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14 de Fevereiro de 2023

SIDERURGIA

IstoÉ Online - SP   14/02/2023

Os contratos futuros de produtos ferrosos na China caíram nesta segunda-feira, uma vez que os crescentes estoques de aço e o aumento dos estoques de minério de ferro no porto indicaram uma lenta recuperação da demanda, mesmo com os últimos indicadores apontando para uma economia em recuperação.

O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou o comércio diurno com queda de 2,2%, a 841,50 iuanes (123,23 dólares) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de março de referência do ingrediente siderúrgico caiu 3,5%, para 120,35 dólares a tonelada.

Na Bolsa de Futuros de Xangai, o vergalhão recuou 1,6%, enquanto outros benchmarks de aço também registraram perdas.

“Os mercados de metais industriais precisarão esperar pelos dados econômicos de fevereiro e março para ter uma verdadeira noção sobre a saúde da economia chinesa”, disse o diretor administrativo da Navigate Commodities, Atilla Widnell.

Traders foram cautelosos apesar dos dados mostrando que os novos empréstimos bancários na China saltaram mais do que o esperado para um recorde de 4,9 trilhões de iuanes (717,21 bilhões de dólares) em janeiro, enquanto as vendas de novas residências em 16 cidades chinesas aumentaram pela segunda semana consecutiva.

“Os lucros das siderúrgicas não melhoraram”, disseram analistas da Huatai Futures em nota. “O aumento contínuo dos estoques provocará ajustes de curto prazo nos preços dos produtos acabados.”

Os estoques de aço mantidos por traders chineses, que vêm aumentando constantemente desde o final de dezembro, subiram 1,5 milhão de toneladas entre 3 e 9 de fevereiro, de acordo com a última pesquisa de estoques da consultoria Mysteel.

Enquanto isso, o estoque de minério de ferro no porto subiu na semana passada para 138,5 milhões de toneladas, o maior nível desde meados de setembro, mostraram dados da consultoria SteelHome.

Brasil Mineral - SP   14/02/2023

As exportações de sucata ferrosa somaram 37.891 toneladas em janeiro de 2023, 0,8% a menos na comparação com as 38.203 toneladas em janeiro de 2022

Segundo dados do Ministério da Economia, Secex, as exportações de sucata ferrosa somaram 37.891 toneladas em janeiro de 2023, 0,8% a menos na comparação com as 38.203 toneladas em janeiro de 2022. O terremoto na Turquia, um dos maiores importadores mundiais de sucata, deve afetar o mercado de aço em geral e trazer incerteza para os próximos meses.

Segundo Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), “as exportações, com certeza, serão afetadas em função dos problemas econômicos da Turquia decorrentes do terremoto”. Alvarenga prevê uma redução forte na produção de vergalhão e baixa nos preços com a maior oferta de sucata. Os reflexos devem ser negativos também no mercado interno, que se retraiu em quase todo 2022 e começava uma lenta recuperação, conforme o Inesfa.

O representante do Inesfa comentou também que os recicladores estão confiantes na ampla assinatura de parlamentares no requerimento de recriação da Frente Parlamentar dos Recicladores do Brasil (FFRB) para 57ª legislatura e na votação pelo Congresso do PL 4035/2021, que isenta a cobrança de PIS/Cofins na venda de insumos recicláveis. As duas iniciativas são do deputado federal Vinícius Carvalho (Republicanos-SP).

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   14/02/2023

O Itaú revisou para cima seus prognósticos para a alta do IPCA neste ano e no próximo, citando incertezas sobre o atual regime monetário do Brasil, e alertou para os riscos de eventuais mudanças nas metas oficiais de inflação do país.

Agora, o banco espera que o IPCA avance 6,3% em 2023, contra 5,8% estimados antes. Para 2024, a projeção de inflação subiu a 4,2%, de 3,7% no cenário anterior.

“Incertezas sobre o compromisso da política econômica com inflação baixa, inclusive sobre a autonomia do Banco Central (BC) para perseguir as metas de inflação determinadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), têm levantado dúvidas sobre o regime monetário corrente”, disse em relatório Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.

A revisão de cenário do Itaú foi divulgada a poucos dias da primeira reunião do CMN no novo governo, agendada para quinta-feira. O encontro do órgão responsável por definir os objetivos de inflação do país virá depois de notícias de que a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria estudando antecipar uma revisão das metas e possivelmente elevar o alvo a ser buscado pelo Banco Central, com boatos de que o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, aceitaria a mudança.

“A manobra de elevar a meta para a inflação parece arriscada, com benefícios no máximo temporários e com riscos de ocasionar uma elevação maior do que a planejada da taxa de inflação”, afirmou Mesquita.

O Itaú manteve suas projeções para o patamar da taxa Selic em 12,50% ao final de 2023 e 10,0% ao fim de 2024, mas alertou que, “se a piora das perspectivas inflacionárias continuar, o risco é de haver até mesmo uma nova alta de juros”.

Em relação à atividade, o Itaú revisou sua projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 a 1,3%, ante 0,9%, citando melhora em seus indicadores proprietários de atividade no começo do ano e perspectivas globais “um pouco mais favoráveis”.

No entanto, disse Mesquita, “nossa perspectiva é de que esse momento positivo seja temporário e que a economia retorne à tendência de desaceleração nos próximos meses”.

Já na frente fiscal, o Itaú melhorou ligeiramente seu prognóstico para o resultado primário a déficit de 1,4% do PIB em 2023, contra rombo de 1,6% do PIB previsto anteriormente, ajuste que atribuiu à alta em sua previsão para a expansão da atividade econômica.

Ainda assim, “a revisão de crescimento ajuda apenas marginalmente os números fiscais e não altera o desafio estrutural de equilíbrio das contas públicas”, alertou Mesquita.

Globo Online - RJ   14/02/2023

As críticas do presidente Lula à condição de autonomia do Banco Central e à política monetária conduzida pelo economista Roberto Campos Neto tem acendido o alerta de instituições financeiras no país. Os analistas do mercado financeiro elevaram a projeção para o fim de 2023 para a Selic, a taxa básica de juros definida pelo Banco Central, de 12,50% ao ano para 12,75% ao ano. Hoje, a Selic está 13,75%.

Também houve piora nas projeções para a inflação. O IPCA, índice usado nas metas do governo, deve fechar o ano em 5,79%, preveem os analistas - até semana passada, a previsão era de 5,78%.

Mas há quem já vislumbre inflação superior a 6% em 2023. Se confirmado, o IPCA terminará 2023 acima do valor alcançado no ano passado, quando fechou em 5,79%. O temor acerca de mudanças no regime monetário também já dificulta o processo de redução da inflação em 2024.

O Itaú Unibanco, que informou nesta segunda-feira a revisão de seu cenário macroeconômico, acendeu o alerta diante das dúvidas sobre a capacidade de o BC perseguir as metas de inflação determinadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Revisão da meta de inflação pode levar IPCA de 2024 para acima de 5%

O banco agora prevê o IPCA de 2023 em 6,3% ante 5,7%, incorporando aumentos sobre os preços administrados (como gasolina, emplacamento e licença, plano de saúde e energia elétrica).

