para um novo nível até 2035, reduzir significativamente as diferenças de renda entre residentes urbanos e rurais e fazer progressos substanciais na diretriz de “prosperidade comum” do país, disse a Xinhua.

“Precisamos implementar firmemente a estratégia de expansão da demanda doméstica, expandir o consumo dos residentes e o investimento efetivo, aumentar a resiliência do desenvolvimento econômico e promover o desenvolvimento econômico sustentável e saudável”, afirmou a Xinhua.

Pequim apoiará a demanda “razoável” dos cidadãos por habitação e reduzirá os investimentos especulativos, incentivará a transição para veículos elétricos e aumentará a oferta de bens de consumo de maior qualidade e de produtos agrícolas saudáveis, disse a Xinhua.

A China também aumentará o consumo nas áreas de cultura e turismo e reduzirá o ônus financeiro para as famílias com a criação dos filhos, paternidade e educação, informou a mídia estatal.

A China vai reforçar o investimento em infraestrutura em energia, transporte, logística, conservação de água, bem como em 5G, IA, big data e canalizará mais fundos para setores avançados de manufatura, disse a Xinhua

Infomoney - SP   15/12/2022

O Morgan Stanley elevou sua previsão de crescimento do PIB chinês em 2023, dos 5% anteriores para 5,4%. O motivo é a mudança da política de controle da covid-19 na segunda maior economia do planeta, com maior flexibilização das rígidas regras de mobilidade no país.

Em relatório divulgado hoje, o banco de investimentos entende que haverá alguns “solavancos” na atividade por conta do maior número de infecções pela variante Ômicron no curto prazo, mas que a circulação de pessoas deve se normalizar até o final de março do ano que vem.

“A covid está agora em seu estado menos ameaçador do ponto de vista de doenças graves ou mortes, então não esperamos que as restrições sejam reforçadas”, avalia o Morgan Stanley. Para essa previsão, foram usados dados de outras economias, que sugerem um pico de casos nove semanas após o aumento inicial de um novo surto, em média.

Para o banco, no momento, os investidores ainda estão levemente posicionados nos mercados de ativos da China e que os mercados de ações não precificaram totalmente a reabertura.

vos da China ainda é baixo e essa recuperação não foi totalmente precificada nos mercados de ações e de câmbio.

Na análise, a recuperação mais acentuada da atividade econômica será sentida a partir de março e o aumento mais acentuado da mobilidade deve implicar numa retomada mais forte de crescimento do PIB.

O banco de investimentos destaca que as mudanças anunciadas pelos formuladores das políticas na China mostram um alinhamento da gestão da pandemia que não se observava desde 2019 e isso deve levar a uma recuperação do crescimento. As medidas econômicas até aqui estavam mais voltadas para a compensação, diz o banco.

O Morgan Stanley admite, no entanto, que há riscos de que os formuladores de políticas ainda possam aumentar as restrições se as hospitalizações aumentarem, levando a uma reavaliação do caminho para ganhos no Mercado. Os riscos incluem ainda interrupções duradouras ou efeitos diretos na economia da crise sanitária (especialmente na oferta de mão de obra), a retirada do atual apoio político e até o reaparecimento das tensões geopolíticas.

O Estado de S.Paulo - SP   15/12/2022

Com o governo Bolsonaro chegando ao fim, a herança do ministro da Economia, Paulo Guedes, virou alvo de discussões apaixonadas. Embora sua atuação tenha gerado muita controvérsia desde o princípio, agora, às vésperas de ele deixar o cargo, em 1º de janeiro, a polêmica em torno do assunto esquentou ainda mais.

De um lado, estão o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados, de primeira e de última hora, que procuram emplacar a narrativa de que Guedes deixará uma “herança maldita”, reciclando a estratégia usada contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no início do mandato do petista, em 2003.

Do outro, estão os que atribuem ao “espólio” de Guedes um valor respeitável e valorizam seu trabalho especialmente por ter rompido o “consenso social-democrata” formado desde a redemocratização entre o PT, o PSDB e outros partidos de esquerda e de centro, que levou à escalada dos gastos públicos e ao aumento da carga tributária.

Se dependesse da paixão dos dois grupos, o “cabo de guerra” poderia se estender até o fim dos tempos, com cada um puxando a corda para o seu lado. Em meio à polarização política predominante no País, é difícil imaginar que um dos lados possa mudar seu discurso, reconhecendo que o outro está certo.

Ainda assim, ao analisar a questão de um ponto de vista objetivo, com base nos números e nas realizações efetivas de Guedes durante os quatro anos em que comandou a economia, ele implementou ou apoiou uma série de medidas liberalizantes e tudo indica que deverá entregar o posto com as contas públicas sob controle e os principais indicadores apontando uma melhora na economia.

Guedes conseguiu imprimir uma marca liberal à sua gestão, reduzindo a presença do Estado na economia, e aprofundou as mudanças iniciadas no governo Temer, com a reforma trabalhista, o fim dos subsídios nos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a adoção do teto de gastos, que limitou a despesa de um ano ao nível do ano anterior corrigido pela inflação.

“Nos últimos anos, a gente caminhou bastante em direção a uma economia muito mais liberal, muito mais orientada pelo setor privado e com menos intervenção do Estado”, diz José Marcio de Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos e colunista do Estadão. “A diminuição do tamanho do Estado é um dos pontos importantes de qualquer projeto liberal, principalmente no Brasil, onde o Estado representa 40% do PIB (Produto Interno Bruto).”

Medidas microeconômicas

Apesar de reformas estruturantes como a tributária e a administrativa terem “subido no telhado”, a lista de realizações inclui a reforma da Previdência, a autonomia do Banco Central, a privatização da Eletrobras, a venda de participações de estatais em empresas privadas, o corte de impostos e diversas medidas microeconômicas, que mexem com o subterrâneo da economia, mas cujos efeitos só deverão ser sentidos, em toda a sua extensão, dentro de alguns anos. “A gente acabou tendo mais ruídos em relação a propostas que não andaram do que o reconhecimento de muitas que andaram e surtiram bons efeitos na economia”, afirma Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter.

Do ponto de vista fiscal, os resultados revelam um quadro bem mais tranquilo do que apontavam as previsões de muitos economistas. Mesmo com a realização de gastos extraordinários de quase R$ 700 bilhões para o combate à pandemia, que representaram 10% do PIB, a equipe econômica deverá entregar as contas públicas a Lula em situação melhor do que recebeu, em 2019 (leia a reportagem sobre as 20 principais medidas de liberalização da economia implementadas na atual gestão). “Poucas pessoas comemoram redução de gasto do governo, porque só verão o benefício disso no médio e no longo prazo”, diz Rafaela. “Não é uma atitude popular para nenhum governo cortar gastos, mas eu diria que esse é um bom legado.”

