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15 de Agosto de 2023

INDA

BOL - SP   15/08/2023

A produção siderúrgica do Brasil no mês passado recuou na comparação anual e a importação de aço pelo país voltou a saltar, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela associação de produtores da liga Aço Brasil.

As siderúrgicas produziram 2,71 milhões de toneladas de aço em julho, queda de 4,7% sobre o mesmo mês de 2022, mas acima da média dos sete primeiros meses do ano, de 2,66 milhões de toneladas.

No acumulado de janeiro a julho, o setor registra baixa de 8,6% na produção, a 18,6 milhões de toneladas, informou o Aço Brasil.

"Chama a atenção o fato de um mês com queda nas vendas internas o consumo aparente ter aumentado exclusivamente devido ao crescimento de 26,1% das importações", afirmou Marcelo de Ávila, superintendente de economia da entidade. Ele se referiu ao indicador que reúne vendas no Brasil de aço produzido no país e importado.

Segundo Ávila, as importações de aço pelo Brasil no mês passado, que dispararam 78,5% sobre um ano antes, para 481,5 mil toneladas, foram as maiores em volume desde julho de 2021.

Mais da metade das importações -- 271,1 mil toneladas - vieram da China, o maior volume de produto do país asiático importado pelo Brasil desde outubro de 2010, afirmou o executivo.

As ações da Usiminas e CSN, que têm produção concentrada no Brasil, recuavam entre 0,6% e 0,8% às 13h21, em linha com o recuo do Ibovespa.

As usinas, durante apresentações de resultados de segundo trimestre, já fizeram alertas sobre os volumes de importação e a pressão que esse material exerce sobre o cenário de preços do mercado interno, que atravessa um período de baixa demanda. As vendas internas de aço no Brasil em julho recuaram 8,4% sobre um ano antes, para 1,6 milhão de toneladas.

No final de julho, o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, afirmou a jornalistas que o aço plano importado estava cerca de 30% mais barato que a liga produzida no país. A diferença é conhecida no setor como "prêmio" e historicamente costuma ser mantida pelas usinas em cerca de 10% para desestimular as importações.

Segundo o Aço Brasil, as importações da China estão sendo realizadas como preços abaixo do custo de produção e o setor vem travando com o governo federal discussões para aprovação de medidas de defesa comercial.

As exportações de aço em julho também recuaram, cerca de 14% sobre um ano antes, para 828,2 mil toneladas, com as usinas preferindo dedicar a produção ao mercado brasileiro diante dos fracos preços internacionais.

Na semana passada, o presidente-executivo da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou que a companhia vai reduzir exportações do Brasil no segundo semestre para não deteriorar suas margens de lucro.

SIDERURGIA

Revista Mineração - SP   15/08/2023

No acumulado de 2023, a produção de aço bruto caiu 8,6% nos sete primeiros meses do ano, fechando em 18,6 milhões de toneladas.

A produção de aço bruto em julho, no Brasil, atingiu 2,7 milhões de toneladas, um avanço de 5,9% em comparação ao mês anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IAB). As vendas internas fecharam em 1,6 milhão de toneladas, queda de 1,3% na mesma comparação. As exportações registraram 828 mil toneladas, recuo de 30,6%.

Já em relação ao mesmo período do ano anterior (julho/22), a produção de aço bruto recuou 4,7% e as vendas internas apresentaram queda de 8,4%.

O consumo aparente de produtos siderúrgicos subiu 1,4% no mês, frente ao mês anterior, tendo atingido 2,0 milhões de toneladas. Tal expansão se deu exclusivamente pelo aumento de 26,1% nas importações, com 481 mil toneladas no mês. As importações da China chegaram a 271 mil toneladas.

O crescimento das importações preocupa o Instituto Aço Brasil, considerando a existência de excesso de capacidade de 564 milhões de toneladas de aço no mundo, o que leva a práticas predatórias de mercado, escalada protecionista e a desvios de comércio.
Acumulado no ano

No acumulado de 2023, a produção de aço bruto caiu 8,6% nos sete primeiros meses do ano, fechando em 18,6 milhões de toneladas. As vendas internas caíram 5,2% no mesmo período, atingindo 11,3 milhões de toneladas, no mesmo período.

As importações saltaram 48,4%, para 2,7 milhões de toneladas, enquanto as exportações recuaram 6,2%, para 7,1 milhões de toneladas. O consumo aparente de aço (vendas internas mais importações por distribuidores e consumidores) encolheu 0,5%, chegando a 13,6 milhões de toneladas.

O Índice de Confiança da Indústria do Aço, calculado pelo IAB, fechou em 44,6 pontos em agosto, alta de 0,5 ponto em relação a julho, abaixo da faixa que aponta falta de confiança dos CEOs da indústria do aço, especialmente em relação ao cenário econômico brasileiro. É o décimo mês seguido em que o indicador se encontra abaixo dos 50 pontos.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   15/08/2023

A atividade econômica brasileira desacelerou no segundo trimestre deste ano, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (14), em Brasília, pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 0,43% de abril a junho em relação ao trimestre anterior (janeiro a março), de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período).

Já no primeiro trimestre do ano, o crescimento foi de 2,41%, se comparado ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022).

Em comparação ao trimestre de abril a junho de 2022, a alta foi de 2,65% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais).

Em junho de 2023, o IBC-Br teve alta de 0,63%, atingindo 146,65 pontos. Na comparação com o mesmo mês de 2022, houve crescimento de 2,10% (também sem ajuste para o período). No acumulado em 12 meses, o indicador ficou positivo em 3,35%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.
Queda da inflação

Diante da forte queda da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, iniciou, neste mês, um ciclo de redução da Selic, o que deve estimular a atividade produtiva.

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio à contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março de 2021, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Divulgado mensalmente, o IBC-Br emprega uma metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. Segundo o próprio BC, o índice “contribui para a elaboração de estratégia da política monetária” do país, mas “não é exatamente uma prévia do PIB”.

Com resultado trimestral, o valor do PIB do segundo trimestre de 2023 será divulgado em 1º de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país.

Em junho, o IBGE anunciou que o PIB cresceu 1,9 no primeiro trimestre deste ano, se comparado com o resultado dos últimos três meses de 2022. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 4%, enquanto o resultado dos últimos 12 meses representa uma alta de 3,3%. Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.

Exame - SP   15/08/2023

A expectativa inflacionária para 2024 cedeu marginalmente no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central. A projeção para o IPCA - índice de inflação oficial - para o ano que vem, foco principal da política monetária, baixou de 3,88% para 3,86%. Já a estimativa para a inflação oficial em 2023 continuou em 4,84%. Um mês antes, as medianas eram de 4,95% e 3,92%, nessa ordem.

Considerando somente as 78 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 4,78% para 4 79%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta seguiu em 3,87%, considerando também 78 atualizações no período.

Houve manutenção na expectativa de inflação para 2025, que agora tem peso minoritário nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). A projeção permaneceu em 3,50%, contra 3,55% de quatro semanas antes. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa também continuou em 3,50%, repetindo a mediana de um mês antes.

