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13 de Dezembro de 2022

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   13/12/2022

A estimativa para a alta do IPCA - índice de inflação oficial - deste ano arrefeceu de 5,92% para 5,79% no Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 12.

Já a expectativa para o IPCA de 2023 foi mantida em 5,08%, após três semanas de alta, mesmo em meio ao forte aumento de gastos previstos pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. No caso de 2024, a projeção continuou em 3,50% pela sétima semana seguida. A previsão para 2025 subiu de 3% para 3,02% após 73 semanas de estabilidade.

As medianas na Focus para a inflação oficial em 2022 e 2023 estão acima do teto da meta referentes a esses anos (de 5% e 4,75%, nessa ordem), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central. Para 2024 e 2025, a projeção do mercado está acima do alvo central de 3%, mas aquém do limite superior de 4,50%.

Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e de 2024. Mas o BC tem dado ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, atualmente o segundo trimestre de 2024.

No Copom deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6% em 2022, 5% em 2023 e 3,0% para 2024. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano pela terceira vez seguida.

PIB

A mediana para a alta do PIB em 2022 continuou em 3,05%, enquanto a estimativa para a expansão do PIB no ano que vem ficou em 0,75%.

O Relatório Focus ainda mostrou alteração na projeção para o crescimento do PIB em 2024, de 1,71% para 1,70%.

Exame - SP   13/12/2022

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e sua equipe têm a história a seu favor ao discordar de Wall Street sobre quanto tempo os juros permanecerão altos em 2023.

Após o aperto mais rápido da política monetária desde a década de 1980, o banco central dos EUA deve elevar a taxa básica em 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira, após quatro altas consecutivas de 0,75 ponto para combater a inflação.

Tal medida - amplamente sinalizada pelas autoridades – aumentaria a taxa de juros para uma meta entre 4,25% e 4,5%, o nível mais alto desde 2007. Também devem sinalizar mais 0,5 p.p. de aperto no próximo ano, de acordo com economistas consultados pela Bloomberg, e a expectativa de que, quando atingirem esse pico, permanecerão estacionados durante todo o ano de 2023.

Os mercados financeiros concordam com a visão de curto prazo, mas veem um rápido recuo das taxas em relação ao pico no próximo ano. Esse choque pode ocorrer porque investidores esperam que as pressões de preços diminuam mais rapidamente do que na percepção do Fed, cuja preocupação é de que a inflação se mostre persistente depois de sua projeção equivocada de que seria transitória. Também pode refletir as apostas de que o aumento do desemprego terá mais peso para o banco central americano.

A reunião desta semana em Washington é uma nova oportunidade para Powell enfatizar seu ponto de vista de que as autoridades esperam manter os juros elevados para derrotar a inflação - como o fez em discurso de 30 de novembro, quando destacou que a política permaneceria restritiva “por algum tempo”.

Nos últimos cinco ciclos de juros, a permanência média da taxa básica no pico foi de 11 meses, períodos em que a inflação se manteve mais estável.

“O Fed tem transmitido a mensagem de que a taxa básica de juros provavelmente permanecerá no pico por um tempo”, disse Conrad DeQuadros, consultor econômico sênior da Brean Capital. “Essa é a parte da mensagem que o mercado consistentemente não entende. As estimativas do grau em que a inflação cairá são muito otimistas.”

Em jogo na tensão entre a comunicação do Fed e investidores estão duas visões distintas sobre a economia pós-pandemia: a visão dos mercados mostra um banco central em que se pode confiar e que coloca rapidamente a inflação na trajetória de sua meta de 2%, possivelmente com a ajuda de uma recessão moderada ou forças desinflacionárias que mantiveram os preços baixos por duas décadas.

A curva de juros - medida pela diferença entre os rendimentos dos títulos de 10 e 2 anos do Tesouro dos EUA – está na posição mais invertida desde a década de 1980, um sinal de que traders veem uma desaceleração econômica à frente.

Os mercados financeiros “estão simplesmente precificando um ciclo normal de negócios”, disse Scott Thiel, estrategista-chefe de renda fixa da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo.

Uma visão distinta diz que as restrições de oferta serão uma força inflacionária por meses e talvez anos, à medida que as linhas de suprimentos redesenhadas e a geopolítica afetam insumos críticos, como chips, talentos na força de trabalho, petróleo e outras commodities.

Nesta tese, os bancos centrais estarão cautelosos em relação ao avanço da inflação, que pode ser apenas temporário e vulnerável ao surgimento de novos atritos que prolonguem as pressões sobre os preços.

A “competição estratégica” é inflacionária, diz Thiel, da BlackRock. “Esperamos que a inflação seja mais persistente, mas também esperamos que a volatilidade da inflação e, nesse caso, os dados econômicos de forma mais ampla, sejam maiores.”

O Estado de S.Paulo - SP   13/12/2022

A diplomacia brasileira tem pela frente um desafio geopolítico mundial: lidar com as tensões crescentes entre Estados Unidos e China, evidentes neste ano nas disputas em torno de Taiwan e no mercado de semicondutores. As disputas têm o risco de escalar a um patamar próximo da Guerra Fria e arrastar o mundo para um conflito polarizado, mas, na avaliação do ex-embaixador em Washington, Sérgio Amaral, o Brasil possui condições de aumentar as convergências com os dois países e não ser afetado por conta das disputas entre eles.

Para Amaral, o Brasil tem, por um lado, a oportunidade de aumentar as relações econômicas com a China em diversas áreas do comércio e dos investimentos em infraestrutura; por outro, conta com uma convergência entre o governo de Joe Biden e o futuro governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) que favorece uma relação madura com os EUA. “Há uma agenda em comum entre os dos países: de defesa da democracia, do meio-ambiente, da preocupação com as mudanças climáticas. Isso cria um cenário sem dúvidas positivo para o fortalecimento destas relações”, declarou.

Na terça-feira, 6, o diplomata esteve ao lado do ex-embaixador brasileiro em Pequim, Marcos Caramuru, do professor associado do Centro para Estudos Chineses John King Fairbank da Universidade Harvard, Robert Ross, e do professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, Feliciano de Sá Guimarães, para debater as relações brasileiras com as duas atuais superpotências mundiais nos próximos anos. Abaixo, leia a entrevista concedida ao Estadão após o evento:

As tensões entre EUA e China podem afetar as relações do Brasil com esses dois países?

A relação econômica e comercial do Brasil com os Estados Unidos é um canal. A do Brasil com a China, é um outro canal. São canais diferentes, que não se chocam porque são negócios diferentes, relações diferentes. Não acho que elas irão se colidir ou que o Brasil será prejudicado pelas divergências entre os dois

Depois de perceber que estão ficando para trás, os Estados Unidos começaram a procurar amigos na América Latina, no mesmo momento que a China também procura amigos – não só na América Latina, mas em todo o mundo – e aumenta a sua presença. Com certeza, a China também vai tentar fazer isso (aumentar as relações) com o Brasil. Eles têm feito isso. Mas eu não percebo nem da China nem dos EUA passos muito concretos para ganhar mais espaço e não consigo perceber claramente qual tipo de presença os EUA buscam. O que nós queremos é que as muitas convergências entre o Brasil com os EUA e com a China não sejam afetadas por conta das disputas entre eles. Não há necessidade de que sejam afetadas.

Eu acho muito importante diversificar nossas relações da melhor forma, para termos boas relações com os Estados Unidos e com a China. Também acho que devemos pensar na América do Sul. Ou temos uma política externa específica para a América do Sul ou não conseguiremos competir nem com os Estados Unidos nem com a China no continente. E eu acho que é uma prioridade para nós ter melhores e novas relações com os nossos vizinhos se quisermos ter algo na área da Amazônia. Temos um tratado com eles sobre a Amazônia e você tem que tirar o melhor proveito disso.

A aproximação da China da América do Sul, em um contexto em que a região tem novamente muitos governos de esquerda, preocupa os Estados Unidos sob o ponto de vista de perda de influência?

