Brasil Mineral - SP 15/09/2023
Com investimentos contínuos desde 2018, a Usiminas tem conseguido reduzir anualmente a deposição de partículas sedimentáveis, o chamado “pó preto”.
A Usiminas já investiu mais de R$ 500 milhões em novos equipamentos e em grandes reparos na Usina de Ipatinga em 2023. O ciclo de investimentos priorizou principalmente as áreas de sinterização, altos-fornos e aciaria. Com investimentos contínuos desde 2018, a Usiminas tem conseguido reduzir anualmente a deposição de partículas sedimentáveis, o chamado “pó preto”, nos bairros próximos à usina. O trabalho na usina é conjunto das áreas de operação, Manutenção, Engenharia e Meio Ambiente em diversos projetos.
A Usiminas afirma que segue cumprindo as metas de redução estabelecidas no Termo de Ajustes de Conduta (TAC) para cada bairro. “Entre os investimentos recentes, podemos destacar as reformas nos precipitadores eletrostáticos que fazem a filtragem do particulado na Sinterização e o fechamento das correias transportadoras de materiais. Além das reformas dos equipamentos ambientais no Alto-Forno 3, que nos darão maior eficiência na contenção das emissões de particulado. Nas áreas de aciaria, outra grande frente de reformas, o destaque é para a redução da carga de material particulado nos processos com aumento da captação dos filtros secundários”, destaca o gerente-geral de Meio Ambiente da empresa, Lucas Lima Mesquita.
Exame - SP 15/09/2023
A cantora Iza fez sua participação no palco do The Town 2023 no domingo, dia 10 de setembro, no palco Skyline, e os fãs se depararam com um cenário diferenciado. Para fomentar e potencializar a mensagem da reciclagem da sucata metálica e da economia circular em prol de um planeta melhor, a artista e embaixadora de sustentabilidade da Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, levou ao palco estruturas feitas com aço Gerdau 100% recicláveis, que serviram de cenografia para a apresentação.
Apresentação de Iza no palco com aço 100 reciclável da Gerdau
Cenografia e sustentabilidade
O aço foi protagonista na cenografia da Iza, que foi composta de quatro escadas de aço (de 3, 5 m de comprimento por 2,60 m de altura), que serviram de apoio para a coreografia de seus 20 dançarinos durante o show. A presença desse material demonstra a versatilidade e a modernidade do aço, que pode ser reciclado infinitas vezes sem perder suas propriedades e pode ilustrar todo e qualquer show.
“A Iza, embaixadora da Gerdau para temas de sustentabilidade no The Town 2023, nos ajudou a levar a mensagem da importância da reciclagem para todo o público presente no festival, engajando a sociedade a refletir sobre o futuro que queremos construir juntos”, diz Gustavo Werneck, CEO da Gerdau. “A Gerdau foi a fornecedora oficial do aço no maior festival de música da história de São Paulo e levamos um aço 100% reciclável com baixa pegada de carbono para compor, também, a cenografia de um show que foi inesquecível e levou uma experiência única aos visitantes”, afirma.
Embaixadora de sustentabilidade
Com a missão de espalhar a mensagem da importância da reciclagem, a cantora afirmou que a parceria com a Gerdau, e a ação de levar para o palco um tipo de material que pudesse ser reaproveitado de outras formas e em outras apresentações, reforça o compromisso com a sustentabilidade. "Toda a movimentação que fizemos representou um show de aço, que foi refletido na batida da música. As escadas e os movimentos encheram os olhos do público e demonstramos que o aço pode se transformar infinitamente e continuará sendo resistente”, diz Iza.
A Gerdau forneceu mais de 330 toneladas de aço 100% reciclável para o festival The Town 2023. Os produtos foram utilizados para moldar estruturas fixas e temporárias, além de equipamentos de entretenimento e fundação de edificações e infraestrutura do Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e, agora, também irão compor a cenografia de um dos maiores ícones da música brasileira.
IstoÉ Online - SP 15/09/2023
O Produto Interno Bruto (PIB) do G20, como é conhecido o grupo das 20 maiores economias do mundo, cresceu 0,7% no segundo trimestre de 2023 ante os três meses anteriores, segundo relatório publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quinta-feira, 14. O resultado mostra desaceleração em relação ao primeiro trimestre do ano, quando o PIB do G20 teve acréscimo de 1% ante o quarto trimestre de 2022.
O arrefecimento reflete principalmente a desaceleração da China, cuja economia teve expansão de 0,8% no segundo trimestre, depois de avançar 2,2% no trimestre anterior, detalha a OCDE. O crescimento também perdeu força no Brasil (de 1,8% no primeiro trimestre para 0,9% no segundo) e, em menor grau, na Índia (de 2,1% para 1,9%).
Por outro lado, o PIB ganhou força, no segundo trimestre, em países como França, Japão, Coreia do Sul, Reino Unido, Turquia e África do Sul.
A Alemanha, por sua vez, ficou estagnada entre abril e junho, após dois trimestres consecutivos de contração, aponta a OCDE. Nos Estados Unidos, houve avanço de 0,5% no período, igual ao do primeiro trimestre.
No fim do segundo trimestre, o PIB do G20 excedia o nível pré-pandemia de covid-19 em 8,8%. O Reino Unido, porém, seguia abaixo de seu patamar anterior à pandemia em 0,2%, diz o relatório.
Agência Brasil - DF 15/09/2023
Pela primeira vez em cinco meses, os industriais estão menos confiantes em relação à economia. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu para 51,9 pontos em setembro, queda de 1,3 ponto em relação aos 53,2 pontos registrados em agosto.
Apesar da queda, o indicador continua acima da linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. O índice, no entanto, mantém-se abaixo da média histórica de 54,1 pontos.
De acordo com a CNI, o principal motivo para a queda foi a avaliação negativa sobre o momento atual da economia brasileira. Um dos componentes do Icei, o Índice de Condições Atuais, que mede a percepção atual sobre a economia e a própria empresa, ficou estável em 47,3 pontos. Abaixo da linha de 50 pontos desde janeiro, o indicador vinha se recuperando nos próximos meses, mas a alta foi interrompida.
O Índice de Expectativas, que mede as perspectivas para os próximos seis meses, caiu dois pontos, para 54,2 pontos. Esse indicador é dividido em duas partes. A previsão positiva para a própria empresa caiu de 58,6 pontos, em agosto, para 57,2 pontos em setembro, indicando manutenção da confiança. A previsão para a economia, no entanto, deteriorou-se, passando de 51,5 pontos para 48,2 pontos, ficando abaixo da linha que separa o otimismo do pessimismo.
Segundo a CNI, os movimentos indicam reversão parcial em relação ao avanço das expectativas em agosto. Para a entidade, o Icei mostra um movimento de acomodação após o corte da Taxa Selic (juros básicos da economia) promovido pelo Banco Central no início do mês passado. A pesquisa foi realizada com 1.494 empresários entre 1º e 11 de setembro.
O Estado de S.Paulo - SP 15/09/2023
Com a inflação ainda fora da meta central nas previsões de mercado e o combate a ela longe de terminar, o chefe do centro de estudos monetários do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), José Júlio Senna, considera difícil o ciclo de redução da Selic terminar com a taxa abaixo de 10%.
Durante seminário da FGV em parceria com o Estadão, realizado nesta quinta-feira, 14, o economista ponderou que incertezas fiscais, com questionamentos sobre a capacidade de o governo de equilibrar receitas e despesas, como prometido no orçamento do ano que vem, mantêm os juros dos títulos com vencimento mais longo na média histórica, embora o risco-País esteja abaixo da média histórica.
“Isso significa que os participantes do mercado estão exigindo o que sempre exigiram. Não é uma situação confortável”, comentou Senna.
“Enquanto houver incertezas sobre as contas públicas, a coisa pode se agravar (...). Vai parar talvez em 10%”, complementou o economista, ao mostrar ceticismo em relação a uma Selic em um dígito no fim do ciclo de flexibilização monetária.
Para o pesquisador da FGV, o debate sobre até onde vai o ciclo é mais relevante do que o ritmo de cortes do BC, que, opinou, foi conservador ao sinalizar reduções de meio ponto porcentual da Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Foi a forma, disse, de o BC assegurar um mínimo de controle sobre ciclo de baixa de juros, afastando o risco de uma euforia no mercado, que poderia fazer apostas de um passo mais arrojado, como cortes de 0,75 a 1,5 ponto porcentual, o que atrapalharia a condução da política monetária. “O Banco Central precisava puxar o freio de mão”, pontuou Senna.
