Grandes Construções - SP 13/04/2023
Até a próxima sexta-feira (14), a ArcelorMittal exibe na Feicon (Salão Internacional da Construção) suas soluções em construção civil com conceito sustentável. O evento acontece no São Paulo Expo.
O destaque da empresa é uma casa de 92 m² que utiliza o método construtivo e-co, com elevado nível de industrialização (off site).
Segundo a empresa, o objetivo do projeto é facilitar o processo de construção de empreendimentos residenciais ou empresariais.
"A partir de agora, a ArcelorMittal disponibiliza uma solução construtiva mais sustentável, inovadora, eficiente e tecnológica para nossos parceiros e clientes”, explica Everton Negresiolo, vice-presidente comercial e de metálicos longos da ArcelorMittal Brasil.
Além do método construtivo e-co, no estande é possível conferir soluções em aço para construção industrializada de concreto pré-fabricado e perfis conformados a frio, a fim de garantir maiores vãos livres para a casa.
“Os perfis dobrados são peças conformadas a frio de fácil manuseio, que garantem precisão dimensional e um acabamento perfeito para estruturas leves, resistentes e funcionais”, completa Negresiolo.
A empresa apresenta ainda soluções em aço ecoeficiente, vergalhão XCarb, aços de alta resistência (AR), fôrma incorporada, Steligence, PAV Plus, Trelifacil e outros destaques do portfólio.
“O visitante tem inclusive a oportunidade de simular a elaboração de uma casa – da escolha da estrutura até os acabamentos – com até dois pavimentos, que pode ser entregue em três meses”, divulga a companhia.
Serviço:
Feicon 2023
Data: até 14 de abril
Horário: 10h às 22h
Local: São Paulo Expo
Globo Online - RJ 13/04/2023
Após a inflação brasileira de março ter surpreendido para baixo e animado o mercado na terça-feira, outro índice de preços, esse dos Estados Unidos, trouxe mais uma dose de otimismo aos investidores com o futuro dos juros básicos aqui e lá fora na manhã desta quarta-feira.
O CPI, índice que mede a inflação do consumidor na maior economia do mundo, avançou apenas 0,1% no mês passado, metade do esperado e bem abaixo dos 0,4% registrados em fevereiro.
Por aqui, no embalo da empolgação com o IPCA de março, o dólar era negociado em queda de 1%, a R$ 4,96, por volta das 10h30. Ontem, a divulgação de que a inflação brasileira perdeu ritmo fez a moeda cair abaixo de R$ 5 pela primeira vez em mais de dois anos.
A reação positiva com o CPI americano tem razão de ser: quando o Fed interromper o aperto nos juros por lá, os investidores passarão a buscar retornos melhores pelo mundo.
O Brasil, com juros em um patamar elevadíssimo de 13,75% ao ano, inflação desacelerando e a promessa de um novo arcabouço fiscal para conter o descontrole de gastos, é uma das opções nesse cenário.
Mas nem tudo são flores no indicador de inflação dos EUA. O núcleo do índice (medida que retira dos números itens mais voláteis, como alimentos e energia) segue firme e forte, e acelerou para 5,6% em 12 meses.
Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelo mercado de trabalho americano aquecido, continua a pressionar.
- Mantemos nossa visão de que o Fed deve continuar com o ciclo de ajuste de juros, com mais um aumento de 25 pontos base na próxima reunião de maio, levando a taxa para o intervalo de 5% a 5,25% ao ano, para então terminar o ciclo de alta de juros - ponderou em relatório a especialista em economia internacional do C6 Bank, Claudia Rodrigues. - Não prevemos cortes nos juros até meados de 2024.
Os preços americanos, que chegaram a rodar no maior patamar em 40 anos com a pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia, se reduziram a uma alta de 5%. Uma inflação ainda muito elevada e distante da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve, mas o suficiente para injetar algum ânimo nos mercados.
IstoÉ Dinheiro - SP 13/04/2023
Nos últimos anos, país asiático se tornou o segundo maior parceiro comercial da região e intensificou sua participação em projetos de infraestrutura, preocupando a Europa e os Estados Unidos.Os negócios com a América Latina estão em alta: o comércio entre China e América Central e do Sul registrou um aumento de 11% em 2022, chegando a 437 bilhões de euros, de acordo com as estatísticas oficiais chinesas. Pequim é, assim, o segundo maior parceiro comercial da região como um todo, atrás apenas dos Estados Unidos. A China, no entanto, já é líder no comércio com as maiores economias latino-americanas, como Brasil, Chile e Peru.
Analistas acreditam que essa tendência deva se manter. Na avalição da agência alemã Germany Trade and Invest (GTAI), ligada ao Ministério de Economia da Alemanha, o volume comercial entre China e América Latina deve dobrar nos próximos dez anos.
“Ao viajar pelos países latino-americanos é possível encontrar muitos clientes que estimam os produtos chineses, porque eles são em conta e possuem uma boa relação entre preço e qualidade. Muitos vivem aqui no limite da pobreza. Com os produtos em conta da China, eles têm acesso a celulares e carros”, afirma a diretora da GTAI no Chile, Stefanie Schmitt.
Em contrapartida, a América Latina fornece principalmente matérias-primas para a China, como ferro, alumínio e estanho. A região é, portanto, duplamente interessante para Pequim: como mercado e como fornecedora de recursos, destaca Jiang Shixue, professor no Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Xangai.
Comércio assimétrico
No entanto, em alguns casos, os negócios são muito desequilibrados. Rico em recursos, o Chile, por exemplo, alcançou em 2021 um superávit de exportação de cerca de 10 bilhões de dólares com a China. “O cobre é a principal matéria-prima de exportação chilena, e isso também se aplica ao comércio com a China”, pontua Schmitt.
As cerejas dos Andes também são populares entre os consumidores chineses. Somente do Chile, a China importou 1,4 bilhão de dólares desta fruta em 2021.
O país andino de 19 milhões de habitantes, porém, não é realmente um grande mercado do ponto de vista da economia chinesa. Em 2021, o Chile importou da China somente carros, no valor de 1,3 bilhão de dólares. “É uma relação de mercado muito assimétrica”, destaca Schmitt.
Segundo a especialista, os interesses comerciais da China são baseados principalmente na compra de matérias-primas. “Podemos pegar de exemplo o lítio, que é abundante na América Latina. Os chineses compram aqui esse metal e vão embora. Mas para os países da região seria melhor, naturalmente, se eles não vendessem apenas produtos agrícolas ou matérias-primas, mas também pudessem fabricar produtos de maior valor, como baterias de lítio, para exportação”, acrescenta.