As estimativas do Boletim Focus continuam acima da meta. Para 2023, a mediana supera o teto da meta (4,75%) e indica estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo, mas superam o alvo central de 3,0%.

No Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o BC divulgou projeção de 3,4% para o IPCA de 2024, a mesma da reunião anterior. Para 2025, ficou em 3,0% no modelo, que considerava um primeiro corte de 0,25pp, de 3,1% em junho. Para 2023, a projeção é de 4,9%.

Câmbio

O cenário esperado para o câmbio brasileiro este ano se deteriorou marginalmente no Relatório de Mercado Focus após semanas de expectativas mais favoráveis, conforme a divulgação realizada nesta segunda-feira, 14.

A estimativa para o câmbio este ano passou de R$ 4,90 para R$ 4 93, de R$ 5,00 um mês antes. Para 2024, a mediana continuou em R$ 5,00, contra R$ 5,05 quatro semanas antes.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

PIB

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central trouxe leve melhora na projeção de crescimento econômico para este ano. A mediana para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 2,26% para 2,29%, contra 2,24% há um mês. Considerando, por sua vez, apenas as 39 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 2,33% para 2,30%.

Já para 2024, o Relatório Focus mostrou manutenção da estimativa de crescimento do PIB, de 1,30%, mesma mediana de um mês atrás. Considerando apenas as 36 respostas nos últimos cinco dias úteis a estimativa para o PIB de 2024 passou de 1,32% para 1,24%.

Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,90%, ante 1,88% de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que permaneceu em 2,00%, contra 1,90% de um mês atrás.

O Ministério da Fazenda prevê crescimento de 2,5% este ano. No Banco Central, a estimativa atual é de 2,0%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.

Investing - SP   15/08/2023

De acordo com o Goldman Sachs, o órgão responsável pela política monetária dos Estados Unidos (Fomc) poderia começar a diminuir a taxa básica de juros no segundo trimestre de 2024.

Essa previsão se baseia na expectativa de que o núcleo da inflação do índice de gastos com consumo pessoal (PCE) diminuirá para menos de 3% em termos anuais e abaixo de 2,5% em termos mensais.

Mesmo sem uma recessão, o Fomc poderia ter espaço para alinhar mais a taxa de juros a um nível neutro.

“Não há uma razão muito forte para cortes e, por isso, também achamos que há um risco considerável de que o Fomc prefira manter a taxa inalterada. O Fomc pode não cortar, porque a inflação ainda não está dentro da sua faixa-alvo; ainda assim, os juros devem seguir elevados, por conta de um crescimento sólido, de um mercado de trabalho apertado e de uma flexibilização adicional das condições financeiras, reduzindo a necessidade de corte", observaram os estrategistas do Goldman Sachs em uma nota aos clientes.

O Goldman discorda da visão de que o Fomc deve cortar os juros à medida que a inflação diminui, para evitar que as taxas reais subam e prejudiquem a economia.

"Os juros reais devem ser calculados subtraindo as expectativas futuras de inflação, não a inflação realizada, e as expectativas de inflação já caíram para níveis condizentes com as metas. Além disso, ajustar nosso índice mais amplo de condições financeiras (FCI) pela inflação, em vez da taxa de juros, tem um impacto muito pequeno no impulso implícito ao crescimento do PIB, que agora é modesto."

Embora o banco não tenha certeza em relação ao ritmo dos cortes de taxa no próximo ano, projeta que o Fed realizará uma redução de 25 pontos-base por trimestre. Eventualmente, os juros básicos devem se estabilizar entre 3% e 3,25%, acima da mediana de 2,5% do Fomc para o longo prazo.

“Há muito tempo somos céticos de que a taxa neutra fosse tão baixa quanto amplamente pensado no último ciclo, e déficits fiscais maiores, provavelmente, a aumentaram desde então. As autoridades do Fed podem elevar suas projeções de longo prazo se a economia se mantiver resiliente com a taxa básica de juros em um nível muito mais alto, ou poderiam concluir - como fez uma recente publicação do blog do Federal Reserve de Nova York - que a taxa neutra de curto prazo está elevada”, ressaltaram ainda os estrategistas.

Por fim, eles argumentam que é adequado que a curva de juros esteja invertida, “mas não de forma tão intensa como está agora”.

Exame - SP   15/08/2023

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,632 bilhões na segunda semana de agosto (dias 7 a 13). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 14, o valor foi alcançado com exportações de US$ 7,152 bilhões e importações de US$ 4,523 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,321 bilhões e no ano, de US$ 57,876 bilhões.

Até a segunda semana do mês, a média diária das exportações registrou aumento de 5,1% na comparação com a média diária do período em 2022, com alta de US$ 60,18 milhões (20,7%) em Agropecuária; crescimento de US$ 7,78 milhões (2,6%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 0,34 milhão (-0,04%) em produtos da Indústria de Transformação.

Já as importações tiveram queda de 20,1% no período, também na comparação pela média diária, com redução de US$ 8,25 milhões (-33,2%) em Agropecuária; queda de US$ 15,62 milhões (-21,1%) em Indústria Extrativa e recuo de US$ 206,41 milhões (-19,6%) em produtos da Indústria de Transformação.

O Estado de S.Paulo - SP   15/08/2023

O economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, prefere manter uma postura de cautela em relação à economia brasileira. Mesmo com a percepção de evolução na gestão da economia, o chefe do Departamento Econômico da XP prevê desafios que resultarão em poucas mudanças no Produto Interno Bruto de 2024.

“Não vemos mudanças muito significativas no PIB do ano que vem”, diz Megale. “Teremos poucas notícias muito relevantes no cenário econômico daqui para o final do ano.” Para ele, o PIB do ano que vem será ainda muito influenciado pela economia global deste ano. A avaliação dele é de que, se a equipe econômica continuar focada em criar boas condições para a economia, os impactos serão vistos apenas nos PIBs de 2025 e 2026.

Megale vê desafios para as implementações da reforma tributária, do arcabouço fiscal e dificuldades para a zeragem do déficit primário. “E essas incertezas vão manter a inflação acima da meta. Por isso eu acho que o que vai influenciar as expectativas inflacionárias é a implementação do fiscal”, diz. Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

O Brasil parece ter sido tomado por um entusiasmo econômico recentemente. O sr. compartilha desta euforia?

Preferimos uma postura de um pouco de cautela. Teremos poucas notícias muito relevantes no cenário econômico daqui para o final do ano. Inflação e câmbio não devem apresentar grandes surpresas.

Mas têm aparecido boas noticias, como o PIB do 1º trimestre acima do esperado, redução da inflação, queda da Selic e elevação do rating do Brasil.

Há uma combinação de dois fatores por trás destes ratings: evolução da gestão econômica no Brasil, aprovação da reforma tributária da Câmara e ajuste dos marcos nos últimos anos com a pandemia. Há uma percepção de evolução da economia brasileira, mas temos de lembrar que a baixa dos ratings se deu num ambiente pandêmico. Agora que a pandemia e a inflação estão ficando para trás no mundo, é razoável que os ratings voltem ao nível pré-pandemia.

