O Estado de S.Paulo - SP 12/06/2025
O presidente americano Donald Trump anunciou nesta quarta-feira, 11, que os Estados Unidos vão conseguir o fornecimento de ímãs e terras raras da China sob um novo acordo comercial e que as tarifas sobre produtos chineses subirão para 55%.
Em troca, Trump disse que os EUA fornecerão à China “o que foi acertado”, incluindo permitir que estudantes chineses frequentem faculdades e universidades americanas. O presidente republicano havia começado recentemente a reprimir a presença de cidadãos chineses em universidades dos EUA.
A nova tarifa de 55% representaria um aumento significativo em relação à taxa de 30% estabelecida na Suíça durante as negociações entre os dois países realizadas em maio.
“NOSSO ACORDO COM A CHINA ESTÁ FEITO, SUJEITO À APROVAÇÃO FINAL DO PRESIDENTE XI E MINHA”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.
Ele disse que ímãs completos e quaisquer terras raras necessárias para a indústria americana serão fornecidos antecipadamente pela China.
“ESTAMOS OBTENDO UMA TARIFA TOTAL DE 55%, A CHINA ESTÁ OBTENDO 10%. A RELAÇÃO É EXCELENTE!”, escreveu Trump, sem dar detalhes dessas tarifas.
Negociadores seniores dos EUA e da China anunciaram na terça-feira à noite em Londres que haviam chegado a um acordo sobre uma estrutura para retomar as negociações comerciais após uma série de disputas que ameaçaram inviabilizá-las.
O anúncio foi feito ao final de dois dias de negociações na capital britânica, que foram encerradas na terça-feira à noite.
Reação chinesa
A reação chinesa às negociações em Londres, porém, foi muito mais contida. De acordo com o Ministério do Comércio da China, as conversas comerciais com os Estados Unidos avançaram, mas o país fez cobranças diretas a Washington e reiterou sua disposição de manter firmeza em disputas tarifárias. Segundo comunicado de Pequim, “não há vencedores em uma guerra comercial” e, embora o país não esteja disposto a “travá-la”, também “não teme enfrentá-la”.
A China disse ainda que está disposta a negociar com sinceridade, mas sempre com “princípios”, e apelou aos EUA que “cumpram com seriedade os compromissos assumidos” e a “implementem ativamente os consensos alcançados”.
O comunicado expressa esperança em uma relação mais “estável”, afirmando que as duas partes devem promover laços econômicos e comerciais estáveis e de longo prazo e reafirma a intenção de Pequim de reforçar a cooperação com os EUA.
Tarifas móveis
O anúncio feito por Trump mostra que suas tarifas continuam sendo um alvo móvel, em vez de uma ferramenta política transparente usada para aumentar as receitas e obter condições comerciais mais favoráveis.
O presidente dos EUA continua adotando uma abordagem instável em relação às tarifas, ameaçando alterar as taxas de maneiras que os parceiros comerciais consideram aleatórias. Recentemente, ele dobrou as tarifas sobre o aço e o alumínio para 50%, possivelmente aumentando os custos para os fabricantes e construtoras americanas que dependem desses metais como matéria-prima.
Ele ameaçou aplicar uma tarifa de 50% à União Europeia, acreditando que isso daria início às negociações, mas acabou recuando, já que o prazo de 90 dias que ele mesmo impôs para as negociações está prestes a expirar em 9 de julho. Um prazo separado de 90 dias para negociações com a China está previsto para terminar em meados de agosto.
Mas Trump pode alterar essas datas e taxas tarifárias, pois enfatizou a importância da flexibilidade em detrimento da certeza. Na próxima semana, o presidente participará da cúpula do G-7 no Canadá com outros parceiros comerciais importantes que ele manteve em suspense sobre suas políticas comerciais.
Na terça-feira à noite, Trump obteve o que ele chamou de uma vitória “grande e importante” quando um tribunal federal de apelações decidiu que o governo pode continuar a cobrar seus altos impostos de importação enquanto os desafios à sua política comercial são analisados pelos tribunais.
Ainda há tensões persistentes entre a China e os EUA sobre objetivos econômicos abrangentes. A administração Trump quer que haja mais produção industrial em solo americano, usando as receitas das tarifas para financiar seus cortes de imposto de renda, enquanto a China quer continuar sua ascensão tecnológica e ir além de seus avanços em veículos elétricos, agora com mais foco em inteligência artificial.
O governo Trump minimizou o risco de as tarifas agravarem a inflação. Pouco depois de Trump anunciar o acordo com a China, o Departamento do Trabalho informou que os preços ao consumidor subiram a uma taxa anual de 2,4%, abaixo do previsto pelo mercado, com o custo dos automóveis e vestuário em queda, num sinal de que as tarifas ainda têm provocado um efeito pequeno nos preços ao consumidor.
Monitor Digital - RJ 12/06/2025
As exportações brasileiras para os Estados Unidos atingiram US$ 16,7 bilhões no acumulado entre janeiro e maio de 2025, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2024. Só que as importações avançaram praticamente o dobro (9,9%), totalizando US$ 17,7 bilhões, levando o déficit comercial do Brasil com os EUA para US$ 1 bilhão nos cinco primeiros meses do ano.
Os dados são da edição especial de maio do Monitor do Comércio Brasil-EUA, elaborado pela Amcham Brasil, que destaca os Estados Unidos como principal destino de bens industrializados brasileiros. Enquanto o déficit comercial dos Estados Unidos com o mundo aumentou 46,7% no acumulado até abril de 2025 (dados dos EUA), o comércio com o Brasil segue em equilíbrio favorável para os EUA.
Olhando apenas para maio de 2025, o Brasil se saiu melhor: as exportações alcançaram US$ 3,6 bilhões, um aumento de 11,5% na comparação anual, enquanto as importações recuaram 5,2%. O crescimento nas exportações foi observado também no aumento da quantidade embarcada, que subiu 16,8%.
“Mesmo em um cenário mais desafiador, o comércio bilateral tem se mostrado resiliente, com crescimento consistente nas trocas entre os dois países. Isso reforça o papel do Brasil como parceiro estratégico para atender às demandas da indústria e dos consumidores norte-americanos e vice-versa”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.
Entre janeiro e maio de 2025, 79% das exportações brasileiras para os EUA são compostas por bens industriais, como aeronaves, combustíveis, alimentos processados, químicos e máquinas. Produtos como carne bovina (+196%), sucos de frutas (+96,2%), café (+42,1%) e aeronaves (+27%) puxaram os avanços no acumulado do ano.
Tarifas aparentam impactar alguns setores
Alguns segmentos registraram retração nas vendas aos EUA, como celulose, ferro-gusa e equipamentos de engenharia. A combinação entre tarifas de até 10% e a concorrência de países com acesso preferencial aos EUA – como o Canadá, por meio do USMCA que é, por exemplo, grande fornecedor de celulose – contribui para esse desempenho, na análise da Amcham Brasil.
“Acreditamos ser fundamental intensificar o diálogo e a cooperação entre Brasil e Estados Unidos, com foco na redução de barreiras e na ampliação das oportunidades de comércio e investimentos”, acrescenta Neto.
O relatório também destaca o caso dos semiacabados de aço, que até maio apresentaram crescimento de 7,3% em valor e 28,4% em volume exportado, mesmo com tarifa de 25%. Entretanto, segundo especialistas, parte dessa exportação aos EUA está sendo feita em portos próximos ao México para trânsito aduaneiro e consumo pela indústria mexicana, o que mostra que pode estar já havendo declínio real nas vendas aos EUA.
Além disso, a tarifa para exportações de bens de aço foi elevada para 50% no dia 4 de junho, o que tende a afetar a competitividade brasileira a partir dos próximos meses. É preciso esperar os próximos meses para entender o efeito, diz a Amcham.
O Estado de S.Paulo - SP 12/06/2025
Consumidores ganharam um respiro em maio, quando a inflação mensal ficou em 0,26%, bem abaixo da registrada em abril, 0,43%, mas ainda enfrentaram os efeitos da forte alta de preços acumulada desde o ano passado. O custo de vida subiu 5,32% em 12 meses e 2,75% de janeiro a maio.
Apesar de algum avanço, o País continua distante da meta oficial — 3% ao ano, com limite de tolerância de 4,5% —, apesar do prolongado aperto de crédito imposto pelo Banco Central (BC).
Famílias e empresas suportam desde o fim de 2024 juros básicos superiores a 12% ao ano. Em março deste ano a taxa foi elevada a 14,25% e em maio bateu em 14,75%, voltando ao nível de julho de 2006.
Apesar dos juros elevados e, portanto, do crédito muito caro, a economia tem crescido, mas os preços, apesar de algum recuo, continuam preocupantes. No mercado, a mediana da inflação projetada para 2025 ainda ficou em 5,44% no começo do mês, segundo o boletim Focus divulgado na última segunda-feira, 9. Quatro semanas antes a estimativa apontava 5,51%.
Alguns poderão atribuir esses números a um jogo especulativo, mas a especulação, componente rotineiro dos mercados, dificilmente se prolonga sem algum suporte nos fatos.
