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11 de Agosto de 2023

SIDERURGIA

Valor - SP   11/08/2023

A empresa industrial alemã reportou 83 milhões de euros em lucro líquido, ante 76 milhões de euros do ano anterior, com vendas que caíram 12%, para 9,6 bilhões de euros

A Thyssenkrupp reportou aumento no lucro líquido no terceiro trimestre fiscal, apesar da queda nas vendas e no lucro ajustado atribuído aos preços. A empresa industrial alemã reportou 83 milhões de euros em lucro líquido, ante 76 milhões de euros do ano anterior, com vendas que caíram 12%, para 9,6 bilhões de euros.

O lucro antes de juros e impostos (Ebit) ajustado caiu 66%, para 243 milhões de euros, devido a preços mais baixos e margens reduzidas em seus negócios de materiais e serviços e menores receitas de aço.

A entrada de pedidos caiu 5,6%, para 9,39 bilhões de euros, disse a Thyssenkrupp, acrescentando que o resultado, junto com a queda nas vendas, se deveu principalmente à normalização dos preços da divisão de materiais e serviços.

Materiais e serviços viram as vendas caírem 30%, para 3,35 bilhões de euros no trimestre, e o Ebit ajustado caiu 87%, para 50 milhões de euros. A divisão de aço na Europa viu as vendas caírem 8,6% devido aos preços mais baixos no mercado à vista e o Ebit ajustado caiu 49% para 190 milhões de euros.

A Thyssenkrupp disse que espera um Ebit ajustado na faixa alta de três dígitos de milhões de euros para o ano fiscal, em comparação com sua previsão anterior de uma faixa média a alta de três dígitos de milhões de euros. A empresa confirmou suas outras projeções para o ano fiscal.

Os analistas do Citi escreveram que o principal destaque é o fluxo de caixa livre de 347 milhões de euros melhor do que o esperado, uma reversão de mais de 500 milhões de euros em relação à saída de 216 milhões de euros que viu no trimestre anterior, ante projeção de fluxo de caixa livre de 148 milhões de euros.

Os negócios de aço da Thyssenkrupp geraram 190 milhões de euros em Ebit ajustado, superando as expectativas do Citi, dizem os analistas, acrescentando que os preços médios de venda do aço aumentaram ligeiramente em relação ao trimestre anterior e “juntamente com o menor custo de matéria-prima, impulsionou o aumento nos lucros em base trimestral”.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   11/08/2023

Apesar de destacar a redução da inflação nos últimos meses, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quinta-feira, 10, que a autoridade monetária segue preocupada com a dinâmica da inflação de serviços. “Temos uma preocupação específica com a inflação de serviços, que não tem caído tanto quanto as outras inflações”, afirmou, em arguição pública no plenário do Senado.

Campos Neto avaliou que, apesar da inflação de serviços não estar caindo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve mostrar uma pequena melhora. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na sexta-feira, 11, o índice de inflação de julho.

Ele voltou a argumentar que o combate à inflação no Brasil não levou a uma queda forte na economia. “O PIB já está bastante acima de antes da pandemia e desemprego teve melhora. Melhora de desemprego no País é perceptível na comparação com outros países. O Brasil se destaca claramente com pouco dano ao PIB e ao emprego”, completou.

Para o presidente do BC, o que preocupa no médio prazo é queda de 2,0 para 1,8% na expectativa do mercado a respeito do crescimento potencial do Brasil para os próximos anos. “Isso significa dizer que se o Brasil crescer mais de 1,8% ele irá gerar inflação”, alertou.

O presidente do BC defendeu novamente o regime de metas de inflação brasileiro que, segundo ele, tem se mostrado muito eficiente para manter a inflação controlada. Campos Neto também repetiu que a autonomia da instituição auxilia o combate à inflação.

“Os dados mostram que o ganho de autonomia na América Latina gerou queda de inflação ao longo da história”, acrescentou Campos Neto, renovando críticas à política monetária da Argentina.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por iniciar o ciclo de afrouxamento monetário com uma queda de 0,50 ponto porcentual dos juros básicos, para 13,25% ao ano, o que surpreendeu uma parte do mercado, que apostava majoritariamente em uma queda mais “parcimoniosa”, de 0,25 ponto. O colegiado sinalizou ainda a manutenção desse ritmo de cortes nas próximas reuniões.

Globo Online - RJ   11/08/2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, argumentou nesta quinta-feira que a taxa básica de juros necessariamente vai atingir um nível baixo se o governo federal conseguir cumprir com os compromissos de controle das contas públicas nos próximos anos.

O arcabouço fiscal, que aguarda aprovação final da Câmara dos Deputados, foi anunciado com metas para o país atingir superavit na dívida primária - que trata do balanço de despesas e receitas, sem considerar os gastos com os juros da dívida pública. A espinha dorsal da regra fiscal é estabelecer uma banda de gastos acima da inflação que varia de 0,6% a 2,5%.

— Estou de acordo que a gente precisa agora correr atrás de um equilíbrio fiscal. O plano que foi desenhado, se a gente atingir as metas fiscais, a gente também vai atingir com certeza um juro mais baixo e mais estável para frente — diz o presidente do BC, em sessão com senadores nesta quinta-feira.

Para 2023, a meta de resultado primário varia de -0,25% a -0,75% do PIB. Para o próximo ano, o objetivo é zerar o déficit em 2024 e posteriormente atingir saldo positivos. Para isso, o governo precisa de uma adicional de receita na casa de R$ 100 bilhões e está trabalhando em medidas garantir esse aumento.

— É muito fácil falar que é importante cortar gastos de uma forma muito radical, mas a gente tem que entender que tem uma parte dos gastos indexada, muito difícil de ser atacada. É importante, ao longo do tempo, criar medidas para que a gente consiga ter estabilidade fiscal, sem precisar ter aumento de receita, porque a gente tem um nível de tributação já bastante alto — avalia Campos Neto.

Agência Brasil - DF   11/08/2023

O Índice de Confiança do Empresário Industrial avançou 2,1 pontos, passando de 51,1 pontos para 53,2 pontos. O aumento, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o indicador começa a se afastar da linha divisória dos 50 pontos que separa confiança de falta de confiança.

“Pela primeira vez desde outubro de 2022, as expectativas em relação à economia brasileira cruzaram a linha que separa o pessimismo do otimismo para os próximos seis meses”, avaliou a entidade, em nota.

O levantamento ouviu 1.373 empresários, incluindo 555 de empresas de pequeno porte, 508 de médio porte e 310 de grande porte, entre 1º e 7 de agosto de 2023. A consulta aos empresários, portanto, foi feita após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em 0,5% a taxa básica de juros, a Selic, que agora está em 13,25%.

“O empresário está mais confiante para os próximos seis meses, influenciado pela queda na taxa de juros”, destacou o comunicado da CNI. “Os industriais ainda não se mostram satisfeitos com as condições atuais da economia, mas já houve melhora na percepção”, completou a confederação.

Infomoney - SP   11/08/2023

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, nesta quinta-feira (10), que o Brasil tem feito um “grande esforço fiscal”, mas ressaltou que os gastos reais ainda estão em patamar muito superior à média global. Ele participa de audiência pública realizada pelo Senado Federal para prestar esclarecimentos sobre a política monetária e a estabilidade financeira do país.

Durante sua fala, Campos Neto disse que o equilíbrio das contas públicas terá papel importante sobre o resultado da política monetária, permitindo cortes mais expressivos na taxa básica de juros (a Selic, hoje a 13,25% ao ano) no futuro.

“O Brasil tem feito um grande esforço fiscal, mas, quando olhamos nosso gasto em termos reais, ele ainda é muito acima do mundo. No biênio 2023-2024, por exemplo, o Brasil vai gastar 3,3% em termos reais, comparado com a média da América Latina, que é -0,9%”, disse.

“O Brasil gasta bastante mais, em termos reais, comparado com outros países. Isso ajuda a explicar um pouco essa desancoragem”, continuou.

Em sua apresentação, Campos Neto mostrou que iniciativas como a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) órgão que ele mesmo integra ao lado dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) de manter a meta de inflação em 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual ajudaram na melhora das expectativas do mercado.

Por outro lado, chamou atenção para a inflação implícita de mercado no longo prazo, que ainda apresenta um crescimento para os anos de 2025 e 2026. Para ele, o dado tem grande correlação com a expectativa dos agentes econômicos com medidas fiscais.

“Eu digo que a inflação vai ser baixa lá na frente, mas o mercado nem sempre acredita. Por outro lado, o governo diz que vai fazer um fiscal melhor lá na frente, mas, como vemos também, o mercado não põe isso no preço”, exemplificou.

“O governo, no plano do arcabouço tem -0,5%, 0%, 0,5% e 1%, mas quando olhamos as previsões de mercado, elas estão bem piores do que isso. Isso mostra que à medida que forem passando as medidas, que vão agora trazer mais receita, esses números devem melhorar. Isso também vai contribuir para uma inflação menor lá na frente”, prosseguiu.

