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15 de Fevereiro de 2023

SIDERURGIA

Valor - SP   15/02/2023

O número de pedidos e vendas em negócios industriais caíram 64% e 49%, respectivamente, com impacto dos desinvestimentos de aço inoxidável e mineração ao longo do ano passado

A Thyssenkrupp divulgou queda nos lucros no primeiro trimestre fiscal com normalização de preços nos seus negócios de materiais e serviços e também com efeitos de desinvestimentos na unidade de negócios industriais.

O conglomerado alemão apresentou resultado antes de juros e impostos (Ebit) ajustado de 254 milhões no período de três meses encerrado em dezembro, comparado a 378 milhões de euros há um ano, com vendas que caíram para 9,02 bilhões de euros.

Analistas esperavam um Ebit ajustado de 175 milhões de euros e vendas de 9,06 bilhões de euros, segundo consenso do mercado divulgado pela própria companhia.

O lucro líquido da Thyssenkrupp chegou a 75 milhões de euros, comparado a 106 milhões de euros no primeiro trimestre fiscal de 2022.

O resultado reflete a normalização de preços, evidente na unidade de materiais e serviços, assim como queda de pedidos, vendas e Ebit ajustado nos negócios industriais, diz a Thyssenkrupp.

O número de pedidos e vendas em negócios industriais caíram 64% e 49%, respectivamente, com impacto dos desinvestimentos de aço inoxidável e mineração ao longo do ano passado.

A unidade de siderurgia da Thyssenkrupp se beneficiou de receitas altas com contrato de longo prazo, sendo apenas afetada pontualmente pela queda nos preços a vista do aço, enquanto a unidade automotiva continuou sentindo efeitos da escassez de peças.

O fluxo de caixa livre de 365 milhões de euros melhorou comparado aos 858 milhões de euros no primeiro trimestre fiscal de 2022 e superou a expectativa de 424 milhões de euros dos analistas.

A Thyssenkrupp também confirmou suas metas para 2023, incluindo crescimento no seu Ebit ajustado, com fluxo de caixa livre e lucro líquido no mínimo sendo números positivos.

Diário do Comércio - MG   15/02/2023

A ArcelorMittal, líder de aços e membro da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), anuncia investimento na melhoria do ambiente de comercialização de energia no Mercado Livre de Energia, aportando R$ 3,5 milhões na Beenx, Brasil Energy Exchange. A empresa sediada em São Paulo, entrou em operação no mercado brasileiro como a primeira one stop shop de energia para a negociação de energia elétrica, certificado de energia limpa e produtos financeiros em um mesmo ambiente 100% digital.

A iniciativa faz parte de um pool inicial de investimento em open innovation que envolveu as empresas AES Brasil, empresa geradora de energia 100% renovável, Eneva, GooDz Capital, Fohat Corporation, além da própria ArcelorMittal, via Açolab Ventures. No total, foram R$ 10,5 milhões.

A Beenx foi criada para atender os consumidores empresariais que atuam no “mercado livre” do setor elétrico brasileiro e que respondem, atualmente, por quase 40% da energia elétrica consumida no Brasil. Outra novidade para o segmento de comercialização de energia é a abertura que a Beenx viabiliza para o setor financeiro, que poderá atuar diretamente no atendimento das empresas, dentro da própria infraestrutura de mercado via transações totalmente digitais, seguras e com menor custo para as contrapartes.

Essa vantagem ocorre em função da avançada tecnologia que sustenta o ambiente de operação, resultando em agilidade e economia para as negociações desse mercado – que ainda duram dias e são feitas pelo telefone ou e-mail na grande maioria. As instituições financeiras ganham muito mais espaço no mercado energético, além de poderem projetar novos produtos financeiros para atender esse segmento tanto no real como no futuro “real digital”.

Para a ArcelorMittal, o investimento na administradora de infraestrutura de mercado está alinhado à sua política de investimento em inovação. “Nosso relacionamento com a Beenx se iniciou em 2018, com uma parceria técnica para fomentar o desenvolvimento da solução. De lá para cá, o mercado tem evoluído muito rapidamente. A ArcelorMittal está em sintonia com as tendências globais e quer ser protagonista em iniciativas que corroboram para a eficiência energética. O aporte reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento do país trazendo novas tecnologias e soluções para o setor de energia”, avalia o gerente geral de inovação e novos negócios da ArcelorMittal, Rodrigo Carazolli. Até o momento, o Açolab Ventures, que é gerido pela Valetec Capital, investiu em outras três startups: Agilean e Modularis Offsite Building (ambas do segmento de construção) e Sirros (focada em IoT).

“O setor elétrico passará por uma reestruturação cujo um dos pilares é a digitalização/automação dos processos, com objetivo de fomentar um mercado dinâmico que em um futuro próximo estará negociando energia por hora, no mercado livre. A Beenx é uma empresa que permitirá a adequação a este novo modelo, trazendo agilidade, produtividade, segurança das informações e robustez no compliance, alguns dos principais objetivos da Diretoria de Suprimentos e da área de Energia da ArcelorMittal”, explica o gerente de Energia e Gases, Marcio Fenelon.

O apoio da AES Brasil a Beenx é uma extensão do investimento realizado no projeto de pesquisa desenvolvimento, em regime de open innovation, realizado junto com a Fohat Corporation em 2019/2020, quando agregou sua experiência na criação de uma solução para a demanda de negociação de energia e certificado de energia limpa, IRECs.

A Eneva integra o grupo de empresas que apóiam a Beenx, como desdobramento também de um projeto de pesquisa e desenvolvimento realizado junto com a Fohat Corporation, durante 2020/2021, que resultou na solução de integração do backoffice ao pós-trading, dando dinamismo e aumentando o poder da mesa de negociação no front comercial das empresas que atuam no Mercado Livre de Energia.
Funcionamento da Beenx

Nessa primeira fase, a primeira one stop shop digital de energia brasileira entra em operação com participantes convidados de vários setores e perfis do segmento industrial, que já terão à disposição ativos de energia e financeiro com alto grau de liquidez.

“Decidimos organizar a nossa operação por ciclos para garantir que todos os nossos clientes tenham acesso às vantagens de negociar energia conosco, de forma adequada ao timing e necessidades de cada um deles”, explica o CEO da Beenx, Igor Ferreira. ”Dessa forma, acreditamos que todos possam usufruir dos quatro grandes diferenciais da Beenx: liquidez ofertada em um modelo one stop shop digital com comodidade e a diversidade de ativos e serviços em um único lugar, operação descomplicada e precificação mais competitiva do mercado brasileiro, além de escalabilidade para atender um mercado energético em sua fase mais aguda de expansão em andamento”, complementa. Igor Ferreira é também fundador da Fohat Corporation, que agrega a Beenx a expertise na concepção de modelos de negócios para o Setor de Energia que envolvem as duas principais redes de blockchain globais – EWChain e Corda Enterprise – e em total alinhamento a agenda ESG.

ECONOMIA

CNN Brasil - SP   15/02/2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tentou colocar a bola no chão e separar a atuação do BC da política de Brasília na entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Campos Neto negou que tenha sugerido mudança nas metas de inflação para promover queda dos juros, deixando claro que as metas não são instrumento de política monetária e que uma mudança agora poderia ter efeito contrário do desejado pelo governo.