Já para 2024, a projeção saltou de 3,7% para 4,2% considerando o impacto da desancoragem das expectativas de inflação. O banco sinaliza ainda que uma eventual revisão da meta de inflação poderia levar a expectativa de inflação de 2024 para acima de 5%.

"Esperamos que o IPCA fique mais alto do que antes e vemos risco que a taxa Selic fique elevada por mais tempo", informou Mario Mesquita, economista-chefe do banco.

O Itaú ainda espera que o Copom reduza a taxa Selic para 12,50% este ano e leve os juros para 10% em 2024, mas não descarta risco de nova alta de juros caso haja piora das perspectivas inflacionárias.

Segundo o banco, para reverter a dinâmica negativa, o governo deve reforçar o compromisso com a inflação baixa, com a meta de inflação de 3% e reduzir a incerteza sobre sua postura quanto à autonomia do Banco Central.

O Estado de S.Paulo - SP   14/02/2023

O economista André Lara Resende afirmou que a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano é um erro, pois desaquece a economia sem combater efetivamente a inflação. “A economia brasileira precisa ser desaquecida neste nível? Com a taxa de juros real mais cara do mundo hoje? Claramente não”, afirmou Resende, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, exibida na madrugada desta segunda-feira, 13.

“O fato é que tivemos uma quebra no varejo, no caso da Americanas e outras áreas deste setor enfrentam problemas, o que fez os bancos retraírem drasticamente o crédito. Quando temos uma contração como essa no crédito, se agrava o processo de desaquecimento da economia e embica numa recessão que pode ser muito séria”, disse o economista.

Lara Resende, que participou da equipe de transição do governo Lula na área econômica, afirmou ainda que o Banco Central tem como objetivos controlar a inflação, promover a estabilidade do sistema financeiro e garantir o mais próximo possível do pleno emprego. “Obviamente que essa taxa de juros de 13,75%, 8% real, é incompatível com esses objetivos. Ela está errada.”

Gastos públicos

O economista contestou a ideia de que um eventual cenário de aumento dos gastos públicos possa provocar uma onda inflacionária no País. “Estamos saindo de 1,3% de superávit primário no ano passado. Agora, este ano, o autorizado pela PEC (da Transição) é um gasto de mais 2%. A arrecadação vai surpreender positivamente. Se gastarmos o valor integral da PEC, ainda que a arrecadação ficasse onde estava, no mesmo nível, teríamos equilíbrio primário. O Orçamento, a previsão é que você possa ter um déficit primário de 1%. Isso é grave? Claro que não”, afirmou.

Lara Resende disse também que o fenômeno da inflação em todo o mundo foi provocado pela desorganização das cadeias produtivas, e que não houve relação com o aumento de gastos por parte dos governos. “A oferta se contraiu e houve uma reação inflacionária. Em cima dessa pressão veio a guerra da Ucrânia, que subiu o preço de energia e alimentos por causa, inclusive, dos fertilizantes. Então esta foi a inflação.”

O economista comentou ainda que “se a taxa de juros alta combatesse a inflação, nós não precisaríamos ter feito o Plano Real” - do qual foi um dos formuladores. “Quando eu assumi a diretoria do BC (nos anos 1980), nós tínhamos a maior taxa básica de juros da história e não havia sinal de que a inflação ia retroceder”, disse.

Reforma tributária

Lara Resende também demonstrou pessimismo com a possibilidade de aprovação da reforma tributária. “Eu não acho que seja uma boa ideia votar a reforma tributária. Todo mundo é a favor dessa reforma, a ideia dessa simplificação, a criação do Imposto sobre o Valor Agregado, isso é em princípio uma ideia muito boa. Só que ela provoca, como todo tema tributário, muitas reações, então há resistências por todos os lados. Não é à toa que ela nunca foi aprovada”, disse o economista, que recentemente assumiu um cargo na Comissão de Estudos Estratégicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele disse ainda que considera “muito difícil” a aprovação da reforma de maneira integral. “Você vai repartir essa proposta e a discussão dela vai tomar tempo.”

O economista também relativizou a importância da mudança no sistema tributário. “Não acho que a reforma tributária possa ser posta como o principal objetivo do País. O principal objetivo que precisamos definir é a recuperação do desenvolvimento. O Brasil deveria crescer, pelo menos, 5% até 7% nos próximos anos, como cresceram todas as economias asiáticas”, disse Lara Resende, que ressaltou a importância a importância da reforma, apesar das críticas que fez.

Infomoney - SP   14/02/2023

Diante das incertezas que cercam os rumos da política econômica no governo Lula, o gasto com a rolagem da dívida pública deverá dar um salto em 2023. Segundo um relatório sobre o quadro fiscal do País divulgado pelo Banco Inter, a previsão é de que a despesa do setor público com o pagamento de juros da dívida chegue a R$ 777 bilhões no ano, um recorde histórico.

Se isso se confirmar, serão R$ 190,6 bilhões, ou 32,5% a mais do que o valor despendido em 2022, de R$ 586,4 bilhões. Em termos relativos, a estimativa é de que a despesa com juros aumente de 6% para 7,4% do Produto Interno Bruto (PIB). “É um gasto muito alto”, diz Rafaela Vitoria, economista-chefe da instituição.

De acordo com Rafaela, a previsão de aumento nas despesas com juros se deve não só ao crescimento do valor da dívida, para R$ 7,2 trilhões no fim de 2022, em decorrência da inflação, mas a uma mudança de expectativas em relação ao adiamento do corte na taxa básica (Selic), que indexa cerca de 40% dos títulos públicos, como já indicado pelo Banco Central (BC).

No fim de outubro, antes das eleições, a previsão era de que a Selic, de 13,75% ao ano, começaria a cair em junho e chegasse em dezembro de 2023 em 11,25% ao ano, conforme o boletim Focus, divulgado pelo BC.

Agora, a estimativa é de que a taxa, que se mantém no mesmo nível, só comece a cair em novembro e esteja em 12,5% na virada do ano.

Risco

Além disso, segundo a economista, a emissão de títulos com taxas prefixadas, que representam cerca de 30% do total, hoje está bem mais cara, na faixa de 12% ao ano, do que o estoque colocado no mercado no auge da pandemia, quando os juros estavam no menor patamar da série histórica. “A percepção de risco está muito elevada”, afirma.

Em sua visão, o que está por trás do problema é a gastança sem lastro do governo, que deixa as contas públicas no vermelho e engorda a dívida, além de alavancar artificialmente a demanda, pressionando os preços e levando o BC a manter a taxa básica na estratosfera, para controlar a inflação. “O governo quer reduzir os juros e acho isso superimportante”, diz. “Mas não há atalho para baixar as taxas. O governo tem de fazer o dever de casa. Não adianta canetar.”

Para Rafaela, o pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até vai na direção certa, mas falta definir como será a nova âncora que substituirá o teto de gastos. Dependendo do que vier, poderá se desenhar um quadro “mais positivo”, que favoreça uma redução mais rápida nos juros.

A questão, em sua avaliação, é que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva joga contra a melhora do cenário, ao contrapor equilíbrio fiscal e responsabilidade social, “demonizar” o teto de gastos e questionar a autonomia do BC e as metas de inflação. “Não dá para reduzir a Selic na marra. O governo precisa focar no que realmente é preciso fazer para baixar os juros.”