É certo que, para acomodar interesses políticos, Guedes aceitou vários aumentos de despesas. Mesmo excluindo da conta o furo do teto na pandemia, ele deu seu aval à chamada PEC Kamikaze, que turbinou gastos sociais três meses antes das eleições e representou um aumento de R$ 41,3 bilhões nas despesas previstas no Orçamento aprovado originalmente pelo Congresso. Também apoiou a exclusão dos pagamentos de precatórios do teto e a mudança na fórmula de cálculo de seu valor – uma medida considerada por muitos analistas como casuística, por ter aberto espaço de forma artificial para gastos adicionais.

Agora, como a arrecadação de tributos bateu recorde e as despesas tiveram uma queda significativa com o congelamento dos salários dos servidores, os gastos extras acabaram não afetando o resultado primário nem a dívida pública. “Para um liberal como o Paulo Guedes, que busca a menor intervenção do Estado na economia, a queda de impostos e uma privatização ampla, a boa gestão fiscal é um elemento importante nesse conjunto de coisas”, diz Pedro Jobim, economista-chefe da gestora de recursos Legacy Capital.

Conflitos institucionais

Provavelmente, o legado de Guedes seria mais robusto se não tivessem ocorrido tantas turbulências durante o percurso. Primeiro, houve a pandemia. Além de o coronavírus ter levado a vida de quase 700 mil brasileiros, desorganizou as finanças públicas e a economia do País e do mundo, provocando falta de produtos, encarecimento dos fretes e aumento da inflação aqui e lá fora.

Depois, houve os conflitos institucionais envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e as dificuldades de relacionamento do governo com o Congresso, em especial nos primeiros dois anos de seu mandato, e com o Judiciário. Além das críticas naturais da oposição, a agenda liberal de Guedes foi bombardeada também dentro do próprio governo, pelo “fogo amigo” de políticos e militares que integravam o círculo mais próximo a Bolsonaro, de visão mais desenvolvimentista, e até pelo próprio presidente.

Guedes costuma dizer que suas realizações devem ser medidas não só pelo que conseguiu entregar, mas também pelo que evitou que o chefe e seus colegas na Esplanada dos Ministérios fizessem, na direção oposta de sua pregação liberal. Apesar das “juras de amor eterno” de Bolsonaro, tornou-se evidente com o tempo que o ministro havia perdido o status de “Posto Ipiranga” que lhe fora conferido ainda na campanha de 2018.

Pelas seguidas rasteiras que levou de Bolsonaro, as especulações sobre sua saída do governo se tornaram recorrentes, agitando a turma da avenida Faria Lima, em São Paulo, onde se concentram as sedes das instituições financeiras do País, que viam nele uma garantia de que os gastos não sairiam de controle, produzindo efeitos dramáticos nas contas públicas e na economia como um todo.

Em meados do ano passado, quando a boataria sobre a saída de Guedes rolava solta na praça, o cientista político Lucas de Aragão, da Arko Advice, recorreu a uma metáfora futebolística, para explicar a situação. “O mercado em geral achava que o Paulo Guedes seria o Messi (craque da seleção argentina), o número 10 da economia, que iria fazer golaço de tudo que é jeito, de calcanhar, de bicicleta”, afirmou. “Mas hoje o investidor o vê mais como um goleiro, cuja missão é evitar desastres maiores.”

Sociais-democratas

Ironicamente, como se tudo isso já não bastasse para minar a sua capacidade de implementar sua agenda, Guedes ainda sofreu desde o início de sua gestão a artilharia desferida por um grupo de economistas considerados liberais, que nunca rezaram pela mesma cartilha que ele e que acabaram apoiando Lula no segundo turno das eleições.

“Esses economistas são chamados de liberais pela esquerda, mas na verdade são bem menos liberais do que o Paulo. Eles sempre defenderam a intervenção do governo na economia para resolver problemas que consideram não resolvidos pelo setor privado, como a desigualdade e outras questões sociais”, diz Camargo. “Acredito que tem muito a questão de ego, mas há também uma oposição ideológica. Muitos desses economistas são ligados ao PSDB e à Marina Silva, do Rede Sustentabilidade, e seguem conceitos sociais-democratas”, afirma Jobim.

Por sua personalidade conflituosa, como a de Bolsonaro, de acordo com alguns analistas, o próprio Guedes contribuiu para complicar ainda mais a implementação de sua agenda liberal. Ao anunciar metas ambiciosas, que acabavam não sendo atingidas, e lançar “balões de ensaio” desmentidos pelo próprio presidente no dia seguinte ou até no mesmo dia, ele se tornou alvo de ironias nas rodas de economistas e ganhou o apelido de “ministro da semana que vem”.

Sua forma debochada de falar também gerou muito ruído, como no caso em que ele disse, ao comentar a alta do dólar, que havia uma “festa danada” quando a cotação da moeda americana estava artificialmente baixa e as empregadas domésticas iam para a Disney. O comentário teve péssima repercussão e deu margem à interpretação de que elas e os menos abonados de forma geral não tinham direito de viajar ao exterior, criando um solavanco prejudicial à implementação de sua agenda.

“Acredito que, apesar de todo o ruído político e do próprio impacto da pandemia, que trouxe maior intervenção estatal naquele momento difícil, a gente teve, sim, o avanço de uma agenda mais liberal e uma redução da participação do Estado na economia”, afirma Rafaela.

“Revogaço”

A grande questão agora é saber o que vai acontecer após a posse de Lula. Muitos analistas temem um “revogaço” das medidas liberalizantes implementadas ou apoiadas por Guedes no novo governo. Mas, ainda que a intenção de promover uma contrarreforma, manifestada por integrantes do Gabinete de Transição de Lula, transforme-se em tentativa concreta de mudança, a margem de manobra é relativamente pequena.

“Vai ser mais difícil voltar atrás agora, por mais que a esquerda queira. Vai querer voltar com imposto sindical? Vai ter que passar pelo Congresso. Vai querer acabar com autonomia do Banco Central? Vai ter que passar pelo Congresso. Vai querer acabar com o teto? Vai ter que passar pelo Congresso”, diz José Márcio de Camargo.

“Acredito que a sociedade, os empresários, vão ser muito resistentes a retrocessos”, reforça Rafaela. “O setor privado ocupou um espaço na economia que foi deixado pela menor intervenção do Estado, e eles não vão querer abrir mão disso agora.”

IstoÉ Online - SP   15/12/2022

O Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou, nesta quarta-feira (14), sua taxa básica de juros em meio ponto percentual, de acordo com a expectativa do mercado, mas reafirmou que continuará aumentando os juros, elevando-os, inclusive, acima dos 5%.

Ao fim de uma reunião de dois dias de seu Comitê Monetário, o banco central americano, que aumentou suas taxas a 4,25%-4,50% por decisão unânime, revisou para cima sua previsão da inflação em 2023 para 3,1% contra 2,8% em sua previsão anterior.

A inflação em 12 meses registrou 7,1% em novembro, abaixo dos 7,7% de outubro, segundo o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), publicado na terça-feira passada, antes do início da reunião do Fed.