“Se conseguirmos ancorar essa expectativa fiscal, também conseguimos ancorar a expectativa monetária. Isso vai fazer com que os juros fiquem menores lá na frente. Vamos poder cair mais os juros na medida em que isso for acontecendo”, disse.

Respondendo a um questionamento do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), Campos Neto disse que a política fiscal “impacta muito” a taxa de juros neutra isto é, o patamar de juros reais que não gera nem inflação nem desinflação.

“Eu tenho um bom grau de convicção de que, se a gente conseguir atingir as metas fiscais, os juros vão ser menores, consistentes e menores, e a gente vai poder cair mais rápido os juros num período à frente”, salientou.

“Obviamente, quando você tem uma melhora fiscal por queda de gastos, você tem um efeito mais positivo na inflação do que quando você tem uma queda fiscal por aumento de receitas”, ponderou.

“O nosso objetivo é poder abrir um caminho para ter uma queda consolidada de juros. A aprovação das medidas é importante. É muito fácil falar que é importante cortar gastos de forma muito radical, mas a gente tem que entender que há uma parte dos gastos que é indexada e é muito difícil de ser atacada. É importante, ao longo do tempo, criar medidas para que a gente consiga ter uma estabilidade fiscal sem precisar ter aumento de receita, porque temos um nível de tributação já bastante alto. Mas estou de acordo de que a gente precisa agora correr atrás de um equilíbrio fiscal e do plano que foi desenhado. Se a gente atingir essas metas fiscais, a gente também vai atingir, com certeza, juro mais baixo e mais estável para frente”, concluiu.

Infomoney - SP   11/08/2023

A relativa estabilidade da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em julho – com variação mensal de 0,2%, a mesma observada em junho – mantém entre os analistas as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tende a “pular” a reunião sobre política monetária de setembro e deixar as taxas de juros inalteradas. O que não é consenso é a projeção se o ciclo de altas já acabou ou se ainda há chance de uma dose adicional de juros.

O motivo principal para a previsão de uma parada estratégica na próxima reunião do Fomc, o comitê de política monetária dos EUA, é que os núcleos da inflação e os preços dos serviços ainda estão em patamares distantes da meta de 2% perseguida pelo Fed. Ao mesmo tempo, começaram a surgir sinais de que o aperto monetário tem surtido efeito no aquecido mercado de trabalho. Assim, faria sentido o banco central precisar de “um tempo” para analisar todas as variáveis.

Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, pondera que a inflação em 12 meses teve uma ligeira alta de 3,0% em junho para 3,2% em julho, mas que é importante destacar que o CPI veio em processo de desinflação, uma vez que atingiu 9,1% em agosto de 2022. E o núcleo da inflação caiu ligeiramente, para 4,7% em 12 meses, vindo de 4,8% em junho.

“Embora ainda não seja suficiente para afirmar que o ciclo de aumento de juros será encerrado, aumentaram as chances de uma pausa na próxima reunião do Fomc”, comenta.

Ele lembra que as autoridades observam com atenção os dados do mercado de trabalho e que, em julho, o crescimento de vagas de emprego veio um pouco mais fraco do que o antecipado, com a taxa de desemprego caindo marginalmente.

“A estabilidade das medidas de inflação em julho certamente vai pesar no balanço de riscos para apoiar uma parada da subida de juros nos EUA em setembro, mas me parece que a dinâmica do mercado de trabalho precisará de um enfraquecimento mais nítido para dar a confiança necessária aos diretores”, afirma Igliori.

Andressa Durão, economista da ASA Investments, também vê um cenário benigno para a inflação, mas alerta que existem alguns riscos de curto prazo, como os preços da gasolina e a demora na desaceleração de preços dos aluguéis. “Não esperamos que a inflação desacelere muito do patamar atual, deve ficar ao redor de 3,0% por um tempo”, estima.

Com esse quadro, ela diz acredita que nada vai mudar para o Fed, por enquanto. Assim, o cenário atual de inflação reforça a manutenção dos juros, com o banco central continuando a se manter dependente de dados para as reuniões seguintes.

“Ao adotar a estratégia de ‘skip’, ganharão tempo até o início de novembro para ver se nova alta é necessária. Até lá, teremos mais dois dados de inflação e apenas uma surpresa altista poderia mudar cenário de manutenção dos juros este ano”, avalia.

Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, afirma que, observando o índice por dentro, é possível perceber que a inflação do setor de bens não é mais um problema, uma vez que em julho o núcleo do índice de bens teve queda de 0,3% frente ao mês anterior.

No entanto, a inflação de serviços continua sendo um desafio, uma vez que o mercado de trabalho aquecido, que mantém salários acima da produtividade, continua pressionando os preços. O núcleo da inflação de serviços em 12 meses, destaca, desacelerou pouco, de 6,2% para 6,1%.
“Diante desse cenário, acreditamos que o Fed promoverá uma pausa em setembro, para monitorar os efeitos defasados da política monetária implementada até aqui. No entanto, mantemos nossa visão de que o banco central americano optará por mais uma alta de juros esse ano e irá manter os juros elevados por um longo tempo. Não prevemos cortes de juros nos EUA antes de meados de 2024”, prevê.

Lucas Zaniboni, economista da Garde Asset Management, também cita o comportamento da inflação de bens em julho. Excluindo o volátil segmento de carros usados, foi a menor leitura desde maio de 2020, que segundo ele, demonstra que “a normalização das cadeias produtivas e uma eventual exportação de deflação da China vem surtindo efeito e deve contribuir mais do que se esperava para a desinflação até o fim do ano”.

Mesmo a parcela de serviços, segundo Zaniboni, que mostrou reaceleração em alguns componentes, pode ter deixado o momento de maior estresse para trás. “Gradualmente, devemos ver leituras mais próximas da meta, na esteira da normalização principalmente dos preços de aluguéis. Com dois CPIs benignos em mãos, nossa tese de manutenção em setembro é reforçada. Não acreditamos em mais altas neste ciclo por parte do Fed”, afirma.
Habitação no foco

André Cordeiro, economista-sênior do Banco Inter, vê dois fatores como importantes para o comportamento recente da inflação. “Vemos que energia tem sido uma força deflacionária nos últimos meses, tendo retirado 1,5 ponto percentual do resultado de junho, na taxa anualizada. As commodities também contribuíram para esse movimento, desacelerando consideravelmente nos últimos 6 meses”, cita.

No entanto, por outro lado, o setor de serviços tem trazido grande contribuição inflacionária, especialmente porque tem liderado as novas contratações na economia americana. Além disso, os gastos com moradia preocupam. “Habitação é o item com maior peso no cálculo da inflação e tem acumulado alta de 7,7% nos últimos 12 meses, se mantendo acima dos 7,6% observados em dezembro”, alerta Cordeiro.

O economista, no entanto, pondera que a tendência desses preços é de queda, embora lenta, porque o índice carrega o histórico da inflação de aluguel, enquanto o mais sensível seria avaliar apenas a variação de preços dos novos aluguéis. “Portanto, devemos ver a inflação de habitação arrefecendo de maneira mais intensa nas próximas divulgações à medida que os novos aluguéis passarem a ser mais representativos na amostra do CPI”, explica.

Ele lembra ainda que uma medida acompanhada de perto pelo banco central americano é o chamado super núcleo – o núcleo da inflação de serviços excluindo os gastos com habitação – medida que, em tese, é menos sensível à política monetária. Portanto, uma desinflação nessa medida é um sinal importante de desinflação generalizada na economia. “Atualmente, o super núcleo acumula alta de 4,1% no acumulado dos últimos 12 meses, vindo de 6,2% em dezembro de 2022”.

Outro ponto a ser observado, segundo Cordeiro, são os combustíveis, que se mostram como um novo risco altista para a inflação. “Com o recente movimento de alta do barril de petróleo no mercado internacional, já se observam aumentos nos preços de gasolina e diesel para o consumidor, o que sugere inflação de energia rodando na casa de 0,4% a0,5% ao mês”, alerta.

Para completar, o economista do Inter destaca que o mercado de trabalho americano continua bastante aquecido, apesar da desaceleração na margem. “Com isso, observa-se a inflação de salários ainda pressionada, estabilizada em um patamar elevado, de 4,4% na taxa anualizada. Essa dinâmica pode manter o núcleo da inflação pressionado, evitando a convergência da inflação à meta”, afirma

“Portanto, apesar da dinâmica benigna observada nesse primeiro semestre, iremos ver a inflação voltar acelerar no segundo semestre, em uma combinação pouco usual, que é o índice cheio acelerar ao mesmo tempo em que o núcleo desacelera. Em parte, isso se deve a efeitos estatísticos”, diz.