O Estado de S.Paulo - SP   14/02/2023

Endossando as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à política monetária contracionista do Banco Central (BC), economistas representantes do pensamento econômico desenvolvimentista encabeçaram e assinaram o manifesto “Taxa de Juros para a Estabilidade Duradoura: manifesto de economistas em favor do desenvolvimento do Brasil”.

Puxado por economistas como Luiz Carlos Bresser-Pereira, Monica de Bolle, Luciano Coutinho, Luiz Gonzaga Belluzzo e Antonio Corrêa de Lacerda, o manifesto contava, até esta segunda-feira, 13, com mais de 2.400 assinaturas.

As críticas do presidente Lula à política monetária do BC ganharam força na segunda-feira da semana passada, durante a cerimônia de posse do petista Aloizio Mercadante como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dia antes de o BC divulgar a ata do Copom.

Com base apenas no conteúdo do comunicado que se seguiu ao término do Copom na quarta-feira, 2, o presidente da República vociferou que a explicação para justificar a manutenção da Selic em 13,75% ao ano “é uma vergonha”. Desde então se instalou no mercado um acalorado debate entre defensores do discurso de Lula e os apoiadores da política monetária.

O debate tomou várias direções na imprensa. Alguns especialistas entenderam que o debate iniciado por Lula é legítimo, mas que o timing da discussão não seria o mais correto e que antes seria preciso estabelecer um conjunto de regras fiscais, como vem prometendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Outros disseram que Lula está correto, que a taxa nominal de juros está fora do lugar, e uma outra linha demonstrou contrariedade diante das palavras do mandatário, alegando que o embate é contraproducente e que, no fim do dia, seria ruim para o próprio governo.

Na esteira deste debate é que economistas da linha de pensamento econômica desenvolvimentista acharam por bem elaborar o manifesto cuja íntegra segue abaixo.

“TAXA DE JUROS PARA A ESTABILIDADE DURADOURA: MANIFESTO DE ECONOMISTAS EM FAVOR DO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL

A eleição de outubro renovou as esperanças de que o Brasil possa reencontrar os caminhos para a estabilidade política e um lugar respeitável no mundo. O Brasil precisa de paz e de perspectivas. O mundo precisa da estabilidade do Brasil. O presidente Lula tem sabido enfrentar, desde 30 de outubro, alguns dos desafios mais sérios, a começar pela trama da contestação dos resultados das urnas e as arruaças promovidas pelos maus perdedores, bem como soube construir um orçamento viável para as emergências amplamente reconhecidas.

O governo de amplo espectro mostra o compromisso com a inclusão e a governabilidade. Mas é preciso mais. A superação dos desafios brasileiros só pode ser alcançada com uma nova política econômica, promotora de crescimento e prosperidade compartilhada. A razoabilidade da taxa de juros é uma condição indispensável para a normalidade econômica. Sem isso, os investimentos perderão para as aplicações financeiras e as remunerações do trabalho e da produção vão perder para a especulação. A taxa de juros no Brasil tem sido mantida exageradamente elevada pelo Banco Central e está hoje em níveis inaceitáveis.

O discurso oficial em sua defesa não encontra nenhuma justificativa, seja no cenário internacional ou na teoria econômica e o debate precisa ser arejado pela experiência internacional. Nenhum dos países dotados de recursos e economias estruturadas possui uma taxa de juros sequer próxima da que prevalece no Brasil e que o Banco Central pretende manter por longo período. E todos esses países reconheceram o caráter excepcionalíssimo do surto inflacionário recente, explicado pela pandemia e pelo conflito bélico, não por excesso de demanda.

O Brasil só poderá alcançar os objetivos da estabilidade econômica, política e institucional se juntos formos capazes de aumentar a produção e a produtividade, os empregos e os bons empregos, além dos serviços que são prestados à população e aos mais carentes. O estrangulamento das atividades produtivas e criadoras não é uma solução. As empresas precisam investir para aumentarem a produção e a qualidade e sustentabilidade dos seus produtos e o uso econômico da biodiversidade. As obras de infraestrutura precisam ser retomadas para proverem serviços com custos mais reduzidos para as empresas e as famílias. É no crescimento e no desenvolvimento que o Brasil pode superar as turbulências que nos afligiram.

A excepcionalidade do momento exige serenidade, mas isso não significa se conformar com caminhos estéreis. Precisamos recolher da experiência internacional os melhores ensinamentos e aplicá-los à nossa realidade. E na nossa realidade há hoje muito mais oportunidades de investimento e criação de novas riquezas do que na maior parte dos países. O Brasil, sem as amarras de uma política monetária inadequada, poderá finalmente buscar os verdadeiros equilíbrios, aqueles que são a razão da política econômica: eliminação da pobreza, redução das desigualdades, preservação da natureza e sustentabilidade.

O momento é excepcional também pelo contexto político. A história mostra que o desemprego e a depressão econômica são substrato para a emergência do fascismo, do militarismo, da xenofobia e do ataque a minorias, avançando sobre as instituições democráticas. Uma governança econômica que seja capaz de debelar o atual estado de estagnação e crise não é somente importante para a melhora das condições de vida da população, mas é também essencial para que retomemos uma trajetória de construção democrática.

Os economistas signatários deste manifesto declaram publicamente o apoio a uma política que seja capaz de reduzir substancialmente a taxa de juros, propiciando as condições para a retomada do desenvolvimento com estabilidade sustentável.”

O Estado de S.Paulo - SP   14/02/2023

Por trás da possibilidade de elevar a meta de inflação, há a intenção de não dar mais importância à inflação baixa, afirmou Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro Nacional e sócio-fundador da Oriz Partners. Para ele, na medida em que a meta for calibrada para um nível mais alto isso irá mostrar que a inflação mais baixa não é um objetivo importante para o governo, atrelada à ideia equivocada de que mais carestia gera mais crescimento.

Kawall argumentou que a convergência da inflação à meta em 2023 e 2024 está atrapalhada pelo aumento do gasto público, mas que atingir ou não o alvo nos dois anos seguintes não tem a ver com a circunstância fiscal atual. “O descolamento das expectativas de inflação em 2025 e 2026 começou a ocorrer nas últimas semanas, não em novembro ou dezembro, quando o governo anunciou a PEC de Transição”, disse.

Para o economista, se a política monetária for mantida apertada por tempo o suficiente para compensar o aumento de gasto público previsto neste e no próximo ano, há condições de se chegar à meta de inflação em 2025 e 2026. “Se fizermos uma inflação ligeiramente acima ou abaixo da meta, dentro do intervalo estipulado pelo Conselho Monetário Nacional, não há o que falar de descumprimento”, afirmou.

Risco Fiscal

Kawall disse que a ideia equivocada de que não será possível convergir a inflação neste horizonte mais longo ao risco fiscal está sendo usada como argumento para aumentar a meta de inflação. A discussão que é usada, afirmou ele, para uma possível elevação da meta é o que está promovendo o deslocamento de expectativas no período.

“Todo mundo está começando a ver a inflação mais elevada pelas sinalizações de mudança de meta e de que o substituto do Roberto Campos Neto possa não ter o mesmo compromisso com a inflação mais baixa e com a ancoragem de expectativas”, avalia o economista, que associa o receio a eventos vistos durante o governo Dilma Rousseff (PT).

