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12 de Janeiro de 2023

SIDERURGIA

Brasil Mineral - SP   12/01/2023

Os países do Bloco Europeu produziram 10,5 milhões de toneladas de aço em novembro de 2022, ou 17,9% inferior ao mesmo mês de 2021.

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 139,1 milhões de toneladas em novembro de 2022, uma queda de 2,6% em relação ao mesmo mês de 2021. A Ásia e a Oceania produziram 101,4 milhões de toneladas em novembro, um aumento de 2,7% sobre novembro de 2021. Apenas a China produziu 74,5 milhões de toneladas, 7,3% a mais que em novembro de 2021, enquanto a Índia produziu 10,4 milhões de toneladas no mês, um incremento de 5,7% sobre o mesmo mês de 2021. Japão e Coreia do Sul produziram 7,2 milhões de toneladas e 4,8 milhões de toneladas de aço bruto em novembro, respectivamente, com retrocesso de 10,7% e 18,1% na comparação com o mesmo mês de 2021.

Os países do Bloco Europeu produziram 10,5 milhões de toneladas de aço em novembro de 2022, ou 17,9% inferior ao mesmo mês de 2021. A Alemanha produziu 2,8 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 17,9%. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,2 milhões de toneladas, com o volume despencando 25,1% sobre novembro de 2021. A Turquia produziu 2,4 milhões de toneladas e viu a produção cair 30,7% na comparação com novembro de 2021.

A África – Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,3 milhão de toneladas de aço bruto em novembro, 11,4% inferior na comparação com novembro de 2021, enquanto os países da CIS produziram 6,5 milhões de toneladas, 24,6% a menos sobre o mesmo mês de 2021, com destaque para a Rússia, que teve um volume de produção estimado de 5,6 milhões de toneladas, o que representa decréscimo de 9,6% sobre novembro de 2021. Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 4 milhões de toneladas de aço bruto em novembro de 2022, ou 11,6% superior na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O Irã produziu 2,9 milhões de toneladas no mês, um aumento de 3,9%.

A produção na América do Norte caiu 6,3% em novembro de 2022, somando 8,9 milhões de toneladas. Apenas os Estados Unidos produziram 6,4 milhões de toneladas, 10,5% a menos que em novembro de 2021, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3,4 milhões de toneladas, um recuo de 14,3% em relação a novembro de 2021. O Brasil produziu 2,6 milhões de toneladas e registrou um decréscimo de 16,3% em novembro de 2022 na comparação com o mesmo mês de 2021. No acumulado até novembro de 2022, a produção mundial de aço bruto somou 1,691 bilhão de toneladas, o que representa uma queda de 3,7% em relação ao mesmo período de 2021.

Valor - SP   12/01/2023

Um dos casos, ainda em fase preliminar, refere-se à análise de notícia publicada em 16 de agosto do ano passado, que informava que a empresa estaria revisando seus investimentos previstos para o ano

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou uma proposta de acordo do diretor de relações com investidores da CSN, Marcelo Cunha Ribeiro, para encerrar processos no regulador mediante o pagamento de R$ 1,2 milhão.

O comitê de termo de compromisso entendeu que a proposta não era “conveniente e oportuna” e que a melhor saída para os casos seria um pronunciamento do colegiado em sede de julgamento. Os diretores da autarquia acompanharam a decisão e rejeitaram o acordo.

Um dos casos, ainda em fase preliminar, refere-se à análise, pela CVM, de notícia publicada em 16 de agosto do ano passado, que informava que a empresa estaria revisando seus investimentos previstos para o ano. Os dados teriam sido comentados em teleconferência com analistas.

Na visão da área técnica, o executivo não reapresentou o comunicado ao mercado, divulgado em resposta ao ofício da superintendência de relações com empresas (SEP) , com a inclusão das informações sobre o assunto tratado na conferência.

O executivo já havia recebido três ofícios de alerta da SEP: por não se manifestar de forma imediata sobre notícia veiculada na mídia; por não divulgar informações adicionais que constavam no material de apresentação utilizado como base para teleconferência; e por divulgar projeções sem atender aos requisitos normativos.

O outro processo já está em fase de acusação e foi aberto por não ter sido divulgado fato relevante após publicação de notícia, em maio de 2021, sobre a possível intenção de realização de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da CSN Cimentos no fim de 2021. A reportagem afirmava também que a empresa negociava a aquisição de uma produtora de cimento, por cerca de US$ 350 milhões. Além disso, teria interesse em uma operação local de uma fabricante multinacional de materiais de construção.

Em resposta à SEP, a companhia inicialmente informou ao mercado que não havia, naquele momento, nenhum fato ou documento vinculante que merecesse divulgação ao mercado. Dias mais tarde, espontaneamente, divulgou que estava em tratativas com a fabricante de cimento Holcim. O negócio foi concretizado e anunciado no dia 30 de junho.

A área técnica ressaltou que a companhia havia encaminhado uma oferta não vinculante para a fábrica de cimentos em momento anterior à primeira notícia, publicada em 9 de maio de 2021, o que apontava, portanto, para a existência de tratativas iniciais e exclusivas de uma operação em negociação.

Marcelo Cunha Ribeiro propôs encerrar processos no regulador mediante o pagamento de R$ 1,2 milhão — Foto: Divulgação

ECONOMIA

Globo Online - RJ   12/01/2023

Ao justificar o estouro da meta pelo segundo ano consecutivo, a carta enviada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao ministro Fernando Haddad, que é o presidente do Conselho Monetário Nacional, desagrega a inflação. A inflação foi mais baixa do que em 2021 (10,06%), mas reduzida artificialmente, e com impacto muito grande sobre os mais pobres.

A meta era 3,5%, com teto de 5% e o IPCA de 2022 terminou em 5,79%. No entanto, a inflação dos alimentos no domicílio foi mais do que o dobro, chegando a 13,23% no acumulado de 12 meses. Enquanto isso, a gasolina teve queda de 25,78% . Ou seja, a inflação bateu na população mais pobre e poupou a classe média. Esta foi uma opção feita pelo governo Bolsonaro, com a eliminação de impostos federais sobre combustíveis para ser usado como palanque na campanha eleitoral.

O novo governo estuda a implantação de um estoque regulador de alimentos para oferecer ao mercado dentro da lei de oferta e procura. É uma maneira de influenciar os produtos sem fazer artificialismo. Mostra a preocupação do governo Lula com os preços dos alimentos. No caso do governo Bolsonaro, a preocupação foi com o valor dos combustíveis porque isso daria a ele um argumento no palanque.

E dessa armadilha, o governo atual ainda não conseguiu sair. Prorrogou a desoneração da gasolina, que terminaria em dezembro, por dois meses, e do diesel por um ano, porque ficou com receio de medo de protestos logo no início do mandato. Algumas pessoas do governo sabem e já declararam que, em algum momento, terá que reonerar pelo menos o preço da gasolina.

Sobre o diesel, a discussão é mais complexa. O combustível afeta o transporte de todos os bens do país, e a isenção beneficia tanto o caminhoneiro autônomo como as empresas de frota.

As justificativas do presidente do Banco Central para o estouro são desequilíbrio de preços e de fornecimento por causa da guerra da Rússia contra a Ucrânia, efeitos da pandemia, a volta dos serviços, e alta de commodities. Campos Neto promete continuar vigilante para levar a inflação de volta à meta, que esse ano é de 3,25%.

