Valor - SP 14/12/2022
Agência de classificação de risco espera redução significativa no lucro das siderúrgicas com a perda de fôlego das economias globais, mas mercado brasileiro deve se manter mais positivo
O setor global de aço não vai se recuperar totalmente em 2023 da redução de consumo que aconteceu durante o segundo semestre deste ano, diz a Fitch Ratings. A agência de classificação de riscos espera redução significativa no lucro das siderúrgicas com a perda de fôlego das economias globais.
Os analistas liderados por Oliver Schuh escrevem que os volumes no mercado de aço vão se normalizar no ano que vem em níveis similares aos de 2021, excluindo efeitos da China. O consumo vai cair entre 60 milhões e 65 milhões de toneladas e a taxa de utilização global vai cair de 80% para 77%.
“A meta de redução na produção de aço na China vai responder por boa parte desses números, com o restante vindo da queda na demanda ao redor do mundo”, escrevem. O consumo de aço na Índia, Estados Unidos e em partes da Ásia vão compensar em parte a retração na China.
De acordo com a Fitch, alguns mercados, incluindo o Brasil, vão se manter mais positivos, se beneficiando de premissas melhores que o restante do mundo, em meio a apoio dos governos para investimentos em infraestrutura e custos mais em conta. A Europa ainda permanece volátil com os custos de energia elevados.
Portal Fator Brasil - RJ 14/12/2022
Marca da produtora de aço segue estampada na camisa da equipe de vôlei masculina; patrocínio inclui atuação conjunta em programas esportivos e sociais em Minas Gerais.
A ArcelorMittal, líder em aço no Brasil, renova por mais uma temporada o patrocínio com o Sada Cruzeiro Vôlei. A marca da produtora de aço continua a estampar a camisa do time multicampeão, além de ser aplicada nas placas do ginásio durante os jogos e no centro de treinamento. A assinatura da renovação ocorreu no dia 10 de dezembro (sábado), no intervalo do jogo entre Sada Cruzeiro e Trentino Itas, pela semifinal do Mundial de Clubes, no Ginásio Divino Braga, em Betim.
Com mais este patrocínio, a ArcelorMittal se consolida como a maior incentivadora do esporte em Minas Gerais. —Nos últimos dez anos, mais de R$ 20 milhões foram investidos no Estado, a partir da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, dos R$ 35 milhões investidos no Brasil. Foram mais de 54 mil alunos beneficiados pelas iniciativas que apoiamos— destaca Paula Harraca, diretora de Estratégia, ESG, Inovação e Transformação nos Negócios da ArcelorMittal Aços Longos LATAM e presidente da Fundação ArcelorMittal.
O patrocínio ao Sada Cruzeiro vai muito além da marca no uniforme do time celeste. Tanto a ArcelorMittal como a Fundação ArcelorMittal seguirão atuando no desenvolvimento de programas esportivos e sociais em conjunto com o Sada Cruzeiro, que atendem crianças e adolescentes em escolinhas de vôlei em vários municípios mineiros.
—Acreditamos no valor transformador que o esporte tem na formação de cidadãos melhores, que têm consciência social e pensam no coletivo. Estamos muito felizes com a continuidade da nossa parceria, pois desde o início o nosso desejo era que fosse longeva. Sabemos que as transformações e grandes conquistas levam tempo —disse Harraca.
O Sada Cruzeiro, que é o time mais vitorioso do voleibol brasileiro e um dos maiores do mundo, tem em sua galeria uma lista grande de troféus. O time é Tetracampeão Mundial de Clubes, Octacampeão Sul-Americano de Clubes, Heptacampeão da Superliga, Hexacampeão da Copa Brasil, Pentacampeão da Supercopa e além de ser campeão pela 13ª vez consecutiva do Campeonato Mineiro.
Neste fim de ano a equipe estrelada tem pela frente grandes desafios. O elenco da Raposa também segue na disputa da Superliga 2022/23.
ArcelorMittal — Líder no mercado global de aço, o Grupo ArcelorMittal está presente em cerca de 60 países e tem como propósito criar aços inteligentes para as pessoas e o planeta. No Brasil, a empresa tem unidades industriais em seis estados (ES, MG, MS, RJ, SC e SP), além de unidades comerciais distribuídas em todo o país, compondo uma força de trabalho de cerca de 16 mil empregados. As plantas têm capacidade de produção anual de 12,5 milhões de toneladas de aço bruto e de 7 milhões de toneladas de minério de ferro. A empresa atua, ainda, em áreas diversificadas como geração de energia para consumo próprio, produção de biorredutor renovável (carvão vegetal a partir de florestas de eucalipto) e tecnologia da informação.
Valor - SP 14/12/2022
Produtora de aço adquire 33% de participação em negócio de construção modular via fundo de corporate venture capital Açolab Ventures
Paulo Salvador, presidente da Modularis, e Marcelo Marino, vice-presidente comercial da ArcelorMittal Aços Longos — Foto: Rafael Cançado/Divulgação
O Açolab Ventures, fundo de corporate venture capital da siderúrgica ArcelorMittal, fez um investimento na empresa de construção modular em aço Modularis. Agora, companhia siderúrgica passa a ter 33% de participação na empresa, com três assentos no conselho de administração.
O valor do investimento não foi revelado, mas a ArcelorMittal afirma ser o maior já feito pelo Açolab Ventures desde sua criação, em agosto do ano passado. O veículo já investiu R$ 25 milhões em outros três negócios: Agilean, de gestão de obras, Sirros, de soluções para a indústria 4.0, e uma startup do setor de energia, em transação que ainda não foi divulgada.
A companhia siderúrgica diz ter como meta investir R$ 100 milhões em quatro anos.
O negócio entre as duas empresas começou há um ano e meio, quando elas selaram uma parceria técnica para desenvolver um produto mais leve e resistente para usar nos módulos construtivos, as partes de uma construção que são feitas em fábrica e levadas para serem encaixadas no canteiro. É a chamada construção “off-site”, na qual a maior parte do trabalho se passa em ambiente industrial.
Em sua história, a Modularis esteve focada na construção de instalações para indústria e logística, além de escritórios e lojas de varejo. Há dois anos, porém, decidiu pivotar e abarcar também o setor residencial. É ali que a parceria com a ArcelorMittal cresceu. “Construção modular é um dos mercados que nos interessa bastante”, diz Marcelo Marino, vice-presidente comercial e metálicos da ArcelorMittal Aços Longos.
Durante a parceria técnica entre as companhias foi criado na fábrica da Modularis, em Itupeva (SP), um protótipo com dois pavimentos que reúne um apartamento compacto e dois quartos de hotel do tipo econômico, para testar as soluções desenvolvidas.
Há vantagens para as duas empresas. Como explica Paulo Salvador, presidente da Modularis, a construção off-site residencial usa, em média, 50 quilos de aço por metro quadrado, enquanto a industrial consome apenas 60 quilos. “O residencial tem uma composição mais complexa, e seu ticket médio é proporcional ao consumo de aço”, diz.
Com o investimento, a Modularis quer construir uma segunda fábrica, especializada no segmento residencial e com capacidade de produção três vezes maior do que a planta atual. Sua localização ainda será definida.
A empresa não revela o valor do seu faturamento neste ano, mas afirma que conseguiu dobrá-lo de 2021 para 2022 e, com o investimento da ArcelorMittal, a meta é seguir nesse ritmo até alcançar R$ 300 milhões em 2025.
Para Salvador, não falta demanda para esse tipo de construção industrializada no setor residencial. O tipo de construção da Modularis é entregue na metade do tempo das obras tradicionais, o que é especialmente atraente para quem investe em imóveis para renda.
“Fundos que constroem residenciais compactos para renda, hotéis, hospitais e sênior e student living (moradias específicas para idosos e estudantes) veem grande valor na construção modular”, afirma. Segundo ele, o potencial desse mercado no país é de R$ 10 bilhões.
A Modularis planeja lançar em 2023, com a incorporadora Rev3, um prédio residencial em Moema, com 13 andares e unidades de 18 a 40 metros quadrados. O desenvolvimento do projeto é feito em conjunto com a nova sócia, que fabrica vários tipos de aços longos.
Segundo Salvador, o projeto está em fase de captação de investimento e já possui as licenças necessárias. O valor geral de venda (VGV) será de R$ 50 milhões.
A companhia tem ainda um estudo de viabilidade para um hotel econômico em Campinas (SP), com o grupo B&B Hotels. Previsto para ter as obras iniciadas entre o final de 2021 e o começo de 2022, o hotel, com 260 apartamentos, está em “stand-by”, afirma Salvador. “Estamos com o projeto no pipeline para voltar a conversar”.
O movimento da ArcelorMittal segue o de outras empresas, como a Gerdau e Dexco, que entraram no capital da Brasil ao Cubo.