“No governo Dilma, na prática, tínhamos um Banco Central que mirava um juro calibrado para uma inflação de 5,0% e 6,0%, e não de 4,5%, o que levou a inflação a ficar sistematicamente acima da meta. Houve um momento em que ela foi para 11,0%, em um momento em que a inflação global era praticamente zero. O Brasil ficou completamente fora dos padrões globais pela falta de autonomia do BC, uma meta de inflação muito alta e um descompromisso com a própria meta, mesmo sendo mais alta.”

Kawall avaliou que, com uma elevação da meta, o Brasil iria na contramão dos principais países emergentes, “que praticam meta de 3,0% há muito tempo”. “Demoramos muito para conquistar a meta de inflação em nível internacional, dos emergentes, e demoramos para conseguir a autonomia do BC, que está se mostrando muito importante.”

IstoÉ Online - SP   14/02/2023

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 958,3 milhões na segunda semana de fevereiro. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 13, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor foi alcançado com exportações de US$ 5,484 bilhões e importações de US$ 4,527 bilhões.

O saldo acumulado em fevereiro chegou a US$ 1,566 bilhão e, no ano, o superávit é de US$ 4,145 bilhões.

As exportações registraram queda de 12,4% na média diária de outubro ante o mesmo período do ano passado, com queda de 27% na Agropecuária, recuo de 30,2% na Indústria Extrativa e alta 0,7% nas vendas de produtos da Indústria de Transformação.

Já a média diária de importações caiu 10,6% no período, com recuo de 19,2% na Agropecuária, de 53,3% na Indústria Extrativa e retração de 5,1% em produtos da Indústria de Transformação.

O Estado de S.Paulo - SP   14/02/2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 13, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que nunca houve tanto foco em cada palavra do Comitê de Política Monetária (Copom) como agora. O órgão é responsável pela definição da Selic, a taxa básica de juros da economia. “E, inclusive, que cada palavra é uma mensagem política. Nada é uma mensagem política. É meramente uma linguagem técnica”, disse.

Campos Neto negou que as comunicações do banco que citam risco fiscal considerem o governo do PT “mais gastador” do que o governo anterior. “A dificuldade de controlar despesas está nos diversos governos. Em nenhum momento existe uma opinião de o governo do PT ser mais gastador, de que o governo do PT vai ter indisciplina. Não, não existe isso”, afirmou.

Ao ser questionado sobre uma possível “harmonização” entre a política monetária e a fiscal, o dirigente do BC disse concordar 100% com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Mesmo porque, se a gente não tem harmonização, se de um lado você está estimulado (a economia) e, de outro, freando, você tem um processo que gera alguma ineficiência”, afirmou.

Campos Neto afirmou ainda que entende que a política fiscal do governo não pode ser “muito expansionista” acompanhada de uma política monetária do BC “muito restritiva”. “(Harmonização) é ter uma conversa entre o que você faz na política monetária e o que você faz na política fiscal. (...) Obviamente, você tem que atender essa parte social. Tem uma escolha de gastos. É um tema fiscal que não é do Banco Central. E a gente tem uma parte monetária que é, se agente tem uma parte fiscal mais enquadrada, na parte monetária o trabalho é mais fácil de ser feito”, disse.

"Nada é uma mensagem política, é meramente técnico"

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, responde ao #RodaViva sobre a ata do Copom em relação a taxa de juros e falas do presidente Lula. pic.twitter.com/q3ReI8AJa5
— Roda Viva (@rodaviva) February 14, 2023

O presidente do BC afirmou ainda que a reoneração de combustíveis melhora tanto a parte fiscal quanto a política monetária. “Quando a gente tem uma reoneração, a gente tem um impacto na inflação no curto prazo, que geralmente não está no horizonte relevante. E, se a reoneração melhora o fiscal para frente, ela carrega um efeito benéfico para frente. Provavelmente, o que a gente fez foi descrever um movimento de inflação corrente e aí como tem um parte do comunicado que é descritiva, se eu tenho uma medida que aumenta inflação corrente, eu descrevo ‘olha, tem aqui uma medida que vai aumentar a inflação corrente’, mas de nenhuma forma nos entendemos que isso é ruim para o horizonte de inflação de longo prazo”, afirmou.

IstoÉ Dinheiro - SP   14/02/2023

O Federal Reserve precisará continuar a elevar os juros para levá-los a um nível alto o suficiente para trazer a inflação alta de volta à sua meta, disse a diretora do Fed, Michelle Bowman, nesta segunda-feira.

“Espero que continuemos a aumentar a taxa de juros porque temos que reduzir a inflação para nossa meta de 2% e, para fazer isso, precisamos equilibrar melhor a demanda e a oferta”, disse Bowman durante uma conferência da Associação de Banqueiros Americana, na Flórida.

A taxa de juros do Fed está atualmente na faixa de 4,50% a 4,75%. Uma vez em um nível suficientemente restritivo, os juros precisarão ser mantidos altos por “algum tempo” para restaurar a estabilidade de preços, disse ela.

Na semana passada, várias autoridades do Fed ecoaram o sentimento de que são necessários mais aumentos de juros, mas nenhum estava pronto para sugerir que os enormes ganhos de emprego registrados nos EUA janeiro poderiam empurrá-los de volta para uma postura de política monetária mais agressiva.

Bowman acrescentou que um mercado de trabalho muito forte, junto com uma inflação moderada, significa que o chamado “pouso suave” da economia dos Estados Unidos continua sendo possível.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   14/02/2023

A japonesa Nidec, maior fabricante de motores do país, iniciará operação plena em um novo centro de pesquisa e desenvolvimento na China no próximo mês. O local escolhido reflete a ambição da empresa para o maior mercado de veículos elétricos (EVs) do mundo.

Localizado a cerca de uma hora de carro do centro da cidade de Dalian, no nordeste da China, o complexo também inclui instalações de produção, uma das quais foi concluída em junho de 2021. A construção do centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e uma segunda instalação de produção acabaram de ser concluídas.

Todo o complexo é cerca de 50% maior do que o outro centro de produção da Nidec em Dalian. A Nidec planeja expandir ainda mais as instalações, com um investimento total estimado em 100 bilhões de ienes (US$ 762 milhões).

"Começaremos com uma equipe de aproximadamente 500 pessoas e poderemos chegar a 1 mil funcionários", disse o vice-presidente sênior da Nidec, Kazutsugu Igarashi.

Em termos de quadros, o novo hub de P&D será o maior da rede internacional da Nidec. Ficará atrás apenas do centro de P&D da Nidec na província de Shiga, no Japão, que tem cerca de 700 pessoas.

A Nidec manteve a estratégia de produzir próximo ao mercado. Mesmo em meio às crescentes tensões entre a China e os Estados Unidos, a empresa continua com foco em aumentar a capacidade no país do leste da Ásia.

"Todo país tem riscos", disse Shigenobu Nagamori, fundador e CEO da Nidec. "O risco é fabricar os mesmos produtos em um país."

A Nidec não está sozinha no esforço de expandir as operações na China.

A alemã Bosch disse em janeiro que gastaria cerca de US$ 1 bilhão para construir uma instalação de desenvolvimento e fabricação de peças para veículos elétricos na cidade de Suzhou. A primeira fase será concluída em meados de 2024.