Um novo rumo?
Justamente por isso, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, quer um novo rumo para o comércio exterior, segundo o jornal argentino Clarín. De acordo com uma reportagem, na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, em Pequim, Fernández teria apelado à liderança chinesa para “equilibrar a balança comercial muito desigual, da qual apenas a China se beneficiou até agora”.
“A América Latina reclama que a China só compra matérias-primas, mas isso não é correto”, contesta o especialista chinês Jiang. Segundo ele, no comércio com países populosos da região, como México, Colômbia e Argentina, a China só consegue um superávit comercial porque os mercados de consumo são grandes, e a capacidade de produção interna é pequena.
“Os países latino-americanos precisam aumentar sua capacidade de produção e fortalecer sua competitividade para estimular a exportação, também para a China”, ressalta Jiang, acrescentando que essa transformação levaria anos e, assim, num futuro próximo, o desequilíbrio permanecerá.
Aumento da influência chinesa
Além do comércio, a China intensificou também sua participação em projetos de infraestrutura da região. Instituições de crédito estatais ou grandes empresas privadas do país asiático investem em portos no Brasil, usinas nucleares na Argentina ou na rede elétrica do Chile. A gigante das comunicações Huawei, controversa no Ocidente, é há anos a principal fornecedora das redes 4G e 5G no Brasil, por exemplo.
Além disso, instituições de pesquisa chinesas convidaram nos últimos anos vários líderes políticos, acadêmicos e econômicos da América Latina para viagens pagas de estudos e conferências na China. Isso também contribui para a influência chinesa na região.
A China está ativa em vários níveis na América Latina, e isso levanta a questão de se há uma estratégia por trás desse engajamento. Para o especialista Jiang, a resposta é não. Ele destaca que a América Latina não está no centro da política externa de Pequim.
“Na China, há poucos especialistas em América Latina. A região recebe pouca atenção no país”, afirma. Ele acrescenta que um rápido aumento da influência chinesa vem ocorrendo também em outras continentes, como África e Europa, e tem simplesmente relação com a crescente importância da segunda maior economia do mundo.
Outros analistas de política chineses defendem uma opinião semelhante. Em 2019, o latino-americanista He Shuangrong, do think tank estatal Academia para Ciências Sociais da China, escreveu numa revista especializada que Pequim precisava de “uma estratégia de longo prazo para a América Latina”. Ele destacou, porém, que essa região tinha pouca importância estratégica para a China.
Em 2022, Guo Jie, cientista política da Universidade de Pequim, escreveu no jornal chinês de língua inglesa China Daily que a influência chinesa na região era “ainda menor do que a das potências tradicionais da América do Norte e da Europa”. Segundo ela, a China não quer e não pode ameaçar o interesse geopolítico americano na América Latina.
Preocupação no Ocidente
Jiang vê apenas vantagens na expansão das relações sino-latino-americanas. “O comércio com a China beneficia a economia da região e a globalização. Se a América Latina enriquece, também é bom para os Estados Unidos e a Europa”, considera.
No entanto, os Estados Unidos e a Europa estão preocupados com a crescente influência chinesa na região, pois com a influência econômica cresce também a política.
No ano passado, a ex-ministra do Exterior da Espanha e ex-vice-presidente do Banco Mundial Ana Palacio advertiu num comentário para o jornal alemão Handelsblatt para a perda da influência ocidental na América Latina, que seria demonstrada pelo fato de muitos governos da região não terem aderido às sanções ocidentais impostas contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia, assim como a China.
Schmitt atribui a crescente influência chinesa na América Latina ao pragmatismo de Pequim. Para ela, a lenta diminuição da influência americana e europeia é, em parte, um problema doméstico – em relação ao qual Pequim não precisou fazer quase nada. “A influência dos EUA na região nem sempre foi positiva. Muitos países não gostam de serem chamados de quintal dos Estados Unidos”, aponta.
Para a especialistas, se o Ocidente e a Europa quiserem realmente fazer frente à China, eles precisam concretizar mais a cooperação com a América Latina. “Não é suficiente apenas falar sobre padrões ambientais e sociais. São pontos importantes, pois pertencem aos nossos valores. Mas melhor seria concretizar um projeto. Caso contrário, será tarde demais”, ressalta Schmitt.
IstoÉ Dinheiro - SP 13/04/2023
Principal parceira comercial do Brasil, a China é destino de mais um quarto das exportações totais brasileiras, respondendo por mais de 90 bilhões de dólares em 2022, com commodities como soja, petróleo e minério de ferro dominando as vendas externas ao país asiático.
O Brasil tem saldo positivo em cerca de 30 bilhões de dólares no comércio com os chineses, metade do total do superávit da balança comercial brasileira.
Os números salientam a importância da China para o comércio exterior brasileiro, mas também a dependência do Brasil da demanda chinesa por matérias-primas, enquanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta abrir mais mercados com a viagem a Xangai e Pequim.
* Em 2022, as exportações brasileiras para a China (incluindo Hong Kong e Macau) somaram 91,26 bilhões de dólares, de um total recorde exportado pelo Brasil de 335 bilhões de dólares para todos os destinos, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
* Soja, carne bovina, celulose, açúcar, carne de frango, algodão e carne suína são sete das dez mercadorias mais exportadas pelo Brasil à China, rendendo aos exportadores brasileiros cerca de 48 bilhões de dólares em 2022.
* Os embarques de petróleo e minério de ferro do Brasil para a China somaram quase 35 bilhões de dólares em 2022, montante este que adicionado às principais exportações agropecuárias ao país asiático se aproxima de 83 bilhões de dólares.
* Das exportações totais do agronegócio do Brasil, que somaram 159 bilhões de dólares em 2022, a participação dos embarques aos chineses somou 50,8 bilhões de dólares, ou fatia de aproximadamente 32%, segundo o Ministério da Agricultura.
* A soja lidera a pauta de exportação do Brasil, com receitas de 46,5 bilhões de dólares em 2022, enquanto a China respondeu por mais de 31,8 bilhões de dólares, ou mais de 68% do total, de acordo com dados do governo brasileiro. Em 2022, com impulso de preços elevados, foi a maior faturamento da história com embarques da oleaginosa, com alta de 17% sobre 2021, segundo o Ministério da Agricultura.
* Depois da soja, o petróleo foi o produto mais vendido pelo Brasil ao exterior (42,5 bilhões de dólares) em 2022, sendo que quase 40% ou 16,5 bilhões de dólares vieram da China.
