Infomoney - SP 13/08/2024
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN – CSNA3) registrou prejuízo líquido de R$ 222,6 milhões no segundo trimestre de 2024, o que representa a reversão do lucro de R$ 283 milhões apurado no mesmo período de 2023. O impacto foi menor, contudo, na comparação com a perda de R$ 480 milhões registrada no período de janeiro a março deste ano, de acordo com o balanço divulgado na noite desta segunda-feira, 12.
Segundo a CSN, o prejuízo líquido no período foi consequência do aumento das despesas financeiras e da maior incidência de impostos referentes ao desempenho das subsidiárias, impactando diretamente a linha de Imposto de Renda e Contribuição Social e compensando a melhora operacional verificada no período.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 2,645 bilhões, alta de 17% na comparação anual e avanço de 35% ante o primeiro trimestre de 2024. A margem Ebitda ajustada foi de 23,2%, o que representa um avanço de 3,5 pontos porcentuais em relação ao mesmo período do ano anterior e alta de 0,2 pontos sobre o trimestre anterior.
O avanço no Ebitda, segundo a holding, é fruto de uma combinação de resultados operacionais mais fortes registrados no trimestre e recordes operacionais em cimentos e na mineração. “O trimestre foi marcado ainda por uma importante recuperação no segmento de siderurgia”, acrescentou a empresa em seu balanço.
A receita líquida da CSN ficou em R$ 10,882 bilhões, queda de 1% em relação a igual período do ano anterior e alta de 12% quando comparado com o primeiro trimestre de 2024.
Segundo a companhia, o resultado de receita líquida foi impulsionado pela melhora no desempenho do segmento de siderurgia, além do efeito positivo da sazonalidade do período ao proporcionar uma maior atividade produtiva e comercial tanto para a mineração quanto para cimentos.
A CSN informou que a melhora operacional em praticamente todos os segmentos é o principal destaque do trimestre. Apesar da notícia positiva, a empresa reconheceu que a alavancagem voltou a subir em razão do impacto da desvalorização cambial verificada no final do período.
O Estado de S.Paulo - SP 13/08/2024
O Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 12, a primeira pesquisa Firmus, que mostra as expectativas dos empresários sobre a inflação no País. E os números derrubam a tese – defendida por muitos anos pelo Partido dos Trabalhadores (PT) – de que o mercado financeiro joga números para cima para depois ganhar dinheiro com o aumento da taxa básica de juros (Selic).
De acordo com a Firmus, os empresários ouvidos em maio deste ano projetavam inflação de 4% em 2024, 4% em 2025 e 3,7% em 2026 – em todos os cenários, bem acima da meta de 3%, mas dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual previsto no regime de metas.
Para os mesmos três anos, o Boletim Focus – que coleta projeções do mercado financeiro – apontava inflação de 3,89% em 2024, de 3,77% em 2025 e de 2,6% em 2026.
“A mediana das expectativas de inflação informadas pelas empresas na Firmus foi consistentemente maior que a mediana correspondente da pesquisa Focus”, disse o Banco Central.
Os números comprovam o que já havia sido dito pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por diversas vezes: pesquisas feitas com empresários em outros países do mundo geralmente apontam para números mais altos do que as projeções feitas pelo mercado financeiro.
Ao contrário do que defende o PT, se o Banco Central prestar mais atenção nos empresários – e menos no que diz bancos e consultorias – sobre a inflação, o País terá uma Selic mais alta.
Para o economista Luis Otávio Leal, sócio da G5 Partners, e especialista em inflação, a pesquisa vem somar informações ao que é coletado pelo Focus. Um ponto de atenção, diz, é o mercado de trabalho aquecido e seus efeitos sobre a inflação.
“A parte preocupante mesmo é a percepção de que há uma pressão de salários, já que a maioria das empresas esperava aumento de custos de mão de obra acima de 4% nos próximos 12 meses”, afirmou.
Por outro lado, ele avalia que os números mostram que não há a percepção, no mundo empresarial, de que a inflação esteja fora de controle no País. “Mais de 40% dos entrevistados não esperam uma aceleração dos seus preços com relação a inflação esperada, o que mostra que não temos uma espiral inflacionária. Por outro lado, apenas algo ao redor de 20% acham que vai cair”, disse.
Entenda a pesquisa
A Pesquisa Firmus ainda acontece de forma experimental, como piloto. O BC já fez três sondagens com empresários, em novembro de 2023, fevereiro e maio deste ano. Haverá sigilo e confidencialidade das informações.
“A Pesquisa Firmus capta a percepção de empresas não financeiras quanto à situação de seus negócios e às variáveis econômicas que podem influenciar suas decisões. A pesquisa é realizada trimestralmente e suas coletas são feitas a partir da semana seguinte à primeira reunião do Copom em cada trimestre. A etapa piloto da pesquisa teve início no último trimestre de 2023 e continua em andamento”, diz o Banco Central.
Na primeira rodada, foram consultadas 82 empresas, na segunda, 74, na terceira, 92. Já o Focus ouviu 132 instituições em novembro, 108 em fevereiro, e 147 em maio.
Um ponto destacado pelo Banco Central e por Luis Otávio Leal é que o “desvio-padrão”, ou seja, o número de respostas distantes da média, foi diminuindo ao longo das três sondagens. Isso quer dizer que elas foram se acostumando com o questionário e aprimorando seus estudos para dar uma melhor resposta.
IstoÉ Dinheiro - SP 13/08/2024
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 915,2 milhões na primeira semana de agosto e de US$ 1,855 milhão na segunda semana do mês. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 12, o valor na primeira semana foi alcançado com exportações de US$ 3,193 bilhões e importações de US$ 2,277 bilhões. Já na segunda semana, as exportações somaram US$ 6,867 bilhões e as importações, US$ 5,012 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 2,770 bilhões e, no ano, de US$ 52,326 bilhões.
Até a segunda semana do mês, as exportações cresceram 6,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, com queda de -17,1% em Agropecuária, que somou US$ 1,93 bilhão; crescimento de 32,5% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 2,90 bilhões; e alta de 6,1% em produtos da Indústria de Transformação, que alcançaram US$ 5,18 bilhões.
Já as importações tiveram crescimento de 11,6% na mesma comparação, com avanço de 27,2% em Agropecuária, que somou US$ 140 milhões; queda de -24,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 260 milhões; e crescimento de 13,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 6,83 bilhões.
O Estado de S.Paulo - SP 13/08/2024
As aprovações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamentos em infraestrutura cresceram 143% no primeiro semestre de 2024, ante igual período do ano anterior. Segundo dados antecipados para o Estadão/Broadcast, o volume aprovado para projetos no segmento saltou de R$ 10,7 bilhões, um ano atrás, para R$ 26,1 bilhões no primeiro semestre deste ano. O banco de fomento divulga os dados do desempenho operacional e financeiro amanhã, dia 13, de manhã.
Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, a diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, afirma que o resultado do primeiro semestre carrega um efeito de base de comparação baixa, mas também se deve a surpresas na economia. “O Brasil está começando um ciclo de crescimento em infraestrutura.”
Considerando os leilões de concessões à frente, os projetos em estruturação e a necessidade de investimentos de cerca de R$ 800 bilhões apenas na universalização do saneamento, ela prevê que os financiamentos seguirão em alta. Pondera, no entanto, que há barreiras - entre elas, a carência de interessados em alguns setores, inclusive em saneamento, e os juros altos, agora estacionados em 10,5%. “Assim que a taxa de juros cair, o investimento em infraestrutura cresce mais rápido ainda”, afirma Luciana Costa. Confira a seguir os principais trechos da entrevista:
Como ficaram as aprovações de financiamento ao setor de infraestrutura no primeiro semestre?
Aumentamos em 143% as aprovações no primeiro semestre. É muita coisa. Quando aprovamos um projeto de infraestrutura, não desembolsamos tudo na cabeça. Por exemplo, a operação da Dutra (financiamento à execução de obras nas rodovias Presidente Dutra e Rio-Santos) vai ser desembolsada em vários anos. Vamos desembolsando conforme o projeto vai consumindo os recursos. Uma vez que está aprovado, em algum momento isso será desembolsado.
O crescimento no ano deve manter esse ritmo?
No ano passado, o primeiro semestre foi muito parado. Tivemos crescimento de 143% no primeiro semestre (de 2024), mas, no segundo, não é assim (no mesmo ritmo). O banco tem uma sazonalidade, o segundo semestre tem aceleração. Podemos dizer que as aprovações do BNDES para infraestrutura cresceram 143%, o que indica para 2024 um crescimento ainda maior do que o de 2023, que já foi relevante. O Brasil está começando um ciclo de crescimento em infraestrutura.
Por que a sra. acredita nesse novo ciclo?
O arcabouço regulatório de rodovia amadureceu. Criamos um marco de saneamento, e depois do marco o BNDES, no ano passado, estruturou muita coisa. Em aeroportos, também conseguimos atrair investimento. E o Brasil tem esse banco de fomento com balanço robusto, resiliente e que diminui a incerteza em relação ao funding dos projetos. O investidor que vai à Colômbia, ao México, não tem um banco do tamanho do BNDES. As aprovações e os desembolsos em infraestrutura no BNDES continuam muito fortes. Desde o início dessa gestão, as nossas aprovações e os nossos desembolsos, e quando falo infraestrutura incluo energia, têm crescido consistentemente, e o pipeline também.
