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13 de Julho de 2023

SIDERURGIA

Valor - SP   13/07/2023

A sessão teve volatilidade acrescida por conta do vencimento de opções sobre o índice

O ímpeto comprador visto nos primeiros negócios desta quarta-feira, após dados de inflação surpreenderem para baixo nos EUA, se esvaiu à tarde e o Ibovespa encerrou a sessão praticamente estável. No entanto, uma nova alta das empresas exportadoras de commodities metálicas impediu que o referencial encerrasse o dia no vermelho. A sessão teve volatilidade acrescida por conta do vencimento de opções sobre o índice.

No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,09%, aos 117.666 pontos. Na mínima intradiária, o índice à vista tocou os 117.557 pontos e, na máxima, os 119.156 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 15,51 bilhões no Ibovespa e R$ 55,64 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,74%, aos 4.472 pontos, o Dow Jones fechou em alta de 0,25%, aos 34.347 pontos e oO investidor global começou a sessão tomando risco após o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos e seus núcleos registrarem altas de 0,2% em junho ante maio, enquanto analistas consultados pelo “The Wall Street Journal” esperavam avanços de 0,3%. Isso deu fôlego aos ativos locais e ao Ibovespa nos primeiros negócios, mas a dinâmica perdeu força ao longo do dia.

Flávio Aragão, sócio da 051 Capital, argumenta que o mercado local avançou muito rápido nos últimos meses e que agora passa por um natural ajuste de posições. "Os juros futuros pararam de cair e o noticiário não tem sido forte o suficiente para impulsionar ganhos adicionais. Acredito que essa lateralização dos ativos locais pode continuar no curto prazo, a não ser que a taxa básica caia mais rápido do que o mercado está esperando", diz.

Nessa linha, o executivo aponta que investidores podem estar embolsando parte dos lucros conquistados nos papéis ligados à economia local para voltar a aportar em papéis ligados às commodities. A expectativa por mais auxílios do governo chinês ao setor imobiliário voltou a impulsionar mineradoras e siderúrgicas por aqui: Vale ON subiu 0,71%, Gerdau PN avançou 2,09% e CSN ON teve alta de 1,37%.

Em relatório, analistas do BTG Pactual enxergam ponto de entrada no setor. Segundo eles, as ações do setor têm sido uma importante fonte de "funding" (com investidores operando vendidos para investir em outros setores) dentro do Ibovespa neste ano e que, apesar de entenderem o racional, acreditam que a dissociação em relação ao índice provavelmente foi longe demais.

"Os valuations estão começando a parecer mais atraentes; a proposta de valor relativo versus alguns dos melhores desempenhos no índice está aumentando; o setor já está precificando uma recessão e o posicionamento é muito leve; e o senso de urgência da China em estabilizar o crescimento está aumentando. Nossos nomes favoritos para desempenhar uma rotação potencial incluem Gerdau e Vale".

JBS ON, por sua vez, saltou 9,05% após informar que vai propor aos seus acionistas a aprovação de uma dupla listagem de suas ações em Nova York. "Vemos a notícia como positiva dado que acreditamos que essa listagem contribuirá para a melhora da governança corporativa da companhia e viabilizará um menor custo de capital", escreveram analistas da Genial. Nasdaq registrou ganhos de 1,15%, aos 13.918 pontos.

Revista Mineração - SP   13/07/2023

Localizado na sede administrativa em Belo Horizonte (MG), espaço pioneiro da indústria do aço é referência para estimular ideias inovadoras.

O Açolab, espaço colaborativo voltado para a inovação e o desenvolvimento de ideias da ArcelorMittal, chega ao seu 5º ano de atividades no mês de julho. Para abrir as comemorações, no dia 10 de julho, ocorreu na sede da ArcelorMittal um painel com CEOs de empresas de destaque em inovação no país.

“A importância da inovação aberta para a competitividade das empresas” contou com as presenças de Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Longos e Mineração LATAM, Bruno Lasansky, CEO da Localiza&CO, e Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO. A mediação ficou a cargo de Luis Gustavo Lima, da ACE Cortex.

A atuação do Açolab, primeiro laboratório de inovação aberta da indústria do aço no mundo, está focada em aumentar a competitividade da ArcelorMittal, viabilizando novos negócios e projetos de alto valor agregado em parceria com as startups e o ecossistema de inovação.

Segundo a ArcelorMittal, nestes cinco anos, o hub está conectado a mais de 23 mil agentes do ecossistema de inovação aberta do país – entre eles 6.850 startups e diversas universidades, centros de pesquisa e outras empresas.

“Apesar do pouco tempo, a trajetória do Açolab já é caracterizada pelo pioneirismo, bons resultados e fortalecimento do ecossistema de startups, com envolvimento de clientes e parceiros”, destaca Rodrigo Carazolli, Gerente Geral de Inovação e Açolab na ArcelorMittal.

No evento, também ocorreu o lançamento do podcast sobre inovação e tech do Açolab, conduzido pelo jornalista Thassius Veloso. “”Nosso objetivo é aproximar cada vez mais a ArcelorMittal do público externo. Até o final do ano, serão 10 episódios e o entrevistado da primeira edição será anunciado durante o evento”, completa Carazolli.
Açolab

O espaço já desenvolveu novos processos, metodologias, conexões e estratégias de engajamento que favoreceram a realização de diversas iniciativas de inovação envolvendo startups, associações, universidades, centros de pesquisa, clientes e empregados.

Em 2021, a ArcelorMittal lançou o Açolab Ventures, fundo de gestão para acelerar startups e o seu ecossistema que está investindo mais de R$ 100 milhões, preferencialmente do Brasil e também da América Latina.

A ArcelorMittal busca empresas com soluções relacionadas à construção civil, experiência do cliente, matérias-primas, canais de venda, logística, produtividade, redução de custo e eficiência ambiental.

A estratégia do fundo é identificar startups que tenham solução validada e que desenvolvam novos negócios, produtos e serviços ou incorporem novas tecnologias para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor da cadeia da ArcelorMittal.

Desde o anúncio da criação do fundo, mais de 1300 startups já foram analisadas. Até o momento, o Açolab Ventures, que é gerido pela Valetec Capital, aplicou recursos em quatro startups: Sirros (IoT), Beenx (energia) e Agilean e Modularis Offsite Building, ambas do setor da construção civil.

Valor Investe - SP   13/07/2023

Ações das duas companhias já colocam em perspectiva o pior cenário de recessão, cita relatório

O sentimento negativo do mercado em torno de Vale e Gerdau parece exagerado, criando uma oportunidade de investimento interessante considerando as perspectivas de geração de fluxo de caixa e remuneração aos acionistas, diz o BTG Pactual.

Os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner escrevem que as ações das duas companhias já coloca em perspectiva o pior cenário de recessão, com investidores se posicionando em empresas do setor doméstico.

O banco afirma que há alguns gatilhos positivos para o setor, como possível aumento de recursos da China para impulsionar a economia do país e uma alavancagem baixa que vai ficar ainda mais favorável por conta da valorização do real.

“A aposta nas empresas é muito correlacionada aos preços das commodities e a tendência desde o início do ano têm sido negativa, o que reduziu estimativas do mercado”, comentam. A correlação baixa com melhora da economia do Brasil também pesa.

A Vale tem poucos gatilhos de curto prazo, com os resultados de segundo trimestre provavelmente vindo sem brilho, mas o pior momento operacional da empresa parece ter ficado para trás, vendo uma melhora no mix de produtos, observam os analistas.

A venda de participação na unidade de metais básicos por US$ 25 bilhões, cerca de 41% do seu valor de mercado atual, também é uma opcionalidade positiva que podem impulsionar as ações.

No caso da Gerdau, o BTG acredita que os temores envolvendo desaceleração na economia dos Estados Unidos estão exagerados, com spreads de metais e ritmo de pedidos ainda elevados, com investidores não precificando dividendos elevados.

O banco estima que a siderúrgica vai gerar Ebitda entre R$ 15 bilhões e R$ 16 bilhões neste ano, uma queda de aproximadamente 30% sobre 2022, mas ainda gerando um rendimento de 15% nos pagamentos aos acionistas, entre os maiores do Ibovespa.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   13/07/2023

O mercado financeiro passou por uma mudança radical na avaliação do governo, da política econômica, mas sobretudo sobre o desempenho do ministro Haddad. Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta manhã de quarta, mostra que 65% dos entrevistados do setor financeiro acham positivo o trabalho do ministro da Fazenda. Eram 26% em maio e 10% em março. Agora, só 11% avaliam Haddad negativamente.

O levantamento foi feito pela Genial/Quaest com 94 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro de fundos de investimento com sede no Rio de Janeiro e São Paulo entre os dias 6 e 10 de julho.