No Brasil, projeções de inflação longe do centro da meta e até acima do limite de tolerância têm sido frequentes, mesmo quando o câmbio é bem comportado e as condições do mercado parecem razoáveis. Há um fator quase permanente de insegurança, quando se tenta avaliar a evolução provável do conjunto de preços.
Esse fator é a política fiscal, isto é, a gestão das contas públicas. Essa política oscilou no último quarto de século e até chegou, em alguns períodos, a ser conduzida com prudência e com alguns lances positivos de inovação. Mas a condução das finanças federais voltou a ser um fator importante de preocupação, depois de dois anos de aparente segurança e apesar dos bons propósitos enunciados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva jamais seguiu com persistência, no atual mandato, padrões de prudência financeira, nem parece ter dado grande atenção às primeiras propostas de ajuste formuladas pelo ministro.
A ideia inicial do ministro — buscar racionalização e austeridade — foi substituída por um pacote de tributos. Mas também esse caminho foi inviabilizado, depois das críticas de empresários do agro e da construção civil e também dos presidentes da Câmara e do Senado.
A busca do remédio para as finanças federais acabou virando um empreendimento conjunto do Executivo e do Congresso, sob a vigilância de entidades do setor privado.
Não há sinal, no entanto, de adesão do presidente da República a um programa de racionalização e moderação da despesa. Difícil em outras ocasiões, essa adesão é ainda menos provável quando se discutem estratégias para as eleições do próximo ano.
No Brasil, contas públicas inseguras são fatores tradicionalmente associados a riscos de inflação e de juros altos.
O presidente da República poderá atenuar esse conjunto de riscos se der alguma atenção às advertências dos ministros econômicos e dos técnicos do mercado.
Relaxar os cuidados com a inflação, agora, com a vaga intenção de tratar do problema depois da disputa eleitoral, pode custar muito para os brasileiros, especialmente para os pobres, mais vulneráveis aos desarranjos de preços.
O Estado de S.Paulo - SP 12/06/2025
Foi uma boa notícia para o governo, e em especial para o Banco Central (BC), que o IPCA de maio tenha vindo no piso das expectativas do Projeções Broadcast, em 0,26%. A mediana era de 0,34%, e o teto de 0,43% (por coincidência, este último número foi a variação do IPCA em abril).
Analistas ouvidos pela coluna, no entanto, sugerem que há nuances relevantes nessa surpresa para baixo do IPCA de maio.
O economista André Braz, do IBRE-FGV, e especialista em inflação, começa apontando que o indicador de maio poderia ter sido ainda menor se não fosse a influência de dois preços administrados. A energia elétrica residencial, que subiu 3,62% por conta da mudança de bandeira verde para amarela em maio (indo para vermelha em junho), e uma sobra da alta dos medicamentos.
Por outro lado, o item alimentação e bebidas caiu para 0,17% em maio, ante 0,82% em abril. Braz aponta que a queda era prevista, por causa de condições sazonais favoráveis aos alimentos in natura. A dimensão da desaceleração, porém, era difícil de estimar, e ela veio muito forte, ajudando a explicar a surpresa baixista no IPCA de maio.
Outro ponto positivo da inflação de maio foram os bens duráveis, cujos preços provavelmente estão sentindo o duplo efeito do aperto monetário (já que as vendas são dependentes do crédito) e da apreciação do câmbio. Em maio, os automóveis novos tiveram inflação de 0,12%, e os usados, deflação de 0,14%. Já os refrigeradores (geladeiras e freezer) recuaram 0,41%.
O problema, porém, continua a ser com os serviços. Carlos Thadeu Gomes, economista sênior da corretora BGC, nota que a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada dos serviços subjacentes rodou em maio em 7,30%, muito acima da meta de inflação de 3%. Os serviços subjacentes são uma espécie de núcleo dos serviços muito acompanhado pelo Banco Central (BC).
O número acima foi um recuo em relação aos 7,80% do mesmo indicador em abril, mas Thadeu frisa que a leitura dos serviços subjacentes compatível com a meta de 3% seria em torno de 4%. Em suma, os serviços subjacentes estão léguas acima do nível a que deveriam chegar.
Segundo o analista da BGC, a inflação a médio prazo tende a convergir para a inflação de serviços. A razão é que esse é o setor majoritário da economia e sua inflação é muito persistente, deriva da demanda e é muito influenciado pelos salários - que permanecem em alta na esteira do mercado de trabalho ainda muito aquecido.
Já a inflação dos alimentos é bem mais ligada a flutuações de oferta, e a de bens duráveis, embora também reaja ao ciclo econômico, é afetada por outros fatores, como câmbio (que vem se apreciando). Thadeu já vê também um efeito desinflacionário dos tarifaços de Donald Trump se manifestando no Brasil nos bens duráveis, especialmente carros importados da China.
As projeções de IPCA em 2025 de Braz (5,2%) e de Thadeu (5,9%) são bem divergentes, mas os dois economistas apontam o fato de que a inflação de serviços se mantém problemática.
Thadeu, em particular, diz que não vê o IPCA convergindo para a meta de 3% "em nenhum horizonte relevante". A razão, para ele, é se recusa a cortar gastos e vem tomando medidas de estímulo em setores como residências (MCMV), crédito pessoal (o consignado privado) e energia elétrica para famílias de baixa renda, entre outras.
Para junho, o economista Fábio Romão, especialista em inflação da consultoria LCA 4intelligence, projeta IPCA de 0,3%, com alta esperada em energia elétrica residencial (por conta da bandeira vermelha), a ser mitigada por alimentação e transportes - neste último item, pela "queda anunciada da gasolina e que reverberará no etanol". Romão manteve a projeção de IPCA de 5,3% em 2025.
O Estado de S.Paulo - SP 12/06/2025
O crescimento da economia global na década de 2020 está a caminho de ser o mais lento dos últimos 60 anos, de acordo com uma nova previsão do Banco Mundial. A instituição aponta que o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) global neste período deve ser em média de 2,5%, o menor desempenho registrado em qualquer década desde os anos 1960.
O Banco Mundial também reduziu a previsão de crescimento do PIB global em 2025 de 2,7% para 2,3%, a taxa mais baixa desde 2008, com exceção dos anos de recessões generalizadas.
Entre os motivos que levaram a uma desaceleração econômica, o relatório semestral Global Economic Prospects (Perspectivas Econômicas Globais), divulgado neste mês, aponta “a discórdia internacional - sobre o comércio, em particular” e a “turbulência” responsável por cortar quase meio ponto percentual da taxa de crescimento do PIB global esperada no início do ano.
A instituição apontou que as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a parceiros comerciais são um fator importante para as economias mundiais. No caso da China, as tarifas chegaram a 145% e devem ficar em 55%, após um novo acordo comercial entre os países.
“Presume-se que as taxas tarifárias em vigor em 27 de maio prevalecerão durante todo o período da previsão, mas há uma incerteza notável a esse respeito”, aponta o relatório.
“O crescimento poderá ser menor se as restrições comerciais aumentarem ou se a incerteza quanto às políticas persistir, o que também poderá resultar em um aumento do estresse financeiro.”
Perdas e recuperação
O Banco Mundial prevê ainda que, até 2027, o PIB per capita das economias de alta renda deve se aproximar dos níveis esperados antes da pandemia. Os países em desenvolvimento, por outro lado, podem levar até 20 anos para recuperar as perdas econômicas da década de 2020, com exceção da China.
“O crescimento das economias em desenvolvimento vem diminuindo há três décadas consecutivas - de uma média de 5,9% nos anos 2000 para 5,1% nos anos 2010 e 3,7% nos anos 2020”, escreveu o vice-presidente sênior e economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill.
No relatório, Gill afirmou também que as forças por trás do crescimento econômico dos últimos 50 anos - quando o PIB per capita dos países em desenvolvimento quase quadruplicou - sofreram uma reviravolta.
“O investimento, por sua vez, tem crescido em um ritmo progressivamente mais fraco. Mas a dívida está se acumulando.”
Brasil
No caso do Brasil, o Banco Mundial apontou que a forte recuperação dos setores agrícolas no primeiro trimestre deste ano contrapôs a contração na atividade industrial e o crescimento quase estagnado do setor de serviços.
Ainda assim, a instituição prevê que o crescimento do País deve cair de 3,4% em 2024 para 2,4% em 2025, devido à desaceleração do consumo e ao ritmo lento dos investimentos.
“As preocupações com a sustentabilidade fiscal, combinadas com as limitações legais para ajustar o tamanho e a composição de seu orçamento, devem limitar a capacidade do Brasil de fortalecer o crescimento por meio da expansão fiscal no curto prazo”, diz o relatório.
Infomoney - SP 12/06/2025
Os dados recentes de atividade e inflação da China indicam uma forte desaceleração econômica, marcada por excesso de oferta e deflação, aponta José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.
Os índices de gerentes de compras (PMIs) do setor industrial permanecem abaixo do patamar de 50 pontos, sinalizando retração futura na atividade industrial.