A fabricante de autopeças ZF, também da Alemanha, anunciou em dezembro que construiria uma fábrica em Guangzhou para iniciar a produção em massa em 2025. A fábrica produzirá câmeras, sensores e outros componentes para veículos elétricos e autônomos.

A Nidec busca acelerar parcerias com empresas clientes e fornecedores por meio do novo hub de P&D. "Componentes automotivos que normalmente levam dois anos para serem desenvolvidos podem ser finalizados em menos de um ano", disse Igarashi.

O objetivo é atender à demanda dos clientes chineses por velocidade e, ao mesmo tempo, cortar custos. O desenvolvimento de produtos de ponta permanecerá no Japão.

A Nidec recentemente rebaixou sua projeção de lucro para o ano fiscal inteiro de 2022, que vai até 31 de março de 2023. A revisão foi amplamente atribuída a seus negócios automotivos na Europa, onde a empresa disse que reservou provisões para perdas associadas a problemas de estoque e qualidade.

"Mesmo que ocorram problemas de qualidade, eles não serão um problema se forem corrigidos imediatamente", disse Nagamori. "O prazo é fundamental."

A colaboração com empresas chinesas locais no lado do desenvolvimento parece voltada para evitar o tipo de perda incorrida na Europa.

A Nidec e empresas parceiras discutirão a composição dos componentes na fase de desenvolvimento. Para agilizar a comunicação, a Nidec está destinando 100 mil metros quadrados de terreno próximo ao novo complexo produtivo para fornecedores. A área já atraiu uma planta afiliada à japonesa Marubeni-Itochu Steel.

A área de Dalian foi escolhida por sua proximidade com outras fábricas e pela "alta taxa de retenção de pessoal", disse Igarashi. Em comparação com outras regiões, Dalian é o lar de mais trabalhadores com raízes locais, o que significa que "eles trabalharão para nós por muito tempo, desenvolvendo ideias e know-how", acrescentou Igarashi.

Valor - SP   14/02/2023

Tecnologia pode acabar com preocupação de motoristas

A uma hora de carro ao sul de Stuttgart encontra-se um modesto trecho de estrada que poderá representar o futuro da recarga de veículos elétricos. A faixa de 1 km de extensão na cidade alemã de Balingen sediará, ainda neste ano, o primeiro teste público de “recarga sem fio” do mundo. Seu objetivo será mostrar que uma tecnologia há muito tida como ambiciosa e futurista poderá agora funcionar no mundo real.

Várias montadoras, como a BMW, já oferecem veículos com plataformas que permitem que eles sejam recarregados quando estacionados. Mas a possibilidade de recarregar as baterias durante a condução — conhecida como carregamento dinâmico — tem grandes implicações para o setor. A principal delas é reduzir o tamanho das baterias dos veículos para evitar a temida “ansiedade da autonomia” — que continua sendo uma das maiores barreiras à ampla adoção dos veículos elétricos.

As montadoras e associações do setor vêm alertando que poucos pontos de recarga estão sendo instalados para atender ao número esperado de veículos elétricos nas estradas. Eles também estão preocupados com uma possível escassez de materiais para a produção de baterias até a metade da década ou um pouco depois.

No entanto, analistas acreditam que o carregamento dinâmico — que permite que os veículos carreguem baterias bem menores — permitirá que recursos limitados sejam usados em mais veículos.

“O objetivo desse projeto não é apenas abrir o carregamento sem fio para o público na Alemanha”, afirma Andreas Wendt, presidente do braço alemão da Electreon, um grupo israelense que fornece o sistema de carregamento. “Entre outros aspectos significativos estão o desenvolvimento e uso de uma ferramenta que ajudará os planejadores de transporte público sobre onde instalar a infraestrutura indutiva para uma determinada cidade ou região.”

Os primeiros testes mostram “o quanto é fácil, seguro e eficaz implementar o carregamento dinâmico”, acrescenta Wendt. “Esperamos que este seja o começo de muitos projetos mais nas rodovias públicas e privadas da Alemanha.”

À medida que os fabricantes de veículos aumentam a produção de modelos movidos a bateria para atender aos regulamentos de emissões mais rígidos, o carregamento dinâmico — se comprovado que funciona em escala e com uma boa relação custo-benefício — oferece uma solução à falta de pontos de recarga estáticos.

“Um sistema de carregamento sem fio na própria rodovia será revolucionário para os veículos elétricos, pois poderá ampliar a duração da carga da bateria dos veículos elétricos, sem que eles precisem parar para recarregar em uma tomada”, afirma Michele Mueller, do Departamento de Transporte de Michigan, que também vai testar a tecnologia neste ano.

Esses primeiros testes de estrada envolvem principalmente ônibus — que circulam em rotas fixas, tornando-os mais fáceis de controlar —, além de alguns táxis, que podem recarregar suas baterias a partir de plataformas instaladas em aeroportos ou estações de trem.

“A adição dessa tecnologia se dará inicialmente em frotas, ou frotas cativas, porque ela é exponencialmente mais difícil quando você parte para os automóveis privados”, explica Michael Hurwitz, especialista em mobilidade futura da firma de serviços profissionais PA Consulting. Hurwitz foi anteriormente o chefe de inovação da Transport for London, o órgão da prefeitura londrina responsável pela maior parte da rede de transporte da capital britânica. “Se você tiver carregamento operacional, ao invés de no fim de uma rota, então o tamanho da bateria necessária e o próprio custo significativo do veículo vão cair.”

Mas a tecnologia ainda precisa contornar obstáculos significativos antes de ser comprovada. As peças precisam ser interoperáveis, permitindo que modelos de veículos concorrentes possam ser recarregados no mesmo sistema para evitar a duplicação da tecnologia. Ao mesmo tempo, a instalação de bases de carregamento sob o solo poderá ser cara demais. Depois, há o desafio mais amplo de fazer com que os operadores de rodovias se coordenem com as redes de energia e com a indústria automobilística em geral.

Hurwitz sugere que a melhor chance para a tecnologia é “incorporá-la na maneira como construímos estradas, tanto comercial como operacionalmente — se alguma rodovia vai fazê-la funcionar, são os corredores de carga usados intensamente”. No entanto, a necessidade de uma conexão elétrica de alta velocidade poderá tornar muito difícil o carregamento generalizado nas estradas.

Quando a FirstBus, a segunda maior operadora regional de ônibus do Reino Unido, que está em meio ao processo de eletrificação de sua frota, analisou o carregamento sem fio, concluiu que o projeto era caro demais, por causa da necessidade de fornecer energia para seus muitos pontos de ônibus rurais.

“Tudo envolve o fornecimento de energia”, afirma Garry Birmingham, diretor de descarbonização da FirstBus. “Alguns pontos de ônibus nem têm luz.” A companhia recebeu uma cotação de 70 mil libras (R$ 445 mil) para cada base de recarga no chão.

Mesmo assim, a tecnologia deverá fazer algumas incursões nesta década. O grupo de pesquisas de tecnologia IDTechEx prevê que haverá cerca de 700 mil veículos carregados sem fio, pertencentes a motoristas de carros mais sofisticados até 2032, “devido à conveniência adicional de você não precisar plugar”.