O chefe do BC não descartou, no entanto, um aprimoramento no sistema para deixá-lo “mais flexível e eficiente” e disse, sem entrar em detalhes, que há mais de uma proposta de ajuste para o modelo.

Desde que foi adotado no Brasil, o sistema de metas convive com dois problemas que comprometem sua eficiência. O primeiro é o calendário anual, que não acomoda o horizonte relevante para efeito dos juros na economia.

A atuação do BC contra a alta da inflação tem efeitos significativos entre 12 e 18 meses de atuação, no chamado horizonte relevante para a política monetária. A meta, na configuração atual, deve ser cumprida no intervalo entre janeiro e dezembro, seguindo calendário anual.

O segundo ponto de mudança seria o índice usado como referência, o IPCA. Em 1999, quando a meta de inflação foi criada, o IPCA era o índice com maior credibilidade e com capacidade de captar uma grande quantidade de preços da cesta de consumo dos brasileiros.

Atualmente, o país contém novos mecanismos de acompanhamento dos preços que refletem muito mais o processo inflacionário como um todo, não limitando a atuação do Copom a um único indicador.
/ CNN

Em entrevista ao CNN Money, a economista-chefe da Principal Caritas, Marcela Rocha, destacou que essa discussão em torno do índice de referência usado para balizar a meta não é exclusividade do Brasil. “Alguns países discutem o uso do núcleo da inflação, excluindo itens que são mais voláteis e dependentes de fatores que não estão sob o escopo dos bancos centrais”.

Campos Neto também disse na entrevista ao Roda Viva que uma mudança no patamar da meta, no contexto atual da economia brasileira, desencadearia um efeito contrário ao desejado.

“Ao invés de ganhar flexibilidade, você pode terminar perdendo flexibilidade”, pontuou o presidente do BC. Marcela Rocha segue a mesma linha e pontua que um eventual ajuste na meta, seja para cima ou para baixo, depende dos seguintes fatores (veja no quadro abaixo):
/ CNN

“Para mudar a meta de inflação, a gente precisaria de responsabilidade fiscal, inflação ancorada a longo prazo, coordenação política. Sem essas medidas, a meta se torna inócua e o efeito pode ser contraproducente, pode ser um tiro no pé. Ao invés de termos a desejada queda na taxa de juros, inflação baixa, podemos ter o cenário completamente oposto”, avalia Marcela Rocha.

Segundo a economista, essas medidas são importantes para ancorar as expectativas. “Não são apenas as expectativas do mercado financeiro, mas também dos agentes econômicos, empresários, empreendedores e todos aqueles que compõem os diferentes setores da economia”.

Jornal de Brasília - DF   15/02/2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 14, considerar justo que o governo questione o nível dos juros. “Acho que é justo questionar os juros altos. É importante ter alguém que faça esse papel no governo sempre. Faz parte do jogo, do equilíbrio natural”, comentou, em evento do BTG Pactual.

Ele afirmou que é trabalho do BC melhorar a comunicação e esclarecer as razões por trás dos juros altos no País e reconheceu que a autarquia poderia ser mais “didática” no trabalho.

Campos Neto alertou, no entanto, que a experiência internacional mostra que permitir uma inflação mais alta para crescer mais é normalmente ruim. “No final, esse par ordenado leva a uma inflação muito alta e um crescimento que sobe muito pouco”, disse.

O presidente do BC criticou os discursos que minimizam a importância do mercado de capitais e o acusam de “rentismo”. Segundo Campos Neto, os “rentistas” são pessoas de classe média e média alta que têm poupança. Ele lembrou que a baixa taxa de poupança da economia brasileira leva a uma taxa real de juros neutra mais alta no País.

“Acho que a gente precisa falar mais não sobre ser rentista ou não ser rentista, mas como faço para induzir que eu aumente minha poupança e esse dinheiro seja canalizado para atividades que tenham bom retorno”, afirmou Campos Neto.
Uso da política macroprudencial

O presidente do Banco Central fez questão de ressaltar a importância de se separar política macroprudencial de política monetária. Ele fez essa observação ao ser questionado se, ao colocar em curso a sua agenda de competitividade e inovação da própria autarquia o BC, não teria gerado uma bolha de crédito ao consumo que só agora está sendo desfeita pelo elevado nível de inadimplência.

A questão é se o BC poderia estar usando arcabouços macroprudenciais e não só juro na evolução do sistema de crédito

“Vamos separar a política macroprudencial da monetária. É muito importante não usar política macroprudencial com objetivo de política monetária. Já experimentamos isso no Brasil e isso danifica a credibilidade do BC”, disse Campos Neto.

No entanto, disse o banqueiro central, no limite as coisas se encontram. “Se tivermos um colapso total de crédito a parte prudencial encontra a monetária em algum momento”, acrescentando que o BC acompanha o crédito e que até recorreu à política macroprudencial no princípio da pandemia.

“Acho que vale lembrar porque as pessoas às vezes esquecem. O BC fez a primeira liberação de crédito no princípio da pandemia logo uma conversa que tive com o BC da Itália”, disse ao reafirmar que depois teve outras liberações, o que colocou o BC brasileiro na condição do que mais liberou capital no mundo.

“Ali foi um momento em que o prudencial se encontrou com o monetário porque ao mesmo tempo em que a gente precisava que o sistema de crédito atravessasse a ponte da pandemia, precisava de um estímulo monetário. Então a gente derrubou o juro até 2%. Hoje há uma crítica porque deixamos o juro muito baixo, mas vale lembrar que na época a inflação de um ano chegou bater 1,60% e isso era muito abaixo da nossa meta”, disse ele, acrescentando que da mesma forma que estando acima da meta tem que elevar juro, quando está abaixo tem que cair.

Campos Neto lembra que o desvio padrão da meta naquele momento, onde a inflação de um ano chegou a ser precificada em 1,60%, era muito maior que o descolamento que tem hoje para cima. “É muito importante colocar as coisas em perspectivas”, disse.

O Estado de S.Paulo - SP   15/02/2023

A inflação nos EUA no acumulado de 12 meses recuou levemente de 6,5% em dezembro para 6,4% em janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 14, pelo Departamento do Trabalho norte-americano.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,5% em janeiro ante dezembro, segundo dados com ajustes sazonais. O resultado ficou em linha com a mediana de analistas consultados pelo Estadão/Broadcast.

Apenas o núcleo do índice, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,4% na comparação mensal de janeiro, também como previsto pelo mercado.

Ambas as leituras anuais de janeiro, porém, superaram as previsões de analistas, de 6,2% para o índice cheio e de 5,5% no caso do núcleo.

O Estado de S.Paulo - SP   15/02/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou há pouco que uma eventual mudança das metas de inflação não estará na pauta da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) marcada para esta quinta-feira, 16 de fevereiro. “Não está [na pauta do CMN]. Existe uma coisa chamada Comoc [Comissão Técnica da Moeda e do Crédito] que define a pauta do CMN. [A discussão do regime de metas] não está na pauta”, disse Haddad.

O debate sobre a mudança das metas de inflação foi iniciado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Lula tem criticado publicamente a taxa de juros, atualmente em 13,75%, as metas de inflação, de 3,25% para 2023 e de 3% para 2024. O presidente tem defendido uma redução da Selic para estimular a economia e a concessão de crédito.