Outro ponto de atenção, segundo o economista, é o desempenho do comércio exterior. As exportações apresentaram desaceleração anual de 4,8% em maio, enquanto as importações recuaram 3,4% no mesmo período. As exportações para os Estados Unidos caíram expressivos 34,5%, enquanto houve desvio de comércio para outras regiões, com alta nas vendas para a União Europeia (12%) e Ásia (14,8%).
Camargo também destaca o impacto dessa desaceleração sobre os preços de commodities como cobre, minério de ferro e petróleo — todas em queda. O minério de ferro, relevante para a economia brasileira, caiu para níveis próximos a US$ 97 por tonelada e segue em trajetória descendente. Já o petróleo tipo WTI se aproxima de US$ 60 por barril, enquanto o Brent gira em torno de US$ 64.
O cenário se agrava com a queda do Índice de Preços ao Consumidor, que recuou 0,1% pelo quarto mês consecutivo na comparação anual. As taxas de juros se aproximam de zero, e os fabricantes de veículos elétricos intensificaram a guerra de preços, promovendo cortes entre 10% e 30%.
Na visão do economista, o conjunto desses fatores — desaceleração econômica, deflação, juros baixos e guerra de preços — remete a um cenário semelhante ao vivido pelo Japão nas décadas de 1990 e 2000: um ciclo prolongado de estagnação e deflação.
O Estado de S.Paulo - SP 12/06/2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou nesta quarta-feira, 11, dados positivos do PIB e do mercado de trabalho e mencionou a preocupação em reduzir a inflação na sua fala inicial na audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Ele está acompanhado do secretário-executivo da pasta, Dario Durigan.
“Nós voltamos a crescer, o Brasil termina este terceiro ano do governo Lula com uma taxa média de crescimento de 3% ao ano, praticamente o dobro da taxa de crescimento observada nos dez anos anteriores a sua posse. Eu fico feliz de ver que a taxa de desemprego está na mínima histórica, que a renda — e nós temos preocupação em reduzir a inflação, mantivermos a meta de inflação —, mas a renda do trabalhador evoluiu acima das taxas de inflação”, destacou.
O ministro também falou sobre um tema que é muito caro à Fazenda: a retomada do grau de investimento. “Nós voltamos a ser a oitava economia do mundo, nós crescemos nas notas de crédito do Brasil, nós estamos emitindo títulos no patamar de países que têm grau de investimento, embora nós tenhamos perdido lá atrás, e vamos recuperar”, disse o ministro.
Ao reforçar que o País pode iniciar um ciclo virtuoso com a aprovação de medidas pensadas pelo governo, Haddad quis compartilhar os bons resultados com os outros Poderes.
“Nós queremos compartilhar com o Legislativo esses resultados. Esses resultados não são apenas vontade do Executivo, mas sem o amparo do Legislativo e do Judiciário nós não teríamos esses resultados”, disse.
Em relação ao Judiciário, ele destacou a redução de riscos fiscais de natureza judicial graças à compreensão dos tribunais superiores. Aos deputados, também destacou a aprovação da reforma tributária sobre o consumo.
A participação do ministro ocorre em meio à apresentação das medidas alternativas para o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Haverá uma recalibragem desse decreto, com alteração de alguns parâmetros, como o risco sacado, e uma medida provisória (MP), com a tributação de 5% para títulos atualmente isentos, como as letras de crédito, e uniformização da alíquota de Imposto de Renda para aplicações financeiras em 17,5%.
Valor - SP 12/06/2025
Acordo para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015, foi homologado em novembro de 2024 e prevê o pagamento total de R$ 170 bilhões em indenizações e ações de reparação e compensação
Nos primeiros seis meses de vigência do acordo da Bacia do Rio Doce, a Justiça homologou 52.477 sentenças para pagamento de indenizações aos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), totalizando R$ 2,48 bilhões pagos até o momento. Os dados fazem parte do relatório parcial de monitoramento do acordo, entregue pelo desembargador federal Edilson Vitorelli, do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O acordo para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Mariana (MG), em novembro de 2015, foi homologado em novembro de 2024 e prevê o pagamento de R$ 170 bilhões em indenizações e ações de reparação e compensação, pagos pela Samarco em 20 anos. O acordo foi assinado pela Samarco, suas sócias Vale e BHP Billiton, os governos federal, de Minas Gerais e Espírito Santo, além dos Ministérios Públicos e Defensorias Públicas dos Estados e da União.
Segundo o TRF-6, já foram registradas mais de 216 mil solicitações de indenização pelo Programa de Indenização Definitivo (PID). Desse total, 147 mil tiveram os documentos validados para dar prosseguimento nos casos.
“Até o fim do ano devemos ter mais de 300 mil sentenças homologadas. Esperamos chegar a 500 mil pessoas atendidas ao fim do processo. É um esforço inédito para que isso seja rapidamente resolvido”, afirmou Vitorelli.
O rompimento da barragem em Mariana matou 11 pessoas e provocou o maior desastre ambiental do país, com a destruição de áreas de preservação e vegetação nativa de Mata Atlântica, perda da biodiversidade e degradação ambiental na Bacia do Rio Doce e no Oceano Atlântico, afetando mais de 40 municípios.
Além dos R$ 2,48 bilhões, de acordo com o relatório, a Samarco já fez o pagamento de R$ 1,89 bilhão à União, R$ 1,54 bilhão a Minas Gerais, R$ 1,18 bilhão ao Espírito Santo e R$ 134,5 milhões aos 26 municípios que aderiram ao acordo. Os recursos serão usados pelos poderes públicos em ações de reparação, que incluem projetos nas áreas de saúde, educação, saneamento básico e infraestrutura, entre outras.
A Samarco também fez o pagamento de R$ 493,5 milhões ao Regime Geral de Previdência Social, ressarcindo custos referentes à paralisação da atividade pesqueira, e permitindo contar o tempo de contribuição de 22 mil pescadores segurados especiais, que ficaram impossibilitados de trabalhar na bacia do Rio Doce.
Vitorelli acrescentou que houve avanços na criação de estruturas nos órgãos públicos para administrar os programas de reparação. “O governo de Minas Gerais está criando uma superintendência. O Espírito Santo criou uma secretaria para cuidar do assunto. Neste momento, todos os órgãos estão começando suas atividades de implementação das medidas”, afirmou o desembargador federal.
O relatório mostra ainda que, dos 49 municípios afetados pelo rompimento da barragem da Samarco, 26 aderiram ao acordo, tendo recebido R$ 134,5 milhões para realizarem ações de reparação definidas pelos habitantes de cada cidade. Os outros 23 municípios, incluindo Mariana, optaram por não aderir ao acordo e seguir com o processo movido na Justiça inglesa contra a BHP, que pode resultar numa indenização maior, de R$ 230 bilhões.
Automotive Business - SP 12/06/2025
Às portas da inauguração da sua fábrica, em evento que deverá ocorrer no final de julho em Iracemápolis (SP), a GWM parece ainda aguardar alguns sinais do mercado para, de fato, iniciar a produção na unidade.
Mas, antes de tratar desse assunto, algumas atualizações. Segundo Ricardo Bastos, diretor de assuntos institucionais da empresa, em termos estruturais ainda falta instalar os equipamentos na linha de montagem final.
Finalizada essa parte, a GWM começa em agosto a rodar na linha as primeiras unidades do Haval H6 em caráter de teste.
Precisamos fazer um estoque para abastecer o mercado. Cerca de 2,5 mil unidades até o final do ano devem ser produzidas na nossa linha local, disse o executivo na quarta-feira, 11, durante o Festival Interlagos, em São Paulo (SP).
Agora, sobre os tais sinais do mercado. O cronograma de produção local da companhia segue o ritmo de certos acordos, muitos deles ligados à área fiscal. Definições sobre as regras que vão definir o chamado IPI verde, por exemplo, balizam as decisões da companhia no momento.
Paralelo a tudo isso, a empresa organiza também a chegada de novas remessas de modelos importados da China. O lote, segundo Bastos, é formado por cerca de 15 mil unidades e devem chegar por aqui em sua totalidade até o final do ano.
A GWM também estrutura a sua base de fornecedores locais e também como se dará as relações entre a produção local e os fornecedores chineses que, inclusive, integram o pool de empresas controladas pela empresa.
Em outra oportunidade, o executivo havia comentado à reportagem que estava nos planos da montadora montar um parque local de fornecedores também com essas empresas, que desembarcariam por aqui em localidades próximas à fábrica de Iracemápolis.
Fornecedores chineses em parceria com autopeças locais
No entanto, apareceu na mesa de discussões uma nova possibilidade, a qual poderá gerar ganhos de custo, capacidade e, por que não, de tempo, para a fabricante.
Acontece que essas empresas subsidiárias da GWM na China, todas fabricantes de partes e peças, estudam o fechamento de acordo com autopeças já instaladas no Brasil.
Bastos comentou que a parceria poderá se dar em três níveis: o primeiro, um esquema clássico de manufatura contratada, com as empresas chinesas compartilhando os desenhos técnicos e gerenciando a produção.
Uma segunda possibilidade é a fabricante local poder utilizar essa linha de produção GWM para produzir peças similares e, então, fornecê-las para outras montadoras, expandindo a clientela.