Globo Online - RJ 14/12/2022
Em ata sobre a reunião da semana passada, o Copom repetiu que "não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso a desinflação não ocorra como esperado". E voltou a citar "a elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país", já que neste momento a PEC da Transição ainda é discutida no Congresso. Considerou ainda que a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% reflete a incerteza ao redor de seus cenários e que vai manter a Selic alta para assegurar que a inflação irá para meta.
"O Comitê julgou que há ainda muita incerteza sobre o cenário fiscal prospectivo e que o momento requer serenidade na avaliação de riscos. O Comitê reforça que seguirá acompanhando os desenvolvimentos futuros da política fiscal e seus potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva", diz o texto.
- O documento traz o mesmo sinal do comunicado pós-reunião: o ajuste monetário já feito parece suficiente para trazer a inflação para a trajetória de metas, mas se a convergência não ocorrer como o esperado, principalmente por conta dos riscos fiscais, o Copom não descartar mais aperto à frente - considera Tatiana Nogueira, economista da XP
Em outro parágrafo, o Copom avalia que “mudanças em políticas parafiscais ou a reversão de reformas estruturais que levem a uma alocação menos eficiente de recursos podem reduzir a potência da política monetária”.
Ela considera que a ata trouxe elementos mais duros em relação ao comunicado da semana passada.
- Reforça nossa leitura de que o aumento do risco fiscal pode comprometer a convergência da inflação no médio prazo e exigir uma postura dura do comitê. Por enquanto, não vemos a taxa Selic se movimentando tão cedo. Esperamos que a taxa Selic permaneça em 13,75% até o primeiro trimestre de 2024.
Para o Bradesco, a ata reitera que o cenário base do comitê "ainda não possibilita a reversão do patamar restritivo da política monetária dentro dos próximos meses".
IstoÉ Online - SP 14/12/2022
A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na manhã desta terça-feira, 13,, indicou que a projeção para o IPCA de 2023 está em 5,0% no cenário de referência. Para 2024, a projeção para o IPCA está em 3,0%.
Para 2022, a estimativa de IPCA do BC é de 6,0%. Todas as projeções já constavam no comunicado da semana passada, quando o Copom manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 13,75% ao ano pela terceira vez seguida. “O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual”, repetiu o BC na ata.
As projeções do BC para o IPCA de 2022 e de 2023 estão acima do limite de tolerância da meta, de 5,0% e 4,75%, nessa ordem, indicando três anos consecutivos de descumprimento pelo BC de seu mandato principal. Para 2024, a projeção do BC coincide com o centro da meta de 3,0%. No comunicado e na ata, a autoridade monetária indica que a estratégia é a convergência da inflação para ao “redor da meta ao longo do horizonte relevante”.
Atualmente, o horizonte relevante do Copom inclui os anos de 2023 e de 2024, mas o BC optou por dar ênfase ao segundo trimestre de 2024 (seis trimestres à frente), cuja projeção é de 3,3% em 12 meses, para eliminar ruídos relacionados às desonerações tributárias adotadas este ano.
“O Comitê optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, que reflete o horizonte relevante, suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora os seus impactos secundários.”
O cenário de referência pressupõe a taxa de juros variando de acordo com a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 5,25 e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC). Além disso, a premissa é de que o barril de petróleo segue aproximadamente a curva futura de mercado pelos próximos seis meses e sobe a 2% ao ano na sequência.
No documento, o BC repetiu que “se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”. Também voltou a alertar que “não hesitará” em retomar o ciclo de alta, caso a desinflação não ocorra como esperado.
Ata anterior
Na ata da reunião anterior, em outubro, as projeções de inflação no cenário que considerava juros do Focus e câmbio PPC eram de 5,8% para 2022, 4,8% para 2023 e 2,9% para 2024.
Expectativas para 2024
O Comitê de Política Monetária manifestou preocupação, na ata de seu encontro de dezembro, com o aumento das expectativas de inflação para 2024, ano já considerado em sua estratégia para voltar à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Logo na sequência, o BC citou que discutiu as consequências da incerteza em relação à dinâmica fiscal futura sobre a inflação, algo que o mercado tem alertado diante da expectativa de aumento forte de gastos em 2023. “Julgou-se que a conjuntura incerta requer serenidade na avaliação desses riscos”, disse o Copom na ata.
Na ata, o BC citou que a mediana do mercado para a inflação oficial em 2024, observada no Boletim Focus, continuou estável do encontro de outubro para dezembro, em 3,50%. Mas mostrou preocupação com o aumento da média, que, no último mês, passou de 3,53% para 3,66%, contra o centro da meta de 3,00% – que é a projeção oficial do BC.
“Comparado com a reunião anterior, a mediana das expectativas de inflação da Pesquisa Focus teve leve aumento para 2023 e se manteve estável para 2024. No que diz respeito a 2024, entretanto, o Comitê notou com preocupação uma elevação na média das expectativas.”
Em relação às próprias projeções, o BC destacou que houve um “leve aumento” no horizonte relevante em função da elevação da projeção de inflação de preços livres em prazos mais curtos e de uma revisão da projeção de inflação de preços administrados em prazos mais longos. Para 2023, a projeção do BC para a inflação oficial passou de 4,8% para 5,0% de outubro para dezembro, acima do teto da meta de 4,75%. Já para 2024 foi de 2,9% para 3,0%.
Desinflação de serviços
O Copom destacou, na ata, que a inflação de serviços mostrou moderação recentemente, mas ponderou que segue em níveis elevados. “O Comitê avalia que o processo de desinflação de tal componente ficará mais claro ao longo do tempo”, afirmou no documento.
Exame - SP 14/12/2022
Investidores estão menos pessimistas em relação ao cenário de crescimento global para o próximo ano, em meio a apostas em uma economia chinesa mais forte, segundo a pesquisa mais recente com gestores de fundos do Bank of America.
Embora a percepção macro permaneça pessimista, o número de investidores que esperam uma economia mais fraca em 2023 caiu para 69% frente a 73% no mês passado, de acordo com o levantamento realizado com 281 gestores que administram US$ 728 bilhões em ativos. Cerca de 75% dos participantes projetam uma expansão mais forte do PIB da China com a reabertura após as restrições para frear a Covid, um salto em relação a apenas 13% em novembro e a perspectiva mais positiva desde maio de 2021, mostrou a pesquisa.
A preocupação com a inflação também diminuiu, com um recorde de 90% dos entrevistados que esperam preços mais baixos nos próximos 12 meses, escreveram estrategistas liderados por Michael Hartnett em nota de 12 de dezembro. Mas o horizonte para os lucros corporativos permanece nebuloso, e 91% dos gestores preveem uma deterioração dos ganhos em 2023.
Com isso, investidores têm uma visão mais positiva sobre os títulos em comparação com a renda variável: o posicionamento relativo em ações frente à renda fixa já está no nível mais baixo desde 2009. Cerca de 27% dos participantes da pesquisa – realizada entre 2 e 8 de dezembro - disseram que os títulos públicos serão os ativos de melhor desempenho em 2023, seguido por ações, com 25%.
O rali de dois meses das bolsas globais fraquejou recentemente em meio à preocupação de que a força da economia americana pode manter o aperto monetário do Federal Reserve por mais tempo. Investidores estão focados em duas grandes pistas sobre o cenário para os juros nesta semana: os dados da inflação nos EUA, seguidos pela decisão de juros do Fed nesta quarta-feira. Os bancos centrais da região do euro e do Reino Unido também se reunirão esta semana.
Para 2023, os participantes do mercado esperam que as bolsas enfrentem um primeiro semestre difícil, seguido de uma recuperação no segundo. Uma consulta recente da Bloomberg News com 134 gestores de fundos globais mostrou uma maior preocupação com um cenário de estagflação, caracterizada por crescimento lento e inflação alta.
E a China alerta que enfrenta um aumento acentuado nos casos de Covid, à medida que o país desmantela rapidamente os controles da pandemia. O governo chinês adiou uma reunião de política econômica prevista para esta semana e que é acompanhada de perto pelo mercado, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
A pesquisa do Bank of America também constatou que a inflação persistentemente alta e uma profunda recessão global são vistas como os maiores riscos de cauda para o próximo ano. Outras preocupações incluem bancos centrais favoráveis ao aperto monetário, piora do ambiente geopolítico e um evento de crédito sistêmico.
Os gestores de fundos estão pessimistas em relação aos índices acionários europeus no curto prazo: cerca de 88% dos participantes da pesquisa regional do banco projetam uma queda dos lucros corporativos diante da desaceleração do crescimento.