O Fed também reduziu sua previsão de crescimento do PIB da maior potência mundial para o ano que vem, a 0,5% contra 1,2%, segundo o comunicado publicado ao final do encontro.

Os aumentos dos juros visam a encarecer o crédito para o consumo e os investimentos, esfriando, assim, a economia, e reduzir a pressão sobre os preços em um contexto de inflação persistente nos Estados Unidos.

Estas são as taxas básicas de juros mais altas desde 2007.

Novos aumentos “serão apropriados”, destacou o Fed em nota.

Enquanto em setembro o Fed previa um nível de 4,6% para a taxa básica de juros ao final do ciclo de altas, agora trabalha com níveis superiores a 5%.

Os efeitos da política de juros levam meses para serem sentidos. Mas o consumo continua sustentado no país e o mercado de trabalho goza de excelente saúde.

– Menos otimismo sobre a inflação –

A moderação nos aumentos das taxas de juros marca o início de uma nova etapa na luta contra o flagelo da inflação, uma prioridade do Fed, que visa a baixá-la a um nível de 2% ao ano, considerado saudável para a economia.

O organismo vinha elevando em 0,75 ponto percentual seus juros nas últimas quatro reuniões de política monetária – um aumento sem precedentes desde 1994.

Apesar desta moderação, o banco central americano mostrou-se menos otimista do que em setembro sobre a trajetória da inflação.

Espera-se, inclusive, que encerre 2022 em 5,6% contra 5,4% há três meses.

“São necessárias muito mais evidências para ter a confiança de que a inflação está em uma via sustentável de baixa”, explicou a jornalistas o presidente do Fed, Jerome Powell, pouco após o fim da reunião.

O Fed não mencionou em seu comunicado a possibilidade de uma recessão no ano que vem. O mercado teme este cenário, em um contexto de forte aumento das taxas de juros, que poderia frear demais a atividade econômica.

O banco central americano estima uma taxa de desemprego de 4,6% para 2023 e 2024 frente ao atual 3,7%.

O Estado de S.Paulo - SP   15/12/2022

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na quarta-feira, 14, que o novo governo não vai usar o aumento de gastos como forma de estimular a economia e que é preciso conciliar o controle das despesas com a “responsabilidade social”.

“Não estamos em um momento em que a expansão fiscal vai ajudar a economia. Estamos em um momento em que estamos pegando uma situação fiscal, assumindo um compromisso herdado, não vamos desamparar as pessoas que foram incluídas no INSS ou no Auxílio Brasil”, disse Haddad, em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews.

O governo de transição negocia com o Congresso uma ampliação de R$ 168 bilhões nos gastos em 2023 com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.

O ex-prefeito de São Paulo disse que o aumento das despesas no próximo ano é consequência do que chamou de “trem da alegria eleitoral”, como o aumento do Auxílio Brasil e a inclusão de novos beneficiários no INSS.

Segundo ele, sem o reforço no Orçamento em 2023, o governo Bolsonaro informou que há a necessidade de excluir mais de 2 milhões de pessoas da lista de beneficiados pelo programa social.

Em entrevista anterior, Haddad já tinha se comprometido a buscar “obstinadamente” o ajuste das contas públicas sem penalizar a população. “Não aceitaria o cargo se não fosse para fazer isso”, disse. “Temos de compatibilizar responsabilidade fiscal com social. Fizemos isso, sabemos fazer, voltaremos a fazer.”

Na quarta, ele reforçou que o Ministério da Fazenda deve enviar no começo de 2023 uma nova regra fiscal em substituição ao teto de gastos, a norma aprovada no governo do ex-presidente Michel Temer que atrela o crescimento das despesas à inflação.

A PEC da Transição prevê o prazo até agosto de 2023 para o governo apresentar uma nova regra fiscal. O texto foi construído para que a revogação do teto de gastos e sua substituição possam ser feitas por lei complementar sem precisar de aprovação de uma nova PEC, o que traria mais custo político a Lula para aprovação de uma nova emenda constitucional.

Agência Brasil - DF   15/12/2022

Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado hoje (14), mostra que a inflação de novembro ficou abaixo da registrada em outubro para todas as faixas de renda. Os dados  mostram que as maiores pressões inflacionárias foram provocadas por três grupos: alimentos e bebidas, transportes e habitação.

O Indicador Ipea de Inflação por faixa de renda é divulgado mensalmente. O levantamento considera seis categorias de renda domiciliar: muito baixa (menor que R$ 1.726,01), baixa (entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02), média-baixa (entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04), média (entre R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07), média-alta (entre R$ 8.630,07 e R$ 17.260,14) e alta (maior que R$ 17.260,14).

Em novembro, as menores variações foram registradas para as famílias de renda alta (0,27%) e de renda muito baixa (0,33%). Em outubro, nas mesmas faixas, a inflação havia sido respectivamente de 1,14% e 0,51%.

Já as maiores variações foram observadas nas classes de renda média-alta (0,49%) e de renda média (0,46%). No entanto, mesmo nessas faixas, a inflação foi maior no mês de outubro, registrando respectivamente 0,64% e 0,61%.

No acumulado do ano, a menor variação é de 4,87% para as famílias de renda média-baixa. Já a maior, de 6,27%, foi observada para as famílias de renda alta. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado como índice oficial da inflação no país, registra uma variação de 5,13% desde o início do ano.
Alimentos e bebidas

No mês de novembro, os alimentos e bebidas pressionaram a inflação para todas as seis categorias. Além disso, com o reajuste dos aluguéis e das tarifas de energia elétrica, a habitação teve significativa influência na variação para as famílias de renda muito baixa. Para as quatro faixas de renda intermediárias, houve impacto do custo do transporte, que está associado à alta dos combustíveis. Já as famílias de renda mais alta foram pressionados pelos preços relacionados à saúde, envolvendo sobretudo aumentos nas mensalidades dos planos.

O levantamento também mostra que, entre os alimentos e bebidas, as altas mais relevantes foram registradas entre tubérculos (10,1%), cereais (0,97%), frutas (2,9%), farináceos (1,1%) e panificados (0,73%). De outro lado, houve queda nos preços dos leites e derivados (-3,3%) e das aves e ovos (-0,51%).

Infomoney - SP   15/12/2022

Depois de encerrar novembro com entradas líquidas de US$ 3,467 bilhões, o País registrou fluxo cambial negativo de US$ 959 milhões em dezembro, até o dia 9, informou nesta quarta-feira (14) o Banco Central (BC).

O canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 456 milhões no período. Isso é resultado de aportes no valor de US$ 17,173 bilhões e retiradas no total de US$ 17,630 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo de dezembro, até o dia 9, foi negativo em US$ 503 milhões, com importações de US$ 5,896 bilhões e exportações de US$ 5,393 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 767 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 714 milhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 4,004 bilhões em outras entradas.
Semanal

O fluxo cambial registrado na semana passada (de 5 a 9 de dezembro) para o Brasil ficou negativo em US$ 1,317 bilhão, informou o Banco Central.

