Exame - SP 13/01/2023
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições o ato de concentração envolvendo a ArcelorMittal Brasil S.A e a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que faz parte dos grupos econômicos da Vale (brasileira), Posco e Dongkuk (sul-coreanos). O despacho pela aprovação está publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 12.
A operação consiste na aquisição, pela ArceloMittal, de 100% das ações da Companhia Siderúrgica do Pecém, atualmente detidas por Posco, Dongkuk e Vale.
O acordo foi anunciado em julho de 2022, conforme noticiou na ocasião o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A estimativa é que o preço final referente à transação será de US$ 2,2 bilhões.
Segundo o parecer do Cade, a ArcelorMittal apresentou como justificativas econômicas para a operação a possibilidade de ampliar a sua capacidade global de produção de placas de aço, aproveitando-se da localização estratégica da CSP, a 10 km do Porto de Pecém (CE), para as exportações às principais regiões produtoras de aço no mundo; expandir a capacidade de produção de aços laminados planos no Brasil; e aproveitar o potencial da CSP de produzir placas de aço com menores impactos ambientais (menor emissão de carbono), dada a capacidade de geração de energia solar e eólica no Estado do Ceará.
Revista Manutenção e Tecnologia - SP 13/01/2023
As inscrições para o Swedish Steel Prize, promovido pela SSAB, multinacional sueca que tem como destaque a fabricação de aços de alta resistência, se encerram no dia 18 de janeiro de 2023.
O prêmio está aberto a qualquer indivíduo, empresa ou instituição e é concedido ao método ou produto que melhor mostra como as propriedades do tipo de aço escolhido contribuíram para uma inovação significativa.
Atraindo inscrições de todo o mundo, visa inspirar engenheiros, designers e inventores a explorar ainda mais o potencial ilimitado do aço.
O prêmio será anunciado em Estocolmo, na Suécia, como parte do evento Swedish Steel Prize 2023, de 10 a 11 de maio, onde colegas de todo o mundo aprendem, interagem e se inspiram com as novas tecnologias do aço e suas aplicações inovadoras.
Inscrições que abordem meio ambiente, soluções digitais e novas tendências da economia são especialmente incentivadas. O vencedor do Swedish Steel Prize recebe um diploma, uma estatueta do escultor Jörg Jeschke e intensa exposição na mídia. Em conjunto com o evento, a SSAB também fará uma doação de 100.000 coroas suecas (cerca de R$ 48 mil reais) para instituições de caridade.
Para mais informações, como regras, finalistas anteriores e como se inscrever, os candidatos podem acessar o site.
IstoÉ Dinheiro - SP 13/01/2023
A taxa anual de inflação ao consumidor chinês acelerou em dezembro, impulsionada pelo aumento dos preços dos alimentos mesmo que a demanda doméstica vacile em meio à atividade econômica contida.
Economistas esperam que a inflação continue a acelerar no primeiro trimestre de 2023.
O índice de preços ao consumidor subiu 1,8% em dezembro na base anual, de 1,6% em novembro, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira. O resultado ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters%.
A queda anual do índice de preços ao produtor diminuiu em dezembro para 0,7%, de recuo de 1,3% observado no mês anterior. A expectativa era de um declínio de 0,1%, refletindo a interrupção da indústria devido ao alto número de casos de Covid-19 no final de 2022.
A China abandonou suas medidas rigorosas de Covid zero no mês passado, levantando os lockdowns, removendo a quarentena e suspendendo os testes regulares. Como resultado, os economistas esperam que a inflação continue a acelerar no primeiro trimestre.
“Há alguns sinais iniciais de que a transição para viver com a Covid está começando a pressionar os preços para cima”, disse Zichun Huang, economista da Capital Economics. “Mas é improvável que a elevação da inflação seja tão grande quanto a observada em muitas outras economias quando elas reabriram.”
Analistas não esperam que o aumento da inflação provoque um aumento nas taxas de juros.
“Como a inflação permanecerá controlável no futuro próximo, acreditamos que o Banco do Povo da China precisará baixar a taxa MLF em 10 pontos-base no primeiro trimestre”, disse Zhou Hao, economista-chefe do Grupo Guotai Junan.
Os preços dos alimentos avançaram 4,8% em dezembro sobre um ano antes, após um aumento anual de 3,7% visto em novembro.
O núcleo da inflação, que exclui os preços de alimentos e energia, ainda é moderado, embora tenha subido de uma taxa anual de 0,6% em novembro para 0,7% no mês passado. Isso refletiu os efeitos iniciais da reabertura nos setores de saúde e viagens, onde a inflação disparou.
CNN Brasil - SP 13/01/2023
Operadores de futuros vinculados à taxa de juros do Federal Reserve aumentaram as apostas nesta quinta-feira (12) de que o banco central norte-americano desacelerará ainda mais seu ritmo de altas de juros na próxima reunião, depois que um relatório do governo mostrou que a inflação nos Estados Unidos diminuiu no mês passado.