O Copom reduziu a Selic em 0,50 ponto porcentual no seu primeiro corte depois de um ano e surpreendeu a muitos. Qual o efeito disso sobre o PIB em 2024?

Não vemos mudança muito significativa do PIB no ano que vem. Vai ser um PIB muito influenciado pela economia global deste ano.

Quanto a XP Investimentos está esperando de crescimento para o PIB do ano que vem?

Projetamos crescimento de 1%. Se a equipe econômica continuar focada em gerar boas condições para a economia brasileira, a influência será sobre o PIB de 2025 e 2026.

Voltando à política monetária, o sr. acha que há alguma possibilidade de o BC elevar a magnitude dos cortes de juros nas próximas reuniões do Copom?

Achamos pouco provável a possibilidade de se aumentar o nível dos cortes. Como já disse, achamos que teremos poucas mudanças relevantes na economia. Nossa avaliação de como o cenário vai evoluir está muito parecida com o que o BC provavelmente está esperando hoje, um cenário que endossa o plano de voo de 0,50 ponto (de corte na Selic).

Há algo que poderia mudar esse horizonte com o qual o sr. trabalha?

O que poderia mudar esse horizonte seriam dados muito melhores de inflação no curto prazo, com os núcleos despencando, ou no câmbio, com um dólar indo abaixo de R$ 4,50, próximo de R$ 4,30 e R$ 4,20. Mas trabalhamos com uma previsão de dólar a R$ 5,00, próximo do nível atual.

Em sua avaliação, o que deve contribuir mais para ancorar as expectativas de inflação: o ritmo de cortes da Selic daqui para a frente ou a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária?

Acho que o que influenciará as expectativas de inflação é a implementação do fiscal. Há incertezas em relação à implementação do marco fiscal e à zeragem do déficit primário. Há duas formas de se reduzir déficits: cortar gastos ou buscar receitas, o que é mais difícil porque a economia, dentro da lei, sempre procura driblar pagamento de impostos. E essas incertezas vão manter a inflação acima da meta.

Como o sr. viu a aprovação da reforma tributária na Câmara?

A reforma tributária mira o que precisa ser mirado. A simplificação e uma melhor alocação de recursos pela economia e com tributação mais homogênea. Mas, como o marco fiscal, também tem muitos desafios de implementação.

E no Senado, quais os desafios que o sr. vê para a provação da reforma tributária?

No Senado acho que o difícil será reduzir as exceções. Acho mais provável é que sejam aumentadas as exceções. No melhor cenário vai ficar como está.

Globo Online - RJ   15/08/2023

Quando a China flexibilizou as restrições contra a Covid-19 no fim do ano passado, muitos analistas, investidores e empresários esperavam que a economia apresentasse um crescimento rápido e robusto. Não foi o que aconteceu.

Desde então, as exportações recuaram, os investimentos estrangeiros estagnaram, menos projetos habitacionais estão sendo iniciados e o desemprego entre os jovens continua alto.

Diferentemente do que ocorreu em outros países, como Estados Unidos e Brasil, onde a forte inflação do pós-pandemia obrigou os bancos centrais a elevarem os juros, a China chegou a registrar deflação. Puxado por alimentos, o índice de preços ao consumidor caiu 0,3% em julho na comparação anual, o primeiro recuo desde fevereiro de 2021.

Já os preços ao produtor tiveram queda de 4,4% no mês passado em relação a julho de 2022 — o décimo recuo consecutivo. A demanda fraca forçou fábricas e empresas a reduzirem os preços.

Embora a queda dos preços na China possa ajudar a arrefecer a inflação global, o movimento demonstra uma fraca demanda interna, o que adiciona receios para a economia mundial e para países com fortes relações comerciais com Pequim.

Participantes mostram como os robôs podem contribuir para diferentes setores, incluindo a indústria de restaurantes, medicina, assistência a idosos, agricultura e manufatura

Retomada lenta

A sócia da assessoria Vallya e especialista em China, Larissa Wachholz, observa que a maior parte da população chinesa era cética quanto à possibilidade de uma retomada veloz:

— A confiança das famílias é um elemento importante, principalmente pensando na transição de modelo econômico que a China tenta fazer, que é passar de uma economia que exporta e investe em infraestrutura para uma economia que dependa cada vez mais do mercado doméstico e da capacidade de consumo.

A economista-chefe para Ásia-Pacífico da consultoria Natixis, Alicia Garcia Herrero, também destaca a falta de confiança como um dos motivos para o consumo interno estar abaixo do esperado:

— Além disso, o crescimento estagnado da renda disponível e o alto desemprego juvenil deixa todos mais conservadores. Eles sabem que sua renda pode não crescer mais tão rápido.

O desemprego entre os jovens atingiu 21,3% em junho.

Impactos para o Brasil

Por aqui, o maior impacto deve ser na exportação de commodities metálicas. Os preços do minério de ferro têm patinado no mercado internacional, rondando os US$ 100 por tonelada nos últimos meses. Na B3, as ações da Vale, que têm exposição à China, acumulam queda acima de 20% no ano.

— Nossas exportações para a China, para o bem e para o mal, são de produtos primários, que tendem a ser mais resilientes. Mas acredito que é importante para o Brasil que a China consiga fazer essa transição de modelo econômico. Se eles tiverem sucesso nessa política, o Brasil vai conseguir agregar valor a seus produtos e inserir novos itens na pauta (de exportações). Se essa transição demorar ou não ocorrer, seria uma janela de oportunidade perdida para nós — diz Larissa.

O analista de commodities do Itaú BBA, Daniel Sasson, espera que os níveis do preço do minério permaneçam em torno de US$ 100 por tonelada até o fim do ano. Não é uma cotação baixa, , diz, mas é bem inferior aos patamares dos últimos anos, quando a commodity ultrapassou os US$ 200:

— Esse preço de minério de ferro mais baixo faz com que a geração de caixa seja menor. Portanto, o pagamento de impostos à União e o retorno de dinheiro aos acionistas será mais baixo.

Louise Loo, economista especializada em China da Oxford Economics, destaca que o atual desempenho da economia chinesa pode ser atribuído ao estímulo contido da demanda durante a pandemia, aos anos de aperto regulatório às empresas privadas e a uma correção do setor imobiliário, que tem forte peso no PIB.

Ela observa ainda que uma economia global em desaceleração, como resultado do aperto monetário para conter a inflação, vai reduzir a demanda por produtos chineses.

O valor total das exportações chinesas caiu 14,5% em julho, na comparação anual, a maior queda desde fevereiro de 2020. Já as importações cederam 12,4%, segundo dados da administração alfandegária do país divulgados na semana passada.

Quanto à demanda interna, Louise lembra que, se em outros países o consumo explodiu no pós-pandemia, na China os consumidores se mantiveram conservadores.

Existe o risco de que 2023 seja uma história de promessas demais e entregas insuficientes"
— Harry Murphy Cruise, diretor assistente e economista da Moody's Analytics

Nova crise imobiliária?