Exame - SP   12/01/2023

Depois de registrar expansão nos últimos dois anos, o consumo das famílias deve desacelerar em 2023. Entre os economistas, há quem não descarte uma queda. Se confirmada, seria o primeiro recuo desde 2016, quando o País enfrentou uma dura recessão econômica - excetuando 2020, quando o desempenho econômico global foi alterado pela pandemia.

O Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), calcula que o consumo vai diminuir 0,8% neste ano, após avançar 4,1% em 2022. O Santander, um pouco mais otimista, projeta alta de 1%.

O economista do banco Lucas Maynard, porém, afirma que esse desempenho não significa "um grande dinamismo". "Boa parte desse número decorre do carrego estatístico (efeito matemático, uma espécie de impulso deixado de um trimestre para o seguinte). É como se o crescimento fosse zero do quarto trimestre de 2022 até o quarto trimestre de 2023. Isso já resultaria em um crescimento de 1% para 2023. É gordura deixada de um ano para outro."
Motivos

A piora do orçamento das famílias tem como pano de fundo o elevado patamar da taxa de juros, atualmente em 13,75% ao ano, a inflação ainda alta - o IPCA fechou 2022 em 5,79% -, sobretudo para os mais pobres, a inadimplência também elevada e o fim dos estímulos fiscais.

No início de 2022, o governo Jair Bolsonaro adotou uma série de medidas para estimular a economia, como a antecipação de 13.º salário de aposentados, a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a ampliação do Auxílio Brasil - hoje Bolsa Família - de R$ 400 para R$ 600.

"Será um contexto em que as transferências de renda devem crescer menos, acabou o 13.º salário para aposentados e pensionistas e a liberação de FGTS, ou seja, todo esse estímulo fiscal que ajudou o consumo até aqui. E o mercado de trabalho dá sinais de desaquecimento", diz Thiago Xavier, economista da consultoria Tendências.

A economista Marina Garrido, do Ibre, destaca que a inadimplência deve continuar subindo até meados deste ano. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), 30,3% das famílias brasileiras tinham alguma dívida atrasada em novembro. Dos consumidores com renda mensal de até dez salários mínimos, 34,1% atrasaram dívidas, a maior proporção da série, iniciada em 2010.

"Isso é muito preocupante. Antes, por exemplo, todo mundo conseguia cartão de crédito. Agora, os bancos avaliam mais se vão ou não dar cartão para alguém. Aí, sem cartão, a pessoa consome menos", diz Marina.
Dívidas

Professora da rede pública de Guarulhos, Yve de Oliveira é um retrato desse cenário. Endividada, vai cortar compras neste ano. Até o ano passado, ela morava com os pais, mas precisou se mudar e comprar móveis para o apartamento que alugou. Yve já tinha algumas dívidas com bancos, mas, com a mudança e passando a pagar aluguel, a situação se deteriorou.

"Na ignorância financeira, sempre que não tinha dinheiro, pegava um empréstimo. Aí, quando não conseguia pagar uma parcela, o banco oferecia um novo empréstimo. Virou uma bola de neve e, no ano passado, virou um tsunami", diz.

Yve conta que, hoje, 70% do seu salário paga dívidas. "No mês passado, sobraram R$ 67 para me divertir. Agora, não tenho ambição de comprar nada."

IstoÉ Online - SP   12/01/2023

A produção industrial da China deve ter crescido 3,6% em 2022 em relação ao ano anterior, disse o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação nesta quarta-feira, apesar dos problemas de produção e logística causados pelas restrições à Covid-19.

A estimativa é de que a produção do setor manufatureiro tenha aumentado 3,1% no ano passado, representando 28% do Produto Interno Bruto da China, de acordo com o comunicado do ministério após uma reunião realizada nesta quarta.

Depois que os rigorosos lockdowns e restrições contra a Covid-19 interromperam as linhas de produção e as cadeias de suprimentos no ano passado, o ministério prometeu um crescimento constante da economia industrial em 2023.

Indústrias importantes, como automobilística e de bens de consumo, serão estabilizadas, disse o ministério, enquanto o governo tenta estimular o consumo em uma tentativa de impulsionar a recuperação econômica.

A China melhorará a autonomia e a capacidade de controle das principais cadeias industriais e acelerará o desenvolvimento dos principais equipamentos técnicos e da indústria de grandes aeronaves de passageiros, disse o comunicado.

O país também acelerará a modernização industrial, por meio da automação das linhas de produção e da adoção de processos de fabricação mais ecológicos. Também visará melhorar a competitividade global dos fabricantes em novas tecnologias, como inteligência artificial, tecnologias de “internet das coisas” e veículos de energia alternativa.

O Estado de S.Paulo - SP   12/01/2023

O índice oficial de inflação encerrou o ano de 2022 em 5,79%, acima do objetivo de 3,5% e do limite superior do intervalo de tolerância. Mais do que esperado, o estouro da meta exigiu do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o envio de uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a lista de razões que impediram o alvo de ser alcançado. O documento, por óbvio, elenca fatos do passado, mas serve de alerta para o futuro. O cenário descrito requer a atenção do BC e ainda mais responsabilidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Inércia da inflação de 2021, elevação das commodities, desequilíbrio entre oferta e demanda e gargalos nas cadeias produtivas globais, choques em preços de alimentação e retomada da demanda de serviços e emprego após o declínio da pandemia resumem os motivos pelos quais o BC não foi capaz de trazer o IPCA para a meta. Longe de ser exclusividade nacional, tais fatores foram desafios para bancos centrais no mundo todo. Nesse sentido, é digno de nota que o Brasil foi um dos pioneiros no processo de aumento dos juros e figura entre os países onde o combate à inflação se mostrou mais efetivo.

Ainda que a inflação tenha sido menor que a registrada em países emergentes e até em nações ricas, apegar-se a esse resultado não é prudente. Dos nove grupos de despesas pesquisados pelo IBGE, sete registraram aumento de preços no ano passado. Alimentos e bebidas foram a fonte de maior pressão. Em contrapartida, os dois grupos em que houve deflação foram transporte e comunicação, deflação esta motivada exclusivamente por mudanças eleitoreiras na tributação de combustíveis, energia e telecomunicações.

É cedo para afirmar que o pior já passou. O índice registrado em dezembro, de 0,62%, ficou acima das expectativas dos analistas de mercado, avanço que revela não apenas a resiliência, como o espraiamento da inflação. Todos os nove grupos pesquisados pelo IBGE registraram alta de preços no mês passado. “A mensagem que o IPCA de dezembro deixa para 2023 é a de que a inflação não começa o ano bem”, resumiu Luca Mercadante, economista da Rio Bravo Investimentos.

Ao longo de 19 páginas, a carta do presidente do Banco Central expressa preocupação similar. Se no exterior permanecem as pressões globais, internamente o BC reconhece a importância das medidas tributárias para conter os preços de combustíveis, assim como destaca que a necessária e adiada reoneração terá efeitos sobre o índice. Não fossem as desonerações, a inflação teria encerrado o ano em 9,56%, segundo André Almeida, analista do IBGE.