Entre outros destaques do levantamento, um percentual líquido de 68% dos investidores diz que uma recessão é provável nos próximos 12 meses, abaixo da parcela de 77% em novembro. Mais de 50% deles veem desvalorização do dólar, a maior proporção desde maio de 2006.
CNN Brasil - SP 14/12/2022
O Produto Interno Bruto (PIB) dos países do G20 cresceu 1,3% no terceiro trimestre ante o anterior, segundo estimativas preliminares, informou nesta terça-feira (13) a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No segundo trimestre, o PIB dos países do grupo havia recuado 0,3% frente ao anterior. Já entre os países que integram a OCDE, o PIB cresceu 0,4% no terceiro trimestre ante o segundo.
A OCDE diz em comunicado que a reação no G20 foi em grande medida puxada pela recuperação da China, conforme começavam a ser relaxadas algumas das medidas mais duras contra a Covid-19.
O PIB chinês cresceu 3,9% no terceiro trimestre ante o segundo, após contração de 2,7% no segundo trimestre frente ao anterior. Nos EUA, houve crescimento de 0,7% no terceiro trimestre, após contração de 0,1% no anterior.
Também houve recuperação do crescimento na África do Sul e na Índia. Na Alemanha e na Arábia Saudita, o PIB continuou a crescer.
Apesar da recuperação no G20 como um todo, no Japão, no Reino Unido e na Turquia houve leves contrações no terceiro trimestre, acrescenta ainda a OCDE.
O Estado de S.Paulo - SP 14/12/2022
Juros altos e crédito escasso continuarão complicando o dia a dia dos brasileiros por muito tempo, se o novo governo, gastando sem cuidado, tornar mais incerta a evolução de suas contas e, de modo especial, da dívida pública. Obviamente dirigida ao presidente eleito e ao futuro ministro da Fazenda, esta é a principal mensagem contida na ata da última reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC). Tendo mantido em 13,75% a taxa básica de juros, o Comitê se absteve de indicar seus próximos passos, limitando-se a admitir um aperto maior, no próximo ano, se a desinflação for mais lenta do que se espera. A ata foi divulgada na última terça-feira, mas a decisão sobre os juros foi anunciada ao anoitecer da quarta-feira anterior, depois da reunião. No mercado, estimativas de juros para 2023 foram logo ajustadas para cima.
Juros altos, e talvez em alta, tornarão mais desafiador o primeiro ano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua equipe econômica. Dinheiro caro dificultará o consumo e agravará os problemas de centenas de milhares de famílias já endividadas. Muitos brasileiros precisarão de ajuda para sair do buraco financeiro. Além disso, empresários terão menor disposição de investir em capacidade produtiva, se as condições de financiamento forem muito desfavoráveis.
Tudo parece reforçar a expectativa de baixo crescimento econômico em 2023. Pelas últimas projeções do mercado, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) dificilmente será superior a 1%. Mas juros altos, além de prejudicarem a atividade e a arrecadação tributária, restringindo o poder de gasto do governo, ainda encarecem a dívida pública, prolongando os problemas.
Há motivos mais que suficientes, portanto, para a cúpula do próximo governo se preocupar com as incertezas e inquietações dos membros do Copom, dos empresários e dos consumidores. O presidente eleito já deixou clara a intenção de expandir os gastos sociais e de estimular o crescimento econômico e o emprego. Não apresentou, no entanto, um roteiro de trabalho nem explicou como cuidará da saúde financeira do governo. Não basta lembrar a condução das contas públicas em seu primeiro governo. O mundo exterior mudou, o Brasil também, e os desafios são outros.
Se o presidente eleito se dispusesse a ler a ata da reunião do Copom, ficaria provavelmente impressionado com a descrição quase dramática do ambiente externo, com perspectiva de menor crescimento, inflação desafiadora, forte aperto financeiro e enorme insegurança. No ambiente interno, combinam-se a desaceleração do crescimento, a inflação ainda elevada, apesar de algum recuo recente, a melhora ainda lenta do emprego e a ampla incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal. No cenário básico, a inflação projetada ainda supera amplamente a meta oficial em 2022 e em 2023 e só se aproxima dela em 2024. É cedo para programar um relaxamento da política de juros, especialmente quando há promessa de maiores gastos federais e nenhuma indicação de como isso será compensado.
IstoÉ Online - SP 14/12/2022
Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram nesta terça-feira, com traders reduzindo o otimismo sobre as perspectivas de demanda da China em 2023, enquanto o maior país produtor de aço do mundo luta contra o aumento das infecções por Covid-19.
A maioria dos benchmarks do aço chinês também teve queda antes dos dados de inflação dos EUA, que serão divulgados no final do dia, e da sinalização da política do Federal Reserve no dia seguinte.
O minério de ferro mais negociado para entrega em maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 0,2%, a 808,50 iuanes (115,90 dólares) a tonelada.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de janeiro de referência do ingrediente siderúrgico caiu 0,9%, para 108,45 dólares a tonelada.
“A piora das notícias atuais sobre saúde e economia estão provocando uma retração agora, contra a exuberância evidente nas últimas semanas com a evidência de que a China está batendo em retirada de sua postura até então zero-Covid”, disse Ray Attrill, chefe de estratégia FX para renda fixa, moedas e commodities do National Australia Bank.
Indicando uma rápida disseminação de infecções, as pessoas fizeram fila do lado de fora de clínicas em hospitais chineses para exames de Covid-19 na segunda-feira, já que as restrições de mobilidade foram atenuadas, marcando uma mudança significativa na estratégia de contenção do país.
Também pesando sobre o sentimento, os novos empréstimos bancários na China se recuperaram menos do que o esperado em novembro em relação ao mês anterior em meio aos surtos de Covid.
A retração nos preços do aço foi modesta, já que os traders anteciparam novas medidas políticas para apoiar o setor imobiliário da China, que podem ser anunciadas durante a Conferência Central de Trabalho Econômico programada para começar em 15 de dezembro, disseram analistas.
Money Times - SP 14/12/2022
A Vale (VALE3) e outras ações do setor de mineração e siderurgia aproveitam a recuperação que os preços do minério de ferro têm oferecido.
As notícias de reabertura econômica em meio a flexibilizações das duras restrições da política de Covid Zero na China e maiores apoios oferecidos pelo governo chinês ao mercado imobiliário do país puxaram o minério de ferro de volta aos US$ 100 a tonelada, impactando diretamente a performance dos papéis ligados ao ingrediente siderúrgico na Bolsa.
A ação da Vale acompanhou a recuperação do setor e saltou mais de 20% em novembro, com a cotação saindo dos R$ 67 para retomar ao patamar de R$ 85. Atualmente, o papel é negociado a R$ 86,09 (fechamento desta segunda-feira, 12).
Nesse ritmo, a Vale está perto de voltar a ser negociada acima de R$ 100?
Curto prazo ainda pesa
Para analistas ouvidos pelo Money Times, o mercado não deve ver a ação da mineradora valendo R$ 100 ou acima desse valor no curto prazo.
Matheus Spiess, analista da Empiricus, vê espaço para a Vale voltar a R$ 100, mas não necessariamente no curto prazo, apesar dos ventos positivos que a retomada econômica chinesa tem trazido para os mercados.
O maior detrator, na avaliação de Spiess, é o temor de recessão em nível global, uma vez que haveria uma desaceleração da atividade e consequente queda na demanda por commodities em geral.
“Eventuais pressões podem ter efeito negativo em Vale. Então, no curto prazo, talvez ela não chegue até os R$ 100”, diz.
Por outro lado, Spiess acredita que a ação pode voltar a valer R$ 100 no médio e longo prazo, “sem problema nenhum”.
“Até porque é um call sistêmico. Se houver um rali brasileiro, ela tende a andar”, completa o analista.
O analista ressalta, no entanto, que a Vale deve flertar com esse patamar. Para que ela se mantenha em patamares acima dos R$ 100, precisaria haver estabilidade prolongada dos preços ou uma explosão dos preços do minério de ferro.
“Se ficar estável o preço, ela consegue gerar muito caixa, crescer receita, crescer operação. Ela poderia aumentar seu valor ao longo do tempo. Se o preço explodir, ela também conseguiria. Agora, se ficar volátil o preço ou cair, aí ela não se manteria”, explica.
O líder da área de análise da Warren, Frederico Nobre, acredita que seja “muito otimismo” pensar que a Vale deve voltar aos R$ 100. Ele lembra que a Vale atingiu máxima quando o minério estava acima de US$ 200 em 2021.
“Acho que é bem pouco provável que a gente veja o minério de ferro voltando a esses patamares tão agressivos”, afirma.
Nobre ainda acrescenta que, para os padrões da Vale, os custos de produção seguem altos.
“Logo após o último resultado da Vale, ela despencou por conta disso”, lembra o analista.