Como a sra. explica esse crescimento?
O que puxa a demanda de infraestrutura é precisamente a economia. Se a economia cresce, o aeroporto tem mais fluxo, há maior necessidade de logística e de escoamento de produção. A economia tem surpreendido, e o crescimento em infraestrutura também tem surpreendido. Quando olhamos para 2023, o investimento em infraestrutura cresceu 20% no Brasil. A nossa dúvida era: vai se manter? E o que temos visto é que, sim, o crescimento do investimento em infraestrutura vai se manter.
A sra. tem uma expectativa de crescimento dos investimentos em infraestrutura em 2024?
Não consigo precisar, mas vai crescer. Obviamente, conversamos com todos os players do setor. Então, quando converso com outros bancos, muitos deles estão com um pipeline de infraestrutura aquecido. Claro que tem áreas de infraestrutura que estão puxando esse crescimento. Por exemplo, concessão de rodovias. Mês passado, anunciamos a operação da Nova Dutra, que é um investimento de (quase) R$ 16 bilhões, onde o BNDES está financiando R$ 10,7 bilhões em 23 anos. É a maior operação de concessão rodoviária da história do País, é a maior debênture incentivada da história do Brasil e uma das maiores operações de mercado de capitais. Como 50% do PIB brasileiro circula no trecho Rio-São Paulo, era um investimento urgente. O ministro (dos Transportes, Renan Filho) espera fazer 35 leilões de rodovias, que destravam R$ 220 bilhões de investimentos. Além disso, o governo está lançando mão de várias estruturas para otimizar contratos problemáticos, com potencial de investimento de R$ 110 bilhões nesses contratos que precisam ser otimizados.
Com novos negócios sendo anunciados, demandas sendo destravadas, o BNDES pode dobrar as aprovações para infraestrutura no ano?
Acho que não dobramos. Ano passado, entre aprovação e desembolso, o crescimento foi entre 25% e 30%. Eu diria que crescemos até uns 30%, mas crescer 30% em infraestrutura no ano é muita coisa. Porque não são projetos em que a aprovação é rápida, são projetos superestruturados. Mas o BNDES é muito ágil e tem feito. Em razão do gargalo em alguns setores, é muito desejável atrair mais players, atrair mais sponsors para participar dos leilões. Temos feito um esforço para que isso aconteça.
Pode dar um exemplo onde há essa atenção?
Saneamento é um setor em que há poucos players no Brasil. Para universalizar (o acesso a serviços), é preciso investir cerca de R$ 800 bilhões em saneamento. Então, é muita coisa que tem de ser investida. Também temos um agro muito pujante, e a produção do agro cresce muito mais rapidamente do que a logística do agro.
Como o BNDES pode ajudar nesse processo de atração de player?
O BNDES é um dos maiores bancos nacionais do momento, é definitivamente o maior banco de infraestrutura da América Latina. O nosso capital é um capital que, diferentemente de um banco privado, do mercado de capitais, vai estar sempre lá. É muito desejável ter o mercado de capitais co-investindo com o BNDES, muito desejável ter os bancos privados co-investindo conosco. Mas, eventualmente, em momentos de crise, os mercados de capitais se fecham e os bancos se retraem, protegem os seus balanços. Nestes momentos, o BNDES está lá apoiando.
O BNDES tem se envolvido em diferentes projetos de parcerias público-privadas (PPPs). O que está em curso, em tratativas, no momento, para possíveis novos projetos?
Deve vir muita PPP de saneamento. Em alguns lugares, para universalizar, o modelo de concessão não será suficiente, ou não será o mais adequado. E daí devemos partir para algumas PPPs. Entre concessão e PPP de saneamento, temos cerca de R$ 95 bilhões em estruturação no BNDES.
A sanção das Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCD) ajuda de alguma maneira ou ainda é pouco para o que é necessário em relação ao funding do BNDES?
São duas coisas: funding e espaço no balanço. Hoje, o BNDES está com o balanço muito desalavancado, com mais de 30% de Basileia. Então, espaço no balanço nós temos. O que o BNDES precisa fazer? Diversificar, que é a estratégia dessa gestão, as fontes de captação. FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) é uma das fontes de funding do nosso balanço. Letra de Crédito de Desenvolvimento será outra fonte [...] Temos de fazer um esforço de diversificação de captação, que é o que estamos fazendo para conseguir ter dinheiro. Tem outra coisa que eu também poderia falar que é um desafio para crescer mais rápido: taxa de juros. Temos de trabalhar para reduzir a taxa de juros. Todas essas obras que estou falando (com apoio do BNDES) não têm subsídio. A taxa é a taxa de mercado. Precisamos trabalhar para derrubar a taxa de juros. Mais de 85% do funding do BNDES não conta mais com subsídio.
A sra. fala em derrubar a taxa de juros, é a Selic mesmo? Ou existem outras formas?
É que a Selic puxa tudo. Temos de, como sociedade, trabalhar para reduzir essa taxa de juros. Assim que a taxa de juros cair, o investimento em infraestrutura cresce mais rápido ainda.
O Estado de S.Paulo - SP 13/08/2024
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 12, que, independentemente de quem seja seu sucessor no comando da autarquia no próximo ano, o BC terá um compromisso “inequívoco” de trabalhar para levar a inflação à meta.
“Temos tido mensagem inequívoca e consensual de que o BC fará o que precisar para trazer inflação para meta”, disse em palestra na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo. “Isso está bem sedimentado no grupo que temos hoje e no debate que fazemos”, acrescentou.
Na avaliação de Campos Neto, o BC tem se esforçado para externalizar esse compromisso e que, por isso, o prêmio de risco que trouxe volatilidade ao ambiente interno tende a diminuir à frente.
“E à medida que seja demonstrado esse esforço (de compromisso com a meta) de forma mais clara, o prêmio de risco tende a diminuir”, disse. Ele afirmou ainda que o governo federal “tem se esforçado” para reduzir incertezas, mas que é importante acompanhar como será a dinâmica à frente e o impacto sobre a percepção de riscos dos agentes do mercado.
O presidente do BC acrescentou que o Brasil precisa fazer um esforço extra para que os agentes econômicos acreditem que haverá redução da dívida pública.
Campos Neto lembrou que o juro real no Brasil é historicamente sempre alto, mas que, em um horizonte mais longo, tem caído. Para o presidente do BC, para além da discussão da taxa de juro real na comparação com outros países do mundo, é importante observar o que ele chama de “esforço monetário” que é a diferença entre a taxa de juro real e a taxa de juro real neutra. “Só comparar o juro real não faz todo o trabalho”, pontuou.
Juro nos EUA
Sobre o cenário externo, ele afirmou que, apesar de a inflação nos Estados Unidos estar convergindo à meta, o juro norte-americano pode ficar mais alto por mais tempo.
O presidente do BC afirmou que existem elementos que apontam para uma desaceleração da economia nos EUA, com arrefecimento do ritmo da inflação e do próprio Produto Interno Bruto (PIB). Uma recessão nos EUA, porém, ainda “não parece provável”, segundo ele. “Existe a possibilidade, mas não é o mais provável”, apontou.
Campos Neto ressaltou que existem elementos na dinâmica norte-americana que apontam para algum risco inflacionário, como, por exemplo, a eleição. Para ele, a tendência para uma política fiscal expansionista está presente no discurso dos principais candidatos que disputam a eleição e que por isso existe, no mercado, a percepção de que, independentemente do vencedor, não deverá haver uma política austera nos EUA.
Na avaliação do presidente do BC, esse debate talvez faça com que a “ficha caia” para alguns agentes de mercado de que “é difícil” o mundo voltar a ter juros baixos no nível de antes da pandemia de covid-19.
Em relação ao ambiente global e a realidade da maioria dos países, Campos Neto destacou que houve um aumento da dívida desde a pandemia, que os juros estão mais altos e, por isso, o custo para rolagem dessa dívida está também mais alto.
Entre os países emergentes, Campos Neto citou que a inflação cheia e a média de núcleos começou a cair. Na América Latina, contudo, ele destacou uma elevação recente nos preços de energia. Já em relação à Índia, Campos Neto citou que tem havido uma desaceleração na inflação de serviços. “No geral, a convergência está bem lenta”, disse.
Globo Online - RJ 13/08/2024
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo federal deve rever a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para além dos 2,5% considerados atualmente pela Secretaria de Política Econômica. Ele participou por teleconferência, durante a manhã, do 2º Warren Institutional Day, organizado pela Warren Investimentos, em São Paulo. Também espera que o Brasil alcance ou chegue próximo ao seu grau de investimento em dois anos.
— A economia este ano está crescendo e eu diria que nós devemos rever o crescimento da economia brasileira para além dos 2,5% previstos pela nossa Secretaria de Política Econômica.
O ministro mencionou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) já trabalha com estimativas de crescimento de 2,1% em 2024, o que seria um indicativo de que o país segue uma trajetória econômica sustentável.