O setor imobiliário vem dando sinais de fraqueza desde o início do ano. O início de novas construções caiu 24,3% em relação ao ano anterior em junho. Pesa ainda o temor de inadimplência da Country Garden Holdings, a maior incorporadora da China em vendas. Na semana passada, ela deixou de honrar o vencimento de alguns títulos. Ontem, suas ações desabaram 18%.

— Um fator-chave que impulsiona a economia da China é o mercado imobiliário, e a desaceleração contínua no setor continua sendo um grande fardo para a economia. Para estabilizar a economia, é fundamental estabilizar o mercado imobiliário — disse a economista do Julius Baer, Sophie Altermatt.

Segundo Sasson, do Itaú BBA, nem o anúncio recente de medidas de incentivo deu ânimo ao mercado:

— O consumidor se questiona se vale a pena comprar agora se daqui a três meses ele pode comprar por um valor mais baixo. A questão talvez não seja muito o crédito, mas sim o desconforto da população com renda e emprego.

Previsões menores

As empresas, por sua vez, hesitam em aumentar a produção ou os investimentos. O diretor assistente e economista da Moody’s Analytics, Harry Murphy Cruise, ressalta que elas têm na memória os repetidos lockdowns de 2022 e as súbitas mudanças na política econômica. Por isso, diz, muitas adotam a postura de “esperar para ver”.

Com a sequência de números abaixo do esperado, crescem as expectativas com novas políticas de estímulo. O governo já reduziu os juros, e órgão estatais têm adotado medidas pontuais de estímulo ao mercado privado e ao consumo, mas o resultado ficou aquém do esperado.

— As autoridades ainda estão muito focadas no “crescimento de alta qualidade”, o que significa que qualquer retorno a fortes estímulos é improvável. As medidas anunciadas até agora, no entanto, são principalmente do lado da oferta. Resta saber se isso aumentará a demanda do consumidor de forma significativa — disse Louise, da Oxford Economics, que prevê crescimento de 5,1% este ano.

‘Job hopping’: por que trocar de emprego diversas vezes deixou de ser um sinal vermelho para gerações mais novas

No segundo trimestre, a alta foi de 6,3%, abaixo das projeções de 7,3%. Com isso, bancos como o JPMorgan, Citi e Morgan Stanley reduziram suas estimativas para o PIB no ano. Agora, parte dos analistas avalia que a China apenas atingirá a meta do governo, de crescimento de 5% — pouco para um país habituado a taxas de expansão de dois dígitos.

— Quando as autoridades anunciaram a meta no início deste ano, presumimos que a estratégia era prometer pouco e entregar demais. Agora, existe o risco de que 2023 seja uma história de promessas demais e entregas insuficientes — diz Cruise, da Moody’s Analytics, que reduziu sua projeção de 5,4% para 5,1%.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   15/08/2023

Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta segunda-feira, com a referência da bolsa de Cingapura mantendo um pouco acima do nível de suporte de 100 dólares por tonelada, à medida que as expectativas de cortes na produção de aço na China e a fraqueza no segmento imobiliário do país pesaram sobre o sentimento.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China caíram 0,4%, para 725 iuanes (99,88 dólares) por tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em setembro caiu 2,4%, para 100,3 dólares a tonelada, diminuindo os ganhos da sessão anterior. Mais cedo, o contrato de Cingapura caiu abaixo do limite psicológico, a 99,90 dólares.

As expectativas de cortes de aço bruto na China atingiram o sentimento.
“As discussões da indústria (com o Citi) sugerem que as metas de controle do aço bruto provavelmente serão finalizadas até 15 de agosto, e os governos e usinas locais podem fazer seus próprios planos de controle de produção a partir de então”, disse o banco em nota, refletindo preocupações com a província de Yunnan, no sudoeste.

“Isso dá suporte às margens do aço, mas provavelmente tem implicações negativas para o minério de ferro. No entanto, o impacto real ainda dependerá de como os governos locais aplicarão os cortes em meio ao fraco ambiente macroeconômico”, acrescentaram os analistas.

A fraca demanda chinesa e a deterioração do mercado imobiliário também aumentaram a pressão.

Os novos empréstimos bancários da China caíram em julho e outros indicadores importantes de crédito também enfraqueceram, apesar das autoridades cortarem as taxas de juros e prometerem dar mais apoio à economia vacilante.

Os problemas de endividamento da gigante imobiliária chinesa Country Garden’s se aprofundaram depois que seus títulos onshore foram suspensos, fazendo com que suas ações despencassem 16%, para uma mínima recorde na segunda-feira.

Valor - SP   15/08/2023

A possibilidade de o ex-ministro petista ocupar a presidência da mineradora também pressionou os papéis

Ação da Vale (VALE3) fecha em queda de 3% com dificuldades no setor imobiliário da China e risco Mantega — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A ação da Vale opera em queda expressiva na manhã desta segunda-feira, em razão dos problemas no setor imobiliário da China e com notícias sobre a possibilidade de o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega possivelmente comandar a empresa.O papel ON da companhia fechou o pregão em queda de 3,10%, a R$ 61.90, enquanto o Ibovespa terminou em queda de 1,06%, para 116.810 pontos.

A ação reage ao noticiário da China - o grupo imobiliário chinês Country Garden suspendeu a negociação de 11 títulos em yuans na bolsa de Xangai a partir de hoje. A notícia é mais um sinal da dificuldade do setor de imóveis, importante consumidor de aço, e da fraca recuperação econômica do país no geral.

Além disso, o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, informou que o presente Luiz Inácio Lula da Silva deve insistir em colocar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no comando da empresa, ainda que os principais acionistas da companhia não apoiem a possibilidade.

Entre os pares setoriais, Gerdau PN fechou com ganho de 0,70%, CSN ON caiu 1,36% e Usiminas PNA perdeu 0,58%.

CNN Brasil - SP   15/08/2023

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que deve publicar um novo decreto para regulamentar a distribuição da Compensação Financeira por Exploração Mineral (CFEM).

O recurso, que funciona como contraprestação pela exploração econômica de minérios, deverá atender mais cidades e haverá possível redistribuição de valores.

“Muitos municípios são afetados pela mineração quando há passagem de caminhões [com carga de minério], linhas férreas Nós estamos propondo uma readequação para a distribuição da CFEM “, comentou.

A nova distribuição da CFEM foi articulada com a Associação dos Municípios Mineradores (Amig). A reunião para definir os detalhes ocorreu nesta segunda-feira (14).

O encontro foi fechado à imprensa, mas segundo informações da pasta, discutiu a redistribuição e ampliação da Agência Nacional de Mineração.

Silveira ainda comentou a situação da Agência Nacional de Mineração (ANM). Os servidores estão em greve por tempo indefinido.

“Deve ser anunciada nos próximos dias pelo Ministério de Gestão e Inovação uma reestruturação da agência e do orçamento da agência”, afirmou.

Os trabalhadores pedem reposição salarial e alegam que a ANM é a que tem menor orçamento entre as onze agências reguladoras. Integrantes da agência fizeram um protesto em frente ao Ministério de Minas e Energia, com cartazes, nesta segunda-feira (14).
Agenda no Paraguai

O ministro Alexandre Silveira embarcou com Lula para a posse do presidente paraguaio Santiago Peña, nesta terça (15). Silveira deve conversar com representantes da Itaipu antes de participar do evento de posse.