Falsa solução
Pesquisador associado do Ibre/FGV, Armando Castelar considerou que a saída do governo de buscar equilíbrio das contas públicas por meio de medidas de aumento de arrecadação representa uma “falsa solução”, com impacto negativo no crescimento.
“A forma como estão sendo resolvidas questões de natureza política, seja a aprovação da reforma tributária, seja a questão fiscal via aumento de carga tributaria, é bastante ruim do ponto de vista de crescimento do País”, comentou o economista.
Ele observou que o aumento de carga tributária significa menos produtividade, mais informalidade e menor crescimento. “É uma falsa solução”, classificou o economista, reforçando que a saída pode servir para os objetivos fiscais no curto prazo, mas atrapalhando bastante o crescimento.
Após lembrar dos dois mandatos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o aumento médio das despesas de 6% ao ano acima da inflação foi em parte compensado pela desvalorização do dólar em um cenário internacional “maravilhoso”, o que ajudou no combate à inflação, Castelar salientou que o ambiente externo não ajuda neste momento.
Segundo ele, não há perspectiva de desvalorização do dólar à frente, dado o quadro no qual a tendência de desaceleração da China se soma ao desejo político de aumentar gastos públicos.
Superávit primário longe do radar
A coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV, Silvia Matos, disse que não consegue ver no horizonte a volta dos superávits primários, bem como a redução dos juros de rolagem da dívida. A consequência, projetou, é um aumento da dívida pública, impedindo uma visão mais otimista sobre a trajetória de queda dos juros.
“Todo o processo de redução da dívida depende da recuperação do superávit primário e de juros de rolagem da dívida mais baixos. Não conseguimos ver esses dois componentes no radar. Basicamente, a dívida vai subir”, comentou.
Ao prever um déficit próximo a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) nas contas primárias do ano que vem, apesar da promessa contida no orçamento de zerar a conta, a economista frisou que o desafio fiscal no Brasil é grande, pois as medidas necessárias para aumentar as receitas do governo avançam mais timidamente do que as políticas de elevação de gastos.
Ela observou que, desde o ano passado, o governo recebeu uma licença para gastar muito forte, e o País voltou a funcionar sob a ótica de que a solução dos problemas vem pela elevação das despesas públicas.
Silvia Matos, por outro lado, ponderou que o espaço para melhorar o uso dos recursos públicos é enorme, já que parte dos subsídios é ineficiente do ponto de vista tanto econômico quanto social. Ao considerar que a expansão do Bolsa Família produziu um círculo vicioso de dependência das políticas de transferência, criando um obstáculo à participação no mercado de trabalho, ela defendeu maior ênfase na inclusão produtiva, que, pontuou, vai “de fato” mudar a vida das pessoas.
Agência Brasil - DF 15/09/2023
Beneficiado pelo anúncio de medidas de estímulo econômico na China, o mercado financeiro teve um dia de ganhos. O dólar fechou abaixo de R$ 4,90 pela primeira vez em setembro. A bolsa de valores superou os 119 mil pontos e atingiu o maior nível desde o início de agosto.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (14) vendido a R$ 4,873, com recuo de R$ 0,036 (-0,91%). A cotação chegou a abrir estável, mas passou a despencar ainda na primeira hora de negociação. Na mínima do dia, por volta das 13h, a moeda chegou a ser vendida a R$ 4,86.
A divisa está no menor nível desde 30 de agosto, quando tinha fechado em R$ 4,869. Com o desempenho desta quinta, o dólar praticamente zerou a alta no mês, acumulando valorização de apenas 0,08% em setembro. Em 2023, a divisa cai 7,71%.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, emendou a quarta alta seguida e fechou aos 119.392 pontos, com avanço de 1,93%. A bolsa brasileira foi beneficiada por ações de petroleiras e mineradoras, que subiram após o governo chinês, grande comprador de commodities (bens primários com cotação internacional), anunciar novas medidas de estímulo. O indicador está no maior nível desde 4 de agosto.
Em desaceleração há vários meses, a economia chinesa tem enfrentado ameaças de crise no mercado imobiliário, o que tem trazido turbulência para o mercado financeiro de países emergentes, como o Brasil. No entanto, a tensão foi contida nos últimos dias, com medidas para impulsionar o consumo e reduzir os juros de hipotecas na segunda maior economia do planeta. Os juros altos no Brasil também continuam atraindo capitais estrangeiros.
A Agência Brasil está divulgando matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em ocasiões extraordinárias. A cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não são mais informados todos os dias.
O Estado de S.Paulo - SP 15/09/2023
A nova projeção para o PIB gerou um clima mais positivo na economia. Como em 2003, Lula chega com vento a favor. Cenário externo favorável, safra recorde e ainda recebe a economia no fim do ciclo dos juros elevados e o novo arcabouço, longe de ser ideal, foi bem-recebido e vem se somar ao conjunto de reformas iniciado em 2016. Para quem esperava o pior, há uma sensação de alívio.
O começo não foi muito auspicioso. A PEC de Transição aumentou despesas muito além do necessário para cumprir as promessas de campanha. Com isso, a missão do Ministério da Fazenda está centrada na busca de receitas para tentar cumprir a — inviável — meta de déficit zero para 2024.
No Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), a agenda avançou. O Orçamento traz inovações, como um planejamento de médio prazo — vai até 2027, e revisão de despesas, seguindo modernas técnicas usadas em países da OCDE. O PPA veio com metas claras para cada ministério, com foco em cinco agendas transversais: igualdade racial, mulheres, meio ambiente, povos indígenas e crianças e adolescentes.
O Censo foi concluído, e seu escopo, ampliado, incluindo o recenseamento de povos indígenas, quilombolas, favelas e comunidades de todo o País. A parceria com o BID para a Amazônia vai buscar o desenvolvimento da economia verde. Por fim, a Secretaria de Monitoramento de Políticas Públicas criada no MPO pretende dar mais eficiência ao uso de recursos públicos, ajudando na gestão de gastos.
Mas Haddad e Simone estão na trincheira. A neoindustrialização é uma ameaça permanente, inventando subsídios equivocados; o presidente vetou parte do arcabouço para poder gastar mais, e a economia continua fechada. A tão esperada integração internacional esbarra no apoio a países autocratas e na simpatia declarada a Putin.
Nas negociações deste presidencialismo de joelhos, Haddad vai perdendo espaço. Entre outras coisas, pode ficar sem o controle da regulamentação e arrecadação das apostas para Ministério do Esporte. Corre o risco de não aprovar nem sequer mudanças importantes no IR, como a taxação de fundos fechados e offshore. O Congresso, ao mesmo tempo que coloca freios a propostas expansionistas, renova a desoneração de folha e discute a elevação do limite do MEI.
E, mais além da economia e da política, há uma fragilidade institucional. O País não vive mais tempos extraordinários. O superinquérito das fake news já passou da hora de ser encerrado. O combate à corrupção ficou no passado. Toffoli transformou o Petrolão em peça de ficção. Muita intervenção na economia, clientelismo e fingir que nada aconteceu é pedir a repetição da história.
IstoÉ Online - SP 15/09/2023
O Banco Central da China reduziu nesta quinta-feira (14) uma taxa de juros de referência, a terceira medida do tipo em algumas semanas, para tentar estimular a atividade em um cenário de desaceleração da segunda maior economia mundial.
A taxa de reserva obrigatória (RRR, na sigla em inglês), que representa a parte dos depósitos que os bancos devem ter em seus cofres, será reduzida em 0,25 ponto a partir de sexta-feira, anunciou o Banco Central.
A RRR passará a 7,4%.
A decisão foi anunciada na véspera da publicação de uma série de indicadores chaves para a economia chinesa relativos ao mês de agosto.
A redução anterior da taxa havia acontecido em março. A medida era amplamente antecipada pelos mercados.
A decisão pretende “estimular os bancos a reduzir as taxas dos empréstimos hipotecários” em um momento de crise no setor imobiliário que afeta consideravelmente a economia chinesa, afirmou o economista Larry Hu, do banco de investimentos Macquarie.
A economia chinesa foi abalada recentemente pela incerteza no mercado de trabalho e por uma desaceleração global, o que pesa na demanda de produtos do país asiático.
Os problemas financeiros do setor imobiliário, com várias grandes empresas à beira da falência e lutando para concluir projetos, também afetam o crescimento.
Outro indício de desaceleração: os empréstimos para as famílias registraram no mês passado o menor nível desde 2009.