Os Estados Unidos têm uma preocupação com a China na América do Sul, mas eu acho que não é uma preocupação que pode ser, neste momento, identificada. A relação da China com a América Latina também não pode ser diminuída facilmente. A região pode se fortalecer com investimentos chineses em infraestrutura, e esse desenvolvimento em infraestrutura trazem retorno para todos, incluindo para as relações sul-americanas com os EUA.

Os chineses são muito pragmáticos. Eles se aproximam dos países com a intenção de fazer negócios, independente se o governo do país é a esquerda ou a direita. Veja o caso do Uruguai, que não faz parte desta ‘onda vermelha’ da América Latina, e tem muitos negócios com a China. A China não quer ser percebida como uma ameaça. A China não vai interferir, por exemplo, nas relações que o Brasil tem com os outros países. Eles são extremamente cautelosos e querem que seus passos sejam limitados, pelo menos por algum tempo, como passos basicamente comerciais e de investimento, nada mais. Nesse sentido, não acho que a preocupação dos EUA com essa aproximação da China seja clara.

Hoje, os EUA priorizam uma melhora nas relações com a América Latina e em especial com o Brasil?

Sim, os Estados Unidos estão interessados na reaproximação com a América Latina e com o Brasil. Isso ficou visível pela rapidez com que o governo Biden reconheceu o governo Lula. Os EUA são, há várias décadas, um parceiro importante do Brasil, nos campos do comércio e nos investimentos, na cooperação empresarial e nas muitas afinidades entre nossas sociedades. Há um espaço para a criação de agendas de projetos entre os dois países. A questão-chave é que tanto o governo Biden quanto o governo Lula estão ligados em uma agenda em comum: de defesa da democracia, do meio-ambiente, da preocupação com as mudanças climáticas. Isso cria um cenário sem dúvidas positivo para o fortalecimento destas relações.

O cenário político hoje para as relações do Brasil com os EUA são mais favoráveis do que foram nos dois primeiros governos Lula (2002-2010)?

Com certeza. Eu não tenho dúvidas. Hoje os EUA e o Brasil possuem um conjunto de agendas que convergem de uma maneira maior do que antes. Isso forma uma base muito forte para ampliar o relacionamento dos dois países. Antes, o que havia na política externa brasileira com relação aos Estados Unidos era uma relação pendular: ora estávamos mais próximos, ora mais distantes, com outros pontos de vistas. Estamos entrando em uma relação mais madura, na qual os valores são compartilhados e que podem trazer, eu espero, uma relação mais sustentada. É por isso que todos nós esperamos que os governos Lula e Biden trabalhem juntos. Essa relação será facilmente muito melhor do que no passado.

Ministério da Economia - DF   13/12/2022

A balança comercial acumulou superávit de US$ 2,33 bilhões em dezembro, até a segunda semana, representando alta de 90,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A corrente de comércio, até a segunda semana deste mês, alcançou US$ 15,79 bilhões, elevação de 15,7% em relação a igual período de dezembro de 2021. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (12/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, revelam crescimento de 21,9% nas exportações, que somaram US$ 9,06 bilhões no período, e aumento de 8,3% nas importações, que totalizaram US$ 6,73 bilhões. Os índices de variações percentuais consideram o critério de média diária das operações.

No acumulado do ano, até a segunda semana de dezembro, o superávit chegou a US$ 59,86 bilhões, alta de 3,7% na comparação com o período de janeiro a dezembro do ano passado, pela média diária. A corrente de comércio aumentou 22,3%, atingindo US$ 574,99 bilhões, com US$ 317,42 bilhões de exportações (+20,3%) e US$ 257,56 bilhões em importações (+24,9%).

Considerando apenas a segunda semana de dezembro, o superávit foi de US$ 1,70 bilhão. A corrente de comércio chegou a US$ 11,46 bilhões, resultado de exportações de US$ 6,58 bilhões e importações de US$ 4,87 bilhões.

Confira os principais resultados da balança comercial

Desempenho dos setores

A Secex observou crescimento das vendas de todos os segmentos em dezembro deste ano, considerando os resultados acumulados até a segunda semana. O aumento foi de 20,2% (critério de média diária) nas exportações da agropecuária, que somaram US$ 1,39 bilhão no período. Também houve alta de 65,0% nas vendas externas da indústria extrativa, que chegaram a US$ 3,02 bilhões; e de 4,6% nos embarques da indústria de transformação, que alcançaram US$ 4,62 bilhões.

Na agropecuária, os destaques das exportações no mês foram, até a segunda semana, milho não moído, exceto milho doce; café não torrado e soja. Na indústria extrativa, os resultados foram impulsionados, principalmente, por óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus; carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado; e minérios de níquel e seus concentrados. Na indústria de transformação, os destaques foram açúcares e melaços; óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos; além de tabaco, descaulificado ou desnervado.

Do lado das importações, houve retração de 13,6% (média diária) nas compras da agropecuária no mercado internacional em dezembro, até a segunda semana do mês, que ficaram em US$ 124,44 milhões; além de alta de 29,4% nas da indústria extrativa, que chegaram a US$ 623,30 milhões. Já os desembarques para a indústria de transformação aumentaram 8,3%, alcançando US$ 5,92 bilhões. A combinação destes resultados motivou a ampliação das importações, explica a Secex.

Investing - SP   13/12/2022

Pelo terceiro mês consecutivo, a avaliação da indústria sobre o cenário atual e dos próximos meses apresentou leve piora. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu de 51,7 pontos em novembro para 50,8 pontos em dezembro.

Apesar do recuo, o setor tem leve otimismo, porque valores acima de 50 pontos indicam confiança. Em nota, a CNI informou que ainda há confiança do empresário industrial, mas que ela é restrita e pouco intensa.

O índice de dezembro está abaixo da média histórica, de 54,3 pontos. Conforme a CNI, isso se deve à composição do indicador. O Índice de Condições Atuais, que mede o cenário atual em relação aos últimos seis meses, recuou de 53,2 pontos para 50,3 pontos, indicando que o empresário industrial deixou de ver melhora nas condições atuais.

Em relação à economia, o indicador ficou em 48,4 pontos em novembro, abaixo da linha divisória de 50 pontos. Em novembro, o Índice de Confiança na Economia Brasileira tinha ficado em 52,9 pontos. A avaliação é que a economia está pior hoje do que há seis meses.
Expectativas

O Índice de Expectativas, que mede as perspectivas da indústria para os próximos seis meses, manteve-se estável em 51 pontos em dezembro. Segundo a CNI, o indicador mostra otimismo moderado.

Os componentes do indicador mostram trajetórias divergentes. Segundo a CNI, o empresário industrial avalia, de forma distinta, as expectativas para a sua empresa e para a economia como um todo.

O Índice de Expectativas para a própria empresa, que mede as percepções do empresário para o próprio negócio nos próximos seis meses, subiu de 53,6 para 54,1 pontos. No entanto, o Índice de Expectativas para a Economia Brasileira caiu de 45,9 para 44,8 pontos.

Globo Online - RJ   13/12/2022

Esta semana, os maiores bancos centrais do mundo encerram o ano mais agressivo para aumentos de juros em quatro décadas, com a luta contra a inflação ainda não controlada apesar da desaceleração de suas economias.

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, deve aumentar nesta quarta-feira a taxa básica em 0,50 ponto percentual, subindo os juros para uma faixa entre 4% e 4,5% — a mais alta desde 2007—, sinalizando ainda mais aumentos no início de 2023.

Um dia depois, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra provavelmente seguirão com movimentos de meio ponto percentual. Isso também deve ocorrer na Suíça, Noruega, México, Taiwan, Colômbia e Filipinas, o que implica em custos de empréstimos mais altos.

O ano termina bem diferente do que começou. Em janeiro, embora muitos dos formuladores de políticas reconhecessem que o aumento da inflação em 2021 estaria longe de desaparecer, eles presumiam que um aperto constante da política monetária poderia ser capaz de restringir os preços. No entanto, em vez disso, várias métricas mostram como uma aceleração da inflação global para cerca de dois dígitos os forçou a apertar os juros com força.