* O minério de ferro é o terceiro principal produto de exportação do Brasil no geral e também para os chineses, com um total de 28,9 bilhões de dólares, enquanto a China comprou o equivalente a 18,2 bilhões de dólares ou cerca de 63%.
* O crescimento dos volumes exportados para a China também demonstra a importância do país asiático para o comércio do Brasil. Em dez anos, os embarques de soja brasileira aos chineses mais que dobraram, de 22,88 milhões de toneladas para 53,6 milhões de toneladas.
* Os embarques de petróleo brasileiro para a China aumentaram mais de 300% em dez anos, para 26,99 milhões de toneladas em 2022, segundo dados da Secex.
* As exportações de minério de ferro do Brasil para a China somaram 236,9 milhões de toneladas em 2022, crescimento de quase 40% em dez anos.
* Mas são as exportações de carne bovina que tiveram um dos maiores crescimentos em dez anos por produto: uma disparada de 7.140%, para 1,2 milhão de toneladas, versus apenas 17,1 mil toneladas em 2012, com os maiores avanços ocorrendo nos últimos anos, à medida que as chineses buscaram carnes alternativas à suína e mudaram alguns hábitos alimentares.
* Mais da metade da exportação de carne bovina do Brasil foi direcionada à China em 2022, com a receita gerada pelas vendas aos chineses somando quase 8 bilhões de dólares, de um total de aproximadamente 13 bilhões de dólares.
* A exportação de celulose, algodão e carne suína do Brasil para a China também responde por grande parte do total embarcado pelo país ao exterior.
O Estado de S.Paulo - SP 13/04/2023
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, comparou a Selic a uma dosagem de antibiótico e disse que ainda não é hora de reduzir os juros no Brasil em conversa com investidores no âmbito das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), conforme apurou o Estadão/Broadcast. Segundo ele, a queda da inflação em março é só mais um dado e a autoridade monitora o momento certo de começar a baixar as taxas - e que ainda não chegou, dizem fontes, na condição de anonimato.
Campos Neto falou a investidores nesta manhã durante evento da XP Investimentos, que acontece em Washington, em paralelo às reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial. A plateia era composta majoritariamente por brasileiros que operam internacionalmente e economistas de assets domésticas, de acordo com relatos de participantes que pediram para não serem citados, uma vez que o encontro era restrito a convidados.
Em sua fala, o presidente do BC fez uma metáfora e comparou a Selic a uma dosagem de antibiótico, onde a economia é o paciente, de acordo com uma fonte. “Se você parar no meio do tratamento só porque você tem os primeiros sintomas mais positivos, você pode perder todo o efeito”, explica.
Segundo participantes, o presidente do BC sinalizou que as expectativas de inflação ainda estão elevadas e há um trabalho à frente a ser feito. Na sua visão, o melhor desempenho do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi só mais um dado e não sustenta o início da redução dos juros no Brasil. Apesar disso, não indicou quando seria esse momento, afirmam.
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Quando questionado por investidores sobre pressões políticas para baixar os juros no Brasil, Campos Neto desviou. Também evitou comentar a possibilidade de mudar a meta da inflação brasileira, mencionando a experiência internacional, que mostra que não necessariamente tal passo ajudaria a reduzir as taxas.
Do lado fiscal, o presidente do BC avaliou que a proposta do novo arcabouço sugerida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “tira o risco de cauda da frente”, conforme fontes. “Ele falou de boa vontade muitas vezes, de boa vontade do governo apresentar um fiscal mais ok”, cita uma delas.
Agência Brasil - DF 13/04/2023
Em mais um dia de euforia no mercado financeiro, o dólar teve forte queda e fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez em dez meses. A bolsa de valores subiu e atingiu o maior nível desde o fim de fevereiro.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (12) vendido a R$ 4,942, com queda de R$ 0,065 (-1,31%). A divisa operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 11h15, chegou a R$ 4,91, mas encostou em R$ 4,95 durante a tarde por causa de investidores que aproveitaram a cotação mais baixa para comprar dólares.
A moeda norte-americana está no menor nível desde 9 de junho do ano passado, quando tinha fechado em R$ 4,91. Com a queda de hoje, a divisa cai 2,51% em abril e recua 6,4% em 2023.
O mercado de ações teve mais um dia de ganhos. Em alta pelo terceiro pregão seguido, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 106.890 pontos, com alta de 0,64%. O indicador chegou a subir quase 2% por volta das 14h20, mas desacelerou influenciado pelo mercado externo. O Ibovespa está no maior patamar desde 23 de fevereiro.
Fatores internos e externos contribuíram para a queda do dólar e a alta da bolsa. No Brasil, os investidores continuam repercutindo a desaceleração da inflação oficial em março, o que aumenta as chances de o Banco Central (BC) começar a reduzir a taxa Selic (juros básicos da economia) no início do segundo semestre. A expectativa de juros menores estimula a aplicação na bolsa de valores, investimento com maior risco que os títulos públicos.
O mercado internacional também reagiu bem à desaceleração da inflação ao consumidor, que caiu para 0,1% em março, contra 0,4% em fevereiro. Os dados reforçaram a expectativa de que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos está perto do fim. No entanto, o dólar ganhou força e as bolsas desaceleraram no fim da tarde, com a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que indicou que a inflação na maior economia do planeta ainda não está contida.
Agora, a Agência Brasil está dando as matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em dias extraordinários. A cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não são mais informados diariamente.
IstoÉ Online - SP 13/04/2023
Com o desaquecimento do comércio internacional, as exportações e importações em 2023 devem vir menores que as registradas em 2022, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Informe Conjuntural do 1º trimestre de 2023, divulgado nesta quarta-feira. A previsão da entidade é que as exportações fechem o ano em US$ 320,5 bilhões ante US$ 334,5 bilhões de 2022; e as importações, em US$ 264,8 bilhões ante US$ 272,7 bilhões do ano passado.
Assim, a projeção da CNI é de que a balança comercial brasileira no ano seja superavitária em US$ 55,7 bilhões.
Com relação à valorização cambial, a CNI destaca que o ano começou com um cenário externo mais otimista que o final de 2022 para a cotação de moedas de países emergentes, como o Real. Mas, esse cenário, na avaliação da entidade, já dá sinais de reversão. “As recentes notícias sobre a inflação nos EUA e na Europa revisaram as expectativas no sentido de uma política monetária um pouco mais austera por mais tempo nessas economias, o que deve estimular a saída de capitais das economias emergentes em busca de ativos de menor risco, como os títulos públicos americanos.”
