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11 de Outubro de 2023

SIDERURGIA

Grandes Construções - SP   11/10/2023

A Alacero (Associação Latino-Americana do Aço) realiza nos dias 8 e 9 de novembro o congresso Alacero Summit, espaço de encontro da indústria do aço da região para troca de conhecimentos, experiências e soluções inovadoras.

O evento, que acontece no Transamérica Expocenter, em São Paulo, reúne cerca de 800 executivos de empresas como ArcelorMittal, DeAcero, Gerdau, Ternium, Primetals, Danieli e Vale, dentre outras.

Nesta edição serão promovidos debates sobre temas-chave para o setor, como mercados e geopolítica, Inovação e indústria 4.0, sustentabilidade e transição energética.

“Precisamos falar sobre as oportunidades e desafios que temos em comum: a descarbonização e a contribuição para o desenvolvimento econômico e social da indústria de aço local, especialmente diante da ameaça da produção chinesa”, diz Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero.

Para cada tonelada de aço produzida, destaca Wagner, as empresas latino-americanas emitem 1,6 toneladas de CO2, número inferior à média mundial de 1,8 toneladas, segundo a worldsteel.

“Para atingir os objetivos de redução das emissões de CO2 até 2050 são necessários conscientização, discussão, ação e projetos de toda a indústria em conjunto”, afirma.

No primeiro dia, Vikram Mansharamani, especialista em tendências globais, aborda o mito da globalização e comenta porque a regionalização é importante.

Depois, Máximo Vedoya, CEO da Ternium, traz uma análise das oportunidades de reindustrialização para a América Latina.

Brian Winter, analista político para a América Latina e editor-chefe do Americas Quarterly, apresenta perspectivas sobre o futuro da região e o impacto da reindustrialização no desenvolvimento econômico.

O bloco inovação e indústria 4.0 traz David Gutiérrez, CEO do Grupo Deacero, para falar sobre inovação e tecnologias aplicadas à indústria, enquanto Santiago Bilinkis, empresário e tecnólogo, ilustra como a inteligência artificial está impactando a indústria manufatureira.

A sessão conta ainda com dois painéis de discussão e apresentação de cases: o primeiro sobre tecnologias e digitalização com as grandes empresas Primetals, Danieli e Russula, e o segundo com startups tecnológicas que estão fornecendo soluções para a indústria, como Agilean e Kraftblock.

No segundo dia, Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, aprofunda como o setor impacta positivamente as comunidades por meio da promoção da educação, habitação, saúde e cultura.

Em seguida, são apresentados os casos específicos do setor e da cadeia de valor do Grupo Techint, ArcelorMittal, Gerdau, Vale e Whirlpool.

Sobre o tema da transição energética, Marcelo Martínez Mosquera, presidente do Departamento de Energia da União Industrial Argentina, oferece uma visão global da energia no mundo e da transição energética.

Em seguida, Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil, CEO Aços Longos e Mineração LATAM, avalia como a indústria latino-americana está enfrentando esse desafio e, por fim, em um painel de casos, empresas de energia, como a Engie, explicam como os recursos naturais constituem uma oportunidade para a região.

Money Times - SP   11/10/2023

A Gerdau (GGBR4) comunicou ao mercado nesta segunda-feira (10) que a Newave Energia — empresa que possui participação indireta de 33,33% –, adquiriu a totalidade das ações da Solar Arinos Holding S.A., detidas pelo Grupo Voltalia.

De acordo com a empresa, o objetivo é desenvolver um novo parque de geração de energia solar em Arinos, no estado de Minas Gerais.

A empresa informou que o investimento total para construção do Parque Solar Arinos será de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, integralmente suportado pela Newave Energia, com uma combinação de seu capital próprio e dívida.

A Gerdau também informou que o parque deverá ter capacidade instalada de aproximadamente 420 megawatt-pico (MWp) e inclui uma subestação de energia.

“Uma vez operacional, o Parque Solar Arinos deverá fornecer 30% de seu volume de energia renovável
produzida para unidades de produção de aço da Gerdau no Brasil, na modalidade de autoprodução”.

Grandes Construções - SP   11/10/2023

As exportações de sucatas ferrosas, insumo usado na fabricação de aço, atingiram 98.325 toneladas em setembro, uma expressiva alta de 153% em relação ao mesmo mês do ano passado (38.859 toneladas) e o segundo maior volume mensal desde que as exportações de volumes excedentes do material se intensificaram no país.

As exportações de setembro só perdem para maio de 2016, com 103.440 toneladas.

No ano, as exportações somam um total de 574.818 toneladas, crescimento de 87,3% em comparação ao período de janeiro a setembro de 2022 (306.837 toneladas), conforme dados do Ministério da Economia.

A expectativa do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão que representa mais de 5,6 mil recicladores, é de que os números das vendas externas continuem elevados no último trimestre do ano.

“O quadro é preocupante, com baixa demanda por sucata por parte das usinas siderúrgicas, que também sofrem com a queda nas vendas de aço”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa.

“A economia tem reagido lentamente e há baixo consumo por aço da indústria automobilística e da construção civil, mesmo com a reação do PIB, puxado principalmente pelo setor de serviços”, disse Alvarenga.

Informações do Instituto Aço Brasil (IABr) apontam que no momento as siderúrgicas estão trabalhando com apenas 60% da capacidade, devido à forte concorrência externa, principalmente da China.

A situação não é ruim apenas para a reciclagem de ferro e aço. De acordo com o Inesfa, há dificuldades também no setor de aparas de papel, com as indústrias utilizando mais celulose, em plásticos, onde o insumo virgem tem ficado mais barato do que o material reciclado, e vidro, cujos preços estão estáveis há bastante tempo.

“Todos os custos operacionais subiram e os preços dos insumos caíram, fazendo com que as margens fiquem muito baixas em todos os segmentos, o que afeta também o ganho dos catadores”, completou Alvarenga.

Além de um mercado ruim, há preocupação com a taxação do setor de reciclagem. Durante a Waste Expo Brasil, realizada na semana passada em São Paulo, empresários do setor de coleta, processamento e comercialização da cadeia de reciclagem pediram a volta da isenção do PIS e Cofins na venda de materiais recicláveis para as indústrias de transformação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou em 2021 a isenção, que estava prevista na “Lei do Bem”, em vigor há 15 anos.

Com a decisão, as empresas e cooperativas de reciclagem que comercializam desperdícios, resíduos ou aparas de plástico, papel, vidro, ferro ou aço, alumínio, entre outros, passarão a pagar os impostos (3,65% ou 9,25%) na venda às indústrias, sem nenhuma garantia de repasse no preço.