Além de Lula, diversos parlamentares do PT têm criticado o patamar de juros no Brasil. O partido lançou na Câmara nesta terça-feira uma frente parlamentar “contra juros abusivos”. O ato político, coordenado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), contou com a presença da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann. Nos discursos, houve menção ao economista André Lara Resende, um dos idealizadores do Plano Real, que tem criticado o nível da taxa básica de juros, a Selic, mantida em 13,75% na reunião mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom).

Ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que que uma mudança da meta de inflação teria como “efeito prático a perda de flexibilidade”, em resposta às críticas que tem recebido do governo Lula pelo alto patamar dos juros na economia. Em entrevista ao programa Roda Viva, Campos Neto defendeu “aperfeiçoamento” no sistema de metas, mas disse que em nenhum momento isso significa revisar o patamar deste e do próximo ano para o controle da inflação. “Em nenhum momento a gente defende simplesmente aumentar a meta, no sentido de ganhar flexibilidade, mesmo porque não é nossa crença. A gente acredita que, se faz uma mudança de meta no sentido de ganhar mais flexibilidade, o efeito prático vai ser perder flexibilidade”, afirmou.

O presidente do BC disse discordar do grupo de economistas que afirma acreditar que a meta atual é muito difícil de ser atingida porque foi fixada num momento de inflação mundial baixa por causa dos efeitos da economia. Ele disse ainda fazer parte de outra corrente que entende que uma mudança neste momento, “sem ter um ambiente de tranquilidade, vai gerar um efeito contrário ao desejado”.

IstoÉ Dinheiro - SP   15/02/2023

O Federal Reserve ainda precisa priorizar a contenção da inflação sobre os riscos ao crescimento econômico dos Estados Unidos que sua forte alta nos juros pode causar, mas sua trajetória de política monetária depende dos dados econômicos recebidos, disse o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, nesta terça-feira.

Questionado sobre se ainda é o caso de o banco central norte-americano arriscar fazer pouco em vez de fazer muito, Barkin disse à Bloomberg TV em uma entrevista: “Me parece que o risco está do lado da inflação neste momento ao invés do lado da economia”.

A taxa de juros do Fed está atualmente na faixa de 4,50% a 4,75%, enquanto um relatório do governo dos EUA mostrou nesta terça-feira que os preços ao consumidor aceleraram em janeiro, mas a inflação anual continuou diminuindo lentamente.

“É mais ou menos como esperado”, disse Barkin sobre o relatório, alertando que levará um tempo para que a inflação volte a cair para perto da meta de 2% do Fed. Pela medida preferida do Fed, a inflação ainda está em uma taxa anual de 5%.

“A inflação está se normalizando, mas está diminuindo lentamente”, disse Barkin. “Só acho que vai haver muito mais inércia, muito mais persistência na inflação do que talvez todos nós desejamos”.

O banco central dos EUA deve aumentar sua taxa de juros pelo menos duas vezes mais, para a faixa de 5%-5,25%, com os mercados financeiros vendo chances iguais de um novo aumento de 0,25 ponto percentual.

Barkin, que se recusou a oferecer sua própria avaliação de onde os juros atingirão o pico, observou que a trajetória final será ditada por uma série de dados econômicos nos próximos meses, especialmente relatórios mensais de emprego e inflação.

“Se a inflação se acalmar, talvez não iremos tão longe, mas se a inflação persistir em níveis muito acima da nossa meta, talvez tenhamos que fazer mais”, disse ele.

Globo Online - RJ   15/02/2023

Está prevista para amanhã a primeira reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) deste governo. Em volta da mesa estarão o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Depois de repetidos ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do BC e dos acenos pacificadores de Campos Neto, Haddad retirou da pauta a discussão sobre mudanças nas metas de inflação para 2023 (3,25%), 2024 (3%) e 2025 (3%).

Em sua sucessão de diatribes contra a política monetária, Lula tem criticado as metas. Como o governo dispõe de dois votos no CMN, poderia, se quisesse, mudar os objetivos impostos ao BC. Em entrevista ao programa “Roda viva” na segunda-feira, Campos Neto tornou pública sua posição: afirmou que a eventual mudança traria prejuízos às expectativas de consumidores, empresários e investidores. Felizmente Haddad entendeu o aceno pacificador e, num gesto de reciprocidade, deixou de lado a discussão sobre as metas.

As razões de Campos Neto são procedentes. Ao verem que o governo Lula aceita mais inflação, os agentes econômicos passam a apostar na alta dos preços, tornando mais difícil combatê-la. Os mais prejudicados são os mais pobres. O melhor é deixar a discussão sobre novas metas para a reunião do CMN em junho, quando será decidido o objetivo de 2026. Há argumentos para elevar metas futuras, levando em conta o cenário inflacionário global, mas não há nexo em mexer em meta de 2023, ano que já começou.

Na entrevista, Campos Neto foi conciliatório, se pôs à disposição para encontrar Lula e explicar o que for preciso. É verdade que o Brasil tem os maiores juros reais do mundo — um freio aos investimentos. Mas, em dezembro, a meta era considerada viável, e a queda da Selic viria naturalmente a partir de junho, quando o novo governo tivesse consolidado sua credibilidade com reformas e uma nova âncora fiscal.

Em vez de cuidar disso, Lula e os cardeais do PT preferiram atacar Campos Neto misturando fatos e desinformação. Escolhido por Bolsonaro para comandar o BC, ele cometeu erros condenáveis, como ir votar em outubro com camisa da seleção brasileira ou participar de um grupo de mensagens com ministros do antigo governo. Mas, no mais importante, sua atuação técnica, manteve independência.

Não há como argumentar que ele tenha favorecido Bolsonaro. Pelo contrário. Em pleno ano eleitoral, com o então presidente desesperado para se reeleger, a Selic foi de 9,25% para os atuais 13,75%. Quando os bolsonaristas tentaram tirar proveito político do Pix, Campos Neto veio a público dizer que quem merecia aplauso era a equipe técnica do BC, que trabalhou anos no projeto. Por fim, as atas do Comitê de Política Monetária (Copom) criticaram de modo incisivo os riscos fiscais das investidas contra o teto de gastos.

Ao apelar à camisa amarela e ao grupo de mensagens, Lula encontra um bode expiatório conveniente para a incerteza econômica. O melhor que pode fazer para facilitar a queda dos juros agora não é mudar a meta de inflação, nem criticar o BC. O governo já deveria ter encaminhado ao Congresso propostas de uma âncora fiscal confiável e de reforma tributária. Se houvesse clareza sobre esses pontos, a queda da Selic seria mera consequência.

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   15/02/2023

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian encerraram uma sessão volátil com ligeira alta nesta terça-feira, enquanto a referência do ingrediente siderúrgico em Cingapura também passou de perdas para ganhos em meio a uma perspectiva cautelosa para a demanda chinesa.

O minério de ferro mais negociado em maio na Dalian Commodity Exchange da China subiu 0,4% para 856,50 iuanes (125,66 dólares) a tonelada, apagando as perdas iniciais.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de março mais ativo do minério de ferro chegou a subir até 2%, para 122,75 dólares a tonelada, após atingir a mínima da sessão de 119,90 dólares.