Essa pesquisa já foi feita três vezes este ano. No começo, a avaliação do governo era horrorosa. Em março, 90% avaliavam negativamente o governo Lula e nenhum, zero mesmo, avaliava positivamente. Agora o negativo caiu para 44%, o positivo subiu para 20% e 36% acham que é regular.

A opinião sobre a política econômica também mudou: se em março 98% achavam que estava indo na direção errada, agora são 53%. Os que achavam que estava no rumo certo eram apenas 2% na primeira pesquisa. Agora são 47%.

Questionados quais a expectativa em relação à economia nos próximos 12 meses, os representantes do mercado se mostram otimistas pela primeira vez nas três pesquisas realizadas pela Quaest. No primeiro levantamento, 78% achavam que ia piorar, agora são 21%. Já os que acham que vai melhorar passaram de 6% em março para 53% em julho.

A decisão de manter a meta de inflação, tomada pelo Conselho Monetário tem amplo apoio: 94% concordaram com a decisão de manter e 81% consideram positiva a adoção da meta-contínua.

O Banco Central e Roberto Campos Neto mantêm a boa avaliação que sempre tiveram do mercado, com algumas mudanças interesantes. A última decisão do Copom de manter a Selic a 13,75% foi a decisão certa para 87% foi certa. Mas em março era apoiada por 95%. Agora 13% acham que foi errada e em março, apenas 5% discordavam do BC.

A maioria (55%) avaliou que o tom da ata após a reunião do Copom foi otimista, 37% acham que foi neutro e só 10% acham que foi pessimista. Isso significa que a maioria espera que haja queda da Selic, já que avaliam que o tom foi otimista. Boa é a resposta à pergunta: “Você acredita que a taxa Selic cairá ainda este ano?” A resposta é 100% acham que sim. E mais: 92% acham que cai agora na próxima reunião, nos dias 1 e 2 de agosto.

No levantamento, 86% avaliam a atuação de Roberto Campos Neto como positiva este ano, e 7% acham negativa. No entanto, se dizem preocupados com a futura indicação do presidente Lula à presidência do BC: 71% se dizem muito preocupados e 27% pouco preocupados. Gabriel Galípolo, que toma posse nesta quarta-feira como diretor de Política Monetária do Banco Central, é apontado como possível candidato ao cargo de Campos Neto após o fim do seu mandato, em dezembro de 2024.

A pesquisa perguntou ainda sobre reforma tributária, aprovada recentemente na Câmara Federal e agora analisada no Senado. Para 66% dos entrevistados, a reforma vai aumentar o bem estar da população, enquanto isto, 34% creem que vai diminuir. Após todo processo de aprovação da reforma, 54% opinam que a taxa de juros vai diminuir e 45% acham que vai ficar igual. A maioria concorda que o maior impacto da reforma tributária será a diminuição da guerra fiscal entre os estados.

As eleições também foram tema da pesquisa e, pelo visto, o mercado acredita que polarização vai continuar. O questionário perguntou aos agentes do mercado financeiro se, em 2026, haverá algum candidato viável que não seja ligado nem a Lula nem a Bolsonaro: 57% acreditam que não e 43% que sim, patamar parecido com a pesquisa de maio. E 74% consideram que Bolsonaro deveria apoiar Tarcísio.

Para finalizar, os líderes políticos foram avaliados. O presidente Lula, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ex-presidente Bolsonaro, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foram os nomes em que os entrevistados confiam pouco/nada.

Por outro lado, Roberto Campos Neto, Tarcísio de Freitas , Romeu Zuma e Fernando Haddad foram apontados como os nomes em que os agentes do mercado confiam muito.

Infomoney - SP   13/07/2023

Os dados da inflação ao consumidor americana em junho vieram abaixo da mediana das estimativas e mercado, tanto no índice cheio como nas medidas de núcleo do indicador. Para os economistas, essa trajetória benigna dos preços é positiva para as definições de política monetária pelo Federal Reserve. Embora a atual desinflação não altere a projeção de que uma nova alta de 0,25 pontos-base será aplicada no final do mês, começam a pairar dúvidas se uma nova pausa ou até a interrupção do ciclo restritivo possa ser adotada em setembro.

O CPI do mês mostrou alta de 0,2%, ficando em 3,0% no acumulado de 12 meses, enquanto o núcleo da inflação, que que exclui variações de preços de alimentos e de bebidas, subiu os mesmo 0,2% na margem, desacelerando de 5,3% para 4,8% na leitura acumulado de 12 meses.

Matheus Pizzani, economista da CM Capital, destacou exatamente o comportamento misto apresentado pelos preços mais voláteis no mês. Ele lembrou que, enquanto os alimentos desaceleraram de 0,2% para 0,1% no comparativo mensal, o grupo de energia registrou crescimento de 0,6% em seus preços, retomando território positivo após deflação de 3,6% em maio.

“O grupo vem apresentando comportamento errático ao longo dos últimos meses, com o nível de preços oscilando constantemente entre crescimentos tímidos e deflações mais agudas, sendo de pouca utilidade para avaliação do cenário atual da inflação norte-americana”, ponderou.

Assim, ele afirmou que as atenções devem ser voltadas para o núcleo da inflação, que em junho apresentou um comportamento muito mais positivo do que nos demais meses de 2023.

“A desaceleração pôde ser sentida nos componentes que envolvem bens industriais, onde o destaque ficou por conta da deflação de 0,5% no preço de automóveis seminovos e pela não variação nos preços de automóveis novos”, comentou.

Ele citou ainda os preços de serviços de transportes, extremamente sensíveis às variações do ciclo econômico, que desaceleraram de 0,8% para 0,1%. Já os preços de habitação, cuja rigidez tem sido marca registrada do CPI norte-americano ao longo do último ano, arrefeceram de forma mais branda, de 0,6% para 0,4%.

Para Pizzani, essas melhorias supracitadas não são evidência suficiente para se considerar a possibilidade de reversão do atual ciclo de política monetária implementado pelo Fed.

“Os mesmo grupos que forneceram importantes contribuições no comparativo mensal, como habitação e transportes, seguem operando em patamares extremamente elevados em seu acumulado anual, sinalizando que a missão da autoridade monetária ainda está longe de ser cumprida”, analisou.

O economista alertou ainda que a desaceleração da economia certamente demandará ao menos mais um aumento residual na taxa de juros, cenário que pode se agravar a partir do momento em que fatores sazonais, como a mudança climática provocada pela entrada do inverno no hemisfério norte, causem alguma deterioração adicional à trajetória do CPI.
Habitação preocupa

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, também considera que a melhora observada em junho não deva ser suficiente para que o Fed meu seus planos de subir os juros em 0,25% neste mês. Mas afirmou que pode levantar uma dúvida sobre os próximos passos, se vai ser possível parar as altas em 5,5% ou se ainda existe chance de chegar em 5,75%.

“Acho que os dados de inflação mais baixos vão deixar o mercado dividido. Pode ser que o BC americano pause novamente em setembro e aí em novembro subiria novamente, parecido com o que aconteceu recentemente”, cogitou.

Embora a leitura geral sobre o CPI tenha sido positiva, Cruz considerou que a composição do índice ainda não está muito boa. “A gente segue vendo pressão na parte de moradia, que representa mais de 20% da inflação americana. Ela até desacelera, de 0,6% para 0,4%, mas durante esses primeiros seis meses do ano ela continuou subindo em ritmos bem altos comparado a outros itens”, disse.

Ele afirmou que é possível observar alguma descompressão em preços mais voláteis, mas que em outros itens ainda há uma resistência grande, o que será desafio para o Fed no 2º semestre.
“Entendo que vai ser suficiente para que eles não mexam na taxa de juros no sentido de corte tão cedo. Este ano é praticamente descartado e, durante o 1º trimestre do ano que vem, eles também vão se sentir bem pressionados. O mercado de moradias, de aluguéis, precisa descomprimir para que eles consigam ir nessa direção de corte de juros”, disse.

O economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles, também destacou que boa parte da pressão baixista da inflação derivou de itens voláteis, como passagens aéreas e veículos usados. “A composição do índice mostra que o setor de bens, mais afetado pelos juros, já não é mais uma preocupação. A inflação de serviços, por outro lado, continua sendo um desafio, já que o mercado de trabalho norte-americano segue aquecido”, comentou.

A projeção de Salles para as reuniões do Fomc é um pouco mais conservadora, com estimativa de 0,25 ponto percentual em junho e um outro aumento de mesma magnitude antes do final do ano, elevando a taxa ao final de 2023 para o intervalo de 5,5% a 5,75% ao ano.” Acreditamos que os juros devem permanecer elevados por um bom tempo e que o início do ciclo de cortes deve se iniciar apenas no final de 2024”, previu.