Além disso, disse que grandes agências de classificação de risco — nomeadamente Moodys, S&P Global e Fitch — revisaram suas notas de créditos e perspectivas para o Brasil. Haddad espera que o Brasil alcance ou chegue próximo ao seu grau de investimento em 2026.
No mês passado, Haddad já havia ventilado a possibilidade de elevar a projeção oficial de crescimento para além dos 2,5% previstos inicialmente para 2024. No entanto, o patamar acabou sendo mantido em julho.
No último Boletim Focus, que contém um resumo das expectativas do mercado, a mediana para o PIB em 2024 se manteve no mesmo patamar que a semana passada (2,2%). Para 2025 e 2026, as estimativas permaneceram em 1,92% e 2%, segundo dados divulgados nesta manhã;
Valor - SP 13/08/2024
A receita líquida de vendas teve aumento de 4,4% entre os dois períodos, de R$ 4,014 bilhões para R$ 4,189 bilhões
A CSN Mineração teve lucro líquido de R$ 1,507 bilhão no segundo trimestre de 2024, resultado três vezes superior ao ganho de R$ 494,2 milhões do mesmo período de 2023, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos sócios controladores.
A receita líquida de vendas teve aumento de 4,4% entre os dois períodos, de R$ 4,014 bilhões para R$ 4,189 bilhões. Os custos dos produtos vendidos diminuíram 25,8% entre os dois períodos, para R$ 1,946 bilhão no período de abril a junho deste ano.
O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 1,618 bilhão no segundo trimestre deste ano, crescimento de 47,4% ante um ano antes.
O Estado de S.Paulo - SP 13/08/2024
A Agência Nacional de Mineração (ANM) baixou uma norma, no mês passado, que reduziu a um terço o número de municípios afetados pela produção de minério de ferro aptos a receber a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) por sediar estruturas de apoio ou de beneficiamento, como pilhas de minério ou barragens.
Na lista, permaneceram majoritariamente cidades de Minas Gerais, Estado natal do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, a quem a agência é vinculada. Elas vão receber uma fatia maior da verba, que no ano passado foi repartida com cidades do Rio Grande do Norte, Tocantins, Amapá, Pará e Bahia.
Procurado, Silveira não se manifestou. A ANM alega que houve uma mudança de critérios para restringir o pagamento a cidades onde há efetiva contribuição para a produção mineral (veja mais abaixo).
No dia 24 de julho, a ANM divulgou a primeira lista de cidades que serão atendidas no ciclo 2024/2025 pela Cfem-estruturas. A contribuição é recolhida das mineradoras e é distribuída para municípios e Estados onde há mineração ou que sofrem influência dessa atividade econômica. O valor mais relevante é o pago a cidades pela exploração do minério de ferro, uma vez que 89% da arrecadação da Cfem deriva deste mineral.
Prefeitos de Estados do Norte e Nordeste do País afirmam que foram surpreendidos com a retirada de suas cidades do rol de beneficiárias da Cfem-estruturas. De um total de 100 cidades afetadas pela mineração de ferro por meio da instalação de estruturas produtivas em seus territórios, ficaram apenas 31 – das quais só quatro fora de Minas Gerais. Antes, as cidades mineiras representavam metade (52%) da lista.
O Pará, onde se produz 44% do minério de ferro comercializado pelo País, ficou com apenas uma cidade na lista: Parauapebas, onde fica a maior mina da Vale. Nenhuma cidade do Tocantins, Rio Grande do Norte e do Amapá, até então atendidas, vai receber.
O valor distribuído de Cfem para cidades afetadas pela mineração foi de cerca de R$ 1 bilhão no ciclo 2023/2024. Ele é destinado a cidades por onde passam ferrovias, minerodutos ou onde são instaladas estruturas para empilhamento de minério, de pesquisa ou barragens, por exemplo. A extração é feita em um município vizinho, mas essas cidades têm parte da produção em seus territórios – e, por isso, são atendidas com a Cfem na condição de “afetadas”.
Cidades mineradoras repartem 60% de toda a arrecadação da Cfem, os Estados produtores recebem 15%, a União recebe 10%, e os municípios afetados, 15%.
As cidades afetadas são divididas em subgrupos: ferrovias, portos, minerodutos e estruturas. Este último grupo é alvo da alteração que provocou a concentração de Minas na lista de atendidos pela Cfem-estruturas.
Em dezembro de 2022, já no fim do governo Jair Bolsonaro, o Congresso aprovou uma lei ampliando o escopo de municípios que podem ser atendidos pela Cfem. No ano seguinte, o Ministério de Minas e Energia, já sob Alexandre Silveira, promoveu uma revisão do rateio dos recursos da Cfem para municípios afetados – o que fez com que a pasta levasse meses para editar um decreto com novas regras. O pagamento do ciclo 2023/2024, que deveria ter começado em maio, só ocorreu em dezembro.
Até então, a divisão da Cfem-estruturas levava em conta a ocupação do solo com essas unidades nos municípios afetados. O decreto do MME diz que as cidades devem ser remuneradas de acordo com a contribuição dessas estruturas para o resultado da produção.
Como já haviam passado meses, a ANM pagou os municípios pelo modo antigo e adiou para este ano o estabelecimento dos novos critérios.
Antes das novas regras estabelecidas pela agência neste ano, um município podia receber pagamentos se tivesse a estrututura pronta, mesmo que não estivesse funcionando. A partir de agora, só haverá pagamento onde há registro ativo de mineração, uso da estrutura produtiva e recolhimento, pela mineradora, de Cfem.
Os dados atuais da ANM, porém, não permitem segmentar a contribuição de cada estrutura para a produção. A agência então criou um sistema em que a informação é prestada pelas mineradoras e isso determina o quanto o município vai receber.
Se as mineradoras informarem ao governo federal que não produziram usando aquelas estruturas ou se não recolheram Cfem, as cidades não recebem nada.
‘Não é justo’, diz prefeito
É o caso de Lagoa Nova (RN), que perderá toda a arrecadação da Cfem-estruturas como cidade afetada. O prefeito Luciano Santos (MDB) não sabe o motivo do corte, porque a informação é prestada pela mineradora ao governo federal e não ao município. Ele descobriu ao acessar a lista de beneficiários da ANM que a cidade ficou de fora da Cfem-estruturas no atual ciclo 2024/2025. Segundo ele, há empilhamento de minério na cidade e estrutura de pesquisa minerária.
Santos afirma que prepara um recurso à agência alegando que as estruturas estão ativas no seu município e que a nova regra é injusta.
“Essa é a nossa crítica ao MME. Por coincidência, o ministro é do Estado de Minas e um pretenso candidato a governador. Não quero crer que o ministro esteja beneficiando apenas os municípios do seu Estado. Minas historicamente tem uma riquíssima exploração minerária, mas o Norte e Nordeste também têm atividade minerária e precisam desses recursos. Não é justo que todo o dinheiro da Cfem fique apenas para Minas”, disse.
O município recebeu pouco mais de R$ 4,8 milhões no último ciclo – recursos que foram empregados, segundo o prefeito, em reforma de escolas e em obras de drenagem na principal avenida da cidade.
“A falta do recurso vai mudar a realidade, tendo em vista que vamos deixar de receber dinheiro para educação e saúde básica. É preciso que a população entenda que é um retorno da atividade desenvolvida no município”, disse Santos.
ANM cita nova resolução
A ANM afirma não ter uma explicação sobre o motivo que provocou uma concentração da Cfem-estruturas para municípios em Minas Gerais. O superintendente de Arrecadação e Fiscalização de Receitas da agência, Rui Giordani, afirma que estruturas paradas, onde não há registro de produção, não podem mais receber Cfem a partir da nova resolução da agência.
“Não é o simples fato de ter estrutura que dá o direito ao município de receber Cfem pelo novo regramento; é preciso que a empresa tenha declarado produção no ano anterior”, disse o superintendente.
Em muitos casos, acrescenta ele, empresas fazem o registro da lavra, mas a produção não é feita por razões econômicas, e a Cfem, apesar de levar o nome de compensação, tem como objetivo repartir o resultado da produção mineral.
Giordani admite, no entanto, que a agência não tem como assegurar que as estruturas estão de fato paradas, uma vez que a informação é prestada pelas empresas e a ANM não tem capacidade de checagem.
Ele diz que a lista divulgada no dia 24 é provisória e será modificada caso os municípios comprovem que houve erro de declaração pelas empresas. O prazo de recurso termina no dia 12.
Como tudo começou
A modificação na forma de pagar os municípios que levou à preponderância das cidades mineiras na Cfem-estruturas – 87% das cidades atendidas são no Estado – começou com uma nova interpretação da ANM sobre o decreto baixado pelo ministro Alexandre Silveira em 2023.
O decreto prevê que sejam remuneradas pela Cfem “estruturas de mineração que viabilizem o aproveitamento industrial da jazida”.
Em abril deste ano, o diretor da agência Caio Seabra apresentou um parecer dizendo que a divisão da Cfem-estruturas deveria ser vinculada à produção e o rateio, como era feito no passado – apenas de acordo com o uso do território –, era ilegal e desrespeitava o decreto do MME. Esse episódio acionou a reforma dos critérios apresentada em julho pela agência.