O canal financeiro apresentou saída líquida de US$ 1,095 bilhão na semana, resultado de aportes no valor de US$ 12,222 bilhões e de envios no total de US$ 13,317 bilhões.

No comércio exterior, o saldo na semana passada ficou negativo em US$ 221 milhões, com importações de US$ 4,049 bilhões e exportações de US$ 3,828 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 518 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio, US$ 483 milhões em PA e US$ 2,827 bilhões em outras entradas.
Acumulado do ano

O fluxo cambial do ano até 9 de dezembro ficou positivo em US$ 21,097 bilhões, informou o Banco Central. Em igual período do ano passado, o resultado era positivo em US$ 12,664 bilhões. Já em 2021, houve entrada líquida de US$ 6,134 bilhões.

A saída líquida pelo canal financeiro foi de US$ 13,141 bilhões. O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 547,132 bilhões e de retiradas no total de US$ 560,273 bilhões.

No comércio exterior, o saldo anual acumulado ficou positivo em US$ 34,238 bilhões, com importações de US$ 223,312 bilhões e exportações de US$ 257,551 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 32,294 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio, US$ 57,017 bilhões em Pagamento Antecipado e US$ 168,240 bilhões em outras entradas.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   15/12/2022

O JPMorgan reiterou seu otimismo com os preços do minério de ferro e elevou a sua projeção para os valores da commodity, passando de previsão de US$ 94 a tonelada para US$ 101 a tonelada para 2023 e de US$ 90 a tonelada para US$ 93 a tonelada para 2024.

Enquanto a previsão dos analistas do banco, Rodolfo Angele e Lucas Yang, para a produção de aço na China em 2023 foi mantida em queda de 1% na comparação anual, o case de oferta para o preço do minério de ferro acabou sendo mais positivo para os preços.

Agora, as projeções do banco de volume de produção para a Vale (VALE3) estão no limite inferior do guidance da mineradora, de 310 milhões a 320 milhões a toneladas, versus projeção anterior do JP de produção de 330 milhões de toneladas. A projeção é de que os volumes atingirão o pico em 2028 a 360 milhões de toneladas no ano, ante 395 milhões da última previsão.

“Mais importante, o sentimento deve continuar a impulsionar a alta dos preços no início do próximo ano. Esperamos oferta sazonalmente menor, com reabastecimento antes do Ano Novo Chinês e notícias de uma potencial reabertura da China para manter um sentimento positivo (mesmo que os fundamentos para 2023 não tenham mudado materialmente)”, avaliam Angele e Yang. Os analistas continuam taticamente otimistas com o minério de ferro e a Vale continua sendo o nome preferencial no setor.

A história da reabertura da China provavelmente agirá para estabilizar a demanda em vez de acelerá-la, apontam os analistas, mas deve ser um condutor positivo para o sentimento. “A queda na produção da China deve ser compensada por
uma previsão de crescimento anual global de cerca de 1,5% ex-China”, apontam os analistas.

Angele e Yang destacam ainda que, além de diminuir a projeção de produção para a Vale, a Rio Tinto tem colocado o seu guidance para uma produção anual estável em 2023 de 320 milhões a 335 milhões de toneladas, embora a equipe de análise que acompanha a companhia acredite que o ponto médio desta faixa deva ser alcançado (versus o limite inferior neste ano). Assim, “menos é mais”, uma vez que uma menor oferta gera também uma menor pressão de preços para baixo.

“No geral, a projeção de crescimento de oferta em 2023 das majors [maiores empresas do setor] caiu de cerca de 48 milhões de toneladas para cerca de 28 milhões a toneladas”, vendo agora um maior equilíbrio entre oferta e demanda. “No entanto, o principal risco é o crescimento [da produção] da Índia, onde medidas punitivas às tarifas de exportação foram desfeitas”, avaliam.

Neste cenário, os analistas reiteram que a Vale continua sendo a sua top pick (preferida) no setor, destacando os múltiplos descontados dos ativos. “Os preços do minério de ferro estão agora em US$ 110 a tonelada, alta de 38% desde a mínima mais recente, enquanto fundamentos não mudaram materialmente e o entusiasmo pela reabertura da China fez os preços subirem. Esperamos que o sentimento seja um fator-chave para os preços nos próximos meses”, avaliam. Assim, a recomendação para os ativos é overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 109 para VALE3, ou potencial de avanço de 26,5% em relação ao fechamento de terça-feira (13).

O otimismo com as ações da Vale tem aumentado, em linha com os preços do minério. Cabe destacar que, na semana passada, o Morgan elevou a recomendação dos ADRs (na prática, os ativos da companhia negociados na Bolsa dos EUA) da Vale para equivalente à compra, destacando uma série de catalisadores positivos, o que inclui a tese de reabertura da China.

Valor - SP   15/12/2022

No ano, as perdas no mercado à vista estão em 7,8%

O avanço dos casos de covid-19 na China voltou a pesar no mercado de minério de ferro nesta quarta-feira e renovou os receios de enfraquecimento da demanda em 2023 por parte do maior produtor mundial de aço.

Nesse ambiente, os preços no mercado à vista e contratos futuros encerraram o dia em queda.

Segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro recuou 0,5% no norte do país asiático, para US$ 109,75 por tonelada.

Com isso, a principal matéria-prima do aço passou a exibir valorização acumulada de 8,5% em dezembro. No ano, as perdas no mercado à vista estão em 7,8%.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, para maio, recuaram 0,2%, a 808,50 yuan por tonelada.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Petróleo - SP   15/12/2022

Os preços das casas nos Estados Unidos caíram em setembro, marcando o terceiro mês consecutivo de quedas, à medida que os vendedores tentavam atrair compradores pressionados pelos custos mais altos dos empréstimos.

O  S&P CoreLogic Case-Shiller National Home Price Index  caiu 0,8% em setembro, após uma queda de 1,1% em agosto. Em uma base anual, os preços subiram 10,6% em relação ao ano anterior, desacelerando de um ganho anual de 13% em agosto e uma taxa de crescimento máxima de 20,8% em março. Os índices compostos de 10 e 20 cidades, que acompanham os preços das residências nas maiores áreas metropolitanas do país, subiram 9,7% e 10,4% em relação ao ano anterior, respectivamente.

Todas as 20 cidades rastreadas pelo índice registraram ganhos de preços anuais mais lentos em comparação com agosto. Em Miami e Tampa, os preços subiram cerca de 24%, enquanto os de Charlotte subiram 17,8%. Os menores ganhos anuais de preços foram registrados em San Francisco e Seattle, onde os preços subiram 2,3% e 6,3% em relação ao ano anterior, respectivamente.

Craig Lazzara, diretor-gerente da S&P Dow Jones Indices, explicou que o relatório de setembro refletiu a tendência recente de quedas de curto prazo e desaceleração de médio prazo dos preços da habitação.