Os futuros da taxa de juros do Fed subiram depois que o Departamento do Trabalho dos EUA informou que os preços ao consumidor caíram no mês passado, refletindo uma probabilidade de quase 85% de que o Fed elevará os juros em apenas 0,25 ponto percentual em sua próxima reunião, entre 31 de janeiro e 1 de fevereiro, contra apenas 15% de chance outro aumento de 0,5 p.p.
Os operadores também aumentaram as apostas de que o Fed interromperá as altas de juros com a taxa pouco abaixo de 5% em junho. A faixa atual é de 4,25% a 4,5%.
Money Times - SP 13/01/2023
A reação cambaleante dos mercados acionários vem à reboque da fala do presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Patrick T. Harker, que, ao comentar sobre a inflação, ratificou a projeção de juros terminais acima de 5%. Segundo ele, “os juros precisam estar cima de 5%, mas não muito acima deste nível”.
O comentário de Harker toca em um ponto sensível aos investidores — a realidade de juros altos por uma maior duração como caminho necessário para a convergência da meta inflacionária.
A possibilidade de juros mais altos, por mais tempo, corrigiu para cima a expectativa de rendimentos dos títulos da dívida pública dos EUA (Treasury notes), promovendo uma queda dos preços para os títulos disponíveis.
Por volta das 12h30, as T-notes de 10 anos (longo prazo) rendiam 3,531%, de 3,541% na véspera; já as T-bills de 2 anos (curto prazo) tinham rendimentos de 4,169%, de 4,2280% da véspera.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de moedas fortes, apresenta queda de 0,22%, aos 102,68 pontos.
CPI de dezembro é sinal verde para aumento de 0,25 ponto percentual em fevereiro
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% em dezembro, fazendo a inflação dos EUA encerrar 2022 em 6,5%. O núcleo da inflação, por sua vez, que desconta itens voláteis como alimentos e energia, veio levemente abaixo do esperado, aos 5,7%.
Como põe a Capital Economics, a leitura foi ajudada por uma queda de 9,4% do preço da gasolina e um aumento de 0,3%, mais modesto, de alimentos. A instituição considera ainda como um leve “desvio” a vinda de um aumento de 0,8% nos aluguéis, contrapondo a perspectiva de redução dos preços de novos inquilinos. Ainda assim, a previsão é que tais medidas comecem a desacelerar em breve.
Renato Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos, avalia que “a expectativa agora é de que o Fed suba juros em 25 pontos-base nas duas próximas reuniões, o que é bem visto pelo mercado.”
De fato, a alta de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, o que elevaria o juros básico dos EUA para a faixa de 4,50-4,75%, é dada praticamente como certa pelas instituições financeiras depositárias do Fed Funds.
As apostas cravam 93% de chances para que o cenário mais moderado ocorra no dia 1 de fevereiro, dia da decisão da autoridade.
Agência Brasil - DF 13/01/2023
As cestas de compras de todas as faixas de renda tiveram aumento em dezembro, segundo pesquisa divulgada hoje (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). O instituto destrinchou os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e aponta que o aumento de preços foi mais intenso para as famílias de renda muito baixa, que ganham menos que R$ 1.726,01.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já tinha divulgado que o índice geral fechou dezembro em 0,62%, enquanto a variação havia sido de 0,41% em novembro. Na cesta de compras das famílias de renda muito baixa a variação mensal foi de 0,71%, acima da média geral, calculou o Ipea.
As famílias de renda baixa e média baixa também tiveram inflações acima do índice geral, com 0,67% e 0,69%, respectivamente. Estão incluídas no primeiro grupo as famílias que recebem entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02. Já no segundo, aquelas que ganham entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04.
As fatias da população classificadas como de renda média, média alta e alta tiveram inflação menos intensa que as mais pobres em dezembro. Mesmo assim, o índice também foi superior ao de novembro. Os percentuais foram de 0,62%, 0,59% e 0,50%, respectivamente.
É considerada família de renda média pelo Ipea aquela que soma entre R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07 por mês. Em seguida, o grupo de renda média alta ganha entre R$ 8.630,07 e R$ 17.260,14. Já o grupo de renda alta tem ganhos mensais superiores a R$ 17.260,14.
Saúde e alimentação
Uma das causas do maior impacto da inflação pesar nas cestas de compras de famílias mais pobres foi a alta nos preços no grupo de alimentação e bebidas. Essas famílias são as que gastam o maior percentual de suas rendas com alimentação, e, por isso, acabam mais afetadas. O outro grupo que exerce pressão é da saúde e cuidados pessoais, que teve um impacto mais equilibrado entre as faixas de renda, mas também pesou mais na cesta de compras dos mais pobres.
Segundo o Ipea, esses dois grupos de gastos respondem por mais da metade da inflação das famílias de renda muito baixa, com 0,43 ponto percentual dos 0,71% de inflação. Entre as famílias de renda alta, esses mesmos grupos correspondem a 0,21 ponto percentual dos 0,50% de inflação.