Greg Wilensky, head de renda fixa dos EUA na Janus Henderon Investors, por sua vez, acredita que, mesmo com a esperada alta de preços da gasolina no próximo mês, o Fed e os investidores devem manter o foco nas medidas do núcleo da inflação. E que, apesar de o núcleo ter caído de seus níveis mais altos, ainda está bem acima da meta de 2% do Fed.

Para o mercado de trabalho, é esperada uma moderação, à medida que a economia esfria. “Essa leitura alinhada aumenta a probabilidade de que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas em setembro. Supondo que os dados econômicos evoluam como esperamos nos próximos meses, acreditamos que já vimos o último aumento nesse ciclo”, afirma.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   11/08/2023

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian caíram nesta quinta-feira (10). A commodity apagou os ganhos registrados mais cedo, com a fraqueza do mercado de aço e problemas persistentes com cortes na produção de aço.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange (DCE), da China, encerrou as negociações do dia com queda de 0,49%, a 714,5 iuanes (US$ 99,10 ) a tonelada.

“As margens de importação [das cargas de minério de ferro] têm sido bastante decentes recentemente, atraindo os traders para garantirem as cargas importadas, apoiando temporariamente os preços à vista, com o fortalecimento se refletindo no mercado de futuros doméstico hoje”, disse Cheng Peng, analista da Sinosteel Futures em Pequim.

“Mas isso é bastante arriscado, pois mais cargas serão trazidas para o mercado doméstico. Portanto, os preços do minério de ferro provavelmente cairão assim que a demanda mostrar sinais claros de enfraquecimento nas próximas semanas”, alertou ele.

O minério de ferro de referência em agosto na Bolsa de Cingapura caiu 0,68%, para US$ 100,75  a tonelada.

“O consumo de minério de ferro permanece resiliente no curto prazo, já que a produção de gusa ainda está relativamente alta e algumas usinas retomaram as operações dos altos-fornos desde agosto”, disseram analistas da Huatai Futures, em nota.

“Mas a demanda enfrenta risco de baixa no médio prazo, uma vez que as siderúrgicas tendem a adotar uma atitude cautelosa em relação à aquisição de matérias-primas em meio aos controles iminentes da produção de aço”, acrescentaram.

Máquinas e Equipamentos

Monitor Digital - RJ   11/08/2023

A indústria de maquinaria da China registrou um crescimento estável no primeiro semestre deste ano, uma vez que os seus motores inteligentes e ecológicos ganharam força.

A Federação Chinesa da Indústria de Máquinas disse que o valor agregado do setor aumentou anualmente 9,7% no período entre janeiro a junho, impulsionado pela vibrante fabricação de máquinas e equipamentos elétricos e pela produção de automóveis.

Em um sinal de mudanças aceleradas impulsionadas pela inovação, a receita comercial e os lucros das indústrias emergentes estratégicas de máquinas aumentaram 10,4% e 15,6%, respectivamente. Até o final de junho, o número de plataformas de inovação no setor de máquinas chegou a 260, oferecendo apoio para a estabilidade da cadeia industrial.

Embora os principais indicadores permaneçam satisfatórios, Luo Junjie, vice-presidente executivo da federação, disse que o setor ainda está sob pressão e prometeu apoio mais forte para sustentar a tendência estável no segundo semestre de 2023.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   11/08/2023

A 12ª edição da M&T Expo – part of bauma Network, principal feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina, tem apoiado e participado de importantes eventos dos segmentos que utilizam máquinas da Linha Amarela e de elevação de cargas e pessoas, a fim de contribuir para o desenvolvimento tecnológico e sustentável dessas áreas.

Em agosto, a 12ª edição da M&T Expo esteve presente na Expoforest, em Guatapará, que reuniu em torno de 300 expositoras e cerca de 40 mil visitantes.

Ainda neste mês, a M&T Expo participa da Exposibram, em Belém (PA), que tem o objetivo de aproximar a indústria mineral da sociedade, colocando a sustentabilidade no foco dos debates, além de reunir os principais players da mineração para debater sobre as perspectivas de negócios na indústria mineral global.

Durante os dois eventos, os visitantes podem obter mais informações sobre o que a Messe Muenchen do Brasil, organizadora da M&T Expo 2024, está preparando para a próxima edição da feira.

“O mercado de equipamentos para construção investe fortemente em tecnologia e inovação para aumentar a produtividade e a eficiência da operação e diminuir o impacto ambiental das atividades da mineração, do manejo florestal e das obras”, afirma Rolf Pickert, diretor geral da Messe Muenchen do Brasil.

“Nosso evento ressalta esse desenvolvimento do setor, bem como o debate das questões fundamentais para a evolução contínua de toda a cadeia de produção e dos usuários finais”, acrescenta.

Segundo Afonso Mamede, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), parceiro institucional para a realização da M&T Expo, nos últimos seis anos o mercado de máquinas para construção registrou crescimento nas vendas.

“No ano passado, foi vendido um volume superior de quase 40 mil equipamentos da Linha Amarela, sendo que parte dessas vendas está ligada aos mercados de mineração e florestal, que demandam esse tipo de máquina em sua operação”, aponta.

“Desse modo, há muita sinergia no apoio e participação do evento nesses dois importantes encontros”, diz o dirigente.

Conexão – A M&T Expo conecta o mercado de equipamentos para construção e mineração, desde os principais fabricantes de máquinas da Linha Amarela, de elevação e movimentação de cargas, concreto e pavimentação, indústrias de peças e componentes e fornecedores de serviços, passando por construtoras, mineradoras, indústrias, transportadoras, investidores, autoridades e representantes de instituições municipais e estaduais.

O evento conta com a "Arena de Demonstração" para a apresentação de equipamentos dos expositores ao vivo, simulando as condições de uso para que os compradores conheçam toda o potencial e as funcionalidades das máquinas.

Na área de conteúdo, um dos destaques da próxima edição é o evento “ESG na Construção e Mineração – As melhores práticas para a sustentabilidade aliada à competitividade”, em parceria com a Conexão Mineral e Conexão Construção.

Já o "M&T Expo Capacit" conecta o mercado por meio do incentivo ao treinamento de profissionais para atender as diversas demandas do setor.

Na edição de 2024, a M&T Expo apresenta ainda o "Prêmio + Sustentável by M&T Expo", que tem o objetivo de reconhecer e incentivar práticas responsáveis no setor de feiras de negócios e destacar os expositores que adotam soluções inovadoras.

O prêmio visa impulsionar toda a indústria de eventos a adotar práticas como a utilização de materiais sustentáveis, a redução da utilização de recursos naturais, a economia circular, o gerenciamento adequado de resíduos, a inclusão e a diversidade, além de promover a consciência ambiental entre os participantes.

Para promover o mercado de máquinas para a construção para todo o país e divulgar a feira para um público diverso, a M&T Expo apresenta o "Projeto 365", que já passou pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Paraná com o objetivo de estimular a interação entre os compradores e empresas.

Nos próximos meses, o projeto deve passar ainda pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Ceará.

No âmbito internacional, o destaque será para os "Road Shows", com início em novembro, passando por países como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru e Paraguai.

A edição será realizada de 23 a 26 de abril de 2024, no São Paulo Expo, em São Paulo (SP).

AUTOMOTIVO

Valor - SP   11/08/2023

Montadoras desenvolvem novas tecnologias e aplicam materiais “estranhos” nos veículos para torná-los menos nocivos à natureza

O setor automotivo já percebeu que terá que diversificar processos para ser mais sustentável e reduzir emissões de CO2. Se a largada foi a produção de motores e combustíveis mais eficientes, a ideia agora é reduzir o uso de materiais como “couro vegano”, feito de cogumelos e abacaxi, fibras de cana-de-açúcar e cânhamo e até redes de pesca e camisetas usadas.

Após anunciar que vai construir carros sem couro animal a partir deste ano, a BMW ousou ao divulgar que usará redes de pesca descartadas nos mares em sua linha de produção. Além de reduzir emissões, a iniciativa pretende combater a poluição por resíduos plásticos.

A montadora trabalha em parceria com a Plastix, empresa de reciclagem dinamarquesa, para separar os resíduos e produzir grânulos plásticos. A nova linha de veículos da BMW Neue Klasse, prevista a partir de 2025, vai incluir peças plásticas de acabamento contendo 30% de redes e cordas de pesca recicladas.

O elétrico BMW iX, por exemplo, tem assentos de garrafas PET e painéis das portas de plástico reciclado. O conceito BMW i Vision Circular dispõe de peças fabricadas em 3D para evitar desperdício na produção. O SUV é 100% reciclável e tem plásticos, fibras naturais, bioplásticos e tecido vegano reaproveitáveis. Já o interior do BMW i3 tem 25% de materiais renováveis ou reciclados.