Uma terceira opção é a de também deixar nas mãos do parceiro local possibilidades de melhorias nessas peças, numa cooperação entre as engenharias.
A primeira, segundo Bastos, é bastante promissora uma vez que proporciona ganhos interessantes para ambos os lados. No que toca à GWM, a costura de parcerias tira da frente, por exemplo, a construção de novas estruturas produtivas.
Pelo lado das autopeças locais, demandas desse porte podem ocupar linhas que estão ociosas. Há empresas com quem estamos conversando que estão trabalhando em 30% de sua capacidade total, contou o executivo.
Capacidade produtiva, inclusive, é um tema que se mostra preocupante para s montadoras chinesas, como é possível observar aqui.
Hoje, a GWM mantém contratos NDA (Non-Disclosure Agreement, na sigla em inglês) com cerca de 100 fornecedores instalados no Brasil. Esse tipo de contrato é uma espécie de acordo de intensões, não um compromisso estabelecido.
De forma que, contou Bastos, a lista final de empresas que vão formar a base local de fornecedores deverá contar com um número menor de companhias.
O assunto dos fornecedores locais é relevante porque eles representam a chave que abre as portas de mercados vizinhos aos veículos GWM. Um maior conteúdo nacional de peças, por exemplo, habilita as exportações para a Argentina com imposto reduzido, por exemplo.
GWM aumenta gama local com nova picape e SUV
A montadora aproveitou os holofotes do Festival Interlagos para apresentar mais dois modelos que vão integrar a sua oferta na América Latina, no caso, a picape Poer P30 e o utilitário Haval H9. Ao todo, agora são seis os modelos que a empresa vende na região.
O Haval H9 é um SUV grande com sete lugares e tração 4×4, um modelo para brigar com Jeep Commander, Toyota SW4 e Chevrolet Trailblazer. Já a Poer P30 é a primeira picape média da GWM no País. Ambos são equipados com o motor 2.4 turbodiesel e câmbio automático de 9 marchas.
De acordo com a montadora, a escolha da motorização a diesel que representa mais de 95% das vendas no segmento no País foi baseada na opinião dos clientes em pesquisas com consumidores de picapes. No entanto, no futuro, a linha de picapes Poer ganhará no Brasil uma versão híbrida plug-in (PHEV).
Jornal de Brasília - DF 12/06/2025
A produção de motos teve crescimento de 7,5% no mês passado, frente ao mesmo período de 2024, chegando a 172,5 mil unidades, o maior volume para maio em 14 anos. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira, 11, pela Abraciclo, a entidade que representa as montadoras do polo industrial de Manaus (AM), onde estão instaladas as maiores fábricas de motocicletas do País.
Na margem – ou seja, de abril para maio -, houve leve queda de 0,4% na produção de motos. Com isso, o volume produzido desde o início do ano chegou a 846,6 mil motocicletas, o que corresponde a uma alta de 11,1% na comparação com os cinco primeiros meses de 2024 e também o melhor resultado, entre iguais períodos, desde 2011.
Conforme a Abraciclo, as vendas de motos em maio, de 193,4 mil unidades, foram as melhores já registradas para o mês na série estatística. Na comparação com maio do ano passado, as vendas subiram 17,6%. Frente a abril, a alta foi de 5,9%.
O total dos cinco primeiros meses do ano, de 850,1 mil motos, também representa o maior das vendas na série histórica, com alta de 10,8% em relação ao mesmo período de 2024.
Os números mostram que o mercado de motos continua aquecido, na esteira da expansão dos serviços de entrega (delivery) e da busca dos consumidores por veículos mais baratos e econômicos no consumo de combustível.
Monitor Digital - RJ 12/06/2025
Apesar da leve desaceleração frente a um 2024 de forte aumento nos índices, a percepção dos empresários de construtoras e incorporadoras sobre procura e venda no mercado imobiliário residencial brasileiro foi de manutenção da estabilidade no primeiro trimestre de 2025. O Minha Casa, Minha Vida seguiu aquecido, mesmo com os dados ligeiramente inferiores neste primeiro trimestre de 2025, na comparação com os trimestres anteriores. O produto teve recorde de novos empreendimentos no ano passado, desde seu lançamento em 2009, e vem propiciando a ampliação do acesso das famílias com menor renda à moradia. É o que mostra a pesquisa Indicador da Confiança do Setor Imobiliário Residencial, da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), feita em parceria com a Deloitte.
O levantamento, um termômetro do mercado imobiliário residencial, considera dados obtidos junto a construtoras e incorporadoras dos segmentos do Minha Casa, Minha Vida, de Médio e Alto Padrão (MAP) ou de ambos. De acordo com o reporte, a média geral de procura por imóveis residenciais ficou em 1,95 (manutenção) pontos no primeiro trimestre do ano, e a média geral de vendas, em 1,96 (manutenção), na régua de até 3 pontos possíveis da metodologia Deloitte. Isso significa conservação dos índices de interesse e comercialização dos produtos.
“No ano passado, registramos um crescimento de 11,8% nas vendas gerais. Trata-se do melhor desempenho anual desde que iniciamos nosso levantamento junto a incorporadoras, em 2014. Esse resultado histórico foi impulsionado, principalmente, pela força do Minha Casa, Minha Vida, que alcançou, em 2024, seu recorde de lançamentos desde a criação do programa, em 2009. A demanda segue consistente e tem sido fundamental para sustentar os níveis de procura e venda no setor imobiliário residencial”, ponderou Luiz França, presidente da Abrainc.
No segmento MAP, o impacto dos aumentos seguidos da taxa de juros Selic nos últimos meses vem sendo mais sentido. As expectativas sobre as vendas neste segmento ficaram em 1,69 pontos, o que significa queda de 0,09 pontos no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior. Em termos práticos, foi percebida uma redução no interesse e no volume de comercialização dos produtos, segundo a metodologia Deloitte.
Apesar dos altos índices de saque da poupança nos últimos meses, e do aumento na taxa de financiamento habitacional no segmento MAP, a intenção de compra de imóveis em geral segue em bom nível.
“Isso se dá muito em função das altas consecutivas do aluguel e da maior percepção de poder de valorização dos imóveis, mesmo entre os consumidores das faixas mais econômicas”, frisou Luiz França. A resiliência da demanda se deve também ao alto déficit habitacional e bônus demográfico favorável – de acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, nos últimos 10 anos a população com idade entre 35 e 40 anos, que é a faixa etária que mais compra imóvel, cresceu 16%.
“A desaceleração da performance em MAP, nos últimos seis meses, está relacionada principalmente à alta taxa de juros. Além disso, é preciso considerar que os indicadores estão em um alto patamar relativo, com três anos seguidos de aumento. Agora, os compradores estão mais receosos quanto aos investimentos diante da taxa de juros mais alta, e consequentemente do financiamento mais caro”, analisou Claudia Baggio, sócia de Financial Advisory e líder da prática de Real Estate da Deloitte.
O levantamento também mostrou que construtoras e incorporadoras ficaram mais divididas do que em outras ocasiões quanto à oscilação dos preços dos imóveis residenciais no primeiro trimestre de 2025. Para 46% dos executivos do setor houve percepção de aumento no valor para o consumidor – esse índice é o menor desde o início de 2024. Para outros 48% não houve majoração, enquanto 6% informaram redução.
Dos representantes de construtoras e incorporadoras entrevistados de Minha Casa, Minha Vida, 98% destacaram que pretendem trazer a público lançamentos de empreendimentos nos próximos 12 meses. Em MAP, 89% foram na mesma linha.
No primeiro trimestre de 2025, 93% das construtoras e incorporadoras de Minha Casa, Minha Vida informaram intenção de adquirir terrenos nos próximos 12 meses, dado semelhante ao expressado no trimestre anterior do levantamento. Em MAP, 63% mostraram ter o mesmo apetite, frente a 51% na versão precedente. Esse aumento de 13 pontos percentuais demonstra que no fim do primeiro trimestre de 2025, o empresário do segmento MAP melhorou seu apetite por investimentos, se comparado ao fim de 2024.
Para os próximos meses, a pesquisa revela expectativa positiva das vendas em Minha Casa, Minha Vida e sequência do arrefecimento da comercialização em MAP.
Recentemente foram aprovadas novas regras para o Minha Casa, Minha Vida, que ampliam o acesso ao programa e favorecem especialmente a classe média. A principal novidade é a criação da Faixa 4, voltada para famílias com renda mensal entre R$ 8.600 e R$ 12 mil. Segundo dados da Rais de 2024, do Ministério do Trabalho e Emprego, analisados pela Abrainc, esse grupo representa cerca de 1,4 milhão de trabalhadores em todo o país.
“Com juros de 10% ao ano mais a taxa referencial (TR), as condições dessa nova faixa são significativamente mais vantajosas do que as praticadas atualmente no mercado, que giram em torno de 13% ao ano mais TR. Essa diferença pode representar uma redução de até 27% no valor das parcelas mensais, facilitando o financiamento da casa própria para milhares de famílias”, destaca Luiz França, presidente da Abrainc.