O Bank of America Corp. detectou cerca de 275 aumentos de juros este ano, o suficiente para um a cada dia de negociação, com apenas 13 cortes. Mais de 50 bancos centrais executaram aumentos raros de 0,75 ponto percentual, alguns se juntando ao Fed para fazê-lo repetidamente.

O indicador da Bloomberg Economics das taxas globais é projetado para terminar o ano em 5,2%, acima dos 2,8% em janeiro. Embora estejam aumentando os sinais de que a inflação atingiu o pico na maioria dos lugares, a grande questão agora é o que acontecerá em no próximo ano.

O pior caso é a inflação se mostrar teimosa, provocando recessões em diversos países, criando um pesadelo estagflacionário para os bancos centrais. A melhor esperança é que o crescimento dos preços ao consumidor recue rápido o suficiente para permitir que os formuladores de políticas parem de aumentar as taxas e considerem reduzi-las para impulsionar o crescimento econômico.

Por enquanto, tanto o presidente do Fed, Jerome Powell, quanto a presidente do BCE, Christine Lagarde, dizem que o foco continua no combate à inflação, mesmo que isso prejudique a demanda e as contratações.

Nos Estados Unidos

Embora se espere que o Fed comece a moderar o ritmo do aperto da política monetária nesta semana com um aumento de meio ponto, a taxa-alvo para empréstimos bancários overnight continuará a ser elevada no início de 2023.

Isso porque o aumento de 0,50 ponto percentual equivaleria a 4,25 pontos percentuais de aumento das taxas de juros em 2022, ano em que a inflação disparou para uma alta de quatro décadas e deixou os formuladores de políticas em dificuldades.

Nesta semana ainda, na terça-feira, será divulgado o índice de preços ao consumidor de novembro. Os economistas projetam aumentos de 0,3% na métrica que exclui alimentos e combustíveis. O dado pode ser usado pelo Fed para tomar a sua decisão.

Inflação dos hortifrutigrajeiros em 2022

Na Europa

O BCE provavelmente irá aumentar as taxas em 0,50 ponto percentual, depois que a inflação na zona do euro desacelerou pela primeira vez em um ano e meio no mês passado. No entanto, com o crescimento dos preços ao consumidor ainda em 10%, um terceiro movimento consecutivo de 0,75 ponto percentual não pode ser completamente descartado.

A decisão do Conselho do BCE também será influenciada por novas projeções econômicas trimestrais, que provavelmente indicarão redução no crescimento e atualização nas projeções de inflação para 2023.

Além disso, os formuladores de políticas devem decidir sobre os principais pilares de sua estratégia para reduzir a dívida de quase € 5 trilhões (US$ 5,2 trilhões). O processo — conhecido como aperto quantitativo — não começará até o próximo ano.

O Banco da Inglaterra também deve aumentar sua taxa básica de juros em meio ponto, para 3,5%, o que seria o índice mais alto desde 2008. Com a inflação em 11,1%, a maior alta em 41 anos, e os consumidores esperando preços cada vez mais elevados nos próximos anos, as autoridades monetárias disseram que agirão com força para evitar uma espiral de preços e salários.

A perspectiva sombria para a economia torna a decisão deste mês mais difícil do que a anterior. Uma recessão está em andamento e deve durar até 2024, e as famílias estão sofrendo com o maior aperto de custo de vida já registrado.

Os preços da energia estão pelo menos seis vezes mais altos do que o normal, e o clima mais frio do que o comum está atingindo o Reino Unido pela primeira vez desde o inverno passado.

A Suíça também lidam com uma inflação crescente, mas em 3% (menos de um terço da zona do euro). Os formuladores de políticas do SNB provavelmente optarão por um movimento de meio ponto em vez de repetir o passo superdimensionado de 0,75 ponto percentual de setembro. O franco forte tem permitido que os suíços evitem a inflação importada. O banco central ainda deve reiterar que está disposto a intervir nos mercados de câmbio, se necessário.

Já na Noruega, o banco central deve aumentar sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, já que os dados de inflação do mês passado mostraram uma desaceleração no crescimento dos preços principais e subjacentes.

Esses números permitiram que as especulações sobre aumentos maiores nos custos de empréstimos recuassem, com alguns analistas cada vez mais convencidos de que o aumento de dezembro será o último do ciclo.

América do Sul

Os bancos centrais do México e da Colômbia encerraram esta semana um ano sem precedentes para a política monetária. Se as duas decisões da semana estiverem alinhadas com as previsões, os cinco grandes bancos centrais da América Latina com metas de inflação terão aumentado as taxas em 30,75 pontos percentuais acumulados em 2022, estabelecendo uma nova marca anual por meio de 40 aumentos de juros, quatro pausas e nenhum corte.

A previsão é de que o banco central do México, conhecido como Banxico, eleve sua taxa básica pela 13ª reunião consecutiva para 10,50%, com uma alta de meio ponto. Enquanto a inflação nominal atingiu o pico e está voltando para a meta de 3%, as leituras do núcleo permanecem acima de 8%. O consenso entre os analistas é que a taxa terminal do Banxico fique em 11%, após um aperto adicional no início de 2023.

Na sexta-feira, espera-se que o Banco de la República, o banco central da Colômbia, entregue seu terceiro aumento consecutivo de 1,0 ponto percentual e o 11º consecutivo no geral para colocar a taxa básica em 12%. Alguns economistas veem isso como o fim do ciclo de alta, embora outros acreditem numa taxa terminal de 13%.

Ásia

A Autoridade Monetária de Hong Kong deve agir em sintonia com o Fed, devido à paridade cambial, o que significa outro provável aumento nas taxas, enquanto os bancos centrais nas Filipinas e Taiwan também devem elevar os juros.

Espera-se que o Banco da Rússia mantenha as taxas estáveis na sexta-feira, com sua última rodada de flexibilização terminando com o aumento dos riscos de inflação. O Kremlin está divulgando a contração do PIB menor do que o esperado este ano, mas o banco central já alertou que as novas restrições do G-7 às vendas de petróleo podem afetar a produção no próximo ano.

Os mercados ainda observam dados da China, onde os números de vendas no varejo, investimento e produção industrial até quinta-feira devem mostrar um aprofundamento nas lutas da economia em novembro, à medida que as restrições do Covid Zero – agora sendo amenizadas – pesaram sobre a atividade.

O Estado de S.Paulo - SP   13/12/2022

O Brasil está faturando bilhões de dólares graças à inflação internacional, um pesadelo para consumidores de dezenas de países. A exportação do agronegócio rendeu US$ 136,10 bilhões de janeiro a outubro deste ano e garantiu quase metade (48,5%) do valor das vendas externas do País. Um ano antes a contribuição havia sido de 43,4%. O agro continua sendo o setor mais eficiente e mais competitivo da economia brasileira, mas sua inegável eficiência explica apenas parcialmente o avanço entre 2021 e 2022. De um ano para outro o volume exportado aumentou 6,6%, enquanto os preços médios cresceram 24,7%.

Considerado apenas o comércio de alimentos e matérias-primas agropecuárias, o resultado setorial foi um superávit de US$ 121,8 bilhões, 35,8% maior que o acumulado entre janeiro e outubro do ano anterior. Isso foi bem mais que suficiente para assegurar, em dez meses, o saldo positivo de US$ 51,6 bilhões na balança comercial de bens. Apesar do menor dinamismo global, o desempenho brasileiro nas trocas internacionais, sustentado principalmente pelo agro e pelo setor mineral, tem sido suficiente para garantir a segurança externa da economia. O estoque de reservas tem-se mantido satisfatório, com pequenas oscilações.

Apesar do contágio dos problemas externos e dos desajustes domésticos, a inflação brasileira tem sido inferior àquela observada em vários países avançados e emergentes. Nos 12 meses até outubro, os preços ao consumidor subiram em média 10,7% em 38 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), puxados principalmente pelo custo dos alimentos. No Brasil, nesse período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,47%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas o aumento de juros para conter os preços começou no Brasil mais cedo que nos Estados Unidos e na Europa. Os efeitos anti-inflacionários dessa política já aparecem na economia brasileira, mas o custo maior do crédito já influencia também os negócios, impondo um freio ao crescimento econômico. A atividade tem perdido vigor neste trimestre e, segundo projeções do mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) dificilmente aumentará mais que 1% em 2023.