A desaceleração econômica coloca em risco a meta de crescimento estabelecida pelas autoridades: ao redor de 5% para 2023.
Se a meta for alcançada, esta seria uma das menores taxas de crescimento anual da China em décadas, sem considerar o período de pandemia.
Valor - SP 15/09/2023
Em setembro, a valorização da commodity no mercado transoceânico é de quase 5%. No ano, o ganho acumulado está em 5,6%
A demanda aquecida por parte das siderúrgicas chinesas segue alimentando o rali do minério de ferro, que alcançou nesta quinta-feira atingiu os níveis mais elevados de preço em cinco meses e meio no mercado transoceânico.
De acordo com a Mysteel, o consumo diário da commodity importada em 64 produtores de aço da China que são monitorados pela consultoria cresceu 2,1% em uma semana até ontem, ou 11,3 mil toneladas, para 555,1 mil toneladas.
Segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia no norte da China com alta de 1,2%, para US$ 123,95 a tonelada, no maior nível desde 31 de março.
Em setembro, a valorização da commodity no mercado transoceânico é de quase 5%. No ano, o ganho acumulado está em 5,6%.
“A sólida demanda por matérias-primas nos altos-fornos, as expectativas de uma onda de formação de estoques antes do feriado [prolongado na China no fim do mês], combinadas com o baixo nível dos inventários, sustentam os preços [do minério de ferro]”, disseram analistas da Sinosteel Futures em nota, segundo a agência Reuters.
Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em janeiro, mostravam ganho mais tímido na madrugada, de 0,5%, para 860,50 yuan (cerca de US$ 118,30) por tonelada.
Valor - SP 15/09/2023
Os rios da região ao norte de Assunção, no Paraguai, passaram a apresentar uma redução natural do calado, o que deve se manter em setembro
A Hidrovias do Brasil anunciou que suas operações de transporte de minério de ferro seguiram a sazonalidade hídrica histórica para o mês de agosto.
Os rios da região ao norte de Assunção, no Paraguai, passaram a apresentar uma redução natural do calado, o que deve se manter em setembro.
A confirmação do fenômeno El Niño também dá indícios para a empresa que haverá menor déficit hídrico e, no médio prazo, chuvas acima da média.
Money Times - SP 15/09/2023
Os contratos futuros do minério de ferro subiram pela quarta sessão consecutiva nesta quinta-feira (14), apoiados pelos baixos estoques na China.
O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou o dia com alta de 0,82%, a US$ 118,68 a tonelada.
O minério de ferro de referência de outubro na Bolsa de Cingapura ganhou 0,78%, a US$ 120,35 a tonelada, o nível mais alto desde 17 de março.
“A sólida demanda por matérias-primas das siderúrgicas com alto-forno, as expectativas de uma onda de reabastecimento antes do feriado, juntamente com os baixos estoques, sustentaram os preços (do minério de ferro)”, disseram os analistas da Sinosteel Futures em uma nota.
Os analistas do National Australia Bank indicam que continuam a ver riscos de queda nos preços do minério de ferro sem mais estímulos na China.
Outros ingredientes de fabricação de aço registraram alta, com o carvão metalúrgico e o coque em Dalian subindo 2,93% e 1,56%, respectivamente.
A maioria dos índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai subiu devido aos preços mais altos das matérias-primas e à queda contínua dos estoques.
Segundo dados da consultoria Mysteel, os estoques totais dos cinco principais produtos siderúrgicos caíram 2,3% na semana, para 15,79 milhões de toneladas na semana até esta quinta-feira (14).
Money Times - SP 15/09/2023
As ações da Vale (VALE3) subiram forte nesta quinta-feira (14). A mineradora foi, inclusive, um dos destaques de alta do Ibovespa, o que explica em parte a forte valorização do índice na sessão.
Os papéis da mineradora avançaram 4,10%, a R$ 70,12 cada.
A Vale aproveitou o movimento positivo dos preços do minério de ferro, que seguem em trajetória positiva em meio ao anúncio de novos estímulos por parte do governo chinês e baixos estoques antes do feriado na China.
Em Dalian, o minério de ferro mais negociado para janeiro avançou 0,82%, para 863,5 iuanes (US$ 118,68) a tonelada.
Já na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência de outubro subiu 0,78%, para US$ 120,35 a tonelada, o nível mais alto desde 17 de março.
Além dos baixos estoques, a demanda por matérias-primas das siderúrgicas com alto-forno e as expectativas quanto a uma onda de reabastecimento antes do feriado ajudaram a melhorar o humor dos mercados.
Boa notícia para acionista
Além do salto positivo para o ingrediente siderúrgico, o JP Morgan acabou elevando a recomendação da investidora Bradespar (BRAP4) para “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado).
A ação da holding terminou o dia com salto de 5,17% hoje.
O banco explica que já tinha elevado a recomendação de Vale para outperform, com um preço-alvo e estimativas para o minério de ferro maiores. Agora, a Bradespar ganha a vez.
O JP Morgan defende a Vale como ação top pick dentro do setor de mineração e siderurgia. Além do valuation barato, a 3,7 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) em relação ao pico de 5,9 vezes em fevereiro de 2023.
Além disso, acrescenta a instituição, o curto prazo para a Vale é positivo, visto que os volumes e a qualidade devem se recuperar.
Investe São Paulo - SP 15/09/2023
Indaiatuba conquistou o segundo lugar no ranking dos municípios que mais exportam na Região Metropolitana de Campinas (RMC) este ano, ultrapassando Paulínia. De acordo com o estudo mensal da balança comercial realizado pelo Observatório PUC-Campinas, esse avanço se deve ao aumento das exportações de tratores e equipamentos para a construção civil, que lideram as exportações em 2023. Esse setor metalúrgico é um dos pilares da economia local. Nos últimos 12 meses, encerrados em agosto, as empresas da cidade exportaram um total de US$ 941,9 milhões (R$ 4,64 bilhões), representando um aumento de 4,10% em comparação com os US$ 904,77 milhões (R$ 4,46 bilhões) registrados de setembro de 2021 a agosto de 2022, quando Indaiatuba ocupava a terceira posição no ranking regional.
Proporcionalmente, Indaiatuba é a cidade que mais aumentou suas exportações na RMC desde 2019, quando o levantamento do Observatório PUC-Campinas teve início. O crescimento foi notável, atingindo 174,52% em relação aos US$ 343,11 milhões (R$ 1,69 bilhão) registrados nos 12 meses até agosto de 2019. Durante os últimos quatro anos, Paulínia, que agora está na terceira posição, ampliou suas vendas ao exterior em 36,97%, passando de US$ 655,64 milhões (R$ 3,32 bilhões) para US$ 898 milhões (R$ 4,43 bilhões). Campinas, que lidera o ranking, também apresentou um aumento significativo de 38,74% no mesmo período. As empresas da cidade exportaram US$ 1,11 bilhão (R$ 5,47 bilhões) nos últimos 12 meses, em comparação com os US$ 802,57 milhões (R$ 3,96 bilhões) registrados no mesmo período de 2019. Juntas, essas cidades responderam por 53,6% das exportações na RMC no último ano.
Os tratores e equipamentos representam exportações de média-alta complexidade e alto valor agregado, o que contribui significativamente para a melhoria da qualidade da balança comercial da Região Metropolitana. Segundo o economista Paulo Ricardo da Silva Oliveira, responsável pelo estudo do Observatório PUC-Campinas, o desempenho de Indaiatuba ajudou a Região Administrativa (RA) de Campinas a assumir a liderança nacional na produção de máquinas e equipamentos. Isso foi confirmado por um estudo sobre o Valor da Transformação Industrial (VTI) nacional divulgado pela Fundação Sistema de Análise de Dados (Seade) em junho passado. A RA de Campinas é responsável por 39,3% da produção de tratores, máquinas e equipamentos para agricultura, pecuária, construção civil e extração mineral no Estado de São Paulo, que por sua vez responde por 51% do total nacional.
Expansão
Uma fabricante de Indaiatuba, pioneira na indústria nacional na produção de linhas voltadas especialmente para a agricultura familiar, exportou, desde 2019, mais 2 mil equipamentos para a África, principalmente Gana e Costa do Marfim. "São máquinas econômicas que fazem todas as operações de um trator de quatro rodas em áreas menores e, em especial, para Gana, possuem uma ótima performance, principalmente, na cultura de arroz", afirma o coordenador de Vendas/Marketing da empresa, Cesar Roberto Guimarães de Oliveira.