“A entrada da classe média no programa do Governo Federal era muito aguardada. A regulamentação pode impulsionar cadeias de negócios da construção civil e do mercado imobiliário, promovendo emprego, renda e desenvolvimento econômico no país”, concluiu Claudia Baggio, sócia de Financial Advisory e líder da prática de Real Estate da Deloitte.
Já quando o assunto é aluguel, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) de maio, medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 0,56%, contrapondo o movimento de alta registrado em abril. A variação acumulada em 12 meses passou de 5,92% em abril de 2025 para 5,11%, mantendo o comportamento de desaceleração.
“Conforme observado em abril, os preços dos aluguéis residenciais acentuaram o movimento de desaceleração no acumulado dos últimos 12 meses. O resultado desse mês foi influenciado pela forte queda registrada em São Paulo, que nos últimos anos tem apresentado comportamento de recuo nos preços em maio.”, afirma Matheus Dias, economista do Ibre.
Entre abril e maio de 2025, o Ivar registrou queda em uma das quatro capitais brasileiras divulgadas. Em São Paulo, o índice passou de 3,60% em abril para -6,02 em maio. Em Porto Alegre, o Ivar saiu de -0,46% em abril para 3,81% em maio. Em Belo Horizonte, o índice passou de -3,34% em abril para 4,83% em maio. No Rio de Janeiro, houve alta de preços dos aluguéis residenciais em relação ao mês anterior, com o índice saindo de -1,43% em abril para 3,01% em maio.
A taxa interanual do aluguel residencial desacelerou em metade das cidades analisadas. São Paulo registrou a menor taxa de variação em 12 meses, com o índice saindo de 5,45% em abril para 3,24% em maio de 2025. No Rio de Janeiro, também houve registro de desaceleração na taxa interanual, onde a taxa acumulada em 12 meses passou de 5,54% para 3,98%. Por outro lado, Porto Alegre acelerou em 12 meses, saltando de 4,17% em abril para 5,82% em maio. Por fim, em Belo Horizonte teve ligeiro avanço ao passar de 7,76% para 7,98% entre abril e maio.
Revista Ferroviaria - RJ 12/06/2025
Quatro anos após passar a utilizar um trem com 120 vagões no principal corredor ferroviário do agronegócio brasileiro, entre Rondonópolis (MT) e o porto de Santos, o trecho passou a receber composições com 135 vagões.
Diariamente, oito trens da concessionária Rumo com esse novo formato partem, além da cidade mato-grossense, de outros terminais em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins —este no Norte do país— com destino ao porto no litoral paulista, transportando, cada um, 17.200 toneladas de grãos, 10,96% mais que as 15.500 toneladas da composição com 120 vagões. Até 2021, os trens usados no trecho tinham 80 vagões, que levavam 7.600 toneladas cada.
De acordo com a operadora, foram levados em conta para a solução a busca pela segurança logística, a eficiência, com ganhos em emissão de gases e economia de combustível, e o aumento da capacidade de transporte na malha paulista.
Foram mapeadas a tecnologia embarcada nas locomotivas (força e tração), a forma de carregamento nos terminais, o tempo necessário para embarcar toda a carga, como seria trafegar com os trens maiores nas cidades paulistas e, por fim, como seria a chegada a Santos e o desembarque.
“A gente avançou de um trem de soja, que a gente fazia com 80 vagões, para 120, e já estamos rodando em modelos de 135 vagões. É um ganho de produtividade ao longo dos últimos quatro, cinco anos, que basicamente se transporta a mesma carga com menos trem, com menos diesel e mais eficiência”, afirmou à Folha Igor Figueiredo, diretor comercial da Rumo.
Como comparação, quando passou de 80 vagões para 120, a cada 100 viagens feitas com o trem maior houve ganho de combustível equivalente a 4 trens. Agora, o chamado “transit time” (tempo de intervalo da viagem do terminal até o destino) apresentou redução de uma hora.
O comprimento do trem, claro, aumentou, de 2,25 quilômetros para 2,4 quilômetros, adicional que representa a retirada de 33 caminhões das rodovias por viagem de trem feita —totalizando 294 por embarque.
Por isso, saber como seria o comportamento na malha paulista era importante pelo fato de ela ser altamente recortada, com curvas irregulares e traçado que dificulta a operação de grandes composições.
Isso acontece devido às suas origens, a partir da segunda metade do século 19, quando foram criadas para buscar café diretamente nas fazendas para conduzir as cargas até o porto santista.
O investimento, conforme a Rumo, foi de cerca de R$ 350 milhões, incluindo a ampliação dos pátios de manobra e as obras para a composição do trem. A operadora administra 14 mil quilômetros de ferrovias em nove estados e possui em sua base 1.400 locomotivas e 35 mil vagões.
Diário do Comércio - MG 12/06/2025
A MRS Logística recebeu a autorização da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para iniciar os testes operacionais do Terminal Siderúrgico do Horto Florestal, localizado na região Leste da Capital. Com até nove vagões circulando por dia, o equivalente ao volume de carga transportado por cerca de 30 caminhões, o terminal ferroviário promete ser uma alternativa para solucionar o trânsito no Novo Anel Rodoviário.
O novo terminal terá capacidade para movimentar aproximadamente 60 mil toneladas de carga por mês, em sua primeira fase. O projeto, com investimento privado de aproximadamente R$ 50 milhões, prevê uma área de armazenagem total de 12,2 mil metros quadrados (m²), incluindo área coberta.
A expectativa é de geração de cerca de 250 empregos diretos, além de promover a criação de novos negócios, impactando no aquecimento da economia em Belo Horizonte e região.
O secretário municipal de Política Urbana, Leonardo Castro, afirma que o terminal ferroviário é um empreendimento estratégico para a cadeia de suprimentos da indústria siderúrgica brasileira e promoverá a ampliação do uso do modal ferroviário. “Com isso, contribuímos para ganhos expressivos em eficiência logística, segurança e sustentabilidade”, completa.
A infraestrutura do Terminal Siderúrgico do Horto Florestal inclui uma balança rodoviária; ampla área de armazenagem para diversos tipos de carga e uma área administrativa integrada, com possibilidade de intercâmbio de cargas entre ferrovias.
Além disso, o espaço conta com um estacionamento e um sistema de segurança exclusivo; galpão de carga, descarga e armazenamento; fluxo interno de trens e caminhões; pórticos rolantes e uma área que já prevê expansão para duplicar a capacidade de carga.
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O terminal será utilizado para receber, estocar e movimentar cargas de produtos siderúrgicos, como bobinas de aço, chapas, perfis e fio máquina. Ele também viabilizará a redução de gás carbônico (CO2) e também dos preços de produtos industrializados, em geral.
O empreendimento possui integração entre as malhas da MRS e da VLI Logística, assim como o modal rodoviário e está localizado a apenas cinco quilômetros do Centro da capital mineira, com acesso facilitado ao Anel Rodoviário. Ele é o primeiro terminal totalmente gerido pela MRS Logística.
A integração entre ferrovias e rodovias é viabilizada por meio de automações e sistemas tecnológicos que reduzem significativamente os tempos de permanência dos veículos dos clientes no terminal.
Terminal ferroviário vai integrar tecnologia e logística
A tecnologia desempenha um papel crucial no terminal, desde a entrada até a saída de carga. Os caminhões são monitorados por meio de rastreamento para garantir maior segurança e agilidade nos procedimentos de documentação necessários para o transporte.
Essa integração entre tecnologia e logística contribui para uma operação mais eficiente e ágil, otimizando o fluxo de mercadorias e serviços. O uso da tecnologia também contribui para a integração ferroviária entre as malhas da MRS e VLI.
Por meio de sistemas de rastreamento, os caminhões são monitorados, garantindo sua segurança e agilizando os procedimentos de documentação necessários para o transporte. Essa integração harmoniosa entre tecnologia e logística contribui para uma operação mais eficiente e ágil, otimizando o fluxo de mercadorias e serviços.
O Terminal Siderúrgico do Horto Florestal será equipado com maquinário de última geração, como empilhadeiras, eletroimã e pórticos rolantes, que são utilizados para otimizar as operações. Além disso, a infraestrutura do terminal conta com balança rodoviária, fluxo interno de trens e caminhões, estacionamento e um sistema de segurança exclusivo, garantindo uma operação eficiente e segura.
Revista Ferroviaria - RJ 12/06/2025
Concluída a entrega dos 36 novos trens para as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da ViaMobilidade. Diariamente, as duas linhas transportam mais de 800 mil passageiros juntas. As novas composições foram fabricadas pela francesa Alstom e uma das preocupações foi a sustentabilidade, já que as novas máquinas consomem menos energia elétrica do que as anteriores, com um sistema de regeneração de energia que devolve a eletricidade à rede aérea durante as frenagens, reduzindo o desperdício e economizando recursos.
Exame - SP 12/06/2025
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou a partir de terça-feira, 10, a concessão Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro.
O contrato com a empresa K-Infra, então responsável pelo trecho que liga o estado de Minas Gerais ao Rio de Janeiro, teve a caducidade decretada, ou seja, extinção forçada do contrato de concessão por falhas graves.