A CNI volta a criticar a taxa de juros Selic, em patamar elevado, o que gera um dos maiores diferenciais de juros em relação à taxa norte-americana no mundo. “Esse diferencial de juros contribui para evitar uma desvalorização do Real, em comparação com outras moedas de economias emergentes, que ainda estão em processo de escalada da taxa básica de juros.”
O Informe destaca que, por outro lado, os preços menores das commodities em relação aos preços de 2022 contribuem para inibir a valorização cambial, apesar dos preços ainda estarem em patamares elevados na comparação com os praticados antes da pandemia.
O documento lembra que a apresentação da nova âncora fiscal pelo governo federal e o anúncio de compromisso com o controle de gastos públicos reduz parte das incertezas sobre os riscos fiscais, contribuindo para reduzir a volatilidade cambial ao longo do ano. Mas destaca que a regra ainda precisa ser discutida e aprovada pelo Congresso Nacional, o que pode trazer de volta a volatilidade.
Com isso, a CNI revisou a previsão de taxa de câmbio para dezembro de 2023 de R$ 5,45 por dólar para R$ 5,35. A projeção para taxa de câmbio média do ano também foi revisada de R$ 5,33 para R$ 5,27.
Globo Online - RJ 13/04/2023
Os operadores de câmbio estavam ansiosos pela divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos nesta quarta-feira. A expectativa era que o índice desacelerasse, o que de fato aconteceu. A inflação fechou fevereiro com avanço de 5% em 12 meses. Em janeiro, havia subido 6%. A dúvida é se qualquer alta nos indicadores de preços, mesmo que em ritmo menor, vai conseguiria sustentar o patamar do dólar.
Os investidores estão convencidos de que o Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) está perto do pico de seu ciclo de aperto dos juros, mesmo em cenários que exigiriam mais austeridade.
Ainda assim, o dólar subiu no fim da semana passada mesmo após a divulgação de dados do mercado de trabalho americano mais fortes que o esperado. Um mercado de trabalho mais forte indica que pode haver expansão no consumo, pressionando a inflação, o que daria munição ao Fed para elevar os juros.
Com taxas mais altas nos EUA, a tendência é que haja uma atração de dólares para o mercado americano, levando a moeda a se fortalecer. Mas especialistas avaliam que a tendência é de desvalorização, pois o ritmo de eventual alta dos juros deve ser menor.
"Esperamos que o dólar enfraqueça à medida que os EUA cresçam e que o prêmio da taxa de juros caia em relação ao resto do mundo nos próximos meses", escreveu Solita Marcelli, diretora de investimentos para as Américas do UBS Global Wealth Management, em nota.
O índice Bloomberg Dollar Spot, que compara o desempenho de dez moedas em relação ao dólar, caiu quase 10% desde que atingiu uma alta recorde em setembro passado, com o Fed diminuindo o ritmo de aumento dos juros.
O euro e a libra esterlina subiram no mês passado, pois espera-se que os bancos centrais aumentem as taxas de juros nos próximos seis meses, enquanto o banco central americano provavelmente permanecerá em espera antes de reduzir as taxas no fim deste ano.
“A tendência de baixa do dólar pode ser interrompida um pouco no curto prazo, com expectativas de outro aumento do Fed no próximo mês”, escreveram analistas da TD Securities liderados por Mark McCormick, em nota. Mas no longo prazo, a tendência de queda deve permanecer.
CNN Brasil - SP 13/04/2023
Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian subiram nesta quarta-feira (12), com o robusto crescimento dos empréstimos da China no primeiro trimestre reforçando as esperanças de uma recuperação econômica para a maior produtora de aço do mundo, embora os traders continuem cautelosos com o crescimento e os riscos regulatórios.
O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou a sessão com alta de 0,3%, a 788 iuanes (US$ 114,42) a tonelada.
Os novos empréstimos bancários da China atingiram um recorde no primeiro trimestre, enquanto o amplo crescimento do crédito acelerou à medida que o banco central manteve medidas de apoio à economia após o levantamento das restrições rigorosas da Covid-19.
O sentimento geral, no entanto, permaneceu cauteloso.
Na Bolsa de Singapura, o contrato de maio de referência do ingrediente siderúrgico caiu 1,5%, para US$ 117,90 a tonelada.
“Com que rapidez esses empréstimos podem se transformar em atividade de investimento? Isso deve ficar mais claro se o investimento em ativos fixos crescer mais rápido que a taxa de fevereiro e mais rápido que a taxa de crescimento pré-Covid”, disse Iris Pang, economista-chefe do ING Greater China.
Os dados do PIB e da atividade econômica do primeiro trimestre da China, previstos para 18 de abril, devem fornecer uma imagem mais clara, disse ela.
Os preços do minério de ferro subiram na terça-feira (11) devido a preocupações de que um ciclone em direção à Austrália, importante fornecedora do produto, poderia interromper os embarques. Analistas da Sinosteel Futures, no entanto, disseram que o mercado parecia ter exagerado.
Valor - SP 13/04/2023
Ciclone na Austrália, no entanto, pode puxar preço
Na contramão dos contratos futuros, os preços do minério de ferro voltaram a recuar nesta quarta-feira no mercado à vista, apagando parte dos ganhos do dia anterior. O viés, contudo, é de suporte ou alta de preços nos próximos dias, com um alerta de ciclone na Austrália, dona das maiores reservas globais da commodity, e o salto no volume de empréstimos na China, renovando o otimismo com a recuperação da economia local.
No norte do país asiático, indica o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro recuou 1% nesta quarta-feira, para US$ 120, 75 por tonelada.
Com isso, a principal matéria-prima do aço passou a exibir queda de 5,2% em abril e valorização acumulada de 2,9% no ano.
Os contratos futuros mais negociados na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), com entrega em setembro, encerraram a sessão diurna com alta de 0,8%, para 792,50 yuans (US$ 115) por tonelada.
Em nota enviada a clientes nesta manhã, o analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, destacou que a passagem de um ciclone tropical na costa Oeste da Austrália pode afetar a oferta e o transporte da commodity na região.
Conforme o analista , autoridades australianas emitiram alerta de passagem de ciclone na região de Portland, onde fica o maior porto de exportação de minério do mundo, e Broome nos próximos dias.
“Port Headland é o maior ponto de exportação de minério de ferro do mundo e é usado por BHP e Fortescue. Nessa quarta feira, 12/04, o porto já começou a liberar os navios”, escreveu. “Difícil mensurar impacto, mas pode haver interrupção de produção nas minas e/ou escoamento nos portos, inclusive potenciais danos a estruturas. Dependendo das consequências, isso pode suportar preços de minério nas próximas semanas”, acrescentou.