De acordo com ele, a exportação tem relevância nos negócios da companhia. "Realizar uma operação é de grande importância econômica porque nos permite alavancar as vendas. Além disso, consolida a marca internacionalmente", explica. A linha de produtos da fabricante inclui subsolador, triturador, retroescavadeira, plaina agrícola traseira e dianteira, enxada rotativa, carreta agrícola, pás, grade, sulcador, roçadeira, pulverizador e outros equipamentos. A expansão das atividades levou a empresa a aumentar em 10% este ano o número de funcionários, chegando a 312.
Uma outra fabricante desses equipamentos de Indaiatuba, que está entre os três maiores exportadores do setor no país, anunciou para este ano um investimento de R$ 190 milhões em suas duas plantas na cidade para duplicar a capacidade de produção. Algumas operações passarão de um turno para três e a previsão é de contratar 500 novos funcionários até o final de 2023.
Os recursos também serão destinados ao desenvolvimento de uma série de ferramentas inteligentes e processos relacionados à indústria 4.0, com a adoção de um amplo sistema de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, robótica e internet. "Esse aporte reforça a posição da empresa como inovadora e apta a utilizar tecnologia inteligente de maneira que garanta a excelência dos produtos. Para isso, é necessário que haja aperfeiçoamento constante dos colaboradores, modernização dos processos e da capacidade fabril", disse o diretor de Vendas e Marketing da divisão de construção da multinacional para América Latina, Adilson Butzke.
A empresa exporta para 80 países, com as máquinas de construção civil sendo vendidas principalmente para países do Leste Europeu, entre eles a Rússia, Américas e Sudeste Asiático. Em Indaiatuba, está instalada a única fábrica de tratores de esteira da marca fora dos Estados Unidos.
O aumento da atividade industrial contribui para a geração de empregos na cidade. Outro estudo do Observatório PUC-Campinas mostra que o município acumula de janeiro a julho deste ano a criação de 3.198 novas vagas com carteira assinada. Com isso, nos primeiros sete meses deste ano houve aumento de 3,81% no número de empregos, com o estoque passando de 83.868 postos em dezembro de 2022 para 87.066 em julho. No ano passado, Indaiatuba registrou a criação de 5.531 empregos, com a média próxima de 460 por mês se mantendo em 2023.
A Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (Fiec), que oferece cursos profissionalizantes, firmou esta semana convênio com uma empresa para oferecer cursos voltados para a indústria 4.0, termo usado se referir a automação industrial e a integração de diferentes tecnologias como inteligência artificial, robótica e internet. A proposta é gerar mão de obra preparada para atender as novas necessidades do setor. "A Fiec é uma escola referência em ensino técnico e profissionalizante com capacidade de atender as necessidades de formação das empresas", diz o secretário de Governo, Luiz Alberto Pereira Cebolinha.
Globo Online - RJ 15/09/2023
A União Europeia vai abrir uma investigação sobre os subsídios do governo chinês para veículos elétricos, o que pode desencadear uma guerra comercial entre as duas potências econômicas. Em reação ao anúncio feito pelo bloco europeu, a China qualificou a medida como um "ato puro de protecionismo".
Em uma postura mais agressiva, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse na quarta-feira que o mercado global está inundado com carros chineses baratos e que o bloco reagirá:
- O preço é mantido artificialmente baixo por enormes subsídios estatais. Isso está distorcendo nosso mercado - disse, em Estrasburgo, na França, a chefe do braço executivo da UE durante seu discurso anual sobre o estado da União Europeia, que dá o tom para o próximo ano.
- A Europa está aberta à competição e não ao nivelamento por baixo. Devemos nos defender contra práticas injustas.
Fabricantes chinesas dominam um dos eventos automotivos mais importantes da Europa
Nesta quinta-feira, em reação ao anúncio da UE, o Ministério do Comércio chinês ressaltou que a decisão de iniciar uma investigação sobre os subsídios estatais de Pequim terá um "impacto negativo" no relacionamento da UE com a China.
"Trata-se de um ato puro e simples de protecionismo que perturbará e distorcerá seriamente a cadeia global da indústria automotiva", afirmou o ministério em um comunicado. O setor de veículos elétricos da China prosperou devido à "inovação" e a uma "cadeia de suprimentos industrial completa", acrescentou.
Com o anúncio feito pela UE, as ações dos principais fabricantes chineses de veículos elétricos registraram leve queda nesta quinta-feira. A BYD, maior montadora de carros elétricos do mundo que acaba de desembarcar no Brasil, encerrou em queda de 1,2% na bolsa de Hong Kong, enquanto os papéis da SAIC Motor, proprietária da MG, caíram 0,3%, depois de reduzir algumas perdas.
A UE alega que, com a medida, está tentando proteger os empregos e as cadeias de suprimentos no país, pois alega que a China está inundando injustamente o mercado com veículos baratos.
As tensões entre a China e União Europeia têm aumentado nos últimos meses. A transição para tecnologias mais limpas é um ponto particular de discórdia, com o núcleo industrial do bloco em risco de perder competitividade para empresas chinesas mais rápidas.
A Comissão Europeia está reconhecendo a situação cada vez mais assimétrica que a nossa indústria enfrenta, disse Sigrid de Vries, diretora-geral da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, em e-mail enviado à Bloomberg. A “aparente vantagem” da China já está atingindo os mercados da Europa, continente sede de empresas como Mercedes-Benz, Volkswagen e Peugeot.
A participação das marcas chinesas de veículos elétricos no bloco foi de 8% no ano passado, segundo um funcionário da UE, acrescentando que, com os modelos chineses cerca de 20% mais baratos do que os nacionais, a expectativa é que controlem 15% até 2025.
Já o impacto imediato de quaisquer tarifas europeias na economia da China será provavelmente limitado, uma vez que mais de 80% dos automóveis de passageiros produzidos no país asiático foram vendidos no mercado interno nos primeiros oito meses deste ano.
Veja uma galeria de automóveis elétricos das marcas mais conhecidas
O mercado de veículos elétricos da China tem sido um raro ponto positivo na sua recuperação pós-pandemia, mantendo o crescimento e reforçando as exportações.
A decisão do bloco europeu de reagir contra a crescente proeza dos veículos eléctricos da China é um golpe para a estratégia do Presidente Xi Jinping de cortejar a UE como um baluarte contra os desafios dos EUA à segunda maior economia do mundo.
Destaca também as dificuldades da UE em promover laços comerciais com a China, ao mesmo tempo que se protege contra riscos percebidos na cadeia de abastecimento e na segurança nacional.
Henry Wang Huiyao, fundador do grupo de investigação Centro para a China e Globalização, com sede em Pequim, considerou a medida da UE surpreendente e “contraproducente” para o relacionamento geral.
- Certamente não está ajudando a tendência nas relações que caminhavam gradualmente para a recuperação - disse ele. - A UE é uma defensora das regras multilaterais. Se eles tiverem um problema, deveriam recorrer à Organização Mundial do Comércio - ressaltou.
Medidas protecionistas mais agressivas
A investigação da UE marca o primeiro passo concreto para combater o apoio estatal rival às tecnologias verdes, depois de mais de um ano de subsídios cada vez maiores nos Estados Unidos, China, Reino Unido e Europa. Dependendo dos resultados, poderá levar os parceiros comerciais a adoptar medidas protecionistas mais agressivas e retaliatórias.
A UE vê o setor dos veículos elétricos como “uma indústria crucial para a economia limpa, com enorme potencial para a Europa”, disse von der Leyen.
Sendo a China o maior mercado para Volkswagen e outras montadoras alemãs, um conflito com Pequim poderia ser arriscado. A BMW importa seu iX3 movido a bateria da China e gerou 33% de seu lucro operacional no país no ano passado, seguida pela Porsche, VW e Mercedes-Benz, estimaram analistas do Citigroup em nota no fim do mês passado.
- O setor de automóvel é especialmente sensível para a Europa, porque é um grande fornecedor de emprego. Sempre há risco de retaliação - afirmou Evgenia Molotova, gerente sênior de investimentos da Pictet Asset Management.
Embora muitas das empresas emergentes da China ainda não tenham gerado lucros de forma consistente no meio de uma amarga guerra de preços, a agressiva política industrial estatal suscita ecos de como a China assumiu o controle da fabricação de células solares há uma década.
- Não nos esquecemos de como as práticas comerciais injustas da China afetaram a nossa indústria solar - acrescentou von der Leyen. - Muitas empresas jovens foram expulsas por concorrentes chineses fortemente subsidiados.