A partir de agora, os 182,5 quilômetros da BR-393/RJ serão administrados diretamente pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sem cobrança de tarifa de pedágio.
O ministério dos Transportes e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmam que a medida tem alto impacto e caráter excepcional. A medida foi formalizada com a publicação do Decreto nº 12.479, de 2 de junho de 2025.
A empresa K-Infra assumiu a concessão da Rodovia do Aço em 2008, com o compromisso de administrá-la por 25 anos.
Segundo o governo, problemas estruturais, deficiências na manutenção e atrasos em obras previstas comprometeu a segurança viária, a fluidez do tráfego e a qualidade do serviço prestado aos usuários.
A rodovia é um importante corredor logístico, que liga os municípios de Volta Redonda e Três Rios e serve como eixo de escoamento industrial e rota de mobilidade regional.
A concessionária tentou manter o contrato via Justiça, mas teve uma liminar judicial derrubada na segunda instância. Em nota, a empresa afirma a extinção do contrato foi decretada sem o direito ao "contraditório" e "ampla defesa".
Rota da Celulose
A K-Infra venceu por meio de um consórcio com a Galápagos Capital o leilão da Rota da Celulose, no Mato Grosso do Sul. O grupo ofereceu desconto sobre a tarifa de 9% e uma outorga de R$ 217,4 milhões.
Consórcio Caminhos da Celulose, formado pela XP e construtoras, que fez a segunda melhor oferta, questiona por meio de recursos os atestados técnicos do grupo e afirma que a K-Infra descumpriu o contrato da Rodovia do Aço.
Petro Notícias - SP 12/06/2025
O novo plano estratégico da Petrobrás para o período de 2026 a 2030 deve contemplar a inclusão de mais quatro embarcações do tipo Panamax na frota da Transpetro. A previsão é que o processo licitatório para esses novos navios seja iniciado já no início do próximo ano, segundo informou o presidente da Transpetro, Sergio Bacci.
“O perfil dessas embarcações vai depender da demanda do que a Petrobrás vai querer, e isso está sendo analisado”, afirmou Bacci a jornalistas durante evento promovido pela Firjan, no Rio de Janeiro. O plano de negócios da Petrobras para o quinquênio ainda está em fase de elaboração e deve ser apresentado ao mercado até o fim de 2025.
Atualmente, a Transpetro já tem autorização para licitar 16 navios. Com a inclusão das quatro novas embarcações previstas no planejamento da Petrobrás, esse número deve subir para 20. Bacci acrescentou que, até 2026, a meta é obter sinal verde para mais cinco embarcações, o que elevaria para 25 o total de unidades autorizadas para licitação.
Para lembrar, atualmente, a empresa está com um processo em andamento para contratação de oito navios gaseiros, com o objetivo de triplicar a capacidade de transporte de GLP e derivados, além de permitir o transporte de amônia. A entrega das propostas, inicialmente prevista para 23 de junho, foi adiada. Sergio Bacci adiantou ainda que, ao longo de 2025, a Transpetro pretende lançar uma nova licitação para aquisição de navios de médio porte (MR1).
CNN Brasil - SP 12/06/2025
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) já foi procurada por seis a oito grupos privados com interesse em participar do leilão do novo superterminal de contêineres no Porto de Santos (SP).
Segundo relatos feitos à CNN por autoridades diretamente envolvidas com os preparativos do leilão, isso demonstra que as restrições impostas pela Antaq não devem prejudicar a disputa pelo projeto.
Pelo menos quatro grandes operadoras estrangeiras já procuraram o governo brasileiro e a Antaq para falar sobre o Tecon Santos 10: a empresa chinesa de navegação Cosco; a também chinesa China Merchants, que opera um terminal de contêineres em Paranaguá (PR); a PSA, autoridade portuária de Cingapura e uma das maiores do planeta; e a filipina ICTSI, que já atua em Suape (PE) e no Rio de Janeiro.
Dois grupos brasileiros também manifestaram interesse: a JBS Terminais e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A JBS assumiu, no ano passado, a operação do Porto de Itajaí (SC). A CSN está à frente do terminal de contêineres de Itaguaí (RJ), com o Sepetiba Tecon.
Além delas, autoridades relataram à CNN o interesse de dois investidores do mercado financeiro: o BTG e o Pátria Investimentos. Se eventualmente participarem e vencerem o leilão, no entanto, eles precisarão contratar um operador.
Seja como parte da sociedade ou como operador contratado, a Antaq já decidiu vetar a participação - pelo menos na primeira etapa do leilão - de quem já movimenta contêineres em Santos.
Essa regra tira da disputa a francesa CMA CGM (dona da Santos Brasil), a suíça MSC e a dinamarquesa Maersk (controladoras da BTP) e a DPW (dos Emirados Árabes).
Em uma segunda etapa, se não houver lances na primeira fase, o leilão ficaria aberto para atuais operadores em Santos. Eles só poderiam assumir o Tecon Santos 10, porém, depois de se desfazer dos atuais ativos - exigência que também é objeto de críticas das empresas.
A Antaq definiu um pré-requisito: o operador do novo superterminal precisa de experiência prévia na movimentação de 100 mil contêineres por ano.
O Tecon Santos 10, quando estiver plenamente operacional, movimentará 3,5 milhões de contêineres anuais e ampliará em cerca de 50% a capacidade do maior porto da América Latina. O investimento esperado é de quase R$ 6 bilhões.
No despacho em que avaliza a modelagem aprovada pela Antaq, o secretário nacional de Portos, Alex Avila, afirma: "O Tecon Santos 10 deverá proporcionar ao mercado o melhor modelo de leilão para ampliação de capacidade do maior ativo portuário do país, em especial permitindo que proporcionalidades concorrenciais sejam tratadas de forma isonômica, buscando sempre a coerente e adequada aplicação das políticas públicas que dão lastro para a condução da expansão do setor".
A modelagem seguiu para o Tribunal de Contas da União (TCU), onde está sendo analisada.
Portal Fator Brasil - RJ 12/06/2025
Em mais um recorde alcançado no ano, o Porto do Itaqui movimentou cerca de 3,6 milhões de toneladas de cargas no mês de maio de 2025, consolidando o melhor desempenho já registrado para esse mês na história do porto. O volume superou o recorde anterior, de maio de 2023, que totalizou 3,35 milhões de toneladas.
No acumulado do ano, o Itaqui já registra 13,81 milhões de toneladas movimentadas, fato que representa um crescimento de 11,8% em relação ao mesmo período do ano anterior e um desempenho de 9% acima do volume previsto no planejamento anual.
Os grandes destaques por tipo de carga foram.: .Carga geral — A movimentação de celulose foi de 182 mil toneladas, 30% superior ao planejado para o mês e 60% acima do registrado em maio de 2024;
Granel sólido— O embarque de ferro gusa atingiu 120 mil toneladas, apontando um crescimento de 34% em relação ao mesmo mês do ano anterior;
Granel líquido — Derivados de petróleo (entreposto): As operações de transferência entre navios (ship-to-ship) movimentaram 316 mil toneladas, desempenho 50% acima do planejado e 333% superior ao registrado em maio de 2024;
Granel líquido — Derivados para o mercado interno (tancagem), dos quais foram movimentadas 468 mil toneladas, 8% acima do volume planejado e 19% acima do resultado de maio do ano anterior.
Ainda sobre os granéis líquidos, a produtividade média mensal superou a meta estabelecida. Entre os produtos movimentados, o diesel se destacou, respondendo por 75% do volume total, seguido pela gasolina, com 19%. No que se refere aos operadores, a Transpetro liderou as operações, sendo responsável por 85% da carga movimentada, seguida pela Granel Química, com 11%, e pela Ultracargo, com 4%.
—Mais um mês de crescimento no nosso porto. Esses números são resultado do trabalho coletivo realizado pelos operadores portuários e investidores que acreditam no potencial do Maranhão, fortalecendo a posição estratégica do Porto do Itaqui no cenário logístico nacional —comunicou o diretor de operações do Itaqui, Carlos Roberto Frisoli.
Quanto mais eficiência e capacidade operacional, mais investimentos e desenvolvimento econômico regional o porto atrai. —O Itaqui já é um dos principais hubs logísticos e comerciais com destaque nacional e internacional. A cada meta superada, é mais desenvolvimento gerado para o nosso estado— acrescentou a presidente em exercício do Porto do Itaqui, Isa Mary Mendonça.
A Tribuna - SP 12/06/2025
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) enviou, na semana passada, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o despacho para a abertura do processo de licitação do terminal RDJ07, no Porto do Rio de Janeiro. Esse terminal compõe o segundo bloco de leilões portuários de 2025 em conjunto com os terminais POA26, do Porto de Porto Alegre (Rio Grande do Sul), e o TMP Maceió, no Porto de Maceió (Alagoas).
Para aprofundar os estudos e aprimorar o modelo de licitação a partir das contribuições recebidas, o MPor decidiu retirar o terminal VCD29, do Porto de Vila do Conde (Pará), do segundo bloco. O VCD29 deve ser incluído posteriormente em novo bloco de leilões ainda neste ano.