Construção Latino-americana - SP 13/04/2023
A indústria de fabricação de equipamentos ainda sofre com os impactos da pandemia de covid-19 quase três anos após seu início. A Associação de Fabricantes de Equipamentos (AEM) pesquisa regularmente seus membros sobre suas opiniões sobre várias tendências econômicas e como elas estão afetando seus esforços para fazer negócios, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior. Na última pesquisa, a maioria dos entrevistados afirmou que ainda está enfrentando problemas na cadeia de suprimentos, com muitos dizendo que as condições continuam piorando.
De acordo com Kip Eideberg, vice-presidente sênior de relações governamentais e industriais da AEM, “quase todos os entrevistados ainda enfrentam problemas na cadeia de suprimentos, com mais da metade experimentando uma piora contínua das condições da cadeia de suprimentos”. Os dois fatores que estão sendo ouvidos são interrupções contínuas na cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra.
As informações obtidas por meio das pesquisas da associação são apenas parte do que é detalhado no painel de Business Intelligence da AEM e, em seguida, resumido nos webinars trimestrais do Equipment Market Insights da AEM.
Os desafios contínuos de altas taxas de juros, bem como preços de energia e materiais, têm afetado a indústria da construção, mas há esperança no horizonte de que esses problemas, assim como outros, serão eventualmente resolvidos. Pensando nisso, o webinar do primeiro trimestre da AEM deixou alguns pontos que resumem o estado atual do mercado.
A produção global de construção desacelerou em 2022 e permanecerá lenta em 2023. As taxas de juros permanecem altas e podem subir ainda mais no primeiro semestre deste ano antes que os bancos centrais terminem este ciclo de aperto, assumindo, é claro, que a inflação comece a diminuir. Os preços da energia e dos materiais de construção também permanecem altos, embora alguns tenham caído desde os picos do segundo trimestre do ano passado.
O investimento em infraestrutura, bem como em energia e serviços públicos, serão os motores do crescimento. O investimento em infraestrutura continuará a ser uma força motriz para o crescimento, especialmente à medida que a Lei de Emprego e Investimento em Infraestrutura dos EUA ganha força. A energia e os serviços públicos também impulsionarão a atividade geral de construção, com os projetos de energia renovável continuando a ser um dos principais focos de investimento. O investimento em infraestrutura, bem como em energia e serviços públicos, serão as forças motrizes do crescimento. O investimento em infraestrutura continuará a ser uma força motriz para o crescimento, especialmente à medida que a Lei de Empregos e Investimentos em Infraestrutura dos EUA ganha impulso. A energia e os serviços públicos também impulsionarão a atividade geral de construção, com os projetos de energia renovável continuando a ser um dos principais focos de investimento.
A indústria está otimista ao rastrear US$ 3,6 bilhões em projetos em vários setores. Apesar de uma perspectiva de curto prazo relativamente fraca para a produção de construção, ainda há muitas oportunidades no horizonte nos próximos anos. Espera-se que o declínio na produção de construção diminua em 2023. Os EUA foram um dos poucos mercados a registrar crescimento positivo em 2020 e 2021. No entanto, impulsionado em grande parte pela intensa pressão inflacionária e pela desaceleração no setor residencial, a produção caiu acentuadamente em 2022 Embora a queda mais acentuada do que o esperado no mercado residencial continue sendo um risco para o crescimento global, houve melhora nos setores não residenciais.
Os dados mostram que as classificações AEM CE estão alinhadas com as classificações médias. E, apesar dos problemas de retenção da força de trabalho e da cadeia de suprimentos, muitos fabricantes de equipamentos esperam soluções eventuais para esses problemas contínuos que assolam o setor.
Valor - SP 13/04/2023
No dia 1º de janeiro entrou em vigor uma nova lei de emissões para veículos comerciais que tornou os caminhões zero mais caros
Nos últimos tempos, as práticas ESG entraram na agenda de muitas empresas. Mas nem todos estão dispostos a pagar mais por produtos menos poluentes. No dia 1º de janeiro entrou em vigor no Brasil uma nova lei de emissões para veículos comerciais. Mas apenas 6,4% dos caminhões vendidos no primeiro trimestre são modelos com a nova tecnologia, mais conhecida por Euro 6.
O motivo do desinteresse do frotista pelos novos modelos é o preço. Os caminhões ajustados ao Euro 6, denominação europeia do Proconve P8 brasileiro, custam, em média 20% a 25% mais porque carregam componentes mais sofisticados.
Assim, dos 28,6 mil caminhões vendidos de janeiro a março 93,6% foram do tipo Euro 5, a regulamentação anterior, que entrou em vigor em 2012. As montadoras puderam fabricar veículos que atendem o Euro 5 (Proconve P7) até 31 de dezembro de 2022. O que ficou no estoque na virada do ano poderia ser vendido posteriormente, com prazo até o fim de março para emplacamento.
Diante da perspectiva de aumento de preços, muitos frotistas anteciparam as compras ao longo de 2022. Mas, por falta de semicondutores, a indústria não conseguiu atender toda a demanda. Tanto que a produção aumentou apenas 1,9% em 2022 na comparação com 2021.
Na apresentação dos resultados do setor esta semana, o vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Gustavo Bonini, disse que, embora esperasse uma queda nesse início do ano, o setor não tinha ideia do quanto do volume vendido em 2022 representou antecipação de compras.
Férias coletivas foram programadas. Mas a medida foi insuficiente. A produção de caminhões em março caiu 28,8%, o pior resultado para esse mês desde 2017, segundo a Anfavea.
Mas, para a direção da entidade, a antecipação de compras em 2022 não é a única responsável pelo encolhimento do mercado. Márcio de Lima Leite, presidente da entidade, aponta a alta dos juros e a restrição ao crédito e afirma que caminhões com mais tecnologia merecem linhas especiais de financiamento.
Sem sinais de retomada da demanda, Scania e Mercedes-Benz decidiram suspender o segundo turno de produção. A Mercedes informou que a ideia é operar com uma única turma durante dois ou três meses. Já a Scania não se manifestou sobre a vigência da medida. As duas fábricas ficam em São Bernardo do Campo (SP).
Essa não é a primeira vez que o setor vive a antecipação de compras nos meses que antecedem uma nova legislação de emissões. No ano anterior à mudança para Euro 5, os fabricantes de caminhões bateram recordes de produção, alimentados, também, por facilidades no financiamento.