A medida vai desestimular também a coleta desses materiais pelos catadores.

A decisão do Supremo equipara, do ponto de vista fiscal, a reciclagem à indústria extrativista e afeta diretamente os catadores, responsáveis pelo recolhimento de materiais.

Segundo Aline Sousa, presidente da Centcoop, cooperativa de Brasília (DF), o governo não pode ignorar a importância dos catadores como ferramentas de inclusão social e contribuição econômica para estados e municípios, além do inegável trabalho ambiental que desempenham.

“Os catadores precisam da geração de renda proporcionada pela atividade que exercem. A indústria que consome os insumos recicláveis vai deixar de comprar das cooperativas porque precisam contar com os benefícios fiscais, sob pena de partirem para outras fontes de insumos”, afirmou.

Valor - SP   11/10/2023

Governo dos EUA teria pedido ao bloco europeu que agisse contra os produtores chineses e, em troca, evitar a reimposição de tarifas sobre o aço da UE impostas pelo presidente Donald Trump em 2018

A União Europeia (UE) planeja anunciar investigações anti-subsídios contra produtoras de aço chinesas durante um encontro com os Estados Unidos neste mês, enquanto desenvolvem conjuntamente uma frente para fazer frente a Pequim, informou o jornal "Financial Times".

Bruxelas concordou em se juntar aos esforços de Washington para proteger as indústrias do que chamam de competição desleal. Segundo dois responsáveis ​​com conhecimento da medida, que falaram ao "Financial Times", o governo americano pediu ao bloco europeu que agisse contra os produtores de aço chineses e, em troca, evitar a reimposição de tarifas sobre o aço da UE impostas pelo presidente Donald Trump em 2018.

Na ocasião, a UE tomou medidas retaliatórias impondo taxas sobre produtos americanos, como o whisky bourbon e as motos Harley-Davidson. Os dois lados suspenderam as medidas em 2021, enquanto colaboravam numa iniciativa de aço sustentável destinada a limitar as importações chinesas.

A investigação da UE seria a segunda do bloco contra a China, após o anúncio de uma investigação formal anti-subsídio contra veículos elétricos chineses. Bruxelas também considera investigar o setor de turbinas eólicas.

De acordo com o "Financial Times", as investigações devem durar até um ano e podem levar à imposição de tarifas.

Diário do Comércio - MG   11/10/2023

As importações elevadas de aço da China estão impactando negativamente o mercado de trabalho do setor siderúrgico nacional. O CEO da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), Marcelo Chara, declarou, recentemente, que a companhia deixou de contratar 600 pessoas em razão da concorrência com o país asiático.

E a Usiminas não é a única empresa afetada. No fim de setembro, o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, informou que a companhia paralisou parte de sua capacidade produtiva no Brasil em função do aumento substancial da importação de aço no País.

De acordo com o executivo, 600 pessoas estão com contratos de trabalho suspensos temporariamente. Ele acrescentou que as usinas da empresa em Minas Gerais, por enquanto, não foram afetadas.

Diante do problema, Gustavo Werneck disse que está otimista de que o governo federal vai adotar tarifa de 25% de Imposto de Importação sobre o aço. O percentual é o mesmo praticado por 27 países da União Europeia, além dos Estados Unidos e México. A alíquota adotada hoje no Brasil é de 9,6%, exceto para alguns produtos.

O CEO da Gerdau contou que tem ido quase todas as semanas a Brasília e que a interlocução com o ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin e equipe tem sido boa.
Importação

Somente em agosto deste ano, o Brasil importou 496 mil toneladas de aço, o maior volume desde julho de 2021 e um patamar bem acima da média dos últimos dez exercícios, de 250 mil toneladas. Para este ano frente a 2022, a previsão é de uma alta de 40% na quantidade de importados.

Durante a 33ª edição do Congresso Aço Brasil, que aconteceu em setembro, em São Paulo, o presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Jefferson de Paula, disse que, se nada for feito para que o atual cenário seja alterado, certamente, até o fim de 2023, diversas usinas de aço terão que paralisar as atividades, gerando, inclusive, desemprego no Brasil.

Outro impacto pode ser o adiamento dos investimentos já programados pelas companhias, cuja projeção indica mais de R$ 63 bilhões nos próximos quatro anos. O Instituto Aço Brasil reúne nove grupos produtores de aço do País, que respondem por 86% da produção nacional de aço.

Neste evento, o presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração Latam, Jefferson de Paula, avaliou o atual cenário como dramático. Ele contou que a empresa revisou suas projeções para este ano devido à situação adversa e vai produzir, no Brasil, 1,3 milhão de toneladas de aço a menos do que previa antes.

Communica Brasil – SP 11/10/2023

Siderúrgica sueca se destaca e vence o prêmio de melhor fornecedora pela produção de aços livre de combustíveis fósseis. Ainda, premiação reconhece boas práticas em sustentabilidade e competitividade. 

No último dia 04 de outubro, na vinícola Luiz Argenta, em Flores da Cunha (RS), aconteceu o Supplier Awards Randoncorp 2023, premiação que ocorre durante o Encontro de Fornecedores 2023 da Randoncorp, que incentiva fornecedores a desenvolverem projetos conectados aos compromissos da companhia, distribuídos nas três categorias Competitividade, Inovação e Tecnologia e ESG. Na categoria Inovação e Tecnologia, a fabricante SSAB, multinacional sueca líder mundial na fabricação de aços de alta resistência, venceu com o projeto Hybrit, que objetiva a produção de aço a partir de minério de ferro totalmente isento de combustíveis fósseis. O conceito tecnológico parte da mudança do elemento de redução do minério de ferro, utilizando o hidrogênio como alternativa ao coque siderúrgico. 

No evento, foram conhecidos os vencedores de 2023 do prêmio, realizado uma vez por ano, e que contou com quase 200 convidados de 160 fornecedores da Randoncorp. Nesta edição, foram inscritos 81 projetos.

“O projeto HYBRIT nos mostra que é possível fazer a transição e transformação rápida e acelerada da indústria siderúrgica, pois nos permite criar novas cadeias de valor livres de combustíveis fósseis, reduzindo significativamente as emissões de dióxido de carbono e contribuindo significativamente para o clima e a transição verde da sociedade”, diz Lisandro Peliciolli, Area Sales Manager para o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai da SSAB. 

“A Randoncorp é um grande grupo focado em transportes, que iniciou sua operação há mais de 70 anos construindo carretas. Hoje a companhia é um dos nossos principais clientes no Brasil, para o qual fornecemos chapas Hardox® e Strenx® 700CR utilizadas principalmente nas suas caçambas basculantes. A Randoncorp ocupa atualmente a 8ª posição no ranking dos maiores produtores de trailers do mundo”, avalia Michel Zveibil, Gerente Regional de Vendas da SSAB.