O mercado imobiliário dos EUA desacelerou acentuadamente nos últimos meses, com o aumento das taxas de hipoteca e estoques limitados pesando sobre compradores e vendedores de casas. As taxas de hipoteca dispararam em 2022, depois de cair para mínimos recordes nos dois anos anteriores, à medida que o Federal Reserve aperta a política monetária para domar a alta inflação.
VEJA TAMBÉM Novo governo do Brasil pronto para cancelar gasodutos e usinas de energia

A taxa média de uma hipoteca de taxa fixa de 30 anos garantida pela Freddie Mac atingiu um pico recente de 7,08% no início deste mês – seu nível mais alto em mais de 20 anos. No início do ano, a taxa de hipoteca de 30 anos situava-se em pouco mais de 3%.

Infomoney - SP   15/12/2022

Os pedidos de hipotecas nos Estados Unidos aumentaram 3,2% na semana encerrada em 9 de dezembro em relação à semana anterior, de acordo com dados sazonalmente ajustados da Mortgage Bankers Association (MBA). Em uma semana, a taxa das hipotecas experimentou uma ligeira alta, de 6,41% para 6,42%.

O índice de refinanciamento aumentou 3% em relação à semana anterior, mas ainda está 85% mais baixo do que na mesma semana do ano passado.

Joel Kan, vice-presidente e vice-economista-chefe da MBA, destacou em nota que as as taxas de hipoteca aumentaram ligeiramente após um mês de quedas, pois os mercados financeiros reagiram a sinais mistos em relação à inflação e aos próximos movimentos de política monetária do Federal Reserve.

“As aplicações gerais aumentaram, impulsionadas por aumentos na atividade de compra e refinanciamento. No entanto, com taxas mais de três pontos percentuais mais altas do que no ano anterior, tanto as aplicações de compra quanto as de refinanciamento ainda estão bem atrasadas em relação ao ritmo do ano passado”, disse Kan

Para ele, a moderação contínua na evolução dos preços das casas, juntamente com novas quedas nas taxas de hipoteca, podem encorajar mais compradores a retornar ao mercado nos próximos meses.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   15/12/2022

A Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) realizou, no dia 12 de dezembro (segunda-feira), a cerimônia de entrega do Prêmio Porto do Itaqui e inaugurou o Vagão da Inovação, espaço do Programa Porto do Futuro destinado a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação do Complexo Portuário do Itaqui.

O Prêmio integra as ações do Laboratório de Inovação, no âmbito do Programa Porto do Futuro, desenvolvido em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) para reconhecer e incentivar produções científicas voltadas aos setores portuário, logístico e marítimo.

O Vagão da Inovação é fruto de uma parceria com a Vale, por meio da doação de um vagão. O veículo foi transformado em um ambiente do Laboratório de Inovação da EMAP, colorido pelo talento do artista urbano Gil Leros, que assina a composição visual.

O presidente da EMAP/Porto do Itaqui, Ted Lago, recebeu os convidados, dentre os quais o presidente da Fapema, André Santos; o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Davi Telles, representando o governador Carlos Brandão; além de representantes de instituições de ensino públicas e privadas e da comunidade portuária.

O Complexo Portuário do Maranhão é o maior do Brasil em movimentação de cargas e o Porto do Itaqui está consolidado como um hub de grãos e combustíveis e, de acordo com o presidente do Itaqui, Ted Lago, “a ideia de premiar trabalhos científicos está associada à necessidade de se ver refletidos nas pesquisas e produções acadêmicas do estado temas dos setores portuário, logístico e marítimo, incentivando pesquisadores jovens e mais experientes a produzirem conhecimento e tecnologia que atendam demandas desse ecossistema, ampliando oportunidades para os maranhenses”.

— Em boa hora a EMAP realiza essa parceria com a Fapema para transformar ciência, tecnologia e inovação a partir de investimento contínuo e robusto em pesquisa científica —afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Davi Telles.

O presidente da Fapema, André Santos, chamou a atenção para o fomento ao ecossistema de inovação por meio da pesquisa aplicada. —São recursos da EMAP, em um total de R$ 40 milhões para os próximos dez anos, sendo R$ 10 milhões investidos em 2022, em uma ação de incentivo para que se produza mais pesquisa para a área portuária— disse.

Antes do anúncio dos premiados foi realizada palestra do sócio executivo da Gartner, professor Paulo Henrique da Cruz Júnior, sobre o tema ‘Como Inovar na jornada de projetos e produtos: desafios e benefícios’. Em um dos trechos de sua apresentação, ele destacou a importância de se “difundir a capacidade tecnológica por toda a organização, não apenas mantê-la centralizada em um setor”. Isso, segundo Paulo Henrique, “vai potencializar os resultados”.

Contemplada em duas categorias, de Jovem Cientista e Mulher Pesquisadora Destaque, a estudante Michelly Glayce dos Santos foi a grande revelação desta primeira edição do Prêmio Porto do Itaqui. —Estou muito feliz com essa premiação, que irá agregar valor não só neste meu início de carreira, mas na minha vida profissional como cientista e pesquisadora— disse.

Um detalhe da noite de premiação foi o troféu entregue aos contemplados: uma miniatura das bianas, embarcações tradicionais do Maranhão. As peças foram confeccionadas por alunos do Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro Escola, na disciplina Modelismo Naval, sob a orientação do professor Sebastião de Jesus Barros. A escolha simboliza o respeito aos saberes ancestrais e representa o estímulo à pesquisa científica que o Prêmio Porto do Itaqui promove, para que os bons ventos do conhecimento soprem a favor da ciência, contribuindo para o desenvolvimento do Maranhão, do Brasil e do mundo.

O Prêmio Porto do Itaqui, em sua primeira edição, destacou trabalhos nas seguintes categorias: Jovem Cientista, Artigo Científico, Jornalismo Científico, Inovação Científica, Tese de Mestrado, Tese de Doutorado, Pesquisador Sênior e Mulher Pesquisadora Destaque.

O resultado na lista que segue.: Premiados: Jovem Cientista: 1º lugar – Michelly Glayce dos Santos Queiroz. Orientadora: Cláudia Klose Parisi | 2º lugar – Matheus Henrique Silva Cavalcante. Orientador: Jorge Bertoldo Júnior.

Artigo Científico: Jonatas da Silva Castro.

Jornalismo Científico: Sebastião Borges Júnior.

Inovação Tecnológica: Paulo Roberto Campos Flexa Ribeiro Filho.

Dissertação De Mestrado: 1º lugar – José Lucas Martins Viana. Orientadora: Raimunda Nonata Fortes Braga | 2º lugar – Arthur Vinicius Sousa Silva. Orientador: Glauber Cruz | 3º lugar – Adriano de Lima Santos. Orientador: Denilson da Silva Bezerra.