Acumulado em 2022
Com o fechamento de dezembro, o índice de inflação geral de 2022 foi de 5,78%, uma desaceleração em relação a 2021, quando somou 10,06%. Apesar da queda, o indicador ficou acima da meta estipulada pelo Banco Central, que era um índice de, no máximo, 5%.
O Ipea destaca que, "ao contrário do ocorrido no triênio anterior (2019-2021), a inflação acumulada em 2022 foi menor para o segmento de renda muito baixa (6,35%) relativamente ao observado na faixa de renda alta (6,83%)". A menor taxa de 2022 foi verificada na classe de renda média baixa, de 5,59%.
A maior pressão inflacionária no ano de 2022 veio do grupo alimentação e bebidas, com destaque para cereais (8,7%), farinhas e massas (22,7%), tubérculos (40,2%), frutas (24,0%), leite e derivados (22,1%), aves e ovos (7,9%) e panificados (20,6%). Para as famílias de renda muito baixa e baixa, mais da metade da inflação veio desse grupo.
IstoÉ Dinheiro - SP 13/01/2023
O dólar à vista desceu à menor cotação de fechamento de 4 de novembro nesta quinta-feira, 12, após dados do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos reforçarem a percepção de que o Federal Reserve vai reduzir a intensidade da sua elevação de juros. Essa aposta foi corroborada por discursos de dirigentes do BC americano. O real teve a segunda melhor performance em relação ao dólar entre as principais moedas negociadas no mundo, em meio à visão de que aqui o trabalho para debelar a inflação está adiantado e que, diante disso, as taxas de juros locais seguem bastante atrativas. Medidas econômicas do governo, que pretende zerar o déficit com ações do lado da receita, foram monitoradas, mas não chegaram a influenciar na cotação.
O CPI americano era o indicador mais esperado da semana pelos agentes, e acabou entregando a resposta que muitos deles apostavam. O índice de preços marcou deflação de 0,1% na margem em dezembro, quando se esperava estabilidade. Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, subiu 0,3% na comparação mensal de dezembro, vindo em linha com o consenso do mercado.
Na curva de juros dos Fed Funds, a precificação de alta de 25 pontos-base passou de 76,7% ontem para 92,3% hoje. Em dezembro, o Fed já havia feito uma elevação menos intensa (50 pontos) que a de novembro (75 pontos).
Assim, o dólar à vista terminou o dia cotado a R$ 5,1005, desvalorização de 1,55%. Perto das 18h, o dólar fevereiro cedia aos R$ 5,1200, recuo de 1,17%. Hoje o DXY, que mede a moeda americana contra seis pares fortes, caiu aos 102,246 pontos, diante do salto do iene, a única divisa que superou o real em performance hoje. Há relatos na imprensa de que o Banco do Japão (BoJ) vai estudar os efeitos colaterais de sua política monetária já na semana que vem.
E é também a política monetária que fez o real ter a performance desta quinta-feira. Ainda que o Brasil esteja em processo de desinflação há mais tempo, o que chancela uma queda de 120 pontos-base este ano, segundo cálculos do mercado com base na curva de juros, as taxas reais segue extremamente atrativas para o fluxo externo.
Para o economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIF), Robin Brooks, três temas impulsionam os mercados emergentes em 2023: a queda da inflação americana, o fim da política de Covid Zero na China e a subida dos preços das commodities. “Todos os três são os que mais beneficiam a América Latina, devido ao seu status de grande exportador de commodities. O peso mexicano está pegando fogo. O real brasileiro, se aproximando”, escreveu, em seu perfil no Twitter.
O Estado de S.Paulo - SP 13/01/2023
A sinalização de que o novo governo busca reduzir o déficit primário para abaixo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) foi considerada positiva pelos economistas ouvidos pelo Estadão, mas eles dizem que é difícil estimar o real impacto para as contas públicas das medidas anunciadas.
No pacote anunciado nesta quinta-feira, 12, a equipe econômica informou que planeja reduzir o rombo de R$ 231,5 bilhões previstos no Orçamento, o equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), para algo em torno de 0,5% a 1% neste ano - como prevê boa parte dos analistas de bancos e consultorias.
“Acho que há um sinal positivo de o ministro assumir que o déficit primário deverá ficar próximo de 1% do PIB”, afirma Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados.
“Do plano proposto, o certo é a arrecadação dos fundos do PIS/Pasep e a reversão das desonerações. A estimativa de receita é possível, mas fica em aberto porque depende do que será crescimento e inflação”, acrescenta.
No pacote anunciado, o Ministério da Fazenda fez uma reestimativa das receitas em R$ 36,4 bilhões e previu um ganho de R$ 28,8 bilhões com a volta de PIS/Cofins sobre combustíveis. “Nada muda em nossa estimativa, que segue em déficit primário de 1% do PIB este ano, mas é positivo o governo assumir que não deverá ser muito diferente disso”, afirma Vale.
Num cenário otimista, em que todas as medidas anunciadas sejam alcançadas, o governo estima que pode até entregar um superávit primário de 0,10% do PIB.