Embora beneficiado no comércio pela alta de preços dos alimentos, o Brasil também é afetado negativamente pela inflação global. Além do risco do contágio inflacionário, há os efeitos do aperto financeiro nos Estados Unidos e na Europa.

Em todo o mundo rico os bancos centrais começaram, com algum atraso, a elevar juros para conter a onda inflacionária. Dinheiro caro no mundo rico afeta os fluxos de dólares, canaliza capitais para os mercados desenvolvidos e isso se reflete na economia brasileira. Menor crescimento global limita o comércio e, além disso, juros altos no exterior dificultam a redução da taxa no Brasil. É preciso, no planejamento governamental, considerar todos esses fatores. Essa tarefa é especialmente importante quando um novo governo se prepara para entrar em cena.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   13/12/2022

Os contratos futuros do minério de ferro caíram nesta segunda-feira em relação aos picos de seis meses, embora as referências do aço de Xangai tenham se mantido firmes com as esperanças de demanda depois que a China relaxou sua política de contenção da Covid-19.

O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 0,8%, a 802,50 iuanes (115,08 dólares) a tonelada.

Na sexta-feira, o contrato de Dalian havia subido para 823 iuanes a tonelada, o maior nível desde 15 de junho, com a China, maior produtora mundial de aço, diminuindo as restrições da Covid.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de janeiro do ingrediente siderúrgico caiu 2,4%, para 108,85 dólares a tonelada.

“Os contratos futuros de minério de ferro subindo para fechar em 111,75 dólares/t na sexta-feira é mais um exemplo comovente de quanto aquecimento e sentimento excessivamente positivo estão embutidos na atual estrutura de preços”, disse o diretor-gerente da Navigate Commodities, Atilla Widnell.

O minério de ferro acima de 100 dólares a tonelada parece “supervalorizado” atualmente, disse ele, mas “quanto mais tempo os preços persistirem acima desse nível, há uma probabilidade crescente de que o preço mínimo comece a subir”.

Com as mineradoras realizando programas de manutenção sazonal no primeiro trimestre de 2023, ele disse que a oferta provavelmente cairá. Isso pode sustentar os preços do minério de ferro, juntamente com uma perspectiva melhor para a demanda chinesa.

As referências do aço na Bolsa de Futuros de Xangai subiram, com o vergalhão avançando 0,7%, a bobina laminada a quente registrando alta de 0,8%, o fio-máquina SWRcv1 ganhando 1%, e o aço inoxidável avançando 0,7%.

Widnell disse que todos os olhos agora estão fixos na Conferência de Trabalho Econômico Central na China, marcada para 15 de dezembro, com os traders antecipando mais medidas de estímulo ao setor imobiliário.

IstoÉ Dinheiro - SP   13/12/2022

A mineradora francesa Vallourec concordou em pagar R$ 73 milhões para compensar impactos ambientais e indenizar os danos morais coletivos causados no início do ano em Minas Gerais. No dia 8 de fevereiro, um dique da Mina Pau Branco, no município de Nova Lima (MG), transbordou. Não houve ruptura da estrutura, nem mortes, mas a rodovia federal BR-040 foi atingida pela lama e ficou interditada por quase dois dias.

O acordo em torno do valor foi selado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com o Ministério Público Federal (MPF) e com quatro órgãos ambientais do estado: a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e o Instituto de Gestão das Águas (Igam). A mineradora também deverá adotar diversas medidas de reparação ambiental e de garantia de segurança de suas estruturas.

A Vallourec reconheceu ainda a penalidade administrativa imposta pela Semad. Ela deverá pagar em dez dias uma multa de R$ 80 milhões. Esse valor representa menos de um terço da cobrança original. Logo após o episódio, o órgão ambiental aplicou uma multa de R$ 288 milhões. No entanto, a Semad admitiu no acordo que o cálculo considerou equivocadamente que a Vallourec era uma infratora reincidente. Nesse sentido, a multa foi recalculada e a mineradora concordou em retirar os recursos que contestavam a penalidade.
Impactos

Conforme nota divulgada pelo Ministério Público Federal, o transbordamento causou impactos ambientais, sociais e econômicos na região e os estudos ainda estão em andamento.

“Já se sabe que a sub-bacia do córrego Cachoeirinha e a Lagoa do Miguelão foram diretamente atingidos, com alteração da qualidade da água, supressão de vegetação e assoreamento das margens e leito dos cursos de água naturais ali existentes. Também houve prejuízos ao habitat da fauna silvestre”, registra o texto. Ainda segundo o MPF, a lama atingiu três unidades de conservação.

Na Mina Pau Branco, a Vallourec adota um método do empilhamento a seco, conhecido também pela expressão em inglês dry stacking (empilhamento seco): a água filtrada é reutilizada no processo produtivo, enquanto o rejeito é disposto em pilhas, dispensando assim o uso das barragens.

Essa alternativa, embora seja mais custosa, tem se tornado atraente em meio a mudanças na legislação ambiental brasileira adotadas após as tragédias ocorridas em Mariana (MG) e Brumadinho (MG). Muitas das grandes mineradoras que atuam no país, como a Vale e a Usiminas, têm caminhado nessa direção em algumas de suas unidades.

Apesar do otimismo publicamente manifestado pelas mineradoras com este método, o episódio ocorrido na Mina Pau Branco levantou o alerta. O transbordamento ocorreu no dique que capta a água da chuva que passa pela pilha de rejeitos. O nível da água se elevou porque parte do material empilhado escorregou para o reservatório.

Na época, o engenheiro e professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Massao Futai, disse à Agência Brasil ser preciso aprofundar os conhecimentos sobre o método. “São coisas para se estudar. Essas pilhas estão começando a ser construídas e vão atingir alturas consideráveis. Mas deve demorar algumas décadas para chegarmos nesse cenário”, afirmou.

Medidas

O acordo é um desdobramento das tratativas que já haviam gerado um termo preliminar, assinado alguns dias após o transbordamento. Na ocasião, foram pactuadas medidas emergenciais como o ressarcimento das despesas geradas aos órgãos públicos, a elaboração de um plano de segurança e monitoramento da área e a adequação de rotas de fuga, pontos de encontro e sistemas de alarme, sempre considerando o pior cenário possível. Também foram definidas medidas de assistência para os moradores que precisaram ser desalojados.

A evolução das tratativas levou ao novo acordo. Os R$ 73 milhões serão destinados a projetos socioambientais ou socioeconômicos localizados na área de influência direta ou indireta da Mina Pau Branco, para apoio a entidades envolvidas na proteção ambiental, para fundos públicos e para projetos de iniciativa dos órgãos ambientais mineiros.

Além de arcar com o montante, a Vallourec deverá apresentar relatórios mensais sobre estabilidade e segurança na Mina Pau Branco, realizar monitoramento contínuo das estruturas e contratar uma auditoria independente para acompanhar o cumprimento das obrigações pactuadas.

A mineradora também precisará garantir recursos e insumos para o funcionamento de estruturas provisórias do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). O local onde ele era mantido desde 2009 foi atingido pela lama e precisou ser desativado, não havendo ainda uma solução definitiva.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   13/12/2022

As descobertas digitais facilitaram a comunicação, o trabalho e o acesso às informações. Não é mais possível imaginar-se fazendo o seu trabalho sem acesso a computadores ou dispositivos inteligentes.

Os clientes de máquinas de mineração e construção da Caterpillar não são diferentes. Eles precisam de acesso prático a informações que possam ajudá-los a manter seus ativos Cat funcionando com produtividade máxima e tempo de inatividade mínimo.

O uso de dados em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana, e a Internet das coisas (IoT) os ajudam a fazer exatamente isso.

O gerente sênior de análise digital da Caterpillar, Daniel Reaume, lidera uma equipe de cientistas de dados que capturam e analisam as vozes dos produtos da Caterpillar.