O ministro afirmou que, apesar da diferença ideológica, o novo governo paraguaio tem se mostrado aberto ao diálogo.

“O presidente do Paraguai não tem identidade com a centro-esquerda, mas estamos tendo uma excelente relação. Nós queremos integrar a América do Sul do ponto de vista energético e de gás, para, em um momento de bonança hídrica, a gente possa exportar energia e em momentos de seca a gente possa importar “, disse.

Monitor Digital - RJ   15/08/2023

As importações de minério de ferro da China registraram um crescimento constante nos primeiros sete meses de 2023, mostram os dados da Administração Geral das Alfândegas do país.

Durante o período, a China importou um total de 669 milhões de toneladas de minério de ferro, um aumento de 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo os dados.

No período de janeiro a julho, o preço médio do minério de ferro importado ficou em 785,6 yuans (cerca de US$ 109,77), uma queda de 5,1% em relação ao ano anterior. Fim

Diário do Comércio - MG   15/08/2023

O presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), José Fernando Aparecido de Oliveira, juntamente com outros 20 prefeitos de municípios mineradores, esteve reunido hoje, em Brasília, com o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Os prefeitos pediam uma solução definitiva para a situação de inconstitucionalidade que persiste desde a criação da Agência Nacional de Mineração (ANM), o que foi garantido pelo ministro.

Outra reivindicação da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) é a solução para os repasses em atraso dos 7% da Cfem – Compensação Financeira pela Exploração Mineral – previstos na Lei Federal 13.540/2017, que sofreu alteração pela Lei 14.514/2022, porém sem decreto regulamentador ainda. Os meses de maio e julho ainda não foram repassados.

O ministro reconheceu no encontro que a ANM é uma instituição com uma estrutura muito aquém de ser uma agência, com o mínimo necessário para cumprir sua missão institucional e sua missão legal de cuidar de um setor como ele mesmo enfatizou “tão importante para o País”.

Ele afirmou que não há na agenda dele nenhuma prioridade maior do que a de estruturar a Agência Nacional de Mineração. Ele alega que quer devolver ao Brasil o direito de partir, e de poder crescer na área mineral com segurança. “E não tem outra forma de fazê-lo, senão estruturando a agência. Ela vai deixar de ser o ‘patinho feio’ das agências, para ser uma agência que vai dar resposta ao setor mineral nacional de forma forte e estruturada”, garantiu.

De acordo com a Amig, a atividade de mineração e sua cadeia produtiva representam aproximadamente, 10% do PIB nacional. Estando, atualmente sob a ingerência direta da ANM, cerca de 142 mil áreas oneradas (considerando requerimentos de pesquisas, autorização de pesquisa, requerimento de lavra e concessão de lavra).

MME propõe mudança na distribuição da Cfem

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o secretário Vitor Saback, da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, aproveitaram a oportunidade para apresentar uma proposta de alteração das distribuições das Cfem’s que ainda serão sancionados em decreto regulamentador. A distribuição prevista na Lei Federal 13.540/2017 sofreu alteração pela Lei 14.514/2022, porém sem decreto regulamentador ainda.

A proposta apresentada é que dos 15% que seriam pagos para os municípios afetados pela mineração já com alteração a partir de junho, haja as seguintes mudanças nas fatias: o repasse para municípios onde passam ferrovias passem de 50% para 55%, os municípios que mantêm estruturas para mineração, passem de 30% para 35% e que os municípios onde passam minerodutos mantenham os 5% já acordados. Já os municípios com portos terão redução de 15% para 5%. Nessa proposta, cerca de 800 municípios passariam a receber mais e 200, menos em função da redução dos repasses das cidades portuárias.

As propostas foram bem recebidas pelas instituições presentes, mas para o presidente da Amig, ainda não são suficientes. “Queremos a estruturação definitiva da ANM que está sucateada e precisarmos, urgentemente, fortalecê-la para termos de fato uma regulação e fiscalização da atividade de mineração no o País”, disse.

Reivindicações

Entre as reivindicações da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) estão os repasses em atraso dos 7% da Cfem – Compensação Financeira pela Exploração Mineral – previstos na Lei Federal 13.540/2017 para os municípios. Os meses de maio e julho ainda não foram repassados. Já as regiões afetadas indiretamente pelo setor estão há cerca de quatro meses sem obter os recursos.

Para o presidente da Amig, José Fernando Aparecido de Oliveira, que também é prefeito de Conceição do Mato Dentro (MG), a situação como está é insustentável e ameaça a atividade mineral.

“Precisamos estar no patamar das demais agências reguladoras federais. Dessa forma, o País permitirá que ela possa se estruturar, modernizar e executar seu planejamento estratégico”, diz.

E como consequência disso, ele ressalta que haverá crescimento da arrecadação nas regiões, que serão evitados os constantes acidentes que têm acontecido nos últimos anos, e que é possível diminuir ou até erradicar a cultura permanente de sonegação na atividade de mineração.

Outra exigência, levada pela Amig ao ministro é que seja suprida a deï¬ ciência estrutural que impede que as competências da ANM sejam exercidas com eï¬ ciência. Para a melhoria da fiscalização, por exemplo, há uma necessidade de uma estrutura mais efetiva, sistemas, dados e integração.

Sendo assim, o presidente da Amig, José Fernando Aparecido de Oliveira, em nome de toda a Associação alegou ser “urgente e necessário a presença de uma Agência Reguladora estruturada e atuante para dotar de segurança jurídica e aprimorar a sustentabilidade ambiental da mineração, para coibir a sonegação, a autorregulação e a informalidade no setor, e para a adequada expansão e exploração da mineração”.

E Silveira garantiu: “Nós vamos entregar uma agência forte para o Brasil. E os parlamentares são fundamentais nessa estruturação. Uma agência forte para poder desenvolver o setor mineral nacional, mais uma vez, de forma segura, fazendo uma mineração legal, estruturada e, de preferência, que a gente consiga também, estruturar uma cadeia de geração de emprego a partir da mineração”, prometeu Silveira.

Paralisações

Servidores da Agência Nacional de Mineração estão em greve geral desde o dia 9 de agosto em todo País. Desde o mês de maio, eles vinham realizando paralisações parciais que não surtiram efeito, optando pela greve.

O movimento também pede a reestruturação do órgão que vem sofrendo com a falta de repasses do governo federal. A agência é responsável pela implantação da política nacional de mineração, gestão de direitos de mineração e fiscalização da atividade de mineração no País, porém, desde sua criação em 2017.

AUTOMOTIVO

Agência Brasil - DF   15/08/2023

A instalação da montadora chinesa BYD na Bahia está mais próxima. A Ford vendeu a fábrica no Polo Automotivo de Camaçari (BA) ao governo baiano. O acordo de reversão foi assinado na última sexta-feira (11) e o valor da venda não foi divulgado.