A exemplo do ano passado, os maiores riscos mencionados pelo BC são as incertezas a respeito da política fiscal. Ainda há muitas dúvidas sobre a âncora que substituirá o teto de gastos, bem como sobre a continuidade de estímulos eleitoreiros que mantiveram aquecidos demanda e mercado de trabalho nos últimos meses. Por outro lado, a retomada de políticas parafiscais e a reversão de reformas estruturais também podem diminuir a força da política monetária.

Ao dar satisfações sobre o passado, o BC prepara o ambiente para justificar suas decisões no futuro. No documento, a instituição admite que a incerteza em torno das premissas e projeções que norteiam suas ações “atualmente é maior do que o usual”, e enfatiza que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. A mensagem não poderia ser mais cristalina.

O trabalho da autoridade monetária não é fácil, uma vez que boa parte dos fatores de pressão inflacionária não depende dela. Seu único instrumento para controlar a inflação é a taxa básica de juros. Assim, a carta é quase um apelo para que o governo federal atue em conjunto com a instituição e alinhe a política fiscal à monetária – algo que não ocorreu na maior parte do governo de Jair Bolsonaro. Nesse sentido, ainda que haja um novo presidente da República, os dilemas do País permanecem os mesmos. Que Haddad, assim como Lula, saiba compreender o recado do BC.

O Estado de S.Paulo - SP   12/01/2023

A prioridade do governo Lula passou a ser controlar os focos de rebelião e fortalecer seu poder político.

A selvageria dos golpistas na invasão do Congresso, da sede do Supremo e do Palácio do Planalto começou domingo às 14 horas. O presidente Lula se manifestou apenas três horas depois, às 17 horas, aparentemente porque teve de saber, primeiramente, com quantos tanques poderia contar.

Depois houve os atos de sabotagem em linhas de transmissão na terça-feira e a nova tentativa de articulação de retomada de poder por grupos bolsonaristas. São fatos que bastam para justificar a preocupação do presidente Lula, apesar da grande unidade em torno dele demonstrada à primeira hora pelos líderes das instituições e pelos governadores; e apesar da grande manifestação de apoio de chefes de Estado e de governo ao redor do mundo.

Uma das questões novas com que se depara a administração Lula é o que fazer com os milhares de cargos da máquina de governo ocupados por militares, que podem estar ali para algo mais do apenas curtir uma boquinha extra.

A primeira impressão de certos analistas foi de que a assumida a nova prioridade do governo Lula, de garantir condições políticas para governar, poderia retardar e até prejudicar o processo de tomada de decisões destinado a reequilibrar as contas públicas e a botar para rodar a economia. Pode-se imaginar o volume de projetos de investimentos que estão à espera das novas coordenadas, das novas regras do jogo e, mais ainda, à espera de decisões firmes destinadas ao controle do déficit público.

Esse risco de fato existe porque dentro do governo Lula existe a ala para a qual o político e o social devem preceder o econômico, não importando até mesmo que cheguem a atropelar o econômico.

O que precisa ser entendido de uma vez é que, sem a solidez dos fundamentos da economia, a área política e a área social também podem bambear.

Está em curso uma recessão global que carrega forte potencial de prejudicar o desempenho do PIB e do nível de emprego por aqui; a inflação anual do Brasil chegou muito próximo dos 6%, pelo segundo ano consecutivo ficou acima da meta estabelecida pelo governo, e pode aumentar quando forem removidos os subsídios dos preços dos combustíveis; os juros tendem a permanecer elevados para que a inflação possa ser reconduzida à meta; isso, por sua vez, deverá produzir o efeito colateral de aumentar a dívida pública – uma vez que as despesas com juros são reincorporadas ao total do passivo. Além disso, há uma transição energética urgente a conduzir e a destruição de florestas a estancar, o que exige determinação.

Enfim, se o governo não administrar com firmeza também a agenda da economia, pode perder a confiança dos agentes econômicos e essa perda de confiança poderá se tornar elemento de nova fragilidade política.

MINERAÇÃO

Valor - SP   12/01/2023

Eduardo Bartolomeo disse que o novo parceiro poderia ser uma montadora automotiva, um grupo industrial, um investidor estatal ou um fundo de pensão. Ele descartou parceria com outra mineradora

A Vale recebeu várias ofertas por uma participação em suas operações de metais básicos, depois de negociar com interessados que vão desde montadoras a fundos soberanos, segundo o executivo-chefe da empresa, para quem a divisão poderia se tornar “ainda maior” que a própria mineradora Eduardo Bartolomeo disse que a empresa recebeu “ofertas não vinculantes”, nas quais não há compromisso obrigatório, por uma participação de até 10% na unidade, que produz materiais cruciais para a transição energética e está sendo desmembrada como uma entidade separada das operações principais da Vale, de minério de ferro.

Ele disse ao “Financial Times” que o novo parceiro poderia ser uma montadora automotiva, um grupo industrial, um investidor estatal ou um fundo de pensão. “São com esses que estou conversando”, disse. “Todo mundo.”

A Vale também está em negociação para trazer uma montadora ao seu conselho de administração, acrescentou Bartolomeo, sem dar mais detalhes.

O minério de ferro proporciona 80% da receita da Vale, cujo valor de mercado, de US$ 79 bilhões, a torna a maior empresa de capital aberto da América Latina.

No futuro, porém, Bartolomeu acredita que a unidade de metais de base — dona de minas de níquel no Canadá e na Indonésia, de minas de cobre no Brasil e de participações em empresas de cobalto e platina — poderia vir a se tornar maior que a própria controladora e ser registrada em bolsa.

“Fundamentalmente, queremos proteger essas operações”, disse Bartolomeo. “Podem ficar até maiores do que a Vale. Não amanhã nem no próximo ano — quando se olha para o longo prazo.”

Analistas do banco RBC avaliaram a unidade de metais básicos da Vale em US$ 22,3 bilhões, em recente relatório. No entanto, as fracas perspectivas da economia mundial, que pesam sobre os preços do cobre, podem tornar difícil alcançar um valor correspondente nas ofertas.

Em sua maioria, os preços das ações das principais mineradoras subiram em 2022, à medida que a demanda pelos metais necessários para a transição energética aumentava. As ações da Vale negociadas em São Paulo valorizaram-se 17%.

Após o desastre da barragem de Brumadinho em 2019, que deixou 270 mortos, e diante do início do arrefecimento da antes insaciável demanda chinesa por minério de ferro, a mineradora brasileira está cada vez mais empenhada em se reposicionar na produção de metais com maior potencial de crescimento.

“Este é um superciclo”, disse Bartolomeo, referindo-se aos metais necessários para a chamada eletrificação do transporte e da energia. “O que você está vendo no níquel é um superciclo.”

Embora a Vale tenha sinalizado antes que poderia ter um parceiro de investimento definido até o início de dezembro, o prazo acabou se estendendo e agora se prevê um acordo para o primeiro semestre de 2023.

Os planos de desmembrar a unidade de metais básicos ainda continuariam mesmo se não for encontrado um sócio adequado, segundo Bartolomeo.

O novo investidor não será uma mineradora, o que exclui rivais como BHP ou Rio Tinto, que também tentam diversificar-se para além do minério de ferro, principal ingrediente usado na produção de aço.

Um contrato de compra antecipada da produção futura, no qual a Vale forneceria metais a longo prazo, pode fazer parte do novo acordo de investimento, acrescentou o executivo. A Vale já tem acordos para fornecer níquel para baterias à Ford e à Tesla.