Segundo o executivo, eles usam as descobertas para tornar os equipamentos da Caterpillar mais confiáveis, os clientes mais satisfeitos e a empresa mais forte.

"Nosso equipamento fala conosco de várias maneiras porque nossos processos de coleta de dados são construídos em modelos de negócios sólidos”, afirma.

Reaume explica que são coletados dados dos equipamentos mediante três componentes principais: os sensores que coletam dados como os de temperatura, queima de combustível e GPS; a “caixa” que coleta, integra e faz cálculos desses dados e os prepara para serem enviados para a Caterpillar e, finalmente, da transmissão de dados mediante uma variedade de canais e redes de comunicação.

A maioria das novas máquinas e novos motores Cat e grande parte da frota mais antiga da marca têm o potencial de coletar e transmitir dados.

Atualmente, a Caterpillar possui a maior frota conectada do mundo, com mais de 1,2 milhão de ativos conectados em campo. "Há um bom tempo, vendemos nossas máquinas como ativadas para conectividade, por isso mesmos equipamentos mais antigos podem agora ser ajustados para a conectividade", explica Reaume.

A quantidade e os tipos de sensores nas máquinas e motores da Caterpillar variam de acordo com o tipo e modelo do ativo. Máquinas e motores menores geralmente têm sensores menores e menos complexos do que as máquinas de mineração de grande porte.

Reaume explica que os dados das máquinas e dos motores são classificados em dois grandes grupos. O primeiro grupo é como luzes de advertência no painel de um carro; o segundo é mais como leituras reais da pressão atual dos pneus ou da voltagem da bateria de um carro.

A primeira categoria pode incluir dados de queima de combustível, informações de GPS e códigos de falha. A análise avançada permite à empresa usar dados simplificados -- como códigos de falha -- para ajudar a prever problemas de manutenção, desempenho deteriorado etc. Mas a capacidade de ação e a precisão das previsões podem não ser tão boas quanto com fontes de dados mais ricas.

O segundo tipo de dados é o mais rico e complexo. Geralmente envolve amostras de leituras de sensores feitas uma vez por segundo ou com ainda mais frequência.

“No momento, coletamos esses dados principalmente de equipamentos de mineração e os de construção maiores”, conta.

Depois de coletar os dados, pode-se identificar padrões. Por exemplo, os dados podem dizer que, quando o operador aciona os freios, a pressão não se recupera tão rapidamente quanto o esperado. “Nesse caso, recomendamos uma inspeção para verificar se há vazamento no sistema. Se for esse o caso, o cliente pode providenciar o reparo antes que se torne um problema mais significativo”, comenta Daniel.

"Usando apenas os dados do código de falha, podemos alertar sobre a baixa pressão –- mas talvez não tão cedo quanto com os dados mais ricos -- e podemos não identificar o local de um vazamento com tanta precisão. Observe que não dependemos apenas de códigos de falha, mas de padrões e tendências de códigos de falha. Por exemplo, um único alerta de baixo nível pode não ser preocupante, mas pode vir a ser se detectarmos um padrão de códigos de falha repetidos, possivelmente de vários tipos", explica.

Independentemente da complexidade dos dados, comenta, identificar padrões como esse ajuda a Caterpillar detectar condições que podem não ser aparentes. Mesmo dados limitados e de baixo custo, como códigos de falha, podem permitir o monitoramento de condições e diferenciar entre uma máquina saudável e uma com um problema iminente.

“Para o futuro, penso nos dados como o novo DNA. Na Caterpillar, estamos usando técnicas inovadoras e sofisticadas para examinar, explorar, dividir, fatiar e recombinar dados de novas maneiras para corrigir problemas. É algo empolgante e que está em constante evolução -- as coisas nunca ficam paradas”, conclui o cientista.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   13/12/2022

Seminário “Os Semicondutores e a Competitividade da Indústria Brasileira” ocorre nesta segunda-feira na Cidade Universitária, na capital paulista

Na semana passada, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou que as montadoras devem deixar de produzir neste ano cerca de 250 mil veículos por falta de componentes, principalmente pela dificuldade de abastecimento de semicondutores. Isso equivale a pouco mais de 10% dos 2,2 milhões de veículos produzidos em 2022 até novembro.

Essa é apenas uma das consequências que a falta de chips vem causando na competitividade da indústria em todo o mundo. O mesmo efeito se repete em outros setores, como de eletroeletrônicos e máquinas. Se outros segmentos talvez não registrem uma queda tão significativa de produção como o automotivo, com certeza têm sentido o aumento de custos causado pelo desequilíbrio entre oferta e demanda surgido com a pandemia de covid-19 já no primeiro trimestre de 2020.

Tendo como pano de fundo a disputa mundial por esse pequeno componente sem o qual a indústria lota seus estoques com produtos inacabados, os países mais avançados já começam a discutir formas de atrair investimentos para produção local de semicondutor. O governo de Joe Biden, por exemplo, sancionou uma lei em agosto destinando US$ 280 bilhões para incentivar a produção de chips nos Estados Unidos. Na semana passada, ele já apresentou uma fábrica no Arizona como sendo o marco da retomada da produção americana de semicondutores.

Para ajudar o Brasil a entrar nesse movimento de redução da dependência do produto importado, hoje majoritariamente produzido na Ásia, o Centro de Inovação da USP (InovaUSP) organizou um encontro para discutir os efeitos sobre a competitividade da indústria brasileira. Participam representantes da indústria, da academia e dos governos. São esperados representantes dos futuros governos federal e estaduais.

O seminário “Os Semicondutores e a Competitividade da Indústria Brasileira” marcado para esta segunda-feira (12) vai das 9h às 12h30 no auditório do InovaUSP, na Cidade Universitária, na capital paulista. Serão três painéis divididos entre mercado, governo e academia. Ao final, o coordenador do InovaUSP e professor titular da Escola Politécnica, Marcelo Zuffo, deve fazer um anúncio “relevante” sobre o assunto.

O evento também pode ser acompanhado pelo canal do LSI-TEC no Youtube: https://youtu.be/NJL4c0Bv6Mc.

Infomoney - SP   13/12/2022

A Toyota pretende anunciar novos ajustes em sua estratégia de veículos elétricos aos principais fornecedores no início do próximo ano, enquanto corre para reduzir a diferença de preço e desempenho com os líderes da indústria Tesla (TSLA34) e BYD, disseram duas fontes.

A montadora japonesa espera detalhar mudanças em seu plano para veículos elétricos que vai até início 2026, comunicando os ajustes aos principais fornecedores, disseram as fontes sob condição de anonimato, pois as informações são confidenciais.

A Toyota tem procurado maneiras de melhorar a competitividade dos carros elétricos planejados para esta década, em parte acelerando a adoção de tecnologias de aumento de desempenho. Essas medidas vão desde sistemas de acionamento elétrico – incluindo motores – até eletrônicos que convertem energia da rede elétrica à energia armazenada em baterias, e sistemas de aquecimento e refrigeração mais integrados, disseram as pessoas.

As mudanças, no entanto, poderão incluir atrasos em alguns dos programas de desenvolvimento de veículos elétricos originalmente planejados para os próximos três anos.

As mudanças ocorreriam para os sucessores dos dois primeiros carros elétricos da montadora para os principais mercados, o bZ4X e o Lexus RZ, disseram as pessoas.

A Toyota disse em comunicado que está “sempre discutindo e trabalhando ativamente com os principais (fornecedores e parceiros) em uma variedade de tópicos” para alcançar a neutralidade de carbono. Mas disse que não tinha novos detalhes a divulgar sobre projetos de desenvolvimento de elétricos.

A montadora está revisando um plano de 30 bilhões de dólares e três fases, anunciado no final do ano passado, para desenvolver e lançar veículos elétricos, informou a Reuters em outubro.

A companhia suspendeu o trabalho em alguns projetos de carros movidos a bateria anunciados no ano passado, enquanto um grupo de trabalho liderado pelo ex-diretor de competição Shigeki Terashi busca melhorar o desempenho de custos e a tecnologia no mercado de veículos elétricos.