Naquele ano, o Brasil atingiu o maior volume de produção de caminhões da história, com 229 mil unidades, volume 41,7% maior do que o do ano passado. Mas as vendas de 2011 não representavam a realidade da demanda. Isso veio à tona no ano seguinte. Em 2012, a produção caiu 40,5%.
Mudanças de legislação de emissões, principalmente em veículos comerciais, é uma discussão que historicamente se arrasta no país. A mudança de Euro 3 para Euro 4 demorou tanto que decidiu-se pular direto para o Euro 5.
Desta vez, as montadoras também tentaram prorrogar a entrada em vigor do Euro 6 sob o argumento de que a pandemia havia comprometido o programa de testes presenciais com os novos veículos.
O transporte vive um paradoxo. Enquanto multinacionais, como as de alimentos e varejo, dizem dar prioridade para transportadoras com frota menos poluente, por outro, a questão do custo se impõe e “estica” o uso dos veículos com tecnologias ultrapassadas.
Muitos argumentam que mais importante seria tirar caminhões velhos das ruas. Veículos Euro 2, Euro 1 ou Euro zero, nas estradas há 20, 30 anos, ou mais, são muito mais nocivos ao meio ambiente, à saúde e comprometem a segurança nas vias. Essa mudança depende da regulamentação de um programa de renovação de frota. Mas uma coisa não elimina a outra.
O Estado de S.Paulo - SP 13/04/2023
O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs nesta quarta-feira, 12, as regulamentações climáticas mais ambiciosas do país até o momento. São dois planos projetados para garantir que dois terços dos novos automóveis de passageiros e um quarto dos novos caminhões pesados vendidos nos Estados Unidos sejam totalmente elétricos até 2032.
As novas regras exigiriam nada menos que uma revolução na indústria automobilística dos Estados Unidos, um momento de certa forma tão significativo quanto junho de 1896, quando Henry Ford levou sua “carruagem sem cavalos” para um teste e mudou a vida e a indústria americanas.
O desafio do governo para as montadoras é monumental: no ano passado, os veículos totalmente elétricos representaram apenas 5,8% dos carros novos vendidos nos Estados Unidos. Caminhões totalmente elétricos eram ainda mais raros, representando menos de 2% dos novos caminhões pesados vendidos.
Quase todas as grandes montadoras já investiram bilhões na produção de veículos elétricos, ao mesmo tempo em que continuam a fabricar os veículos convencionais movidos a gasolina, que geram seus lucros. Os novos regulamentos propostos exigiriam que o setor investisse mais pesadamente e reorientasse seus processos de maneiras que significariam o fim do motor de combustão interna.
Se as duas regras forem promulgadas como foram propostas, elas colocariam a maior economia do mundo no caminho para reduzir suas emissões de aquecimento do planeta no ritmo que os cientistas dizem ser exigido de todas as nações, a fim de evitar os impactos mais devastadores da mudança climática.
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“Ao propor os padrões de poluição mais ambiciosos de todos os tempos para carros e caminhões, estamos cumprindo a promessa do governo Biden-Harris de proteger as pessoas e o planeta, garantindo reduções críticas na perigosa poluição do ar e do clima e benefícios econômicos significativos, como menores custos de combustível e manutenção para as famílias”, disse o administrador da Agência de Proteção Ambiental, Michael Regan, em comunicado.
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) não pode exigir que as montadoras vendam um certo número de veículos elétricos. Mas sob a Lei do Ar Limpo, a agência pode limitar a poluição gerada pelo número total de carros que cada fabricante vende: é possível, então, definir esse limite com tanta rigidez que a única maneira de os fabricantes cumprirem é vender uma certa porcentagem de veículos com emissão zero.
Os regulamentos propostos certamente enfrentarão desafios legais daqueles que os veem como um exagero do governo.
“Eles estão usando o estatuto estabelecido há muito tempo para um propósito totalmente novo, para forçar uma meta totalmente nova – a transformação da indústria para veículos elétricos”, disse Steven G. Bradbury, que atuou como consultor jurídico chefe do Departamento de Transporte durante a gestão de Trump. “Isso é claramente impulsionado pela diretiva do presidente para alcançar esses resultados. Eu não acho que você possa fazer isso. O Congresso nunca contemplou o uso de estatutos dessa maneira.”
Os limites de poluição propostos para carros, relatados pela primeira vez pelo The New York Times no sábado, 8, são projetados para garantir que 67% das vendas de novos veículos leves de passageiros, de sedãs a picapes, sejam totalmente elétricos até 2032. Além disso, 46% das vendas de novos caminhões médios, como vans de entrega, serão totalmente de elétricos ou de alguma outra forma de tecnologia de emissão zero até o mesmo ano, segundo o plano.
A EPA também propôs uma regra complementar que rege os veículos pesados, projetada para que metade dos novos ônibus e 25% dos novos caminhões pesados vendidos sejam totalmente elétricos até 2032.
Combinadas, as duas regras eliminariam o equivalente às emissões de dióxido de carbono geradas ao longo de dois anos por todos os setores da economia dos Estados Unidos, o segundo maior poluidor depois da China.
Mas alguns trabalhadores automotivos e fabricantes temem que a transição para veículos totalmente elétricos prevista pelo governo de Biden vá longe demais, rápido demais e possa resultar em perda de empregos e lucros menores.
Embora as principais montadoras tenham investido pesadamente em eletrificação, elas estão apreensivas com a demanda dos clientes pelos modelos totalmente elétricos mais caros; o fornecimento de baterias; e a velocidade com que uma rede nacional de estações de carregamento pode ser criada.
Os trabalhadores automotivos temem a perda de empregos, já que os veículos elétricos exigem menos da metade do número de trabalhadores para serem montados do que os carros com motores de combustão interna.
Montadoras e sindicalistas vêm expressando esses temores diretamente ao presidente desde 2021, quando Biden anunciou uma ordem executiva direcionando as políticas do governo para garantir que 50% de todas as vendas de veículos novos de passageiros sejam totalmente elétricos até 2030.
Quando a notícia começou a se espalhar na semana passada de que seus novos regulamentos foram projetados para ir ainda mais longe, algumas montadoras recuaram.
John Bozzella, presidente da Alliance for Automotive Innovation, que representa grandes montadoras americanas e estrangeiras, questionou como a EPA poderia justificar “exceder a meta cuidadosamente considerada e baseada em dados anunciada pelo governo na ordem executiva”.