O salão automóvel de Munique na semana passada aumentou o alarme sobre a ameaça da China. Fabricantes incluindo BYD, Nio e Xpeng mostraram modelos destinados a afastar os compradores europeus das marcas Volkswagen, Renault e Stellantis.
Como parte do seu ambicioso plano de Acordo Verde para reduzir as emissões, a UE implementou uma proibição efetiva de automóveis com motor de combustão a partir de 2035. Mas os fabricantes de automóveis do bloco poderão ser prejudicados se a China focar agressivamente no segmento, que deve dominar o mercado nos próximos anos.
O Estado de S.Paulo - SP 15/09/2023
O sindicato United Auto Workers (UAW) niciou uma greve histórica nesta sexta-feira, 15, contra as três maiores montadoras de veículos do distrito de Detroit, nos Estados Unidos, após o vencimento de seus contratos. Os primeiros protestos começam em uma fábrica da Ford em Wayne, Michigan, da General Motors em Wentzville, Missouri, e uma fábrica da Stellantis em Toledo.
A greve ocorre em um momento em que o sindicato e as “Três Grandes” continuam distantes em relação a salários, benefícios e escalas de trabalho, após semanas de negociações acirradas. O sindicato está exigindo um aumento salarial de 36% em quatro anos, enquanto as montadoras aumentaram suas ofertas para 17,5% a 20% em quatro anos e meio. O anúncio da greve foi feito oficialmente pelo sindicato em seu perfil oficial no X, antigo Twitter.
O presidente do sindicato, Shawn Fain, classificou essas ofertas como inadequadas após anos de inflação acentuada, lucros corporativos elevados e remuneração de executivos.
“Este é o momento decisivo da nossa geração”, disse Fain em um discurso ao vivo no Facebook para os membros do sindicato na noite de quinta-feira, menos de duas horas antes do prazo final. “O dinheiro está lá. A causa é justa. O mundo está assistindo. E o UAW está pronto para se levantar.”
Fain disse que o sindicato inicialmente interromperia o trabalho em locais específicos de cada empresa, no que ele chamou de “greve permanente”, e ampliaria a ação para outras fábricas se as negociações de contrato não tivessem êxito.
É a primeira vez que o sindicato lança uma greve de qualquer porte em todas as três empresas ao mesmo tempo. A última greve nacional do setor automotivo foi contra a General Motors em 2019.
Na fábrica da Michigan Assembly em Wayne, cerca de 200 pessoas, membros do sindicato e apoiadores com camisetas vermelhas - alguns agitando faixas que diziam “Saving the American Dream” (Salvando o sonho americano) - se reuniram do lado de fora de um salão do sindicato, do outro lado da rua da fábrica da Michigan Assembly. Quando o relógio bateu meia-noite, eles começaram a cantar “Solidarity Forever” (Solidariedade para sempre).
Na fábrica da Jeep em Toledo, centenas de trabalhadores saíram em massa dos nove portões da fábrica quando a greve começou, de acordo com Phil Reiter, um trabalhador do turno da noite que ganha US$ 31,77 por hora após 10 anos.
Do lado de fora, centenas de trabalhadores do turno diurno estavam esperando além dos portões da fábrica para aplaudi-los enquanto saíam, disse Reiter em uma entrevista por telefone. Entre os trabalhadores que estavam saindo, alguns estavam aplaudindo e outros estavam ansiosos, disse ele, acrescentando que sentiu uma mistura de ambos.
“Obviamente, nunca há garantia de quanto tempo algo assim vai durar”, disse ele. “Minha intuição é que não será por muito tempo... mas a Stellantis, sua principal preocupação parece ser o lucro, ponto final.”
Adelisa LeBron, uma funcionária grevista da Ford que trabalha na linha de motores da fábrica de Michigan, disse que está em greve porque, como mãe solteira, não pode sustentar seus filhos sem um segundo emprego. LeBron levou sua mãe - que também trabalha na Ford - e sua filha para os protestos esta manhã. LeBron ganha US$ 24 por hora depois de dois anos na fábrica. “Como mãe solteira, estou trabalhando de salário em salário”, disse LeBron. “Adoro a maneira como Shawn está lutando por nós, como ele não vai se acomodar.”
Na fábrica da Ford em Wayne, os trabalhadores foram dispensados cinco horas mais cedo do turno da noite, que termina às 4h30, em antecipação à paralisação do trabalho. Sharifia Fambro, 52 anos, que instala faces em Broncos por US$ 19,10 a hora, disse que estava fazendo greve para eliminar os níveis de emprego que prejudicam os trabalhadores mais novos como ela. Fambro não recebe benefícios de aposentadoria e mal consegue manter o pagamento do aluguel mensal de US$ 1.200. “Não, não estou preocupada em entrar em greve”, disse Fambro. “Estou pensando no panorama geral.”
Os trabalhadores em greve deixarão de receber salários das empresas e passarão a receber US$ 500 por semana do fundo de greve do UAW. As autoridades da Ford advertiram que os trabalhadores de fábricas que não estão em greve também serão prejudicados se um local que não tenha peças de fábricas em greve for forçado a interromper a produção.
Nesse caso, muitos desses trabalhadores serão enviados para o desemprego temporário, de acordo com a política usual da Ford quando as fábricas ficam paradas por falta de peças, disseram as autoridades, que falaram sob condição de anonimato devido à sensibilidade das negociações.
O que dizem as empresas?
As montadoras enfatizaram que estão se esforçando para negociar um acordo justo, com aumentos salariais maiores do que os oferecidos nos últimos anos. Mas elas disseram que não podem atender a todas as exigências do sindicato e ainda permanecer viáveis. Essas exigências incluem uma semana de trabalho de 32 horas, pensões de benefício definido para todos os trabalhadores em vez de contas 401(k) e assistência médica financiada pela empresa na aposentadoria.
O CEO da Ford, Jim Farley, disse na quinta-feira, 14, que, se a empresa tivesse fornecido esse pacote aos seus trabalhadores nos últimos quatro anos, teria acumulado perdas de US$ 15 bilhões e “já teria ido à falência”.
“Não há como sermos sustentáveis como empresa” sob esses termos, disse Farley à CNBC. “Vocês querem que escolhamos a falência em vez de apoiar nossos funcionários? Aqui está nossa proposta - vamos resolver isso.”
Nesta semana, Farley também acusou o sindicato de organizar “eventos de relações públicas” e de não responder à última oferta da Ford, que ele descreveu como a mais generosa da empresa em 80 anos. O sindicato está planejando um comício com o senador Bernie Sanders (I-Vt.) em Detroit na noite de sexta-feira.
No final da quinta-feira, a Ford disse que o UAW finalmente respondeu à oferta da empresa, mas demonstrou “pouco movimento” em sua posição.
A presidente e CEO da GM, Mary Barra, disse na quinta-feira que a empresa havia aumentado sua oferta de aumento salarial para 20% durante a vigência do contrato, para evitar uma greve. Atualmente, os trabalhadores de tempo integral do UAW ganham entre US$ 18 e US$ 32 por hora.
“Estamos desapontados com as ações da liderança do UAW, apesar do pacote econômico sem precedentes que a GM colocou na mesa, incluindo aumentos salariais históricos e compromissos de fabricação”, disse a GM em um comunicado na manhã de sexta-feira. “Continuaremos a negociar de boa-fé com o sindicato para chegar a um acordo o mais rápido possível para o benefício dos membros de nossa equipe, clientes, fornecedores e comunidades em todos os EUA”.
Na manhã de sexta-feira, os funcionários da Stellantis disseram em um comunicado que estão “extremamente decepcionados com a recusa da liderança do UAW em se envolver de forma responsável para chegar a um acordo justo no melhor interesse de nossos funcionários, suas famílias e nossos clientes”.
Como isso pode afetar o mercado?
A fábrica da Stellantis em Toledo fabrica o Jeep Wranglers e o Jeep Gladiators e emprega 4.174 trabalhadores horistas, segundo o site da empresa. A fábrica da GM em Wentzville produz os caminhões Chevrolet Colorado e as vans Express, bem como os caminhões GMC Canyon e as vans Savana, empregando cerca de 4.100 pessoas.
A fábrica de montagem da Ford em Michigan, em Wayne, fabrica caminhões Ranger e utilitários esportivos Bronco e emprega cerca de 4.600 trabalhadores horistas, mas Fain disse que apenas os trabalhadores da montagem final e da oficina de pintura estavam saindo inicialmente.
Os 150 mil membros automotivos do UAW produzem quase metade dos veículos leves fabricados nos Estados Unidos, de acordo com a empresa de análise GlobalData.