Em 2022, Oliver Zipse, CEO da BMW, disse que um carro ecológico não é criado só com uso de energia verde. “Devemos reduzir a quantidade de material para fabricá-los, planejando sua reutilização e reciclagem desde o início. Diante do aumento dos preços das matérias-primas, isso não é só um imperativo ambiental, mas também comercial.”

A vocação sustentável também é vista no interior “Ultra White” do Tesla Model S Plaid - revestido com couro sintético feito de manga, abacaxi e cogumelos. A Porsche vem usando folhas de oliveira para curtir couros, e também emprega a fibra Econyl - feita a partir de redes de pesca recicladas - para fabricar pisos. A estratégia é parecida com a que a Kia adotou no Concept EV9. Desde 2020, clientes do Porsche Taycan podem optar por um interior feito com microfibra vegana (poliéster reciclado).

A Audi é outra marca que investe nessa linha. O Q4 e-tron é produzido com até 27 componentes contendo material reciclado. Os carpetes e tapetes do esportivo e-tron GT são feitos com Econyl. Já os novos A3 têm até 89% dos tecidos feitos de garrafas PET. Até 2025, a Audi vai investir €500 milhões, algo como R$ 2,6 bilhões, para atingir a neutralidade nas emissões. Até 2033, a promessa é encerrar toda a produção de carros movidos a combustão interna.

A Mercedes tornou o protótipo elétrico Vision EQXX, um esportivo de 201 cv e quase 1,8 tonelada, ainda mais eficiente ao integrar materiais leves e sustentáveis. As maçanetas são feitas com fibra Biosteel, segundo a fabricante AMSilk mais forte que o aço comum e biodegradável. Os bancos são de couro artificial de cogumelos e cactos, chamado de Deserttex - material mexicano patenteado e destinado às marcas premium como BMW e Mercedes-Benz. Já os tapetes têm fibra de bambu reciclável na composição.

O Tesla Model S Plaid usa couro sintético feito de manga, abacaxi e cogumelos

A VW, montadora que também oferece cabines sem couro, confirmou que os próximos ID.3 e e-up! terão opção de interior sem couro e lã para os assentos. E o grupo Volkswagen Innovation, responsável pela criação e aplicação de biomateriais, está empenhado em entregar mais do que materiais que apenas imitam o couro e plásticos feitos de óleo mineral como poliuretano ou PVC. Recentemente, surgiu a ideia de empregar a casca do café. Quando é feita a torra, a película prateada que envolve o grão é um resíduo que pode servir de enchimento para imitações de couro. A previsão é que, em breve, o material possa compor assentos e apoios de braço. “Há enorme potencial e este pode ser um dos próximos passos para otimizar ainda mais a pegada ecológica da nossa frota elétrica ID”, disse Martina Gottschling, pesquisadora de Inovação da VW.

Tudo isso pode até parecer novidade, mas não para as montadoras da Coreia do Sul. Em 2014, o Hyundai Sonata já trazia tampão traseiro feito de kenaf - um hibisco da planta “Hibiscus cannabinus” -, mais natural que o plástico e com poder de absorver CO2 e NO. Mesma época em que o Kia Soul EV chegou com revestimento de bioplástico e biofibra de cana-de-açúcar. O híbrido Ioniq 5, com previsão de chegar ao Brasil em 2024, tem portas e interruptores pintados com tintas de bio-óleo extraídos de plantas e do milho.

A sueca Volvo também pretende usar ao menos 25% de materiais reciclados em todos os carros até 2025 e quer que toda a frota livre de couro animal até 2030. As luxuosas cabines contarão com materiais mais naturais, de base vegetal, como linho e cortiça. Como ocorre no interior do carro-conceito 100% elétrico Concept Recharge, feito com materiais leves, tecidos ecológicos e naturais.

“Ter uma mentalidade verdadeiramente progressiva e sustentável significa que precisamos nos fazer perguntas difíceis e tentar ativamente encontrar as respostas”, disse Stuart Templar, especialista em sustentabilidade da Volvo.

Outra montadora com soluções ecológicas é a Hummer, da GM, que fabrica o SUV e picape elétricos. O utilitário parrudo com mais de 1.000 cv e 165 kgfm adotou materiais sustentáveis na cabine, no lugar do revestimento de origem animal. Além disso, a GM quer deixar totalmente descartáveis suas embalagens automotivas até 2030.

“A mudança climática é uma prioridade urgente e estamos avançando em direção ao nosso objetivo de sermos neutros em carbono em nossos produtos e operações globais até 2040”, disse Kristen Siemens, diretora de sustentabilidade da GM.

Até 2030, a Toyota planeja aumentar o uso de plásticos reciclados em mais de três vezes em relação aos níveis atuais. A marca também quer extinguir o couro dos interiores, e um caminho são os materiais reciclados à base de plantas. Globalmente, os japoneses querem reduzir as emissões de carros novos em 90% até 2050, comparados a 2010.

Até 2035, a marca japonesa deseja tornar suas fábricas neutras em emissões. E até 2050 o objetivo é ficar livre de emissões em toda a cadeia, política que inclui fornecedores e revendedores. E há programas de conservação de recursos hídricos, outros voltados à biodiversidade e à proteção de espécies e seus habitats.

Até 2050, a Continental pretende fabricar todos os pneus com materiais sustentáveis. E entre as tecnologias previstas está o uso de materiais reciclados, como a própria borracha, cinzas da casca de arroz e garrafas PET. Uma engenharia ainda em desenvolvimento prevê o uso de borracha de dente-de-leão, planta da família Asteraceae, também conhecida como Taraxacum, cujas raízes contêm látex.

“A Continental está em vias de se tornar o fabricante mais avançado da indústria de pneus em sustentabilidade. Nosso objetivo é usar materiais 100% sustentáveis até 2050. E isso abrange tudo, desde a origem e fornecimento de materiais até a reutilização e reciclagem de nossos pneus”, disse Claus Petschick, chefe de sustentabilidade da Continental.

Além do emprego de itens sustentáveis nos automóveis, a indústria ainda pode reciclar, e o mercado reutilizar, peças em fim de vida útil. É assim que plástico reciclado vira para-choque e carpete, e borracha se transforma em juntas e tapetes. O uso de aço e alumínio reciclados reduz o gasto de energia na produção de motores e chassis. Vale destacar que itens usados de segurança, como conjuntos de direção, cintos de segurança e sistemas de freio não podem ser comercializados.

Na contramão de países como os EUA, o Brasil mais reutiliza do que recicla peças. Julio Luchesi, presidente da Associação Brasileira de Reciclagem Automotiva, diz que o mundo recicla 95% dos carros colididos e em final de ciclo. No Brasil, ele afirma que estudos apontam que só 1,5% da frota é reciclada. “No Brasil, os carros não vão para o aterro sanitário ou incinerador, pois 98,5% deles têm partes e peças reutilizadas, que servem ao mercado por décadas até o descarte e reciclagem”, diz.

Luchesi conta que há cerca de cinco mil desmanches de carros e recuperadoras de peças no país, colocando itens usados em circulação para aumentar o ciclo de vida dos materiais e reduzir o impacto ambiental e energético. “Em recente visita à Europa e aos EUA, ficamos chocados com a quantidade de itens bons direcionados à reciclagem. Motores e peças em perfeito estado são processados e viram sucata. O Brasil mais reutiliza resíduo automotivo do que recicla. Aqui,reutilizamos tudo, até os parafusos automotivos são colocados à venda para reuso”, diz.

O Estado de S.Paulo - SP   11/08/2023

Em uma ação inédita no setor, as principais fabricantes de veículos do País estão unidas no propósito de evitar a prorrogação de incentivos fiscais para montadoras instaladas no Nordeste e Centro-Oeste. O principal alvo é a Stellantis, dona das marcas Fiat, Peugeot, Citroën e Jeep, essa última com fábrica em Goiana (PE), inaugurada em 2015.

O grupo recebe cerca de R$ 5 bilhões ao ano em créditos de impostos. Com o benefício, modelos da marca fabricados na região ficam até 20% mais baratos na hora da venda. Só para comparação, o valor equivale a quase 12% dos R$ 40 bilhões que o texto da reforma tributária propõe para um fundo regional de desenvolvimento a ser repartido entre os 27 Estados brasileiros. “Já deu”, desabafa o executivo de uma das empresas, para quem o incentivo já cumpriu sua função.

Criado no fim dos anos 90 e previsto para durar até 2010, o benefício já foi prorrogado duas vezes, uma delas para incluir a Jeep. A última data estabelecida é até 2025, mas nas últimas semanas teve início um movimento para estender o prazo até 2032 por meio de adendo no texto da Reforma Tributária. A proposta foi rejeitada no Congresso por apenas um voto, mas deve voltar ao texto, com apoio do presidente Lula, para a votação do Senado que deve ocorrer até novembro.