“Sim, a transição da América para um futuro de transporte elétrico e de baixo carbono está bem encaminhada”, disse Bozzella em comunicado. “A fabricação de veículos elétricos e baterias está aumentando em todo o país porque as montadoras autofinanciaram bilhões para expandir a eletrificação de veículos. Também é verdade que o plano de emissões proposto pela EPA é agressivo em qualquer medida”.
“Lembre-se disso: muito tem que dar certo para que essa mudança massiva - e sem precedentes - em nosso mercado automotivo e base industrial seja bem-sucedida”, disse Bozzella.
Em entrevista, Regan reconheceu que alguns executivos do setor automotivo e líderes sindicais expressaram ansiedade sobre as propostas - acrescentando que elas poderiam ser alteradas para amenizar esses temores. “Estamos muito conscientes de que esta é uma proposta e queremos dar o máximo de flexibilidade possível”, disse ele.
A agência aceitará comentários públicos sobre as regras propostas antes de serem finalizadas no próximo ano. As regras devem entrar em vigor a partir do ano modelo 2027.
Diário do Comércio - MG 13/04/2023
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou, ontem (12), que as unidades da primeira faixa do programa Minha Casa, Minha Vida irão custar, no máximo, R$ 170 mil. Demais detalhes sobre a contratação do subsídios serão conhecidos hoje (13), quando a portaria será publicada no Diário Oficial da União.
A faixa será destinada para famílias com renda mensal de até R$ 2.640 e tinha sido extinta pelo governo Bolsonaro durante o Casa Verde e Amarela. A retomada do Minha Casa, Minha Vida tem como meta contratar mais dois milhões de novas moradias até 2026 para beneficiar famílias com renda de até R$ 8.000 (faixa 3).
No 96º Enic, realizado pela Câmara Brasileira da Industria da Construção (Cbic), o ministro afirmou que o ministério está se reorganizando assim como o programa habitacional federal. “Queremos ouvir o setor e só com vocês, o Minha Casa, Minha Vida será possível”, disse, aplaudido pelos empresários.
Jader Filho voltou a dizer que o governo quer ampliar o uso do FGTS na compra da casa própria, subsidiando a entrada dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida.
No mesmo evento, o secretário nacional da habitação, Hailton Madureira, disse que o Ministério das Cidades não concorda com o uso do FGTS para outros fins, como o financiamento de veículos.
O secretário também comentou sobre a possibilidade de mudança na correção do fundo de garantia pela inflação. O julgamento está marcado para este semestre no Supremo Tribunal Federal.
“É fundamental, hoje, a correção pela TR (Taxa Referencial) para dar estabilidade no financiamento imobiliário. Corrigido pelo IPCA traria muita instabilidade para o nosso sistema de crédito, não estamos preparados para isso”, afirmou o secretário.
Mais regras
Madureira disse ainda que as próximas portarias do ministério trarão orientações para sanar as principais críticas ao primeiro Minha Casa, Minha Vida: qualidade e localização. “Entender as críticas que o programa recebeu para poder avançar é importante. Vamos exigir impermeabilização das fachadas, não é tinta. Também queremos avançar em terrenos inseridos na cidade com posto de saúde, escola, ponto de ônibus ET””, afirmou.
Segundo o secretário, o governo está estudando como incluir no MCMV as famílias em situação de rua e imóveis que possam passar por retrofit. São soluções que a gente tem que achar um caminho”, disse. Foram destinados R$ 9,5 bilhões do Orçamento para o programa habitacional.
Exame - SP 13/04/2023
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse nesta quarta-feira, 12, que nenhum porto público no Brasil é deficitário atualmente e defendeu que a administração dos portos continue com o poder público.
"Não faz sentido o Porto de Santos ter R$ 2,5 bilhões aplicados em fundos para ganhar dinheiro com especulação financeira e o porto necessitar de obras de infraestrutura", afirmou, em participação no Fórum da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Crítica as privatizações
França criticou duramente o governo anterior em suas tentativas de privatização de autoridades portuárias. "Se fosse uma ideia com parâmetros internacionais, diríamos que nós não fizemos, mas não existe no mundo, apenas exemplos frustrados", completou.
O ministro, no entanto, afirmou que o governo vai respeitar o contrato firmado no processo da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). "Estamos respeitando o assunto de Vitória", assegurou.
A Tribuna - SP 13/04/2023
O ex-presidente da antiga Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Alex Botelho Oliva, se tornou réu em ação na 5ª Vara Federal de Santos. Ele é acusado de participação em desvio de verba pública por meio de contratos fraudulentos enquanto comandava a gestora do Porto de Santos. A Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que investiga formação de cartel e fraude licitatória em três contratos de informática firmados no Porto, que somam R$ 80,2 milhões.
Outros seis envolvidos no esquema criminoso também se tornaram réus no processo: Carlos Henrique de Oliveira Poco, Cristiano Antonio Chehin, Celino Ferreira da Fonseca, Cleveland Sampaio Lofrano, Joelmir Francisco Barbosa e Joabe Francisco Barbosa.
As fraudes foram investigadas em conjunto pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Justiça Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Receita Federal. Esses órgãos, em 31 de outubro de 2018, deflagraram a Operação Tritão.
Naquele ano, a pedido da Polícia Federal e do MPF, a 5ª Vara Federal de Santos determinou as prisões temporárias dos sete investigados e 21 buscas e apreensões. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Santos, Guarujá, São Paulo, Barueri e São Caetano do Sul, no Estado de São Paulo, além de Brasília, Fortaleza e Rio de Janeiro.
Segundo a Procuradoria da República em São Paulo, o caso começou a ser investigado após o surgimento de um vídeo, em setembro de 2016, que mostra Carlos Antonio de Souza, o Carlinhos, ex-assessor do então diretor-presidente da Codesp, relatando esquemas de fraude à licitação no Porto de Santos, relacionados a serviços de digitalização de documentos e dragagem.
Ainda de acordo com a Procuradoria, paralelamente, foram abertos uma investigação na CGU, a pedido de uma conselheira fiscal da Codesp; um procedimento cível no MPF em Santos, que resultou em um inquérito civil público, aberto em 2017; e um requerimento de abertura de inquérito policial à PF.
O MPF constatou irregularidades em três contratos licitados. Um deles era referente à digitalização e guarda de documentos da Codesp, no valor de R$ 7,3 milhões, vencido pela MC3 Tecnologia. A acusação é de fraude, pois a empresa disputou a licitação com outra companhia do mesmo grupo econômico.