Seabra é mineiro e chegou à ANM por indicação de Silveira. O ministro acompanhou a aprovação do nome dele no plenário do Senado, em 13 de dezembro. Durante a sabatina, feita pelos senadores horas antes, Seabra agradeceu ao ministro pela “indicação e confiança”.
Procurado pela reportagem, Seabra afirmou que a decisão que acabou beneficiando cidades mineiras foi tomada de maneira colegiada pela ANM – o voto dele foi seguido por três diretores, de um total de cinco membros da diretoria colegiada da agência, incluindo o diretor-geral.
“Todas as decisões da Agência Nacional de Mineração são submetidas a esse colegiado, que age de forma fundamentada e transparente”, afirmou ele, em nota. “Importante reforçar que os diretores passam pelo processo de sabatina no Senado Federal e são nomeados pelo presidente da República. Apresentam diferentes formações, experiências e visões do setor de mineração, o que viabiliza ricas discussões e legitima a tomada de decisões, o que se dá por maioria de votos, conforme a lei.”
Auto Industria - SP 13/08/2024
Ao divulgar balanço do setor automotivo em julho, com números positivos em vendas e produção, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, fez questão de ressaltar o nível de emprego nas montadoras de veículos leves e pesados, que atingiu 104,6 mil postos.
Tomando por base os 98,9 mil empregos de dezembro de 2023, são 5,7 mil contratações no ano. “É uma notícia importante. Considerando que a cada 1 emprego na montadora são gerados outros dez, podemos falar em mais de 50 mil postos de trabalho gerados na cadeia automotiva como um todo este ano”, explicou o executivo.
Valor - SP 13/08/2024
“A retomada de investimentos em infraestrutura e na construção civil podem acelerar ainda mais esta positividade”, afirmou Rodrigo Navarro, presidente da Abramat
O faturamento da indústria de material de construção cresceu 5% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2023. Em relação a junho deste ano, o aumento foi de 1%. Os dados são do índice Abramat, elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção.
O setor de materiais de acabamento teve a maior alta no faturamento na base anual, de 9,9%. Sobre junho, cresceu 0,9%. Já os materiais de base viram um aumento de 2,2% no faturamento da sua indústria na comparação anual e de 1% na mensal.
De janeiro a julho deste ano, o faturamento da indústria de materiais como um todo subiu 3,5%. “A retomada de investimentos em infraestrutura e na construção civil podem acelerar ainda mais esta positividade”, afirmou Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, em nota. A entidade mantém a previsão de encerrar 2024 com alta de 3% no faturamento, ante uma queda de 2,1% em 2023.
Exame - SP 13/08/2024
O empreendedor Murilo Marchesini transformou um percalço de sua companhia em uma oportunidade de negócio que, em pouco tempo, demonstrou-se tão ou mais promissora que o negócio original.
Marchesini é o CEO da Verticale S/A, uma incorporadora de edifícios residenciais e comerciais com atuação em cinco municípios da borda norte da Grande São Paulo, donos de um PIB somado de 30 bilhões de reais.
Um dos focos da Verticale são os edifícios de alto padrão na cidade de Cajamar, sede da maior concentração de galpões logísticos do país. Trata-se de um setor em franca expansão na esteira do boom do comércio eletrônico.
A vocação da família Marchesini para o mercado imobiliário remonta aos anos 1950. Foi quando o avô dele começou a comprar terrenos para abrir alguns dos primeiros loteamentos da região.
A empresa evoluiu sob as mãos do pai dele e, transformada em Verticale Desenvolvimento Imobiliário nos anos 1990, virou um negócio de 300 milhões de reais em VGV, o valor geral de vendas, indicador mais utilizado na construção civil para definir o tamanho de uma empresa.
Com esse montante, a Verticale virou uma das principais players na incorporação de imóveis residenciais de alto padrão na região de Cajamar e municípios adjacentes. A expansão veio sobretudo depois de 2018, dois anos após Murilo Marchesini assumir o cargo de CEO da companhia.
Na ocasião, a Verticale captou 20 milhões de reais com um investidor local para ganhar fôlego ao maior ciclo de expansão da empresa: ao menos seis lançamentos residenciais.
Os desafios pelo caminho
A relevância da Verticale veio apesar dos desafios pelo caminho. Talvez o mais relevante de todos seja o fato de a empresa ter captado recursos num Brasil com PIB em rota de expansão e taxas de juros em um dígito – e em trajetória de queda.
De lá para cá, muita coisa mudou. A pandemia atrapalhou o apetite para compra de imóveis. A inflação alta no período, resultado de quebras de cadeias logísticas decorrentes da quarentena, colocou boa parte do planejamento de expansão da Verticale a perder.
A escalada dos juros no Brasil para segurar os preços só ajudou ainda mais a aumentar as despesas da companhia. Atualmente, a Selic está em 10,50% e não dá sinais de voltar ao patamar de um dígito no curto prazo.
Num cenário de dinheiro mais caro, erguer os prédios acabou custando 50% acima do planejado, o equivalente a uma despesa de 15 milhões de reais arcada com capital dos sócios da Verticale.
Em paralelo a tudo isso, Marchesini buscava recursos mais baratos para dar conta de seguir adiante com o plano de expansão da companhia. Engenheiro formado por uma universidade de tecnologia do Tennessee, nos Estados Unidos, onde também foi atleta profissional de tênis, ele desde cedo teve interesse por estudos sobre financiamento para o mercado imobiliário.
Menos poupança, mais mercado de capitais
Aqui, vale um parênteses. Historicamente, a principal fonte de recursos para a construção civil no Brasil foram a caderneta de poupança e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS, ambos com rendimentos controlados pelo governo federal.
Há pelo menos uma década ambas aplicações costumam render a taxas inferiores à da inflação no período. Por isso, no caso da poupança, há uma migração de recursos para produtos financeiros com rendimentos mais elevados.
No ano passado, mais de 100 bilhões de reais deixaram a poupança no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, a Abecip. Não à toa, a poupança deixou de ser a principal fonte de recursos para as construtoras brasileiras em 2023.
O posto foi tomado pelo mercado de capitais. Dos 2,06 trilhões de reais emprestados ao setor imobiliário brasileiro, 38% vieram de produtos financeiros como Certificados de Recebíveis Imobiliários, os CRIs, ou Fundos de Investimento Imobiliário, os FII, além de títulos bancários a exemplo das Letras de Crédito Imobiliário, as LCI, e as Letras Imobiliárias Garantidas, as LIGs. Há três anos, o mercado de capitais respondia por 24% dos recursos para habitação.
A poupança, por sua vez, colaborou por 36% do total financiado pelas construtoras, segundo dados da Abecip. Em 2021, a fatia da poupança chegava a 49%. Nos últimos três anos, a importância do FGTS manteve-se igual: 26% dos recursos para financiamento imobiliário vêm daí.
A mudança brusca na fonte de recursos para habitação provocou também uma mudança no dia a dia de Marchesini. Há pelo menos uma década ele tinha interesse no mercado de capitais como financiador da habitação – em 2015, ele fez uma pós-graduação no tema, já no Brasil.
De posse de conhecimentos sobre LCIs, CRIs e outras siglas, ele montou uma lista de gestoras sediadas na Faria Lima e saiu batendo na porta de cada uma delas para garantir recursos à Verticale.
O resultado foi a emissão de cinco CRIs que, somados, deram 200 milhões de reais em recursos para viabilizar a expansão da Verticale pelos próximos anos.
Conhecidos à frente de outras construtoras ficaram de olho no feito de Marchesini – e aí veio a oportunidade trazida pelo momento de aperto.
Para atender aos pedidos de gente do mercado imobiliário também interessada em desbravar a Faria Lima, no ano passado Marchesini abriu a Finamob, uma startup dedicada a fazer a ponte entre construtoras interessadas em recursos para seus projetos e as gestoras com conhecimento sobre onde captar tais quantias.
“Ainda há muito desconhecimento por parte dos dois lados”, diz Marchesini. Por trás do descolamento estão dois fatores. O primeiro é a maneira como operam as construtoras brasileiras. Grande parte delas são negócios de família, com atuação regional e patamares variados de sofisticação.
São usuais no setor as histórias de mestres de obras e pequenos empreiteiros cujos negócios ganharam um porte considerável sem, ao mesmo tempo, um olhar dedicado a temas para além dos canteiros de obras, como o financiamento imobiliário.
“São os chamados cowboys, gente que se fez na vida com muito sacrifício e sobre próprio esforço e suor”, diz Marchesini. “Para além de admirar a trajetória deles, percebi aí uma oportunidade de ajudar esse público a resolver a questão do financiamento imobiliário para que eles possam seguir focados no que sabem e gostam de fazer.”
O segundo fator é a própria precocidade dos produtos financeiros para o mercado imobiliário no Brasil. O arcabouço do setor ganhou força só nos anos 1990, com o fim da hiperinflação. Desde então, os grandes bancos dominaram a concessão de crédito para o setor no país.