Com a venda do terreno, o governo da Bahia poderá avançar nas negociações com a BYD. No fim de julho, a montadora chinesa anunciou que pretende investir R$ 3 bilhões, por meio da instalação de três fábricas no estado que criarão 5 mil empregos.

Uma das unidades, informou a BYD, será dedicada à produção de chassis para ônibus e caminhões elétricos. A outra, à fabricação de automóveis híbridos e elétricos, com capacidade estimada em 150 mil unidades por ano na primeira fase, podendo dobrar a produção. Essa será a primeira fábrica de carros elétricos da empresa no continente americano. A terceira unidade vai processar lítio e ferro fosfato, para atender ao mercado externo.

A BYD aguarda decisões sobre incentivos fiscais que serão herdados da Ford no regime especial para montadoras do Nordeste, cujo vencimento está previsto para 2025. Na votação do segundo turno da reforma tributária, na Câmara, a prorrogação do incentivo até 2032 foi derrubada por um voto. No Senado, onde os estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste têm maior peso, a extensão do benefício poderá ser reinstituída no texto.

Durante visita à China em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se com o presidente da BYD, Wang Chuanfu. Na ocasião, Chuanfu falou sobre as políticas públicas chinesas que deram ao país “uma indústria forte de veículos elétricos”, tanto de carros de passeio como ônibus de transporte público.

Fechamento

O complexo industrial de Camaçari está parado desde janeiro de 2021, quando a Ford anunciou a saída do Brasil como fabricante, passando a atuar somente como importadora. No local eram fabricados o SUV EcoSport e a família Ka com hatch e sedã.

Além da unidade na Bahia, a Ford fechou a fábrica de Taubaté (SP), que produzia motores, caminhões e modelos como o Ford Fiesta. Vendido a uma imobiliária, o local manteve a finalidade industrial, abrigando um centro de operação industrial da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

No fim de 2021, o grupo Ford fechou a fábrica em Horizonte (CE), que produzia jipes da marca Troller. A venda da unidade continua em negociação com o governo do estado. A empresa manteve apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia; o campo de provas, em Tatuí (SP); e sua sede regional em São Paulo.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   15/08/2023

Problemas da Country Garden surgiram durante uma semana de notícias sombrias sobre a economia chinesa

O Politburo do Partido Comunista da China aumentou em julho as esperanças dos investidores no setor imobiliário do país, emitindo um pronunciamento no final de sua reunião daquele mês que foi amplamente interpretado como um sinal de apoio potencial para incorporadores em dificuldades. Na semana passada, o bom sentimento se dissipou quando a Country Garden Holdings, uma das maiores incorporadoras chinesas em receita, disse que havia perdido o prazo de 7 de agosto para efetuar pagamentos de US$ 22,5 milhões em cupons de dois títulos denominados em dólares.

Se a Country Garden não pagar aos investidores até o fim do período de carência de 30 dias, ela ficará inadimplente com os títulos, cada um com valor nominal de US$ 500 milhões. A empresa incomodou os investidores novamente na quinta-feira, quando disse que reportaria um prejuízo líquido de até 55 bilhões de yuan (US$ 7,6 bilhões) no primeiro semestre do ano, em comparação com um lucro líquido de 1,91 bilhão de yuan no ano passado. 

Depois de subir mais de 30% durante os quatro dias após a reunião do Politburo, para 1,69 dólar de Hong Kong, suas ações fecharam a 0,98 centavo de dólar de Hong Kong na sexta-feira, tornando-se uma "ação barata" pela primeira vez desde a listagem em 2007.

A empresa disse que a negociação de 11 de seus títulos onshore será suspensa a partir de segunda-feira. O Moody's Investors Service rebaixou na quinta-feira a dívida da empresa pela segunda vez neste mês - para Caa1, o que significa que está "sujeita a um risco de crédito muito alto". Ele alertou que os problemas do Country Garden "provavelmente se espalhariam para os mercados imobiliário e financeiro do país. Especificamente, é provável que enfraqueça ainda mais o sentimento do mercado e atrase a recuperação do setor imobiliário da China".

Os problemas da empresa surgiram durante uma semana de notícias sombrias sobre a economia chinesa. Pequim informou que as exportações chinesas caíram 14,5% em julho, enquanto os preços ao consumidor caíram 0,3%, aumentando os temores de que as pressões deflacionárias estivessem se consolidando. Os empréstimos bancários em julho cresceram no ritmo mais lento em 14 anos, apesar de um recente corte nas taxas de juros.

Mo Bin, presidente da Country Garden, apontou na quinta-feira para a economia chinesa ao discutir os problemas de sua empresa, citando "a queda na margem de lucro bruto para negócios imobiliários e o aumento na provisão de imparidade para projetos imobiliários sob o impacto da tendência de queda nas vendas do setor imobiliário." A Country Garden registrou 12,07 bilhões de yuan em vendas contratadas em julho, uma queda de 60% em relação ao ano anterior e 78% em relação a 2021.

O Politburo provocou uma recuperação nas ações imobiliárias chinesas depois de concluir sua reunião de julho com uma declaração prometendo "ajustar e otimizar a política imobiliária em tempo hábil". Talvez mais significativamente, absteve-se de repetir uma frase de estimação do presidente Xi Jinping que foi usada para justificar uma repressão aos desenvolvedores - "a moradia é para viver e não para especular".

O aumento nas ações imobiliárias ajudou o CSI 300, que inclui as principais ações em Xangai e Shenzhen, a ultrapassar a marca de 4.000 em 31 de julho pela primeira vez desde maio, antes de ceder, fechando em 3.884,25 na sexta-feira. O índice Hang Seng de Hong Kong teve desempenho semelhante, subindo acima de 20.000 em 31 de julho e caindo para 19.075,19 no fechamento de sexta-feira.

Os investidores estrangeiros também mudaram sua postura na semana passada, realizando vendas líquidas de 25,58 bilhões de yuan (US$ 3,57 bilhões) em ações chinesas por meio do programa Stock Connect de Hong Kong continental, marcando uma reversão acentuada em relação à semana anterior, quando compraram 12,46 bilhões de yuan líquidos de ações chinesas.

Jonathan Garner, estrategista de ações do Morgan Stanley com sede em Cingapura, disse que as declarações do Politburo tiveram um impacto porque "começaram a reconhecer a necessidade de reverter algumas das medidas que pressionaram o mercado imobiliário".

Mas ele acrescentou que seria difícil para as autoridades de Pequim ajudar os desenvolvedores enquanto trabalham em seu objetivo de longo prazo de reduzir a importância do setor imobiliário na economia e incentivar o crescimento dos negócios de tecnologia.

“Não há saída fácil para a propriedade entrelaçada e o financiamento/dívida do governo local que se acumulou nos anos em que o modelo de crescimento não fez a transição com rapidez suficiente”, disse ele.

Enquanto isso, nenhuma medida significativa para resgatar o setor imobiliário foi revelada desde a reunião do Politburo - e os problemas dos desenvolvedores só aumentaram.