Já o segundo foco das investigações abrange um sistema de gerenciamento cujo contrato foi assinado pela antiga Secretaria de Portos, ao qual a Codesp aderiu em 2016 por R$ 12,3 milhões. A empresa N2O teria vencido a licitação por meio de direcionamento. Assim como a Codesp, outras companhias portuárias e logísticas também aderiram e o valor contratado, hoje, atingiu R$ 71,7 milhões. Para o TCU, os sistemas do contrato são pouco úteis e caros e vários processos que ele realiza são dispensáveis.
O terceiro contrato é referente ao pagamento indevido de R$ 1,2 milhão, pela Codesp, à Domain Consultores Associados em Informática, em setembro de 2016. A empresa alegava ter sido prejudicada por variações cambiais e exigia mais dinheiro do Porto de Santos, obtido com apoio do setor jurídico do Porto, após três negativas da área de logística, que não via razão para o pagamento extra. De acordo com a Procuradoria, os investigados eram ligados à Codesp e às empresas MC3 e N2O.
À Reportagem, a assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal informou que o procurador da República, Thiago Lacerda Nobre, responsável pelo caso, não se manifestará sobre a decisão da Justiça Federal. O MPF informou apenas que “agora, o processo vai seguir perante a Justiça Federal, com apresentação de provas e oitiva de testemunhas até que seja proferida a sentença”.
Defesa
Em nota, os advogados José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall’Acqua, que representam Cristiano Antonio Chehin, afirmaram que “o Ministério Público Federal apresentou uma denúncia inepta e descabida, sem qualquer prova e plausibilidade. É o abuso do direito de acusar. Cristiano Chein é inocente e confia no judiciário”.
As defesas dos demais citados não se manifestaram até o fechamento desta edição.
Infomoney - SP 13/04/2023
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos avançaram 597 mil barris, a 470,549 milhões, na semana encerrada no dia 7 de abril, informou nesta quarta-feira (12) o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda de 600 mil barris.
Já os estoques de gasolina caíram em 330 mil barris, a 222,245 milhões de barris, quando analistas esperavam recuo de 1,7 milhão de barris. Os estoques de destilados, por sua vez, tiveram baixa de 606 mil barris, a 112,445 milhões de barris, quando analistas projetavam queda de 500 mil barris.
Os estoques de petróleo em Cushing caíram 409 mil barris na semana, a 33,838 milhões de barris. Já a taxa de utilização das refinarias recuou de 89,6% na semana anterior a 89,3% na mais recente, anta previsão de 90,1% dos analistas.
A produção média diária de petróleo dos EUA teve crescimento, de 12,2 milhões de barris na semana anterior a 12,3 milhões de barris na mais recente.
IstoÉ Online - SP 13/04/2023
O petróleo avançou 2% nesta quarta-feira, 12, em sessão marcada pelo dólar fraco no exterior e apetite por risco renovado após a inflação ao consumidor dos Estados Unidos desacelerar em março. Investidores também acompanharam a publicação da ata da última decisão monetária do Federal Reserve (Fed), divulgada na reta final do pregão.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio avançou 2,12% (US$ 1,73), a US$ 83,26 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 2,01% (US$ 1,72), a US$ 87,33 o barril.
O “forte apetite de risco” ofereceu suporte ao mercado de petróleo nesta sessão, avalia o TD Securities, contudo, segundo a instituição, a sustentação deste movimento depende das negociações físicas impulsionarem os preços para níveis ainda mais altos.
Em relatório, o Julius Baer analisa que os impactos do corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) devem ser limitados e de curto prazo, formando “choques” momentâneos e não uma tendência em si. Na visão do banco, o mercado de petróleo está “bem balanceado e não precisa de intervenções” para atender a demanda global, considerando que a transição energética – principalmente a mudança para veículos elétricos – “visivelmente corrói” demanda ocidental pela commodity. “Vemos o preço do petróleo em um longo caminho rumo ao seu equilíbrio de mercado sustentável, que colocamos próximo a US$ 70 por barril”, projeta o Julius Baer.
No radar, os estoques de petróleo nos Estados Unidos subiram em 597 mil barris na semana encerrada em 07 de abril, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano. O número contraria a previsão de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que previam queda de 600 mil barris.
Investidores também acompanharam a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Fed, que revela que os dirigentes do BC americano concordaram em considerar eventos recentes em bancos nas próximas decisões de juros.
Petro Notícias - SP 13/04/2023
Um novo empreendimento importante para o estado de Sergipe. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorizou nesta semana a construção da primeira fase do chamado Gasoduto Terminal Sergipe, que interligará o Terminal de Regaseificação Nanook, da Eneva, à malha da Transportadora Associada de Gás (TAG). A autorização dada à TAG para iniciar a obra foi publicada hoje (12) no Diário Oficial da União. A Fase 1 do projeto contempla, ainda, a construção de uma área de scraper junto ao Gasoduto Catu-Pilar (trecho Catu-Carmópolis) e do Ponto de Recebimento Terminal Sergipe, adjacente ao Terminal. A empresa que conduzirá as obras é a Spiecapag Intech Engenharia.
O gasoduto de interligação terá 25 quilômetros de extensão, perpassando os municípios de Barra dos Coqueiros, Santo Amaro das Brotas e Rosário do Catete. A previsão é que a nova linha entre operação comercial até abril de 2024. O empreendimento permitirá a transferência de custódia no sentido do Terminal de Regaseificação Nanook para a rede de transporte da TAG.
Terminal de Regaseificação Nanook
O Terminal Nanook tem capacidade de regaseificação de 21 milhões de m³ por dia. A Usina Termelétrica Porto de Sergipe I, também da Eneva, consome 6 milhões de m³ por dia quando despachada. O excedente de gás será escoado pelo novo gasoduto. De acordo com o governo de Sergipe, o gasoduto de conexão terá capacidade de 14 milhões de m³ por dia e será uma importante porta de entrada do GNL importado para atender à região Nordeste.
Em fevereiro, foi aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI) o incentivo fiscal para aquisição dos tubos utilizados na obra. “Tal incentivo reduzirá os custos na aquisição do material e, consequentemente, o valor do investimento para a construção do gasoduto, resultando em uma tarifa de transporte mais competitiva, favorecendo a atração de operações para o terminal de GNL da Eneva”, disse o governo estadual, em nota.
Ao todo, foram fabricados aproximadamente 2.400 tubos, com 12 metros de extensão e 24 polegadas de diâmetro, que serão recebidos no canteiro de obras, localizado no município de Barra dos Coqueiros.
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