A SSAB é uma empresa nórdica de produção de aços com unidade produtiva também nos EUA. A SSAB oferece produtos de valor agregado e serviços desenvolvidos em estreita colaboração com os seus clientes para criar um mundo mais forte, mais leve e mais sustentável. Tem funcionários em mais de 50 países e conta com instalações de produção na Suécia, Finlândia e nos Estados Unidos. A SSAB está cotada na Bolsa de Valores Nórdica de Estocolmo, Nasdaq, e na Nasdaq em Helsinque.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   11/10/2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez nova elevação para o desempenho do Brasil neste ano e vê a economia crescendo 3,1%, ante 2,1% da última estimativa. Se o organismo estiver certo, o primeiro ano da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será melhor do que o último do governo de Jair Bolsonaro. Em 2022, o País cresceu 2,9%.

“A revisão em alta para 2023 desde julho reflete um crescimento mais forte do que o esperado no Brasil, impulsionado pela agricultura dinâmica e serviços resilientes no primeiro semestre de 2023", justifica o FMI. O consumo também permaneceu forte, apoiado por medidas de estímulo fiscal, acrescentou.

O FMI também melhorou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024, mas ainda assim vê a economia crescendo menos. O Fundo espera que o País apresente avanço de 1,5% contra alta anterior de 1,2%. As novas projeções constam no relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado nesta terça, 10, às margens das reuniões anuais do Fundo, em Marrakesh, no Marrocos.

O cenário desenhado pelo FMI coloca o Brasil em ritmo superior ao do crescimento esperado para a economia global neste ano, mas abaixo do previsto para países emergentes e em desenvolvimento, de 4%. Economias como China, Índia e México devem crescer em ritmo superior ao do Brasil, na visão do Fundo. No longo prazo, o País deve seguir crescendo de forma tímida. O Fundo prevê alta de 2% do PIB local em 2028.

Inflação e desemprego

O FMI espera que a inflação no Brasil também melhore em 2023, para 4,7%. No ano passado, foi de 9,3%. E essa é a tônica à frente. Na visão do Fundo, a inflação brasileira deve se reduzir ainda mais em 2024, para 4,5%.

“A recente decisão do Brasil de adotar uma meta contínua (em vez de ano-calendário) de inflação de 3% a partir de 2025 é um exemplo concreto de uma melhoria na eficácia operacional e na estratégia de comunicação, ajudando a reduzir a incerteza e a aumentar a eficácia da política monetária”, diz o FMI, no relatório.

Segundo o Fundo, a política monetária adotada pelo Brasil é consistente com a convergência da inflação. O BC brasileiro foi um dos primeiros a cortar os juros, ao lado de Chile e Uruguai. Isso foi possível conforme o Fundo, porque o órgão começou a fazer o trabalho de combate à inflação mais cedo.

Já a taxa de desemprego do Brasil deve ficar em 8,3% neste ano contra 9,3% em 2022. Para 2024, o Fundo espera que melhore um pouco mais, para 8,2%.

IstoÉ Online - SP   11/10/2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo, nesta terça-feira (10), suas previsões de crescimento para a China em 2023 e 2024, sobretudo, por causa da crise no setor imobiliário.

Este ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da segunda maior economia mundial deverá crescer 5%, conforme as previsões econômicas globais do FMI.

Caso isso se confirme, será cumprida a meta de “cerca de 5%” que Pequim havia estabelecido para este ano, embora se trate de um ritmo abaixo da previsão anterior do Fundo, divulgada em julho (5,2%).

“Estamos especialmente preocupados com a estabilidade financeira da China”, afirmou o diretor do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais do FMI, Tobias Adrian, em entrevista coletiva em Marrakech, coincidindo com as reuniões anuais da instituição e do Banco Mundial.

Em 2022, o PIB da China cresceu 3%, apesar das gigantescas restrições sanitárias contra a covid-19, seu crescimento mais fraco em mais de quatro décadas (fora o período pandêmico).

Segundo o FMI, o PIB da China deverá crescer 4,2% em 2024, uma previsão três décimos inferior à de junho.

O levantamento das restrições sanitárias contra a covid-19 em dezembro de 2022 permitiu uma recuperação da atividade, “mas essa dinâmica está se esgotando”, advertiu o Fundo, em meio a uma crise no setor imobiliário que “dificulta” o crescimento.

Adrian alertou para o risco que “os governos locais correm, por meio de seus veículos de investimento, os bancos locais, especialmente os provinciais, e os produtos de gestão de patrimônio associados ao sector imobiliário”.

“É realmente crucial restaurar a confiança no setor imobiliário”, disse o vice-diretor do Departamento de Mercados Monetários, Fabio Natalucci.

O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, pediu uma “ação vigorosa” por parte das autoridades chinesas.

– Potencial default parcial –

O endividado gigante imobiliário chinês Country Garden anunciou nesta terça-feira (10) que não espera ser capaz de cumprir todos os seus compromissos de pagamento no exterior dentro do prazo, em meio a uma luta para evitar a inadimplência.

Em uma nota publicada no site da Bolsa de Valores de Hong Kong, a empresa disse que “prevê que não conseguirá cumprir todas as suas obrigações de pagamento no exterior no vencimento, ou dentro dos períodos de carência, incluindo, entre outras, notas promissórias em dólares americanos emitida pela empresa”.

Uma das maiores incorporadoras imobiliárias da China, a Country Garden acumulou dívidas de 1,43 trilhão de iuanes (196 bilhões de dólares) até o final de 2022.

Seus problemas de fluxo de caixa suscitaram temores de que poderia colapsar, o que teria consequências para a economia chinesa, que já sofre de elevadas taxas de desemprego juvenil, declínio do consumo e uma crise mais ampla em seu setor imobiliário.

Nesta terça, a empresa disse que deixou de fazer um pagamento de 470 milhões de dólares de Hong Kong (60 milhões de dólares americanos). Afirmou, ainda, que tem um período de carência de 30 dias para evitar inadimplência.

No comunicado à Bolsa de Valores de Hong Kong, entretanto, a empresa observou que o não pagamento “poderia levar os credores relevantes do grupo a exigirem a aceleração do pagamento das dívidas, ou a tomada de medidas de cobrança”.

Informou também que contratou consultores financeiros “para avaliar a estrutura de capital e liquidez de suas subsidiárias” e desenvolver “uma solução holística de maneira justa e equitativa” para o pagamento das suas obrigações.