O Jinke Property Group, listado em Shenzhen, aguarda uma assembleia extraordinária de acionistas em 17 de agosto para votar sobre seu plano de recuperação judicial. A incorporadora de Chongqing, que não cumpriu uma série de obrigações de títulos, deposita suas esperanças de sobrevivência em uma reestruturação judicial com possível apoio da Great Wall Asset Management, uma das quatro maiores administradoras de "dívidas incobráveis" do país.

Conquistar os acionistas em tais situações dificilmente é garantido. Em 1º de agosto, os acionistas da Risesun Real Estate Development, listada em Shenzhen, votaram contra uma proposta da administração para fornecer garantias de empréstimo a uma subsidiária por uma ampla margem, já que os principais acionistas tiveram que se abster porque eram considerados partes relacionadas no negócio.

Outros desenvolvedores sem dinheiro estão sendo expulsos do mercado de ações. A Sichuan Languang Development foi retirada da Bolsa de Valores de Xangai em junho, depois que o preço de suas ações permaneceu abaixo do mínimo de um yuan por mais de 20 dias úteis. De acordo com sua última divulgação antes do fechamento do capital, a empresa não pagou 42,55 bilhões de yuan em dívidas e enfrenta ações judiciais envolvendo 914 milhões de yuan.

A desenvolvedora endividada China Evergrande, que teve suas ações suspensas da negociação na Bolsa de Valores de Hong Kong, recebeu até setembro para atender às condições estabelecidas pela bolsa ou enfrentar o fechamento de capital.

Até mesmo retornar da suspensão no mercado de Hong Kong pode ser difícil. As ações do Fantasia Holdings Group, um desenvolvedor de médio porte com sede em Shenzhen, retomaram as negociações na sexta-feira pela primeira vez desde março e perderam 55% em um único dia. O Shimao Group Holdings, um concorrente do Evergrande, caiu 66% para HK$ 1,52 em seu primeiro dia de negociação depois de encerrar uma suspensão de quatro meses em 31 de julho e fechou em HK$ 0,89 na sexta-feira.

Outras empresas imobiliárias que têm lutado para pagar suas dívidas incluem a Ronshine China Holdings, uma incorporadora de médio porte listada em Hong Kong com sede no sul da província de Fujian, que deixou de pagar outro título offshore em junho, deixando-a com mais de US$ 2 bilhões em obrigações não pagas aos investidores. O Zhenro Properties Group, outro player de médio porte listado em Hong Kong, deixou de pagar um título offshore de US$ 300 milhões em maio - o mais recente de uma série de defaults da empresa.

Jason Hsu, fundador e presidente da Rayliant Global Advisors, com sede nos EUA, que administra US$ 17,4 bilhões, disse que as negociações nos mercados de ações chineses podem permanecer voláteis, já que investidores de curto prazo vasculham declarações de autoridades - como a seguinte à reunião do Politburo - em busca de sinais de novas políticas.

"Temos mercados que estão negociando em alta e quando eles não veem alguma política real, eles negociam", disse Hsu em entrevista ao "Nikkei Asia" de Hangzhou. "Vamos ver esses ciclos, certamente para traders de curto prazo."

Para que os investidores de longo prazo entrem, eles precisarão ver sinais de políticas de estímulo concretas de Pequim, disse ele, acrescentando: "Quanto mais eles (autoridades chinesas) esperam, mais caro fica para acender o fogo e fazer as coisas acontecerem".

— Foto: Bloomberg

NAVAL

Porto Gente - SP   15/08/2023

O porto indústria gera trabalho, aquece a economia e estimula o progresso.

Por décadas, a criação do porto indústria de Santos é pautada pela imprensa, mas sem qualquer resultado. Esse atraso desnecessário, prejudicial à implantação de processo produtivo e logística com menor resistência e custo, desfavorece o comércio e a geração de economia e trabalho. O regime aduaneiro especial, que regulamenta esse processo, foi instituído pelo Decreto-Lei nº 2.452/88, das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs).

A formação de um grupo de trabalho com representantes de dez órgãos para revisão de quatro normativas que tratam do regime tributário, cambial e administrativo das ZPEs, no prazo de doze meses, aquecida pela proximidade das eleições municipais, traz à tona novamente esse assunto ao Porto de Santos. Entretanto, o fato de haver dois desses projetos já implantados em portos no norte do Brasil, é necessário entender o atraso dessa iniciativa urgente no principal porto do País.

Discutir a ZPE do Porto de Santos, como um projeto de porto indústria, implica implantação de rede hidroviária, como logística produtiva e sustentável. Há estudo suficiente para justificar essa possibilidade, dependendo de ser aprofundado e de um projeto construtivo. Principalmente, para definir linhas de desenvolvimento e evitar impedimentos, como está anunciado pela nova ponte dos Barreiros, em São Vicente, sem calado aéreo, de altura para trânsito de embarcações com carga.

Há muitos anos o Porto de Santos carece de um projeto estratégico que ultrapasse os interesses da diretoria de plantão e otimize o potencial regional. Geograficamente, a região é exigente de soluções elaboradas, que não têm sido pautadas. A faixa estreita, entre as áreas de navegação e a serra íngreme, exige estruturas avançadas de engenharia que agilize as operações portuárias e tenha segurança para atrair investimentos intensivos. Motivos mais do que suficientes para não incluir o ministério de portos nas negociações de apoio político, em curso.

Uma coisa é certa: o Porto Indústria de Santos está um quarto de século atrasado. É hora de buscar esse tempo perdido e gerar progresso, com projetos e processos avançados, que gerem produtividade e sustentabilidade. Sem mais perda de tempo e energia com anúncios festivos que não demonstram ao que veio, É preciso aproveitar a competência da atual diretoria do Porto de Santos, para superar tantas oportunidades delapidadas por diretorias anteriores.

Portos e Navios - SP   15/08/2023

Um novo recorde foi alcançado pelo Porto de São Francisco do Sul: nos primeiros sete meses de 2023, o porto movimentou nove milhões de toneladas, aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado (7,2 milhões).

Destaque para as exportações, que somaram 5,4 milhões de toneladas, 60% a mais do que de janeiro a julho de 2022, quando 3,4 milhões de toneladas foram enviadas ao exterior. As importações, por sua vez, alcançaram 3,6 milhões de toneladas, pouco menos que as 3,9 milhões de 2022.

Os grãos foram os principais responsáveis pelo crescimento das exportações este ano, com um volume de carga de 4,9 milhões de toneladas (soja, 3,8 milhões e milho, 1,1 milhão). Já os produtos siderúrgicos lideram entre as mercadorias importadas com 1,9 milhão de toneladas, seguido pelos fertilizantes (1,2 milhão).

"É sem dúvida um grande marco para SFS, sabemos o quanto estes sucessivos recordes de movimentação impactam na economia da cidade. Isto é fruto de um bom planejamento e trabalho aliados aos bons resultados do agronegócio brasileiro.", disse o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins.

Para o presidente do porto, Cleverton Vieira, os números demonstram a força do agronegócio de Santa Catarina e do Brasil.
“O Porto de São Francisco está dotado das condições logísticas ideias para contribuir para o escoamento dos produtos, gerando receita para todos os atores envolvidos, desde agricultores e caminhoneiros que fazem o transporte, até toda a mão de obra envolvida para a exportação dos produtos”.