“No trimestre, o mercado esperava que a Vale fosse apresentar uma melhora nos seus custos de produção de minério de ferro, e isso não aconteceu. Agora, resta saber se, para o quarto trimestre deste ano, ela realmente vai conseguir virar a chave neste sentido”.
China, a resposta?
Para Spiess, da Empiricus, a questão da pandemia do coronavírus na China deve ser uma página superada.
De acordo com o especialista, o mercado está ansioso demais quanto à velocidade que a recuperação da economia da segunda maior economia mundial pode apresentar, “mas, voltar como era antes, acho mais difícil”.
“De maneira geral, a abertura deve ser contínua e marginal”, afirma.
Gabriel Augusto Mollo, analista de investimentos do Banco Daycoval, é da mesma opinião.
“Acredito que isso [restrições] é uma tendência que não vai voltar. A reabertura vai continuar acontecendo. Só não sei se ela vai ser rápida”, comenta.
O analista acredita que a China tentará correr atrás do prejuízo, mas, quanto ao ritmo, difícil prever.
“Parece cada vez mais provável que a China vai reabrir. Provavelmente, essa reabertura tende a ser gradual”, complementa.
Sobre as estimativas recentemente divulgadas pela Vale, de produção de minério de ferro entre 310-320 milhões de toneladas em 2023, Spiess avalia que frustraram as expectativas, mas mostra certo controle da Vale em relação à incerteza do mercado global.
Ao mesmo tempo que o fato de a Vale estar produzindo menos ser um choque positivo para o preço do minério de ferro, considerando que a empresa é um player global, também sinaliza que uma recessão global pode chegar. Apesar disso, Spiess diz que Vale continua barata e” pode aguentar desaforo”.
Oportunidade em VALE3?
A Empiricus segue construtiva em Vale, pois enxerga eficiência no controle de custos da companhia, que segue gerando bom caixa. Em meio à expectativa de uma recessão mais curta, Spiess acha que os preços do minério de ferro podem se sustentar em patamares elevados – ainda que não em US$ 110-120 a tonelada.
Apesar disso, a preferência é pela Gerdau (GGBR4) e a holding controladora Metalúrgica Gerdau (GOAU4).
Além de maior valor agregado por conta da exposição ao aço, a Gerdau tem batido as expectativas de resultados há vários trimestres, demonstrando eficiência de gestão e projetos relevantes.
Além disso, destaca Spiess, ela está muito relacionada à sucata, que poderia ser relacionada com a tese ESG, atraindo capital estrangeiro para a companhia.
A Gerdau é ainda exposta aos Estados Unidos, com grande contratação esperada para 2023, apesar do receio de recessão no país.
“Em uma realidade de remodelação das cadeias produtivas globais, a gente pode surfar com as duas [Gerdau e Vale]. Mas Gerdau vai estar na frente da cadeia, porque ela está vivendo o aço. Da mesma maneira, ela consegue estar barata e pagar dividendos”, afirma o analista.
“A gente é construtivo para as duas ações, mas Gerdau tem essas vantagens operacionais e de momentum que parecem brilhar mais aos olhos”, completa.
A Warren mantém recomendação neutra para a Vale, pois enxerga o movimento atual um pouco como “otimismo exagerado”. No entanto, a instituição acredita que as perspectivas para o setor de mineração e siderurgia como um todo são melhores.
IstoÉ Dinheiro - SP 14/12/2022
A gigante global da mineração BHP Group foi acusada na terça-feira de tentar “adiar para sempre” a questão da responsabilidade pelo rompimento de uma barragem em Mariana (MG), em 2015, que desencadeou um dos piores desastres ambientais do Brasil.
A BHP está enfrentando um processo de mais de 5 bilhões de libras (mais de 6 bilhões de dólares) movido por 200 mil brasileiros no Tribunal Superior de Londres sobre o rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da joint venture Samarco entre a BHP e a Vale.
O desastre matou 19 pessoas enquanto mais de 40 milhões de metros cúbicos de lama e resíduos tóxicos de mineração foram arrastados para o rio Doce, destruindo vilas e atingindo o Oceano Atlântico a mais de 650 quilômetros de distância.
A BHP, maior mineradora do mundo em valor de mercado, nega culpa e no início deste mês entrou com um pedido para juntar a Vale ao caso. A mineradora brasileira disse em comunicado que “pretende contestar qualquer suposta culpa”.
O processo, um dos maiores da história jurídica inglesa, foi arquivado em 2020 antes que o Tribunal de Apelação decidisse em julho que poderia prosseguir. A BHP recorreu ao Supremo Tribunal para anular essa decisão e sua aplicação está pendente.
Os advogados que representam os reclamantes – que incluem centenas de empresas, 25 autoridades municipais e membros do povo indígena Krenak, alguns dos quais foram até Londres para a audiência – disseram que a BHP estava tentando atrasar a determinação da responsabilidade.
“Essas vítimas sofreram o colapso há mais de sete anos. Eles iniciaram sua reclamação há mais de quatro anos”, disse Alain Choo-Choy.
Ele argumentou que a BHP estava tentando “adiar para sempre a questão da responsabilidade substantiva por mais alguns anos – isso sem dúvida seria muito conveniente”.
Mas a BHP – que diz que o processo duplica procedimentos legais e programas de reparação no Brasil – argumentou que “não era apropriado ou mesmo viável” ter um julgamento sobre a questão da responsabilidade no início de 2024.
Charles Gibson, representando a BHP, disse em documentos judiciais que a lista de requerentes atuais era “caótica” e havia “incerteza contínua” sobre se milhares de indivíduos queriam continuar com seus casos.
Valor - SP 14/12/2022
Desempenho futuro passa pelas definições do novo governo
“Onde queremos chegar em termos de infraestrutura, em rodovias, ferrovias, aeroportos, saneamento e portos?”, questiona Gonçalves, CEO da JCB no Brasil — Foto: Ana Paula Paiva/Valor
Ao completar 10 anos do início da produção na unidade de Sorocaba (SP), a única em toda a América Latina, a fabricante inglesa de máquinas JCB fecha 2022 com o melhor ano no país em volume. Somando mercado interno e exportações serão 5,5 mil máquinas da chamada linha amarela entregues até o fim de dezembro. São 4 mil unidades vendidas no Brasil e outra 1,5 mil embarcadas majoritariamente para os países latinos, mas também para os Estados Unidos. O crescimento no mercado interno fica entre 30% e 35% e nas exportações é de 20%. Esse desempenho coloca a operação brasileira entre as 10 maiores do grupo no mundo.
A linha amarela inclui máquinas como escavadeiras, retroescavadeiras, plataformas elevatórias e compactadores, entre outros tipos, e atendem principalmente a construção civil, agronegócio, mineração e projetos de infraestrutura em geral. A JCB começou a atuar no Brasil com importadores e em 2001 iniciou a montagem dos primeiros produtos no país em sistema de CKD (quando a máquina vem desmontada e apenas é remontada sem agregar valor) em um galpão. A fábrica no interior paulista foi construída 11 anos depois.
“Começamos montando uma máquina por semana no galpão em 2001. Hoje produzimos 30 máquinas por dia e temos um índice de nacionalização que varia de 54% a 60% dependendo do produto”, conta José Luis Gonçalves, presidente da JCB no Brasil. Entre as peças importadas estão os motores das máquinas que, por conta do volume, não justifica a produção local.
A depender da política do futuro governo, a demanda pode ficar aquém ou até superar os 10% estimados
O grupo inglês está aproveitando o bom momento que o segmento de linha amarela vive desde o fim da década passada. Os fabricantes passaram ilesos pela pandemia de covid-19 no que diz respeito à demanda.
Gonçalves conta que em 2014 o mercado como um todo de máquinas amarelas somou 24 mil unidades. Nos anos seguintes, em meio à crise econômica que atingiu o país na segunda metade da década passada, as vendas do setor caíram para 13 mil unidades já em 2015, para 8 mil em 2016 e chegaram ao fundo do poço em 2017 com pouco mais de 6 mil máquinas entregues.
A partir de 2018 o mercado começou a reagir, com 12 mil máquinas no total. Desde então a demanda tem subido em média pouco acima dos 30% ao ano, até atingir cerca de 35 mil unidades em 2022. Mesmo em anos difíceis para o conjunto da economia por conta da covid-19, como 2020 e 2021, a procura por máquinas se manteve aquecida. Gonçalves avalia que parte dessa recuperação vem da demanda reprimida entre 2015 e 2017 e outra parte do crescimento normal do mercado.
“Mesmo no período da pandemia, a necessidade de máquinas foi sustentada em todos os segmentos, construção, mineração, agricultura, no aluguel, movimentação de materiais, recicláveis e lixo”, afirma o executivo. “Nós acompanhamos o crescimento em todos os anos e em alguns crescemos acima da média, ganhando participação de mercado.” No total de vendas da JCB, construção responde por 35%, seguida do agronegócio (25%) e empresas de aluguel equipamentos (25%).