Bartolomeo reiterou que a Vale não está preocupada em recuperar a coroa de maior produtora de minério de ferro do mundo e que, em vez disso, está empenhada em expandir-se em formas de maior valor agregado do mineral, como o ferro briquetado a quente (HBI, na sigla em inglês).

“Queremos ser um participante forte nos nichos de produtos de ponta”, disse Bartolomeo. “Para nós, ser o maior não é uma preocupação.”

Com o fim dos controles mais rígidos de Pequim contra a pandemia de covid-19, Bartolomeo se disse “cautelosamente otimista” em relação à China, país que produz cerca de metade do aço do mundo.

Bartolomeu acredita que a unidade de metais de base poderia vir a se tornar maior que a própria controladora e ser registrada em bolsa — Foto: Leo Pinheiro/Valor

Diário do Comércio - MG   12/01/2023

Os contratos futuros de minério de ferro ampliaram os ganhos nesta quarta-feira, com o contrato de referência de Cingapura saltando acima de 120 dólares a tonelada para atingir uma nova máxima de seis meses, já que preocupações com a oferta adicionaram suporte aos preços já impulsionados pelas perspectivas de demanda na China.

Analistas disseram que os últimos dados mostrando menores volumes de embarque de minério de ferro, especialmente do Brasil, e queda nas chegadas de cargas na China, maior produtora mundial de aço, também estão elevando os preços do ingrediente siderúrgico.

O contrato de minério de ferro mais ativo na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 1,6%, a 847,50 iuanes (125,14 dólares) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em fevereiro subiu 1,1%, para 121,30 dólares a tonelada.

“Os embarques da Vale (mineradora brasileira) caíram significativamente devido ao impacto da estação chuvosa”, disseram analistas da Sinosteel Futures em nota.

A Vale, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, disse no mês passado que espera que a produção de 2023 atinja entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas, estável em comparação com a previsão de produção do ano passado.

Os embarques globais de minério de ferro no primeiro trimestre devem cair também por causa dos programas de manutenção de minas e interrupções relacionadas ao clima, disseram analistas.

Enquanto isso, a Miner Ferrexpo disse que sua produção anual de pelotas de minério de ferro recuou devido a custos mais altos, restrições logísticas e interrupções causadas pela invasão russa à Ucrânia.

O minério de ferro de Dalian subiu mais de 40% em relação à mínima de novembro, enquanto os preços em Cingapura subiram mais de 3% este mês, impulsionados pela flexibilização dos controles pandêmicos da China e pelo apoio político à economia local.

AUTOMOTIVO

Automotive Business - SP   12/01/2023

Mercado chinês nunca comprou tantos veículos elétricos e híbridos como em 2022

As vendas de automóveis de passeio na China cresceram 1,9% em 2022. De acordo com a Associação de Veículos de Passeio da China (equivalente à Anfavea local), as fabricantes venderam 20,5 milhões de carros no ano passado.

Apesar da alta, o resultado não foi tão expressivo como em 2021, quando houve incremento de 4%. O resultado é reflexo das diversas paralisações nas fábricas do país e dos desafios enfrentados pela economia local diante da nova explosão no número de casos de coronavírus.

A produção de veículos em 2022 teve alta de 11,6% em relação ao ano anterior. Em dezembro passado, porém, as montadoras produziram 15% a menos do que um ano antes por conta do aumento nos casos de Covid-19 no país.

"O mercado se mostrou excepcionalmente complexo no ano passado", afirmou Cui Dongshu, secretário geral da associação.

Se serve de consolo, as vendas no varejo em dezembro chegaram a 2,17 milhões de veículos, representando alta de 3% em relação ao mesmo mês de 2021. O crescimento foi consequência da política de incentivos concedida pelo governo para a compra de automóveis, que incluiu subsídios para veículos elétricos e descontos nos impostos para quem comprasse carros de determinadas categorias.
Recorde em elétricos e híbridos

Enquanto as vendas de veículos a combustão tiveram queda, o volume de carros elétricos e híbridos bateu novo recorde em 2022. Foram mais de 5,6 milhões de unidades comercializadas, mais do que o dobro do número alcançado em 2021. Apenas em dezembro, o país emplacou 640 mil unidades, sendo 455 mil delas movidas exclusivamente a eletricidade.

A Rede - PR   12/01/2023

A instalação de uma futura unidade da multinacional chinesa BYD no Paraná foi discutida nesta terça-feira (10) em reunião entre o vice-governador Darci Piana e o presidente da empresa, Tyler Li, e demais autoridades. O encontro aconteceu em Curitiba, no Palácio Iguaçu.

O grupo, que já atua no Brasil, pretende instalar uma nova fábrica de veículos elétricos no País. O Paraná é cotado para sediar uma unidade de produção de controladores e motores para esta frota.

Piana destacou que o Estado é um importante centro logístico e conta com bons diferenciais para a instalação de indústrias como a BYD. “Mostramos a potencialidade do nosso Estado, que é um ponto central dentro do Mercosul e está sendo transformado, pelo governo, em um centro logístico para atender toda a América do Sul”, disse.

“A BYD é uma das maiores multinacionais do mundo, que já tem operações no Brasil, inclusive no Paraná, e que agora avalia trazer outros investimentos ao Estado, e toda a estrutura que eles são capazes de produzir”, salientou o vice-governador. “Estamos em diálogo com a empresa e vamos dar continuidade às tratativas para conseguir oficializar sua instalação no Estado”.

O tema já havia sido abordado quando representantes da empresa fizeram uma primeira visita e demonstraram interesse em uma planta em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ficava a indústria Sttelantis, que fabricava motores para a Fiat.

“Conhecemos o Paraná há muito tempo, temos um escritório aqui e temos grandes possibilidades de investir no Estado. Recebemos algumas informações da Sttelantis, vamos apresentá-las para nosso time técnico da China, que vem para cá em fevereiro fazer uma visita na fábrica para avaliar as condições e as possibilidades na unidade produtiva. Em março daremos um feedback”, afirmou o presidente da BYD, Tyler Li.

O secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, afirmou que há uma boa expectativa por parte do Governo para a atração da multinacional. “Conseguimos mostrar a imagem positiva do nosso Estado com a visita a Campo Largo e a reunião com a cúpula do governo para esclarecer todos os pontos de interesse. O Paraná oferece boas oportunidades de negócios, com vantagens fiscais, logísticas e de qualificação de mão de obra”, disse.

Sobre a BYD

A empresa chinesa é líder global em quatro grandes indústrias: eletrônica, automobilística, energia limpa e trânsito ferroviário. Conta com mais de 290 mil funcionários espalhados em 30 parques industriais ao redor do mundo. Somente em 2021, a companhia teve faturamento de US$ 35 bilhões, com taxa de crescimento anual de 55%.

O diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, destacou a abrangência de produtos fabricados pela companhia. “A BYD não é só carros elétricos e painéis fotovoltaicos, mas vai muito além e fabrica uma gama de componentes eletrônicos”, disse. “Para nós, é importante abrir as portas do Paraná para uma indústria desse porte. Queremos transformar o Estado na vitrine da BYD no Brasil e na América Latina”.