Há uma grande dúvida, no entanto, em relação às medidas que envolvem o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). O governo espera aumentar as receitas com o incentivo à redução de litigiosidade do órgão e com o incentivo à denúncia espontânea.
“Uma parte do que foi anunciado não é factível. As medidas que envolvem o Carf têm uma viabilidade baixa”, afirma Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da Ryo Asset. “Se essas medidas se mostrarem factíveis, aí o mercado pode passar a considerá-las.”
O mercado também aguarda outras sinalizações importantes: como o governo deve reavaliar as despesas, em especial o novo Bolsa Família, diante dos problemas no Cadastro Único; qual será o novo regime fiscal, em substituição ao teto de gastos; e como será a reforma tributária a ser apresentada.
“É importante fazer uma revisão do Cadastro Único. Já foi um problema e ele foi agudizado em ano eleitoral, com o crescimento grande de famílias unipessoais”, diz Barros.
Infomoney - SP 13/01/2023
A decepção com o resultado do setor de serviços prestados no Brasil após a divulgação da estabilidade (0,0%) em novembro – ante uma expectativa de alta de 0,2% do mercado – se soma aos dados recentes de produção industrial (-0,1% na margem) e das vendas varejistas (-0,6%) para formar um quadro de desaceleração da atividade no final do ano. Analistas destacam que nem o evento da Copa do Mundo de futebol no período conseguiu reverter esse quadro que o carregamento (“carry over”) deixado para quarto trimestre é de tímidos 0,3%.
Análise do Bradesco BBI, considerou o resultado como “medíocre”, especialmente porque se esperava uma alta no consumo de bens para serviços por conta dos jogos da Copa. Os analista do banco destacam especialmente o fraco desempenho do grupo Informação e Comunicação no mês (queda de -0,7% ante alta de 1,1% no mês anterior) e de Outros Serviços (-2,2% frente a +2,8%).
Outro grupo que teve desempenho fraco foi o de Serviços às Famílias, que caíram 0,8%, após um recuo de 1,2% em outubro. O volume desses serviços está agora 6,7% abaixo do valor pré-pandemia. A nova queda deveu-se ao Alojamento e Restauração, que estão 8,9% abaixo do nível de antes da pandemia.
Já as categorias em crescimento se recuperaram apenas parcialmente da queda de outubro. Tanto os Transportes e Correios, que subiram 0,3% ante retração de 1,7% um mês antes, como os Serviços Profissionais (+0,2% ante -0,9%) registaram apenas uma recuperação limitada, destacou o banco.
O Bradesco BBI não mudou ainda sua projeção de crescimento do PIB para o quarto trimestre, que continua de queda de 0,2% , mas admitiu que está com uma “visão cautelosa” sobre a atividade no curto prazo, especialmente no primeiro semestre de 2023.
O diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do banco Goldman Sachs, Alberto Ramos, também considerou que o sinal da atividade de serviços é consistente com um conjunto mais amplo de indicadores econômicos, apontando para uma perda do impulso real do ciclo de negócios durante o quarto trimestre do ano passado. Ele também calcula em 0,3% o “carry over” para o último trimestre de 2022.
Para o cenário à frente, Ramos diz esperar que alguns dos setores de serviços ainda afetados pela Covid – em particular serviços para famílias – se recuperem nos próximos meses. A previsão se apoia nos impactos da renovação dos estímulos fiscais, nom mercado de trabalho ainda firme e na inflação retraída.
Natalia Cotarelli e Matheus Felipe Fuck, que assinam relatório do Itaú, também esperam que setor de serviços deve desacelerar nos próximos meses. “À medida que os efeitos da reabertura estão se dissipando, esperamos um crescimento moderado para o setor no quarto trimestre. O carrego estatístico atingiu +0,3% no trimestre”, analisaram.
O Itaú destacou negativamente o fraco dos serviços prestados às famílias em novembro, mas também não alterou sua estimativa de PIB para o quatro trimestre, que permaneceu em queda de 0,2% na comparação trimestral com ajuste.
Rodolfo Margato, economista da XP, afirmou em relatório que as receitas reais do setor de serviços estáveis entre outubro e novembro corroboram a estimativa de estagnação do setor terciário no 4º trimestre de 2022, após longo período de recuperação sólida com a flexibilização das restrições ligadas à pandemia, que foi visível a partir do 1º semestre de 2021.
Para o economista, o serviços mais ligados à demanda das empresas continuam em rota de desaceleração no mês. Isso inclui o grupo de Serviços de Informação e Comunicação, de Transporte e Armazenagem e os Serviços Profissionais e Administrativos.
Com os dados de hoje, a estimativa final para o IBC-Br – proxy mensal do PIB calculada pelo Banco Central – de novembro está em queda de 0,6% ante outubro – e alta de 1,8% frente a novembro de 2021. Já o Tracker XP para o PIB do 4º trimestre passou a indicar recuo de 0,2% em relação ao o 3º trimestre de 2022.