Se a JCB, e todo o setor, não enfrentou problemas na saída do portão da fábrica por onde passam as máquinas prontas, o mesmo não aconteceu no sentido inverso, que recebe insumos e peças. A desestruturação da cadeia logística mundial causada pela pandemia elevou os custos de insumos, peças e frete. E provocou falta de componentes, de chips a pneus.
Gonçalves conta que 2021 foi o ano mais crítico, com altas quase que mensais de dois dígitos do aço, falta de componentes, commodities muito valorizadas e fretes ainda oito vezes mais caros do que na pré-pandemia. Foram vários os casos de renegociação de preços já acertados com os clientes para tentar recompor parte da margem.
“Faltaram máquinas em todos os anos desde 2020, 2021 e até a metade de 2022. Podemos dizer que terminamos 2022 com equilíbrio entre capacidade instalada e mercado. Uma situação normal de atendimento aos clientes”, diz.
Apesar da expansão acima dos 30% anuais e do volume recorde de 2022, o presidente da JCB mantém os pés firmes no chão. Para ele o mercado brasileiro está muito abaixo do seu real potencial. Ele destaca as carências que o país tem em infraestrutura e habitação, por exemplo, e lembra números de outros países. Cita alguns bem menores que o Brasil, como Alemanha e França com 40 mil máquinas anuais, e alguns grandes, como Estados Unidos com 250 mil equipamentos por ano e Índia com 80 a 90 mil máquinas.
“A provocação que temos de fazer para nós é onde queremos chegar em termos de infraestrutura, em rodovias, ferrovias, aeroportos, saneamento e portos, por exemplo”, afirma.
Gonçalves se define neste momento como um otimista cauteloso. O otimismo vem de uma expectativa de crescimento de 5% a 10% em 2023 tendo como base os projetos que já estão anunciados. O que levaria a JCB a entregar mais de 6 mil máquinas no próximo ano. Isso exigirá aumento de 10% no número de funcionários, que hoje fica em torno de 700.
A cautela tem origem na mudança de governo e qual a política que será adotada para a infraestrutura. O executivo defende a continuidade da participação do capital privado para melhoria e expansão da infraestrutura. A depender da política do futuro governo, a demanda pode ficar aquém ou até superar os 10% estimados. E Gonçalves garante que a JCB, e todo o setor, teriam condições de atender essa boa surpresa. “Podemos ter um tempo de reação maior, por conta até dos nossos fornecedores, mas logo conseguimos nos ajustar.”
A JCB está no meio de um plano de investimentos de R$ 120 milhões, previsto para o triênio 2022-2024, que deve elevar a capacidade de produção em Sorocaba para até 10 mil máquinas por ano.
Paralelo ao aumento de capacidade, a empresa começou a importar máquina elétricas para atender às necessidades de redução de emissão de CO2 de alguns clientes no Brasil. E para o futuro não muito distante, Gonçalves aposta no hidrogênio verde como solução viável para o país. “Já temos máquinas sendo testadas (no exterior) movidas a hidrogênio verde. E o Brasil tem potencial para ser um grande produtor de hidrogênio verde.” É a aposta da JCB para os próximos 10 anos.
Valor - SP 14/12/2022
Jérsica Cantanhede, operadora, na sala de controle de terminal da Vale: monitoramento a distância — Foto: Divulgação
Mineração, agricultura e manufatura estão usando no país equipamentos pesados com diferentes níveis de autonomia - inclusive não tripulados. A Vale é uma das pioneiras. A empresa opera com equipamentos autônomos, capazes de executar ações sem interferência humana direta, e teleoperados, com ações determinadas por operadores abrigados em uma sala de controle.
Atualmente, estão em operação 80 equipamentos autônomos no Brasil, em quatro Estados - Minas Gerais, Pará, Maranhão e Rio de Janeiro. São 27 caminhões fora de estrada, dos quais 13 na mina de Brucutu (MG), da Catterpillar, e 14 em Carajás (MA), da Komatsu, 20 perfuratrizes e 34 máquinas de pátio.
O uso de inteligência artificial, sistemas de computador, GPS e radares permite aos veículos se movimentarem sem operadores nas cabines, com redução de riscos e ganhos de eficiência. No pátio de estocagem do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), a operadora Jérsica Cantanhede monitora as 18 recuperadoras e empilhadeiras a distância.
Já em Itabira (MG), por exemplo, perfuratrizes autônomas reduziram o consumo de combustível em 7,3% em comparação às tripuladas, cerca de 1,2 mil litros por ano. Pneus e motores dos caminhões de Brucutu ganharam 25% de vida útil e nos pátios autônomos de Carajás os desvios operacionais durante o processo de empilhamento e recuperação de minério caíram 90%. Este ano, os investimentos na frota autônoma alcançaram US$ 45 milhões. Outros US$ 124 milhões foram consumidos de 2016 a 2021. As informações são da assessoria da Vale.
A empresa conta com rede privada 4G LTE da Vivo em Carajás e Wi-Fi nas demais operações. Além dos autônomos, emprega caminhões Mercedes-Benz teleoperados para descaracterização de barragens em Minas Gerais, pás carregadeiras semiautônomas e perfuratrizes teleoperadas no Canadá (nove equipamentos) e tem operação 100% autônoma no pátio do porto da Malásia (nove equipamentos), onde está sendo implantado o primeiro descarregador de navios autônomo da empresa.
Segundo Javier Matsuda, diretor executivo de mineração e gerente executivo de projetos AHS (sistemas de transporte autônomo) da Komatsu, a frota global de caminhões autônomos da marca gira em torno de 600 veículos, que rodam em minas de nove mineradoras, quatro países e vinte locais, com vantagens como operação ininterrupta, precisa e segura. O nível 4 garante operação automática total em áreas restritas - o último nível, 5, corresponde a autonomia em qualquer local.
A Caterpillar tem investido em tecnologias autônomas para caminhões de grande porte - mais de 500 mundo afora -, tratores de esteiras e escavadeiras. A primeira fase de automação funciona com controle remoto, com operador presente no local e visão da máquina, mesmo fora dela. A segunda é de semi-autonomia, com operadores gerenciando várias máquinas a partir de uma estação remota, dentro ou fora do local.
A última são os veículos totalmente autônomos. Em agosto a BHP fechou acordo com a marca para substituir todos os 160 caminhões de transporte da mina Escondida, no Chile, a maior produtora de cobre do mundo, em até dez anos. A Mercedes-Benz também apresentou caminhão nível 4 (Atego 1730), desenvolvido em parceria com a startup Lume Robotics com uso de câmeras e sensores baseados em laser.
O veículo foi adaptado para transporte de pallets de produtos entre os galpões fabris e o centro de distribuição da Ypê, em Amparo (SP). A marca ainda oferece o Axor 3131, também conhecido como máquina agrícola Grunner, com automação nível 2, baseado em sistema de direção guiado por pré-programação, referenciado por GPS e resultante de parceria com a Grunner, da Agrocana Caiana. O equipamento se destina a operação de transbordo da cana, ao lado da colheitadeira, em substituição ao trator. Não prescinde de operador, mas ganha precisão e produtividade, permitindo operação noturna, por exemplo. “Teremos 700 máquinas agrícolas Grunner operando na próxima safra de cana e quatro caminhões Atego 1730 na Ypê até o fim de 2023”, prevê Marcos Andrade, gerente sênior de marketing de produto caminhões da Mercedes-Benz.
A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) também entrou no campo, literalmente. Em setembro anunciou teste do primeiro veículo da marca capaz de trafegar sem necessidade de interferência direta do condutor, um Constellation 31.280 que vai atuar junto às colheitadeiras de cana. O caminhão tem motorista, mas é equipado com sistema de geoposicionamento em tempo real (RTK) para identificar posição e seguir rota pré-programada, com precisão de 2,5 cm, controle de velocidade de cruzeiro (piloto automático) e sistema de câmeras para visão 360 graus ao redor.
Valor - SP 14/12/2022
Incorporadora terá no 1º tri seu sétimo projeto na região do Porto Maravilha
Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial da Cury, aposta na transformação da região portuária carioca em bairro residencial com os projetos da empresa — Foto: Silvia Zamboni/Valor
A incorporadora Cury prepara para o primeiro trimestre de 2023 seu sétimo lançamento na região portuária do Rio de Janeiro, conhecida como Porto Maravilha, desde junho de 2021, quando começou a fila de projetos no local com o Rio Wonder.
O empreendimento Epicentro terá valor geral de venda (VGV) de R$ 400 milhões, com 954 unidades de 32 a 70 metros quadrados. Com o prédio, a Cury vai chegar a R$ 2 bilhões em VGV lançado no local.