O grupo chegou ao Brasil em 2015, quando inaugurou sua primeira fábrica de montagem de ônibus 100% elétricos, em Campinas (SP). Hoje conta com mais uma unidade no mesmo município e outra em Manaus (AM), dedicadas à fabricação de outros produtos.

A empresa também é responsável por dois projetos de SkyRail (monotrilho) no País: em Salvador, com o VLT do Subúrbio, e na cidade de São Paulo, com a Linha 17 – Ouro.

Ela comercializa no Brasil empilhadeiras, vans, caminhões, furgões e automóveis, todos totalmente elétricos e não poluentes.

Presenças

Também acompanharam a reunião o secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel; os presidentes da Copel, Daniel Pimentel Slaviero; da Sanepar, Claudio Stabile; e do BRDE, Wilson Bley Lipski; o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco; o diretor comercial da BYD, Henrique Antunes; a gerente jurídica da empresa, Gabriela Masseto; o superintendente-geral de Articulação Regional do Estado, Márcio Wosniak; e o prefeito de Campo Largo, Maurício Rivabem.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Monitor Digital - RJ   12/01/2023

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) apontou que as empresas associadas acreditam no desempenho regular em dezembro. Para 65% dos associados, o mês apresentará resultado regular e para 13% o período tende a ser bom.

Já para janeiro, a expectativa é que o otimismo tenha leve crescimento, com 30% das empresas associadas estimando resultado bom. A pesquisa também apresenta os dados consolidados de novembro de 2022, indicando que o mês também foi de resultado regular no setor. Para 61% dos associados, novembro trouxe resultados regulares ante 13% considerando bom desempenho. Já 17% consideraram ruim.

O Termômetro da Abramat também traz informações sobre o nível de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais. Em dezembro de 2022, a utilização da capacidade industrial foi de 71%, na média das empresas associadas, 3 pontos percentuais abaixo em relação a dezembro de 2021, e apresentando 5 pontos percentuais a menos do que em novembro de 2022.

As pretensões de investimento em dezembro de 2022 apresentam queda, com redução de 7 pontos percentuais em relação ao mês anterior, refletindo cautela em relação às expectativas sobre a retomada dos investimentos projetados, com 65% das indústrias de materiais indicando que devem seguir os investimentos nos próximos 12 meses. Em dezembro do ano passado este indicador era de 83%.

As vendas de cimento em dezembro somaram 4,5 milhões de toneladas, uma queda de 6,3% em relação ao mesmo mês de 2021, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic). Com esse resultado, o setor termina o ano de 2022, com um total de 63,1 milhões de toneladas de cimento vendidas, uma retração de 2,8% sobre o ano anterior, ou seja, 1,8 milhão de toneladas a menos. Esse resultado negativo ocorre após o bom desempenho do triênio 2019-2021, que mesmo com a pandemia, registrou crescimentos de 3,8% em 2019, 10,8% em 2020 e 6,8% em 2021, e havia recuperado 12 milhões de toneladas das 19 milhões perdidas no período 2015-2018. Entretanto, o recuo de 2022 faz com o que as vendas do cimento fiquem 8,8 milhões toneladas abaixo do recorde de 71,8 milhões em 2014.

A taxa de inflação começou o ano passado com significativos dois dígitos, permanecendo assim durante diversos meses, levando o Banco Central a aumentar a Selic de 9,25% para 13,75%. Essa política, além de encarecer o financiamento imobiliário, incentiva uma migração para investimentos em produtos financeiros.

O setor imobiliário, um dos principais indutores do consumo de cimento, apresentou queda significativa no número de lançamentos contribuindo assim negativamente para o ano 2022. Dados até setembro apontam uma redução de 8,5% nos lançamentos¹ e um ligeiro crescimento de 0,1% nas vendas de imóveis. Esse, movimento reduz o estoque de obras e consequentemente a demanda por cimento.

O desempenho da política habitacional popular (Casa Verde Amarela) foi decepcionante com queda de 26,2% e 9,3% nos lançamentos e nas vendas até setembro, respectivamente. O número de unidades financiadas para construção através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) também caiu, 5,8% até novembro.

As regiões Norte e Centro-Oeste foram as únicas a apresentarem variações positivas em 2022, impulsionadas, principalmente, pela expansão imobiliária e autoconstrução, diferentemente das demais que amargaram quedas consideráveis.

FERROVIÁRIO

A Tribuna - SP   12/01/2023

A VLI, a MRS e a Rumo, três das principais empresas ferroviárias do País e que atuam no Porto de Santos, têm como meta expandir a participação do setor no transporte de cargas e aguardam o andamento das políticas públicas a serem direcionadas pelo novo Ministério dos Transportes. O ministro Renan Filho já sinalizou que revisará o Marco Legal de Ferrovias (Lei 14.273/21), sancionado no Governo Bolsonaro e que as três companhias aprovam. O marco regulatório institui o modelo de exploração da malha ferroviária por meio de autorização.

Em nota, a MRS informou que, com a sanção do Marco Legal, “sinalizou interesse em expandir sua atuação com pedidos, ao poder concedente, de operação em mais cinco trechos. Os estudos estão em curso, em fase de avaliação de viabilidade técnica e financeira por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)”. Agora, aguarda os próximos passos do atual governo. “A MRS permanecerá acompanhando o desenrolar do tema, buscando trabalhar em soluções logísticas que potencializem a participação do modal ferroviário no transporte de cargas do País”.

Em 2022, a empresa transportou 127,3 milhões de toneladas, contra 125,7 milhões em 2021. A empresa transporta contêineres (cargas variadas), produtos siderúrgicos, cimento, bauxita, agrícolas, coque, carvão e minério de ferro, além de prestar soluções logísticas e serviços ferroviários customizados.

Para o vice-presidente de Regulação e Expansão da Rumo, Guilherme Penin, “o reconhecimento do ministro Renan da importância de se impulsionar o setor é visto com bons olhos pela companhia. Seria prematuro, contudo, fazer qualquer consideração a respeito antes que o ministro torne público o que será revisto no marco regulatório”. Conforme o último balanço, a Rumo transportou 57 milhões de toneladas nos primeiros nove meses de 2022, 18% a mais do que em 2021 no mesmo período: 48,1 milhões.

“Esse crescimento é resultado da série de investimentos feitos para estruturar uma operação robusta e pronta para atender o agronegócio e a indústria com uma logística integrada e planejada para o futuro. Considerando os nove primeiros meses de cada ano, registramos 38,5 milhões de toneladas transportadas no fluxo exportação e 3,1 milhões para importação de janeiro a setembro do ano passado”, apontou Penin.

A Rumo transporta produtos agrícolas (soja, milho, farelo de soja, açúcar e fertilizantes), industrializados (combustíveis, madeira, papel, celulose, siderúrgicos e mineração) e cargas conteinerizadas (algodão, bobinas de papel, bens de consumo, defensivos agrícolas e cargas refrigeradas). Em Santos, a companhia descarregou, em média, mais de 1.200 vagões por dia. “Isso representa, hoje, 60% da capacidade total do porto. Nossa meta é chegar a 1.700 vagões por dia até 2025”.

Procurada, a VLI também informou que “enxerga nas autorizações uma ferramenta fundamental para acelerar investimentos e aumentar a participação do modal ferroviário no transporte de cargas no país, com ganhos para a maior eficiência da cadeia logística, o meio ambiente e toda a sociedade. Com tantos benefícios e avanços conquistados para o ambiente de negócios, a companhia espera que as modificações colaborem ainda mais com a transformação da logística no país”.