Andressa Durão, economista da ASA Investments, alertou que os dados estão sob grande efeito base, que atuará no sentido contrário em julho, mas afirmou que a desaceleração da inflação é clara, com as principais medidas de núcleo cedendo. “Não acreditamos em um retorno rápido da inflação para a meta de 2,0%. Pode ficar ao redor de 3% por um bom tempo”, disse.

Para o Fed, Andressa acredita que, diante das últimas surpresas baixistas, faz sentido que entreguem somente a alta de julho, embora não esteja descartada uma surpresa do lado “hawk”. A economista comentou que, ao adotar a estratégia de pular uma reunião antes de realizar uma alteração nos juros, o BC americano ganhou tempo para ver se precisa ou não de uma segunda alta.

Andrea Damico, sócia e economista-chefe da Armor Capital, viu surpresas positivas tanto na inflação de bens como na de serviços em junho. Ela destacou que chamado “supercore” de serviços, que exclui as variações de habitação e que o Fed observa com atenção, ficou quase zerado no mês (-0,01%). “Joga bastante a favor do nosso cenário de apenas mais uma alta de juros, sem a necessidade de uma segunda, como Fed colocou nos ‘dots’ (projeções)”, afirmou.

Para André Cordeiro, economista-sênior do Banco Inter, de modo geral, a tendência de desinflação nos EUA continua, mas o bom resultado não deve mudar os rumos da próxima reunião do Fomc, no final do mês. “Os dados de mercado de trabalho ainda mostram o emprego bastante aquecido, o que deve levar o Fed a aumentar os juros em mais 25 pontos-base. Por outro lado, uma alta adicional começa a ficar incerta, dado o ritmo de desinflação”, estimou.
Núcleo ainda alto

Alexandre Lohmann, Estrategista Chefe da Constância Investimentos, também viu sinais positivos vindos dos núcleos e do supernúcleo de inflação. Mas ponderou eu eles ainda são mais que o dobro da meta de inflação (3,99% e 4,8%, respectivamente).

“O resultado abaixo do esperado não parece ser suficiente para reverter o anúncio de alta de 0,25% dos Fed Funds na próxima reunião, mas confirma o cenário da curva de juros, que não precifica um aumento de 0,25% na reunião subsequente”, apontou.

Para Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury, o recuo do núcleo da inflação será uma notícia particularmente bem-vinda para o Fed, pois sugere que o ciclo de aperto ultra agressivo do banco está finalmente gerando frutos.

“Ainda há um longo caminho a percorrer até que as pressões subjacentes sobre os preços retornem à meta, embora a noção de que quase todas as métricas da inflação dos EUA estão tendendo na direção certa seja muito reconfortante para as autoridades”, comentou.

As recentes comunicações das autoridades do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, sugerem que outro aumento de 25 pontos-base na taxa seja altamente provável no final deste mês. No entanto, aumentos adicionais não são garantidos.

“Estamos cada vez mais confiantes de que o aumento de julho será o último do ciclo atual, antes do início dos cortes nas taxas em algum momento do primeiro semestre de 2024. Acreditamos que esse ‘pivot dovish’ deve abrir a porta para uma queda adicional do dólar norte-americano nos próximos meses.”

Mas segundo André Diniz, economista da Kinea Investimentos, os núcleos do CPI anunciado hoje mostram uma perspectiva mais tranquila para o Fed porque já rodam mais próximos do que os salários da economia indicam na margem. Para ele, os preços de aluguéis bem mais contidos e os preços de carros usados e de outros itens caindo no atacado contratam para julho e agosto números mais tranquilos.

“A gente está falando de uma inflação que, recentemente, estava rodando próxima de 4,5% a 5% anualizados nessas métricas de núcleos, que vão começar a rodar mais próximos de 2,5% a 3% nos próximos meses. Então, esses números dão muito mãos conforto para o Fed”, detalhou.

Ele lembrou que o Fed praticamente se programou para dar mais uma alta de juros daqui a duas semanas, mas se a inflação vier conforme o esperado, que é esse número mais próximo de 2,5% anualizado, ou algo como 0,20%na margem nos próximos meses, vai colocar em questão se o Fed entregará ou não a última alta que ele tem programada. A economia começando a mostrar alguns sinais de crescimento mais fraco na margem ajudam nessa leitura, segundo Diniz.

O Estado de S.Paulo - SP   13/07/2023

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,08% em junho passado. Tratou-se da menor variação para o mês desde 2017, segundo o IBGE. Divulgado no último dia 11, o indicador trouxe mais substância às projeções sobre o possível início da flexibilização da taxa básica de juros, a Selic, em agosto. O resultado, grosso modo, mostrou-se positivo. Mas, a bem da verdade, a deflação foi menos robusta do que a esperada pelo mercado.

Esse desapontamento repercute na estimativa para a inflação de janeiro a dezembro de 2023. No meio desse caminho, o IPCA dos 12 meses encerrados em junho fechou em 3,16% e enquadrou-se no centro da meta de inflação, de 3,50%. Porém, ficou 0,02 ponto porcentual abaixo da média das projeções de mercado, o que fará diferença. Como a expectativa é de avanço do IPCA a partir de agosto, o indicador anual pode até roçar o teto da meta inflacionária, de 4,75%. Mas dificilmente se aproximará de seu centro.

Cálculos como esse e outros bem mais complexos serão discutidos pelos diretores do Banco Central na reunião de 1.º e 2 de agosto, quando decidirão o rumo da Selic. A deflação de junho pode contribuir para a redução de 0,25 ponto porcentual na atual taxa básica de juros, de 13,75% ao ano. Mas não seria suficiente, segundo análises de grandes bancos privados, para um corte mais incisivo. Como a cautela deve nortear a avaliação do Copom, poder-se-á comemorar se a Selic cair para 13,50% ao ano em agosto.

A deflação morna de junho deveu-se à queda menor do que a esperada no núcleo da inflação de serviços. Os dados do mês refletiram ainda dois fatores artificiais. O primeiro foi o programa federal de redução de preços de carros populares, que provocou recuo de 2,76% nos preços de veículos novos no mês. O segundo fator foi o efeito da redução da alíquota de PIS/Cofins sobre os preços da gasolina e do etanol. A medida, que vigorou até 26 de junho, puxou os preços desses combustíveis para baixo em 1,85% no mês.

Ao consumidor, a deflação de junho não poderia ter sido mais bem-vinda, depois de nove meses seguidos de avanço nos preços. Houve retração de preços em 4 dos 9 grupos de bens e serviços analisados e em 11 das 16 regiões metropolitanas incluídas na pesquisa do IBGE. A deflação foi puxada especialmente pelo recuo de preços nos setores de alimentos e bebidas e transportes, que pesam nos orçamentos familiares.

Diante da resiliência da inflação nas maiores economias globais, a tendência de o IPCA convergir pelo menos para o teto da meta fixada para este ano é boa notícia. O resultado favorável nos 12 meses encerrados em junho deve ser atribuído ao fato de o Banco Central ter resistido a apelos e gritarias políticas e mantido o trilho da gestão técnica da política monetária. Não se espera que a autoridade monetária mude essa diretriz, mas que o governo faça sua parte na área fiscal. Não há mágica.

O Estado de S.Paulo - SP   13/07/2023

Ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil de 2007 a 2011, o consultor Welber Barral avalia com preocupação a possibilidade de tributação das exportações pelos Estados, aberta no texto da reforma tributária aprovado na Câmara dos Deputados.

Em entrevista ao Estadão, Barral alerta que, se os governos estaduais tributarem as exportações de produtos básicos e semielaborados, uma nova guerra fiscal estará instalada no País.

“Vai acontecer o que ocorreu na Argentina. Não vai ter investimentos nos setores exportadores. Ou vai ter outra guerra fiscal, porque os exportadores vão para os Estados que não tributam”, prevê Barral, sócio da BMJ consultoria de comércio internacional.

Ele afirma ainda que falta uma definição na proposta sobre o futuro do sistema de drawback. Por esse regime especial de tributação, usado por 40% dos exportadores de manufaturados brasileiros, o pagamento de impostos de importações de insumos para produtos que serão exportados é suspenso. É um mecanismo que existe no Brasil desde a década de 1960. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Qual a sua avaliação do texto aprovado na Câmara da reforma tributária, sob o ponto de vista do comércio exterior?