Tese De Doutorado: Débora Batista Pinheiro. Orientadora: Raimunda Nonata Fortes Braga.

Pesquisador Sênior: 1º lugar – Marco Valério Jansen Cutrim | 2º lugar – Gilvanda Silva Nunes | 3º lugar – Alexandre Cesar Muniz de Oliveira.

Mulher Pesquisadora Destaque: Michelly Glayce dos Santos Queiroz. | Andréa Oliveira.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   15/12/2022

Um dos assuntos que mais tem movimentado a semana no setor de óleo e gás é a paralisação de campos terrestres da Petrobrás no estado da Bahia. A interrupção da operação nesses ativos foi determinada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), no início da semana. Em resposta ao Petronotícias, o órgão regulador alegou que encontrou “situações críticas de falhas de conformidade de segurança operacional” e, por isso, decidiu determinar a paralisação dos campos.

“De forma geral, os problemas evidenciaram a indisponibilidade de recursos para evitar risco grave e iminente aos trabalhadores, ao meio ambiente e aos ativos patrimoniais. Nesse sentido, o retorno seguro das atividades nessas instalações demandará o pronto restabelecimento dos sistemas críticos envolvidos pelo operador, o que se espera que ocorra no menor tempo possível”, disse a ANP em nota encaminhada ao Petronotícias.

A agência lembrou ainda que realizou a fiscalização de conformidade do sistema de gerenciamento de segurança operacional nos campos de produção de petróleo que compõem o “Polo Bahia Terra” – formado pelos campos: Araçás, Buracica, Canário da Terra, Canário da Terra Sul, Cantagalo, Cidade de Entre Rios, Fazenda Alvorada, Fazenda Azevedo, Fazenda Bálsamo, Fazenda Boa Esperança, Fazenda Imbé, Fazenda Panelas, Guritã, Guritã Sul, Jandaia, Lamarão, Leodório, Malombê, Mandacaru, Massapê, Riacho da Barra, Riacho Ouricuri, Rio da Serra, Rio do Bu, Rio Itariri, Rio Sauipe, Tangará e Taquipe.

“Foram identificadas situações críticas de falhas de conformidade de segurança operacional, envolvendo, principalmente, a indisponibilidade de sensores de fogo e gás, de sistemas de combate a incêndio e outros que visam combater cenário de vazamentos, incêndios e explosão, em diversas instalações dos campos fiscalizados”, finalizou a agência.

SINDIPETRO-BA, ANP E PETROBRÁS DISCUTEM POSSÍVEL SOLUÇÃO

O assunto promete dar pano para mangas. O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) tem feito críticas à decisão da ANP, alegando que a paralisação dos campos pode trazer prejuízos econômicos para vários municípios baianos. Ontem (13), representantes do Sindipetro-BA, Petrobrás e da ANP se reuniram para discutir o caso.

A entidade sindical pediu o adiamento da paralisação e um prazo adicional para que os problemas e irregularidades encontrados pudessem ser resolvidos. De acordo com informações do Sindipetro-BA, “a diretoria da ANP responsabilizou a Petrobrás pelo que está ocorrendo e se comprometeu a avaliar as reivindicações do Sindipetro, mas não deu garantia de extensão do prazo ou que a paralisação não ocorreria”.

Ainda segundo o sindicato, outra preocupação é que a interrupção das atividades, que pode durar cerca de seis meses, vai gerar a demissão de cerca de 4.500 trabalhadores. “Serão afetados os municípios de Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças”, previu a entidade sindical.

Na segunda-feira, logo após dado início ao prazo de 72 h para paralisação da operação dos campos, a Petrobrás declarou que estava “atuando nas providências necessárias para parada segura das instalações” e reforçou que “realiza suas operações de acordo com os mais rigorosos padrões internacionais de segurança, saúde e respeito ao meio ambiente”.

O Estado de S.Paulo - SP   15/12/2022

O setor de petróleo e gás brasileiro pega a dianteira quando o assunto é inovação tecnológica. Por meio de processos e sistemas, empresas brasileiras conseguem garantir mais agilidade, segurança, e eficiência no processo de produção do óleo com menos emissões e redução de custos. Para se ter uma ideia, até o início dos anos 1980, o mundo só dispunha de tecnologia capaz de operar a uma profundidade máxima de 400 metros. Com a descoberta de uma acumulação gigante de petróleo a mais de 2.000 metros de profundidade, o Brasil foi pioneiro em criar tecnologia capaz de atuar em águas mais profundas. “Naquela época, era inimaginável operar tanta profundidade. Isso mostra como inovação sempre esteve no DNA da companhia”, afirma o gerente-geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras, Anderson Rapello dos Santos.

Santos cita a completação inteligente como um dos exemplos de tecnologias recentemente aplicadas para desenvolvimento do polo pré-sal da Bacia de Santos. Essa tecnologia permite o melhor gerenciamento do reservatório de petróleo a partir das informações de produção obtidas em tempo real, por meio da capacidade de acionamento e controle dos intervalos produtores a partir de centros de operação a distância. É uma tecnologia que tem contribuído para aumentar a produção e o desempenho dos campos da região.

Além disso, tecnologias de automação e robotização das atividades em plataformas produtoras, que permitem a redução da exposição da força de trabalho a situações de risco, já são uma realidade. Essas tecnologias associadas à utilização intensiva de sistemas de processamento submarino, estendendo a planta de separação para o leito marinho, prometem transformar a realidade do setor. “Queremos minimizar a exposição de pessoas a eventuais riscos nas operações principalmente nas unidades off shore”, afirma o gerente-geral de Tecnologia e Inovação da Shell Brasil, Olivier Wambersie.

“Trabalhamos sempre com um olhar em projetos sustentáveis e em tecnologias que tragam maior segurança, menor custo e soluções de baixo carbono. Desta forma, garantimos a excelência de nossa produção e a aceleração do desenvolvimento de toda a cadeia de Exploração e Produção”, afirma Isabel Waclawek, diretora de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da TotalEnergies EP Brasil.

A redução das emissões de carbono é um dos objetivos principais das empresas que atuam no setor. Segundo Anderson Rapello dos Santos, da Petrobras, “com o uso intensivo de tecnologia e inovação, acreditamos conseguir reduzir a pegada de carbono em nossas operações. Anunciamos o netzero alinhado ao Acordo de Paris até 2050, com metas intermediárias de redução de emissões e de redução das emissões absolutas operacionais totais em 25% até 2030. Operamos o maior projeto de CCUS offshore do mundo. Somente em 2021, reinjetamos 8,7 milhões de toneladas de CO2 e, até 2025, teremos capturado 40 milhões de toneladas CO2", afirma Rapello.

Isabel Waclawek destaca que a meta da TotalEnergies é fornecer ao maior número possível de pessoas uma energia confiável, acessível e limpa. “Nossa meta é atingir mundialmente a neutralidade de carbono até 2050, com desenvolvimento e aplicação de sistemas híbridos de baixa emissão de carbono.”