Os preços do minério de ferro se recuperaram de uma baixa de menos de 90 dólares a tonelada em novembro, à medida que as medidas intensificadas de apoio da China para seu setor imobiliário em dificuldades e o desmantelamento das rígidas restrições da Covid-19 estimularam as expectativas de recuperação da demanda este ano.

A China, responsável por mais da metade da produção mundial de aço, compra cerca de dois terços da oferta de minério de ferro.

Alguns analistas acreditam que a esperada recuperação da demanda de minério de ferro já foi precificada no mercado, enquanto outros estão cautelosos em suas perspectivas, especialmente para o setor imobiliário da China.

“Qualquer crescimento na demanda de aço da China devido ao aumento na construção de infraestrutura provavelmente será compensado por outra contração na construção de propriedades na China este ano”, disse Vivek Dhar, analista de commodities do Commonwealth Bank of Australia.

Diário do Comércio - MG   15/02/2023

O Pará voltou a ultrapassar Minas Gerais no recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem). No primeiro mês de 2023, os royalties da mineração somaram R$ 204,8 milhões no Estado, enquanto na unidade federativa do Norte do País chegaram a R$ 230,8 milhões. Nos últimos dois meses de 2022 e no acumulado do ano passado, Minas liderou a arrecadação do imposto, encerrando o exercício com um total de R$ 3,1 bilhões, ao passo que o Pará ficou com R$ 2,9 bilhões no mesmo período.

A Cfem recolhida pelo Estado em janeiro também foi inferior ao montante de igual época do ano passado, quando o valor chegou a R$ 228,3 milhões. A baixa foi de cerca de 10%. O valor apurado pelo Pará também caiu na mesma base de comparação, uma vez que em janeiro de 2022 o recolhimento somou R$ 248,9 milhões.

No Brasil, o valor apurado no primeiro mês de 2023 foi de R$ 524 milhões. Assim, Minas foi responsável por 38,9% do total nacional, enquanto o Pará respondeu por 43,8%.

Os dados são da Agência Nacional de Mineração (ANM) e continuam refletindo os menores volumes exportados e, principalmente, os menores preços do minério de ferro no mercado internacional. Atualmente, o insumo siderúrgico com 62% de teor de ferro está na casa dos US$ 120 a tonelada, enquanto no início do ano passado bateu os US$ 150.

Além disso, em janeiro, as exportações de minério movimentaram US$ 671 milhões, queda de 3,2% ou de US$ 23 milhões sobre igual época do ano anterior. O produto respondeu por quase 25% dos embarques mineiros no período, que somaram US$ 2,7 bilhões. Ao todo, foram 7,4 milhões de toneladas enviadas a outros países, o que significa variação positiva de quase 12%.

Conforme publicado, a queda no faturamento do insumo siderúrgico é resultado dos estoques maiores na China.
Municípios que mais arrecadaram com o minério de ferro

Conceição do Mato Dentro, no Médio Espinhaço, iniciou o ano com a maior contribuição para o resultado de Minas Gerais. Ao todo, foram R$ 21 milhões em royalties de minério de ferro, representando pouco mais de 10% do total. Na mesma época do ano passado, a cidade havia recebido R$ 39,6 milhões.

Itabira, na região Central, somou R$ 19,6 milhões, enquanto no mesmo mês de 2022 o valor arrecadado foi de R$ 23,1 milhões. A cidade respondeu por 9,5% do total do Estado.

Em Congonhas (Campo das Vertentes) o valor foi de R$ 19,3 milhões, enquanto no primeiro mês do ano passado havia sido de R$ 12,6 milhões. O município respondeu por 6,5% do valor total arrecadado por Minas Gerais.

Mariana, na região Central, também se destacou com a arrecadação de R$ 16,4 milhões e São Gonçalo do Rio Abaixo, na mesma região, somou R$ 16,3 milhões.

Diário do Comércio - MG   15/02/2023

A Fundação Renova espera desembolsar neste ano mais de R$ 8 bilhões nas ações de reparação e compensação aos afetados pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana (região Central). Com esse valor, o total investido nas ações socioambientais e socioeconômicas, desde novembro de 2015, deverá atingir aproximadamente R$ 36 bilhões em dezembro deste ano.

Do montante previsto no orçamento de 2023, 65% serão destinados às indenizações e reassentamentos que já estão próximos de sua conclusão.

O valor orçado para a realização do pagamento de indenização e auxílio financeiro emergencial é de R$ 3,67 bilhões. Até o último mês de 2022, a entidade já havia pago R$ 13,57 bilhões em indenizações e auxílios financeiros a mais de 409 mil pessoas.

A Fundação Renova busca concluir o processo de indenização, incluindo o Sistema Indenizatório Simplificado que teve seu encerramento iniciado em dezembro do ano passado. A conclusão será em etapas para que todas as localidades tenham o mesmo prazo de adesão, como foi decidido pela Justiça.

Já o programa de reassentamento apresenta avanços importantes e conta com R$ 1,64 bilhão em investimentos previstos para 2023. Lembrando que das 568 famílias com moradias afetadas pelo rompimento, 209 já estão com seus casos resolvidos, com a mudança para seus novos imóveis ou indenizações até dezembro de 2022.

De acordo com a fundação, o novo distrito de Bento Rodrigues entra em uma nova fase, com avanços na implementação de serviços essenciais, como transporte, limpeza urbana e segurança. A fundação destaca que a localidade já oferece as condições necessárias para as famílias planejarem suas mudanças. As primeiras deverão ocorrer conforme a conclusão das casas e a intenção das famílias. Até dezembro de 2022, já foram concluídas 107 residências.

A infraestrutura do novo distrito de Paracatu de Baixo também foi finalizada, assim como 39 casas.
Ações socioambientais

O investimento previsto para o desenvolvimento sustentável e socioambiental em toda a bacia do rio Doce é de R$ 876 milhões. Com destaque para a recuperação de nascentes, de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Áreas de Recarga Hídrica (ARH), que terão aproximadamente R$ 273 milhões em recursos neste ano, segundo a Fundação Renova.

Esse valor será destinado a iniciativas como a mobilização de produtores rurais, validação de áreas e elaboração de projetos, implantação de tecnologias sociais, atividades de implantação da restauração florestal e ações de mobilização de grupos sociais relacionados à Rede de Sementes e Mudas para coleta de sementes e produção de mudas.

De acordo com a fundação, todas essas ações contribuem para a qualidade da água do rio Doce. Cerca de 7 mil nascentes estão com o processo de recuperação iniciado, com mais de 550 propriedades rurais participando das ações para recuperação de nascentes. Há também 11,6 mil hectares de APPs e áreas de recarga hídrica que estão em processo de restauração em Minas Gerais e no Espírito Santo, e conta com mais de 330 propriedades rurais parceiras.

Além disso, do montante orçado para o desenvolvimento socioambiental, cerca de R$ 355 milhões serão destinados às ações como: o monitoramento da água e da biodiversidade aquática; no plano de ação de conservação da biodiversidade terrestre e aquática; e no repasse para a consolidação do Parque Estadual do Rio Doce.
Acordo de Mariana

Apesar dos números apresentados pela fundação, está em andamento negociações para uma repactuação do acordo de Mariana, que visa à reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco. A iniciativa está entre as principais demandas do Governo do Estado para 2023. A pauta já chegou a estar entre as prioridades listadas em um ofício que foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no final de janeiro, pelo governador Romeu Zema (Novo).