Uma greve que prejudique significativamente a produção automotiva pode afetar rapidamente os fornecedores e outras empresas nas comunidades de fabricação de automóveis. Com o fechamento das fábricas de automóveis, essas empresas parariam de encomendar peças. Muitos fornecedores de autopeças ainda estão tentando se recuperar de longas paralisações durante a pandemia do coronavírus e seriam afetados por outra interrupção, dizem os analistas.
Alarmada com a perspectiva de uma ampla paralisação de trabalho em um setor que representa cerca de 3% do produto interno bruto do país, a Casa Branca tem insistido para que todos os lados cheguem a um acordo.
Globo Online - RJ 15/09/2023
O Rio de Janeiro se prepara para receber o maior evento já realizado no Brasil no setor de construção: o Rio Construção Summit 2023. A expectativa é atrair cerca de 5 mil pessoas, entre empresários, profissionais de engenharia e arquitetura, representantes do poder público e estudantes, entre os dias 19 a 21 de setembro, no Píer Mauá, na Região Portuária do Rio, para discutir a indústria da construção e o mercado imobiliário.
Organizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (SindusconRio), o encontro vai reunir mais de 200 especialistas nacionais e internacionais para debater o atual cenário e as tendências mundiais do segmento, que se dividirão em quatro palcos simultâneos, compartilhando mais de 80 horas de conteúdo. A abertura do evento contará com a presença do governador do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes, além dos prefeitos das cidades de Madri (Espanha) e Bogotá (Colômbia).
Durante três dias, líderes e instituições financeiras se reunirão para discutir a conjuntura atual da construção civil, perspectivas para o aumento da produtividade, a redução do déficit habitacional e o aprimoramento da infraestrutura no Brasil. A inovação da indústria da construção, as principais tendências do setor e a geração de empregos também estarão em pauta. O evento vai oferecer uma experiência totalmente imersiva, promovendo rodadas de negócio e trocas entre os participantes.
Ao todo, serão dez mesas-redondas e uma oficina com conteúdo específico sobre inovação. Entre os diversos debatedores, estão Celso Pansera, presidente da Finep, Jerson Lima da Silva, presidente da Faperj, Mohamed Kassem, professor e pesquisador da NewCastle University, do Reino Unido, Guto Indio da Costa, designer da Indio da Costa A.U.D.T, e as presidentes do Sinduscon do Sul Fluminense e Caxias do Sul, Elisandra Cândido e Maria Inês Menegotto.
Presidente do SindusconRio, Claudio Hermolin destaca a importância do evento:
— É um evento de peso, que vai trazer para o Rio de Janeiro o protagonismo das discussões em torno da indústria da construção e do mercado imobiliário. Vamos falar sobre inovação, legislação, novos métodos construtivos, debates e apresentação de exemplos de sucesso, nacionais e internacionais, apresentados por palestrantes de renome que trarão muito conteúdo.
Diversidade de temas e palestrantes de renome
Entre os temas explorados durante o Rio Construção Summit 2023 estão: as perspectivas para o aumento da produtividade na construção; inovações que moldarão o futuro do setor; o papel dos setores público e privado na modernização da cadeia produtiva, e práticas relacionadas à qualificação profissional; além de saúde e segurança no trabalho. Entre os palestrantes confirmados estão o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (SINICOM), Cláudio Medeiros, Caio Magri, do Instituto Ethos, e Eduardo Toledo, professor da USP. Entre os convidados internacionais está o engenheiro Mohamad Kassem, da Newcastle University, da Inglaterra.
O evento também irá debater temas como a reforma tributária e seu impacto no setor da construção civil, o retrofit na produção imobiliária e como a construção pode apoiar a reindustrialização do Brasil.
O Rio Construção Summit 2023 é realizado em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e tem o apoio estratégico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada - Infraestrutura (Sinicon), da Federação Interamericana da Indústria da Construção (FIIC) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento conta com o apoio do Governo do Estado do Rio e da Prefeitura do Rio.
Serviço:
Rio Construção Summit 2023
Data: 19, 20 e 21 de setembro
Horário: 9h às 19h
Local: Píer Mauá, Armazem3, Rio de Janeiro (RJ)
Mais informações sobre o evento: https://www.rioconstrucaosummit.com.br/
Revista Ferroviaria - RJ 15/09/2023
O secretário de Transporte Ferroviário do Ministério dos Transportes, Leonardo Ribeiro, foi um dos palestrantes do VII Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário. O evento aconteceu hoje, quarta-feira (13), durante a 29ª edição da Semana de Tecnologia Metroferroviária (STMF), que acontece até amanhã, quinta-feira (14). O secretário falou sobre o tema “Os empreendimentos ferroviários do novo PAC”, dentro painel “Projetos em implantação para ampliar o transporte ferroviário de carga”, moderado por Jean Pejo, secretário geral da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF/Brasil).
A STMF é promovida pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), a edição deste ano terá como tema “A inovação dos transportes passa pelos trilhos” e trará pautas técnicas e debates relevantes sobre o transporte sobre trilhos de passageiros e cargas. Organizado pela AEAMESP, em parceria com ABIFER e SIMEFRE, o Seminário teve como tema “Desafios para aumentar a participação da ferrovia na matriz de transporte de carga nacional”. Os debates foram coordenados por Pedro Machado, conselheiro da AEAMESP, e tiveram diversos especialistas como palestrantes.
Na ocasião, Ribeiro afirmou que uma das funções de sua pasta é fazer do Brasil um celeiro de ferrovias. De acordo com ele, o País pode e deve fazer com que o modal ferrovia cresça. “Temos (o governo) essa grande missão e eu, pessoalmente, uma responsabilidade enorme. Desejamos ver esse país cortado por trilhos, assim como nos EUA. O presidente Lula e o ministro Renan Filho sinalizaram a preocupação que o governo tem com esse tema, mas, para isso, não bastam recursos, temos que ter bons projetos, estratégia de fomento e políticas públicas. Esses três pontos formam a estrutura necessária para que tudo aconteça. Com transparência e um banco de projetos estruturado obteremos os recursos necessários para o desenvolvimento ferroviário”, defendeu
No mesmo painel, palestraram José Roberto Lourenço (MRS), sobre ”Ações da MRS para aumentar o transporte de carga geral em sua ferrovia”; João Almeida (FIPS), falando do “Aumento de capacidade da malha ferroviária interna do Porto de Santos”; Gustavo Cota (BAMIN), abordando ‘Investimentos para implantação da FIOL I”; e Guilherme Penin (RUMO), explanando sobre “Expansão da Malha Norte para a região de Lucas do Rio Verde”. As apresentações foram seguidas de debates e perguntas do público.
A STMF é reconhecida como um dos mais expressivos congressos técnicos do setor de transporte metroferroviário do País. Diferentemente das edições anteriores, a 29ª SMTF começará na segunda-feira e não mais na terça-feira. O evento reunirá presidentes, dirigentes e profissionais de empresas, como engenheiros, arquitetos, urbanistas e especialistas das áreas de planejamento e controle, projetos, infraestrutura e obras, logística, compras, planejamento estratégico, engenharia, tecnologia, manutenção, operação e especificação. Também serão convidados representantes de órgãos públicos, de entidades de classe e de instituições não governamentais de representação autônoma.
Porto Gente - SP 15/09/2023
Encontros acontecerão nesta semana em Caxias do Sul, Porto Alegre e Passo Fundo. Objetivo é debater como a reforma tributária afetará o setor aduaneiro
Cerca de 13 milhões de toneladas: essa é a quantidade total de cargas movimentadas nos portos do Rio Grande do Sul ao longo dos primeiros quatro meses deste ano. Os resultados foram divulgados em maio pelo setor de estatística da Gerência de Planejamento e Desenvolvimento da Portos RS.
Outro dado que impressiona e impulsiona é o crescimento de 800% nas exportações de gado vivo entre janeiro e julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2022. Até julho, foram exportadas 120 mil cabeças, em contraste com pouco mais de 10 mil no mesmo período anterior, segundo a Portos RS, estatal que gerencia o sistema hidroportuário do Rio Grande do Sul. O aumento estrondoso desse tipo de exportação está relacionado à qualidade das raças e ao cumprimento dos padrões sanitários.