A emissão de títulos como LCI e CRI começou há pouco mais de uma década. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos o mercado de capitais tem tradição de financiar as construtoras há pelo menos cinco décadas. Por lá, construtoras e gestoras caminham lado a lado. “Minha missão é fazer a ponte da Faria Lima com os cowboys para melhorar a realidade do financiamento imobiliário no Brasil”, diz Marchesini.
Os números da Finamob
Em pouco mais de 12 meses, os números da Finamob são promissores. A empresa deve levantar 300 milhões de reais em recursos para clientes. No portfólio estão construtoras de médio a grande porte em todos os cantos do país.
Entre os destaques estão empresas da região Sul, sobretudo as com atuação nos arredores de Balneário Camboriú, cidade no litoral de Santa Catarina com alguns dos CEPs mais valorizados do país.
A Finamob cobra taxas de 3% nas operações fechadas para os clientes. Com uma estrutura bastante enxuta – são apenas três pessoas – a empresa tem uma margem de 90% e vai dar lucro de 10 milhões de reais já neste ano.
A Verticale, por sua vez, recuperou-se dos contratempos da pandemia e deve faturar 50 milhões de reais neste ano, mas o lucro deve ser inferior ao da Finamob. “O negócio com o mercado de capitais me ajudou a ganhar escala e atender uma demanda muito diferente daquela que eu estava acostumado”, diz Marchesini.
Canal Rural - SP 13/08/2024
Com a privatização, segundo o governador, a ferrovia seria ampliada até Dourados e Maracaju, no Mato Grosso do Sul, chegando até o Porto de Paranaguá. “Estamos com a maior obra portuária do Brasil no Porto de Paranaguá, ampliando o carregamento de 180 vagões/dia para 900 vagões/dia, gerando um ganho em escala de 30%. Isso tem feito com que o Paraná atraia muito investimento com novas indústrias do setor de produção de alimentos do mundo todo”, contou o governador do Paraná.
A Ferroeste é uma estatal responsável por 248 quilômetros de ferrovia entre Guarapuava e Cascavel. Criada em 1988 como empresa privada, transformou-se em sociedade de economia mista em 1991 por conta de uma lei e passou a ser administrada pelo governo estadual.
Agroindústria
Durante a entrevista, Ratinho Júnior destacou também a importância da Agroleite e da bacia produtora de leite em Castro, que se coloca hoje com a maior do Brasil e defendeu a agroindustrialização do leite e de outras culturas. “A Agroleite é referência em produção leiteira, trazendo sempre ciência, tecnologia e inovação. E precisamos muito disso, pois não queremos mais apenas vender soja e milho para engordar porcos asiáticos, queremos vender sim produtos com maior valor agregado”, pontuou.
O Estado de S.Paulo - SP 13/08/2024
O Ministério dos Transportes se prepara para realizar os três primeiros leilões de concessões que estão próximas de acordos para repactuação de seus contratos. As disputas serão realizadas a partir de outubro em modalidade diferente da utilizada para os demais projetos rodoviários. O lance inicial será o valor de pedágio recalculado pela atual gestora, que deverá competir caso queira permanecer com o ativo.
A expectativa, afirma o secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, é de que Arteris Fluminense, ECO101 e MS Via, que já têm acordos encaminhados, sejam as primeiras leiloadas. Depois delas, outras 11 poderão ser disputadas no mesmo modelo. A obrigação de levar os ativos repactuados a leilão é uma das cláusulas estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para permitir a rediscussão dos contratos.
“Decidimos assim para evitar risco moral. Quem oferecer o melhor desconto fica com o ativo”, explica Santoro, número dois do Ministério dos Transportes. Após o início do leilão com a proposta da atual gestora, será aberta a fase de lances verbais. Se não houver interessados, a concessionária atual segue na administração.
A série de repactuações está em análise após as atuais administradoras sinalizarem desequilíbrios financeiros que poderiam motivar a entrega dos ativos. A atual gestão do Executivo defende que os acordos junto ao TCU aceleram a realização de novos investimentos, dispensando prazos de uma relicitação convencional.
Vantagens ao mercado
Para o mercado privado, os ativos repactuados têm vantagens como a herança de licenças ambientais. Ainda, a empresa participante do leilão poderá se valer de subjetiva maior segurança sobre o valor estimado para o pedágio da via disputada, já que o cálculo base será da administradora atual. “Se o preço tiver margem, vai entrar alguém na disputa”, avalia George Santoro.
Caso a concessão mude de mãos, a nova administradora deverá pagar indenização pelos investimentos já realizados. O valor a ser ressarcido será calculado pela atual concessionária. “Em um processo convencional, a empresa precisa pagar um ágio quando entra. Para as repactuadas é similar, tendo de pagar a indenização”, diz Santoro ao defender que a cobrança não inviabiliza a concorrência.
Outra particularidade que será observada em eventuais transferências de administração será a herança de obras recém-iniciadas. Isso porque, para alcançar o acordo de repactuação junto ao TCU, as atuais concessionárias deverão contratar melhorias imediatas. “Na repactuação a concessionária tem de colocar pré-contrato de quem vai fazer a obra. Já tem de ter licitado, saber quem vai fazer”, explica George Santoro.
Na lista de repactuações há casos curiosos como o da Triunfo Concebra, que administra trechos das BRs 153 e 262 entre Goiás e Minas Gerais. A empresa pediu para entregar o ativo em 2021 e teve o processo de relicitação iniciado. O projeto foi reformulado e dividido em três trechos. Depois disso, a empresa pediu repactuação e se dispôs a seguir gerindo a malha. Pelos prazos, contudo, um dos trechos irá a leilão convencional em 31 de outubro.
Atraso
Pelos prazos estabelecidos em portaria, todos os 14 processos de repactuação estão atrasados. Conforme as diretrizes, as concessionárias interessadas nas repactuações tiveram de protocolar as propostas de acordos até o dia 31 de dezembro do ano passado. A partir da data de entrega, o governo teria 90 dias para analisar o pedido. Se aprovado pelo Executivo, é encaminhado para o TCU, que tem mais 90 dias. Assim, as análises deveriam ter sido finalizadas ainda no primeiro semestre.
Um dos motivos para esse atraso foi a suspensão das atividades da Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (Secex Consenso) há 30 dias, resultado de um conflito entre o TCU e o Executivo que paralisa os diálogos que miram a finalização dos acordos.
Outros leilões
Os leilões de ativos repactuados se somam a outras nove disputas previstas para este ano por novos trechos, sendo esses em processos convencionais. Se finalizar todos os projetos previstos, o Ministério dos Transportes ficará próximo de realizar 50 leilões até 2026, uma vez que prevê leiloar 32 novos trechos e finalizar 14 repactuações.
Até o momento, foi realizado um leilão em 2024, no trecho entre Belo Horizonte e Juiz de Fora (MG). O calendário do Ministério dos Transportes prevê mais 12 neste ano, na seguinte sequência para outros processos: BR-040/GO/MG; BR-153/262/MG/GO; BR-262/MG; BR-381/MG/; Lote 3 de rodovias do Paraná; Lote 6 de rodovias do Paraná; BR-040/495/MG/RJ; BR-060/452/GO; BR-364/RO; BR-060/364/GO/MT; GO-020/060/070/080/GO e BR-070/174/364/MT/RO.
Portos e Navios - SP 13/08/2024
A Wilson Sons, operadora de logística portuária e marítima do Brasil, firmou um contrato de cinco anos com a mineradora Vale para realizar a docagem de sete embarcações em seu estaleiro no Porto de Santos, localizado no Guarujá. O acordo envolve manutenções programadas em cinco rebocadores e dois ferryboats da Vale, que operam no Rio de Janeiro, gerando uma economia de 67% em combustível para a mineradora.
As embarcações da Vale prestam apoio portuário no Terminal da Ilha Guaíba (TIG), em Mangaratiba, e no terminal da Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS), em Itaguaí. Esses portos, ambos localizados no litoral Sul Fluminense, são responsáveis pela exportação de minério de ferro proveniente de Minas Gerais, principalmente para o mercado chinês.
O trabalho de docagem inclui tratamento e pintura de cascos e tanques, limpeza de tanques, reparos estruturais e desmontagem e teste de válvulas. A primeira das sete docagens, envolvendo o rebocador Guaíba, foi iniciada em 18 de julho.
O estaleiro da Wilson Sons conta com um dique seco no Porto de Santos. A empresa também está em processo de construção do WS Onix, o último de uma série de seis rebocadores com tecnologia sustentável padrão IMO TIER III, projetados para reduzir emissões de gases de efeito estufa e consumo de combustíveis fósseis.
Petro Notícias - SP 13/08/2024
Boas notícias para o Rio Grande do Norte e para o mercado nacional de gás natural. A Companhia Potiguar de Gás (Potigás) lançou o edital de licitação para a construção do gasoduto Gás Sal, que transportará gás natural canalizado de Mossoró até o município de Areia Branca. A linha terá quase 54 quilômetros de extensão percorridos ao longo da BR-110, incluindo o tronco principal e os ramais destinados à interligação dos clientes já contratados.