“Com isso, nossa estimativa de crescimento do PIB em 2022 – atualmente em 3% – tem ligeiro viés baixista (para 2,9%). Por fim, prevemos desaceleração econômica acentuada em 2023 (alta de 1,0%), explicada principalmente pelos efeitos da política monetária contracionista.”
O BTG Pactua destacou que o dado de serviços do IBGE apresentou uma difusão de 50%, com alta em 6 dos 12 grupos pesquisados, apontando uma leitura bastante heterogênea. O destaque altista ficou com os grupos Outros Serviços Prestados às Famílias, Serviços Audiovisual, Transporte Aquaviário e Transporte Aéreo, que foram beneficiados pela Copa do Mundo e pela Black Friday no mês.
Para 2023, o banco disse esperar que o setor de serviços deve continuar a tendência de arrefecimento. “Além disso, as leituras devem ficar mais concentradas em determinados grupos, com manutenção da difusão em patamar mais baixo. Nesse sentido, os Serviços Prestados às Famílias podem continuar se destacando, mas em menores dimensões, enquanto Transporte deve ser depreciado pela menor demanda de Bens”, previu.
Auto Industria - SP 13/01/2023
Enquanto as vendas de veículos leves produzidos localmente caíram 2,1% no ano passado, baixando de 1.729.189 para 1.693.503 unidades, o segmento de importados cresceu 7,7%, de 247.921 para 266.959 licenciamentos. Com isso, a participação dos carros e comerciais leves vindos de outros países subiu de 12,5% para 13,6% no comparativo interanual.
Em contraste com os números gerais do mercado, divulgados na semana passada pela Anfavea, as associadas da Abeifa, entidade que abriga importadores e também fabricantes locais, registraram queda de 16,9% no número de emplacamento de importados e de 27,6% no de veículos produzidos aqui. As vendas em 2022 das 11 associadas da entidade foram de, respectivamente, 21.133 e 34.557 unidades, ante as 25.421 e 47.755 de 2021.
A Abeifa representa marcas de baixíssimos volumes, como Aston Martin e McLaren, mas também algumas com produção local e maior participação no mercado, como Caoa Chery, Jaguar, Land Rover e Suzuki. Complementam o quadro da entidade a Byd, Jac Motors, Kia, Porsche e Volvo.
No acumulado de janeiro a dezembro as únicas a registrarem crescimento foram a Aston Martin, que elevou emplacamentos de duas para 24 unidades, a Byd, de 135 para 260, a Kia, de 5.042 para 5.378, a Jac, de 930 para 1.234, e a Porsche, de 3.088 para 3.187. Essas cinco marcas não têm produção de automóveis e comerciais leves nos País, vivendo, dessa forma, exclusivamente de importados no segmento dos leves.
Outra marca sem produção local que teve crescimento expressivo em 2022 foi a Ram, pertencente ao conglomerado Stellantis, que reúne também Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën e detém perto de 1/3 das vendas totais de veículos no País. Em expansão pelo terceiro ano consecutivo, a Ram encerrou o ano passado com crescimento de 83%. Foram 5.056 emplacamentos sobre os 2.760 realizados no ano anterior.
Em relação aos modelos, o maior destaque foi para a Ram 3500, lançada no final de março e a topo de linha da marca. Só esse modelo respondeu por 2.201 emplacamentos, o que o colocou em terceiro na lista dos veículos premium mais vendidos do país.
Os números de importados da Anfavea também contemplam os produtos vindos da Argentina, em alguns casos de extrema importância para complementação do portfólio das montadoras com produção local. É o caso da Toyota Hilux, do SUV Volkswagen Taos e do Fiat Cronos, apenas alguns dos modelos fabricados no país vizinho que fazem sucesso junto ao consumidor brasileiro.
Porto Gente - SP 13/01/2023
É importante que a autoridade portuária identifique a competição entre portos.
As cenas do golpismo intentado contra a sede do governo do Brasil e abatido, neste início de semana, pela competência dos poderes da República e mobilização cívica, esboçam uma estruturação e consciência nacionalmente comprometidas com a democracia e certeza do caminho a seguir, expresso legitimamente nas urnas. A solidariedade prestada ao presidente Lula, por líderes mundiais, confirma a sua percepção do mundo e consolida o seu importante papel no novo cenário das relações bilaterais. Apoiado majoritariamente por governadores, entre os quais o de São Paulo, o pujante estado brasileiro, une esforços para enfrentar os reais problemas do País.
Atualmente, o comércio marítimo vive uma perspectiva de demanda da carga cada vez mais pessimista. Como consequência, interrompe os pedidos de novos contêineres, os alugados são devolvidos; aumenta a demanda de armazenagem desses equipamentos vazios que sobrecarregam os depósitos. Um cenário bem adverso da realidade do setor, até há pouco tempo. A causa é a crise econômica, que reflete na indústria naval e diminui a sua produção. Uma transição de cenários: de um presente sustentado pelo passado que adentra um futuro de muitas incertezas e tantos desafios.