De olho neste cenário e nos avanços das exportações do estado gaúcho, a Becomex, empresa brasileira de tecnologia e negócios que utiliza inovação para lidar com desafios tributários, prepara três dias de encontros batizados de ‘De Olho no Futuro’ para debater potenciais impactos aduaneiros na Reforma Tributária. Nos eventos que acontecerão nas cidades de Caxias do Sul, Porto Alegre e Passo Fundo o tema dos regimes aduaneiros especiais também estará em destaque e os especialistas em tributação abordarão como regimes aduaneiros especiais podem ser importantes ferramentas para reduzir custos tributários e financeiros na cadeira.
Em síntese, os portos do Rio Grande do Sul registraram, no primeiro semestre de 2023, variação positiva em diversos números referentes à movimentação de produtos. No período, foram mais de 20 milhões de toneladas de itens e mais de 1.800 embarcações recebidas.
Agenda
O evento em Caxias do Sul aconteceu dia 13 de setembro, quarta-feira, no período da tarde, entre 14h e 18h, no Hotel Intercity. Já nesta quinta-feira (14/09) o ciclo de conversas acontecerá em Porto Alegre, no escritório da Becomex, no edifício Iguatemi Corporate, entre 8h30 e 12h30. Para encerrar a semana, sexta-feira Passo Fundo será o local das conversas que acontecerão entre 8h30 e 12h30 no Hotel Itatiaia.
Petro Notícias - SP 15/09/2023
O primeiro navio porta-contêineres do mundo movido a metanol terá o nome “Laura Mrsk”, revelou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em uma cerimônia em Copenhagen, quebrando uma garrafa de champanhe na proa da embarcação. Além da madrinha, o presidente da Maersk, Robert Uggla, e o CEO da Maersk, Vincent Clerc, também estiveram na cerimônia. A Maersk tem uma meta ambiciosa para 2040 de atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa e pretende transportar um mínimo de 25% da carga oceânica usando combustíveis verdes até 2030. O navio alimentador de 2.100 TEUs (equivalente a vinte pés) é um passo importante em direção ao objetivo de longo prazo de renovar gradualmente toda a frota da Maersk para operar exclusivamente com combustíveis verdes. A Maersk tem mais 24 navios de metanol encomendados para entrega entre 2024 e 2027 e uma política de encomendar apenas novos navios que venham com uma opção de combustível verde.
“Laura Mrsk é um marco histórico para o transporte marítimo em todo o mundo. Mostra o espírito empreendedor que caracteriza a Maersk desde a fundação da empresa. No entanto, mais importante ainda, este navio é uma prova muito real de que quando nós, como indústria, nos unimos através de esforços e parcerias intencionais, surge um caminho tangível e otimista para um futuro sustentável. Este novo navio verde é o avanço que precisávamos, mas ainda temos um longo caminho a percorrer antes de chegarmos ao net zero”, disse Vincent Clerc.
O navio recebeu o nome de “Laura” porque quando o capitão Peter Maersk Moller comprou seu primeiro navio a vapor em 1886, ele o chamou de “Laura”. Com a sua máquina a vapor, o navio foi um produto da segunda revolução industrial, tornando significativo o seu impacto na indústria naval. Além disso, “Laura” foi a primeira embarcação a usar a estrela branca de sete pontas sobre fundo azul claro. Este símbolo mais tarde se tornaria o logotipo da AP Moller – Maersk.
TN Petróleo - RJ 15/09/2023
A Diretoria da ANP aprovou hoje (14/9) o relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) que estudou questões relacionadas ao cumprimento do Programa Exploratório Mínimo (PEM). A AIR identificou a necessidade de flexibilizar e dar mais clareza às normas que tratam da possibilidade de cumprimento do PEM fora da área de concessão. A minuta do relatório passou por consulta prévia, na qual recebeu contribuições do mercado e da sociedade.
A AIR conclui que, para que ocorra essa flexibilização, será necessária a edição de uma resolução que estabeleça os critérios e os requisitos de uso e de aplicabilidade para que o PEM possa ser cumprido fora da área de concessão. Essa futura minuta de resolução passará por consulta e audiência públicas.
Ao avaliar a flexibilização do cumprimento do PEM para os contratos sob regime de concessão, a ANP busca destravar investimentos e incentivar a realização de atividades exploratórias, contribuindo para a ampliação do conhecimento geológico das bacias sedimentares brasileiras, para o aumento do número de descobertas de novas jazidas e para a incorporação de novas reservas de petróleo e gás natural.
O PEM é o programa que reúne os compromissos assumidos pelas empresas de atividades mínimas a serem realizadas na primeira fase dos contratos de exploração e produção de petróleo e gás (fase de exploração). Entre essas atividades, podem estar, por exemplo, a realização de pesquisas sísmicas e perfuração de poços. Seu objetivo é identificar a presença, ou não, de petróleo e/ou gás natural na área sob concessão, para que a empresa operadora decida se pretende ou não dar seguimento ao contrato e entrar na fase de produção.
TN Petróleo - RJ 15/09/2023
Representantes das Companhias Distribuidoras Locais (CDLs), integrantes da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), se reuniram ontem (13/9), com executivos da Petrobras, pela primeira vez desde a criação da nova diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade da empresa. A aproximação é marcada pelas novas e bem-sucedidas contratações de gás natural envolvendo as empresas, objeto de negociações e dos processos de Chamadas Públicas realizados pelas distribuidoras.
“A aproximação do fornecedor com o cliente é fundamental para que possamos conhecer as suas demandas. A nova carteira de produtos da Petrobras trouxe como lema uma ampla diversificação das condições comerciais e muita flexibilidade para melhor atendimento das necessidades de cada mercado, com foco na competitividade do segmento industrial e demais setores atendidos pelas distribuidoras. Estamos muito satisfeitos que a Petrobras tenha se sagrado vencedora nas Chamadas Públicas e tenha sido escolhida como fornecedora. Certamente seguiremos trabalhando para atender cada vez melhor os nossos clientes”, afirma o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.
“Os novos modelos de contrato criados pela Petrobras, mais flexíveis, atendendo a uma demanda das distribuidoras, que têm características e necessidades distintas, permitiram que oito distribuidoras assinassem contratos de suprimento de longo prazo. Esse é um primeiro passo para o desenvolvimento do mercado de gás no Brasil. No entendimento da Abegás, o aumento da oferta de gás nacional é essencial para a melhoria da competitividade da indústria brasileira. Com mais agentes atuando no mercado, todos são beneficiados: do consumidor final, que terá acesso à molécula com melhor preço, até a sociedade, com a geração de mais empregos e renda, em linha com o programa do governo federal Gás para Empregar. São passos importantes para desenvolver o mercado de gás e contribuir de forma inequívoca para um futuro cada vez mais sustentável no Brasil", afirma o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
Flexibilidade
As novidades mencionadas por Tolmasquim foram divulgadas ao mercado em comunicado de 29/05 e contaram com mais flexibilidade aos clientes e outras condições diversificadas como diferentes prazos contratuais, com opções de quatro, cinco, sete, nove e 11 anos, e dois tipos de indexadores para formação dos preços: além do tradicional percentual do Brent – tipo de petróleo usado como referência na bolsa de valores Londrina - os preços de comercialização também podem ser baseados no índice Henry Hub, associado ao gás comercializado nos EUA.
“Tivemos também diversificação na opção de contratação do local de entrega do gás, que agora pode ser em um ponto virtual na malha de transporte, o chamado HUB, no qual o cliente contrata a saída e a Petrobras contrata a entrada, como pode seguir sendo no city-gate da distribuidora, modalidade na qual a Petrobras assume a contratação da saída“, afirma Álvaro Tupiassú (foto), gerente executivo de Gás e Energia da Petrobras.
“A flexibilidade dos novos modelos também permite aos clientes a redução dos volumes contratados, seja por migração de consumidores para o ambiente livre, seja por eventuais outras oportunidades comerciais dos novos supridores que operam no mercado. A competitividade dos produtos ofertados pela Petrobras somadas à alta flexibilidade e possibilidades de diversificação de portfólio permitiram que os nossos produtos fossem os melhores para os mercados atendidos pelas Distribuidoras”, avalia Álvaro.
A Petrobras investe na garantia de oferta do insumo. Serão mais de US$ 5 bilhões, previstos no Plano Estratégico 2023-27, em projetos para ampliar a capacidade de oferta de gás nacional, que contribuirão para reduzir a dependência em relação à importação de gás natural. Estas novas infraestruturas agregarão uma capacidade de cerca de 50 milhões m³/dia na oferta de gás nacional.
IstoÉ Online - SP 15/09/2023
Os preços do petróleo voltaram a subir, nesta quinta-feira (14), e alcançaram seu nível mais alto desde novembro passado, impulsionados por temores de uma oferta insuficiente frente a uma demanda que não se retrai.
