Diário do Aço - MG 11/04/2023
A transição energética é um dos temas que está na pauta de grande parte da indústria brasileira. Prova disso é que o Brasil entrou pela 1ª vez na lista dos dez países com maior potência instalada acumulada da fonte solar fotovoltaica ficando na 8ª posição em 2022. A informação é da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) com base em relatório divulgado no mês de março pela Irena (Agência Internacional de Energia Renovável).
Diante deste cenário para aumentar as alternativas de energia, a Usiminas destaca que passou a buscar parcerias para a produção de energia renovável no país. A partir de 2025, em parceria com a Canadian Solar, a companhia irá ampliar, por meio de um parque de geração fotovoltaica, a autoprodução de 30 megawatts médios de energia renovável por 15 anos. Esse volume representa cerca de 12% do volume de energia consumida pela companhia.
“A companhia busca expandir o portfólio de contratação de energia renovável para o futuro. O investimento em energia solar resultará em um ganho de emissões para o sistema energético como um todo e, especificamente, em relação às emissões da Usiminas. Estamos continuamente buscando novas opções, seja para o suprimento energético, considerando fontes mais limpas e renováveis, ou para a comercialização e aproveitamento dos resíduos”, afirma o gerente de contratação de energia e vendas especiais da Usiminas, José Ronaldo Silveira Junior.
Valor - SP 11/04/2023
Siderúrgica comprada por US$ 2,2 bilhões tem plano de crescer com novas tecnologias e uso de hidrogênio verde e energias renováveis
Torres, CEO de Pecém: “Pecém se encaixa na estratégia da ArcelorMittal” — Foto: Divulgação
Líder no mercado de aços no mundo ocidental, a ArcelorMittal tem planos ambiciosos de formar no complexo portuário e industrial do Pecém, no Ceará, mais um polo produtor com a sua marca e seu modelo de gestão. A CSP, como era denominada a siderúrgica criada pela Vale quase duas décadas atrás, agora é ArcelorMittal Pecém e já tem metas a serem atingidas sob o novo comando.
O carioca formado em engenharia metalúrgica Erick Torres, mais uma prata da casa, com 21 anos de trabalho no grupo, foi escalado para assumir o comando da siderúrgica que fabrica placas (produto semi-acabado para ser laminado em chapas e bobinas). A empresa fica no município de São Gonçalo do Amarante - a 50 km de Fortaleza e a cerca de 10 do terminal portuário cearense.
Um dos desafios para este ano é operar com a capacidade máxima da siderúrgica, respeitando sua estabilidade operacional. A unidade entrou em operação em 2016, apta a fazer 3 milhões de toneladas de placas ao ano. Hoje, Pecém está no nível de 95% do volume, destinando 30% do que faz para mercado interno e 70% para mercados da América Latina, Europa e outros países. Deve manter essa dinâmica, incluindo venda dentro do grupo.
“Pecém se encaixa em toda a estratégia do grupo, tanto na produção de placas como num plano de verticalização para atender uma futura demanda de produtos laminados no país. Essa operação passa a ser um relevante opção”, afirma o executivo.
Oliveira, CEO Aços Planos Latam: Integração vai gerar sinergias de US$ 50 milhões — Foto: Gabriel Lordello/Mosaico Imagem
Jorge Oliveira, CEO para Aços Planos Latam do grupo, informa que as sinergias do novo ativo com as operações existentes já estão sendo viabilizadas - o valor previsto é de US$ 50 milhões. A operação no alto comando de Pecém ficou mais enxuta, com CEO, um diretor industrial e outro de tecnologia. Toda a área comercial foi centralizada na existente, que atende vendas de ArcelorMittal Tubarão (em Serra-ES) e de ArcelorMittal Vega, em Santa Catarina.
Oliveira diz que esse valor virá também das melhorias de eficiência, do aproveitamento de tecnologias do grupo e da integração. “Pecém é uma empresa nova, com equipamentos novos e tecnologia robusta e que tem potencial de gerar resultados sustentáveis e de crescer”, afirma.