Infomoney - SP   11/10/2023

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,27% na primeira quadrissemana de outubro, desacelerando levemente ante o ganho de 0,29% observado no fechamento de setembro, de acordo com dados publicados nesta terça-feira, 10, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Na leitura inicial deste mês, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe perderam força: Transportes (de 0,61% em setembro a 0,39% na primeira quadrissemana de outubro), Despesas Pessoais (de 1,45% a 1,43%), Saúde (de 0,48% a 0,41%) e Vestuário (de 0,27% a 0,23%).

Por outro lado, houve aceleração de setembro para o início de outubro nas categorias Habitação (de 0,47% a 0,53%) e Educação (de 0,00% a 0,03%).

Já os custos de Alimentação tiveram queda de 0,78% na primeira estimativa de outubro, repetindo a variação de setembro.

Infomoney - SP   11/10/2023

A produção industrial cresceu em nove dos 15 locais pesquisados em agosto ante julho, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados na manhã desta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em São Paulo, maior parque industrial do país, houve uma expansão de 3,0%. Os demais avanços ocorreram no Amazonas (11,5%), Espírito Santo (5,2%), Rio Grande do Sul (4,3%), Paraná (3,5%), Rio de Janeiro (1,7%), Goiás (1,0%), Mato Grosso (0,6%) e Santa Catarina (0,5%).

Houve quedas no Pará (-9,0%), Bahia (-4,1%), Ceará (-3,8%), Pernambuco (-1,7%), Região Nordeste (-1,4%) e Minas Gerais (-0,7%).

Na média global, a indústria nacional avançou 0,4% em agosto ante julho, de acordo com o IBGE.

Money Times - SP   11/10/2023

A China pode estar dando o braço a torcer à ideia de um pacote de estímulo fiscal que, embora não seja voltado ao consumo, pode acabar atuando pelo reaquecimento da economia doméstica.

Citando fontes não identificadas, a Bloomberg informou nesta terça-feira (10) que o governo de Pequim está considerando aumentar o déficit orçamentário de 2023 consideravelmente acima do teto aprovado no início do ano. O foco seria projetos de infraestrutura, diz a publicação.

Em março, o governo chinês aprovou um orçamento público para 2023 com a projeção de US$ 3,4 trilhões em receita e US$ 4 trilhões em gastos, resultando em um déficit US$ 564,1 bilhões.

Os recursos destravados podem representar um gasto adicional de até US$ 137 bilhões na dívida pública do gigante asiático. A decisão deve se tornar pública no início de novembro.

Caso se confirme, o pacote pode marcar a primeira medida de natureza fiscal da série de estímulos que Pequim tem tentado emplacar como forma de reaquecer a economia, buscando o objetivo de crescer 5% em 2023.

Analistas do mercado enxergam no fomento ao gasto público uma via mais imediata de reaquecer a economia doméstica, tirando agentes econômicos da “inércia”. É o caso, por exemplo, das construtoras civis, que vem sofrendo com a falta de apetite do governo desde o início da pandemia.

Não por acaso, ações do e-commerce e de tecnologia fortemente vinculadas ao mercado doméstico da China sobem nesta terça-feira, com JD.com (JD) e Alibaba (BABA) liderando o bloco.

A notícia também mexe com o minério de ferro, puxando consigo ações brasileiras, como a Vale (VALE3), que sobe 0,93% no início da tarde.

Por que China reluta em aprovar gastos para consumo?

A boa reação dos ativos relacionados à China sinaliza que os mercados veem nos estímulos voltado à infraestrutura um “plano B” satisfatório, já que medidas pró-consumo devem permanecer fora da mesa.

De acordo com um reportagem feita pelo Wall Street Journal em agosto, o líder chinês Xi Jinping e outras lideranças do Partido Comunista Chinês possuem “objeções filosóficas” à  ideia de um ciclo de estímulo baseado em consumo, como frequentemente aplicado pelos pares ocidentais.

A visão dos líderes sobre estímulos fiscais casa com um movimento de “transição” do potência asiática, que busca desalavancar a sua economia, diminuindo a sua dependência de credores estrangeiros.

Em uma linha separada, as autoridades podem optar por reforçar o poder das exportações e o fomento da produção interna.

O Estado de S.Paulo - SP   11/10/2023

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, alertou para os riscos de uma política fiscal solta ao processo de desinflação em curso. Se os gastos não forem monitorados com cuidado, os mercados podem sofrer disrupções antes mesmo de a batalha contra a inflação ser concluída, conforme ele.

“Os governos precisam começar a endereçar os aspectos fiscais. Nós estamos super coordenados na política monetária, mas não na fiscal”, disse, durante fórum sobre países emergentes, em Marrakesh, no Marrocos.

Na sua visão, essa falta de coordenação começa a afetar as economias avançadas. “Se isso não for resolvido, podemos ter uma perturbação nos mercados antes mesmo de o processo de desinflação ser concluído”, alertou.

Segundo o presidente do BC, as políticas fiscais nunca são temporárias nas Américas e sempre se tornam permanentes. E, embora também sejam uma realidade nas economias avançadas, os elevados montantes de dívida já estão cobrando o seu preço nos mercados emergentes.

Campos Neto disse ainda que o processo desinflacionário tem dois estágios. O primeiro é muito fácil porque está relacionado a itens com preços mais voláteis como energia e alimentos. O segundo, porém, guarda mais dificuldade. “Nós temos um mercado de trabalho resiliente, crescimento, o núcleo de inflação está resistente em vários lugares”, avaliou.

‘Brasil vai bem’

Ele afirmou ainda que o Brasil está indo bem na transição das políticas monetária e fiscal, com revisões para cima nas projeções de crescimento econômico e o novo marco fiscal recém-aprovado.

“O Brasil está indo bem nessa transição, teve boas revisões de crescimento, o novo arcabouço fiscal aprovado, mas o que quero dizer é que o custo de financiamento é importante”, disse Campos Neto.

Segundo ele, o que se enxerga no cenário atual é que os juros vão continuar elevados por mais tempo nas economias avançadas. Significa dizer que os custos de financiamento também serão cada vez mais altos, afirmou. “E isso seria disfuncional para os mercados emergentes”, concluiu.

Globo Online - RJ   11/10/2023

O IBGE divulga nesta quarta-feira a inflação do mês de setembro e a projeção é que o índice ultrapasse os 5%, depois de fechar em 4,61% em agosto. De acordo com os bancos e economistas, o IPCA acumulado em 12 meses deve ficar em torno de 5,2%.

Nas projeções de João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro, o acumulado será de  5,22%. Para o BGC Liquidez, 5,25%.

Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, a inflação de setembro deve apresentar um avanço de 0,36% na margem e 5,29% no acumulado em 12 meses, com boa parte da aceleração decorrente do aumento do grupo Transportes. Isto por conta dos efeitos dos reajustes de diesel e gasolina em agosto,  além da alta de 13,29% de passagem aérea em setembro.

- Caso esse cenário se concretize, mesmo com alguns núcleos piorando na ponta, ainda vemos uma inflação saudável no curto prazo.

Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena, concorda que a aceleração virá do grupo Transportes (de 0,34% em agosto para 1,37% na projeção).

Em sua opinião, o grupo alimentação no domicílio deve manter a deflação, porém com menor intensidade.

- Esperamos continuidade da deflação de preços de Hortaliças e verduras, Carnes, Leites e derivados e panificados.

Olhando para frente, há uma maior probabilidade de risco de alta. Para o professor Luiz Roberto Cunha, da Puc-RJ, o conflito no Oriente Médio pode impactar a inflação este ano.

- Aumenta a incerteza, especialmente se envolver mesmo que não diretamente o Irã com petróleo.

Na opinião de Cadilhac, entre os principais fatores estão o mercado de commodities, principalmente o petróleo, os efeitos do El Niño sobre itens in natura e aumentos salariais (incluindo a regra do salário-mínimo) em um ambiente de pleno emprego.

MINERAÇÃO

Exame - SP   11/10/2023

O minério de ferro caiu para o nível mais baixo em sete semanas, diante de turbulências no setor imobiliário chinês — que continuam a enfraquecer a perspectiva de demanda por aço.

A matéria-prima siderúrgica chegou a ser cotada abaixo de US$ 110 a tonelada em Singapura nesta terça-feira, 10, com queda de até 2,7%. O preço do minério de ferro já caiu cerca de 10% desde meados de setembro.

A incorporadora Evergrande deixou os detentores de mais de US$ 6 bilhões de seus títulos externos no limbo ao cancelar uma reunião sobre seu plano de reestruturação. Enquanto isso, a Country Garden intensificou seu alerta de que está próxima de entrar em inadimplência.

Minério de ferro e a crise imobiliária na China

A crise de dívida dos dois gigantes do setor imobiliário chinês colocam em dúvida as perspectivas de demanda por aço para novos projetos de moradia. Para piorar o humor, as vendas de imóveis novos caíram em todas as principais cidades chinesas durante o feriado de uma semana.

A ausência de uma recuperação significativa nas vendas de imóveis durante os dias de folga ressalta a fraqueza generalizada da demanda, disse a Guangfa Futures.

Os fundamentos na China parecem contrastar com a previsão da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma de que os preços do aço provavelmente subirão em outubro, divulgada na segunda-feira.

As cotações de metais industriais como cobre e alumínio também caíram em Londres.

Valor - SP   11/10/2023

Apesar da melhora, 114 famílias, que foram retiradas das zonas de autossalvamento em fevereiro de 2019, não podem voltar para suas casas

A Agência Nacional de Mineração (ANM) baixou de 2 para 1 o nível de emergência da barragem B3/B4 da Vale, localizada na Mina Mar Azul, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com a Vale, o avanço do processo de descaracterização da barragem, com remoção de 85% do conteúdo do reservatório, permitiu a melhora das condições de estabilidade do barramento.

Apesar da melhora, 114 famílias, que foram retiradas das zonas de autossalvamento em fevereiro de 2019, não podem voltar para suas casas.

Por determinação conjunta com as Defesas Civis Municipal e Estadual e em atendimento ao disposto pela ANM, a zona de autossalvamento da estrutura deve permanecer evacuada, como medida preventiva de segurança.

As famílias que viviam no distrito de São Sebastião das Águas Claras, conhecido como Macacos, deixaram o local em fevereiro de 2019, após o toque de sirene indicando risco de rompimento da barragem. O nível de emergência era 3, o mais alto da escala.

No ano passado, a Vale fechou um acordo de reparação com o Ministério Público de Minas Gerais, o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública de Minas Gerais e a prefeitura de Nova Lima de R$ 500 milhões. Do total, R$ 120 milhões foram em despesas já pagas pela mineradora e R$ 380 milhões seriam usados em gastos com obras e indenizações.

De acordo com a Vale, a remoção de rejeitos da barragem é feita com equipamentos operados de forma remota. A previsão é concluir a eliminação da estrutura em 2025.

Além da barragem B3/B4, a Vale tem outras 17 barragens a montante que devem ser descaracterizadas. Desde de 2019, de 30 barragens nesse modelo da Vale, 12 foram eliminadas.

Veja tudo sobre balanços da Vale, outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a companhia no Valor Empresas 360.

Diário do Comércio - MG   11/10/2023

Os contratos futuros do minério de ferro caíram para as mínimas de seis semanas ontem, puxados para baixo por preocupações sobre os iminentes cortes na produção de aço na China e pela incerteza sobre o setor imobiliário em dificuldades do país.

Outros ingredientes da fabricação de aço também ficaram sob forte pressão das preocupações com a demanda chinesa, com o carvão metalúrgico e o coque caindo mais de 6%.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 1,7%, a 819 iuanes (US$ 112,40) por tonelada, tendo atingido seu ponto mais fraco desde 30 de agosto, no início da sessão, a 812,50 iuanes.

A referência do ingrediente siderúrgico para novembro na Bolsa de Cingapura caiu 2,7%, para US$ 109,25 por tonelada. O contrato recuou cerca de 9% em relação ao pico do trimestre anterior, de 121,10 dólares.

“O sentimento permaneceu pessimista em meio a uma fraqueza mais ampla na atividade de construção” na China, disse o ANZ em uma nota. E continuou: “As margens desfavoráveis também aumentaram a perspectiva de cortes na produção de aço durante o inverno”.

As notícias que evidenciam o aprofundamento da crise do setor imobiliário na China, maior produtora mundial de aço, também mantiveram os investidores cautelosos. A maior incorporadora imobiliária privada da China, a Country Garden Holdings, disse que talvez não consiga cumprir todas as suas obrigações de pagamento offshore no vencimento ou dentro dos períodos de carência relevantes.

O carvão metalúrgico e o coque na bolsa de Dalian afundaram 6,5% e 6,1%, respectivamente. “Esperamos que a situação da oferta melhore e que a demanda diminua com a moderação da produção de aço na China”, disse o Westpac em sua perspectiva mensal para o carvão metalúrgico.

Como a demanda por aço continua fraca e as perdas nas siderúrgicas aumentam, a média diária de produção de metal quente em 247 siderúrgicas chinesas monitoradas pela consultoria Mysteel diminuiu em 19.800 toneladas na semana a partir de 8 de outubro, causando uma queda esperada na demanda de coque.