Decerto essa crise está atravessando os mares e deve ser devidamente tratada, acalmada e superada, no âmbito do nosso território, com a conjugação dos quatro elementos do progresso: trabalho, capital, recursos e inovação. Produtividade dos portos, impulsionada por novas tecnologias e qualidade dos seus gestores, é fator essencial para o sucesso do comércio internacional. As logísticas globais, daqui para frente, terão uma agilidade competitiva centrada na inovação. As políticas comerciais do governo Lula, como anunciado, irão buscar o acesso aos mercados abertos em todos os países. Para serem eficazes, elas não podem ser meros instrumentos de influência e interesses políticos, sem alinhamento com a produtividade das logísticas e prosperidade nacional.
Como foi determinado na primeira reunião ministerial, o presidente Lula quer ritmo acelerado de seus ministérios. E isto deve ser cobrado dos portos. Para tanto, é essencial descentralizar de Brasília a tomada de decisões gestoras dos portos. Desta forma, terá flexibilidade adequada, alinhada à realidade da sua comunidade. Independente se a administração seja pública ou privada. A começar pela diretoria do porto ter a anuência do Conselho de Autoridade Portuária, ainda que de modo consultivo. Os fatores determinantes têm a ver com os incentivos que movimentam os que estão dentro do sistema.
O Novo Ano estimula a conquista do sucesso e no Brasil inicia um novo governo, com total mudança de rumo. No Porto de Santos não pode haver mais tolerância aos erros, sob risco de comprometer o seu futuro. Tem uma comunidade com excelentes competências do negócio portuário. A questão a ser resolvida é a meta a ser atingida. Isto é um debate intenso e estruturado, com objetividade e aberto na Web. De pronto, a já muito atrasada privatização do canal de acesso ao porto. Proposta, esta, bem demonstrada pelo Engº Luiz Alberto Costa Franco, que chefiou e estudou esse assunto, com competência e paixão, por quatro décadas.
Privatizar o canal de acesso ao Porto de Santos será um brilhante início da gestão do ministro de Portos e de Aeroportos, Márcio França. Oportuno refletir David Osborn, “o governo pertence à comunidade: ao transferir o poder de decisão, dá responsabilidade aos cidadãos em vez de servi-los”.
Portos e Mercados - SP 13/01/2023
O projeto da nova classe foi desenvolvido pelo China Shipbuilding Group. Com 365 metros de comprimento e 50,9 metros de boca, as embarcações são cerca de 12 metros mais curtas do que as maiores embarcações de 24.000 TEUs.
A China está se destacando na construção da nova geração de navios porta-contêineres ultragrandes. Dois novos navios ultragrandes de 24.000 TEUs estão em construção nos estaleiros chineses, que lideram o desenvolvimento dos novos gigantes da MSC, OOCL e Evergreen. A China State Shipbuilding Corporation destaca as obras em desenvolvimento da divisões industriais da empresa. Dois dos estaleiros lançaram simultaneamente a primeira de uma nova classe de navios de 16.000 TEUs para a MSC.
Nos primeiros dias deste mês, a Dalian Shipbuilding e a Guangzhou Shipbuilding International lançaram cada uma uma nova embarcação na nova classe da MSC de 16.000 TEUs. O contrato prevê um total de 13 navios com entrega entre 2023 e 2025.
O projeto da nova classe foi desenvolvido pelo China Shipbuilding Group. Com 365 metros de comprimento e 50,9 metros de boca, as embarcações são cerca de 12 metros mais curtas do que as maiores embarcações de 24.000 TEUs.
Portos e Navios - SP 13/01/2023
No ano em que completou 20 anos de operação, o terminal portuário do Pecém, que faz parte do Complexo do Pecém (CIPP S.A.), uma joint venture formada pelo Governo do Estado do Ceará e pelo Porto de Roterdã, voltou a alcançar uma marca histórica. Registrou, ao longo de 2022, um novo recorde na sua movimentação anual de contêineres. Ao todo, 417.132 TEUs passaram pelo porto cearense no decorrer do ano passado, um crescimento de 2% em relação a 2021, quando 410.557 TEUs foram movimentados.
Com o resultado, o Porto do Pecém conseguiu, pela segunda vez na sua história, superar a marca de 400 mil TEUs movimentados em um ano, consolidando assim, cada vez mais, sua eficiência, agilidade e capacidade operacional de classe mundial. Em unidades, foram 247.377 contêineres movimentados em 2022, acima do resultado alcançado no ano anterior, de 244.811 unidades.
Somente em novembro de 2022, foram movimentados 43.186 TEUs no Porto do Pecém, o melhor resultado obtido em um único mês ao longo do ano passado e, além disso, o segundo melhor resultado mensal da história do terminal portuário, atrás apenas dos 46.002 TEUs registrados em outubro de 2020.