O valor estimado da obra é de R$ 20,8 milhões, abrangendo serviços como construção, montagem, testes de gasodutos, construção de caixas de válvulas, instalação e pré-operação da Estação de Redução de Pressão Distrital, instalação de ramais e Estações de Redução de Pressão e Medição para clientes, e a construção de abrigos, entre outros. A licitação ocorrerá de forma presencial na sede da Potigás, em Natal, no dia 30 de agosto, às 9h. As obras do Polo Gás Sal estão previstas para começar ainda este ano, com conclusão estimada em 18 meses.
“Mais um passo importante para efetivação dessa obra que significa ganhos socioeconômicos e ambientais para o Estado do Rio Grande do Norte, mas detidamente para o Polo Costa Branca e para a indústria salineira potiguar. Onde o gás natural chega ele leva consigo uma menor emissão de poluentes, economia, praticidade e segurança para a população”, disse o diretor técnico e comercial da Potigás, Dennis Falcon.
Valor - SP 13/08/2024
Queda nas expectativas de crescimento para a China é um dos fatores por trás da expectativa de crescimento menor da demanda
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu ligeiramente sua previsão para o aumento da demanda de petróleo no planeta, citando a queda nas expectativas de crescimento para a China, em um momento em que as preocupações do mercado em relação ao país asiático têm pressionado os preços.
O grupo agora prevê que a demanda irá aumentar 2,11 milhões de barris por dia neste ano, alcançando um total de 104,3 milhões de barris por dia em média, em comparação com a previsão anterior de 2,25 milhões de barris por dia. A revisão também leva em consideração os dados reais do primeiro e segundo trimestres.
A demanda ainda é considerada saudável - acima da média histórica de 1,4 milhões de barris por dia antes da pandemia, de acordo com a Opep - impulsionada por uma alta no setor aéreo e de mobilidade rodoviária, além de atividades industriais, de construção e agrícolas fortes em países não pertencentes à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
As estimativas de aumento da demanda do petróleo para o próximo ano também foram ligeiramente reduzidas, com o crescimento agora previsto em 1,78 milhões de barris por dia, em comparação com as estimativas anteriores de 1,85 milhões de barris por dia.
O relatório divulgado nesta segunda-feira foi publicado após os preços do petróleo registrarem seu primeiro ganho semanal desde o início de julho, após se recuperarem de uma venda mais ampla nos mercados financeiros. O Brent, índice de referência internacional do petróleo, é negociado nesta jornada em torno de US$ 80 o barril, enquanto o West Texas Intermediate, índice de referência do petróleo dos EUA, está em torno de US$ 77 o barril.
Ambos os índices são sustentados pelo temor de uma guerra em grande escala no Oriente Médio, com os mercados se preparando para um ataque retaliatório do Irã contra Israel em resposta à morte do líder político do Hamas. O sentimento também é reforçado pela intensa luta entre Rússia e Ucrânia, que ameaça o fornecimento de energia para a Europa, o fechamento do maior campo de petróleo da Líbia e dados econômicos mais encorajadores que aliviam os temores de uma recessão nos EUA.
Ainda assim, os preços continuam pressionados devido às preocupações persistentes com uma desaceleração da economia chinesa reduzindo a demanda e às incertezas sobre o momento dos cortes nas taxas de juros nos EUA, enquanto os investidores aguardam mais informações sobre o caminho que a inflação vai seguir para confirmar as expectativas de um corte na produção em setembro.
Os preços atuais também parecem distantes do que os dois principais líderes da aliança Opep+ - Arábia Saudita e Rússia - precisam para equilibrar seus orçamentos, de acordo com analistas de mercado, com alguns se perguntando se o grupo adiará ou manterá o plano de aumentar gradualmente a oferta de petróleo no mercado a partir de outubro.
O grupo de países produtores de petróleo em junho concordou em estender todas as restrições de produção até o próximo ano, e prorrogou os cortes voluntários da produção de 2,2 milhões de barris por dia até o final de setembro, mas afirmou que pretende eliminá-los gradualmente de outubro de 2024 a setembro de 2025.
Um comitê ministerial da Opep+ que se reuniu no início deste mês não fez recomendações para o grupo mudar sua política de produção e não forneceu indícios sobre se um fim gradual dos cortes voluntários poderia começar em outubro deste ano.
Enquanto isso, a produção total de petróleo da Opep aumentou em 185 mil barris por dia para 26,75 milhões de barris por dia em julho, segundo o cartel, citando fontes secundárias. A produção de petróleo da Arábia Saudita aumentou em 97 mil barris por dia para 9,015 milhões de barris por dia, enquanto a produção da Líbia caiu 19 mil barris por dia para 1,175 milhões de barris por dia.
A Opep manteve suas estimativas para o crescimento da oferta de países não participantes da Declaração de Cooperação - o nome formal da Opep - em 1,2 milhão de barris por dia para 2024, dizendo que os principais motores do crescimento devem ser os EUA, Canadá e Brasil. As estimativas de crescimento para 2025 também foram mantidas em 1,1 milhão de barris por dia.
O grupo elevou suas estimativas para o crescimento econômico nos EUA para 2,4% neste ano, em comparação com 2,2% anteriormente. As estimativas para o crescimento econômico global foram mantidas em 2,9% para este ano e o próximo, com o crescimento na zona do euro ainda projetado em 0,7% e 1,2%, respectivamente.
A Opep afirmou que espera que o crescimento nas economias da OCDE se recupere no segundo trimestre e mantenha o impulso até o final do ano, enquanto o crescimento nas economias não pertencentes à OCDE deve permanecer forte ao longo do ano, apesar de uma normalização gradual dos níveis robustos vistos no primeiro trimestre.
O Estado de S.Paulo - SP 13/08/2024
Apesar de todo o foco na transição energética, o setor petrolífero americano está em expansão, extraindo mais petróleo do que nunca da rocha de xisto que existe sob o solo no oeste do Texas.
Depois de anos perdendo dinheiro com a perfuração horizontal e o fraturamento hidráulico (”fracking”, em inglês), as empresas que ajudaram os Estados Unidos a se tornar o principal produtor global de petróleo deram uma guinada financeira e estão gerando lucros robustos. As ações de algumas empresas do setor de petróleo e gás, como a Exxon Mobil e a Diamondback Energy, estão em níveis recordes ou próximos a eles.
O renascimento do setor após as perdas contundentes durante a pandemia da Covid-19 se deve, em grande parte, às forças do mercado, embora a guerra da Rússia na Ucrânia tenha ajudado. Os preços do petróleo nos EUA ficaram em média em torno de US$ 80 por barril desde o início de 2021, em comparação com cerca de US$ 53 nos quatro anos anteriores.
O fato de o preço e a demanda por petróleo terem sido tão fortes sugere que a mudança para energia renovável e veículos elétricos levará mais tempo e será mais acidentada do que alguns ativistas climáticos e líderes mundiais esperavam.
O sucesso das empresas petrolíferas não é apenas o resultado de preços mais altos. Sob pressão de Wall Street para melhorar os retornos financeiros, as empresas que sobreviveram à queda do preço do petróleo em 2020 geralmente abandonaram a estratégia de crescimento alimentada por dívidas que havia impulsionado o boom do xisto americano.
Muitas reduziram os gastos e cortaram custos, demitindo funcionários e automatizando mais suas operações.
Desde 2021, os poços de petróleo e gás nos 48 estados do território continental dos EUA geraram mais de US$ 485 bilhões em fluxo de caixa livre, o dinheiro que sobrou após os gastos com operações e novos projetos, de acordo com estimativas da Rystad Energy, uma empresa de pesquisa e consultoria. Na década anterior, o setor gastou quase US$ 140 bilhões a mais do que arrecadou.
“As pessoas costumavam nos chamar de marinheiros bêbados”, disse Steve Pruett, executivo-chefe da produtora de petróleo e gás Elevation Resources, com sede em Midland, Texas, um centro do setor na Bacia do Permiano. “Esperamos que agora estejamos nos livrando dessa reputação.”
Em uma reviravolta estranha, o sucesso financeiro das empresas petrolíferas americanas tem sido um órfão político, com nem o presidente Biden nem o ex-presidente Donald Trump comemorando as recentes vitórias do setor.
Biden tem se mostrado relutante em incentivar as empresas petrolíferas, dada a importância que ele atribui ao enfrentamento das mudanças climáticas. O presidente e seus assessores, no entanto, assumiram o crédito pela queda nos preços da gasolina depois que eles subiram em 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
Trump ignorou amplamente o sucesso do setor e o apresentou como uma vítima que precisa ser salva. Ele prometeu, se eleito, desfazer as políticas climáticas de Biden e incentivar as empresas petrolíferas a “perfurar, perfurar, perfurar”, o que poderia reduzir os preços do petróleo e os lucros das empresas.
As consequências ambientais da reviravolta financeira do setor de petróleo são variadas. A produção e a queima de combustíveis fósseis liberam gases de efeito estufa que estão aquecendo o planeta. Mas os preços mais altos do petróleo também estão tornando mais atraentes as formas mais limpas de energia, disse Samantha Gross, diretora da Brookings Institution, um grupo de pesquisa apartidário.