A IDTechEx acredita que cerca de 180 mil serão vans elétricas de entregas, já que “o espaço limitado nos depósitos necessitará de soluções sem fio não intrusivas para que as baterias das vans possam ser recarregadas, e estas carregadas com carga ao mesmo tempo. A IDTechEx também diz que “ônibus urbanos também são bons candidatos para adoção, mas são muito menores em termos de número de unidades”.

As montadoras já estão mergulhando na tecnologia. A Stellantis, controladora da Fiat, vem testando o carregamento dinâmico em uma pista particular desde 2021, enquanto a Volvo anunciou no ano passado que testará o carregamento sem fio em seus modelos elétricos XC40.

Mats Moberg, que era o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Volvo à época do anúncio, disse: “Testar novas tecnologias de carregamento juntamente com parceiros selecionados é uma boa maneira de avaliar opções alternativas de carregamento para nossos carros futuros”. (Tradução de Mario Zamarian)

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Estado de S.Paulo - SP   14/02/2023

No novo formato do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que será relançado nesta terça-feira, 14, pelo governo Lula, a chamada Faixa 1 do programa, que atende à população mais pobre, vai contemplar famílias com renda bruta de até R$ 2.640. Antigamente, o limite era de R$ 1.800. De acordo com nota divulgada nesta segunda-feira, 13, pelo Palácio do Planalto, a ideia é de que até 50% das unidades financiadas e subsidiadas sejam destinadas a esse público.

“Historicamente, o subsídio oferecido a famílias dessa faixa de renda varia de 85% a 95%”, destacou a presidência, que afirmou que o novo MCMV tem como meta contratar 2 milhões de moradias até 2026. O novo valor da Faixa 1 é exatamente o dobro de R$ 1.320, valor que é estudado pelo governo como novo salário mínimo, hoje em R$ 1.302.

O governo também antecipou outras novidades do novo MCMV, como a ampliação da inclusão da locação social, a possibilidade de aquisição de moradia urbana usada e a inclusão de famílias em situação de rua no programa. Segundo o governo, os empreendimentos estarão mais próximos a comércio, serviços e equipamentos públicos, e com melhor infraestrutura no entorno.

O relançamento do programado vai acontecer nesta terça com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Santo Amaro (BA), às 16 horas. Ele fará a entrega simultânea de 2.745 unidades habitacionais em diversos pontos do País. Segundo o governo, em Santo Amaro, serão inauguradas 684 unidades em dois conjuntos habitacionais (Vida Nova Santo Amaro 1 e Residencial Vida Nova Sacramento).

“Uma das principais novidades do novo programa é o retorno da Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, agora voltada para famílias com renda bruta de até R$ 2.640 (anteriormente, a renda exigida era de R$ 1.800). Nos últimos quatro anos, a população com essa faixa de renda foi excluída do programa. Agora, a ideia é de que até 50% das unidades financiadas e subsidiadas sejam destinadas a esse público”, afirmou o Planalto em nota.

A presidência ainda reforçou que, amanhã, Lula anunciará a retomada das obras de 5.562 unidades habitacionais. Elas estão em cinco municípios: Rio Largo, em Alagoas (609); Chapadinha, no Maranhão (868); Imperatriz, também no Maranhão (2.837); Governador Valadares, em Minas Gerais (240) e Belém, no Pará (1.008). Ao todo, o governo diz que irá assegurar a continuidade ou retomada de obras de 186,7 mil moradias em todo o país.

“O evento será realizado de forma simultânea (online) em Lauro de Freitas (BA), João Pessoa (PB), Contagem (MG) e Aparecida de Goiânia (GO). Ao todo, as unidades entregues nesta terça abrangem nove municípios de seis estados (veja abaixo), num investimento que somou mais R$ 206,9 milhões. Além do presidente Lula, estarão presentes em Santo Amaro (BA) o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o ministro das Cidades, Jader Filho, o ministro dos Transportes, Renan Filho, a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, entre outras autoridades”, informou o Planalto em nota.

Valor - SP   14/02/2023

Demanda em baixa afeta indicador de confiança do setor, que vem em queda desde outubro

Fanny Oreng: falta de ‘know-how’ ou vantagem competitiva reduz interesse das construtoras por Faixa 1 do MCMV — Foto: Silvia Zamboni/Valor

Após uma resiliência surpreendente em 2022, a construção civil deve ter um ano bem mais difícil em 2023 e dar uma contribuição mais fraca para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme oferta e demanda são afetadas por um ciclo de negócios que vai se esgotando, uma atividade como um todo em desaceleração e efeitos da política monetária restritiva que se fazem mais presentes.

A perda de otimismo do setor é grande. O Índice de Confiança da Construção, da FGV, vem caindo desde outubro de 2022. Em setembro, alcançou 101,7 pontos, mas foi a 93,6 pontos em janeiro deste ano. “Desde o último trimestre do ano passado, a confiança dos empresários, principalmente pelo componente das expectativas, começou a diminuir”, diz Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre).

O subíndice da confiança em relação à situação atual perdeu 3,5 pontos entre outubro de 2022, quando atingiu o pico no ano de 98,6 pontos, e janeiro deste ano, para 95,1 pontos. O subíndice de expectativas, porém, despencou 13,5 pontos entre seu ápice (105,7 pontos em setembro de 2022) e janeiro de 2023 (92,2 pontos).

“O que mudou tão radicalmente? Olhando a sondagem, os empresários passaram a apontar uma expectativa de queda na demanda. Por outro lado, quando observamos os fatores que limitam a melhoria dos negócios, a percepção da demanda hoje está mais positiva do que há um ano”, afirma Castelo. Em janeiro de 2022, 34% das empresas consultadas apontavam a demanda insuficiente como limitante para os negócios. Em janeiro deste ano, eram 26,6%.

Assim, para Castelo, a explicação para a piora das expectativas pode estar em um campo mais subjetivo, no sentido de não ser contemplado por uma pergunta específica na sondagem, do cenário macroeconômico.

“Há uma preocupação de que a taxa de juros possa permanecer mais alta por mais tempo, o que está relacionado às sinalizações do governo de política econômica. Se isso acontecer, o reflexo no financiamento imobiliário poderá ser mais significativo e reverter um ciclo de negócios que até então se mostrou bastante resiliente a todas as mudanças, aumento de custos, de juros”, afirma Castelo.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do governo federal, a construção fechou 2022 com um saldo positivo de 194,4 mil novos postos formais de trabalho. Mas o que o emprego reflete é o resultado de um ciclo de negócios passados, pondera a pesquisadora do FGV Ibre. “Entre fazer um edital, ganhar uma concessão, fazer um lançamento, realizar as vendas e a obra começar de fato leva um certo tempo. O que assistimos em 2022 é o efeito desse processo de 2020, 2021. A questão é a continuidade disso.”

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do IBGE, que abarca o mercado de trabalho formal e informal, mostrou queda da ocupação na construção no trimestre encerrado em novembro, observa Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. “É um sinal de desaceleração que começamos a ver.”

A hipótese de Castelo de que a perda de confiança da construção está mais ligada a dúvidas sobre o ambiente macroeconômico encontra respaldo em outra pesquisa, do Santander, com 23 empresas da construção. O banco notou diminuição do entusiasmo das construtoras neste trimestre, ante o quarto trimestre de 2022.