Em Santos, a VLI opera o Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam). O ativo movimenta 27% do total de açúcar exportado pelo complexo portuário e outras cargas como fertilizantes, soja e milho.

Movimentação

Em 2022, o setor ferroviário transportou mais de 341 milhões de toneladas de produtos entre janeiro e novembro no país, um volume praticamente estável em comparação a igual período de 2021, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   12/01/2023

Com 33,610 milhões de toneladas de cargas movimentadas, o Porto do Itaqui registrou crescimento de 8% em relação a 2021 e de 4% sobre o planejado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária(RMAP). Os granéis sólidos foram o grande destaque do ano de 2022, com 23 milhões de toneladas movimentadas, o que representa uma alta de 19% em relação a 2021 e 11% acima do planejado pela EMAP.

Dentre os granéis sólidos, a soja e o milho tiveram a maior movimentação anual da história do porto público do Maranhão, com 11,2 milhões de toneladas e 6,6 milhões de toneladas, respectivamente. A exportação de celulose produzida pela fábrica da Suzano no Maranhão também superou a marca histórica, com 1,705 milhão de toneladas.

O último mês do ano foi o melhor dezembro no Itaqui, com 2,564 milhões de toneladas movimentadas, 57,5% superior ao planejado para o mês e 47% acima do mesmo período de 2021, impulsionado principalmente pela exportação de milho (1,075 milhão de tons).

— Esses números demonstram a manutenção da curva de crescimento do porto público do Maranhão e reafirmam o seu papel como hub regional e nacional em uma série de cargas. Os resultados de 2022 refletem um grande trabalho da equipe EMAP e de toda a comunidade portuária em suas diversas cadeias produtivas, bem como nos investimentos tanto com recursos da autoridade portuária quanto da iniciativa privada —afirma o diretor de Operações do Porto do Itaqui, Jailson Luz.

Reconhecimento — Com certificações que atestam excelência na gestão da Qualidade (ISO 9001), do Meio Ambiente (ISO 14001), da Segurança da Informação (ISO 27001) e da Segurança e Saúde Ocupacional (ISO 45001), o Itaqui foi reconhecido com o primeiro lugar no Prêmio Cidesport de Porto Público com Maior Número de Certificações ISO, à frente dos portos de Suape (PE) e São Francisco do Sul (SC).

O Porto do Itaqui recebeu outras premiações ao longo do ano e dentre as mais importantes está o Prêmio de Excelência da Indústria Portuária em 2022, na categoria Desenvolvimento de Infraestrutura Portuária, concedido pela Organização dos Estados Americanos (OEA).

No Prêmio Portos + Brasil, concedido pelo Ministério da Infraestrutura, a gestão do Porto do Itaqui foi reconhecida em quatro categorias: 1º lugar em Execução de Investimentos Planejados; 1º lugar em Variação do lucro operacional Ebtida; 1º lugar no Ranking do Índice da Gestão das Autoridades Portuárias e 2º lugar em Crescimento da Movimentação de Cargas dos Portos Públicos.

Além desses, também recebeu em 2022 o Prêmio Ser Humano Oswaldo Checcia - Categoria Setor Público e o Prêmio Valoriza Mulher, do Tribunal de Justiça do Maranhão, que reconhece organizações que atuam no combate à violência contra a mulher.

Investimentos — A gestão da EMAP tem concentrado esforços para atingir os melhores resultados por meio de investimentos em infraestrutura e tecnologia. Dentre as principais iniciativas estão obras estruturais e de expansão, capacitação das equipes, modernização de processos e o fortalecimento do programa de inovação.

Os números positivos, que vêm em uma sequência de superação de marcas históricas nos últimos oito anos, são fruto da capacidade da EMAP em combinar investimentos próprios na expansão da infraestrutura do porto com a atração de investimentos privados, o que gera emprego, renda e desenvolvimento para o Maranhão.

Os investimentos em infraestrutura no Porto do Itaqui somam R$ 2 bilhões, entre recursos públicos e privados aplicados de janeiro de 2019 até o momento. Em 2022, a EMAP lançou um plano de investimentos no valor de mais de R$ 500 milhões em um conjunto de obras que visam elevar a capacidade de movimentação de cargas do porto para além de 40 milhões de toneladas/ano até 2025.

Investing - SP   12/01/2023

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), revelou a jornalistas dois nomes escolhidos para compor o segundo escalão de sua pasta: de Fabrizio Pierdomenico, que cuidará da secretaria de Portos, e de Roberto Gusmão para ser o secretário-executivo do ministério. Pierdomenico já atuou na autoridade portuária de Santos como diretor nos primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também nos governos petistas foi Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário.

França ponderou, contudo, que as nomeações ainda não estão oficializadas. "É a pessoa que estamos indicando", disse França.

Já Roberto Gusmão, engenheiro, foi secretário de infraestrutura do Recife durante as gestões do PSB em Pernambuco. Em fevereiro de 2021, ele assumiu o cargo de presidente do Complexo de Suape (PE).

O Estado de S.Paulo - SP   12/01/2023

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fechou as portas sobre o megaleilão do Porto de Santos, que foi desenhado durante sua gestão como ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro. “Não descartou, pelo contrário, abriu o diálogo”, relatou o ministro ao Estadão/Broadcast.

A indicação já foi vista como muito positiva pelo governador de São Paulo. Tarcísio reconhece que a privatização do porto, no modelo de venda da autoridade portuária, é tema sensível para o presidente petista – algo que, segundo ele, foi exposto durante o encontro, antecipado pelo Estadão no mês passado.

Lula, contudo, disse, não estar “preso a dogmas”, relatou Tarcísio. “Ele disse que, obviamente, essa questão da privatização é um tema sensível, mas que ele também não está preso a dogmas, a conversar internamente”, afirmou o ex-ministro da Infraestrutura. “Sabemos quanto o tema é sensível para eles, temos que tratar com responsabilidade”.

No encontro, Tarcísio decidiu destacar o volume de investimentos que a modelagem de privatização tem potencial de levantar. São cerca de R$ 20 bilhões que, na visão do governador, podem transformar a região da baixada santista. “Porto de Santos se transformando no maior porto do hemisfério Sul, resolvendo problemas de mobilidade urbana, que são históricos da baixada, em termos de geração de emprego, possibilidade de criar porto-indústria, aproveitar áreas que são ociosas, capacitar pessoas”, disse Tarcísio sobre os pontos levados a Lula.

Desapego

O governador apontou também não ter “apego a modelo” e que, portanto, está disposto a contribuir com ajustes, principalmente no que se refere à proteção da mão de obra. “Não estamos mexendo na relação capital-trabalho”, disse. Tarcísio mencionou, por exemplo, a possibilidade de os trabalhadores da autoridade portuária terem mais prazo de vinculação a empresa, e participação nas ações, por exemplo, citando também programas de demissão voluntária. “Estamos abertos ao diálogo, vamos trabalhar sempre olhando o que é melhor”, disse.

A ideia é que a equipe de Tarcísio, incluindo ele, faça uma apresentação mais detalhada sobre o projeto aos integrantes da Casa Civil e do Ministério de Portos e Aeroportos. “É provável que a gente faça uma apresentação em duas semanas”, disse o governador, afirmando que irá a Brasília “quantas vezes for necessário” para debater o projeto. “E existe possibilidade de eles irem lá também”, contou.