Como análise geral, a reforma é muito importante. O Brasil precisa de uma reforma tributária porque o sistema, como é hoje, é inadministrável em razão do grau de insegurança jurídica, do número de tributos e da complexidade. O Brasil precisa fazer alguma coisa. É muito difícil pensar em fazer um sistema pior do que existe, porque ele é horroroso. O comércio exterior normalmente não é o ponto principal olhado em reformas econômicas no Brasil. A economia brasileira é muito voltada para o mercado interno. Muitas vezes se passa por alto em alguns temas relacionados ao comércio exterior.
Quais são os temas que estão na reforma e causam preocupação?

A reforma prevê o fim de alguns regimes especiais. Um deles é o drawback – 40% das exportações brasileiras de manufaturados hoje dependem dele. A resposta do pessoal da reforma tributária é: a empresa vai ter a compensação (do crédito) em até 60 dias. Só que isso tem um efeito no fluxo de caixa da empresa. O pagamento dos tributos (na importação dos insumos) é suspenso pelo drawback. Quando a empresa exporta, ele não paga os impostos. Isso tem um efeito muito grande no fluxo de caixa da empresa, porque a agregação de valor é pequena. Falam que o exportador vai receber a devolução do imposto rapidamente com a reforma. Mas, se for 60 a 90 dias, já cria um impacto gigantesco para o fluxo de caixa da empresa.
Poderia dar um exemplo?

Uma empresa do setor cobre, por exemplo: Brasil não tem cobre. Ela importa o cobre a R$ 100 e o imposto incidente na importação seria mais ou menos de 40%. Ela não paga o imposto porque ela está importando com drawback. Depois, a empresa exporta a R$ 110. Com a reforma tributária, o que vai acontecer? A empresa vai ter de pagar e só quando ela exportar é que vai receber de volta. É um porcentual muito alto no fluxo de caixa. Mesmo que a devolução funcione em 60 dias (prevista no texto), o que é uma questão ainda, o impacto sobre a o fluxo de caixa é muito grande.
Como resolve isso?

Mantendo o drawback. Existe uma expressão inglesa que é muito interessante: se não está quebrado, não conserte. O drawback é uma coisa que funciona no Brasil desde a década de 60. Por que muita gente está quieta? Na verdade, o que está sendo passado agora é a emenda constitucional. Quando se chegar à lei complementar, aí o diabo está nos detalhes.
Mas é possível na regulamentação deixar o ‘drawback’ preservado sem a garantia estar no texto da PEC?

Passei o final de semana lendo o texto aprovado. Ele não fala nada de drawback. Vai poder ser feito por lei complementar? Vai ter uma discussão jurídica sobre isso. A atual Constituição também não fala.
Qual o impacto para o comércio exterior do artigo que diz que os Estados poderão criar um novo tributo sobre bens primários e semielaborados produzidos nos seus territórios para aplicar em investimentos até 2043?

Isso foi uma negociação lá com os Estados. Foi feito um acordo lá atrás que foi a lei Kandir (que desonerou o ICMS das exportações). A lei Kandir seria a compensação que a União passaria para os Estados não cobrarem nas exportações. E, desde o início da Lei Kandir, os Estados reclamam que a lei não compensa toda a arrecadação que eles perdem. Os Estados que são grandes exportadores de commodities, na verdade, tentam tributar as exportações. O Pará já tentou tributar minério. O Mato Grosso já tentou tributar carne. Eles tentam e as empresas vão para a Justiça e derrubam. Esse artigo vai ser uma polêmica futura, caso os Estados tentem tributar as exportações.
Mas é justamente para isso que negociaram a emenda que abre brecha para a tributação. Querem fazer o que os argentinos fizeram.

E é uma má decisão. Tem casos em que se justifica tributar as exportações. Mas, como foi feito pela Argentina, tem um monte de erros. Se os Estados tributarem as exportações, vai acontecer o que ocorreu na Argentina. Não vai ter investimentos nos setores exportadores. Ou vai ter outra guerra fiscal, porque os exportadores vão para os Estados que não tributam.
Em que momento justifica ter tributação de exportação?

Situações muito particulares. O que a teoria econômica diz é que tributa quando tem altas muito grandes do preço de commodities e quando você faz preço mundial.
Qual é o problema de tributação de exportações?

Além de o seu produto ficar menos competitivo no mercado mundial, esse tributo volta na cadeia produtiva. Ele é regressivo. O produtor é que acaba pagando o tributo. Na Argentina, tem um problema a mais. Impostos de importação e de exportação devem ser regulatórios. O Estado não pode ser dependente. Não tem lógica os Estados tributarem as exportações. A única possibilidade, que já tá na Constituição, de tributar a exportação seria pela União, e mesmo assim, em situações muito particulares. Permitir que Estados tributem a exportação vai gerar insegurança jurídica para os exportadores e gerar uma nova guerra fiscal.
De que forma haverá uma guerra fiscal?

O que vai acontecer: imagina se você é um produtor de gado no Mato Grosso e o Estado coloca alguma tributação sobre a exportação de carne in natura. O que você vai fazer é exportar esse boi para São Paulo ou para Santa Catarina para ter a compensação do imposto interestadual e não ter o tributo sobre a exportação. Os Estados vão criar mecanismos para beneficiar exportadores em detrimento de outros Estados.

O Estado de S.Paulo - SP   13/07/2023

O ambiente da economia dá sinais de melhora. Mas ainda sobram dúvidas se trata-se apenas de novo voo de galinha ou se, finalmente, o que estava empacado vai dar voo de cruzeiro.

A inflação, que há um ano chegou em 11,8% em 12 meses, caiu para 3,16%, graças à evolução negativa dos preços (de 0,08%) em junho deste ano. E aumentam os observadores que já apostam em inflação na meta no fim de 2023, ou seja, em 4,75%, incluída aí a margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para além do olho da meta (3,25%).

A renitente inflação de serviços é obstáculo para que se projete um corte de mais de 0,25 ponto porcentual nos juros básicos, hoje em 13,75% ao ano, na decisão do Copom no próximo dia 2 de agosto. Mas pode ser o início de novo ciclo de queda dos juros.

O Banco Central já vinha repetindo nos seus comunicados que a elevada inflação nos países líderes atuava contra uma flexibilização maior da política monetária. Mas, nesta quarta-feira, a inflação nos Estados Unidos veio abaixo do esperado, o que afastou os temores de um reforço nos juros pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. A trajetória do dólar pode ser de queda – o que também ajuda a conter os preços dos importados no Brasil.

Por falar em cotação do dólar, agora ao redor dos R$ 4,80, é preciso dar importância às excelentes condições do Balanço de Pagamentos do Brasil. A Conta de Comércio é fortemente positiva, graças às exportações de commodities. E as perspectivas de entrada de moeda estrangeira para investimentos neste ano se mantêm à altura dos US$ 65 bilhões a US$ 80 bilhões. Além disso, o País conta com reservas externas de US$ 343,6 bilhões.

O desempenho da agropecuária continua forte. Ainda que o excelente resultado do primeiro trimestre não se repita nos seguintes, já podemos contar com um avanço do PIB de algo acima dos 2%. Os analistas consultados pelo Banco Central cravam 2,19% de aumento da renda, bem acima do 0,8% apontado no início do ano.

Há mais três fatores que ajudam a alavancar o otimismo com a economia. O mais importante deles foi a aprovação do primeiro estágio da reforma tributária pela Câmara dos Deputados. Apesar de jabutis e excessivas concessões enxertados no texto-base, que podem ser corrigidos pelo Senado, trata-se de avanço esperado há mais de 30 anos.

Na área fiscal, mais progressos. O primeiro é o bom encaminhamento dado ao arcabouço fiscal, que substituirá o teto dos gastos. O outro é a solução política obtida sobre o voto de qualidade em casos de empate nos julgamentos examinados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Será esse conjunto de fatores suficiente para alavancar a retomada sustentável da atividade econômica? Em princípio, sim. Mas os riscos estão aí. O primeiro deles é o de que o PT volte a emplacar lambanças, como o excesso de intervencionismo na política econômica, a reversão da modernização das relações de trabalho e a imposição de nova carga protecionista à produção industrial.

Infomoney - SP   13/07/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem “cartas na manga” para aumentar a receita do governo sem elevar impostos no ano que vem, segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

“Sei de pelo menos três que aumentariam receita sem aumentar impostos. São recursos excepcionais para o ano que vem, que é um ano difícil”, disse ela em entrevista à GloboNews, após ser questionada se havia possibilidade de um novo déficit primário nas contas públicas em 2024, dado que o plano do governo era fechar o ano que vem com um resultado equilibrado.

Segundo a ministra, a chance de um déficit primário em 2024 existe, mas a perspectiva ainda é de que será possível zerar o resultado negativo no ano que vem desde que as reformas econômicas sejam aprovadas – em particular a que devolve ao governo a vantagem nos julgamentos empatados no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e a reforma tributária – e que a taxa básica de juros, a Selic, caia.