Para adquirir a ex-CSP, o grupo comandado pela família Mittal, baseada em Londres, fez oferta de US$ 2,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões pelo câmbio de julho). Tirou da disputa a CSN e a Usiminas. Pecém foi transferida à gestão da ArcelorMittal, após aprovação do Cade (órgão antitruste), no começo de março. “Assumimos a gestão de Pecém às 18h01 do dia 9 de março”, disse Oliveira.
Ambos, Torres e Oliveira, destacam que as condições e projetos no Ceará de geração de energia renovável e produção de hidrogênio verde abre portas no futuro para a siderúrgica ser um centro de produção de aço de baixo carbono.
Esse caminho abre portas ainda para uma potencial duplicação na oferta de placas - com nova instalações à base de hidrogênio verde, bem como de novas tecnologias que o grupo vem desenvolvendo na Europa e Canadá. A verticalização, com produtos laminados, de maior valor agregado, entraria nesse contexto naturalmente, conforme o aumento da demanda por aço no país.
Neste momento, além de buscar os pontos fortes e desafios para atingir a plena capacidade da siderúrgica, Torres vai trabalhar a questão da descabonização - reduzir a emissão de CO2 no processo de produção. A atividade siderúrgica integrada a carvão metalúrgico (importado de várias fontes) é uma das maiores geradores de gás de efeito estufa no mundo.
Ele informa que Pecém tem um volume de emissão de 1,8 toneladas de CO2 equivalente para cada tonelada de placa produzida. São números próximos aos de Europa para o mesmo tipo de processo siderúrgico com carvão, informa.
Já foram definidos dois grupos de estudos - um de curto e médio prazos que vai focar no uso de gás natural, aprimorar a utilização de sucata ferrosa na aciaria e utilizar materiais alternativos nas etapas de produção da usina.
No longo prazo, a empresa vai buscar tecnologias em fase de desenvolvimento, com aplicação de hidrogênio verde. “Já temos pessoas do nosso time participando das inovações que o grupo vem fazendo na Europa e Canadá”, informa Torres. “Vamos seguir em linha com as metas de descarbonização do grupo no mundo”.
A nova companhia emprega, diretamente, 2,5 mil funcionários. E outros 3 mil também trabalham na usina via empresas prestadoras de diversos serviços.
Com Pecém, a ArcelorMittal passa a ter no Brasil uma produção de 10,5 milhões de toneladas de placas por ano ao somar as 7,5 milhões da usina capixaba, que transforma mais de 4 milhões do volume em laminados a quente.
A unidade de Vega recebe parte desse laminado e faz produtos de valor agregado para carros, linha branca e construção. No quarto trimestre, prevê pôr em operação a terceira linha de produção - investimento de US$ 350 milhões.
No Brasil, teve receita líquida de US$ 13,73 bilhões em 2022 com aço plano, longo, minério e outros.
Agência Brasil - DF 11/04/2023
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,96% para 5,98% este ano. A estimativa consta do Boletim Focus desta segunda-feira (10), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,14%. Para 2025 e 2026, as previsões são de inflação de 4% para os dois anos.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior, 4,75%. Segundo o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.
A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em fevereiro, puxado pelo grupo educação, com os reajustes aplicados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano, o IPCA ficou em 0,84%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumulou alta de 1,37% no ano e de 5,6% em 12 meses.
Para março, Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou variação de 0,69%. O IPCA de março será divulgado pelo IBGE amanhã (11).
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano passou de 0,9% para 0,91%.
Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,44%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,76% e 1,8%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,27.
Infomoney - SP 11/04/2023
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 3,352 bilhão na primeira semana de abril (1 a 9). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados, o valor foi alcançado com exportações de US$ 7,513 bilhões e importações de US$ 4,161 bilhões.
A média diária das exportações registrou aumento de 23,2% na comparação com a média diária do mês de abril de 2022, com crescimento de 40,6% em Agropecuária; alta 1,9% em Indústria Extrativa e crescimento 21,6% em produtos da Indústria de Transformação.
O bom desempenho das exportações no período foi puxado, segundo os dados divulgados, principalmente pelo aumento nas vendas de Trigo e centeio, não moídos (146,2%), café não torrado (15,5%) e soja (46,3%); outros minerais em bruto (106,8%), minérios de cobre e seus concentrados ( 35,2%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (14,8%) na Indústria Extrativa; Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (59,0%), Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados ou chapeados, ou revestidos (1.898,4%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (236,9%) na Indústria de Transformação.