Segundo ele, chamou a atenção de integrantes do governo durante a reunião o potencial de investimentos e de geração de empregos estimado no projeto. “Além de gerar turismo, indústria, aumento de nível de renda da região. Imagina resolver o problema da travessia seca entre Santos e Guarujá”, apontou Tarcísio, em referência ao projeto de túnel seco entre Santos e Guarujá que está dentro da modelagem de privatização do Porto.

O ex-ministro reconhece que, se o governo Lula quiser prosseguir com o projeto, ajustes serão feitos. “O Tribunal de Contas da União também pode ajudar. E, com certeza, se o projeto for prosperar, eles vão fazer ajustes no modelo. Eu também não estou preso a dogmas, e nem nos cabe isso porque o porto é federal”, apontou o governador. O principal ponto para Tarcísio e sua equipe é que manter a administração do porto no modelo atual não irá garantir o volume de investimentos que existe no projeto. “Não existe outra forma de fazer volume tão grande de investimento em tão pouco tempo”, mencionou.

“O mais importante é garantir fluxo de investimentos, a modernização do porto, velocidade na dragagem de aprofundamento. Que esses recursos, na lógica do investimento cruzado, podem ser aplicados na mobilidade, túnel do maciço, ligação seca Santos-Guarujá. É o projeto mais importante da baixada santista dos últimos anos”, reforçou.

Pelo proposto no governo Bolsonaro, dos R$ 18,5 bilhões de investimentos obrigatórios previstos, R$ 14,1 serão aplicados em manutenções, durante os 35 anos da concessão. Outros R$ 3 bilhões estão reservados para a construção de um canal submerso para ligar Santos e Guarujá. Outro R$ 1,4 bilhão deve ser injetado em obras como novos acessos rodoviários, modernização portuária e aprofundamento do canal de Santos.

Os terminais do porto estão espalhados por um canal de 25 quilômetros de extensão. Hoje, esse canal tem profundidade de 15 metros. Toda estrutura terá de ser rebaixada para 16 metros numa primeira etapa, chegando a 17 metros em um segundo momento. Os terminais de Santos têm autorização para receber embarcações com até 366 metros de comprimento, enquanto grandes portos no mundo já estão aptos a ancorar navios de 400 metros. Ao aprofundar seu canal, este novo calado vai permitir o acesso dessas embarcações, apesar destas não terem Santos como rota atual.

Nos últimos dez anos, enquanto a média de crescimento do PIB foi de 1,1% ao ano, o porto de Santos registrou aumento médio anual de 4,9% e tem movimentado cerca de 150 milhões de toneladas por ano, próximo de sua capacidade plena. A projeção conservadora é de que esse volume chegue a 200 milhões de toneladas até 2030.

Além de Lula e Tarcísio, estiveram no encontro os ministros da Casa Civil, Rui Costa, de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o secretário de governo de São Paulo, Gilberto Kassab. “Conversa foi boa, fui muito bem recebido, como disse desde o início. Pessoal sempre me questionou sobre a relação, eu sempre disse que iria ser uma relação republicana”, relatou o governador. “Para o Brasil ir bem, São Paulo tem que ir bem também, e vice-versa”, disse Tarcísio. “Precisamos caminhar juntos, temos a disposição dele de trabalhar pautas, ter diálogo”.

Mais tarde, Rui Costa reforçou a posição de Lula sobre o tema: “O que ele (Lula) disse é o que estamos dizendo: não tem dogmas”, afirmou. “Nós temos que, para cada projeto, desenhar a melhor modelagem possível, vamos fazer junto. Chega de dogmas e posições presas”, disse o ministro.

“Se é privatização, concessão, PPP, vamos identificar para cada projeto. O que interessa, ao fim e ao cabo, é atrair investimento público e privado infraestrutura do País. Não queremos ficar preso a um só modelo”, disse Costa./Colaborou Felipe Frazão.

Portos e Navios - SP   12/01/2023

Foram 162,4 milhões de toneladas movimentadas ao longo do ano, 10,5% acima da melhor marca anterior, em 2021

O Porto de Santos movimentou 162,4 milhões de toneladas de carga em 2022. Em relação a 2021, o resultado apresentou um crescimento de 10,5%. Os embarques avançaram 15,1%, chegando a 118,7 milhões de toneladas, e os desembarques totalizaram 43,7 milhões de toneladas.

Em quatro anos, o crescimento acumulado foi de 22%, considerando o montante de 133,2 milhões de toneladas movimentadas em 2018, o que representa um crescimento anual de 5,1%. Desde 2019 a SPA vem batendo recordes sucessivos, ano após ano.

Contêiner - Na movimentação de contêineres, o Porto de Santos chega à sua marca recorde, e simbólica, de 5 milhões de TEU (unidade equivalente a 1 contêiner de 20 pés) no ano, o que significa aumento de 21% em quatro anos e de 3,2% em relação a 2021. Vale lembrar que o Porto está chegando perto de sua capacidade máxima para movimentação de contêineres, que é de 5,3 milhões de TEUs/ano. Dessa forma, por meio do último Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ), aprovado em 2020, a SPA realizou 5 leilões e endereçou mais 6 projetos para atender as demandas do Porto. Entre estes projetos previstos está o novo terminal de contêineres, STS 10, que aumentará a capacidade para esta carga em 2,3 milhões TEU/ano, retirando o risco do Porto em operar no seu limite de capacidade para contêineres.

Principais cargas - As mercadorias do agronegócio continuaram a se destacar no acumulado do ano, principalmente a soja em grão (+9,6%), o milho (+80,8%), a celulose (+59%), sucos cítricos (+9,6%) e as carnes (+20%).

A movimentação no mês de dezembro também bateu sua maior marca para o mês, atingindo 12,1 milhões de toneladas. Para contêineres, foram 375,7 mil TEU movimentados no mês.

Atracações - O fluxo de navios nos 12 meses do ano foi de 5202 atracações, crescimento de 7,1% em relação a 2021.

Corrente Comercial – A participação do Porto de Santos na corrente comercial brasileira, ao longo de todo ano de 2022, concentrou 28,8% da fatia nacional.

Portos e Navios - SP   12/01/2023

Com movimentação de 7,1 milhões de toneladas, o Porto de Imbituba alcançou um novo patamar operacional em 2022, consagrando o melhor resultado anual de sua história. Em relação ao recorde anterior, celebrado em 2021, houve crescimento de 3,6% no volume movimentado. Ao todo, foram atendidos 280 navios.

As principais cargas movimentadas no último ano são granéis sólidos, especialmente o coque de petróleo, com 28,6% da movimentação total. Também apresentaram expressiva participação no grupo graneleiro os fertilizantes, o sal, o farelo de soja, o minério de ferro e a hulha betuminosa.

Além dos granéis, destaque para a operação de contêineres, cujo volume operado garantiu o segundo lugar no ranking de produtos transportados. Nas cargas gerais, grupo com maior crescimento dentre os segmentos operados em relação ao ano anterior (+34,6%), sobressaiu a movimentação de toras de madeira.