“Passar de -1,0% para zero, com essas cartas na manga caso se efetivarem, vai ser possível. Na pior das hipóteses, nós não fechamos no núcleo, mas ficamos dentro da banda”, com déficit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), disse Tebet.
‘Bala de prata’

A ministra ressaltou a necessidade de aprovação da reforma tributária, e classificou a medida como uma “bala de prata” e a “salvação da lavoura” para impulsionar o crescimento do Brasil e melhorar o quadro fiscal.

Para Tebet, a reforma tributária é a “única forma” de o Brasil crescer de forma sustentável. “Vai tributar menos o consumo, então vai garantir inclusão social, justiça social, para quem mais precisa pagar menos impostos, e vai fazer com que setor empresarial passe a pagar menos imposto e seja mais competitivo com a indústria estrangeira”, acrescentou.

 

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   13/07/2023

Os contratos futuros do minério de ferro se fortaleceram pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira, impulsionados pela esperança de mais estímulos para o setor imobiliário na China, embora analistas prevejam uma queda nos preços no curto prazo.

O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 2,6%, para 825,0 iuanes (114,69 dólares) por tonelada métrica.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em agosto subiu 3,1%, para 109,0 dólares por tonelada métrica.

Os preços do minério de ferro foram impulsionados por notícias publicadas por jornais financeiros estatais da China sobre a perspectiva de mais medidas de apoio ao setor imobiliário, após o anúncio na segunda-feira de um plano de alívio de empréstimos para desenvolvedores, disse o National Australia Bank em nota.

O banco central da China estendeu até o final de 2024 algumas medidas de um pacote de resgate anunciado em novembro para fortalecer o setor imobiliário, com o suporte atual ao setor falhando em ganhar força e os mercados esperando que mais estímulos sejam lançados em breve.

Ainda assim, as vendas de casas novas nas principais cidades do país têm diminuído, com exceção de Xangai, disse a ANZ Research em nota separada.

“As medidas ainda estão aquém do que é necessário para recuperar o setor imobiliário. Acreditamos que os preços do minério de ferro continuarão caindo, a menos que medidas de apoio mais concretas sejam anunciadas”, disse Vivek Dhar, analista do Commonwealth Bank of Australia, acrescentando que qualquer impacto provavelmente será visto apenas no próximo ano.

A China divulgará uma primeira série de dados comerciais referentes a junho na quinta-feira, incluindo importações de minério de ferro e exportações de aço.

O consumo aparente de aço bruto da China deve cair 27,8 milhões de toneladas, ou 5,7% em relação ao ano anterior, para 459,8 milhões de toneladas no segundo semestre deste ano, disse a MySteel em uma nova previsão divulgada nesta terça-feira.

IstoÉ Online - SP   13/07/2023

A mineradora Vale anunciou um investimento de US$ 3 milhões na startup de biologia transformacional Allonnia, que desenvolve novos sistemas biológicos para uso em aplicações industriais. O investimento na startup, com sede em Boston (EUA), foi feito por meio da Vale Ventures, iniciativa de corporate venture capital da Vale, que participou do aumento de capital da Allonnia – a operação totalizou US$ 30 milhões.

“Na Allonnia, vemos um parceiro estratégico que pode apoiar nosso objetivo de promover a mineração com baixa pegada de carbono, usando tecnologias de ponta para ajudar a reduzir e dar uma nova destinação aos resíduos de nossos processos”, explica o head da Vale Ventures, Bruno Arcadier.

A Vale Ventures, anunciada em junho de 2022, comprometeu até hoje US$ 100 milhões em capital para investimentos em startups de tecnologia pioneiras. A iniciativa tem também uma participação na Boston Metal, startup que desenvolve soluções para a descarbonização da produção de aço.

A iniciativa da Vale se foca em tecnologias relacionadas à descarbonização na cadeia de mineração, mineração sem resíduos, metais de transição energética e mineração do futuro.

Money Times - SP   13/07/2023

A Vale Ventures, divisão de investimentos da Vale (VALE3), anunciou nesta quarta-feira (12) um investimento na startup de biologia transformacional Allonnia, sediada em Boston, nos Estados Unidos.

A Allonnia desenvolve uma biotecnologia que busca alterar como alguns processos são realizados na mineração, de maneira a reduzir o impacto ambiental e melhorar a qualidade.

Segundo comunicado da companhia, o objetivo é acompanhar a evolução dessa tecnologia e apoiar o desenvolvimento de sua aplicação na mineração.

A Vale Ventures participou da extensão do aumento de capital Série A da Allonnia – que alcançou o total de US$ 30 milhões – adquirindo uma fatia minoritária desse valor.

“Na Allonnia, vemos um parceiro estratégico que pode apoiar nosso objetivo de promover a mineração com baixa pegada de carbono, usando tecnologias de ponta para ajudar a reduzir e dar uma nova destinação aos resíduos de nossos processos”, explica Bruno Arcadier, Head da Vale Ventures.

Investimentos da Vale Ventures

O comunicado da companhia explica que a Vale Ventures está adquirindo participações minoritárias em startups focadas em quatro temas relacionados à mineração sustentável:

A Vale Ventures destaca que, ao montar um portfólio de soluções, espera gerar retornos financeiros e estratégicos que beneficiem a Vale, seus clientes e a sociedade.

Valor - SP   13/07/2023

O Grupo BHP alega que, se tiver a sua responsabilidade reconhecida pela justiça inglesa, a Vale também deve ter sua responsabilidade e teria que arcar com, no mínimo, 50% dos custos das indenizações

A Justiça da Inglaterra começou hoje (12) e continuará na quinta-feira as audiências para decidir se a Vale será incluída como ré na ação coletiva que é movida contra o Grupo BHP Austrália e o Grupo BHP Reino Unido, por prejuízos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. O rompimento da barragem causou a morte de 19 pessoas e uma tragédia socioeconômica e ambiental sem precedentes. A decisão da Justiça sobre essa etapa do processo não tem ainda uma data pré-estabelecida.

A ação é movida atualmente por mais de 720 mil pessoas que se declaram vítimas dos efeitos do rompimento da barragem que pertencia à Samarco - que tem como sócias a Vale e a BHP. As vítimas pedem indenização da ordem de US$ 44 bilhões (R$ 230 bilhões). O pedido foi feito contra o Grupo BHP por ter sede em Londres. Foi a própria BHP que entrou com recurso na Justiça para que a Vale seja considerada como parte no processo.

A Vale entrou com recurso, questionando a jurisdição do tribunal inglês para julgar o caso.

Na audiência de hoje, que começou por volta das 10h em Londres, a Vale foi a primeira a falar. Segundo fontes a par do assunto, os advogados da mineradora brasileira falaram até as 15h30 no horário de Londres, apresentando argumentos para que a corte inglesa reconheça que não tem jurisdição para julgar a causa.

Boa parte dos argumentos usados pela Vale já foram adotados pela BHP em fases anteriores do processo, quando questionou o fato da ação ser movida em Londres, enquanto já havia um acordo de reparação no Brasil e boa parte das indenizações às famílias das vítimas já foram pagas. Mas a decisão da Suprema Corte foi desfavorável à BHP e o processo segue em andamento.

Os advogados da BHP começaram a responder perguntas no fim da sessão e devem continuar a apresentar seus argumentos na quinta-feira.

Nesta etapa em questão, as vítimas não falam nas audiências. Hoje, um grupo de indígenas das etnias Krenak, Pataxó, Tupiniquim e Guarani fizeram um protesto em frente à Technology and Construction Court, em Londres.

O Grupo BHP alega que, se tiver a sua responsabilidade reconhecida pela justiça inglesa, a Vale também deve ter sua responsabilidade e teria que arcar com, no mínimo, 50% dos custos das indenizações. Isso porque, além da Vale ser dona de 50% da Samarco, 27% dos rejeitos que estavam na barragem de Fundão foram depositados pela Vale, apurou o Valor.

A Justiça pode tomar uma decisão nesta quinta-feira, mas a expectativa das partes é que seja pedido um prazo para analisar os argumentos. Não há uma data pré-estabelecida para que a decisão sobre a inclusão da Vale no processo seja tomada.

A previsão é que, em outubro de 2024, a Justiça comece o julgamento do mérito da ação. As empresas defendem que grande parte das vítimas que pedem indenização na ação em Londres já foram indenizadas no Brasil e também há uma série de processos judiciais já em andamento nos tribunais brasileiros. Do lado das vítimas, o argumento é que a justiça brasileira tem sido muito lenta para julgar o caso e permitir que as vítimas sejam reparadas por seus danos.