Os preços de referência do aço em Xangai registraram queda, em sua maioria, com o vergalhão e a bobina laminada a quente caindo 0,9%, e o aço inoxidável perdendo 0,7%, enquanto o fio-máquina ficou praticamente estável.

AUTOMOTIVO

Monitor Digital - RJ   11/10/2023

Trabalhadores estão ocupados na linha de produção de veículos de nova energia (NEVs, em inglês) em uma fábrica da montadora chinesa Chery Holding Group Co., Ltd. na cidade de Wuhu, Província de Anhui, leste da China, em 12 de outubro de 2022. (Xinhua/Zhou Mu)

Até o final de setembro, a propriedade de veículos motorizados na China atingiu 430 milhões de unidades, sendo 18,21 milhões de veículos de energia nova (NEVs) registrados, informou nesta terça-feira o Ministério da Segurança Pública.

De todos os NEVs registrados, 14,01 milhões eram veículos elétricos, segundo os últimos dados divulgados pelo ministério. A categoria inclui também os modelos híbridos, movidos parcialmente a eletricidade e combustíveis fósseis.

Mais de 5,19 milhões de NEVs foram registados na China durante os três primeiros trimestres deste ano, um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado e representando 28,6% de todos os novos registos de automóveis, mostram os dados.

Noventa cidades do país ostentavam mais de 1 milhão de automóveis, enquanto 25 delas tinham mais de 3 milhões. O número de automóveis em Chengdu, Pequim e Chongqing ultrapassou cada um 6 milhões de unidades, de acordo com os dados.

No Brasil, a venda de carros totalmente elétricos e híbridos em julho alcançou a participação de 3,4% do total comercializado, de acordo com a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos.

No primeiro semestre, segundo dados da ABVE, foram 32.239 NEVs entre janeiro e junho de 2023, um crescimento de 58% sobre o mesmo período de 2022.

Valor - SP   11/10/2023

Sindicato tentava um acordo com a GM parecido com o tratado de três anos que assinou com a Ford, que inclui aumentos salariais, subsídios de custo de vida e melhorias nas pensões

Os trabalhadores das fábricas canadenses da General Motors (GM) estão em greve. Os profissionais paralisaram fábricas importantes em Ontário após o sindicato que representa 4.300 funcionários não conseguir chegar a um acordo com a empresa nas negociações contratuais.

A Unifor, entidade que representa os trabalhadores do setor automotivo no Canadá, tentava um acordo com a GM parecido com o tratado de três anos que assinou com a Ford, que inclui aumentos salariais, subsídios de custo de vida e melhorias nas pensões. O prazo das negociações encerrou na noite de segunda-feira (09).

A greve aumenta a pressão sobre a GM, que já vem lidando desde setembro com greves nos EUA promovidas pelo sindicato United Auto Workers (UAW). A montadora deu uma concessão importante a essa entidade na semana passada, concordando em trazer funcionários de fábricas de baterias para os cuidados do UAW. Desta maneira, contribuiu para aliviar as preocupações sobre a transição para veículos elétricos.

As negociações canadenses abrangem trabalhadores de três instalações da GM, incluindo uma fábrica de montagem em Oshawa, em Ontário, que produz picapes Chevrolet Silverado, e uma fábrica de motores em St. Catharines, também em Ontário.

A unidade de Oshawa é a menor das fábricas da GM que produz picapes grandes, e gera um lucro estimado em US$ 50 milhões antes de juros e impostos, informou o Wells Fargo em nota aos investidores. Mas o impacto é “provavelmente maior” porque a unidade de St. Catharines fabrica motores maiores usados ​​na linha de picapes pesadas e grandes veículos utilitários esportivos da GM montados em outros locais.

“Dado que a Ford já estabeleceu um padrão contratual, esperamos que a greve da GM tenha vida relativamente curta”, disse a equipe do Wells Fargo.

Nos EUA, milhares de trabalhadores em algumas fábricas de montagem da GM e centros de distribuição de peças permanecem fora do trabalho enquanto o UAW tenta sair da sua greve com um aumento salarial de pelo menos 30%, disseram à agência Bloomberg pessoas familiarizadas com o assunto. A GM ofereceu 20%, junto com outros adoçantes.

Ao contrário do UAW, que atingiu todos os três fabricantes de automóveis de Detroit de uma só vez, o sindicato canadense decidiu manter a abordagem tradicional de “negociação de padrões”.

Primeiro, firmou um acordo com a Ford para aumentar de 20% a 25% o salário base por hora ao longo de três anos, dependendo do trabalho, mais bônus, de acordo com um comunicado do sindicato.

O Unifor agora tenta fazer com que a GM cumpra esses termos e exigirá o mesmo da Stellantis, controladora da Chrysler.

“Depois de trabalhar durante todo o fim de semana de Ação de Graças e até as últimas horas antes do prazo final, a General Motors deixou claro que não concordaria em cumprir as condições do acordo padrão. Não podemos e não nos contentaremos com menos do que o padrão – nem hoje – nem nunca”, informou o sindicado em comunicado.

FERROVIÁRIO

Jota - DF   11/10/2023

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apresentou no último sábado (7), em Campinas, o novo edital do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, que ligará a capital paulista a Campinas, com parada em Jundiaí. O leilão está previsto para 29 de fevereiro de 2024, com investimento de R$ 13,5 bilhões

A expectativa é que a conexão entre Campinas e Jundiaí – por meio do Trem Intermetropolitano (TIM), que integra o projeto – fique pronta em 2029. Já o Trem Intercidades, que ligará Campinas a São Paulo, deve entrar em funcionamento em 2031, segundo o governador.

“O Trem Intercidades vai oferecer conforto, velocidade, fomentar a economia local e descomprimir o intenso movimento do sistema Anhanguera-Bandeirantes. […] Esse é um importante primeiro passo para outros trechos que pretendemos fazer em diferentes regiões do estado”, afirmou Tarcísio durante o evento, que ocorreu no Prédio do Relógio do Pátio Ferroviário da cidade.

A ligação entre São Paulo e Campinas terá cerca de 100 quilômetros de trajeto, oferecendo um serviço expresso entre a estação Barra Funda e Campinas, com parada em Jundiaí. A viagem terá duração de 64 minutos, com 15 trens executando a operação – será o primeiro trem de passageiros de média velocidade do Brasil. O valor máximo da tarifa definida no edital é de R$ 64.

Já o Trem Intermetropolitano terá paradas em cinco cidades: Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas. A linha vai operar com sete trens e o percurso será de 44 quilômetros, com previsão de deslocamento de 33 minutos. O valor máximo da tarifa do TIM será de R$ 14,05.