“Não vamos sair desse negócio porque a oferta foi reduzida, pois há muito petróleo”, disse Gross. “Vamos sair do negócio porque a demanda diminuiu.”
Isso não aconteceu até agora. Embora o petróleo represente uma parcela menor da matriz energética global do que antes da pandemia, em parte devido ao crescimento dos veículos elétricos, a sede pelo combustível continuou a aumentar. A demanda global atingiu um recorde de mais de 100 milhões de barris por dia em 2023, um aumento de 2,6% em relação a 2022, de acordo com a Statistical Review of World Energy.
A Bacia do Permiano, uma vasta extensão de bombas de petróleo e arbustos de mesquite que se estende do oeste do Texas até o leste do Novo México, fornece cerca de 6,4 milhões de barris por dia de petróleo bruto, ou quase metade de toda a produção dos EUA.
Os altos e baixos são a norma aqui, a economia inspirando e expirando com o preço do petróleo bruto.
Com o petróleo sendo negociado em torno de US$ 80 por barril, os hotéis estão lotados, as rodovias estão cheias de caminhões e o desemprego é baixo (2,4% em maio na área de Midland). A taxa de desemprego nacional em junho foi de 4,1%.
A produção média de petróleo na região deve aumentar 8% este ano a partir de 2023, de acordo com estimativas federais.
Vamos perfurar poços como esse nos próximos 40 anos”, disse Kyle Hammond, gerente-geral da Permian Deep Rock Oil Company, uma pequena operadora que está perfurando e fazendo fracking em dezenas de poços horizontais sob a cidade de Midland. Barreiras de som imponentes protegem as vizinhanças do zumbido de um gerador e do bip de caminhões em marcha à ré.
Muitas empresas de petróleo estão apostando alto no Permiano. A Exxon, atualmente a maior produtora da região, tem como objetivo aumentar a produção de petróleo e gás em cerca de 50% até o final de 2027.
“Isso reflete o fato de que há demanda lá fora”, disse Bart Cahir, que lidera a divisão de xisto da empresa.
No entanto, a mesma restrição fiscal e as melhorias tecnológicas que tornaram muitos produtores de petróleo mais lucrativos também pesaram sobre as muitas empreiteiras e fornecedores que os atendem.
No final de 2018, as empresas estavam operando cerca de 490 plataformas de perfuração no Permiano e bombeando cerca de 4 milhões de barris de petróleo por dia, segundo dados federais. Hoje, elas estão produzindo mais de 6 milhões de barris com cerca de 310 sondas ativas.
Isso significa menos negócios para as empresas que operam equipamentos de perfuração e fornecem moradia para os trabalhadores que se deslocam para o campo de petróleo.
“Não é como nos booms do passado, em que — Katy, fecha a porta — vamos embora”, disse John Odette, diretor de operações da Crew Support Services, que opera uma dúzia de complexos de casas móveis em todo o Permiano. “As pessoas têm sido um pouco mais reservadas.”
Os complexos da empresa, conhecidos como man camps, estão cerca de 85% lotados, mas as tarifas são muito mais baixas do que eram antes da pandemia, disse Odette. Um quarto que teria custado US$ 100 por noite em 2018 agora rende de US$ 50 a US$ 80, disse ele.
E, embora os preços do petróleo estejam bem acima do que a maioria das empresas precisa para gerar um retorno saudável, o gás natural é tão abundante aqui que, às vezes, não há onde colocá-lo. Nem sempre há capacidade suficiente nos oleodutos para enviá-lo a estados ou países onde há grande demanda por esse combustível. Nem sempre há capacidade suficiente nos gasodutos para enviá-lo a estados ou países onde há grande demanda por esse combustível.
Durante vários dias deste mês, os preços do gás natural no oeste do Texas foram negativos, caindo para quase US$ 4 abaixo de zero por milhão de unidades térmicas britânicas, uma unidade de medida padrão para o gás natural, de acordo com a S&P Global Commodity Insights. Isso significa que, em vez de serem pagos pelo combustível, os produtores tiveram que pagar a outras empresas para que o utilizassem.
Os preços enfraquecidos ampliaram a frustração de muitos executivos com o Sr. Biden, que este ano suspendeu as aprovações de novos terminais de exportação de gás natural. Este mês, um juiz ordenou que o governo Biden suspendesse a pausa, embora os analistas tenham dito que a decisão provavelmente teria pouco efeito imediato. Mesmo nas melhores circunstâncias, os novos terminais levam muitos anos para serem planejados, autorizados e construídos.
“Precisamos desesperadamente desses terminais neste momento para criar um mercado para o gás”, disse Suzie Boyd, uma consultora de Midland que ajuda os produtores a vender seu petróleo e gás.
Dentro do setor, a campanha presidencial está alimentando uma ansiedade latente sobre o futuro. A grande maioria dos executivos do setor de petróleo e gás apoia os republicanos, mas alguns deles reconhecem que seu setor costuma ter um desempenho melhor com um democrata na Casa Branca. Os democratas tendem a impor regulamentações mais rígidas, o que limita a produção, mantendo os preços mais altos do que seriam em um ambiente mais laissez-faire, de acordo com o pensamento.
“No curto prazo, Biden tem sido melhor para nosso setor”, disse Chris Wright, executivo-chefe da Liberty Energy, uma empresa de serviços de campo petrolífero.
No entanto, muitos que ganham a vida bombeando petróleo e gás se irritam com a retórica e as políticas climáticas de Biden e temem que outro mandato dele ou de outro democrata possa prejudicar seus negócios a longo prazo.
“Um clima de investimento mais acolhedor, mais confiança no futuro da energia que prospera aqui - isso terá impacto nas decisões de investimento na margem”, disse Wright.
O porta-voz da Casa Branca, Angelo Fernández Hernández, disse que a produção doméstica recorde de energia sob o comando de Biden impulsionou o crescimento econômico. Ele também observou que os Estados Unidos são atualmente o maior exportador de gás natural liquefeito do mundo. “Desde o primeiro dia, o presidente tem impulsionado uma expansão sem precedentes da produção americana de energia limpa, enquanto trabalha para reduzir os preços para as famílias americanas”, disse ele.
Karoline Leavitt, porta-voz da campanha de Trump, disse que ninguém havia feito mais para prejudicar o setor de petróleo e gás do que Biden, em parte restringindo as permissões de perfuração de petróleo e gás em terras federais. Se eleito, Trump abrirá caminho para que as empresas de petróleo e gás “utilizem o ouro líquido sob nossos pés para produzir energia limpa para os Estados Unidos e o mundo”, disse ela.
Aconteça o que acontecer na eleição de novembro, o futuro do setor de petróleo depende de uma questão maior: O que acontecerá com a demanda global por petróleo bruto?
A Agência Internacional de Energia, uma organização multilateral com sede em Paris, espera que a demanda global de petróleo atinja o pico antes do final da década, à medida que mais pessoas e empresas compram carros elétricos e dependem de energia eólica e solar. Porém, muitos executivos do setor petrolífero e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo afirmam que o consumo crescerá até a década de 2030, se não além.
Se as previsões da agência de energia se concretizarem, o mundo estará inundado de petróleo bruto em 2030, com a capacidade de produção excedendo a demanda em cerca de 8 milhões de barris por dia.
Em Midland, muitos compartilham a opinião de Michael Oestmann, sócio de uma empresa de petróleo e gás, a Tall City Exploration IV, que aposta que a demanda de petróleo será resiliente — e que as restrições impostas por investidores e governos farão com que os preços subam.
“Vejo a demanda de longo prazo aumentando e a oferta sendo limitada”, disse o Sr. Oestmann. “Esperamos participar desse processo.”
TN Petróleo - RJ 13/08/2024
A produção nacional de óleo bruto segue em crescimento, embora tenha diminuído o ritmo em relação ao ano anterior. No primeiro semestre de 2024, produção nacional do energético se manteve praticamente estável em relação à média anual de 2023. Esse cenário de estabilidade é resultado de paradas programadas em campos do pré-sal, variações naturais dos níveis de produção e ações direcionadas para a revitalização de campos maduros, que chegaram a acumular queda de 330 mil barris/dia entre janeiro e abril.
Mesmo sendo o estado onde estão os principais campos afetados no primeiro semestre, o Rio de Janeiro mantém seu protagonismo neste mercado, alcançando patamares médios próximos aos 3 milhões de barris/dia, o que representa 86% dos volumes produzidos no país.
"Com o contínuo amadurecimento das bacias petrolíferas em águas fluminenses, manter o patamar produtivo e expandir ainda mais o potencial do país e do estado é certamente um desafio para os próximos anos. É importante frisar a perene participação do petróleo na matriz energética mesmo no cenário de descarbonização, pois quando se fala em transição energética, o papel do petróleo no futuro significa desenvolvimento econômico dos países e mais adição de energia. O produto continuará tendo o seu papel, a questão é como congregar isso com a descarbonização, com soluções de captura e armazenamento de carbono", ressalta o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.