“Observamos agora um ligeiro aumento no número de empresas que planejam reduzir lançamentos nos próximos 12 meses, explicado em parte por uma deterioração do ambiente macroeconômico brasileiro”, comentam Fanny Oreng, head de real state do banco, e os analistas Antonio Castrucci e Matheus Maloni.

Segundo a pesquisa do Santander, o poder de compra mais fraco dos consumidores e a escassez de financiamento estão entre as principais preocupações da maioria das construtoras.

“O momento é de juros elevados, o que acaba encarecendo de forma importante os lançamentos imobiliários, especialmente para uma classe média que teve uma melhora de renda com os cortes de impostos. É um tipo de consumidor que tem uma decisão de longo prazo para fazer, mas ele olha e vê um ano nebuloso, com desemprego que vai parar de cair, atividade desacelerando, inflação ainda elevada. É uma renda que dá sinais de dificuldade”, diz Vale.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) espera que o PIB do setor tenha crescido 7% em 2022, mas desacelere para uma alta de 2,5% em 2023 - o que ainda seria acima da expectativa de crescimento do PIB no ano como um todo, que está em 0,8%, de acordo com a mediana do boletim Focus do Banco Central.

“O governo colocou uma série de recursos no Orçamento para aquecer a construção civil, mas o efeito não é imediato”, diz José Carlos Martins, presidente da CBIC.

No sentido de aquecer o segmento, o governo deve relançar hoje o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que foi substituído na gestão de Jair Bolsonaro pelo Casa Verde e Amarela.

“O orçamento direcionado para o programa praticamente tinha deixado de existir, ia paralisar o que estava em andamento. Agora, ele foi reforçado e tem a perspectiva de retomada principalmente da Faixa 1, que foi totalmente desmobilizada nos últimos quatro anos”, diz Castelo, em referência à modalidade do programa direcionada para as famílias mais carentes.

As construtoras, porém, demonstram certo ceticismo em voltar a operar na Faixa 1. Segundo a pesquisa do Santander, cerca de 83% afirmam não ter interesse em trabalhar com o produto. Isso é explicado, sobretudo, pelo menor conhecimento e/ou vantagem competitiva no segmento.

“O problema, se existe, é aquele trauma do passado de atraso nos pagamentos, que inibiu um pouco as empresas”, diz Martins.

Para Ciro Biderman, diretor do FGV Cidades, se as empreiteiras não estão “tão entusiasmadas” com a volta da Faixa 1, “pode ser uma oportunidade de fazer algo que não dependa tanto delas”, diz, reforçando a importância de políticas de aluguel social.

Além disso, Biderman lembra que a Faixa 1 teve um efeito ruim sobre a formação urbana, porque fez as pessoas darem “salto de rã” nas cidades. “Elas pularam a mancha urbana e foram morar para lá de longe. E aí começam a aparecer vários custos para Estados e municípios”, afirma. “O Faixa 1 virou uma contratação de obra pública. Se for voltar, tem que ser modificado. Precisa dar mais poder de decisão para o beneficiário e gerar alguma competição para as empresas”, sugere.

Rodoviário

Porto Gente - SP   14/02/2023

Cidade e seu porto são inseparáveis. A cidade não pode ignorar o porto e vice-versa.

Finalmente, como Portogente há muito propõe, o caminho para construção do túnel submerso ligando as margens do Porto de Santos vem sendo tratado entre os governos Federal e do Estado de São Paulo. Na última quarta-feira (8), o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reunidos em Brasília, conversaram sobre iniciar essa obra ainda este ano. Será a realização de um sonho regional quase centenário, de uma ligação a seco favorecendo os munícipes, a mobilidade, o comércio, a navegação e o turismo.

Vista como uma ligação entre os municípios paulistas de Santos e Guarujá, é da alçada do Estado de São Paulo assistir aos municípios para adaptar as cidades aos novos fluxos mais intensos. O governo Federal irá otimizar o tráfego dos navios, sem a resistência das travessias das balsas; vai eliminar as longas filas de espera dos veículos e ampliar a mobilidade, do pedestre ao Veículo Leve sobre Trilho – VLT, entre as margens do canal do porto. Os estudos realizados sobre a travessia por túnel submerso aprovam a solução, como a mais adequada. Hoje, é inaceitável o impacto da travessia dos fluxos dessas cidades na via de navegação intensa do canal de acesso ao principal porto brasileiro.

Como costuma lembrar o ministro Márcio França, o brasileiro insiste na síndrome do vira-lata, ao achar valoroso só o que o estrangeiro constrói. Assim, não percebe obras como a ponte Rio-Niterói, túnel sob o rio Paraná, para citar uns exemplos. No Porto de Santos, fala-se na ligação Santos-Guarujá desde o notável projeto de Prestes Maia, há 92 anos. De 1988 a 1994, foi construído o Eurotúnel de 50,5 quilômetros, sob o canal da Mancha, ligando França à Inglaterra. Recentemente, a maracutaia da Ecovias, uma promessa de construir uma ponte ligando Santos à Guarujá, conseguiu renovar o seu contrato da Rodovias dos Imigrantes (SP-160), sem licitação.

Caso não fosse uma decisão que interferisse no movimento dos navios que entram e saem do porto, há muitos anos teria sido construída uma ponte sobre o grande rio, ligando Santos e Guarujá. Como há tantas na região. Márcio França tem espírito desenvolvimentista e uma brilhante carreira política. Dois ingredientes essenciais para complementarem o seu conhecimento e a sua impressão declarada, da necessidade de construir esse túnel. Uma demonstração óbvia de que o governo pode ser empreendedor e gerar receitas.

Trata-se de reinventar o modo de governar, sem paredes entre a situação e oposição políticas e portas abertas aos interesses da sociedade. A transição mundialmente dos processos de produzir e distribuir, impulsionados por novas tecnologias, exige máximas eficiência e competitividade. O túnel submerso entre Santos e Guarujá não pode ser um copo para se afogar, como tem sido o debate dessa questão sem chance de produzir resultado. Deve ser construído.

NAVAL

Diário do Comércio - MG   14/02/2023

A VLI – companhia de soluções logísticas que integra portos, ferrovias e terminais – e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) assinaram, ontem, memorando de entendimento para obras de expansão do novo Porto de Vitória, com o objetivo de aumentar o volume de cargas escoado pelo local. O documento aponta que os estudos a serem realizados em conjunto podem concluir pela existência de uma oportunidade para investimentos em ferrovia, porto e terminais que atinjam até R$ 200 milhões.

“A VLI vê nesta ocasião mais uma oportunidade de contribuir para o fortalecimento da infraestrutura logística do Espírito Santo e para um atendimento ainda mais amplo aos clientes que movimentam cargas em no sistema portuário do estado. Como uma companhia de logística multimodal, a VLI tem nos portos um elo estratégico e complementar na sua cadeia. Nesse sentido, o Porto de Vitória é mais um parceiro portuário importante para VLI. Uma integração entre a ferrovia e o porto mais eficiente cria capacidade para o incremento de volumes que serão gerados com a renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica”, afirma Fábio Marchiori, CEO interino da VLI e diretor Financeiro, de Supply Chain e de Serviços da companhia.

O diretor-presidente do Porto de Vitória, Ilson Hulle, afirma que a assinatura do memorando é um passo importante dentro do propósito da nova gestão do porto de investir em aumento da capacidade, diversificação de cargas e novas áreas de exploração portuária.