Com relação às importações, a queda de 4,7% na comparação com a média diária de abril de 2022 foi resultado da queda de 20,4% nas importações em Agropecuária; queda de 25,3% em Indústria Extrativa; e redução de 2,4% nas compras da Indústria de Transformação.
Com o desempenho da primeira semana de abril, a balança comercial brasileira acumula no ano um superávit de US$ 19,195 bilhões, alta de 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No período, as exportações registram queda de 0,5%, somando US$ 83,69 bilhões. As importações caíram 4,1% e totalizaram US$ 64,49 bilhões no acumulado do ano.
IstoÉ Online - SP 11/04/2023
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,70% na primeira quadrissemana de abril, após encerrar o mês de março com alta de 0,74%. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 10, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em 12 meses, o indicador acumulou variação positiva de 3,65%, ante 4,04% no final de março.
Entre as oito classes de despesas que compõem o indicador, quatro arrefeceram no período, com destaque para o grupo Transportes (2,82% para 2,27%), puxado por licenciamento de IPVA (3,52% para 1,49%).
Também houve acréscimo decréscimo nos grupos: Habitação (0,94% para 0,82%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,96% para 0,89%) e Comunicação (0,30% para 0,21%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (3,30% para 2,76%), artigos de higiene e cuidado pessoal (2,00% para 1,55%) e tarifa de telefone móvel (0,81% para 0,51%).
Em contrapartida, a FGV registrou avanço nos grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,90% para -1,41%), Alimentação (0,15% para 0,30%), Vestuário (0,11% para 0,34%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,17%). Nestas classes de despesas, as variações foram puxadas por passagem aérea (-9,75% para -7,93%), hortaliças e legumes (-1,83% para -0,79%), roupas femininas (0,06% para 0,67%) e tarifa postal (0,18% para 0,62%), respectivamente.
Influências
As principais pressões negativas sobre o IPC-S da primeira quadrissemana de abril foram passagem aérea (-9,75% para -7,93%); maçã (-10,82% para -13,62%); batata-inglesa (-13,19% para -11,96%); banana-prata (-8,88% para -8,84%) e cebola (-7,70% para -8,47%).
Na outra ponta, as maiores influências de alta para o indicador nesta leitura foram gasolina (8,86% para 7,17%); tarifa de eletricidade residencial (3,30% para 2,76%); aluguel residencial (1,94% para 1,56%); plano e seguro de saúde (1,09% para 1,09%) e licenciamento – IPVA (3,52% para 1,49%).
Diário do Comércio - MG 11/04/2023
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,34% em março. No mês anterior a taxa havia sido de 0,04%. Com este resultado, o índice acumula variação negativa de 0,25% no ano e retração de -1,16% em 12 meses. Em março de 2022, o índice havia subido 2,37% e acumulava elevação de 15,57% em 12 meses. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre)
A taxa de variação do índice ao produtor – indicador com maior influência sobre o resultado do IGP-DI – caiu 0,71%. As principais contribuições para a queda da taxa do IPA partiram da soja (de -3,06% para -5,66%), do farelo de soja (de -1,23% para -7,66%) e da gasolina (de 5,66% para -3,91%).
“A inflação ao consumidor subiu 0,74%, registrando importante avanço em comparação a fevereiro, quando subira 0,34%. Gasolina (de -0,26% para 8,66%) e energia elétrica (de -0,26% para 3,30%) foram os itens que mais contribuíram para a aceleração da inflação. Por fim, a taxa mensal do INCC avançou sob influência da mão de obra, que registrou aumentos salarias via acordos coletivos firmados em fevereiro”, afirma o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,71% em março. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 0,04%.
Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,21% em fevereiro para 0,18% em março. O principal responsável pela desaceleração da taxa foi o item combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 3,84% para -2,81%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,21% em março, ante queda de 0,49% em fevereiro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,70% em fevereiro para -1,78% em março. O principal responsável por esta queda mais intensa foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -0,08% para -1,03%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,00% em março, contra queda de 0,12% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,37% em março, após subir 0,44% em fevereiro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: soja em grão (-3,06% para -5,66%), café em grão (10,07% para -0,53%) e suínos (7,05% para -0,85%). Em sentido oposto, vale citar, minério de ferro (2,63% para 3,45%), aves (-0,69% para 2,83%) e bovinos (-2,37% para -1,35%).
IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,74% em março, após variar 0,34% em fevereiro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (0,43% para 2,82%), Habitação (0,60% para 0,94%), Alimentação (-0,03% para 0,15%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,84% para 0,96%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: gasolina (-0,26% para 8,66%), tarifa de eletricidade residencial (-0,26% para 3,30%), hortaliças e legumes (-7,09% para -1,83%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,35% para 2,00%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,80% para -1,90%), Despesas Diversas (1,01% para 0,16%), Comunicação (0,67% para 0,30%) e Vestuário (0,36% para 0,11%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-4,24% para -9,75%), serviços bancários (1,49% para 0,00%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,96% para 0,17%) e roupas (0,49% para 0,18%).
INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,30% em março, ante 0,05% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (-0,12% para -0,07%), Serviços (0,97% para 1,04%) e Mão de Obra (0,02% para 0,49%).
O Estado de S.Paulo - SP 11/04/2023
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse nesta segunda-feira, 10, que o texto do novo arcabouço fiscal deve ser votado em um mês na Casa, após ser enviado pelo Ministério da Fazenda, o que pode ocorrer ainda nesta semana. “Minha prioridade é consolidar a votação das metas fiscais”, declarou. O parlamentar também afirmou que trabalha para que a reforma tributária seja aprovada até o fim de junho pelos deputados.
Guimarães disse que tem ouvido até mesmo da oposição comentários favoráveis à regra fiscal que substituirá o atual teto de gastos. De acordo com ele, há um “ambiente muito propício” para uma tramitação célere do texto. “Define-se o relator [do arcabouço], tem urgência constitucional, porque é um projeto de lei complementar. Então, é tocar a vida e votar o quanto antes. Eu acho que dá para votar em um mês”, afirmou, em entrevista coletiva sobre a marca de 100 dias do governo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que o texto do arcabouço fiscal será enviado ao Congresso junto com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que precisa chegar ao Legislativo até o dia 15, no fim desta semana.
As linhas gerais da âncora fiscal foram apresentadas no último dia 30 por Haddad, mas o texto final, com ajustes, ainda não é público. “Estão concluindo as vírgulas finais”, afirmou Guimarães.
O arcabouço prevê zerar o rombo nas contas públicas (déficit primário) no ano que vem, gerar superávit de 0,5% do PIB em 2025 e saldo de 1% em 2026, com tolerância de 0,25 ponto porcentual para cima e para baixo.
Haverá também um piso de 0,6% e um teto de 2,5% acima da inflação para o crescimento das despesas. Além disso, o aumento dos gastos será limitado a 70% da alta da receita primária líquida nos últimos 12 meses encerrados provavelmente em junho do ano anterior.
“Ele [Lula] foi muito firme no rigor que ele quer ter com as contas [públicas], mas, evidentemente, preservando o investimento público e aqui que é fundamental para colocar os pobres no Orçamento”, afirmou Guimarães, ao comentar o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião ministerial para celebrar os 100 dias de governo. “A lógica é recompor as finanças para atender as demandas do País. Por isso que vem a reforma tributária, por isso que vêm as metas fiscais”, emendou o deputado.
O petista também voltou a criticar o patamar da taxa básica de juros (Selic), mantida em 13,75% ao ano na reunião mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O nível dos juros básicos, na visão dele, é incompatível com as ações que o governo tem tomado na área econômica.
Além disso, Guimarães afirmou que o grande teste para o Planalto no Congresso virá com as votações da reforma tributária e do arcabouço fiscal e disse que a base do governo na Câmara “sobe um degrau a cada semana”.
O deputado ainda disse que o impasse entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o rito de tramitação das medidas provisórias (MPs) foi uma “confusão institucional” criada internamente no Congresso “à revelia” do governo. O Executivo, segundo ele, atua como “bombeiro” para tentar solucionar a paralisação da agenda legislativa.