O Brasil é o nono maior produtor mundial de petróleo, com 2,9 milhões de barris/dia e o setor de petróleo e gás representa 15% do PIB industrial brasileiro. Por outro lado, o Brasil é o oitavo maior país consumidor de petróleo (2,3 milhões de barris/dia) e também o oitavo maior exportador de petróleo e derivados (1,6 milhão de barris/dia).

Em 2020 e 2021, o saldo positivo da balança comercial de petróleo e derivados foi, respectivamente, de US$ 14 bilhões e US$ 19 bilhões. Em 2022, até abril, o superavit da balança comercial de petróleo e derivados já atingiu US$ 7,9 bilhões.

Petro Notícias - SP   15/12/2022

O Petronotícias convida os seus leitores a conhecerem um pouco mais sobre como foi o ano de 2022 para as petroleiras independentes que atuam no Brasil. Na edição de hoje da nossa série especial Perspectivas 2023, o convidado é o secretário-executivo da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Anabal Santos Jr. Ele afirma que 2022 foi um período muito produtivo para o segmento, com algumas conquistas importantes. Entre elas, está o avanço do arcabouço regulatório e legal do mercado de gás. Para o próximo ano, a associação pede a continuidade dos programas REATE e PROMAR e a ampliação e continuidade também do programa de desinvestimento da Petrobrás. Santos Jr. lembra que mais de 194 campos já foram desinvestidos, com a projeção de 122% de aumento nos índices de produção de petróleo em até 2025, promovendo a geração de mais de 315 mil empregos (diretos, indiretos e efeito renda). “Recolhemos cerca de R$ 1 bi de royalties e há previsão de investimentos até 2029 de mais de R$ 40 bi”, projetou.

Como a sua associação atuou em 2022? Os resultados foram positivos?

Os resultados da ABPIP em 2022 foram positivos. Tivemos um ano muito bom para o setor. Podemos citar os avanços do arcabouço regulatório e legal do mercado de gás, em linha com o novo marco legal federal, instituído pela Nova Lei do Gás, Lei n° 14.134/21. Como exemplo temos o aperfeiçoamento legislação ambiental referente às atividades de petróleo e gás no Estado do Rio Grande do Norte.

A ABPIP participa do Fórum do Gás, que reúne outras entidades, e também esteve presente em diversas frentes de manifestação que estão alinhadas aos preceitos de competitividade do Novo Mercado de Gás, especialmente contribuindo para que as legislações estaduais sejam harmônicas e observem os princípios da legalidade e segurança jurídica.

E, com grande entusiasmo, em março deste ano, comemoramos os 15 anos da Associação, que está em constante crescimento, agora vivendo um momento de transição energética, mantendo a atuação na defesa e consolidação do segmento de produção independente no país e visando o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás natural no Brasil.

Além desses feitos, no período de 31 de outubro de 05 de novembro, realizamos em parceria com a ONIP/Firjan, a Missão Argentina, que contou com uma delegação de mais de 30 membros associados da ABPIP. Tivemos troca de experiência com grandes nomes da exploração não-convencional e essas lições aprendidas no campo de Vaca Muerta são de suma importância para a implementação do Poço Transparente aqui no Brasil. O edital, lançado dia 07 de dezembro pelo MME, anuncia o projeto de qualificação, que pretende fomentar a execução de poços piloto, que permitirão o acompanhamento, pela sociedade brasileira, das operações relacionadas à perfuração e ao faturamento hidráulico em reservatório não convencional, além de monitorar as práticas operacionais para que ocorram de forma ambientalmente segura e sustentável, sendo assim, um primeiro passo no sentido de adotar as práticas dessa exploração inédita em reservatórios de baixa permeabilidade em bacias sedimentares terrestres brasileira.

A ABPIP esteve presente nos principais eventos do setor, com destaque para a Mossoró Oil&Gas e a Rio Oil&Gas, nos quais participamos ativamente dos painéis de debate e também pudemos receber em nossos estandes um público bem expressivo.

Firmamos parcerias com diversas universidades e entidades e especialmente com o SEBRAE, com o qual estamos trabalhando juntos no Projeto do Polo Onshore, que muita contribuição já deu e ainda dará ao setor. Dentro deste projeto estamos desenvolvendo o PetroSupply, uma ferramenta de aproximação entre operadoras e fornecedores.

Demos continuidade aos trabalhos dos nossos comitês temáticos:
CIRA – Comitê de Inovação e Relacionamento com a Academia CODECOM – Comitê de Demandas Comuns CALER – Comitê de Assuntos Legais e Regulatórios CIC – Comitê Institucional da Comunicação
Além claro de acompanhar a pauta do setor no âmbito da ANP, MME, Congresso, Assembleias Estaduais, etc.

Sendo assim, a Associação está finalizando 2022 com vários pontos positivos sempre focada em gerar valor para todos e para cada um e corroborando mensagem: ABPIP, operadores independentes e fortes.

O que espera para 2023? Quais são as perspectivas para o ano que vem?

Em 2023, a ABPIP ficará focada em contribuir com o novo governo, levando as demandas para as novas autoridades do setor, propondo a continuidade dos programas REATE e PROMAR e a ampliação e continuidade também do programa de desinvestimento da Petrobras, já que até agora obtivemos um exitoso resultado, com mais de 194 campos desinvestidos e projeção de 122% de aumento nos índices de produção de petróleo em até 2025, promovendo a geração de mais de 315 mil empregos (diretos, indiretos e efeito renda). Recolhemos cerca de R$ 1 bi de royalties e há previsão de investimentos até 2029 de mais de R$ 40 bi.

Assim, temos perspectiva de continuar contribuindo e até ampliar a contribuição que temos dado ao país, gerando emprego e renda.

Se fosse consultado, quais as sugestões dariam aos governantes para que os negócios prosperem ainda mais?

Para 2023, sugerimos ao novo governo a continuidade do Programa de Desinvestimento da Petrobras, assim como a continuidade das ações estabelecidas no REATE e no PROMAR. Também sugerimos uma reestruturação da ANP, com a criação da Superintendência de Campos e Acumulações Marginais, entre outros pontos abordados na proposta aos presidenciáveis que segue anexa.

Valor - SP   15/12/2022

Primeira rodada nesses moldes para contratos de partilha tem nove empresas inscritas

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) realiza nesta sexta-feira, 16, o primeiro leilão de blocos no pré-sal sob contratos de partilha no modelo da oferta permanente, processo em que áreas são leiloadas ao mercado depois de demanda das empresas. Se os 11 blocos oferecidos forem arrematados, a União pode arrecadar R$ 1,28 bilhão em bônus de assinatura.