“Iniciar o ano anunciando esse recorde de movimentação de contêineres é motivo de muito orgulho para todos nós. Importante salientar o volume significativo de painéis solares nesta carga conteinerizada de 2022, o que reforça o comprometimento do Complexo do Pecém (CIPP S.A.) com a transição energética e com o fortalecimento do Hub de Hidrogênio Verde do Ceará”, afirma Hugo Figueirêdo, presidente do Complexo do Pecém.
A cabotagem respondeu por 365.563 TEUs em 2022, crescimento de 6% em relação ao ano anterior. Já no longo curso (movimentação entre o Pecém e outros portos do mundo), a movimentação de contêineres atingiu a marca de 51.569 TEUs.
As mercadorias transportadas em contêineres somaram o volume de 5.563.616 toneladas no ano passado, o segundo tipo de carga mais movimentada no Porto do Pecém em 2022 – atrás apenas do granel sólido, com 7.403.278 toneladas. A carga conteinerizada foi, assim, a segunda carga mais relevante na composição do índice de natureza da carga em toneladas, com 33% de participação.
Na comparação com 2021, a movimentação de cargas conteinerizadas, em toneladas, apresentou um crescimento de 3% no acumulado do ano passado.
Portos e Navios - SP 13/01/2023
Com 33,610 milhões de toneladas de cargas movimentadas, o Porto do Itaqui registrou crescimento de 8% em relação a 2021 e de 4% sobre o planejado pela Emap – Empresa Maranhense de Administração Portuária. Os granéis sólidos são o grande destaque, com 23 milhões de toneladas movimentadas, o que representa uma alta de 19% em relação ao ano passado e 11% acima do planejado pela Emap.
Dentre os granéis sólidos, a soja e o milho tiveram a maior movimentação anual da história do porto público do Maranhão, com 11,2 milhões de toneladas e 6,6 milhões de toneladas, respectivamente. A exportação de celulose produzida pela fábrica da Suzano no Maranhão também superou a marca histórica, com 1,705 milhão de toneladas.
O último mês do ano foi o melhor dezembro no Itaqui, com 2,564 milhões de toneladas movimentadas, 57,5% superior ao planejado para o mês e 47% acima do mesmo período de 2021, impulsionado principalmente pela exportação de milho (1,075 milhão de tons).
“Esses números demonstram a manutenção da curva de crescimento do porto público do Maranhão e reafirmam o seu papel como hub regional e nacional em uma série de cargas. Os resultados de 2022 refletem um grande trabalho da equipe EMAP e de toda a comunidade portuária em suas diversas cadeias produtivas, bem como nos investimentos tanto com recursos da autoridade portuária quanto da iniciativa privada”, afirma o diretor de Operações do Porto do Itaqui, Jailson Luz.
Petro Notícias - SP 13/01/2023
Ainda não foi nesta quinta-feira (12) o tão aguardado fim da novela envolvendo o gasoduto Subida da Serra, da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás). A Agência Nacional do Petróleo (ANP) votaria hoje, durante sua reunião da diretoria colegiada, a proposta de um acordo que encerraria a disputa envolvendo o projeto. O diretor da ANP Fernando Moura é o relator da proposta que seria apresentada hoje. Contudo, o diretor Daniel Vieira (foto) pediu vista do processo. Ainda não foi definida uma nova data para que a agência volte a analisar o caso.
Moura levaria hoje para votação uma nota técnica intitulada “Avaliação da Possibilidade de Acordo sobre o Gasoduto Subida da Serra”. Além disso, os diretores também discutiriam a realização de consulta pública acerca do teor dessa Nota Técnica e da minuta de acordo, entre a ANP e a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), para estabelecer condições possíveis e necessárias para que o Gasoduto Subida da Serra possa operar de acordo com as legislações federal e estadual.
Para lembrar, o imbróglio envolvendo o Subida da Serra começou em setembro de 2021, quando a ANP classificou o gasoduto como sendo uma linha de transporte. Essa decisão jogou um banho de água fria nos planos da distribuidora paulista Comgás, que pretendia incorporar a linha em seu portfólio. O projeto tem como objetivo transportar 16 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) de gás natural proveniente de uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) ou de um Terminal de gás natural liquefeito (GNL) até à malha de distribuição da Comgás.
A Arsesp reconheceu o gasoduto como sendo de distribuição, embora uma nota técnica da agência (NT.F-0030-2019) reconheça que “o projeto tem características operacionais que o assemelham a um gasoduto de transporte”. Para que os planos da Comgás (do grupo Cosan) sejam viabilizados, é necessário que o gasoduto ganhe o carimbo de projeto de distribuição.
Em outubro de 2021, a Arsesp e a Comgás apresentaram à ANP um pedido de reconsideração em relação à resolução (n° 533/2021) que classificou o Subida da Serra como um gasoduto de transporte. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) solicitou a revogação desta resolução. Em junho de 2022, a ANP formalizou uma proposta de acordo com a Arsesp sobre a classificação do gasoduto Subida da Serra.