Outro motivo que revolta essas montadoras é o fato de, em 2021, uma decisão monocrática do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ter permitido à Stellantis usar o benefício dos créditos do incentivo para pagar tributos de outras plantas, como a de Betim (MG). “É mais um estímulo para que a empresa gere lucros e remeta para a Itália”, alfineta o diretor de uma importante montadora.

Além de governos, parlamentares e sindicatos, as empresam têm levado a preocupação a governadores - entre os quais os de São Paulo, Rio Grande do Sul e Parará e a federações de indústrias e associações. Segundo os executivos, todos têm se interessado em ampliar esse debate.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) diz que não comenta esse tipo de assunto por se tratar de tema específico que não envolve todas as associadas.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Globo Online - RJ   11/08/2023

Altos e baixos marcam a história de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. O bairro — chamado de Imperial por ter sido o endereço de parte significativa da nobreza luso-brasileira no século XIX — viveu apogeu econômico com a chegada de indústrias nos anos 1940, na esteira da abertura da Avenida Brasil, mas com o fechamento de fábricas e galpões, mergulhou em decadência que já dura décadas.

Lugar privilegiado na geografia carioca, tem sido alvo há tempos de projetos de renovação. O mais recente será anunciado hoje: por meio de um acordo entre os governos federal e municipal, São Cristóvão passará a fazer parte da área do projeto Porto Maravilha, com os mesmos incentivos já oferecidos à região portuária, e novidades que vão valer para os dois pontos da cidade. A ideia é estimular a ocupação do bairro.

Acordo com a União

O anúncio será feito durante as agendas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito Eduardo Paes cumprem na cidade hoje e amanhã. A parceria, no entanto, não terá efeito imediato. Isso porque a Câmara Municipal precisa aprovar as alterações na legislação urbanística propostas em um projeto de lei que começou a tramitar ontem no legislativo. As medidas, que vão valer tanto para a área atual do Porto Maravilha como para São Cristóvão, pretendem estimular a construção de mais residências.

— O bairro é uma extensão natural da Zona Portuária. E a tendência é que São Cristóvão atraia mais moradores com a construção do Terminal Integrado Gentileza, na Avenida Francisco Bicalho, bem na entrada do bairro. Ali haverá integração com VLT, o BRT Transbrasil e linhas de ônibus, o que servirá de estímulo para a ocupação — explicou Jorge Arraes, secretário municipal de Coordenação Governamental.

Pela nova redação, em qualquer área privada de São Cristóvão será permitida a construção de imóveis residenciais, o que também já era permitido em todo o Porto Maravilha. A proposta prevê, em alguns pontos do bairro, a possibilidade de torres com até 36 andares — o equivalente a 108 metros de altura. Caso o empreendimento fique em área próxima a bens tombados, algo comum no bairro, no entanto, poderá haver limitações por orientação de órgãos de preservação como o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).

Paes quer a Leopoldina

Entre os trechos com gabarito maior está a região no entorno da Rua Francisco Eugênio, que dá acesso à Avenida Francisco Bicalho, nas imediações da antiga estação de trens da Leopoldina, que a prefeitura tem interesse de comprar da União. Hoje, o Plano de Estruturação Urbana (PEU) de São Cristóvão, que fixa regras de construção no bairro, permite no máximo 12 pavimentos.

O anúncio da inclusão de São Cristóvão no Porto Maravilha foi bem recebido pelo setor de construção civil e no mercado imobiliário.

— É um bairro muito bem servido de infraestrutura de transportes, conectado com a região central do Rio. Incentivos são muito importantes para o desenvolvimento dessa área, capaz de receber ótimos empreendimentos imobiliários — avalia Marcos Saceanu, presidente da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi).

Para Cláudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio (Sinduscon-Rio), a atualização das leis é necessária.

— São Cristóvão é um bairro historicamente residencial, tem a Quinta da Boa Vista, colégios, hospital, todos os pré-requisitos para ser valorizado. O problema é que a legislação em alguns bairros do Rio, como esse, foi deixando de ser atualizada, ficou no esquecimento, e isso acaba dificultando o desenvolvimento — diz Hermolin.

FERROVIÁRIO

IstoÉ Dinheiro - SP   11/08/2023

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou nesta quarta-feira, 9, a proposta de isenção total do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre projetos de investimentos no modal ferroviário, conforme antecipou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A previsão é que a decisão seja publicada na edição desta sexta-feira, 11, do Diário Oficial da União (DOU).

“Esse é o maior incentivo que o setor já teve, um incentivo gigantesco e inédito na história do Brasil, incide sobre obras, equipamentos, locomotivas… O governo do presidente Lula compreende o avanço ferroviário como determinante para melhoria da nossa infraestrutura”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho, após a decisão do Confaz.

“Conseguimos um entendimento raro ao demonstrar para todos os Estados que é muito melhor para o Brasil desonerar esse investimento e se beneficiar do ganho econômico que ele traz do que cobrar de uma obra que nunca vem, pois investimento em ferrovias é caro”, acrescentou Renan.

A estratégia será adotada no âmbito do plano nacional de desenvolvimento ferroviário, que é gestado pelo governo federal para incentivar novas construções de estradas de ferro e terminais ferroviários pelo País.

“Essa decisão do Confaz é um marco significativo para o fortalecimento e a expansão da nossa infraestrutura ferroviária. A isenção de ICMS incentiva a captação de recursos privados em ferrovias, porque ajuda a diminuir o custo das obras”, disse o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.

O Estado de S.Paulo - SP   11/08/2023

Desde que o governo deu sinais de editar a terceira versão do seu Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será divulgado nesta sexta-feira, 11, no Rio de Janeiro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a possibilidade de inclusão da polêmica ferrovia EF-170, mais conhecida como Ferrogrão, voltou à tona.

Desta vez, avaliam advogados do escritório Campos Mello, a obra deve entrar no PAC pelo seu potencial de descarbonização do escoamento de grãos, mas outro traçado deve ser feito para garantir que, desta vez, o projeto de mais de R$ 20 bilhões não fique no papel.

Na avaliação do sócio do CMA em direito ambiental Vilmar Gonçalves, ainda não está claro se a Ferrogrão será incluída, mas sinais dados em junho deste ano pelo Superior Tribunal Federal (STF), autorizando a volta dos estudos do projeto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a pedido da Advocacia Geral da União (AGU), acendeu o alerta de que a discussão pode voltar a ser pautada.

Afinal, ressalta Gonçalves, a descarbonização está no centro das discussões no atual governo pelos compromissos assumidos no Acordo de Paris, e a linha férrea poderia retirar das rodovias centenas de caminhões que hoje escoam a produção do Centro-Oeste do País para os portos.

Os estudos da ferrovia foram suspensos após tentativas de governos anteriores de reduzir a área do Parque Nacional Jamanxim, no Pará, para viabilizar o projeto. Segundo Gonçalves, a retomada dos estudos indica que o governo Lula vem buscando alternativas para executar a obra, que poderá ser feita com parceiros privados. A expectativa de economia para o setor de agronegócios gira em torno dos 40%.

“Foi editada uma medida provisória em 2017 para alterar os limites do Parque Nacional de Jamanxim, uma unidade de conservação da região amazônica. Mas existem populações indígenas, e (a medida) sofreu muitas críticas da sociedade. Uma alternativa é contornar o parque, mas é preciso avaliar se fica economicamente viável”, explicou.

A Ferrogrão é um projeto de 933 quilômetros que ligaria a cidade de Sinop, em Mato Grosso, ao Porto de Mirituba, no Pará, às margens do rio Tapajós, que se conecta com o rio Amazonas, formando um corredor de exportação para grãos produzidos na região Centro-Oeste.

Para o advogado ambiental, uma maneira de atrair investidores para um possível Parceria Público Privada na Ferrogrão seria fazer uma avaliação prévia de viabilidade, para que o projeto não fique no papel, como ocorreu com o Trem de Alta Velocidade (trem-bala) que ligaria o Rio de Janeiro a São Paulo. Ele avalia que, não apenas para a Ferrogrão, todos os projetos do PAC teriam chances maiores se houvesse um estudo prévio de viabilidade.

“Os principais problemas deveriam ser investigados pelo governo antes da licitação. O trem-bala teve a questão da Mata Atlântica, e a Ferrogrão tem uma questão ainda mais complexa, que são as terras indígenas. Assim como os outros projetos que serão apresentados no PAC, devia ter um estudo prévio para dar segurança jurídica”, avaliou a sócia para Direito Público do CMA Carolina Caiado.

Ela disse não esperar muitas novidades no anúncio do PAC, por se tratar, na sua maioria, de projetos que já estão no portfólio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que já vêm sendo gestados ao longo de anos pelos sucessivos governos, como é o caso da Ferrogrão.