Durante uma entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, o governador de Minas declarou que a repactuação do acordo estaria próxima de sua conclusão. Estaria faltando apenas as análises dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente sobre a saúde dos atingidos pela contaminação da bacia do rio Doce e a recuperação de áreas inundadas pelos rejeitos.

Fundação Renova estima realizar aportes de R$ 5,86 bi neste ano

Valor - SP   15/02/2023

Média das estimativas compiladas pelo Valor aponta para um lucro líquido entre outubro e dezembro de US$ 2,206 bilhões, 59,4% abaixo co US$ 5,427 bilhões de um ano antes

O quarto trimestre do ano passado deve apresentar queda de quase 60% no lucro líquido da Vale frente a igual período do ano anterior. A média das estimativas compiladas pelo Valor aponta para lucro líquido entre outubro e dezembro de US$ 2,206 bilhões, 59,4% abaixo dos US$ 5,427 bilhões de um ano antes. Na comparação com o terceiro quarto de 2022, a queda deve ser de 50,5%. A Vale divulga o resultado do quarto trimestre e de 2022 na quinta-feira (16), depois do fechamento do mercado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização da companhia deve subir 2,56% na comparação com o quarto trimestre de 2021 e avançar 21,1% frente ao terceiro trimestre do ano passado, para US$ 4,847 bilhões. Já a receita líquida deve cair 10,9% ante o quarto trimestre de 2021, mas crescer 17,5% ante o terceiro trimestre de 2022, para US$ 11,670 bilhões.

O Valor compilou as projeções do Bradesco BBI, BTG Pactual e Itaú BBA. As projeções de lucro variaram entre os US$ 1,633 bilhões do Itaú BBA e os US$ 3,281 bilhões do BTG Pactual, enquanto o Ebitda foi de US$ 4,665 bilhões do BTG até os US$ 5 bilhões do Itaú. Já a receita líquida variou entre US$ 11,639 bilhões do Bradesco BBI e US$ 11,732 bilhões do Itaú.

Em relatório assinado pelos analistas Thiago Lofiego, Isabella Vasconcelos e Camilla Barder, o Bradesco BBI espera que a Vale tenha fechado o quarto trimestre com um preço realizado do minério de ferro em torno de US$ 92 por tonelada, queda de 1% ante o terceiro trimestre, enquanto, para o banco, o custo caixa C1 deve ter recuado de US$ 22,80 por tonelada para US$ 21,50 por tonelada na mesma comparação, com a empresa se beneficiando da diluição do custo fixo.

Para o banco, embarques mais robustos vão dar suporte ao resultado do quarto trimestre do ano passado. Além disso, o banco projeta Ebitda do segmento dos metais básicos na casa dos US$ 800 milhões, contra US$ 364 milhões no terceiro trimestre. Segundo os analistas do Bradesco, esse resultado dos metais básicos terá como base os maiores volumes vendidos, além de altas de preço de 3% para o cobre e de 15% para o níquel.

Já o Itaú BBA espera um preço realizado no minério de ferro US$ 3 mais alto por tonelada, com base em uma projeção de que o impacto positivo dos mecanismos de preço vai superar a queda de 4% nos preços à vista.

Em relatório assinado pelos analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares o banco ressalta que as vendas de minério de ferro da companhia subiram 22% frente ao terceiro trimestre, para 90 milhões de toneladas, superando a produção no período, que foi de 80,9 milhões de toneladas - 10% abaixo do terceiro trimestre. Essa alta nas vendas foi possível, lembram os analistas, graças à venda de estoques previamente em trânsito.

Nos metais básicos, o Itaú BBA notou que as produções tanto de níquel quanto de cobre sofreram com paradas para manutenção entre outubro e dezembro, mas as vendas foram fortes - acima da expectativa do banco - devido à negociação de estoques.

“Estamos confortáveis com a nossa projeção de Ebitda para o quarto trimestre, de US$ 5 bilhões”, dizem os analistas, ressaltando a expectativa do preço realizado na venda de minério de ferro maior que no terceiro trimestre.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   15/02/2023

Em um momento em que sinais de acomodação do consumo se somam aos persistentes gargalos nas linhas de montagem, paradas de produção voltaram a ocorrer na indústria de veículos. A Volkswagen vai suspender a produção em três de suas quatro fábricas entre 20 de fevereiro, logo após o Carnaval, até 3 de março. O motivo principal é a falta de componentes.

A maior parte dos trabalhadores das fábricas de automóveis São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e de São José dos Pinhais, no Paraná terão férias coletivas de dez dias, a partir do dia 22. Já na unidade de São Carlos, onde são feitos motores, a parada vai ocorrer do dia 20 até o dia 1º de março.

Segundo a Volkswagen, a parada no ABC, cuja unidade monta os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro, já estava programada como parte da adequação de seus processos produtivos ao fornecimento de peças, principalmente semicondutores. No Paraná é fabricado o utilitário-esportivo (SUV) T-Cross.

A única planta que continuará em atividade é a de Taubaté (SP), que iniciou recentemente a produção do Polo Track, sucessor do Gol. A unidade opera em dois turnos, informa a Volkswagen.

A GM já suspendeu a produção do Onix, seu modelo mais vendido, há uma semana. Segundo a montadora, a parada da unidade de Gravataí (RS), onde o modelo é produzido, se deve a atualizações e modernizações técnicas do processo produtivo e já estava prevista. Em férias coletivas, os operários voltam depois do carnaval, em 23 de fevereiro.

Irregularidades

Nos últimos meses, a melhora na disponibilidade de componentes eletrônicos permitiu à indústria automotiva aumentar o ritmo de produção, recompor estoques e atender pedidos de locadoras que estavam atrasados. A maioria das montadoras está conseguindo produzir sem interrupções desde a volta das férias de fim de ano, mas as paralisações na Volkswagen mostram que a irregularidade no fornecimento de peças ainda não foi totalmente superada.

Confiante na melhora gradual do abastecimento, a Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos, divulgou no mês passado previsões que apontam para um crescimento de 3% das vendas e de 2,2% da produção neste ano. Os resultados de janeiro, porém, frustraram as expectativas da indústria, que vê sinais de desaceleração da demanda em decorrência da elevação das taxas de financiamento.

Globo Online - RJ   15/02/2023

A Ford vai reduzir a sua força de trabalho na Europa em 11% nos próximos três anos. A demissão em massa é mais uma etapa do processo de transição da empresa, que pretende fabricar apenas carros movidos a eletricidade nos países europeus, a partir de 2035. O Parlamento Europeu aprovou nesta terça projeto de regulamentação que proíbe a venda de veículos novos com motores a gasolina e diesel também a partir de 2035.

No total, 3.800 empregos serão cortados. Enquanto cerca de 1.300 trabalhadores devem ser afetados no Reino Unido, o corte vai ser maior na Alemanha, onde 2.300 vagas serão eliminadas. O maior sindicato metalúrgico do mundo — o IG Metall, na Alemanha — estima que o número pode chegar a 3.200 pessoas no país.