Terminais
O RDJ07, no Rio, receberá R$ 99,4 milhões em estrutura especializada em movimentação de petróleo (carga offshore). A concessão tem prazo de 25 anos.
Já para o POA26, em Porto Alegre, estão previstos R$ 21,1 milhões pelo arrendamento da área, destinada à movimentação e armazenagem de granel sólido, com prazo de dez anos de concessão.
O TMP Maceió é destinado ao embarque e desembarque de passageiros, contribuindo para o conforto e a segurança dos turistas. O investimento será de R$ 3,7 milhões, com prazo de 25 anos de concessão.
Paranaguá
Também na semana passada foi solicitada a abertura de processo de licitação do canal de acesso ao Porto de Paranaguá, no Paraná.
O empreendimento faz parte do terceiro bloco de leilões do Governo Federal. Neste ano estão previstas outras licitações de canal de acesso, como o dos portos de Santos (Tecon Santos 10), de Itajaí (Santa Catarina) e da Bahia.
A previsão é que os blocos 2 e 3 de leilões portuários sejam realizados no mesmo dia, na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, em agosto deste ano. Juntos, os ativos vão atrair mais de R$ 1,2 bilhão.
Valor - SP 12/06/2025
Setor discute quem deve pagar pela infraestrutura dos gasodutos: usinas ou consumidores
Uma disputa sobre quem deve pagar pelo transporte do gás natural para usinas termelétricas gerou novo impasse em meio à urgência da realização do leilão de segurança energética (reserva de capacidade), considerado essencial para garantir o suprimento de energia elétrica, principalmente nos horários de maior consumo.
O embate gira em torno de quem deve arcar com os custos da infraestrutura dos gasodutos: o gerador que contrata o serviço das empresas que operam essa malha ou todos os consumidores, via um novo encargo de energia. O modelo atual do leilão exige que as usinas incluam nas propostas o custo do transporte de gás, o que acaba pesando sobre termelétricas conectadas à malha, que já enfrentam tarifas consideradas elevadas.
As companhias que operam os gasodutos - representadas pela ATGás - defendem o modelo chamado de “pass through”, que propõe excluir esse custo dos contratos das térmicas e repassá-lo aos consumidores. A proposta, apresentada ao Ministério de Minas e Energia (MME), permitiria diluir o custo da malha na conta de luz.
A sugestão, no entanto, preocupa grandes consumidores industriais, que veem riscos de subsídio cruzado entre setores, além de abrir precedentes para outros certames. “O custo do gás para cada projeto, incluindo a molécula e a sua disponibilização, seja pela malha de gasodutos, seja por uma instalação de regaseificação, seja por um poço próprio, deve estar refletido no ‘bid’ [proposta] de cada empreendedor no leilão, garantindo que não haja subsídios cruzados entre o setor elétrico e o de gás natural”, afirma Paulo Pedrosa, presidente da Abrace, associação que representa grandes consumidores de energia.
O custo da malha é fixo, e cerca de 40% do total é bancado pelo setor elétrico por meio das térmicas, que pagam tanto pelo uso quanto pela disponibilidade do ativo. As transportadoras alegam que, sem o repasse, a infraestrutura pode ficar subutilizada, com aumento de tarifas para os poucos que permanecem conectados à rede.
Ovidio Quintana, diretor comercial e regulatório da TAG, empresa controlada por Engie e CDPQ, frisa que a proposta feita ao MME não aumenta os ganhos para as transportadoras, já que se trata de uma receita fixa e regulada, mas o rateio deste custo por mais usuários desta infraestrutura é bom para a modicidade. Além disso, evitaria a contratação de novos navios de gás natural liquefeito (GNL) e a cobrança duplicada do custo das embarcações, que já estão amortizadas por leilões anteriores.
“No setor elétrico, os contratos firmados preveem o aluguel dos navios regaseificadores por um período de 15 anos, e esse custo já está sendo repassado à conta de luz dos consumidores”, afirma. “Não faz sentido cobrar o transporte do gás nacional do pré-sal e não cobrar o GNL importado”, frisa.
A proposta enfrenta resistência de empresas como a Eneva, já que parte de suas térmicas opera na “boca do poço” - sem necessidade da malha - e seu projeto de GNL nem sempre depende da infraestrutura de transporte. O diretor-executivo de marketing da empresa, Marcelo Cruz Lopes, entende que colocar os preços dos gasodutos ou do GNL no preço das térmicas é dar isonomia de competição. Entretanto, retirar o custo das usinas que usam a malha é distorcer a competição. A empresa estima que, se o repasse for aprovado, o impacto na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - encargo pago pelos consumidores na tarifa - pode chegar a R$ 5 bilhões.
“Este dinheiro será pago da mesma forma para as transportadoras e vai para conta de encargo”, afirma. “Não concordamos que este custo exorbitante seja empurrado para o consumidor de energia elétrica”, acrescenta.
Para Rogério Manso, presidente da ATGás, o que não faz sentido é que o custo esteja atrelado aos contratos das térmicas, uma vez que a tarifa é regulada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que não aprova contratos com horizonte tão alongado - de até 30 anos, como ocorre no setor elétrico.
O dirigente ainda critica as empresas que utilizam navios de GNL na costa brasileira, como a Eneva. “Quem está no GNL acha que essa vantagem tem que se perpetuar para sempre.”
Manso relembra o caso da própria Eneva, cuja movimentação de gás no hub de Sergipe foi interrompida temporariamente devido a falha na tubulação que conecta a unidade flutuante de regaseificação (FSRU) ao gasoduto marítimo. “Felizmente, o terminal estava conectado e conseguiu ser despachado com gás que veio da TAG.”
Já Lopes rechaça o modelo proposto pelas transportadoras que transfere o risco econômico para os consumidores. Para ele, é preciso uma análise aprofundada dos custos ou uma revisão tarifária adequada, e sugere que os demais usuários da malha pleiteiem a exclusão dos gasodutos já depreciados da base regulada de ativos.
“A média de depreciação da malha de gasodutos de transporte de gás no Brasil é superior a 80%. Se tivesse uma revisão tarifária, hoje essa tarifa deveria ter sido ajustada para baixo”, afirma.
A decisão está nas mãos do ministério. Procurada, a pasta disse que as áreas técnicas estão debruçadas sobre a questão, levando em consideração as melhores alternativas ao consumidor. Enquanto isso, aumenta a preocupação com a segurança energética no Brasil. Já há sinais de que o sistema pode não ter capacidade suficiente para atender a momentos de maior demanda nos próximos anos e a margem de operação está ficando mais estreita. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) foi obrigado a antecipar o início do suprimento de energia de térmicas do leilão de 2021. Essas usinas somam 2,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada.
IstoÉ Dinheiro - SP 12/06/2025
O Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou a representantes de empresas e associações ligadas à cadeia de gás natural atualizações sobre medidas para o setor. Na reunião, o ministro Alexandre Silveira falou sobre perspectivas para os ajustes que buscam ampliar a competitividade do mercado, com medidas para redução de preços.
Na apresentação, o custo de infraestrutura é apontado como principal gargalo para a oferta de preços competitivos. A PPSA vende gás natural da União a US$ 1,50/MMBtu para a Petrobras, mas o preço chega ao consumidor a US$ 16,10/MMBtu devido às tarifas de escoamento, processamento e transporte. Com isso, discute-se mudanças na forma de calcular a remuneração dessas etapas.
Participaram da reunião empresas como Gerdau, Usiminas e CSN. Ainda, entidades representativas como a Aço Brasil, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).
O presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, diz que a agenda de revisão dos preços da cadeia de gás é crucial para a saúde da indústria brasileira. “O custo de transporte precisa refletir depreciação de ativos”, afirmou a jornalistas após a reunião desta quarta-feira. “Há urgência da indústria nacional. A indústria química está caminhando para a ociosidade de 50%.”
Outra ação para reduzir os preços é a ampliação da oferta. Para isso, a gestão federal aposta em projetos como a estruturação da Unidade de Processamento de Gás Natural e Gasoduto Rota 3 da Petrobras (18 milhões de m³/dia) e o acordo de fornecimento de gás da Argentina (Vaca Muerta), com potencial de 10 milhões de m³/dia.
Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que, mesmo sem concorrência, os preços poderiam ser reduzidos significativamente, como US$ 0,84/MMBtu em alguns cenários estudados. O governo apontou na reunião que considera justos U$ 2 para escoamento e U$ 2,80 para tratamento.
A Tribuna - SP 12/06/2025
A Petrobras confirmou a presença de petróleo de alta qualidade e livre de contaminantes no pré-sal da Bacia de Santos, em um novo poço exploratório localizado no bloco Aram. O poço 3-BRSA-1396D-SPS fica a aproximadamente 248 quilômetros da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, a uma profundidade de 1.952 metros. Além dele, no dia 17 de março foram encontrados petróleo e gás natural no poço 4-BRSA-1395-SPS.
Segundo destaca a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, esta é a segunda descoberta no mesmo bloco, reforçando o excelente resultado obtido no início do ano, quando outro poço exploratório revelou petróleo de alta qualidade.
“Estamos investindo fortemente na busca de novas reservas e os resultados estão vindo. Neste ano, já anunciamos descobertas também em Brava e em Búzios”, complementa.