Além do TIM e do TIC, o projeto prevê também a concessão da linha 7-rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Ela vai operar entre as estações Barra Funda e Jundiaí. São 57 quilômetros, com 17 estações e 61 minutos de viagem. Além disso, 30 trens que fazem esse trajeto serão transferidos ao futuro concessionário. O valor do bilhete seguirá a tarifa pública de R$ 4,40.

O projeto do Trem Intercidades é uma promessa antiga das gestões estaduais do PSDB, que governou São Paulo por 28 anos. Ainda no governo João Doria (PSDB), a publicação do edital era prevista para dezembro de 2021, mas acabou adiada para março de 2022. No entanto, por uma série de entraves, o edital não foi publicado e ficou sem prazo definido.

Já sob Tarcísio, o governo estadual publicou decreto em março autorizando a abertura da licitação. A expectativa era que o leilão ocorresse no segundo semestre deste ano. A nova versão do edital foi publicada em 29 de setembro e a data do leilão acabou prorrogada para fevereiro de 2024. O valor da licitação também foi modificado ao longo do tempo: a estimativa inicial era de R$ 7,5 bilhões, e agora gira em torno de R$ 13,5 bilhões.

Segundo Tarcísio, há quatro grupos “grandes” interessados no edital, nacionais e estrangeiros. Ele não citou nomes.
Combate às fake news

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), sancionou a Lei 7.482/2023, de iniciativa do vereador Dr. Gutemberg (PSC), que institui o Mês de Conscientização, Orientação e Combate às Fake News no calendário oficial da capital maranhense, a ser celebrado anualmente no mês de setembro. A lei tem por objetivo informar e conscientizar a população a combater as fake news.

O Poder Executivo poderá firmar convênios e parcerias com entidades sem fins lucrativos e instituições que tratam do tema para realizar os eventos e campanhas, com objetivo de inibir a produção, propagação e reprodução das fake news. A nova legislação também pretende estimular a população a não reproduzir e propagar fake news.
Bem-estar animal

O governador Tarcísio vetou integralmente o PL 523/2023, que proíbe a criação e revenda de animais em pet shops, sites e estabelecimentos comerciais não regularizados. A proposta também permitia a criação do Cadastro Estadual do Criador de Animal (CECA), para a fiscalização de criadouros. O projeto, de autoria do deputado Rafael Saraiva (União Brasil), foi aprovado em agosto pela Assembleia Legislativa de São Paulo.

Ao justificar o veto ao texto, Tarcísio afirmou que a proposta contraria a “liberdade de iniciativa econômica” e impede o “exercício responsável de atividades comerciais”. Para substituir a proposta, o governador enviou à Assembleia Legislativa o PL 1477/2023 com o objetivo de regulamentar a comercialização de cães e gatos, deixando de fora pássaros e a criação do Cadastro Estadual do Criador de Animal (CECA).
Notificação compulsória

O governador em exercício do Maranhão, Felipe Camarão (PT), sancionou a Lei 12.063/2023, que estabelece as informações a serem incluídas na notificação compulsória dos casos de suspeita ou confirmação de violência contra pessoa com deficiência. Tal notificação compulsória deve ser feita pelos serviços de saúde públicos e privados do estado.

As informações necessárias são: identificação e endereço da pessoa com deficiência atendida; identificação do acompanhante, se houver; motivo do atendimento; e descrição dos elementos que levaram à suspeita ou à comprovação de violência.
Consulta pública na saúde

O Ministério da Saúde abriu duas consultas públicas para manifestação da sociedade civil a respeito da recomendação do Comitê de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), relativas a propostas de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Crianças e Adolescentes. As contribuições podem ser feitas até o dia 30 de outubro, nesta página.

A Consulta Pública SECTICS/MS 42, de 3 de outubro de 2023, é referente ao Módulo 1 – Diagnóstico, Manejo e Acompanhamento de Crianças Expostas ao HIV – do Protocolo. E a Consulta Pública SECTICS/MS 43, de 3 de outubro de 2023, se refere ao Módulo 2: Diagnóstico, Manejo e Tratamento de Crianças e Adolescentes Vivendo com HIV.
Consórcio Brasil Verde

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionou a Lei 24.483/2023, que ratifica o Protocolo de Intenções do Consórcio Interestadual sobre o Clima – Consórcio Brasil Verde, celebrado entre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Apresentado na COP 26, em Glasgow, em 2021, o consórcio tem como objetivo promover o enfrentamento dos efeitos adversos das mudanças climáticas no Brasil. A elaboração de planos estaduais para redução das emissões de carbono é uma das metas. A íntegra do protocolo de intenções pode ser conferida neste link.

PETROLÍFERO

Valor - SP   11/10/2023

O petróleo WTI com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 0,56%, a US$ 84,13 por barrill, e o Brent para o mesmo mês cedeu 0,57%, a US$ 87,65 por barril

O petróleo encerrou a sessão desta terça-feira (10) em baixa, em correção após os fortes ganhos de 4% anotados na véspera, quando o mercado reagiu à possibilidade de que o conflito entre Israel e Hamas prejudique o fluxo da produção do Oriente Médio ao resto do mundo.

O petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 0,56%, a US$ 84,13 por barrill. Já o petróleo Brent, a referência global, também para dezembro cedeu 0,57%, a US$ 87,65 por barril.

Embora tenha corrigido parte dos ganhos de ontem, o mercado segue apreensivo com as consequências do ataque do Hamas e a contraofensiva de Israel sobre a oferta global da commodity. Segundo analistas da Rystad Energy, o impacto deve se concentrar em atores secundários ao conflito, já que a produção israelense, que pode ser paralisada, oscila em torno de 20 mil barris por dia (bpd), um montante pequeno em relação aos maiores produtores de petróleo do mundo.

A preocupação da consultoria está principalmente no Irã, acusado por Israel de ter apoiado o ataque do Hamas no último fim de semana. Se a tensão entre Tel Aviv e Teerã escalar, as autoridades israelenses podem pressionar os EUA a endurecer a postura sobre o Irã, o que ameaçaria o aumento de 700 mil bpd na produção iraniana de petróleo que veio com a melhor relação entre os dois países durante o governo de Joe Biden, especula a Rystad Energy.

Outro risco para a oferta de petróleo pode vir da “suspensão no processo de normalização diplomática” entre outras nações islâmicas, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. “Se a Arábia Saudita optar por estender seus cortes voluntários de produção até 2024, o aperto no mercado deverá persistir, sustentando preços do petróleo ainda mais altos no próximo ano e pressionando os custos dos combustíveis e a inflação”, diz a consultoria em relatório. Diante dos novos fatos, a Rystad vê chance maior de que o petróleo termine o ano perto dos US$ 91 por barril, limite superior de sua projeção.