O grupo de trabalho foi encarregado de esboçar planos para melhorar a produção da Toyota, incluindo avaliar um potencial sucessor para sua plataforma de veículo elétricos, e-TNGA.

A estratégia da Toyota em veículos elétricos se concentrou no lançamento de carros como o bZ4X, o primeiro de uma gama de veículos elétricos a bateria sob a série chamada de “beyond zero”.

A segunda etapa do plano cobre os próximos anos, quando a montadora tiver modelos em desenvolvimento baseados na plataforma e-TNGA, disse a empresa a alguns fornecedores. Os ajustes a esta fase são as mudanças que devem ser apresentadas aos fornecedores no início do próximo ano.

Agora, o grupo está considerando abandonar a arquitetura e-TNGA, criada pela modificação de uma plataforma de carro a gasolina, em favor de uma plataforma de elétricos exclusiva, disseram fontes com conhecimento desse trabalho.

O e-TNGA foi projetado para que os veículos elétricos pudessem ser construídos nas linhas de montagem da Toyota junto com carros a gasolina e híbridos, um compromisso que limita a capacidade da montadora de oferecer inovações no chão de fábrica, característica que os engenheiros da empresa agora reconhecem como chave para a força da rival Tesla.

A Toyota projetou o e-TNGA com base no pressuposto de que precisaria vender cerca de 3,5 milhões de veículos elétricos por ano, aproximadamente um terço de seu volume global atual, até 2030, disseram fontes, enquanto as perspectivas do setor são de um ritmo de crescimento mais rápido.

Auto Industria - SP   13/12/2022

Com a produção de 129.216 unidades em novembro, a indústria de motocicletas atingiu 1.328.105 unidades fabricadas no ano, regiitrando crescimento de 18,7% sobre os mesmos 11 meses do ano passado (1.118.790). É o melhor resultado para o período desde 2014, quando saíram das linhes de montagem do PIM (Polo Industrial de Manaus) 1.432.842 motocicletas.

Com relação a novembro, o setor  registrou alta de 13,6% sobre idêntico mês do ano passado e, apesar da queda de 5,9% no comparativo com outubro, foi o melhor novembro em nove anos. Os dados foram divulgados na manha desta segunda-feira, 12, pela Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.

Marcos Fermanian, presidente da entidade, garante que o volume de produção está dentro do planejado e que a expectativa de atingir 1.420.000 motocicletas no ano deverá ser atingida. “Depois de um primeiro bimestre conturbado devido aos casos da variante Ômicron, as unidades fabris retomaram o ritmo das linhas de montagem e a produção vem subindo para atender à demanda do mercado”, destaca.

O executivo já adianta que também para 2023 as perspectivas são boas. “Muitos brasileiros encontram no modal um veículo ágil, de custo de manutenção mais em conta e com maior facilidade de aquisição”, avalia, informando ainda que as filas de espera para as motos de baixa ciclindrada devem perdurar nos próximos meses.

Conforme já havia divulgado a Fenabrave, no acumulado do ano foram emplacadas 1.229.737 motos, crescimento de 17,7% na comparação com o mesmo período do ano passado (1.044.413 motocicletas). Assim como a produção, informa a Abraciclo, foi o melhor resultado desde 2014 (1.301.981 unidades).

Com 64.557 unidades e 52,4% de participação no mercado, a Street liderou o ranking das categorias mais licenciadas em novembro. Em segundo lugar, ficou a Trail (23.312 motocicletas e 18,9% do mercado), seguida pela Motoneta (18.566 unidades e 15,1%).

As motos de baixa cilindrada (até 160 cc), muito utilizadas nos serviços de entrega e nos deslocamentos urbanos, chegaram a 101.668 unidades licenciadas, o que corresponde a 82,5% dos emplacamentos. Os modelos de 161 a 449 cilindradas tiveram 17.864 unidades licenciadas (14,5% do mercado), enquanto as motocicletas acima de 450 cilindradas registraram 3.682 emplacamentos (3%).

De acordo com Fermanian, a fila de espera por esses modelos e também pelas scooters ainda deverá se estender até o primeiro semestre de 2023. “Isso ainda é reflexo do primeiro bimestre, quando cerca de 100 mil motocicletas deixaram de ser produzidas. Além disso, em dezembro, teremos as férias coletivas quando as fábricas aproveitam para realizar as manutenções e os ajustes necessários em suas linhas de montagem”, explica.

Exportações

As associadas da Abraciclo exportaram 51.412 motocicletas até novembro, alta de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado (50.193 unidades). A Colômbia foi o principal destino. Segundo levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, o país recebeu 14.854 unidades, o que representa 29% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Argentina (12.098 motocicletas e 23,6% das exportações), seguida pelos Estados Unidos (10.973 unidades e 21,4%).

Rodoviário

Valor - SP   13/12/2022

Governo estadual consegue acordo preliminar de renegociação de dívidas com bancos, o que deve viabilizar operação

O governo do Mato Grosso fechou um acordo preliminar para viabilizar a compra da Rota do Oeste, concessão da rodovia BR-163 controlada pela OTP (Odebrecht Transport), da Novonor (ex-Odebrecht). O Estado conseguiu destravar a negociação com os bancos credores da concessionária, os quais vinham resistindo ao corte da dívida, o que colocava a operação em risco.

“Nesta segunda-feira [12], tivemos a última rodada [de negociação] com os bancos, temos um e-mail formalizando. Agora haverá as devidas formalizações, os bancos precisam submeter o acordo a trâmites internos. Esta era a última pendência para assumirmos a concessão”, afirmou o governador reeleito do Estado, Mauro Mendes (União).

A expectativa de pessoas envolvidas na negociação é que o contrato seja firmado no fim de janeiro de 2023. O prazo máximo para a assinatura foi fixado em 15 de fevereiro. Segundo uma fonte, os documentos finais estão sendo elaborados e ainda há alguns detalhes que podem gerar alguma discussão.

O acordo preliminar, porém, já permite que o governo do Mato Grosso inclua a destinação de recursos ao projeto na Lei Orçamentária Anual de 2023, que deverá ser votada nesta semana. Essa era a principal preocupação dos envolvidos, que temiam que a negociação com os bancos se arrastasse demais, inviabilizando a previsão de verba na lei e colocando a aquisição em xeque.

Além dos bancos, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) ainda precisa formalizar sua aprovação, o que deverá ser feito nesta semana. Como o órgão apoiou a estruturação de toda a transação, não há expectativa de problemas nesta etapa.

O governo do Mato Grosso deverá comprar a Rota do Oeste por meio da estatal MTPar. A concessão será vendida pela Odebrecht Transport a um preço simbólico de R$ 1. O Estado vai injetar R$ 1,2 bilhão na concessionária, para viabilizar obras de duplicação da BR-163.

“É a rodovia mais importante do Estado, que corta cidades com 65% da população e por onde passa grande parte do escoamento de soja e da produção do agronegócio. Então a solução é extremamente importante”, diz Mendes.

A venda da concessionária privada a uma estatal é um modelo inédito no setor. A aquisição veio à tona em setembro, com a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU). O arranjo prevê, além da transferência do controle, uma série de flexibilizações contratuais. Por exemplo, caso todas as obras obrigatórias sejam executadas, os passivos regulatórios da Rota do Oeste serão extintos, e o contrato poderá ter uma prorrogação de prazo, de 2043 para 2048.

À época, acreditou-se que a etapa mais difícil - o aval do TCU - havia sido vencida. Porém, nos meses seguintes, os bancos credores da concessionária passaram a ser um entrave.

A dificuldade estava na renegociação da dívida de R$ 920 milhões da Rota do Oeste, que o governo terá que assumir a partir da compra. Para viabilizar a operação, o Estado precisaria promover um corte relevante do valor. Porém, a proposta inicial - o pagamento de 40% do montante antecipadamente - vinha sendo rechaçada por parte dos credores, principalmente o Itaú BBA, o Banco do Brasil e a Caixa.