Crescimento de 34% em julho

Em julho, o volume de cargas chegou a 1,4 milhão de toneladas, crescimento de 35% com relação ao mesmo mês de 2022 (1 milhão). Em 2023, as exportações que totalizaram 926 mil toneladas, representando 66% do total em julho. A soja foi o principal produto vendido para o exterior, chegando a 730 mil toneladas, seguido pelo milho (168 mil toneladas) e óleo de soja (25 mil litros).

Já as importações somaram 488 mil toneladas, (34% da movimentação) impulsionadas pelas cargas de material siderúrgico, como bobinas e barras de aço (300 mil toneladas) e fertilizantes (187 mil toneladas).

PETROLÍFERO

BOL - SP   15/08/2023

Os preços do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira devido a preocupações com a recuperação econômica da China e um dólar mais forte tirando o impulso de sete semanas de ganhos com a oferta restrita.

O petróleo nos EUA (WTI) caiu 0,68 dólar, ou 0,82%, a 82,51 dólares o barril. O petróleo Brent fechou a 86,21 dólares o barril, queda de 0,60 dólar, ou 0,69%.

Com a esperança cada vez menor de que a economia da China retorne aos níveis de demanda pré-pandêmicos, os mercados de petróleo têm poucas esperanças de crescimento futuro, disse Walter Zimmerman, analista técnico-chefe do ICAP-TA.

Os participantes do mercado estão divididos, pesando um equilíbrio estreito entre oferta e demanda contra sinais de enfraquecimento da demanda da China, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.

"Acho que ainda temos que enfrentar um mercado muito apertado", disse Flynn.

Pesando sobre os preços do petróleo, o índice do dólar norte-americano ampliou ganhos após um aumento ligeiramente maior nos preços ao produtor dos EUA em julho. Isso elevou os rendimentos do Tesouro, apesar das expectativas de que o Federal Reserve esteja no final de um ciclo de aumento das taxas de juros. [FRX/]

Um dólar mais forte pressiona a demanda por petróleo, tornando a commodity mais cara para os compradores que possuem outras moedas.

Valor - SP   15/08/2023

Moscou vendeu para o exterior cerca de 10,533 milhões de toneladas de petróleo.

As exportações de petróleo por vias marítimas da Rússia aumentaram 3,8% em julho em relação ao mês anterior, segundo dados compilados pela agência “Reuters”. No total, Moscou vendeu para o exterior cerca de 10,533 milhões de toneladas de petróleo.

As exportações de petróleo da Rússia via portos do Mar Báltico aumentaram 13,4% em junho em relação ao mês anterior, enquanto as exportações através dos portos russos do Mar Negro e do Mar de Azov em julho caíram 11,5% em junho.

O Mar Negro voltou a ser um ponto de tensão na guerra depois que a Rússia se retirou do acordo de grãos mediado pela Turquia e ONU, que garantia a segurança de navios mercantes que navegassem pela região para escoar a produção de grãos russa e ucraniana.

O fim do acordo de grãos tornou o Mar Negro um local de difícil acesso e navegação para navios comerciais, já que a Rússia declarou que qualquer embarcação rumo a portos da Ucrânia seriam consideradas hostis, já que Moscou vê a possibilidade dos navios estarem carregando suprimentos de guerra para as forças de Kiev.
Com o fim do acordo de grãos e as sanções ocidentais contra a Rússia, o setor de petróleo do país começou a mirar a Ásia para compensar a perda dos principais compradores do produto da Europa.

Com o movimento, China e Índia se tornaram um dos principais compradores do petróleo russo, mudança que ajuda a explicar um aumento de 25,9% das exportações de petróleo diárias da Rússia para portos do leste da Ásia em junho em relação ao mês anterior, segundo a “Reuters”.

AGRÍCOLA

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   15/08/2023

A New Holland Agriculture, marca da CNH Industrial, está lançando comercialmente o primeiro trator agrícola acessível do mundo produzido por uma montadora.

O trator modelo TL5 Acessível, produzido na fábrica de Curitiba (PR), é uma máquina destinada a pessoas com deficiência motora nos membros inferiores, possibilitando que elas exerçam de maneira independente suas atividades no campo.

“As pessoas com deficiência, inclusive as que vivem e trabalham no campo, querem ter autonomia para poder realizar suas atividades por conta própria. Essa, aliás, é a principal premissa da inclusão, já que essas pessoas possuem inúmeras habilidades e capacidades. O trator acessível permitirá eliminar barreiras que hoje impossibilitam muitos agricultores de acessarem o posto de operação de uma máquina”, afirma Eduardo Kerbauy, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América Latina.

Apresentado pela primeira vez como um trator conceito no Show Rural Coopavel e na Expodireto Cotrijal, em 2020 – duas das principais feiras agrícolas do país, o projeto começou a ser desenvolvido a partir de 2019 pela New Holland, que chegou ao produto final em parceria com a empresa de mobilidade inclusiva Elevittá, a Arteprima e o Senai - São Leopoldo (RS).

“Como uma marca que se preocupa em melhorar a experiência do cliente, este trator acessível surgiu a partir de uma necessidade real de muitos agricultores, que foram fundamentais para que chegássemos ao produto final, focando sempre na segurança do operador”, observa Flávio Mazetto, diretor de Marketing de Produto da New Holland Agriculture para a América Latina. O desenvolvimento do TL5 Acessível contou, inclusive, com a participação de um cliente da New Holland, que é cadeirante.

Desenvolvido a partir da linha de tratores TL5, com a confiabilidade de mais de 20 anos no mercado, o TL5 Acessível está disponível em versões de 80, 90 e 100 cv, bastante versátil e robusto, voltado a pequenos, médios e grandes produtores.

Ele pode ser usado nas principais tarefas dentro da propriedade rural, como preparação de solo, plantio, distribuição de calcário, colheita em pequenas fazendas, silagem, roçagem, pulverização, distribuição de fertilizantes, carregador frontal e serviços gerais.

De acordo com Mazetto, além das máquinas novas, tratores da linha TL5 produzidos a partir de 2019 em diante também poderão ser adaptados para receber a plataforma de acessibilidade, ampliando as possibilidades para os clientes da marca.

O trator, segundo Paulo Máximo, diretor de Marketing Comercial da New Holland Agriculture para a América Latina, foi pensado para proporcionar condições de trabalho iguais a todos no campo, oferecendo conforto, segurança e performance.

Para isso, o TL5 Acessível é equipado com uma plataforma de elevação e um joystick, com o qual o operador comanda os movimentos necessários para fazer o seu próprio embarque/desembarque, tendo acesso ao assento do operador e comandos da máquina, que foi adaptada para facilitar as operações, mantendo o espaço interno e com excelente ergonomia.

Além disso, este é um trator que pode ser utilizado em sua originalidade de fabricação, ou seja, ele pode ser operado também por pessoas sem mobilidade reduzida.

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