Como explica Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial, a região portuária foi pensada inicialmente para abrigar grandes projetos corporativos e hoteleiros, mas crises econômicas, principalmente depois das Olimpíadas de 2016, fizeram com que a maior parte deles não fosse realizado.
“Hoje você tem mais movimento de carros ali, pela saída e entrada do Centro, mas não tem movimento de pessoas, e conseguimos emplacar todo esse volume de residência”, diz Mesquita.
É um bairro ainda em formação, do ponto de vista de moradias, mas que conta com infraestrutura por estar em uma porção central da cidade. “Tinha virado uma área de depósito, havia os galpões das escolas de samba, que depois foram para a Cidade do Samba. Hoje a maioria dos terrenos é estacionamento de ônibus”, afirma. A rodoviária Novo Rio fica na região.
Em alguns anos, a área deve se transformar. Só a Cury já tem 3.167 unidades lançadas ali, das quais 2.800 estão vendidas, conta Mesquita. A empresa calcula que cerca de 14 mil pessoas devem morar nesses empreendimentos.
A incorporadora ainda tem um banco de terrenos de R$ 1 bilhão em VGV para a área portuária e o Centro da capital fluminense. “Vai depender da absorção do mercado, mas a ideia é continuar expandindo essa região e deixando com cara de bairro”, afirma o executivo.
Pensando nas pessoas que vão viver nos empreendimentos, a incorporadora incluiu no Epicentro uma galeria comercial com 2.600 m2. A Cury terá um parceiro para operar o espaço, mas isso ainda não foi definido. Em São Paulo, a incorporadora trabalha com a HBR Realty, que atua na capital paulista e região metropolitana.
Quando começou a lançar na região portuária, no ano passado, o preço médio das unidades dos empreendimentos da Cury partia de R$ 250 mil, chegando a R$ 400 mil. Conforme novos projetos surgiram, a companhia elevou gradativamente o preço. Para o Epicentro, as unidades custarão entre R$ 300 mil e R$ 700 mil, com foco no público de renda média, e não se encaixarão no programa habitacional federal - Casa Verde e Amarela ou Minha Casa, Minha Vida.
Além da região portuária e do Centro carioca, a Cury constrói na Zona Oeste, principal área de expansão imobiliária na cidade, por ter mais terrenos disponíveis, e na Zona Norte. Também tem projetos em Niterói, um deles para ser lançando no primeiro trimestre, depois do Epicentro, diz Mesquita.
Na apresentação dos resultados do 3º trimestre, Fabio Cury, presidente da incorporadora, afirmou que a empresa teria a estratégia de concentrar lançamentos nos primeiros três meses de 2023, deixando menos projetos para o trimestre atual, conturbado por eleições, Copa do Mundo e festas de final de ano. Segundo Cury, a empresa vai chegar perto de R$ 1 bilhão em lançamentos de janeiro a março.
O Estado de S.Paulo - SP 14/12/2022
O presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas, sugeriu em seu voto sobre o projeto de privatização do Porto de Santos que o futuro governo analise outras vendas de autoridade portuária antes de avançar com o leilão do maior complexo portuário da América Latina. O Estadão/Broadcast mostrou que essa recomendação era analisada por Dantas. A posição do ministro vai ao encontro das preocupações de auxiliares do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que querem deixar o leilão do Porto de Santos na geladeira para avaliar a modelagem e os efeitos da política de privatização em outros ativos.
O governo Bolsonaro fez o primeiro leilão de autoridade portuária no início do ano, quando vendeu a Codesa, companhia docas que administrava os portos de Vitória e de Barra do Riacho, no Espírito Santo.
“O modelo de privatização de autoridade portuária só foi feito no Brasil em único porto, sequer temos primeira avaliação dos riscos e problemas que podem derivar dessa privatização”, apontou Bruno Dantas. “Estou seguro de que o governo acatará recomendação independente de aprovarmos no plenário”, disse. O julgamento sobre o caso de Santos foi suspenso por um pedido de vista do ministro Walton Alencar.
O presidente da Corte inclusive relatou que a ex-ministra Miriam Belchior, integrante da transição, fez chegar a ele a intenção do novo governo de observar o desempenho de outras autoridades que venham ser privatizadas, eventualmente colocando outros portos na fila antes de avançar em qualquer direção com o Porto de Santos. Como já mostrou o Estadão/Broadcast, auxiliares de Lula entendem que podem buscar outras alternativas à desestatização, como a concessão de serviços específicos do porto, como o de dragagem. O desenho em análise pelo TCU, enviado pelo governo Bolsonaro, prevê a venda da companhia portuária, junto da concessão dos serviços de administração do porto.
Na sessão, o ministro Benjamin Zymler questionou a motivação do governo Bolsonaro de vender a Autoridade Portuária de Santos, a SPA, tendo em vista que nos últimos anos a estatal passou a dar bons resultados financeiros. O ministro Walton Alencar, que pediu vista do processo de privatização, apontou, contudo, a necessidade de avaliar se a administração do porto durante o novo governo continuará “sem problemas, assim como entre as outras estatais brasileiras”. “Agora nós temos um parâmetro para comparar e impedir retrocessos”, concluiu Bruno Dantas.
Concentração
Dantas também buscou endereçar em seu voto a mitigação de riscos de concentração de mercado no setor de contêineres, a partir de recomendações sobre o que deverá ser feito da área conhecida como STS10, reservada à princípio para ser um novo terminal de contêineres no Porto. A exploração da área é cercada por uma forte disputa sobre a possibilidade de participação de armadores (companhias de navegação) entrarem na operação.
A Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) tenta evitar a participação de grupos como Maersk e MSC sob a alegação de que, caso uma das companhias administrem a área, o setor estaria ameaçado por uma concentração de mercado vista como predatória. Já os grupos afirmam que a entidade trabalha para brecar a concorrência.
Em seu voto, Dantas aponta que a proposta de contrato de concessão do Porto de Santos já prevê que as minutas contratuais para utilização dos terminais STS10 e STS53 (terminal para movimentação de fertilizantes) deverão ter cláusulas destinadas à defesa da concorrência intraportuária.
O ministro, contudo, viu a previsão como insuficiente. Portanto, entendeu necessário determinar ao Ministério da Infraestrutura e à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) que prevejam, no âmbito do contrato a ser celebrado pela concessionária para a exploração do terminal STS10, uma regulação robusta para evitar que a prática de integração vertical resulte em concentração de mercado e em práticas abusivas que prejudiquem a livre concorrência e os interesses nacionais.
Além disso, sugeriu recomendar que essa regulação a ser aplicada à exploração do terminal STS10 seja consubstanciada na vedação de que empresas que estejam sob controle societário de empresas identificadas pelo CADE venham a participar do certame ou, de outro modo, a explorar a área - exceto se a licitação restar fracassada.
“Há um movimento global de verticalização, no sentido de que as empresas que operam os navios, os armadores, têm adquirido portos estratégicos. Isso significa que a empresa que possui a carga também possui portos em regiões estratégicas. Se, por um lado, ela consegue há ganho de eficiência, há risco potencial de no longo prazo haver abuso de posição dominante, com todos os outros portos da região sofrem definhamento, prejudicando interesse nacional”, assinalou Dantas na sessão.
Petro Notícias - SP 14/12/2022
A agência de notícias Reuters publicou uma informação de que a Argentina garantiu um financiamento de 689 milhões de dólares do BNDES para a segunda etapa de um importante gasoduto na enorme região de xisto de Vaca Muerta, com base no que disse a secretária de Energia, Flavia Royon, nesta segunda-feira (12). O gasoduto, que aumentará a capacidade de transporte de gás do país, ajudará a Argentina a alcançar a autossuficiência energética, aprofundar as exportações regionais e desenvolver projetos de GNL, segundo informou a secretária argentina à líderes empresariais em um evento na cidade de Buenos Aires, capital do país. A primeira etapa do gasoduto, que ligará Vaca Muerta, na província patagônica de Neuquén, à região próxima à capital Buenos Aires, será concluída ainda no primeiro semestre do ano que vem.
Flavia Royon também disse que está negociando um outro empréstimo de US$ 540 milhões com o banco de desenvolvimento latino-americano CAF para apoiar o desenvolvimento do projeto. E que as negociações estariam bem avançadas. Para lembrar, Vaca Muerta, é a segunda maior reserva de gás de xisto do mundo e a quarta maior em óleo de xisto, é a chave para a Argentina reverter um déficit comercial de energia de bilhões de dólares, com o governo visando eventuais exportações de GNL.