Um dos termos da proposta de acordo determina que o gasoduto não poderá fazer conexão com fontes primárias de suprimentos, incluindo unidade de processamento ou novos projetos de terminais de regaseificação de GNL posteriores ao terminal de regaseificação de São Paulo, ou com estocagens subterrâneas de gás natural.
IstoÉ Dinheiro - SP 13/01/2023
Os preços do petróleo subiram cerca de 1 dólar o barril nesta quinta-feira, apoiados por números que mostram que os preços ao consumidor dos EUA caíram inesperadamente em dezembro e pelo otimismo sobre as perspectivas de demanda da China.
O índice de preços ao consumidor dos EUA caiu 0,1%, sugerindo que a inflação está agora em uma tendência de queda sustentada. A principal importadora de petróleo, a China, está reabrindo sua economia após o fim das restrições rígidas contra Covid-19, aumentando as expectativas de maior demanda por petróleo.
O petróleo Brent fechou a 84,03 dólares o barril, subindo 1,36 dólar, ou 1,7%. O petróleo nos EUA fechou a 78,39 dólares o barril, ganhando 0,98 dólar, ou 1,3%.
Também impulsionando o petróleo, a moeda norte-americana caiu para uma mínima de quase nove meses em relação ao euro, depois que os dados da inflação aumentaram as expectativas de que o Federal Reserve será menos agressivo daqui para frente com aumentos de juros.
Na quarta-feira, os dois índices de referência do petróleo subiram 3%, na esperança de que as perspectivas econômicas globais não sejam tão sombrias quanto muitos temiam.
Money Times - SP 13/01/2023
A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu negar nesta quinta-feira pedido feito pela Petrobras (PETR4) e manter a interdição do conjunto de ativos da companhia conhecido como Polo Bahia Terra, por motivos de segurança.
Ao mesmo tempo, a ANP decidiu criar um grupo de trabalho para monitorar a situação no polo e articular as ações necessárias à retomada gradual e completa de sua produção, conforme afirmou em nota, sem dar prazos.
“A ANP entende que não pode se furtar ao seu dever de fazer cessar as situações de risco grave e iminente, mas, ao mesmo tempo não medirá esforços para que a retomada da produção ocorra o mais rápido possível”, disse a reguladora.
O grupo de trabalho a ser criado deverá trabalhar junto à empresa para definição da estratégia para o retorno da produção do Polo Bahia Terra, “com o saneamento dos desvios críticos causadores de riscos graves e iminentes no menor tempo possível”, segundo a agência.
A medida também visa trabalhar em um cronograma de retorno à operação, com ações priorizadas, com base na capacidade de produção, na garantia do abastecimento, no menor tempo de saneamento dos condicionantes estabelecidos na interdição e em outros critérios cabíveis.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a pedido de comentários.
A paralisação pela ANP de 37 instalações terrestres de produção de petróleo e gás da petroleira estatal do polo na Bahia foi noticiada em dezembro, após uma auditoria da autarquia.
A agência reiterou que na fiscalização presencial feita por técnicos da autarquia entre 5 e 9 de dezembro foi constatada a falta de sensores de fogo e gás; a indisponibilidade de sistemas fixos de combate a incêndio; o subdimensionamento de respiros de emergência; e a não previsão de ações de intertravamento em caso de gás confirmado.
Disse que verificou-se também a falha da empresa de não avaliar e, consequentemente, não gerenciar, os riscos específicos das instalações e suas operações no polo, pois não há estudos de consequência de eventuais incêndios e explosões, “o que é mandatório pela própria filosofia de segurança da operadora”.
A ANP explicou ainda que autorizou em 15 de dezembro a prorrogação, solicitada pela Petrobras, do prazo para a conclusão da parada dos poços e das instalações de produção nos campos interditados, com base no Plano de Parada Segura apresentado pela empresa.
Dessa forma, o prazo para suspensão gradual das atividades, que inicialmente era de 72 horas, ou até o final do dia 15 de dezembro, foi prorrogado até esta quinta-feira.
Atualmente, a Petrobras negocia a venda do Polo Bahia Terra com um consórcio de empresas formado por Petrorecôncavo e Eneva.
O Estado de S.Paulo - SP 13/01/2023
A safra agrícola de 2023 deverá totalizar 296,209 milhões de toneladas, um salto de 12,6% em relação ao resultado de 2022, o equivalente a 33,1 milhões de toneladas a mais. Se confirmado, será mais uma safra recorde. Os dados são do terceiro e último Prognóstico da Produção Agrícola, divulgado nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao segundo prognóstico, referente a novembro, a projeção para a produção agrícola de grãos em 2023 foi ajustada ligeiramente para cima, com alta de 0,8%, ou 2,2 milhões de toneladas a mais.
Os produtores brasileiros deverão plantar 75,256 milhões de hectares na safra agrícola de 2023, uma elevação de 2,7% em relação à área colhida em 2022.
Associe-se!
Junte-se a nós e faça parte dos executivos que ajudam a traçar os rumos da distribuição de aço no Brasil.
© 2019 INDA | Todos os direitos reservados. desenvolvido por agência the bag.