Os dados integram a 9ª edição do Anuário do Petróleo no Rio, levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan SENAI SESI), que será apresentado nesta terça-feira (13/8) aos agentes do mercado e representantes do poder público (ver programação abaixo). Quanto à localização da produção nacional, os campos marítimos continuam em destaque, concentrando em torno de 95% dos volumes produzidos em 2024. A região do pré-sal responde por mais de 75% dos volumes, enquanto o pós-sal atinge pouco mais de 20%, percentual ainda bastante relevante ao considerarmos se tratar de uma região madura, com histórico produtivo de mais de 40 anos.
Campos maduros
Além disso, o levantamento destaca a recuperação dos campos maduros e áreas marginais, pauta importante para a bacia de Campos, localizada no Norte Fluminense, e que ainda tem muito a contribuir com relação à produção. Essa região, após atingir em 2022 o menor volume de produção, desde 1996, em torno de 480 mil barris/dia, a bacia de Campos recuperou a sua produção em 2023 e já atinge 700 mil barris/dia.
"A aplicação de soluções para a melhoria do fator de recuperação e produtividade desses campos maduros e marginais, fez com que em um período de um ano e meio, a produção da bacia de Campos aumentou na ordem de 220 mil barris/dia, equivalente a uma plataforma grande de petróleo a ser instalada no pré-sal na bacia de Santos", destaca a gerente-geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, Karine Fragoso (foto).
Ainda segundo o estudo, os números atualizados referentes às reservas provadas cresceram em 2023 em relação ao ano anterior. O Rio, por exemplo, expandiu seus volumes em 9%, alcançando 13,6 bilhões de barris. Já os volumes nacionais cresceram 7%, alcançando 15,9 bilhões de barris. A representatividade estadual de reservas provadas manteve o patamar produtivo, cerca de 86% do total nacional.
Lançamento do estudo
O lançamento do Anuário do Petróleo no Rio 2024 ocorre nesta terça-feira (13/8), a partir das 15h na sede da Firjan, no Centro do Rio. A abertura do evento contará com a presença do secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis no MME, Pietro Adamo Sampaio Mendes; do diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia; doo secretário de Energia e Economia do Mar do estado do Rio de Janeiro, Felipe Peixoto, além do vice-presidente da federação, Luiz Césio Caetano.
Já o painel técnico, terá karine Fragoso, que apresentará o estudo; mais as participações da diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE, Heloisa Borges; do gerente-geral do Gaslub-Petrobras, Candido Luis Queiroz da Silva; da líder de Subsuperfície - Campo de Peregrino da Equinor, Thais Marcia Silveira; do gerente de Novos Negócios da Ipiranga, Vinicius Ceccarelli; do diretor executivo de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia, Hidrogênio e Petroquímica da ABIMAQ, Alberto Machado; e do presidente da ABPIP, Márcio Félix.
IstoÉ Online - SP 13/08/2024
As incertezas que pairam sobre a economia chinesa atrapalham o crescimento da demanda por petróleo em 2024, segundo o relatório mensal da Opep, que revisou por uma pequena margem as previsões anteriores publicadas em junho.
O cartel dos países exportadores de petróleo afirmou, no entanto, que o crescimento da demanda segue sendo muito sólido.
“O crescimento previsto da demanda mundial por petróleo para 2024 foi revisado ligeiramente para baixo, em 135.000 barris diários em relação ao mês passado, a 2,1 milhões barris diários (mb/d), muito acima da média histórica de 1,4 milhão de barris diários (mb/d) observada antes da crise do covid-19”, afirma o relatório publicado nesta segunda-feira (12).
A causa principal, de acordo com a Opep, é uma queda de expectativa em relação à demanda chinesa por petróleo, devido à “leve desaceleração” do crescimento chinês observado no segundo trimestre de 2024 após um crescimento de 5,3% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Essa preocupação com a economia chinesa “contribuiu para pressionar os preços para baixo”, segundo a Opep, que aponta que “entre maio e julho, os preços do petróleo caíram”.
Para este ano, a Opep prevê uma demanda de 104,32 milhões de barris diários e de 106,11 mb/d para 2025, o que representa um aumento de 1,8 mb/d, impulsionado principalmente pelos países pertencentes à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
IstoÉ Dinheiro - SP 13/08/2024
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve suas expectativas para a oferta de combustíveis líquidos e o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, em relatório mensal publicado nesta segunda-feira, 12.
A Opep espera que a oferta de combustíveis líquidos do Brasil suba 100 mil barris por dia (bpd) neste ano, para uma média de 4,3 milhões de bpd.
Para o próximo ano, a projeção é de alta de 180 mil bpd, a 4,5 milhões de bpd.
Ambas as projeções permaneceram inalteradas em relação a última publicação.
O cartel também manteve o Brasil como um dos três países de fora da Opep que mais deverão impulsionar o avanço da oferta global em 2024, atrás apenas de EUA e Canadá.
A produção brasileira de petróleo bruto subiu 88 mil bpd em junho, à média de 3,4 milhões de bpd, apontando uma recuperação mais lenta do que a esperada, segundo a Opep, graças à “manutenção extensiva e problemas operacionais”.
Já a produção total de combustíveis líquidos avançou 85 mil bpd em junho, para uma média de 4,2 milhões de bpd.
PIB
Em relação ao PIB, o cartel prevê que o Brasil crescerá 1,8% neste ano, avanço ante o 1,6% do relatório anterior.
A expectativa é de avanço de 1,9% no próximo ano, a mesma da última publicação, mas a Opep nota que há possibilidade de revisão para cima, se o BC do Brasil retomar flexibilização monetária em setembro.
Money Times - SP 13/08/2024
A Petrobras (PETR4) recebeu um total de 14 recomendações em carteiras para agosto, segundo levantamento realizado pelo Money Times com 23 bancos e corretoras. A estatal foi a campeã de indicações considerando apenas o setor de óleo e gás – no ranking geral, a empresa ficou em segundo lugar.
Logo abaixo da Petrobras no pódio ficou a Prio (PRIO3), com 11 recomendações, seguida pela 3R Petroleum (RRRP3), com duas menções. Outras companhias do setor não apareceram no levantamento com indicações.
O Safra, que segue com a Petrobras na carteira, comentou que os resultados da estatal continuarão robustos no curto e médio prazo e que a empresa manterá uma boa capacidade de distribuição de dividendos.
Na semana passada, a Petrobras informou um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, mas ressaltou que o resultado foi afetado por eventos não recorrentes. A empresa também anunciou o pagamento R$ 13,57 bilhões em dividendos.
O Santander apontou para uma resiliência da companhia, com as operações de baixo custo do pré-sal e abordagem pragmática na precificação doméstica de combustíveis. “2024 ainda será marcado por resultados decentes pelo foco em Exploração & Produção (E&P) e margens de refino positivas”, disse.
O BTG Pactual trocou a estatal pela Prio na carteira de agosto, mas ressaltou que não está pessimista com a gigante de óleo e gás. “A empresa oferece um bom potencial de carrego, juntamente com possíveis surpresas positivas em sua geração de caixa (FCFE) em 2025 e 2026”, disse.
No entanto, para o banco, a Prio apresenta uma combinação melhor de maiores oportunidades de crescimento orgânico, múltiplos atraentes e potenciais catalisadores positivos no curto prazo, como a resolução da greve do Ibama e fusões e aquisições geradores de valor.
Revista Manutenção e Tecnologia - SP 13/08/2024
A produção de máquinas agrícolas deverá recuar 24% em 2024 na comparação com o ano passado, quando foram produzidas 63 mil unidades, de acordo com as projeções da Boschi Inteligência de Mercado.
A empresa também elaborou estudo para entender como será a produção de equipamentos agrícolas no Brasil de 2023 até 2028, mostrando que no segmento de tratores o cenário seguirá estável, no de colheitadeiras deverá haver recuo de 6% e no de pulverizadores prevê-se recuo de 1%.
Alguns fatores pesam para a estabilidade ou queda da produção até 2028, segundo a consultoria: o menor poder de compra dos agricultores por causa da valorização do real perante ao dólar, moeda pela qual as safras são negociadas, o que contribui para a postergação de novas aquisições, e o aumento de produtividade das máquinas mais modernas, permitindo que ocorra crescimento no plantio mesmo sem a ampliação da frota.
A safra 2023/2024 também pesou para o adiamento das compras, pois deverá ser 6,4% menor do que a anterior, somando 299,3 milhões de toneladas, ainda que alguns segmentos registrem crescimento no período.
Para a safra 2024/2025 o cenário muda e a expectativa é de aumento no plantio, devido ao maior volume de recursos disponíveis por meio do Plano Safra, que possui orçamento recorde desde que foi criado.
Com base nos dados da primeira edição da Pesquisa SAE BRASIL, Caminhos da Tecnologia no Agronegócio, 48% dos agricultores pretendem renovar seus tratores em um período de um a três anos, 21% demorarão de três a cinco anos e outros 21% trocarão apenas daqui cinco a sete anos. Em colheitadeiras 39% pretendem trocar de um a três anos, 12% de três a cinco anos e 27% de cinco a sete anos.
Os demais agricultores que participaram da pesquisa afirmaram que renovarão suas máquinas daqui sete anos ou mais.
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