A notícia pegou a todos de surpresa, porque também foi com base em denúncias de empréstimos para desenvolver obras no exterior, que o Presidente Bolsonaro ajudou a se eleger. Por várias vezes ele denunciou que dinheiro do BNDES ajudou à construção de várias obras no exterior, em detrimento de investimentos que poderiam ser feitos no Brasil. O Petronotícias procurou o BNDES, que até agora ainda não deu respostas.
CNN Brasil - SP 14/12/2022
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirma, em relatório mensal publicado nesta terça-feira (13) que sua projeção para o crescimento na demanda global pela commodity seguiu em 2,5 milhões de barris por dia (bpd) para 2022. Para o ano seguinte, ela continua em 2,2 milhões de bpd.
No ano atual, a demanda por petróleo foi revisada para cima no terceiro trimestre, puxada pelos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas revista para baixo no quarto trimestre, diante de desaceleração fora da OCDE e da atividade industrial fraca da China.
Para 2023, a expectativa é de crescimento de 300 bpd na demanda da OCDE e de 1,9 milhão de bpd fora desse grupo, mas a Opep ressalta que a projeção está sujeita a “muitas incertezas” no quadro atual, por fatores como as medidas para conter a covid-19, sobretudo na China, e “as tensões geopolíticas em andamento”, com a guerra da Rússia na Ucrânia.
Demanda pelo petróleo do grupo
A demanda pelo petróleo da Opep no ano atual foi mantida em relação ao mês anterior, em 28,6 milhões de barris por dia, afirma a entidade. O resultado representa um crescimento de cerca de 500 mil bpd em relação ao nível de 2021, compara.
A Opep ainda informa que o crescimento na demanda pelo seu petróleo em 2023 também foi mantido, a 29,2 milhões de bpd, ou seja, um crescimento de 600 mil bpd ante o esperado para o ano atual.
Oferta
Já do lado da oferta, a Opep diz que o crescimento neste ano dos países que estão fora do cartel será de 1,9 milhão de bpd, praticamente em linha com o apontado no mês anterior.
Os principais impulsionadores desse aumento são EUA, Canadá, Guiana, Rússia, China e Brasil, enquanto na Noruega e na Tailândia deve haver recuo na produção.
Para 2023, a previsão é que o crescimento na produção de fora da Opep de 1,5 milhão de bpd, com o avanço puxado por EUA, Noruega, Brasil, Canadá, Casaquistão e Guiana, mas queda na produção na Rússia e no México.
A Opep vê, ainda, grande incerteza sobre o quadro geopolítico no Leste Europeu, bem como em relação ao potencial de produção de xisto nos EUA em 2023.
Atividade global
A organização afirma também que a economia global continuou em sua trajetória de recuperação em boa parte de 2022, mas com níveis variados entre as regiões e com “uma desaceleração notável mais para o fim do ano”.
A zona do euro teve crescimento inesperado no primeiro semestre do ano atual, antes de desacelerar no semestre atual, com a inflação mais alta e o consequente aperto monetário do Banco Central Europeu (BCE), bem como temores de uma crise de energia, diz a Opep.
A economia dos EUA, por sua vez, enfrentou “desafios” no primeiro semestre, mas se recupera no atual, apoiada pelo consumo saudável.
Já na China, a política rígida contra a covid-19 conteve o crescimento em 2022. Na Índia, o crescimento foi forte no primeiro semestre, mas desacelerou um pouco no terceiro trimestre, em quadro de inflação elevada. Para 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) global deve crescer 2,8%, prevê a Opep.
Para 2023, o cartel espera que o crescimento global seja de 2,5%. O relaxamento de políticas rígidas contra a covid-19 na China e a resolução de tensões geopolíticas no Leste Europeu poderiam ajudar, diz a Opep.
Money Times - SP 14/12/2022
O petróleo fechou acima de 80 dólares o barril nesta terça-feira e registrou seus maiores ganhos diários em mais de um mês, com investidores comprando ativos de risco depois que dados dos EUA apontaram para desaceleração da inflação.
O mercado também foi impulsionado por preocupações sobre interrupções no fornecimento, incluindo o fechamento contínuo do oleoduto Keystone do Canadá para os Estados Unidos após um grande vazamento na semana passada.
Os contratos futuros de petróleo Brent fecharam a 80,68 dólares por barril, alta de 2,69 dólares, ou 3,5%.
Os contratos futuros de petróleo nos EUA (WTI) fecharam a 75,39 dólares por barril, alta de 2,22 dólares, ou 3%. Ambos os contratos registraram seus maiores ganhos diários desde 4 de novembro.
O índice do dólar despencou nesta terça-feira depois que dados mostraram que a inflação subjacente dos preços ao consumidor dos EUA subiu menos do que o esperado no mês passado, reforçando as expectativas de que o Federal Reserve diminuirá o ritmo de seus aumentos nas taxas de juros na quarta-feira.
Um dólar mais fraco torna o petróleo mais barato para detentores de outras moedas, o que pode aumentar a demanda.
“Ninguém realmente viu esse número abaixo das expectativas – um possível evento positivo de demanda que colocou uma oferta no mercado”, disse o analista da Mizuho, Robert Yawger.
O foco agora mudará para como o Federal Reserve dos EUA responde ao relatório do CPI, acrescentou Yawger. Uma pausa nos aumentos das taxas de juros pode empurrar os preços para cima.
No entanto, traders disseram que as preocupações com a oferta de petróleo já existem há alguns dias, sugerindo que o rali desta terça-feira pode ser devido a um sentimento mais amplo de “risco” após os dados da inflação.
“Este é apenas um rali amplo baseado no dólar”, disse Eli Tesfaye, estrategista sênior de mercado da RJO Futures. “Dada a queda sustentada no mercado, qualquer notícia positiva elevará o petróleo, mas resta saber se esses ralis se manterão.”
O rali desta terça-feira também pode ser devido a traders fechando posições vendidas – apostas especulativas de que o preço de uma commodity cairá – depois que ambos os índices de referência caíram mais de 10% na semana passada.
Petro Notícias - SP 14/12/2022
A Gás Natural Açu (GNA) anunciou hoje (13) a assinatura de termos de compromisso com a Transportadora Associada de Gás (TAG) e a Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para que desenvolvam estudos de viabilidade visando a construção de um gasoduto bilateral interligando o Parque Termelétrico do Porto do Açu à malha nacional de gás. Segundo a GNA, os estudos, que consideram cronograma, traçado e investimentos, somados às oportunidades de mercado, serão base para tomada de decisão entre duas opções: o Gasoduto Goytacazes (GASOG), por meio da rede da TAG, ou o Gasoduto de Integração Norte Fluminense (GASINF), da NTS. Segundo a GNA, o gasoduto foi projetado para ser bilateral, o que permitirá a injeção de gás natural na rede, a partir de um navio regaseificador (FSRU), bem como o recebimento de gás doméstico para novos projetos da GNA e no Porto do Açu.
No caso do NTS, o Memorando de Entendimentos com a GNA representa o primeiro passo para os estudos de viabilização do projeto e licenciamento do novo gasoduto GASINF – Gasoduto de Integração Norte Fluminense. Esta nova infraestrutura pretende conectar o Parque Termelétrico a gás natural da GNA, no Porto do Açu, à malha de transporte da NTS em Macaé, no Rio de Janeiro.
Pelo acordo entre as partes, a NTS ficará responsável pelo desenvolvimento do projeto, incluindo estudos técnicos, para implementação de uma infraestrutura de conexão, composta por um gasoduto de cerca de 105 km e ativos adicionais necessários para conectar o Parque Termelétrico a Gás Natural, da GNA, que inclui um Terminal de Regaseificação de GNL e duas termelétricas, ao Terminal de Cabiúnas, em Macaé. O gasoduto bidirecional seria projetado para receber até 15 MMm³/d de gás natural vindo do navio FSRU atracado ao Terminal de GNL. A linha seria capaz ainda de entregar até 16 MMm³/d, favorecendo o desenvolvimento de indústrias no Norte do estado, principalmente no Porto do Açu, no município de São João da Barra (RJ).
“Por ser um gasoduto bidirecional, o GASINF permitiria à GNA o desenvolvimento de diferentes modelos de negócio, funcionando como elemento fundamental para garantir flexibilidade comercial e viabilizar a instalação de novas indústrias consumidoras de gás natural no Porto do Açu, que poderiam acessar as rotas de escoamento do pré-sal”, disse o diretor Comercial da NTS, Hélder Ferraz. O projeto está sujeito à aprovação pelos órgãos da administração da Companhia, bem como pelos órgãos governamentais competentes, como diz Bernardo Perseke, CEO da GNA. “A potencial conexão de nosso projeto à malha de gasodutos nacional possibilitará a criação de novas oportunidades de negócios a partir do gás natural e a consolidação de nosso Hub de Gás e Energia no Porto do Açu. Em caso de evolução após a conclusão dos estudos, o projeto representará um marco para a industrialização da região Norte do Estado do Rio, atraindo novos investimentos e fomentando a geração de empregos”, declarou.