Antes da decisão final, a Justiça de Londres também precisará decidir se aceitará todas as 720 mil vítimas. Boa parte das pessoas que entraram mais recentemente na ação nunca processaram as empresas no Brasil, nem estão cadastradas como atingidas pela Fundação Renova — instituição responsável pela gerência das ações de reparação e pagamento das indenizações.

Pela legislação brasileira, o prazo para mover uma ação de indenização nesses casos é de três anos. Após esse prazo, o crime prescreve.

Outro fator é a repactuação do acordo de Mariana, em discussão no Brasil pelo governo federal, pelos governos de Minas Gerais e Espírito Santo, por órgãos de Justiça e pelas empresas.

A repactuação do acordo tem por objetivo acelerar a reparação aos atingidos e pode resolver questões que também constam no processo que corre na Inglaterra.

Depois que a Justiça inglesa definir, em outubro de 2024, se a BHP é responsável ou não pelos danos causados aos atingidos, o processo entrará em uma nova fase, quando serão avaliados os pedidos individuais — quais são procedentes e quanto cada um deveria receber de indenização. Essa fase provavelmente deve se arrastar para 2025.

Procurada, a BHP afirmou em nota que refuta integralmente os pedidos formulados na ação instaurada no Reino Unido e continuará a se defender no processo, que, segundo a empresa, “duplica questões cobertas pelo trabalho da Fundação Renova ou são objeto de processos judiciais em andamento no Brasil”.

A BHP também afirmou que o pedido de inclusão da Vale foi uma “medida processual necessária, uma vez que a Vale não consta como ré na ação movida no Reino Unido. Caso a defesa da BHP não seja acolhida e haja uma ordem de pagamento no processo inglês, a Vale deverá contribuir com no mínimo 50% de qualquer valor a ser pago”.

A BHP informou ainda que continua trabalhando junto com a Vale, a Samarco e a Fundação Renova na reparação das vítimas. Ressaltou que mais de 417 mil pessoas receberam indenizações, incluindo comunidades tradicionais quilombolas e povos indígenas. Segundo a empresa, foram pagos mais de R$ 6 bilhões por meio do Novo Sistema Indenizatório a mais de 68 mil pessoas, que também são autores no processo do Reino Unido. “No total, mais de 200 mil autores da ação inglesa já receberam algum tipo de pagamento no Brasil”, diz a companhia.

A Vale informou em nota que “se trata de questão discutida judicialmente e todos os esclarecimentos vêm sendo oportunamente apresentados no processo”.

Máquinas e Equipamentos

O Estado de S.Paulo - SP   13/07/2023

Em novo “remember” de outros governos petistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva surpreendeu seus ministros ao defender hoje algum tipo de facilitação para a compra de produtos da chamada linha branca. Ninguém esperava que Lula abrisse a porta para desonerações - ou seja, cortes de impostos - em plena tramitação da reforma tributária e no momento em que a equipe econômica ainda tenta recompor o Orçamento público para zerar o déficit fiscal até ano que vem. Mas a possibilidade, agora, já entrou no radar.

Integrantes do governo disseram à Coluna que cortes temporários em IPI, PIS e Cofins podem ser uma saída para incentivar a renovação dos eletrodomésticos, como quer Lula. É preciso, agora, fazer o cálculo de impacto fiscal.

O possível novo programa seria missão para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, mas imporia um novo desafio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Seria o ex-prefeito de São Paulo o responsável por calibrar as contas públicas para, eventualmente, colocar em prática o novo pedido do presidente, ainda em estágio absolutamente preliminar. Na Fazenda, no Planejamento e na Casa Civil, não há nada de concreto neste momento circulando sobre a ideia levantada hoje pelo presidente em um evento no Palácio do Planalto.

Para um membro da equipe econômica, o programa para a linha branca seria uma espécie de “programa automotivo 2.0", que fez sucesso ao aplicar descontos para automóveis de até R$ 120 mil.

O governo investiu R$ 800 milhões, mas, na visão de alguns desenvolvimentistas da equipe, é preciso levar em conta o quanto foi arrecadado com a venda de carros antes parados nas concessionárias. O programa automotivo agradou ao presidente, interessado em alavancar sua popularidade para facilitar nas duras negociações com o Centrão, que cobra mais espaço na máquina pública.

Repercussão.

Para o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, usar incentivos fiscais para incentivar o consumo é uma ideia que o tempo se encarregou de enterrar. “Vários estudos provam que se trata de estratégia equivocada. Daí o porquê a reforma tributária proíbe a concessão de incentivos fiscais baseados na tributação do consumo. A ideia de Lula, que cheira a mofo, é uma contradição diante do esforço que o próprio governo empreende de modernizar o sistema tributário”, disse o economista à Coluna.

Maílson ressaltou que, em vez de incentivos fiscais, é mais interessante criar uma política temporária de subsídios, mas não para os eletrodomésticos. “Quando justificável, o que não é o caso da linha branca, o instrumento adequado é recorrer ao Orçamento, mediante a concessão de um subsídio específico. Tem a vantagem de ser transparente e monitorável pelo Congresso, pela imprensa e pela sociedade”, destacou.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   13/07/2023

Ford, GM e Stellantis possuem cerca de 50 mil funcionários sindicalizados e habitualmente a UAW escolhe uma delas para negociar termos gerais

Começam nesta semana as negociações trabalhistas que ocorrem entre as grandes montadoras dos Estados Unidos e o sindicato United Auto Workers (UAW) para um novo acordo coletivo de quatro anos.

Ford, General Motors (GM) e Stellantis possuem cerca de 50 mil funcionários sindicalizados e habitualmente a UAW escolhe uma delas para negociar termos gerais que são aceitos pelas outras companhias.

O sindicato ainda não informou qual companhia será a escolhida nas negociações desse ano, mas o mercado aposta que a Stellantis vai liderar o bloco das montadoras. O atual acordo trabalhista termina em setembro.

A inflação em alta nos EUA é o principal ponto que deve travar as negociações nas próximas semanas. Em 2019, no último acordo, a inflação no país estava em 2% ao ano e o contrato estipulou reajustes de 2% a 3% ao ano.

No entanto, a inflação hoje está muito maior. A Evercore ISI acredita que o reajuste no primeiro ano pode chegar a 10%. O Wells Fargo projeta que os salários podem aumentar 30% na duração do acordo.

Isso aumenta as chances das negociações por um novo acordo se estenderem e causar greve dos funcionários das montadoras.

A nova diretoria do UAW, considerada mais combativa, é outro fator que pode acirrar as conversas.

Nas últimas cinco negociações entre montadoras e UAW aconteceram paralisações somente duas vezes, sendo a mais longa uma greve de 40 dias feita por funcionários da GM em 2019.

Rodoviário

Diário do Comércio - MG   13/07/2023

Quase uma semana após a publicação do edital de concessão da BR-381 no trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e a novela da duplicação da chamada “Rodovia da Morte” parece não ter fim. Com a publicação de que apenas 134 quilômetros (km) dos 304 km a serem concedidos serão duplicados, o ministro dos Transportes, Renan Filho, promete estudar uma maneira de incluir a obra no orçamento do governo federal.

A informação é do senador mineiro Carlos Viana (Podemos), que se reuniu com o ministro em busca de uma solução para a duplicação da rodovia até Governador Valadares. Viana foi um dos principais interlocutores da pauta com o governo federal na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e afirma que a duplicação até a cidade-polo do Vale do Rio Doce havia sido acordada com o governo anterior. E que a proposta tornada pública pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na última sexta-feira é uma versão incompleta do projeto.

“Eu levei ao ministro a importância de terminarmos a duplicação da BR-381 até Governador Valadares. A concessão vai naturalmente até a BR-116. Mas precisamos que os 70 km restantes sejam feitos para haver, de fato, a interligação entre as rodovias da região Leste e a Zona da Mata em Minas Gerais. O ministro entendeu e se comprometeu a buscar recursos para que esses quilômetros sejam feitos pelo Estado e incorporados posteriormente à concessão. Há recurso para isso e é o momento de buscarmos esse compromisso do governo federal”, comentou o senador logo após o encontro.

Viana disse estar confiante com a possibilidade de resolver a questão até o fim do ano, sem precisar alterar o edital. “Isso é muito importante. Se mexermos no edital um metro que seja, o documento terá que voltar para o TCU (Tribunal de Contas da União) e não queremos isso. Queremos a duplicação completa até Valadares e a concessão até a BR-116 mantida como está (proposta)”, completou.

O ministro, por sua vez, foi às redes sociais falar sobre o projeto. E destacou que a infraestrutura viária de Minas Gerais é uma prioridade do governo Lula. “No projeto de concessão da BR-381/MG, trecho entre Governador Valadares e o município de Periquito, vamos fazer obras de ampliação de capacidade. É mais segurança, fluidez e mobilidade para o povo mineiro”, postou no twitter logo após a reunião.