A maioria das operações foram de importação, fluxo que apresentou queda de 7,3% na quantidade transportada. Comparado a 2021, as exportações aumentaram significativamente sua participação nas operações, com alta de 21,3% na tonelagem destinada ao exterior.

Os resultados financeiros da SCPAR Porto de Imbituba, que estão em fase de fechamento e auditoria, podendo sofrer alterações, são positivos. Os números preliminares apontam faturamento de R$ 78,1 milhões em 2022, representando um crescimento de 13,5% em relação ao ano anterior. A projeção de R$ 19,2 milhões no EBITDA e saldo em caixa de aproximadamente R$ 116 milhões disponíveis para investimentos.

Dentre os destaques de gestão, 2022 ficou marcado pela assinatura do contrato de arrendamento do Terminal de Granel Líquido, para um período de 10 anos, com a aplicação prevista de cerca de R$ 25 milhões da iniciativa privada na modernização do terminal, e pela assinatura do arrendamento transitório do Terminal de Granéis Minerais, com expectativa de leilão para um contrato de maior prazo em 2023. Ao longo do ano, também foi realizado chamamento para doação de Estudos de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) para subsidiar a modelagem de futuros arrendamentos de oito áreas públicas operacionais disponíveis no Porto Imbituba.

“Estamos muito gratos por poder concluir mais um ciclo de crescimento e desenvolvimento, que foi projetado não apenas no resultado operacional da comunidade portuária, mas também nos significativos avanços na infraestrutura e ampliação dos arrendamentos”, destaca Fábio Riera, diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   12/01/2023

O ano de 2022 terminou com um importante feito operacional da 3R Petroleum. A companhia anunciou que sua produção em dezembro alcançou o patamar de 25,3 mil barris de óleo equivalente por dia. O volume representa uma elevação de 92% na comparação com o mês anterior. O grande salto se deve especialmente ao impulso da produção da companhia em seus ativos offshore.

Segundo a 3R, o aumento expressivo em seu cluster offshore aconteceu em função da maior demanda de gás no âmbito do contrato de take or pay do Polo Peroá. Além disso, outro fator decisivo foi a incorporação do Polo Papa Terra em dezembro de 2022, cuja média da produção de óleo foi de 16.995 barris nos dias operados pela 3R.

Já em relação aos campos terrestres, a petroleira independente disse ainda que o Cluster Recôncavo apresentou importante incremento de produção, com 7.454 barris de óleo equivalente em dezembro, registrando alta de 39,6% em relação a novembro. A 3R disse ainda que o desempenho do cluster no mês foi impulsionado pelo Polo Recôncavo, cujas intervenções em infraestrutura (sistema de processamento e enquadramento de óleo) foram concluídas no início de dezembro, liberando a reabertura de poços até então fechados temporariamente, além da consistente performance operacional do Polo Rio Ventura.

Money Times - SP   12/01/2023

Os estoques de petróleo e gasolina dos Estados Unidos subiram enquanto as reservas de destilados caíram na última semana, disse a Administração de Informação de Energia (AIE) nesta quarta-feira.

Os estoques de petróleo bruto aumentaram em 19 milhões de barris na semana encerrada em 6 de janeiro, para 439,6 milhões de barris, em comparação com as expectativas dos analistas em uma pesquisa da Reuters que indicavam uma queda de 2,2 milhões de barris.

Foi a maior avanço semanal desde fevereiro de 2021 e o terceiro maior aumento já registrado.

Após a divulgação, as cotações do petróleo dos EUA (WTI) reduziram ganhos na sessão.

Os estoques de petróleo bruto no centro de entrega de Cushing, Oklahoma, aumentaram em 2,5 milhões de barris na última semana, informou a AIE.

O refino de petróleo nas refinarias aumentou em 831.000 barris por dia na última semana, informou a AIE.

A taxa de utilização das refinarias subiu 4,5 pontos percentuais na semana.

Os estoques de gasolina dos EUA subiram 4,1 milhões de barris na semana para 226,8 milhões de barris, disse a AIE, em comparação com as expectativas dos analistas em uma pesquisa da Reuters que indicavam um aumento de 1,2 milhão de barris.

Os estoques de destilados, que incluem diesel e óleo para aquecimento, caíram 1,1 milhão de barris na semana, para 117,7 milhões de barris, contra expectativas de queda de 0,5 milhão de barris, mostraram os dados da AIE.

As importações líquidas de petróleo dos EUA aumentaram 2,71 milhões de barris por dia.

Infomoney - SP   12/01/2023

O preço do petróleo Brent deve ter uma média de US$ 83 por barril em 2023 e cair para cerca de US$ 78 por barril em 2024. Portanto, deve ficar distante da média de US$ 101 atingida em 2022. As projeções são do Departamento de Energia (EIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, em sua Perspectiva de Energia de Curto Prazo divulgada hoje.

Para o preço do West Texas Intermediate (WTI), referência dos EUA, a estimativa é de um comportamento semelhante, com média de US$ 77 por barril em 2023 e de US$ 72 em 2024.

O Departamento de Energia diz que aumentos nos estoques globais de petróleo – quando há mais produção do que consumo – estão impulsionando essas quedas. “Prevemos que os estoques globais de petróleo terão uma média de mais de 600 mil barris por dia em 2023 e 2024”, diz o comunicado.

Para os próximos meses, o EUA projeta que o preço do Brent deva sair dos US$ 81 verificados em dezembro para uma média de US$ 83 por barril no primeiro trimestre de 2023. Daí, passará para uma média de US$ 85 até o segundo trimestre e voltará cair no segundo semestre.

As projeções já incorporam a proibição da União Europeia de importações marítimas de produtos petrolíferos da Rússia a partir de 5 de fevereiro.
Produção

Segundo a perspectiva de energia, a produção global de petróleo aumentará 1% (1,1 milhão de barros por dia) entre 2022 a 2023. Os Estados Unidos e a OPEP respondem pela maior parte do aumento da produção global, compensando as quedas de produção na Rússia.

A previsão é que a produção de petróleo da Rússia cairá de 10,9 milhões b/d em 2022 para 9,5 milhões b/d em 2023, como resultado das sanções relacionadas à invasão da Ucrânia. Já a produção dos EUA crescerá 5% (1,0 milhão b/d) em 2023, e a produção de combustíveis líquidos da OPEP (que inclui petróleo bruto) aumentará 0,5% (160.000 b/d) em 2023.

Para 2024, a projeção é que produção global de petróleo cresça 2% (1,7 milhão b/d), também impulsionada por EUA e da OPEP. No próximo ano, a produção americana aumentará em 3% (650.000 b/d) e a produção da OPEP crescerá 2% (680.000 b/d). Espera-se que a produção de petróleo da Rússia fique quase estável em 2024.

O EIA trabalha com a projeção de crescimento global do PIB feita pela Oxford Economics, de 1,8% em 2023 e de 3,3% em 2024. Isso deve contribuir para o aumento da demanda por petróleo. “Prevemos que o consumo global de combustíveis líquidos aumentará 1% em 2023 (1,0 milhão b/d), seguido por um aumento de 2% (1,7 milhão b/d) em 2024. “

Segundo o Departamento de Energia, a projeção para o consumo de petróleo em 2024 supera o consumo em 2019, ano anterior à pandemia. O crescimento será impulsionado pelo aumento da demanda de petróleo na China e na Índia em ambos os anos.

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