Ao mesmo tempo, a Ford anunciou que vai construir uma nova fábrica especializada em baterias em Michigan, um dos estados do chamado cinturão da ferrugem nos Estados Unidos, coração da indústria automotiva americana. A tecnologia empregada será a da empresa chinesa CATL, a maior fabricante de baterias para carros elétricos no mundo.

Segundo comunicado do gerente geral do negócio de veículos elétricos da Ford na Europa, Martin Sander, abrir caminho para um futuro sustentável e lucrativo requer “ações amplas e mudanças na forma como desenvolvemos, construímos e vendemos veículos”, o que afetará a estrutura organizacional e as habilidades necessárias no futuro.

A Ford já havia informado que a complexidade reduzida dos carros elétricos levaria a equipes menores de desenvolvimento de produtos. A empresa pretende bater US$ 3 bilhões em economia por ano, ao mesmo tempo em que investe mais de US$ 50 bilhões em veículos elétricos até 2026.

No final de 2022, a Ford contava com 173 mil funcionários em todo o mundo e cerca de 35.000 postos de trabalho na Europa. Há a pretensão de que as reduções sejam oficializadas por meio de acordos voluntários.

A confirmação de novos cortes pela fabricante americana se soma a um longo período de declínio na Europa, com anos de vendas e fechamento de várias fábricas em meio a grandes cortes de empregos.

A próxima na fila é a fábrica da Ford em Saarlouis, na Alemanha, onde 4.600 trabalhadores fabricam carros compactos Focus. A montadora deixará de fabricar o modelo até 2025, sem planos de produzir outros veículos depois.

CONSTRUÇÃO CIVIL

CNN Brasil - SP   15/02/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (14) a retomada do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), em cerimônia em Santo Amaro (BA). A meta do governo federal é contratar dois milhões de habitações até 2026.

Também foi feita a divulgação da entrega de 2.745 moradias finalizadas em diversos estados. Para serem atendidas pelo MCMV, as famílias precisam preencher requisitos sociais e de renda, além de não possuir imóvel em seu nome.

O programa havia sido substituído pelo Casa Verde e Amarela durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Agora, há o retorno da “Faixa 1”, que é o financiamento voltado para famílias com renda bruta de até R$ 2.640. Antes, a renda limite era de R$ 1.800.

A administração federal planeja que 50% das unidades habitacionais financiadas e subsidiadas sejam entregues a esse público. De acordo com o governo, “historicamente, o subsídio oferecido a famílias dessa faixa de renda varia de 85% a 95%” do valor total das moradias.

Ainda segundo o Planalto, haverá também “ampliação da inclusão da locação social, possibilidade de aquisição de moradia urbana usada e a inclusão de famílias em situação de rua no programa”.

Além disso, os novos empreendimentos estarão “mais próximos a comércio, serviços e equipamentos públicos, e com melhor infraestrutura no entorno”.

Segundo o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, outras diretrizes serão incluídas no programa. “Vão entrar novas especificações de casas e apartamentos. O valor de unidade será maior para ter mais qualidade, mas também abriremos possibilidade de parcerias com governadores e prefeitos para construção das casas [em municípios] abaixo de 50 mil habitantes”.

O ministro enfatizou ainda que, para as grandes cidades, o programa traz a novidade de recuperar e admitir prédios antigos que estão sem uso e abandonados. Disse que estas edificações passarão por retrofit (revitalização de construções antigas) e serão requalificadas para servir de habitação para a população.

Ainda no evento de entrega das casas, Costa adiantou ainda que no início de março o governo vai apresentar o novo “Bolsa Família”. Além disso, será retornado, no mesmo período, o planejamento de obras de educação. “São quatro mil obras paralisadas no Brasil, de escolas e de creches. Todas serão finalizadas neste ano”.

Porém, nenhum valor, metragem ou números foram divulgados.
Obras paralisadas

Segundo o governo, em janeiro de 2023, foram identificadas 170 mil unidades habitacionais não concluídas da Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida. Dessas, 75 mil têm obras em andamento; 12 mil estão em fase de projetos; e 83 mil estão com as obras paralisadas.

O motivo das paralisações são ocupações irregulares, pendências de infraestrutura, abandono da construtora, indícios de vícios construtivos, dentre outros.

A administração federal prevê retoma de 37,5 mil obras em 2023. Para os anos seguintes, há planejamento para que 32 mil unidades com “entreves mais complexos” — como ocupações/invasões e problemas de infraestrutura — sejam retomadas.

Correio Braziliense - DF   15/02/2023

A construção civil, no Distrito Federal, comemora o desempenho de 2022 e mantém ótimas perspectivas para 2023. No ano passado, o setor ficou na 8ª posição do maior saldo de postos de trabalho criados, atrás apenas de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, de acordo com dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF). Foram sete mil novos empregos. Atualmente, o setor representa 55,9% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria local. O momento é comemorado tanto por trabalhadores quanto por empresários. As obras do Governo do Distrito Federal (GDF) são apontadas como as principais responsáveis pelo cenário.

“As perspectivas para 2023 são as melhores. O governo divulgou um pacote de obras de infraestrutura de mais de R$ 2 bilhões e de mobilidade de mais de R$ 1 bilhão, além da construção de escolas e hospitais. Sabemos que o governo tem dinheiro no caixa para executá-las, pois, nos últimos quatro anos, as obras de infraestruturas têm sido pagas em dia”, afirma o presidente do Sinduscon-DF, Dionysio Klavdianos.

O empresário diz, ainda, que existe a expectativa de constituição de novos bairros. “Estamos esperando o lançamento do Jóquei Clube para este ano de 2023. É importante falar da questão da construção formal, fornecimento de terrenos legalizados e desburocratização, para que possamos empreender”, avalia.

De acordo com Dionysio, um dos maiores problemas enfrentados pelo setor é a grilagem de terras, que consiste na ocupação e exploração ilegal de áreas públicas por indivíduos com interesses privados. “Isso se combate disponibilizando bairros legalizados de forma rápida, para que possamos fazer os empreendimentos”, pontua Dionysio.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (Sticomb), Raimundo Salvador, compartilha o prognóstico favorável. Para ele, o panorama positivo se deve a uma estabilidade econômica no país. “No DF, nos últimos quatro anos, tivemos desburocratização na liberação de obras, investimentos em obras de infraestrutura, e isso gerou muitos empregos. Acreditamos que o bom momento continuará em 2023”, observa. “O ano de 2022 foi muito bom na geração de empregos no nosso segmento. Julgamos que, em algumas funções, temos o princípio constitucional do pleno emprego atingido. Para 2023, as perspectivas são ótimas. Temos muitas obras sendo lançadas”, analisa Raimundo.

Mercado imobiliário

Iniciativa conjunta do Sinduscon-DF e da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi), a pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV) é uma sondagem mensal junto às construtoras e incorporadoras mais representativas da capital federal. O termômetro do mercado imobiliário mede o ritmo de vendas — quanto mais alto o indicador, menor foi o tempo necessário para comercializar as unidades dos empreendimentos no mês. O último dado registrado foi de 7,9%, em dezembro de 2022. O recorde registrado no ano passado foi em agosto — 10,4%. Conforme Dionysio Klavdianos, o IVV considerado normal é de 5%.

O médico Jairo Marques, 67 anos, está fazendo uma pesquisa de mercado para comprar um imóvel para a filha, este ano. “Ela está morando em um apartamento de dois quartos e nós achamos que está na hora de um up grade”, conta Jairo.