“Os principais problemas deveriam ser avaliados antes da licitação. Será que esse traçado (da Ferrogrão) é a melhor opção? Não poderia haver um trecho de cabotagem? A verdade é que os projetos são analisados de forma muita isolada, seria bom ter diretrizes para essas análises”, afirmou Caiado, lembrando o caso da Margem Equatorial, quando petroleiras adquiriram áreas licitadas pelo governo e não conseguiram autorização do Ibama, um órgão de governo, para explorá-las. Agora, a Petrobras tenta novamente explorar a região, mas vem enfrentando resistência da área ambiental.

Como destaque de um processo positivo, Gonçalves dá como exemplo de evolução do licenciamento ambiental das usinas eólicas offshore, para o qual o Ibama lançou um Termo de Referência padrão que deu aos investidores uma base para apresentar seus pedidos de licenciamento.

“A questão do licenciamento ambiental recai, via de regra, sobre o empreendedor. Em algumas situações, se houvesse análise de viabilidade ambiental, que não é o licenciamento em si, mas uma diretriz, poderia oferecer mais segurança e atrair mais investidores”, avaliou Gonçalves.

A terceira edição do PAC tem previsão de investimentos governamentais de R$ 60 bilhões por ano até 2026 e mais de mil projetos, sendo quase metade concentrada no setor de transporte, um dos sete eixos do programa. Também serão contemplados projetos nas áreas de transição e segurança energética; infraestrutura urbana; infraestrutura social; inclusão digital e conectividade; água para todos; e defesa.

NAVAL

O Estado de S.Paulo - SP   11/08/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que o Rio de Janeiro “vai voltar a fazer navios” porque “a Petrobras vai anunciar um plano de investimentos”. A declaração foi dada na capital do Estado, onde o presidente participou de cerimônia de anúncio de obras.

Também estavam presentes o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD-RJ), o governador Claudio Castro (PL), e diversos ministros. Aliado de Jair Bolsonaro, Castro foi vaiado por apoiadores de Lula.

No evento, o governo federal autorizou investimentos com foco na infraestrutura urbana da cidade do Rio de Janeiro. Na parceria entre a gestão federal e a prefeitura, devem ser investidos R$ 1,8 bilhão para fomentar a recuperação do Sistema BRT na cidade e outros R$ 820 milhões para a construção do Anel Viário no bairro de Campo Grande.

De acordo com o Palácio do Planalto, os investimentos ocorrem a partir de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa Econômica Federal, de R$ 645 milhões. A previsão é que o Sistema BRT da cidade opere com 100% de sua capacidade em 2024.

O presidente também disse, durante o evento, que haverá ainda anúncios de obras em todas as unidades da Federação. O principal compromisso do petista no Rio de Janeiro é o lançamento do novo PAC, marcado para esta sexta-feira, 11.

Tentativa frustrada

Não é a primeira vez que o presidente fala da retomada de estaleiros. Em fevereiro, também durante um evento na capital fluminense, já havia dito que iria “voltar a construir navios nos estaleiros do Rio de Janeiro e retomar os investimentos na indústria de óleo e gás”.

Também não seria a primeira vez que o governo petista tentaria fomentar a indústria naval. Entre 2005 e 2012, o Fundo de Marinha Mercante liberou R$ 33,6 bilhões (em valores atualizados) para reformas e construção de estaleiros, que, principalmente, atenderiam à Petrobras.

No período, o número de trabalhadores no setor naval passou de 2 mil para 70 mil. Com os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e as grandes empreiteiras que investiam no setor, porém, o segmento encolheu e o total de empregados caiu para os cerca de 20 mil atuais.

“Por que o governo vai dar novamente subsídio para a indústria naval? Se o setor se provasse competitivo, até entenderia. Mas não me parece fazer sentido subsidiar uma produção privada”, disse ao Estadão, em março, o professor de administração pública da Fundação Getulio Vargas (FGV) Ciro Biderman. Segundo ele, hoje o portfólio de um programa de incentivo à indústria tem de fazer sentido social e ambiental.

Valor - SP   11/08/2023

Três terminais de granéis líquidos em Maceió são destaque; ao todo, estão previstos R$ 125 milhões de investimentos

O governo federal realiza, nesta sexta-feira (11), o leilão de cinco terminais, nos portos de Maceió, Porto Alegre e Fortaleza. Ao todo, os arrendamentos deverão somar R$ 125 milhões de investimentos nos próximos 25 anos.

Entre os cinco ativos licitados, aqueles que deverão atrair mais interesse são os três terminais de granéis líquidos, que serão leiloados em Maceió: os chamados MAC 11, MAC 11A e MAC 12.

A expectativa é de concorrência nos três projetos, na avaliação de Marcos Pinto, sócio diretor da A&M (Alvarez & Marsal) Infra. Ele destaca que o porto de Maceió é responsável por toda a demanda de combustíveis do Estado. “É uma região onde o consumo cresce um pouco mais rápido do que na média do Brasil.”

Vencerão as disputas os grupos que oferecerem o maior valor de outorga. No caso do MAC 11A, o mínimo fixado em edital foi de R$ 15,1 milhões. Já nos terminais MAC 11 e MAC 12, foi estabelecido o valor mínimo simbólico de R$ 1 para as ofertas.

Hoje, as áreas compõem dois terminais operacionais, onde atuam, por meio de contratos precários, a Transpetro (no MAC 11) e um consórcio de distribuidoras, formado por Ipiranga, Petrobras e Raízen (no MAC 12).

Com o objetivo de ampliar a concorrência do mercado de combustíveis na região, o governo e os órgãos de controle dividiram o MAC 11 em dois terminais e estabeleceram regras para impedir a associação entre as distribuidoras no novo leilão.

Há expectativa de concorrência nos três terminais do Porto de Maceió”

— Marcos Pinto

Os editais foram alvo de pedidos de impugnação por parte de empresas do setor que atuam na área - todos eles foram negados. Entre outros questionamentos, as companhias criticaram as cláusulas que restringiram a participação dos grupos em consórcio.

No caso do MAC 11A, a Petrobras, entre outros questionamentos, pede que a restrição de formação de consórcio se estenda também à Acelen, do grupo Mubadala, que opera a Refinaria de Mataripe, na Bahia. O edital inclui limitações apenas à estatal, por operar a Refinaria Abreu e Lima (Rnest). Segundo a companhia, a situação geraria “discriminação anticompetitiva”. Porém, procurada, a Acelen indicou que não deverá disputar o ativo.

Já nos terminais MAC 11 e MAC 12, o grupo Ipiranga fez pedidos de impugnação. Entre outros pontos, a empresa questiona a análise concorrencial que embasou a limitação para formação de consórcio entre distribuidoras.

Em sua resposta, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) rechaçou os argumentos e defendeu que, nos estudos, foi identificado risco de redução da competição no leilão, caso os grupos pudessem se reunir em consórcio, dado que “poderiam ingressar isoladamente no certame e que atuam em mercados verticalmente integrados”. A agência também refutou os demais argumentos apresentados pela Petrobras e pela Ipiranga, negando os pedidos.

Além dos terminais em Maceió, o governo federal deverá licitar outros dois terminais nesta sexta. Em Porto Alegre, será feito o arrendamento de um terminal de granéis sólidos vegetais, com previsão de R$ 17 milhões de investimentos e duração de 10 anos de contrato.

Trata-se de uma área “brownfield” (operacional), porém, que estava desocupada desde 2021. O terminal era explorado desde 1991 pela Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), que está em processo de extinção devido a problemas financeiros. Nos estudos, a Antaq identifica potencial para movimentação, principalmente, de trigo e cevada produzidos no mercado local.

Outro ativo a ser leiloado é o Terminal Marítimo de Passageiros (TMP), localizado no Porto do Mucuripe, na capital cearense. O projeto será licitado por prazo de 25 anos e deverá receber R$ 3,2 milhões de investimentos. O terminal foi construído pelo governo federal, no âmbito do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como parte das obras para a Copa do Mundo de 2014. Hoje, o potencial previsto para o local inclui a movimentação de cruzeiros e o uso da estrutura para eventos.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   11/08/2023

A holandesa SBM Offshore anunciou ao mercado nesta semana o seu balanço financeiro e operacional do primeiro semestre do ano. Um dos principais destaques do relatório diz respeito às atualizações nas obras de três FPSOs encomendados pela Petrobrás (Sepetiba, Almirante Tamandaré e Alexandre de Gusmão). Nesses três projetos, a empresa está em diferentes etapas da instalação de módulos do topside.

No caso do FPSO Sepetiba (foto), a embarcação já partiu do estaleiro na China rumo ao Brasil, conforme noticiamos em junho. A empresa já concluiu com sucesso a fase de integração dos topsides e a campanha de comissionamento onshore. Para lembrar, o navio-plataforma terá capacidade para produzir até 180 mil barris de óleo por dia e poderá armazenar 1,4 milhões de barris de óleo. O primeiro óleo da unidade, no campo de Mero, está previsto para o final deste ano.