Já o Ministério dos Transportes respondeu que, por ordem do ministro, a Pasta vai monitorar a execução contratual e avaliar a forma de ampliar a capacidade de pista e qual a melhor forma de financiá-la, caso seja comprovada a viabilidade.
Edital prevê sete trechos a serem duplicados do zero na BR-381

O edital publicado pelo governo federal na semana passada com as regras do leilão estabelece que a vencedora do certame deverá concluir as obras de duplicação, já iniciadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), entre os km 286 e km 314. Isso deverá ser feito já no segundo ano de vigência do contrato.

Além disso, outros sete trechos deverão ser duplicados do zero. São eles: km 228 a km 250; km 267 a km 286; km 314 a km 327; km 331 a 356; km 356 a 385; km 422 a km 431 e km 431 a km 449. Nestes casos, as obras deverão ser realizadas entre o terceiro e o oitavo ano do contrato.

O documento da tão esperada concessão da BR-381 foi publicado na última semana e agendou o leilão para o dia 24 de novembro, na B3, em São Paulo. A cessão da rodovia terá duração de 30 anos e os investimentos devem ultrapassar as cifras dos R$ 10 bilhões. O DIÁRIO DO COMÉRCIO apurou que dois players do mercado já demonstraram interesse na licitação.

NAVAL

A Tribuna - SP   13/07/2023

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) enviará ao Ministério de Portos e Aeroportos o documento final do plano geral de outorgas de exploração das vias navegáveis ou potencialmente navegáveis no território nacional (PGO) no início deste segundo semestre. A afirmação foi feita pelo diretor-geral da autarquia, Eduardo Nery.

A fala aconteceu durante a audiência pública da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, na terça-feira (11). Segundo Nery, o PGO apresentará as principais regiões com potencial de navegação, a pré-viabilidade e a possível forma de estruturação do projeto para instalação de hidrovias. O objetivo é aumentar a competitividade e o desenvolvimento do Brasil.

“A Antaq elaborou um Plano Geral de Outorgas voltadas ao setor hidroviário e já temos uma primeira versão apresentada ao Ministério dos Portos e Aeroportos e que foi restituída à agência. Até o final do mês entregaremos essa versão final do PGO para definir a prioridade de outorgas para as nossas hidrovias”, disse.

As hidrovias prioritárias que serão estabelecidas no PGO são as regiões hidrográficas do Rio Madeira, Rio Tapajós, Rio Paraguai, Barra Norte, Rio Tietê – Paraná e São Francisco.

O PGO é instrumento de planejamento de Estado, aderente às diretrizes do planejamento nacional de transportes, às políticas formuladas pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte e pelo Ministério da Infraestrutura, com a finalidade de orientar investidores e consolidar projetos de outorga de exploração das vias navegáveis ou potencialmente navegáveis; e de prestação de serviços de transportes aquaviário.

Entre as metas previstas pelo plano estão: dotar o País de infraestrutura aquaviária adequada; criar rotas e reduzir custos; aumentar a oferta dos serviços de transportes; garantir a operação racional e segura dos transportes de pessoas e bens; promover o desenvolvimento social e econômico e a integração nacional; e estimular a concorrência por meio do incentivo à participação do setor privado.

Balanço e hidrovias
Durante a audiência, o diretor-geral fez um balanço das ações feitas pela Antaq ao longo dos últimos anos, entre eles pesquisas como a de satisfação dos usuários de travessias, ou estudos como o de impacto climático nos portos brasileiros. Falou também sobre outro estudo que vem sendo feito pela agência, que analisará como os portos vem se preparando para a transição energética.

Em sua apresentação, Eduardo Nery voltou a defender a necessidade de investimentos para instalação de hidrovias no país, afirmando que o modal é imprescindível para o equilíbrio da matriz de transportes brasileira. Apresentou aos parlamentares dados comprovando os benefícios do transporte hidroviário

“Contamos apenas com ricos recursos naturais, mas temos que fazer intervenções necessárias para transformar um curso natural do rio navegável em uma hidrovia. Ou seja, assegurar calado, balizamento e sinalização. Em termos de sustentabilidade, seriam necessários 258 vagões, ou 515 carretas, para transportar o equivalente a 1 comboio em transporte aquaviário. Precisamos investir nas nossas hidrovias”, disse.

O diretor-geral defendeu ainda que, além das reduções de emissão de CO2, as hidrovias, uma vez estabelecidas, trariam segurança para empresas se interessarem em oferecer e utilizar o modal.

“Se não houver previsibilidade nesse modal, as empresas de navegação interior não irão confiar no modal para fazer seus respectivos investimentos. Quando um rio tem a sua operação suspensa os efeitos são deletérios, uma vez que para que o modal reconquiste sua confiança é necessário bastante tempo”, disse.

A Tribuna - SP   13/07/2023

Em maio, o Porto Itapoá bateu seu recorde histórico de movimentos em um único mês, chegando a 98.113 TEU (Twenty-feet Equivalente Unit – uma unidade equivale a um contêiner de 20 pés) movimentados. Essa é a segunda vez no ano em que o terminal catarinense supera sua marca histórica: em março foram 92.662 TEU.

Para o presidente do Porto Itapoá, Cássio Schreiner, qualidade no atendimento ao cliente e segurança operacional são diferenciais que justificam o crescimento. “Estamos focados em fazer da jornada de nossos clientes conosco uma experiência positiva, que agregue à sua cadeia de valor”, explica. Neste ano, o terminal atingiu o melhor índice de satisfação de clientes do Brasil, segundo Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC). O Terminal também foi, pelo quinto ano consecutivo, o dono do maior índice NPS (Net Promoter Score), que avalia o quanto os clientes do porto estão dispostos a recomendar seus serviços para outros.

As movimentações no Gate, porta de entrada e saída de caminhões, também foi recorde no mês de maio. Ao todo, foram registrados 44.159 movimentos, contra 42.921 registados em março deste ano. “O mercado tem mostrado sinais de aquecimento. Embora essa seja uma análise preliminar, nos mostra que precisamos estar preparados para uma demanda maior”, reflete Schreiner.

Outra importante marca registrada em maio foi a movimentação de cargas LCL (Less Container Load –quando o contêiner contém cargas compartilhadas por mais de um cliente), a maior dos últimos quatro anos. Em maio foram movimentados 28 contêineres LCL, somando 147 diferentes transações.

Investimentos
O Porto Itapoá tem feito grandes investimentos em sua infraestrutura. No ano passado passou a operar mais 50 mil m² em seu pátio, totalizando uma capacidade estática para até 22 mil contêineres. O projeto de expansão prevê ainda mais 150mil m² de pátio, totalizando 450 mil m² em sua fase final. Um investimento de R$ 750 milhões.

O porto também tem investido em tecnologia: adquiriu dez novos RTGs (guindastes sobre pneus) e será o primeiro a operar esses equipamentos por controle remoto, híbridos, em toda a América do Sul. O investimento é de mais de R$ 120 milhões. O terminal também adquiriu um novo portêiner (guindaste que movimenta contêineres do navio para terre e vice-versa) e um novo scanner para agilizar as inspeções de segurança. Diversos outros equipamentos também foram adquiridos em 2022.

“Temos um grande desafio no âmbito estrutural, sobretudo no que se refere ao canal de acesso da Baía da Babitonga, bem como a duplicação das rodovias SC 416 e SC 417”, avalia o presidente do Porto Itapoá. “Estamos dialogando em diversas esferas para tornar a dragagem do canal de acesso à Baía da Babitonga e a adequação dos acessos rodoviários uma realidade”, diz, completando: “Com essas obras concluídas, criaremos condições interessantes para o desenvolvimento econômico e social da região norte de Santa Catarina e do Estado como um todo, com geração de empregos, riqueza e atraindo ainda mais investimentos”.

Monitor Digital - RJ   13/07/2023

A indústria de construção naval da China registrou aumentos de dois dígitos na produção, novos pedidos e pedidos em espera no primeiro semestre do ano, de acordo com dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.

A produção de construção naval do país atingiu 21,13 milhões de toneladas de porte bruto (dwt) durante o período, aumentando 14,2% ano a ano e respondendo por 49,6% do total mundial, mostram dados do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação.

Se confirmado oficialmente, será um avanço sobre 2022, quando a produção chinesa correspondia a 44,2% da mundial, de acordo com a Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).