O consórcio iniciará análises laboratoriais para detalhar as características dos reservatórios e dos fluidos encontrados, o que permitirá estimar o potencial da área. Como parte do Plano de Avaliação da Descoberta (PAD), também está prevista a perfuração de mais dois poços e a realização de um teste de formação.
O PAD tem conclusão prevista para 2027, podendo incluir outras atividades de coleta de dados, conforme o cronograma e os compromissos contratuais definidos com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O bloco Aram foi arrematado em março de 2020, durante a sexta rodada de licitações da ANP, sob o regime de Partilha de Produção, com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora. A Petrobras lidera o consórcio como operadora do bloco, com 80% de participação, tendo como parceira a CNPC, que detém os 20% restantes.
Petróleo confirmado em março
A Petrobras confirmou a presença de petróleo e gás natural no poço 4-BRSA-1395-SPS, localizado a 245 quilômetros da costa, na linha reta de Santos, no litoral de São Paulo. A descoberta foi anunciada oficialmente no dia 17 de março pela estatal e integra o Bloco de Aram, situado no pré-sal da Bacia de Santos, uma das regiões mais promissoras para a produção de petróleo em águas ultraprofundas no Brasil.
O poço atingiu 1.759 metros de profundidade, e a operação segue com a perfuração até o limite previsto para caracterizar os reservatórios já identificados. A diretora-executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Maria Couto dos Anjos, classificou a descoberta como estratégica e afirmou que o volume identificado é significativo para a companhia e para o país.
No entanto, a Petrobras ainda não confirmou a quantidade exata de petróleo e gás natural no local, e disse que "análises técnicas complementares estão em andamento para determinar com precisão o potencial dessa descoberta".
Monitor Digital - RJ 12/06/2025
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) é contra o Projeto de Lei (PL) nº 3.178/2019, que permite a adoção do regime de concessão para blocos do pré-sal e extingue o direito de preferência da Petrobras nos leilões de petróleo sob o modelo de partilha de produção em áreas estratégicas. Para a FUP, o PL tem impactos negativos sobre a política energética nacional, a arrecadação pública, o papel da Petrobras e a soberania do país sobre suas riquezas naturais.
O PL, aprovado na terça-feira (10), na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado federal, seguirá para análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. A explicação da ementa é que o PL “revoga o direito de preferência para a Petrobras nas licitações no regime de partilha de produção e garante ao Conselho Nacional de Política Energética, assessorado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a decisão sobre qual é o melhor regime jurídico de exploração e produção de petróleo e gás natural a ser adotado nos leilões do pré-sal.
A FUP espera que a proposta seja barrada ou mudada na CAE.“Ao alterar o regime de partilha de produção do pré-sal, o projeto enfraquece a Petrobrás e implica menor participação do Estado em um recurso estratégico para a soberania energética e para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país”, afirma o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
A proposta transfere ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a decisão sobre qual regime será adotado em cada bloco, sem estabelecer critérios claros ou parâmetros técnicos vinculantes. Na opinião da federação, isso fragiliza a transparência e abre margem para a captura da política energética por interesses privados ou estrangeiros, em detrimento do interesse nacional.
Bacelar destaca que o regime de partilha é uma ferramenta de política industrial e tecnológica, que garante à empresa estatal sua presença estratégica em projetos sensíveis, mantendo o Brasil como protagonista no desenvolvimento de tecnologias de ponta e na proteção de seu patrimônio energético.
O modelo de partilha permite que a União participe proporcionalmente da produção e da valorização futura do petróleo, com impacto direto sobre o Fundo Social, gerado com esses recursos, e que financia educação, saúde e políticas públicas estruturantes.
O modelo da partilha, instituído pela Lei nº 12.351/2010, permite maior exigência de conteúdo nacional na cadeia produtiva do petróleo, promovendo a reindustrialização e a geração de empregos qualificados no Brasil. A substituição pelo regime de concessão reduz essa capacidade, ao favorecer empresas transnacionais que operam com cadeias globais de fornecimento, prejudicando a indústria nacional.
A FUP entende que o regime de partilha é o mecanismo adequado para a exploração do pré-sal, conferindo à União maior controle sobre a produção e apropriação direta da renda petrolífera. A flexibilização proposta compromete a coerência e a previsibilidade do marco legal, gerando instabilidade regulatória em um setor que exige planejamento de longo prazo.
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Infomoney - SP 12/06/2025
As ações das petroleiras da B3 registraram fortes ganhos na sessão na esteira da forte alta dos preços do petróleo. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 3,33%, a R$ 31,05, enquanto as PETR3 avançaram 2,93%, a R$ 33,33; Brava (BRAV3, +3,03%, a R$ 20,38); PetroReconcavo (RECV3, 2,70%, a R$ 15,23) e PRIO (PRIO3, 1,74%, a R$ 43,31).
Os preços do petróleo subiram mais de 4% nesta quarta-feira (11), atingindo o valor mais alto em mais de dois meses, depois que fontes disseram à Reuters e mais agências que os EUA estavam se preparando para desocupar sua embaixada no Iraque devido ao aumento das preocupações com a segurança no Oriente Médio.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de US$ 2,90, ou 4,34%, para US$ 69,77 por barril. O petróleo West Texas Intermediate ganhou US$ 3,17, ou 4,88%, para US$ 68,15. Tanto o Brent quanto o WTI atingiram os valores mais altos desde o início de abril.
Comerciantes surpresos compraram futuros do petróleo com relatos de que os EUA estavam se preparando para evacuar sua embaixada no Iraque, o segundo maior produtor de petróleo da Opep, depois da Arábia Saudita.
“O mercado não estava esperando esse grande risco geopolítico”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.
Mais cedo, o ministro da Defesa do Irã, Aziz NasirzadehNews Story Teerã atacará as bases dos EUA na região se as negociações nucleares fracassarem e surgirem conflitos com Washington.
Trump disse que estava menos confiante de que o Irã concordaria em interromper o enriquecimento de urânio em um acordo nuclear com Washington, de acordo com uma entrevista divulgada na quarta-feira.
A tensão contínua com o Irã significa que seus suprimentos de petróleo provavelmente continuarão limitados pelas sanções.
Estoques de petróleo nos EUA caem 3,644 milhões de barris, revela DoE
Já os estoques de destilados avançaram 1,246 milhão de barris, a 108,884 milhões de barris
Os suprimentos ainda aumentarão, uma vez que a Opep+ planeja aumentar a produção de petróleo em 411.000 barris por dia em julho, buscando desfazer os cortes de produção pelo quarto mês consecutivo.
Infomoney - SP 12/06/2025
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 3,644 milhões de barris, a 432,415 milhões de barris na semana passada, informou nesta quarta-feira, 11, o Departamento de Energia (DoE). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda de 1,6 milhão de barris.
Os estoques de gasolina tiveram alta de 1,504 milhão de barris, a 229,804 milhões de barris, enquanto a projeção era de alta de 900 mil barris. Já os estoques de destilados avançaram 1,246 milhão de barris, a 108,884 milhões de barris. A previsão era de avanço de 900 mil de barris.
A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 93,4% para 94,3%, acima da projeção dos analistas, de alta a 93,6%.
Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram recuo de 403 mil barris, a 23,683 milhões de barris. A produção média diária de petróleo subiu a 13,428 milhões de barris na semana. Fonte: Dow Jones Newswires.
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Globo Online - RJ 12/06/2025
A Deere & Co espera que as vendas de máquinas como tratores e colheitadeiras para o Brasil superem as destinadas à Europa nos próximos cinco a dez anos, tornando o país sul-americano seu segundo maior mercado.
A venda de equipamentos usados para semear, aplicar defensivos e colher desde soja até milho e cana-de-açúcar deve aumentar à medida que o Brasil amplia sua produção agrícola, afirmaram em entrevista o diretor financeiro da Deere, Joshua Jepsen, e Cristiano Correia, vice-presidente de sistemas de produção para a América Latina.
— Quando olhamos para os números de produção de soja e milho para os próximos dez anos, não há nenhuma outra região com uma taxa composta de crescimento tão alta quanto a do Brasil, e isso obviamente deve influenciar as vendas — disse Correia.
— O Brasil é cada vez mais importante para nossa estratégia — acrescentou Jepsen.
A empresa, com sede em Illinois, realiza seu primeiro dia do investidor no Brasil em mais de uma década, com cerca de 40 investidores dos EUA, Europa, Canadá e Japão. A Deere prevê um aumento de 27% na área plantada com grãos no Brasil nos próximos dez anos, enquanto a produção de etanol de milho deve dobrar no mesmo período.
Embora a empresa espere vendas estáveis no setor para a América do Sul no ano fiscal de 2025, projeta um aumento superior a 10% nos embarques de suas fábricas para concessionárias no mesmo intervalo, disse Correia.
As vendas de equipamentos para agricultores no Brasil caíram nos últimos anos devido à queda nos preços das commodities, o que reduziu o poder de compra dos produtores e levou à diminuição dos estoques nas concessionárias - que agora estão sendo reabastecidos.
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