Enquanto isso, nas obras do FPSO Almirante Tamandaré, a campanha de levantamento dos módulos topsides está avançando junto com sua integração. A construção do FPSO continua dentro do cronograma, com entrega prevista para 2024 e primeiro óleo do campo no início de 2025. O FPSO Almirante Tamandaré será a sexta unidade de produção definitiva de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade terá capacidade de processamento diário de 225 mil barris de óleo e 12 milhões de m³ de gás natural.

Por fim, a SBM revelou ainda avanços na fabricação de módulos para o FPSO Alexandre de Gusmão. Uma parte desses equipamentos está sendo construída no Brasil, no estaleiro EBR, e está sendo progressivamente entregue ao estaleiro responsável pela integração, na China. A outra parte dos módulos está sendo construída também na China e continua progredindo. O primeiro óleo da unidade está previsto para 2025. O FPSO terá capacidade de processamento de 180 mil barris de óleo por dia e 12 milhões de m³ de gás por dia.

A SBM acrescentou também que começou a fase de descomissionamento do FPSO Capixaba, após a paralisação da produção da unidade em 2022. Em maio de 2023, o contrato para a reciclagem segura e ambientalmente correta da unidade, em conformidade com o Regulamento (UE) 1257/2013 sobre reciclagem de navios, foi concedido à empresa M.A.R.S. (Modern American Recycling Services Europe). As atividades serão realizadas em uma instalação de reciclagem verde, na Dinamarca.

Valor - SP   11/08/2023

A companhia tem um plano de revitalização de áreas e prevê a instalação de seis novas unidades estacionárias de produção (UEPs) e a abertura de mais de 200 novos poços

A Petrobras vai investir US$ 18 bilhões na Bacia de Campos até 2027. A companhia tem um plano de revitalização de áreas e prevê a instalação de seis novas unidades estacionárias de produção (UEPs) e a abertura de mais de 200 novos poços.

Segundo a empresa, o plano prevê ainda a revitalização da estrutura de oleodutos e gasodutos e a ampliação da rede de malhas óticas.

O gerente-executivo de águas profundas da Petrobras, Paulo Marinho, afirmou que a empresa “fincou pé” na transição energética, tendo como exemplo o navio-plataforma (FPSO, na sigla em inglês) Maria Quitéria, que chegará no campo de Jubarte em 2025. A unidade será totalmente elétrica e é a primeira a contar com a tecnologia de ciclo combinado.

“Apesar de estarmos há mais de 40 anos na Bacia de Campos, continuamos na busca de petróleo novo, com atividades em novos blocos exploratórios e buscando sinergia com as instalações existentes”, disse Marinho, durante o painel “Oportunidades de Investimento no Espírito Santo”, na MEC Show 2023, 

Feira da Metalmecânica e Inovação Industrial do Estado.

Na semana passada, a empresa anunciou a abertura de edital para contratação de FPSO que vai atuar na revitalização dos campos de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

IstoÉ Online - SP   11/08/2023

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 2,4 milhões de barris por dia (bpd). A expectativa faz parte do relatório mensal publicado nesta quinta-feira, 10, pela organização.

Para 2024, a Opep também manteve a projeção, de crescimento em 2,2 milhões de bpd.

Já a oferta da commodity fora do cartel para 2023 deve aumentar em 1,5 milhão de bpd, uma revisão de 100 mil para cima ante o relatório do mês anterior. “Espera-se que os principais impulsionadores do crescimento da oferta de líquidos para 2023 sejam os EUA, Brasil, Noruega, Casaquistão, Guiana e China, enquanto o maior declínio é esperado da Rússia.”

Para 2024, entretanto, a projeção de oferta fora da Opep ficou inalterada em 1,4 milhão de bpd, destacando a produção dos EUA, Canadá, Guiana, Brasil, Noruega e Casaquistão.

A organização ainda anunciou que sua produção de petróleo recuou 836 mil bpd em julho, a 27,31 milhões de bpd.

PIB

Também em seu relatório mensal, a Opep revisou para cima sua projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2023, de 2,6% para 2,7%. Para 2024, também houve revisão, de 2,5% para 2,6%.

Para este ano, a Opep também mudou sua projeção de crescimento dos EUA, de 1,4% para 1,8%. A previsão do avanço do PIB norte-americano de 2024 ficou inalterada em 0,7%.

Já da zona do euro, a revisão foi para baixo, de 0,7% para 0,6% neste ano. Para o ano que vem, o cartel reafirmou a previsão de alta de 0,8% na região da moeda comum.

No caso da China, o cartel segue prevendo expansão de 5,2% em 2023 e de 4,8% em 2024.

Petro Notícias - SP   11/08/2023

A Petrobrás conduziu testes de desempenho de um inovador modelo de tecnologia eólica offshore, pioneiro no Brasil, em colaboração com a Escola Politécnica da USP. Os testes visavam avaliar o funcionamento de um sistema eólico flutuante em escala reduzida, composto por um aerogerador montado em uma estrutura semissubmersível de quatro colunas. Essa configuração foi posicionada no tanque de testes do Laboratório de Tecnologia Oceânica da COPPE/UFRJ. O ambiente simulado reproduziu as características ambientais e marítimas típicas da região do pré-sal na Bacia de Santos, onde essa tecnologia poderá ser implementada em uma fase posterior, se sua viabilidade técnica e econômica for comprovada. O teste avaliou a resposta do sistema flutuante de geração eólica diante das condições ambientais adversas do pré-sal, situado a profundidades superiores a 2 mil metros.

Em escala real, cada sistema flutuante terá uma capacidade de até 15 MW, representando entre 10% e 30% da energia elétrica necessária para alimentar uma plataforma de exploração no pré-sal. Em uma aplicação offshore, os pesquisadores estão examinando a possibilidade de conectar a unidade de geração eólica à plataforma ou a um sistema submarino, localizado em águas profundas. Esse vínculo seria estabelecido por meio de um cabo elétrico conhecido como “umbilical elétrico”, com o propósito de fornecer energia de baixo teor de carbono para os ativos de produção de petróleo e gás.

“Unimos forças com a USP e UFRJ, duas das mais importantes universidades brasileiras, para testar uma tecnologia 100% nacional, de eólica offshore, capaz de reduzir as emissões em nossas plataformas do pré-sal. Esse projeto demonstra a importância das parcerias da Petrobras com a academia para impulsionar o movimento de transição energética no país, com grande potencial de deflagrar uma onda de inovação sem precedentes no Brasil”, disse o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates (foto).

Já o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da empresa, Carlos Travassos, disse que com os resultados do testes, a Petrobrás vai comparar essa iniciativa com outras opções para descarbonização das operações de exploração e produção, no que diz respeito ao suprimento energético das plataformas. “Vamos considerar as melhores alternativas em termos de custos para atender às nossas metas de descarbonização dentro das mais rigorosas condições técnicas, ambientais e de segurança”, explicou.

A eólica offshore é uma das apostas da Petrobrás para desenvolver soluções de baixo carbono no horizonte de seu Planejamento Estratégico. “Esse projeto demonstra como a questão da transição energética é transversal na Petrobrás e está entre suas prioridades. Trata-se de uma iniciativa que envolve nosso Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) e a nossa área de Exploração e Produção, em nosso principal ambiente de produção, o pré-sal, que trará informações relevantes para a avaliação das oportunidades em eólica offshore” disse o diretor de Transição Energética da Petrobrás, Maurício Tolmasquim.

O Estado de S.Paulo - SP   11/08/2023

O barril de petróleo do tipo Brent, cujo preço tem subido nas últimas semanas, deve alcançar uma média de US$ 93 no segundo semestre deste ano, tocando a casa dos US$ 95 nos últimos três meses do ano, estima a consultoria Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Na quarta-feira, 9, o Brent, usado como valor de referência mundial, fechou em alta de 1,6%, a US$ 87,55 dólares por barril, o preço mais alto desde 27 de janeiro.

Com um primeiro semestre marcado pela demanda aquém da esperada, o CBIE cortou a projeção de preço médio anual do barril para US$ 86,47, valor 1,3% abaixo do previsto pela consultoria no início do ano (US$ 87,61).

Ainda assim, a previsão é de aumento gradativo da cotação internacional na segunda metade do ano, o que vai pressionar a Petrobras a reajustar os preços de gasolina e diesel em suas refinarias, afirma o diretor do CBIE, Bruno Pascon.

Petrobras

Nos últimos meses, a atual gestão da Petrobras conduziu uma política de descontos agressiva: entre abril e junho, o diesel da estatal ficou 21,1% mais barato em suas refinarias, enquanto a gasolina caiu 16,5% no mesmo período. Os descontos foram concomitantes à volta de impostos, para atenuar os impactos no preço final ao consumidor. Mas, segundo a Petrobras, as reduções tiveram respaldo técnico.