Valor - SP   11/10/2023

Energias renováveis são parte da sobrevivência do mundo

Em outubro de 1973, a elevação dos preços do petróleo, de cerca de US$ 3 para US$ 12 por barril, transformou radicalmente as condições geopolíticas da economia mundial. Os impactos macroeconômicos, a alta dependência energética dos países importadores e o fortalecimento dos países exportadores deixaram evidente o papel central do petróleo para os governos, empresas e consumidores.

Naquele momento, a preocupação central residia sobre os horizontes de reservas petrolíferas e o pico da oferta de produção. As visões mais pessimistas sobre a disponibilidade de recursos petrolíferos sempre apresentaram em comum a subestimação, sistemática e recorrente, da importância da inovação tecnológica. Contudo, progressivamente, o acesso a soluções tecnológicas mais avançadas ampliou os horizontes de utilização do petróleo e de gás natural em todos os países produtores.

Pelo lado dos exportadores, o primeiro choque reforçou significativamente o poder de mercado e revelou, de forma contundente, o peso da dimensão geopolítica na indústria mundial de petróleo, especialmente da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), criada alguns anos antes em 1960, quando o petróleo já se tornara a principal fonte de energia primária na matriz energética mundial. O choque permitiu um aumento expressivo da renda petrolífera dos produtores e promoveu um novo equilíbrio nas relações econômicas e políticas entre países.

A essa altura, a base técnica do sistema produtivo em todo mundo já era fortemente dependente dos derivados de petróleo, em todas as atividades econômicas, em particular nos setores de transportes e industrial. Os impactos e, principalmente, as reações e respostas de política, explicam a grande mudança na economia mundial. No plano macroeconômico, a recessão, o aumento da inflação devido ao aumento dos custos de energia e os desequilíbrios nas balanças comerciais e de pagamentos interromperam o período conhecido como “Trinta Anos Gloriosos”, marcados por elevadas taxas de crescimento econômico desde o fim da Segunda Grande Guerra.

Assim, as condições de base da indústria petrolífera mundial foram fortemente alteradas. As mudanças na comercialização de petróleo, o aumento das negociações no mercado spot e a criação do mercado futuro, em 1983, são resultados diretos do choque do petróleo. Desde então, a conjugação dos fatores geopolíticos, conflitos armados e mudanças nas estruturas de oferta e demanda contribuem para explicar a volatilidade de preços, traço saliente do mercado petrolífero mundial, com períodos de elevação (como o que ocorre atualmente) ou contrachoques, como ficaram conhecidas as expressivas quedas registradas em 1986 e 2014.

Cabe notar que, a partir dos choques do petróleo, os preços mais elevados favoreceram o acesso a jazidas de custos mais elevados, o que progressivamente permitiu ampliar a participação da produção dos países denominados Não Opep (Nopep) e consequentemente reduzir a participação da Opep na oferta mundial de petróleo. Como resultado, as jazidas com estruturas de custos mais altos passaram a ser economicamente viáveis e desde então foram desenvolvidas através de soluções tecnológicas que permitiram importantes ganhos de produtividade. Exemplos disso são o Mar do Norte e as denominadas reservas não-convencionais, especialmente nos EUA, e os recursos localizados no offshore ultra profundo, em particular nas áreas do pré-sal na costa brasileira, que cumprem atualmente um papel importante no incremento e da oferta mundial Nopep.

O caso brasileiro é, sem dúvida, uma ilustração exemplar do sucesso da busca de petróleo offshore como um dos elementos de resposta de política energética para a redução da dependência das importações. Quando ocorre o primeiro choque, o Brasil importava cerca de 85% da oferta doméstica de petróleo. Até então, a Petrobras, criada exatamente vinte anos do primeiro choque em 1953, tivera seus investimentos concentrados na construção do parque de refino nacional. É precisamente a partir dos choques que a empresa acelera os investimentos em exploração e produção na Bacia de Campos, permitindo lograr sucessivos êxitos tecnológicos e produtivos. Além disto, a partir daí o país inicia sua trajetória para se tornar o maior produtor mundial de biocombustíveis, através do Programa Nacional do Álcool.

A quebra do monopólio da Petrobras, via emenda constitucional, e abertura do segmento upstream, decorrente da lei 9478 de 1997 (Lei do Petróleo), e os leilões da ANP criaram um regime de incentivos propício à formação de consórcios para a realização de investimentos, possibilitaram a busca por oportunidades e culminaram com a descoberta do pré-sal. Os reservatórios do pré-sal, situados em águas ultra profundas, impuseram um contexto repleto de desafios tecnológicos. É importante ressaltar que a produção do pré-sal no Brasil tem crescido de forma vertiginosa, o que demonstra a adequação dos marcos legais e regulatório após a abertura setorial, bem como a capacidade da Petrobras, das empresas consorciadas, da indústria para-petrolífera e das instituições de pesquisa em cooperar efetivamente para a superação dos desafios listados acima.

Cinquenta anos após o choque de 1973, o atual contexto de transição energética pode encurtar o horizonte do pico de demanda de petróleo e irá certamente pautar, ao longo das próximas décadas, a evolução do mercado internacional, impondo revisões estratégicas das empresas petrolíferas, sejam elas estatais ou privadas.

A meta de descarbonização, dada a urgência por soluções decorrentes da crise climática, parece ser um objetivo primordial, porém indissociável da segurança do abastecimento. Sem sombra de dúvida, todo o esforço de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica necessita ser, idealmente, canalizado para a luta contra o aquecimento global e a crise climática, seja através de tecnologias de eficiência energética ou através de tecnologias para desenvolver fontes de energia de baixo carbono ou sem carbono. Esse progresso tecnológico em curso requer a mobilização de vultosos recursos financeiros e deveria idealmente também beneficiar o maior número possível de pessoas e reduzir a pobreza energética.

De 1973 a 2023 nosso mundo, em um curto período em termos históricos, conhece realidades muito distintas. É evidente, salutar e necessário o crescimento das energias renováveis na matriz energética mundial. Trata-se, sem exagero, da sobrevivência do mundo como o conhecemos. No entanto, mesmo com a incômoda companhia dos combustíveis fósseis e a corrida por formas de energia com menor emissão de carbono, no mundo real mudanças estruturais na oferta e demanda de energia serão alcançadas a médio e longo prazo, pois envolvem transformações nos padrões de consumo e a necessidade de substituição de meios de produção e uso de energia.

David Zylbersztajn foi diretor geral da ANP, é professor no Instituto de Energia da PUC-Rio

Helder Queiroz é professor titular do Instituto de Economia da UFRJ, Foi diretor da ANP

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