A corretora de imóveis Bianca Andressa, que trabalha no ramo desde 2019, informa que os negócios tiveram um pico alto em meados de maio de 2021. “As pessoas sentiram a necessidade de procurar um espaço maior no período da pandemia da covid-19. Muitos não tinham um escritório em casa para lidar com as reuniões virtuais e buscaram conforto e espaço”, explica. “Com a taxa Selic em 2,75%, as pessoas viram oportunidade em financiar o imóvel dos sonhos ou utilizar a estratégia da alavancagem para aumentar o patrimônio”, completa Bianca.

A profissional comenta que, em 2022, não houve o mesmo pico de 2021, mas, mesmo assim, as vendas não pararam de acontecer. “Os imóveis na planta foram ganhando mais força e pude notar uma procura maior por imóveis comerciais. Estou otimista para o ano de 2023, percebi, em janeiro, uma alta procura de clientes investidores por oportunidades”, conclui. (Colaborou Pedro Marra.)

Saldo de empregos em 2022

Obras de infraestrutura

» 1.005 novos postos de trabalho

» Variação de 13,52% em

relação a 2021

Serviços especializados para construção

» 2.778 novos postos de trabalho

» Variação de 13,31% sobre 2021

Setor de construção de edifícios

» 3.250 novos postos de trabalho

» Variação de 12,56% frente a 2021

NAVAL

O Petróleo - SP   15/02/2023

Após anos de crise na indústria naval, a cidade de Angra dos Reis pode estar prestes a viver um novo boom de empregos. Com o aumento da demanda global por navios, a indústria naval local está se recuperando e voltando a contratar trabalhadores.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Naval (ABENAV), a indústria naval brasileira deve receber um investimento de cerca de R$ 10 bilhões nos próximos anos, o que irá impulsionar ainda mais a contratação de trabalhadores em Angra dos Reis.

Além disso, o governo federal tem trabalhado para criar um ambiente mais favorável para a indústria naval, com incentivos fiscais e programas de financiamento. Essas medidas devem ajudar a atrair mais investimentos e gerar mais empregos no setor.

Segundo dados do Ministério da Economia, a indústria naval de Angra dos Reis empregava cerca de 7 mil trabalhadores em 2019, antes da pandemia. Com a retomada do setor, estima-se que esse número possa crescer significativamente nos próximos anos.

Para os moradores da cidade, a retomada da indústria naval é uma boa notícia, já que muitas famílias dependem dos empregos gerados por esse setor. No entanto, é importante lembrar que a indústria naval ainda enfrenta desafios, como a concorrência de outros países e a necessidade de investimentos em tecnologia e infraestrutura.

Construção de Plataformas de Petróleo

Além dos navios, a indústria naval de Angra dos Reis também está voltando a produzir plataformas de petróleo e equipamentos para o setor de energia. Esses segmentos também devem contribuir para a geração de empregos na região.

Um dos grandes projetos em andamento na indústria naval de Angra dos Reis é a construção de navios-plataforma para a Petrobras, em parceria com o estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo. O projeto deve gerar mais de 7 mil empregos diretos e indiretos em todo o país.

A indústria naval de Angra dos Reis é uma das mais antigas do país, com mais de um século de história. Nos últimos anos, ela enfrentou dificuldades devido à queda da demanda e à crise econômica, o que levou a demissões em massa e fechamento de empresas. A retomada do setor é vista como um sinal de esperança para a região.

André Carvalho

André Carvalho é editor  do site O Petróleo. Formado em Jornalismo, é eternamente apaixonado pela área de Petróleo e Gás,  além dos setores de óleo e gás, energia, indústria pesada e manufatura. Seus artigos contém informações e dicas valiosas sobre o mercado, carreira e oportunidades de emprego.

PETROLÍFERO

Infomoney - SP   15/02/2023

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a previsão de que o Brasil irá elevar a produção de líquidos, que inclui biocombustíveis, em 200 mil barris por dia (bpd), para uma média de 3,9 milhões de bpd, em 2023 – segundo relatório mensal divulgado nesta terça-feira, 14. Para o resultado final de 2022, a estimativa segue de crescimento de 200 mil bpd, para 3,7 milhões de bpd.

Para 2023, espera-se que o Brasil seja um dos grandes impulsionadores do crescimento da oferta de líquidos, junto a EUA, Noruega, Canadá, Cazaquistão e Guiana. No País, a previsão segue de que a oferta de petróleo bruto deverá aumentar nos campos de Mero (Libra NW), Búzios (Franco), Tupi (Lula), Peregrino, Sépia, Marlim e Itapu (Florim).”No entanto, espera-se que a manutenção das offshores cause algumas interrupções nos principais campos”.

Já para 2022, o Brasil se encontra entre os principais impulsionadores do crescimento da oferta de líquidos, junto com EUA, Rússia, Canadá, Guiana e China. Segundo o documento, o crescimento do ano passado foi impulsionado pelo aumento contínuo do Campo Sépia e entrada em operação do Mero 1 no pré-sal da bacia de Santos, além do Peregrino (Fases 1 e 2) na bacia de Campos.

PIB

A Opep manteve suas previsões para o crescimento do Produto Interno do Brasil (PIB) em 2022, de 2,8%, e em 2023, de 1,0%. Segundo a Opep, o crescimento de 2022 foi apoiado significativamente por medidas fiscais eleitorais e pelos preços mais altos das commodities, mas o fim do ano foi marcado por uma desaceleração, que deve continuar em 2023.

A Organização também destaca que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou planos “ambiciosos” para consolidar o orçamento que, se bem sucedidos, poderão consolidar uma base sólida para o crescimento deste e dos próximos anos.

Ainda, segundo o relatório, “um crescimento potencialmente maior em 2023 pode ser apoiado por uma inflação mais baixa, e, consequentemente, por uma política monetária mais acomodatícia, condições mais fortes de mercado de ativos e por otimismo empresarial”.

O cartel indica que a atual situação monetária e fiscal do País está sob controle, mas reforça a existência de desafios à economia em 2023 e nos próximos anos, de forma que os desenvolvimentos fiscais precisarão ser monitorados de perto”.

Exame - SP   15/02/2023

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou levemente sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 100 mil barris por dia (bpd), para 2,3 milhões de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira, 14. Para 2022, o cartel manteve sua estimativa de aumento na demanda global em 2,5 milhões de bpd.

Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) deverá crescer cerca de 400 mil bpd este ano, projeta a Opep. Fora da OCDE, a previsão é de avanço em torno de 2 milhões de bpd no consumo em 2023.

A Opep cortou levemente sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora do grupo em 2023, em 100 mil bpd, para 1,4 milhão de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira.

Os países que devem mais contribuir para o incremento da oferta em 2023 são EUA, Noruega, Brasil, Canadá, Casaquistão e Guiana, diz a Opep. Por outro lado, são esperadas quedas na oferta de Rússia e México. Para 2022, a Opep reiterou sua estimativa de acréscimo da oferta em 1,9 milhão de bpd.

Ainda no relatório, a Opep informa que sua produção recuou 49 mil bpd em janeiro ante dezembro, para uma média de 28,88 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias.