Ao fim, o Estado ampliou a oferta - antecipando o pagamento de uma parcela de “earn-out”, ou seja, um valor que seria pago no futuro a depender do desempenho da concessionária - e conseguiu chegar a um consenso.

Procurado, o Itaú confirma que chegou a um acordo preliminar com o Estado. O Banco do Brasil disse que “não comenta negociações em andamento”. A Caixa também diz que não poderia se manifestar pois se trata de operação protegida por sigilo bancário.

A Rota do Oeste é uma das concessões fracassadas da chamada terceira rodada do governo de Dilma Rousseff. Dos 453,6 quilômetros de duplicação previstos, 26% foram executados. Diante da ameaça de caducidade e da dificuldade para vender o ativo a outro grupo privado, a empresa aderiu, no fim de 2021, à devolução amigável do contrato, com objetivo de fazer sua relicitação.

No entanto, a solução desagradou o Mato Grosso, já que a relicitação levaria anos, o que postergaria ainda mais os investimentos na BR-163. Como resposta, há cerca de um ano, o governo começou a negociar outra saída.

Para o Mato Grosso, o objetivo é tirar a duplicação do papel, mas não há uma intenção de operar a rodovia até o fim do prazo contratual, segundo o governador. “Estamos entrando para resolver um problema que o mercado não foi capaz de solucionar. Porém, uma vez cumpridos os compromissos perante a ANTT e o TCU, estaremos aptos a deixar o controle da concessionária e devolvê-la ao mercado. Muito provavelmente é o que faremos, e iremos buscar recuperar os recursos aportados no projeto.”

Já do lado da Novonor, trata-se de mais um passo para extinguir a OTP, seu braço de concessões de transportes. A subsidiária ainda tem cerca de R$ 1 bilhão em dívidas corporativas. A ideia é quitar esses créditos por meio de participações minoritárias que a empresa ainda detém em algumas concessões (como Rota das Bandeiras e VLT Carioca) e de valores que ainda poderão ser recebidos de concessionárias vendidas no passado (por meio de earn-outs).

NAVAL

O Estado de S.Paulo - SP   13/12/2022

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai julgar nesta terça-feira, 13, em sessão marcada para às 10h, o processo de privatização do Porto de Santos. O tema vai a plenário do Tribunal com poucas perspectivas para o futuro. Se aprovado, como é a tendência, o governo Bolsonaro não deve publicar o edital de leilão neste ano, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Pelo menos, essa é a ideia no momento. Os integrantes do gabinete de transição já avisaram o Ministério da Infraestrutura de que querem tempo para avaliar o modelo.

Auxiliares do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entendem que podem buscar outras alternativas, como a concessão de serviços específicos do porto, como o de dragagem. O desenho analisado pelo TCU prevê a venda da companhia portuária com a concessão dos serviços de administração do porto, o maior da América Latina.

De acordo com executivos que acompanham as negociações, o atual governo pretende apenas fazer os ajustes que o TCU deverá recomendar e deixar os estudos da proposta prontos para a próxima gestão. O único projeto de desestatização portuária que o Ministério da Infraestrutura pode dar passos efetivos ainda neste ano é o da concessão do Porto de Itajaí (SC). Em caso de aprovação pelo Tribunal, o edital deve ser publicado se houver tempo hábil.

Um dos pontos que a equipe de Lula quer analisar na área são os efeitos da primeira privatização feita pelo governo Bolsonaro. O Ministério da Infraestrutura licitou no início do ano a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que era responsável pela administração dos portos de Vitória e de Barra do Riacho.

Portos e Navios - SP   13/12/2022

Nome e logomarca tiveram participação determinante dos empregados da Autoridade Portuária

Portos Rio é o novo nome fantasia adotado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), que administra os Portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis. O lançamento da nova marca aconteceu nesta segunda-feira (12). A iniciativa, segundo a empresa, faz parte de um abrangente processo de modernização e reposicionamento estratégico da autoridade portuária, que mantém sua razão social como Companhia Docas do Rio de Janeiro.

Em nota, a CDRJ afirma que com a adoção do nome fantasia Portos Rio, a companhia busca "evidenciar a nova realidade da gestão da autoridade portuária; reforçar a relevância da Portos Rio junto aos stakeholders; resgatar o autêntico papel de uma autoridade portuária; fortalecer sua imagem corporativa no setor portuário, com foco no desenvolvimento sustentável e na satisfação dos usuários dos seus portos; e mostrar seu olhar para o futuro, visando ser referência no Hemisfério Sul".

Para o presidente da companhia, Francisco Antonio de Magalhães Laranjeira, a mudança da marca pontua a transformação na empresa durante a atual gestão e "consolida a credibilidade conquistada nos últimos anos".

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   13/12/2022

Um revés para as operações da Petrobrás no Nordeste brasileiro. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) notificou a empresa nesta segunda-feira (12), ordenando que a estatal paralise as suas atividades em diversas instalações terrestres de produção de óleo e gás na Bahia. A petroleira terá 72 horas para cumprir a decisão. A informação foi inicialmente divulgada hoje pelo Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) e confirmada pela Petrobrás.

“A Petrobrás informa que, após auditoria realizada pela ANP, recebeu nesta segunda-feira auto de interdição para a paralisação da operação em 37 instalações terrestres de produção de petróleo e gás na Bahia. A companhia está atuando nas providências necessárias para parada segura das instalações e reforça que realiza suas operações de acordo com os mais rigorosos padrões internacionais de segurança, saúde e respeito ao meio ambiente”, afirmou a Petrobrás em nota enviada ao Petronotícias.

Segundo o Sindipetro-BA, os técnicos da ANP encontraram problemas e irregularidades, recomendando a paralisação total desses campos até que a Petrobrás regularize todos os problemas. Alguns dos diretores da entidade sindical, que estão acompanhando a questão, relataram que a decisão da ANP foi contestada por técnicos da Petrobrás, que chegaram a propor prazos para corrigir os problemas.

“O Sindipetro-BA chama a atenção que será paralisado um negócio de 20 mil barris de petróleo por dia e de R$ 4 bilhões de faturamento bruto por ano, impactando diretamente o orçamento de sete municípios (Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças), que vão deixar de receber o pagamento de royalties e ISS, que é feito pela Petrobrás. Além disso, a paralisação das atividades vai gerar cerca de 4.500 demissões, que terão de ser feitas pelas diversas empresas que prestam serviços à Petrobrás nessas áreas”, afirmou o sindicato.

O diretor de comunicação do Sindipetro-BA, Radiovaldo Costa, avalia que esta “é uma decisão absurda e desnecessária”. Segundo ele, o problema poderia ser resolvido de outra forma e critica a decisão da ANP. “Essa parada pode significar uma paralisação total dos campos por cerca de seis meses enquanto as adequações serão feitas, então é um negócio completamente descabido”, criticou.

TN Petróleo - RJ   13/12/2022

As doze empresas da indústria global de petróleo e gás que integram a OGCI (Oil and Gas Climate Initiative), incluindo a Petrobras, reduziram, em conjunto, as emissões absolutas de metano em cerca de 40% e as emissões absolutas de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 18%, desde 2017. Juntas, essas companhias respondem por aproximadamente 30% da produção mundial de petróleo e gás. Criada em 2017, a OGCI reúne as chamadas majors (principais empresas da indústria de O&G, como Shell, CNPC, Equinor, Total, ExxonMobil, Chevron, entre outras), dedicadas a desenvolver, em parceria, soluções sustentáveis para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Para atingir esses resultados, as companhias investiram um total de US$ 40 bilhões em soluções de baixo carbono nos últimos cinco anos. Esses dados foram anunciados no relatório anual da entidade – o OGCI Progress Report 2022 (OGCI | Annual Progress Report 2022 | Leadership With Impact) – , que publica os principais resultados do ano, indicadores e o panorama futuro do setor.

Em linha com a missão da OGCI de reduzir as emissões de GEE do setor de óleo e gás, a Petrobras é atualmente uma das líderes mundiais na produção de petróleo com menor emissão de gases de efeito estufa. As emissões da companhia para cada barril produzido caíram praticamente à metade nos últimos 11 anos, alcançando um patamar abaixo de 16 kg CO2e/barril. Esse resultado coloca a empresa entre os melhores da indústria nesse indicador. Além disso, nos campos do pré-sal da Bacia de Santos, a companhia lidera o maior programa de reinjeção de CO2 mundo, em volume anual reinjetado.