Será a primeira rodada da oferta permanente sob o modelo de partilha, depois de três ciclos para contratos de concessão. Até então, os blocos em contratos de partilha eram oferecidos em rodadas tradicionais da ANP. O regime de partilha é adotado para áreas dentro do polígono do pré-sal e prevê que as petroleiras destinem parte do petróleo que produzem para a União - que é sócia nas áreas, representada nos consórcios pela estatal Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A competição para arrematar contratos de partilha se dá pelo percentual de lucro, em petróleo produzido, oferecido à União, por isso os bônus de assinatura são fixos.

A oferta permanente é hoje o principal mecanismo de licitação de áreas de exploração e produção de petróleo e gás pela ANP. Especialistas dizem que a expectativa é que o leilão seja bem-sucedido, com participação principalmente das “majors”, as grandes companhias globais do setor.

O leilão terá blocos ofertados ao mercado pela primeira vez, assim como áreas que já estiveram em certames anteriores, mas não despertaram interesse. Segundo a ANP, todos os blocos ofertados receberam declaração de interesse das empresas inscritas.

“Uma das características que diferencia esse leilão é que, para um bloco entrar, pelo menos uma empresa tem que ter manifestado interesse nele, então essas áreas são aquelas que de fato despertam interesse do mercado”, diz Edmar Almeida, professor do Instituto de Energia da PUC-Rio.

Há nove empresas inscritas para a concorrência. Além da Petrobras, grandes petroleiras internacionais se qualificaram, incluindo BP, Chevron, Equinor, Shell e TotalEnergies. A colombiana Ecopetrol, a catari QatarEnergy e a malaia Petronas também estão qualificadas.

A Petrobras tem direito prioritário nas áreas leiloadas no regime de partilha, além de poder cobrir ofertas em caso de derrota. A estatal manifestou interesse em exercer o direito de preferência sobre as áreas de Água Marinha e Norte de Brava, com percentual de participação de 30%. Assim, as companhias que apresentarem ofertas por esses blocos vão precisar necessariamente incluir a Petrobras no consórcio, caso saiam vencedoras. “O pré-sal é um jogo para empresas grandes. Os investimentos são muito altos”, diz Almeida.

As áreas de Água Marinha e Turmalina, na bacia de Campos e Ágata, Esmeralda, Jade e Tupinambá, na bacia de Santos, estavam previstas para serem ofertados na 7ª e 8ª rodadas de partilha, que não ocorreram devido à decisão do governo de passar a oferecer blocos na oferta permanente. Os demais não receberam lances em rodadas anteriores: Itaimbezinho e Norte de Brava, na bacia de Campos, e Bumerangue, Cruzeiro do Sul e Sudoeste de Sagitário, na bacia de Santos.

O geólogo Pedro Zalan, fundador da ZAG Consultoria, destaca que alguns dos blocos oferecidos na sexta-feira podem ter resultados similares a Libra e Sapinhoá, o terceiro e quarto maiores campos produtores do pré-sal. “As áreas oferecidas são o ‘filé mignon’”, diz.

Segundo ele, os blocos mais promissores na bacia de Campos são Água Marinha e Norte de Brava, sendo que este último tem um perfil geológico similar ao do campo de Bacalhau, na bacia de Santos, área operada pela Equinor que vai entrar em operação em 2024, com um navio-plataforma com capacidade para 220 mil barris por dia. Já na bacia de Santos, o destaque é Tupinambá, que pode se tonar um campo “gigante”, diz o geólogo. Zalan lembra que a alta do preço do barril de petróleo este ano faz com que as companhias estejam capitalizadas para participar do leilão.

Em entrevista ao Valor em junho, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, disse que deve haver disputa pelos ativos. Para ele, a quantidade de empresas inscritas e a rapidez da manifestação de interesse são sinais positivos.

CNN Brasil - SP   15/12/2022

Uma resposta melhor que a previsão à crise de energia na Europa e a surpreendente resistência econômica entre grandes economias da Ásia impulsionam a demanda por petróleo, afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE) em relatório mensal publicado nesta quarta-feira (14), no qual revisou para cima sua projeção para a demanda global por petróleo.

A entidade sediada em Paris elevou suas projeções para o crescimento na demanda pelo óleo para 2022 em 140 mil barris por dia (bpd), a 2,3 milhões de barris por dia. Para 2023, ela também elevou a expectativa para a alta na demanda, em 100 mil bpd, a 1,7 milhão de bpd.

A AIE afirmou que a demanda global por gasoil – um combustível em geral usado para abastecer maquinário industrial – superou as expectativas em boa parte do mundo.

As nações da Europa, enfrentando temperaturas geladas e com uma grave crise de energia e preços elevados de gás natural, têm optado mais rápido pelo gasoil, entre as empresas industriais. Enquanto isso, há sinais de que a China pode reabrir sua economia mais cedo que o previsto, o que fez a AIE elevar suas expectativas para a demanda do país por petróleo.

Para 2022, a AIE espera que a demanda total por petróleo seja de 99,9 milhões de barris por dia, alta de 100 mil bpd ante o relatório do mês passado. Para 2023, projeta que a demanda total esteja em 101,6 milhões de bpd, 300 mil bpd a mais que na projeção do mês anterior.

Os países de fora da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) respondem pela maior parte da demanda extra, graças em parte à melhora no quadro para a economia chinesa, no momento em que ela começa a retirar restrições contra a pandemia da Covid-19. A demanda de fora da AIE deve ser 200 mil bpd mais forte que o projetado no mês passado, tanto em 2022 quanto em 2023. A agência diz que a demanda total de fora da OCDE por petróleo deve ficar em 53,8 milhões de bpd neste ano e em 55,2 milhões de bpd em 2023.

Para os países da OCDE, a AIE manteve suas projeções de demanda por petróleo para 2022 em 46,1 milhões de bpd. Para 2023, ela a elevou em 100 mil bpd, a 46,5 milhões de bpd.

A AIE ainda revisou para cima sua projeção para a oferta global por petróleo. Em 2022 e também em 2023, as altas foram ambas de 100 mil bpd, levando as expectativas para 100 milhões de bpd e 100,8 milhões de bpd, respectivamente.

Por outro lado, a AIE disse que a oferta de petróleo recuou em novembro pela primeira vez em cinco meses, com grandes produtores do Golfo Pérsico, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), reduzindo sua oferta em linha com o plano do grupo e aliados (Opep+) para apoiar os preços.

Associe-se!

Junte-se a nós e faça parte dos executivos que ajudam a traçar os rumos da distribuição de aço no Brasil.

INDA

O INDA, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, é uma Instituição Não Governamental, legalmente constituída, sem fins lucrativos e fundada em julho de 1970. Seu principal objetivo é promover o uso consciente do Aço, tanto no mercado interno quanto externo, aumentando com isso a competitividade do setor de distribuição e do sistema Siderúrgico Brasileiro como um todo.

Rua Silvia Bueno, 1660, 1º Andar, Cj 107, Ipiranga - São Paulo/SP

+55 11 2272-2121

contato@inda.org.br

© 2019 INDA | Todos os direitos reservados. desenvolvido por agência the bag.

TOP