“O Porto de Vitória possui uma vantagem competitiva em função da sua localização privilegiada, atuando como um elo logístico que envolve diversos modais. Nossos esforços estão voltados para fortalecer o complexo portuário, visando impulsionar um ambiente de negócios mais dinâmico, eficiente e ágil. Estamos prontos para oferecer soluções com alta performance, eficiência e tecnologia de ponta, proporcionando mais qualidade e segurança para alavancar os resultados de nossos parceiros.”

Os estudos a serem realizados pela VLI e pela Codesa contemplam a análise de capacidades necessárias a acomodar a matriz de carga em estudo, incluindo adequações e capacitações de ramais ferroviários que acessam o Porto de Vitória, bem como ramais internos à poligonal do terminal, capacidade de píer – envolvendo berços, calado e equipamentos, entre outros aspectos – e sistemas de carregamento, descarregamento e armazenagem estática das cargas a serem movimentadas.

Atualmente, a VLI movimenta cerca de 25 milhões de toneladas anuais nos portos e ferrovias do Espírito Santo, com cargas que trafegam pela Ferrovia Centro-Atlântica, em Minas Gerais, e pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, onde a VLI opera por direito de passagem, para acesso aos portos do Espírito Santo. A operação portuária atual é concentrada nos terminais de Praia Mole, de Granéis Líquidos e de Produtos Diversos, instalados no Complexo Portuário de Tubarão.

O estudo estima um aumento de cerca de 5 milhões de toneladas de granéis sólidos minerais e vegetais à matriz de carga atual nos fluxos de importação e exportação do Estado. Para dar vazão a este aumento de volumes transportados, a VLI também analisará oportunamente a necessidade de aquisição de novos vagões e locomotivas.
Ferrovia Centro-Atlântica

A Ferrovia Centro-Atlântica percorre sete estados brasileiros, transportando riquezas de diversos segmentos, como o agronegócio, siderurgia e construção civil para abastecimento dos mercados interno e externo. “A renovação antecipada da concessão da FCA, atualmente em curso nos órgãos reguladores, poderá marcar um novo ciclo de crescimento, investimentos e contribuição com a indústria ferroviária nacional, em virtude da aquisição de novos vagões e locomotivas para transportar o aumento de carga previsto, proporcionando um atendimento ainda mais amplo e eficiente aos clientes”, informa a companhia.

PETROLÍFERO

IstoÉ Online - SP   14/02/2023

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 13, impulsionados pelo enfraquecimento do dólar ante rivais e com investidores na expectativa pelo índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Além disso, a demanda chinesa continua no radar, em meio à reabertura do país asiático.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março de 2023 fechou em alta de 0,53% (US$ 0,42), a US$ 80,14 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,25% (US$ 0,22), a US$ 86,61 o barril.

Investidores aguardam a publicação do relatório do CPI dos Estados Unidos, a ser divulgada amanhã. Para o analista da Oanda, Edward Moya, o petróleo WTI pode encontrar dificuldade para se manter acima do nível de US$ 80 o barril, caso Wall Street seja convencida de que os Estados Unidos podem enfrentar algo pior do que uma recessão superficial se os dados de inflação vierem muito acima do esperado.

Em relatório a clientes, o TD Securities observa que a reabertura da China pode ajudar a firmar tendência de recuperação nos preços do petróleo, sustentada por dados indicando um “boom” na demanda devido ao crescimento de viagens no país. “O que contrasta com o restante do complexo de commodities, onde as evidências de um boom de demanda após a reabertura da China permanecem indefinidas”, analisa o banco de investimentos.

A China aumentou pedidos de petróleo bruto para alimentar refinarias, em resposta à crescente demanda doméstica por produtos como combustível para aviação e diesel, informa o The Wall Street Journal. A consultoria Energy Aspects projeta que a força do petróleo bruto asiático deve continuar, em parte por conta das interrupções planejadas em refinarias dos Estados Unidos.

Mais cedo, o petróleo chegou a operar em baixa, durante possível correção técnica após alta de 8% na semana passada e com mercado ajustando percepção sobre o anúncio de cortes na produção da Rússia. De acordo com a Tass, a Rússia pretende enviar mais de 80% de suas exportações de petróleo e 75% dos produtos derivados da commodity a países “amigáveis” em 2023. Economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks aponta que os preços globais do petróleo estão sendo segurados na faixa de US$ 80 a US$ 90 o barril devido à recessão global, apesar de cortes na produção da Opep+ e da Rússia.

Valor - SP   14/02/2023

Comissão Europeia prevê que zona do euro vai crescer 0,9% neste ano e deve evitar recessão técnica. A melhora nas projeções se deve à queda dos custos da energia

A economia da zona do euro deve crescer neste ano mais do que o previsto anteriormente, evitando uma recessão técnica. Mas as perspectivas seguem fracas com a inflação e juros elevados pressionando a atividade econômica, disse ontem a Comissão Europeia.

Segundo a comissão, o PIB na zona do euro deve crescer 0,9% em 2023, acima do 0,3% previsto em novembro de 2022. A melhora deve-se principalmente aos preços mais baixos de energia, que contribuíram para aliviar as pressões inflacionárias nos últimos meses.

Valor - SP   14/02/2023

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a arrecadação no período somou R$ 10,5 bilhões, que representa queda de 19% em relação ao trimestre imediatamente anterior

A arrecadação de participações especiais em campos de produção de petróleo e gás natural no quarto trimestre de 2022 somou R$ 10,5 bilhões, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgados nesta segunda-feira (13).

O valor caiu 19% em relação ao trimestre imediatamente anterior. De acordo com a agência, a redução foi causada pela queda dos preços de referência usados para os cálculos dos valores a serem pagos pelas petroleira, que são baseados nos preços internacionais do petróleo.

As participações especiais são compensações financeiras pagas pelas companhias em campos de grande volume de produção, com base na receita líquida.

No último trimestre de 2022, o campo com maior valor de participações especiais foi Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, num total de R$ 8,491 bilhões.

Valor - SP   14/02/2023

Segundo o vice-primeiro-ministro russo, a queda na venda do combustível se deu por conta da recusa de países europeus em comprar o produto russo, em retaliação à invasão da Ucrânia

As exportações de gás natural da Rússia caíram 25% em 2022 devido à guerra na Ucrânia e o corte de fornecimento de combustível por parte de Moscou para a Europa em resposta às sanções impostas ao país por conta do conflito.

Em entrevista à revista científica “Energy Policy”, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse que no último ano as vendas de gás do país diminuíram em 25% enquanto a venda de petróleo aumentou 7,6% em 2022.

Segundo Novak, a queda na venda de gás se deu por conta da recusa de países europeus em comprar o produto russo. A Rússia cortou o fornecimento de gás natural pelo gasoduto Nord Stream I — o principal da Europa — voluntariamente e disse que só retomará o envio do combustível quando os países da Europa acabarem com as sanções contra Moscou.

Em compensação, a Rússia busca novos compradores de gás e se voltou para a Ásia como novo mercado em potencial. Novak disse que o fornecimento de gás pelo gasoduto da Sibéria para a China cresceu 48% em 2022 e atingiu recorde.

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