Desde maio, a estatal abandonou o preço de paridade de importação (PPI) e, agora, resiste a reajustes sob a justificativa de que a banda da nova política comercial — delimitada pelo preço marginal da Petrobras e o preço alternativo da concorrência — ainda suporta a flutuação da referência internacional.

Pascon observa que, há algum tempo, a defasagem entre os preços da Petrobras e o PPI está acima de 25% para os dois combustíveis e só aumenta. Como consequência direta, a janela de importação para agentes privados se fechou, levando a uma oferta mais curta no País e ao aumento das importações pela própria Petrobras a preços acima dos praticados no mercado doméstico.

Isso, diz Pascon, “devora” a margem bruta de refino da estatal. Segundo o especialista, esse indicador vinha na casa dos 12%, caiu para 8,25% no segundo trimestre e tende a diminuir ainda mais entre julho e setembro se a estatal não aumentar seus preços no período.

Recentemente, o diretor de comercialização e logística da Petrobras, Claudio Schlosser, disse que a margem na casa dos 8% ainda é “positiva” ante os valores históricos, que já foram mais baixos no passado e até negativos sob o governo Dilma Rousseff.

“Os agentes privados não importam sob prejuízo e a Petrobras tem um limite de produção própria. As refinarias já estão operando com fator de utilização próximo a 95%. Não dá para ir muito além disso, e aí a Petrobras começa a importar mais para abastecer o mercado”, diz o especialista.

O diesel é o combustível mais sensível a essa conjuntura, uma vez que o País importa de 20% a 30% do volume total consumido. Distribuidoras de combustível já sinalizaram restrições na oferta de diesel na semana passada.

De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a participação da Petrobras nas importações totais de diesel até junho é de 46,1%, acima de anos anteriores. Em 2022, a Petrobras respondeu por 41,7% e, em 2021, por 41,9% das importações. No auge do PPI, em 2017, a estatal respondeu por apenas 2,2% das importações brasileiras de diesel

Na prática, dizem analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, a Petrobras ainda não tem prejuízo no refino graças ao mix de vendas entre produção própria, que tem aumentado, e importação, mesmo que desvantajosa. Mas, para viabilizar os preços mais baixos, a empresa já tem aberto mão de receita.

Segundo o chefe do departamento de análises do UBS BB, Luiz Carvalho, embora a queda do Brent e dos spreads do diesel expliquem parte da redução na receita com derivados no segundo trimestre, parte significativa, “entre 40% e 50% do problema”, advém da atual política de preços. Para o especialista, a diretoria “envelopou” a questão com a conjuntura internacional, mas a influência do represamento dos preços é “inegável”.

Fatores

Para basear a projeção de alta de 13% do Brent na segunda metade do ano, o CBIE cita primeiro o efeito cheio dos dois cortes na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que totaliza 1,6 milhão de barris por dia a menos efetivamente consolidados agora.

Depois, há um reforço na previsão de oferta ligado ao bom desempenho da economia americana, que cresceu 2,4% no segundo trimestre, ante previsões de crescimento de 1,8% no mesmo período. Já a China, diz Pascon, continua andando de lado, mas sua economia pode reagir aos seguidos estímulos do governo, incrementando ainda mais a demanda por petróleo e derivados.

“Teremos um segundo semestre com oferta controlada em função dos cortes da Opep e uma demanda variando em função de três fatores, que são a economia americana, a chinesa e os impactos do El Ninõ”, diz Pascon.

Ele lembra que o fenômeno influencia tanto na demanda quanto na oferta. A onda de calor na Europa por si só já pressiona o consumo energético e indica um inverno mais rigoroso, o que aumenta a demanda por gás e diesel, e, portanto, os preços, no fim do ano.

Por outro lado, reforça as chances de uma temporada de furacões mais intensa até o fim de novembro, o que pode interromper a operação de refinarias no Golfo do México (EUA) e o trânsito de cargas.

“No fim, a China e o componente climático serão os fiéis da balança para o mercado no segundo semestre”, diz Pascon.

Petro Notícias - SP   11/08/2023
A Equinor aplicará novos recursos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil para apoiar seus projetos de exploração e produção no pré-sal. A empresa anunciou nesta semana um investimento de R$ 42 milhões em P&D no país, dos quais cerca de R$ 22 milhões serão dedicados para o desenvolvimento de parte da infraestrutura de uma das estações de pesquisa do Sirius, acelerador de elétrons do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). O valor restante será destinado a parcerias com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em pesquisas direcionadas para o setor de óleo e gás.

“Investir em tecnologia e inovação é crucial para otimizar o setor de óleo e gás, acelerar projetos em energias renováveis e desenvolver soluções de baixo carbono, em linha com a nossa estratégia global. Nesse sentido, temos trabalhado para fomentar o desenvolvimento de soluções que contribuam para a eficiência de nossas operações, ao mesmo tempo em que estimulamos a ciência em nosso país”, disse a presidente da Equinor no Brasil, Veronica Coelho.

A parceria com as três instituições tem escopos complementares integrando-se no “superprojeto” Sirius, com investimentos na extensão de infraestrutura e atividades de pesquisa. A Equinor, em parceria com CNPEM, Unicamp e UFSC, utilizará a maior e mais complexa infraestrutura científica brasileira para aprofundar conhecimentos sobre atividades de exploração e produção.

O projeto de P&D em parceria com a Unicamp terá como objetivo avaliar as propriedades das rochas existentes no pré-sal no que diz respeito, principalmente, à sua porosidade, permeabilidade e seu comportamento em contato com diferentes fluidos. As amostras de rocha serão enviadas ao CNPEM para serem investigadas na estação de pesquisa Mogno, do Sirius, e comparados a dados coletados no Labore – Laboratório de Reservatórios de Petróleo da Faculdade de Engenharia Mecânica, da Unicamp.

Também para observar os fenômenos dos diferentes fluidos interagindo com as rochas, a colaboração com a UFSC vai realizar estudos, a partir da utilização de rochas reservatório do pré-sal, para desenvolver um protocolo digital para estas amostras. Esses experimentos, que integram outro projeto de P&D, serão comparadas a imagens geradas com uso de técnicas avançadas de microtomografia, realizadas no Sirius. Pretende-se, com a iniciativa, aperfeiçoar os códigos de simulação numérica do escoamento de fluidos em meios porosos, o que é recorrentemente utilizado nas operações da Equinor.

Já a colaboração com o CNPEM envolve o desenvolvimento de projetos de infraestrutura para a linha de luz Mogno, atualmente em fase de testes no Sirius. Projetada para micro e nanotomografia de raios-X, a Mogno permite gerar imagens tridimensionais em poucos segundos e em zoom contínuo, o que torna possível estudar uma mesma amostra em baixa e alta resolução.

O Sirius, nova fonte de luz síncrotron brasileira, é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil. O equipamento de grande porte usa aceleradores de partículas para produzir um tipo especial de luz, chamada luz síncrotron. Essa luz é utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas mais variadas formas, com aplicações em praticamente todas as áreas do conhecimento.

IstoÉ Online - SP   11/08/2023

O petróleo fechou em baixa hoje, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisar para cima sua projeção para oferta global. A desaceleração econômica da China também pressiona os preços, à medida que levanta preocupações sobre a demanda da maior consumidora de commodities do mundo, disseram analistas.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 1,87% (US$ 1,58), a US$82,82 o barril. O petróleo Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,31% (US$ 1,15), a US$ 86,40 o barril.

“Depois de alguns dias impressionantes de ganhos, os preços do petróleo estão diminuindo à medida que os traders de energia esperam para ver o que acontece com alguns dos riscos do lado da oferta”, escreveu o analista da Oanda Edward Moya.

O mercado digeriu o relatório mensal da Opep, que indicou expectativa de aumento em 1,5 milhão de barris por dia (bpd) na oferta da commodity fora do cartel para 2023 – uma revisão de 100 mil para cima ante o documento do mês anterior. A instituição manteve sua projeção de alta na demanda global em 2023, em 2,4 milhões de bpd.

O vice-presidente da Rystard Energy, Henrik Fiskadal, comentou que a economia lenta da China está impactando os custos de materiais e equipamentos, reduzindo os preços de forma geral e aliviando as pressões inflacionárias.

O Citi alertou, em nota a clientes, que a demanda chinesa de energia pode estar perdendo força. O banco disse que os preços do petróleo poderão cair devido à uma potencial desaceleração nas importações chinesas da commodity.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), por sua vez, disse que o desconto no petróleo russo poderá ser ampliado por uma possível elevação nos prêmios de seguro de navios que trafegam pelos portos da Rússia, após a Ucrânia alertar que os portos russos são zonas de risco de guerra.

“Pode-se pensar na declaração ucraniana como uma espécie de alternativa ao teto do G7, embora o quanto isso deprimirá as receitas do petróleo da Rússia dependerá da alta dos preços globais do petróleo em resposta à ameaça ucraniana”, diz o IIF.

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