Compromisso com transição energética
Em seu Plano Estratégico para o período de 2023 a 2027, divulgado em dezembro, a Petrobras reforça seu compromisso com a mitigação da mudança climática e a transição energética. A companhia revisou seus compromissos de sustentabilidade, buscando acelerar a descarbonização das operações, alcançar maior eficiência em metano, assim como dobrar a reinjeção de CO2 em projetos de CCUS (Captura, Utilização e Armazenamento de carbono) até 2025. A meta de redução da intensidade de emissões de metano abrange também a meta de redução da intensidade de GEE do E&P e a redução de emissões absolutas da Petrobras.
“Nossa ambição é neutralizar as emissões até 2050 nas atividades sob nosso controle e influenciar nossos parceiros a atingir a mesma ambição em ativos não operados. Para isso, praticamente dobramos o orçamento destinado ao fortalecimento de nossas ações em baixo carbono, com um volume US$ 4,4 bilhões em soluções tecnológicas e projetos de descarbonização.”, disse o Diretor de Sustentabilidade e Relacionamento Institucional da Petrobras, Rafael Chaves.
Além disso, as ações da companhia estão alinhadas ao compromisso de zero queima de rotina em flare até 2030, conforme iniciativa do Banco Mundial, e ao compromisso estabelecido pelo Brasil na COP-26, que prevê redução de 30% das emissões de metano até 2030 (com base em 2020). Em paralelo, a Petrobras é signatária da ambição “near-zero methane” , em parceria com a OGCI, bem como coopera com o desenvolvimento do painel global de monitoramento de flaring, disponibilizado em plataforma na web pelo fundo GGFR (Global Gas Flaring Reduction Partnership).

Valor - SP   13/12/2022

O Brent para fevereiro avançou 2,48%, a US$ 77,99 o barril, e o WTI para janeiro fechou em alta de 3% a US$ 73,17

Os preços do petróleo fecharam a segunda-feira (12) em alta à medida que os receios de oferta limitada voltaram a surgir no radar dos investidores, preocupados com uma maior demanda pela commodity no inverno, a redução dos estoques estratégicos dos Estados Unidos e com a interrupção do fluxo pelo oleoduto Keystone que segue fechado e sem previsão de abertura.

E o mercado também aguarda os dados de inflação americana, o CPI, amanhã, e a decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira (14). Uma redução no ritmo das altas do Fed (o banco central americano) e uma sinalização mais "dovish" (favorável ao afrouxamento monetário) de Jerome Powell, o presidente do BC dos EUA, pode arrefecer a alta do dólar e dar suporte para commodities como petróleo.

No fechamento, o Brent, referência mundial, para fevereiro avançou 2,48% a US$ 77,99 o barril, depois de registrar uma máxima intradiária de US$ 78,59. Já o WTI, referência americana, para janeiro fechou em alta de 3% a US$ 73,17 o barril, depois de atingir a máxima de US$ 73,98.

O suporte veio do sentimento de que a demanda continuará mesmo em um ambiente de recessão. “Com recessão ou não, as pessoas ainda precisarão encher o tanque de gasolina” disse Manish Raj, diretor financeiro da Velandera Energy Partners. Segundo ele, o sentimento está mudando de fatores macro para preocupações com oferta. Raj informa que a paralisação do oleoduto Keystone vai reduzir a oferta em cerca de 600 mil barris diários em um mercado que já está ‘pendurado pelo pescoço’.

Além disso, novas preocupações surgiram com o tamanho das reservas estratéticas. Segundo relatório da equipe macro do BTG Pactual, essas reservas estão próximas ao patamar do início do ano de 1984, com 387 milhões de barris na semana terminada em 2 de dezembro. “Há pouco espaço para novas liberações, o que, somado ao contexto de economia ainda aquecida, pode resultar em descasamento com a demanda doméstica do maior consumidor de petróleo do mundo e trazer de volta o viés de alta”, informa o BTG.

Preocupa esse cenário de oferta apertada durante o inverno, quando muitas empresas e residências usam derivados de petróleo para aquecimento. Além da expectativa de menor oferta com sanções da União Europeia (UE) sobre o petróleo russo, incluindo a criação de um teto de preço para as exportações do produto da Rússia.

A expectativa em torno da decisão de política monetária do Federal Reserve nesta quarta-feira também está no foco dos investidores. Segundo relatório do Bank of America, os preços do Brent podem se recuperar e rapidamente voltar acima de US$ 90 por barril, se o Fed indicar um “pivô” em sua política monetária e a reabertura econômica da China tiver sucesso.

O BofA estima que, nesse cenário, impulsionada pela maior demanda chinesa com a reabertura pós-covid, o preço do Brent pode chegar a US$ 100 em 2023. O banco também prevê que os estoques russos podem cair até 1 milhão de barris diários com as sanções europeias.

Porém, se o Fed indicar que manterá os juros elevados por mais tempo, o cenário pode ser mais baixista. "Qualquer indicação de aumentos mais altos e mais longos das taxas do Fed forçaria um dólar mais forte, que se associaria a uma ampla redução no apetite por risco que o complexo petrolífero acharia difícil de ignorar", disse a Ritterbusch and Associates em uma nota.

AGRÍCOLA

Cultivar - RS   13/12/2022

A New Holland apresentou, durante o CNH Industrial Tech Day, o T4 Electric Power, trator utilitário totalmente elétrico e com características autônomas. Ideal para operações de baixa potência, ele abre caminho da New Holland para a eletrificação.

"O T4 Electric Power é o resultado de nossa extensa pesquisa e investimento focado em soluções elétricas na agricultura, apoiado pela CNH Industrial. Com este novo trator multiuso, adicionamos uma importante peça do quebra-cabeça à nossa estratégia completa de revestimento, proporcionando aos nossos clientes o trator elétrico ideal para operações de menor potência: uma solução altamente econômica, neutra em carbono e perfeitamente adequada para fazendas mistas, pecuária, município, pomar e aplicações especiais", explicou disse Carlo Lambro, presidente para a marca New Holland Agriculture.

O T4 Electric Power foi desenvolvido pela equipe de especialistas da CNH Industrial nos EUA (Burr Ridge, Detroit) e na Itália (Modena) com a colaboração da Monarch Tractor - uma inovadora agrícola eletrificada sediada na Califórnia, EUA.

O projeto priorizou duas características-chave: tempo de funcionamento da bateria e desempenho, mantendo uma abordagem sustentável que reduziria as emissões da máquina, os níveis de ruído e seu impacto ambiental geral.

A bateria do trator oferece excelente tempo de funcionamento, até um dia inteiro de uso, e pode ser recarregada em apenas uma hora com sistemas de carga rápida. A máquina também pode ser usada como fonte de energia de reserva para outros dispositivos e máquinas, ou para fornecer energia para implementos.

O nível de ruído foi reduzido em até 90% e a vibração também foi substancialmente atenuada. A T4 Electric Power atende às rigorosas normas de ruído estabelecidas pelos municípios, permite o funcionamento noturno e melhora o bem-estar do gado, especialmente quando se trabalha dentro de áreas cobertas, tais como um celeiro.

O novo T4 Electric Power oferece excelente desempenho com grande controle e capacidade de resposta em comparação com uma máquina a diesel, juntamente com significativa economia de custos operacionais e de manutenção, e uma pegada de carbono neutro. Durante os testes, a T4 Electric Power mostrou grande capacidade de resposta, com desempenho eficiente, ótimo controle de tração mais suavidade no fechamento e nas mudanças de marcha, tornando a condução um prazer. Os testes também mostraram uma redução nos custos operacionais de até 90%, bem como a eliminação dos custos de combustível diesel e taxas de manutenção associadas.
New Holland T4 Electric Power - Frente
New Holland T4 Electric Power - Vista superior

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