A Opep elevou levemente sua projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2023, de 2,5% a 2,6%, segundo documento mensal publicado nesta terça-feira. O cartel também revisou para cima sua estimativa para o avanço do PIB mundial em 2022, de 3% a 3,1%.

Para este ano, a Opep ajustou para cima sua projeção de crescimento dos EUA, de 1% a 1,2%, e também para a zona do euro, de 0,4% a 0,8%. No caso da China, o cartel agora espera crescimento de 5,2% em 2023, maior do que a projeção anterior de 4,8%.

TN Petróleo - RJ   15/02/2023

A Equinor informa que iniciou a campanha de instalação marítima no campo de Bacalhau, localizado na Bacia de Santos. O trabalho é executado em um contrato integrado de EPCI (Engenharia, Aquisição, Construção e Instalação) com a SIA (Subsea Integration Alliance, uma aliança entre OneSubsea® e Subsea7).

O Seven Pacific, navio de construção/flex-lay da Subsea7, capaz de operar em profundidades de até três mil metros, é o primeiro navio de instalação marítima trabalhando no ativo, instalando infraestruturas pertencentes ao escopo de Surf (subsea umbilicals, risers e flowlines). A campanha deve ser concluída em dois anos.

Além do Seven Pacific, três outros navios de construção principais trabalharão em Bacalhau para completar o campo para receber o FPSO, juntamente com outros navios de apoio. Ao mesmo tempo, a área também está recebendo a West Saturn, a primeira sonda de perfuração de Bacalhau, que está trabalhando desde novembro de 2022 na fase de perfuração do campo. A Valaris DS-17, segunda sonda de perfuração, começará suas atividades este ano.

Como parte do projeto, a Equinor está apoiando uma aliança científica entre a Subsea7 e o National Oceanography Centre - NOC, o BORA Blue Ocean Research Alliance®, financiando e adaptando ao Seven Pacific uma BORAbox®, dispositivo que coletará dados de Variáveis Oceânicas Essenciais (EOV) no campo. A BORAbox® consiste em sensores de pH e alcalinidade total (TA) e um sensor CTD (conductivity, temperature and depth) para fornecer medições de temperatura, salinidade e profundidade, que transmitem dados diariamente. De forma integrada às operações rotineiras, os dados estão sendo transferidos com sucesso para os cientistas, paralelamente ao período operacional.

Este é um ótimo exemplo de colaboração entre a Equinor, a Subsea7 e seu parceiro científico National Oceanography Centre, apoiando o foco das empresas em sustentabilidade, para aprender mais sobre o oceano, o que é de extrema importância para compreender o impacto das mudanças climáticas nos ecossistemas e no meio ambiente. Os dados da campanha do Seven Pacific serão acessíveis a cientistas e universidades locais do Brasil e globais, para melhor compreensão dos nossos oceanos.

"O início da campanha marítima é um marco muito relevante para Bacalhau, que é um projeto-chave para a Equinor. A campanha de instalação marítima é mais um passo na jornada para ser o primeiro operador internacional a desenvolver um campo no pré-sal brasileiro. Para permitir uma execução segura e sustentável do projeto, é essencial que possamos apoiar a sociedade com dados sobre o oceano", diz Trond Stokka Meling, Diretor do projeto Bacalhau, da Equinor.

"Os projetos da Subsea Integration Alliance nos levam a áreas do oceano raramente visitadas pelos cientistas. Adicionando sensores inovadores aos ROVs (Remotly Operated Vehicles), podemos coletar dados em locais inacessíveis, ampliando o alcance global das observações do oceano. Com foco nas variáveis oceânicas essenciais (EOVs), as medições terão um alto impacto em escala global. Os dados coletados são compartilhados e analisados por cientistas oceanográficos no National Oceanography Centre. Toda informação validada é formalmente disponibilizada para a comunidade científica global", disse Olivier Blaringhem, CEO da Subsea Integration Alliance.

Bacalhau é um ativo de classe mundial na área do pré-sal brasileiro, na Bacia de Santos. É o primeiro projeto a ser desenvolvido por um operador internacional no pré-sal do Brasil e onde a Equinor usa sua competência global e conhecimento local para gerar valor e garantir baixas emissões. Bacalhau gerará efeitos positivos na cadeia de suprimentos e oportunidades de emprego local. O projeto deve gerar cerca de três mil empregos durante sua fase de desenvolvimento, o que significa valor local para o Brasil.

Localizado a 185 km da costa do município de Ilhabela/SP, no estado de São Paulo, Bacalhau é um reservatório de carbonato de alta qualidade, contendo óleo leve com contaminantes mínimos. O campo contará com um dos maiores FPSOs do Brasil com capacidade de produção de 220.000 barris por dia e sistema de manipulação/injeção de gás de 15,0 mm scm³/d.

O FPSO de Bacalhau será o primeiro do tipo no Brasil a usar turbinas de ciclo combinado, uma metodologia que melhora a eficiência energética ao reduzir as emissões de CO2 em 110.000 toneladas por ano.

Parceiros em Bacalhau: Equinor 40% (operador), ExxonMobil 40%, Petrogal Brasil 20% e Pré-sal Petróleo SA (Companhia Governamental, Gerente PSA).

CNN Brasil - SP   15/02/2023

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (14) em uma sessão marcada pela cautela diante da divulgação da inflação ao consumidor (CPI) americano.

A commodity também foi pressionada pelo anúncio de vendas da Reserva Estratégica de Petróleo (SPR) dos EUA. Por outro lado, as perdas foram contidas pelo relatório da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), que previu alta na demanda global pela commodity em 2023.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março de 2023 fechou em queda de 1,35% (US$ 1,08), a US$ 79,06 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 1,19% (US$ 1,03), a US$ 85,58 o barril.

“Os preços do petróleo caíram à medida que mais petróleo dos EUA está prestes a chegar ao mercado e uma inflação teimosamente alta pode forçar o Federal Reserve (Fed) a permanecer agressivo com sua campanha de aumento de juros”, avaliou o analista da Oanda Edward Moya.

Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o CPI subiu 0,5% em janeiro ante dezembro, ao passo que apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,4% no período.

Ambos os dados vieram em linha com a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Contudo, na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 6,4%, e o núcleo do CPI teve incremento 5,6% no mês passado, superando as previsões de analistas.

De acordo com a High Frequency Economics (HFE), o Fed provavelmente continuará elevando juros e manterá uma política monetária restritiva “por algum tempo” diante desses últimos dados da inflação.

“O petróleo pode estar na zona de perigo se a liquidação do mercado de títulos se intensificar e levar alguns traders a precificar uma recessão mais profunda. Ninguém tem muita confiança em suas perspectivas de crescimento nos EUA, o que significa que o mercado pode ir de um “pouso suave” para uma recessão curta e superficial ou mesmo uma “recessão clássica”, completa Moya.

Além disso, nesta terça o Departamento de Energia (DoE) dos EUA anunciou planos de vender 26 milhões de barris de petróleo bruto de sua SPR no ano fiscal de 2023, como exigido pelo Congresso do país.

O período de entrega do petróleo será de 1 de abril a 30 de junho, informou o DoE em comunicado. A Opep, por sua vez, divulgou relatório em que elevou a previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, mas cortou a previsão de elevação da oferta neste ano.

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