O acordo com a TAG também prevê a realização de estudos de viabilidade, desta vez para o Gasoduto Goytacazes (GASOG), infraestrutura de conexão de acesso, visando a integração logística do Parque Termelétrico da GNA, no Porto do Açu, à rede de transporte de gás natural da TAG. Pelo acordo, a TAG fica responsável pelos estudos técnicos e de viabilidade para implementação de uma infraestrutura de conexão de acesso, composta por um gasoduto de aproximadamente 45 km, bem como ativos auxiliares necessários para conectar o Parque Termelétrico a Gás Natural da GNA.
O conceito do estudo também é de um gasoduto bidirecional, projetado para receber até 10 MMm³/d de gás natural do navio FSRU e entregar ao Parque Termelétrico e ao Complexo Industrial Portuário até 12 MMm³/d, com capacidade para futuras expansões até 18 MMm³/d. Se implementado, este gasoduto poderá favorecer o desenvolvimento de indústrias no Norte do estado. A assinatura desse acordo permite à TAG iniciar os estudos técnicos e de viabilidade, para submeter o projeto à análise e aprovação da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
“Este projeto representa um importante avanço no processo de abertura e expansão do mercado de gás natural no Brasil, conectando uma nova fonte de abastecimento (Terminal de GNL da GNA) e de consumo (usinas termelétricas e potenciais indústrias) à rede da TAG, trazendo mais liquidez, flexibilidade e competitividade ao mercado de gás e segurança de suprimento ao setor elétrico”, afirma Gustavo Labanca, diretor-presidente da TAG.
Cultivar - RS 14/12/2022
A AGCO Corporation recebeu dez prêmios AE50 da American Society of Agricultural and Biological Engineers (ASABE). A cada ano, um painel internacional de especialistas em engenharia reconhece os 50 projetos mais inovadores do ano em produtos ou sistemas de engenharia para as indústrias alimentícias e agrícolas. Os dez prêmios AE50 da AGCO abrangem o portfólio de marcas da empresa, incluindo Fendt, Fuse, Intelligent Ag, Massey Ferguson e Precision Planting.
"A inovação é fundamental para nossa visão de sermos o parceiro mais confiável dos agricultores para soluções agrícolas inteligentes e líderes da indústria e estamos honrados em ser reconhecidos com dez prêmios AE50 em todo o nosso portfólio de marcas", disse Eric Hansotia, presidente, presidente e diretor executivo da AGCO.
"Ajudar os agricultores a maximizar o rendimento enquanto reduz os insumos e o impacto proporciona valor real aos agricultores e motiva nossa equipe a acelerar o ritmo da inovação do agricultor-primeiro em todas as áreas de nossos negócios", completou.
Os prêmios para as empresas foram em razão de...
Fendt 700 Gen7 Vario
• Fendt 700 Gen7 Vario: trator mais popular da marca. Redesenhado para melhorar o desempenho, reduzir custos e aumentar a produtividade, o trator é um dos mais versáteis e fáceis de operar em seu segmento de mercado, com cinco modelos que variam de 203 a 283 cv de motor, um padrão VarioDrive CVT, estação do operador FendtONE, motor AGCO Power 7.5L eficiente no consumo de combustível, e características de reforço agronômico como o Sistema Central de Inflação de Pneus (CTIS) VarioGrip.
A Revista Cultivar informou sobre o lançamento do Fendt 700 Vario Geração 7 em 6/9/22.
Geo-Bird
• Geo-Bird: aplicativo web gratuito e intuitivo que otimiza automaticamente as rotas para múltiplos campos e implementos, poupando tempo e dinheiro aos agricultores e apoiando uma maior sustentabilidade. As linhas de rotas da Agricultura de Tráfego Controlado (CTF) ajudam os agricultores a reduzir os requisitos de tempo e custo; curvas, tráfego de rodas e sobreposição de cabeceiras; uso de combustível e pegadas de CO2; e compactação do solo em terra firme. As rotas da Geo-Bird são exportáveis para terminais de várias marcas para maior facilidade de uso em operações díspares.
• Monitor de Nível de Poço Modelo AP-6010: da AP (Automated Production Systems), usa transdutores de pressão eletrônicos para medir eficientemente a profundidade de efluentes em fossas de esterco abaixo das instalações de confinamento de suínos. Esta inovação fornece aos operadores de instalações de suinocultura informações de gerenciamento mais precisas em relação às fossas de dejetos, incluindo avisos antecipados de vazamento de água e capacidades de armazenamento remanescentes.
Massey Ferguson LB2200 Series Large Square Baler
• Enfardador Massey Ferguson Série LB2200: funde a confiabilidade dos modelos anteriores com novos avanços tecnológicos de última geração. Um novo projeto de captador melhora a alimentação do enfardador e a confiabilidade das peças, ao mesmo tempo em que reduz o ruído. Novas ofertas de eixos e pneus com uma única suspensão do bogie melhoram a folga no solo e a facilidade de condução. A Arquitetura Elétrica Comum (CEA) fornece maior informação e controle via terminal ISOBUS para Gerenciamento de Implementos de Trator (TIM), comprimento do fardo, ejeção do fardo e dobra da calha do fardo.
Massey Ferguson WR Series Windrower
• Massey Ferguson WR Series Windrower: fornece até 282 cavalos de potência de pico e um sistema hidráulico de centro fechado exclusivo da indústria para aumentar a eficiência do combustível e a potência do cabeçote disponível. Isto também elimina a necessidade de uma bomba secundária para funções auxiliares, tais como a fixação de uma linha de vento tripla (TWA). As atualizações de tecnologia melhoram a eficiência de campo, reduzem o estresse do operador e permitem o rastreamento em tempo real e o gerenciamento de dados. O MF Guide garante uma direção automática precisa para minimizar a sobreposição entre passagem e passagem. A direção traseira opcional está disponível para velocidades de transporte rodoviário de até 24,5 mph.
Recon SpraySense from Intelligent Ag
• Recon SpraySense: da Intelligent Ag, é um produto pulverizador retrofit que mede a pressão e o fluxo em cada bico para ajudar a garantir que as aplicações correspondam à cobertura e às tarifas desejadas. A capacidade de GPS e um banco de dados de bicos dos principais fabricantes inferem o tamanho exato das gotas. O desempenho de cada bico é condensado como um único Índice de Qualidade de Pulverização e fornecido aos operadores através de um aplicativo iPad. Recon SpraySense é uma solução turn-key e fornece tecnologia de ponta em pulverizadores antigos e novos.
• ReClaim: da Precision Planting, substitui as tampas das barras dos bicos nos pulverizadores e fornece um caminho de retorno ao tanque para melhor agitação e circulação do produto, escorvamento mais rápido da barra e melhor limpeza da barra. A ReClaim também melhora a limpeza do pulverizador com ar comprimido que empurra o produto de volta para o tanque onde é drenado e corretamente descartado. Estas melhorias reduzem o acúmulo na barra, o desperdício de produto no solo e os danos à cultura devido à má aplicação.
• Radicle Agronomics: da Precision Planting, é o primeiro laboratório de solo do mundo, totalmente automatizado. Sua pequena pegada, tecnologia de autocalibrarão e capacidade de executar centenas de amostras desacompanhadas, substitui processos manuais e propensos a erros e proporciona uma eficiência tremenda e maior precisão aos agrônomos profissionais. O software baseado em nuvem conecta todas as etapas do processo campo a laboratório para que os agrônomos possam fornecer recomendações superiores de gerenciamento de nutrientes a seus clientes.
• EM HD: da Precision Planting, é um novo controlador de fertilizantes líquidos e sensor que usa um sensor de fluxo eletromagnético para fornecer um controle de taxa de fertilizantes líquidos de alta velocidade fila por fila em plantadores de culturas filas, implementos de cobertura lateral e implementos de plantio direto. O feedback imediato do sensor de fluxo permite que o sistema faça mudanças de alta velocidade no controle da válvula de líquido, o que mantém um fluxo de fertilizante mais preciso e consistente até o ponto de aplicação do implemento.
• Módulo de Expansão de Bloqueio de Plantio de Precisão (BXM): componente de monitoramento para implementos de semeadura de cultura não isolados que combina e conecta vários sensores de bloqueio em um único ponto de conexão para sistemas de monitoramento de 20-20 semeaduras. Ao simplificar os componentes eletrônicos do implemento e fornecer dados mais fáceis de usar e acionáveis, o BXM melhora a capacidade dos produtores de diagnosticar problemas que surgem na entrega de produtos desde os tanques de commodities até o ponto de aplicação.
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