As novas encomendas, outro indicador importante da indústria de construção naval, aumentaram 67,7% ano a ano, para 37,67 milhões dwt, com uma participação de mercado global de 72,6%.
Espaço Publicitário

Os pedidos do setor totalizaram 123,77 milhões dwt no final de junho, expandindo 20,5% ano a ano. O volume representou 53,2% da participação no mercado global.
PIB da economia marítima da China ultrapassa 9 trilhões de iuans

O produto interno bruto da economia marítima da China, que abrange setores que vão desde navegação e pesca até construção naval, ultrapassou 9 trilhões de iuans (R$ 5,9 trilhões) em 2022, informou o Ministério dos Transportes do país nesta terça-feira (11).

O Ministério divulgou os dados em um fórum marcando o 19º Dia Marítimo da China na cidade de Cangzhou, província de Hebei, no norte da China, que sedia um evento temático de uma semana com conferências acadêmicas, exposições e atividades de divulgação científica.

De acordo com o relatório, cerca de 95% das mercadorias de comércio exterior da China são transportadas por via marítima.

No ano passado, a movimentação de carga portuária do país atingiu 15,7 bilhões de toneladas, e o volume total de transporte de contêineres se aproximou de 300 milhões de TEUs, alta de 0,9% e 4,7% em relação ao ano anterior, respectivamente.

Os volumes de frete subiram 33% e 56%, respectivamente, em comparação com os níveis de dez anos atrás.

No final de 2022, a capacidade da frota marítima da China atingiu 370 milhões de toneladas de porte bruto, o dobro de dez anos atrás, e a escala saltou para o segundo lugar no mundo.

O Dia Marítimo Nacional foi comemorado pela primeira vez em 2005 para comemorar o 600º aniversário das viagens marítimas de Zheng He. Navios do grande explorador da Dinastia Ming (1368-1644) partiram em viagens para o Sudeste Asiático e além, fazendo parte da história da Rota da Seda Marítima da China.

O Estado de S.Paulo - SP   13/07/2023

Criado há um ano pelo Cubo Itaú - centro de fomento ao empreendedorismo -, o Cubo Maritime & Port acaba de fechar parceria com o hub portuário Pier71, de Cingapura, para internacionalização de startups e desafios conjuntos.

O Cubo Maritime & Port é um hub de startups voltado para operações marítimas e portos com a parceria da Wilson Sons, Porto do Açu e Hidrovias do Brasil. Nesse um ano, quase dobrou o número de startups, de 12 para 23, que receberam aportes de R$ 25 milhões em 2022, com faturamento de R$ 86 milhões, informaram os executivos das empresas envolvidas. “As empresas do nosso hub daqui vão conseguir publicar desafios no hub do Pier71 e vice versa. Essa troca de ativos, essa simetria da indústria, que também tem desafios lá fora, vai aumentar a competitividade dos portos brasileiros”, disse o presidente do Cubo Itaú, Paulo Costa. O Cubo Itaú reúne 440 startups de diversas áreas.

Outra colaboração acertada entre as iniciativas dos dois países é a instalação de um estande conjunto das startups marítimas e portuárias de Cingapura e Brasil na próxima edição, de 2024, da Intermodal South America, realizada este ano em março, em São Paulo. Haverá ainda a possibilidade de residência temporária de startups brasileiras em Cingapura, com apoio da Pier71. O Cubo Maritime & Port também deve lançar um projeto voltado ao desenvolvimento de startups focando em questões ESG. Um dos focos deve ser a descarbonização. E outras soluções que estarão no radar para integração de shiptechs, operações remotas ou autônomas de navios e equipamentos portuários, além de colaboração e compartilhamento de dados.

No Brasil, um navio leva cinco dias para atracar e, em outro países, apenas um

O diretor de Transformação Digital da Wilson Sons, Eduardo Valença, destacou que, quando se compara o Brasil com outros países, se observa um grande valor que pode ser destravado com soluções inovadoras, que podem acelerar o aumento de produtividade, eficiência, e sustentabilidade dos portos brasileiros. Em média, o navio no Brasil demora cerca de cinco dias para atracar, enquanto em outros países esse tempo é de um dia. ”Com tecnologia e inovação, podemos reduzir esse tempo. Se reduzir em algumas horas já é possível destravar muitas operações sem ter que fazer grandes investimentos de infraestrutura civil ou aumento de berço. Trabalhar com o hub de Cingapura vai muito nesse sentido”, afirmou.

No caso da Wilson Sons, a companhia fez, no final do ano passado, um aporte financeiro na Argonáutica, adquirindo participação minoritária na startup brasileira que desenvolveu a tecnologia inovadora do “calado dinâmico” (que otimiza a carga dos navios e a atracação nos terminais portuários). Em parceria com a Argonáutica, a Wilson Sons implantou o novo sistema operacional da sua Central de Operações de Rebocadores (COR), em Santos (SP). O novo sistema iniciou neste mês o monitoramento em tempo real da frota de 81 rebocadores da companhia ao longo da costa brasileira. Uma das vantagens é a integração com fontes externas de dados, possibilitando checar as condições meteorológicas dos portos, como maré, corrente e vento, segundo o executivo.

Segundo Valença, com a parceria internacional, o hub brasileiro terá acesso a mais de 500 startups que desenvolvem projetos para a indústria marítima e de portos no mundo. Já o diretor de Administração Portuária do Porto do Açu, Vinícius Patel, destacou que é preciso fortalecer o setor marítimo e de portos como um todo, para o País ganhar escala. Ele diz que, no Brasil, a regulação do setor é um das razões da demora da inovação. Para estabelecer um novo terminal portuário, por exemplo, é necessário conseguir aprovação de 29 diferentes órgãos. ”Temos conseguido empurrar o sistema, mas, idealmente, temos que ser empurrados pelo sistema. No Porto de Antuérpia, na Bélgica, parceiro do Açu, o regulador fomenta, seja via pesquisa, via recursos, discussões. Este é um dos nossos pontos de discussão”, diz.

Ideia é criar uma cadeia produtiva do setor portuário

Patel afirma que a infraestrutura portuária já tem um nível de saturação grande no País. Por meio de iniciativas como o Cubo Maritime & Port é possível agilizar mudanças buscando a produtividade e a sustentabilidade sem grandes investimentos. “Esse é o primeiro passo. A ideia é que tenhamos uma cadeia de fato, onde tenha um ambiente não só de solução, mas de muito problema, de muita discussão, porque com isso se busca inovação para substituir as soluções de hoje, que não são boas”, comenta.

PETROLÍFERO

Infomoney - SP   13/07/2023

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 5,9 milhões de barris, para 458,1 milhões de barris, na semana encerrada em 7 de julho, informou nesta quarta-feira (12) o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam queda de 100 mil barris.Os estoques de gasolina caíram 4 mil barris, a 219,4 milhões de barris, enquanto a projeção era de queda de 1,1 milhão barris. Já os de destilados subiram 4,81 milhões barris, a 118,1 milhões de barris, quando a previsão era de queda de 100 mil barris.

A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 91,1% na semana anterior para 93,7% na mais recente, contra expectativa de alta menor, a 91,3%.

Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram queda de 1,605 milhão de barris, a 41,23 milhões de barris. Já a produção média diária dos EUA aumentou de 12,4 milhões de barris para 12,3 milhões de barris no período.

AGRÍCOLA

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   13/07/2023

Fabricante de tratores e microtratores para agricultura familiar, a Agritech afirma que o setor vem recuperando o fôlego após o anúncio do Plano Safra 2023/2024.
Apesar de os valores ainda não estarem disponíveis para transações, o coordenador de vendas e marketing da companhia, Cesar Roberto Guimarães de Oliveira, vislumbra um cenário otimista, com boas perspectivas de negócios.

A expectativa do executivo é que o crédito seja liberado até o final de julho.

“O agricultor familiar necessita de crédito para realizar seu planejamento, investir em maquinário e elevar a renda da sua pequena propriedade rural”, afirma o coordenador.

De acordo com ele, o anúncio do Plano Safra era esperado desde o final do ano passado.

“Este ano, passamos pelas principais feiras do setor, como Agrishow e Hortitec, com o agricultor querendo comprar, mas ainda receoso pela falta de crédito”, explica o profissional da Agritech, que acaba de lançar novos tratores, incluindo os modelos AGT 25 e AGT 75.

Para Oliveira, o anúncio da liberação de crédito pelo Governo Federal fez com que o produtor voltasse a demonstrar intenções de compra de equipamentos.

Para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foram destinados R$ 71,6 bilhões.

Após a confirmação do montante de recursos do Plano Safra e as condições de taxa de juros, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) também espera recuperação do desempenho no mercado interno.

A expectativa é que, a partir deste semestre, o setor ganhe fôlego após registrar uma queda de 17,6% no faturamento acumulado de janeiro a abril deste ano, quando alcançou R$ 22,9 bilhões em vendas.

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