Em Londres, o barril de Brent para entrega em novembro registrou alta de 1,98% e fechou a 93,70 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) americano, com vencimento para outubro, subiu 1,85%, a 90,16 dólares.
O WTI não ultrapassava a barreira dos 90 dólares desde o começo de novembro de 2022.
“A tendência se mantém”, disse Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, com o WTI em alta de 14% em três semanas e o Brent, de quase 13%.
Estimativas publicadas na terça-feira pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), de um déficit na oferta de 3,3 milhões de barris em relação à demanda no quarto trimestre, aumentaram as tensões no mercado.
“O mercado observa a redução das reservas” com ansiedade, segundo Lipow.
Neste contexto, os analistas do banco ANZ preveem que o Brent alcançará 100 dólares ao final do ano.
Nos Estados Unidos, o preço da gasolina volta a se aproximar do limite simbólico dos 4 dólares o galão (3,78 litros), situando-se nesta quinta a 3,858 dólares, segundo a associação AAA.
O petróleo é a causa principal da inflação no país, como ilustram o índice de preços ao consumidor, IPC, e o índice de preços ao produtor, IPP, publicados na quarta e na quinta-feira.
Agência Brasil - DF 15/09/2023
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou celeridade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na análise do pedido da Petrobras para prospectar petróleo na parte da margem equatorial, área apontada como de alto potencial petrolífero. O licenciamento é para perfuração de poço de prospecção marítima na foz da Bacia do Amazonas, o chamado bloco FZA-M-59.
“Talvez seja a última grande fronteira de exploração, ainda, desses combustíveis no Brasil, até pelo tempo com que o mundo prevê que vai se dar a transição energética. Então, nós defendemos que haja uma celeridade por parte do Ibama”, disse Silveira após cerimônia no Palácio do Planalto.
Para o ministro, ao mesmo tempo que o Ministério do Meio Ambiente [MMA] tem tornado efetivas as políticas ambientais e de descarbonização, é importante dialogar sobre o que é importante para o país.
“O importante para a nação brasileira é que o país se desenvolva, gere emprego e renda, para combater desigualdade, para gerar uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais solidária. E o governo voltou, o Brasil voltou a ter diálogo, o Brasil voltou a sentar na mesa, são dezenas de reuniões mensais coordenadas pelo ministro [da Casa Civil], Rui Costa, onde todo sentamos na mesa. E, quando não há unanimidade, há maioria para se decidir as políticas públicas importantes que atendam o interesse da nação brasileira”, disse Silveira.
Segundo o ministro, a Petrobras solicitou a perfuração em uma área localizada a 188 quilômetros da costa do município de Oiapoque e a 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas. A margem equatorial tem 11 blocos de exploração que vão do Amapá até o Rio Grande do Norte.
Em maio, o Ibama negou o pedido de licenciamento e alegou que a decisão foi tomada “em função do conjunto de inconsistências técnicas” para uma operação segura em nova área exploratória. O entendimento da equipe técnica que elaborou o parecer sobre o pedido diz que faltou para a Petrobras uma avaliação ambiental de área sedimentar (AAAS), que permite identificar áreas em que não seria possível realizar atividades de extração e produção de petróleo e gás em razão dos graves riscos e impactos ambientais associados.
Em 2018, a licença já havia sido negada em razão do não atendimento dos requisitos legais. O processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59 foi iniciado em 4 de abril de 2014, a pedido da BP Energy do Brasil, empresa originalmente responsável pelo projeto. Em dezembro de 2020, os direitos de exploração de petróleo no bloco foram transferidos para a Petrobras.
A área fica em uma região considerada de extrema sensibilidade socioambiental, por abrigar unidades de conservação, terras indígenas, mangues, formações biogênicas de organismos como corais e esponjas, além de grande biodiversidade marinha com espécies ameaçadas de extinção, como botos-cinza, botos-vermelhos, cachalotes, baleias-fin, peixes-boi marinhos, peixes-boi amazônicos e tracajás.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já afirmou, em diversas oportunidades, que as decisões do Ibama são técnicas e que cabe ao Comitê Nacional de Política Energética (CNPE), presidido pelo Ministério de Minas e Energia, e não ao MMA, decidir sobre a matriz energética brasileira.
Transição energética
Nesta quinta-feira (14), o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei para criação do Programa Combustível do Futuro, que é um conjunto de iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, estimular o uso e produção de biocombustíveis no Brasil e promover a mobilidade sustentável de baixo carbono.
Para o ministro Alexandre Silveira, não há controvérsias entre os dois projetos – de transição energética e de exploração de petróleo e gás. “A própria palavra transição energética responde a questão dos combustíveis fósseis. O mundo ainda é dependente de combustíveis petróleo e gás, em especial do gás, para gerar emprego, para reindustrializar o país, gerar oportunidade, dar segurança energética elétrica. Nós ainda dependemos e queremos sair dessa dependência em breve”, disse, explicando que as tecnologias em baterias e em fontes instáveis, como eólica e solar, ainda estão se desenvolvendo para oferecer um melhor custo-benefício para os consumidores.
Para o ministro, o petróleo ainda é uma necessidade, “infelizmente”, e é usado, inclusive, para financiar a transição energética. Hoje, mais de 40% da matriz energética vem de combustíveis fósseis. “Há uma perspectiva grande, com essas políticas implementadas, de que a gente reduza drasticamente, não só a dependência da matriz de combustíveis fósseis, mas também reduza, além das emissões, o custo dos combustíveis no Brasil”, disse Silveira.
“O país que já tem uma matriz tão limpa, tanto de energia elétrica quanto de matriz geral; o povo brasileiro não pode pagar essa conta. E, para não pagar essa conta, temos que discutir o ‘como fazer’, como explorar nossas riquezas naturais de forma sustentável e segura por meio ambiente. E não ‘se vamos fazer’, porque quem tem que decidir se vamos fazer, ou não, é o governo que representa o povo brasileiro, conforme as suas necessidades naturais de combater desigualdade. Então não há incompatibilidade”, acrescentou.
Silveira destacou ainda que a exploração de petróleo e gás é, inclusive, financiadora de políticas públicas. “O Fundo Social, que financia boa parte da saúde e da educação, é fruto dos royalties do petróleo, de parte dos recursos advindos do petróleo.”
Globo Online - RJ 15/09/2023
A produção agrícola superou as estimativas do IBGE e, mais um ano, renovou seu recorde: a safra totalizou 263,8 milhões de toneladas em 2022. Este é o maior volume produzido da série histórica, iniciada em 1975. Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2022, divulgada nesta quinta-feira pelo instituto.
A alta das commodities no mercado internacional e a valorização do dólar frente ao real levaram a safra agrícola a alcançou valor de produção recorde. Foram R$ 830,1 bilhões em 2022, um crescimento de 11,8% em relação ao desempenho registrado no ano anterior. A área colhida chegou a 90,4 milhões de hectares, 5,4% superior à de 2021.
Somente a soja respondeu por quase metade da safra agrícola (45,8%). E por mais um ano a produção brasileira da leguminosa superou a norte-americana e foi a maior do mundo. O milho, por sua vez, respondeu por 41% da produção no ano passado.
O Mato Grosso segue com o maior valor de produção, com R$ 174,8 bilhões, alta anual de 15,2%. Na sequência aparecem os estados de São Paulo (R$ 103,0 bilhões e alta de 22,5%) e Minas Gerais (R$ 87,3 bilhões e alta de 28,1%).
A cidade de Sorriso (MT), seguiu na liderança pelo quarto ano consecutivo, com R$ 11,5 bilhões em valor de produção, uma alta de 15,2% frente a 2021. Em seguida, aparecem Campo Novo do Parecis (R$ 8,2 bilhões e alta de 7,9%) e Sapezal (R$ 8,0 bilhões e queda de 11,5%), ambas em Mato Grosso.
Participação no PIB
O setor agropecuário vem ampliando sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) dado o aumento da produtividade e o cenário macroeconômico favorável para a exportação, com alta do dólar ante o real e disparada no preço das commodities agrícolas no mercado internacional.
A produção do setor já vem renovando recordes este ano, sendo inclusive as commodities agrícolas uma das principais responsáveis pelo impulso da economia no início de 2023. A estimativa do IBGE vem sendo revisada para cima e espera-se novo recorde para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas, que deve totalizar 313,3 milhões de toneladas. Se confirmada a projeção, será a primeira vez na História que a safra ficará acima de 300 milhões.
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