IstoÉ Online - SP 11/04/2023
Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura tiveram negociação fraca nesta segunda-feira, influenciados por uma demanda por aço abaixo do esperado e maiores embarques de minério.
O contrato futuro de minério de ferro para setembro mais negociado na DCE caiu 1,83%, para uma mínima de duas semanas, a 777 iuanes a tonelada.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de referência para maio caiu 0,56%, para 116,85 dólares a tonelada, o menor nível desde 23 de março.
Já os futuros do carvão metalúrgico da China caíram quase 4% nesta segunda-feira, para mínimas de cinco meses, depois de as siderúrgicas buscarem preços mais baixos pela segunda vez neste mês, exacerbando o sentimento pessimista no frágil mercado ferroso.
As siderúrgicas da cidade de Tangshan, no norte da China, planejam reduzir o preço de compra do coque entre 50 iuanes (7,27 dólares) e 100 iuanes a tonelada a partir de 10 de abril, disseram analistas da consultoria Mysteel. Isso segue uma redução de 100 iuanes nos preços do coque na semana passada.
A proposta de preço deve ser seguida pelas usinas de outras localidades, acrescentaram.
O contrato futuro de carvão metalúrgico mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas de segunda-feira com queda de 3,66%, a 1.696,5 iuanes a tonelada.
O coque recuou 1,93%, para 2.490,5 iuanes a tonelada, também uma mínima de cinco meses.
A oferta abundante e a demanda moderada colocaram os mercados de carvão metalúrgico e coque sob pressão.
“Os fundamentos do mercado (de carvão metalúrgico e coque) estão muito fracos, e os preços vinham sendo sustentados pela expectativa de uma recuperação na demanda por aço”, disse um analista do mercado de ferrosos de uma empresa de valores mobiliários com sede em Xangai, que pediu para não ser identificado por não estar autorizado a falar com a imprensa.
“Quando a demanda real (por aço) deu sinais de ser mais fraca do que o esperado, não é surpresa ver a queda dos preços”, acrescentou.
Money Times - SP 11/04/2023
A Genial Investimentos cortou o preço-alvo para as ações da Vale (VALE3), a R$ 89 ao final deste ano – o que representa um potencial de alta de 15,96%. A corretora reiterou a recomendação “neutra” para os papéis.
A alteração considera uma nova projeção para a curva de minério, custo de capital maior, uma sensibilidade nas provisões para o “acidente de Mariana (MG)” e uma visão menos construtiva que o consenso para a demanda na China, segundo relatório assinado por Igor Guedes e equipe.
Para a corretora, alguns fatores na China começarão a inverter o sentido da curva de minério de ferro a partir do segundo semestre, reduzindo o spread da curva para patamares “mais racionais”.
Analistas citam cortes de aço bruto, inspeções regulamentares – levando a liquidação parcial do posicionamento especulativo -, aumento dos embarques (criando um excedente de mercado e anulando a restrição de oferta), mercado imobiliário ainda com uma performance “preocupante” e menos espaço fiscal para incentivos do governo na economia chinesa.
Incerteza impacta Vale
A Genial fala em “falta de assertividade” da Vale em acordos envolvendo Mariana e diz que a demora para avançar com os processos é um sinal de que a empresa está com dificuldades de negociar um valor que seja próximo daquilo que inicialmente estava disposta a pagar.
“Nossa visão é de que, caso o acordo já estivesse de pé, as incertezas com relação a esse assunto seriam consideravelmente menores. Sabemos que o mercado não gosta de incertezas, e o preço dos ativos sofrem maior volatilidade diante desse tipo de cenário onde ainda há dúvidas”.
Para os analistas, as chances de o valor final do acordo ser maior do que a Vale estava projetando em seu orçamento são grandes. “Resolvemos criar uma sensibilidade em relação ao guidance de provisionamento que foi passado pela companhia, o que levou a uma detração no valuation em nosso modelo”, disseram.
Valor - SP 11/04/2023
No ano, o produto exibe ganho de 2% após correção recente
Na contramão dos contratos futuros, os preços do minério de ferro iniciaram a semana com estabilidade no mercado à vista, em meio à desaceleração da demanda de aço na China e à maior oferta da commodity.
Segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou a segunda-feira com leve ganho, de 0,04% frente ao preço de quinta-feira passada, negociado a US$ 119,65 por tonelada no norte do país asiático.
Com isso, a principal matéria-prima do aço manteve em torno de 6% as perdas acumuladas no mercado transoceânico em abril.
No ano, o minério exibe ganho de apenas 2% após a correção recente.
Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados com entrega em setembro recuaram 1,8%, a 777 yuans por tonelada.
Money Times - SP 11/04/2023
Não é de hoje que o mercado discute sobre a sustentabilidade dos preços do minério de ferro. A manutenção do movimento de alta da matéria-prima siderúrgica tem sido observada com certo ceticismo por alguns analistas.
Instituições como Bank of America e USB BB chegaram a avaliar que os níveis atuais do minério de ferro, movidos especialmente por especulação, não são sustentáveis, e uma correção está próxima de acontecer.
Na avaliação da Genial Investimentos, que joga do lado dos menos otimistas, o mercado continua com boas expectativas para a commodity diante de dados econômicos mais encorajadores vindos da China.
Embora faltem dados do mês de março completo, a Genial destaca que a produção chinesa de aço subiu 5,6% no comparativo anual durante os dois primeiros meses de 2023. Enquanto isso, a produção de metal laminado quente na China aumentou em 35 toneladas por dia no fim do mês passado, chegando a 2,43 milhões de toneladas diárias no total.
“Para parte do mercado, esses indicadores demonstram um cenário positivo para a mineração, considerando que o minério de ferro é o principal insumo para a produção de aço, e a demanda por aço na China de fato está crescendo ano/ano, pelo menos até o momento”, avaliam os analistas Igor Guedes, Ygor Araujo e Renan Rossi, em relatório publicado nesta segunda-feira (10).
Além do aumento da demanda, existe ainda a restrição de oferta por parte das mineradoras. Em 2022, a produção global de minério subiu apenas cerca de 2%, para 2,5 bilhões de toneladas, completa o time de análise.
O caminho do minério de ferro
Segundo a Genial, a direção do minério de ferro daqui para frente é, provavelmente, para baixo. Isso porque a consolidação de alguns fatores na China deve frear a trajetória altista dos preços e inverter o sentido das curvas a partir da segunda metade de 2023.
A corretora cita:
As últimas semanas já sinalizam que a correção nos preços do minério de ferro está em andamento, tendo a commodity recuado dos US$ 130 por tonelada para o patamar atual de US$ 119-120/tonelada. O movimento de queda deve continuar, chegando a uma média de US$ 105/tonelada no segundo trimestre de 2023 e, a partir do segundo semestre do ano, abaixo da barreira dos US$ 100/tonelada, de acordo com projeções da Genial.
Para o time de análise da corretora, a recuperação da China está “longe de se mostrar fortificada como a média do mercado inicialmente imaginava”.
Na avaliação da Genial, olhando a recente correção na curva de preços do ingrediente siderúrgico, agentes do mercado parecem finalmente começar a se comportar de maneira mais racional.
“Podemos estar, sim, diante do final do rali”, completam os analistas.
Neutro
A Genial mantém uma postura neutra em relação às mineradoras, pois, apesar do cenário menos construtivo levantado pela corretora, ela defende que a China continuará demandando ainda um volume extremamente alto de minério de ferro.
“Principalmente se comparado a economias que devem ter seu crescimento próximo da estagnação”, reforça.
Para Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3), a Genial tem recomendação de “manter” às ações, com preços-alvo de R$ 89 e R$ 5,50, respectivamente.
A corretora prefere se manter em modo de espera até a curva de preços do minério de ferro se aproximar do valor que acredita ser mais racional, “para então enxergarmos com mais visibilidade oportunidades de entradas em ambos os papéis a valuations mais atrativos do que os atuais”.
Construção Latino-americana - SP 11/04/2023
A XCMG Brasil, líder no setor de máquinas pesadas na China e a 3ª no mundo no segmento, acaba de lançar o Consórcio XCMG objetivando facilitar, ainda mais, as vendas de equipamentos aos clientes e melhor atender ao mercado.
Segundo o Diretor Comercial da XCMG Brasil, Renato Torres, o consórcio conta com a parceria da Âncora Consórcios e possui planos especiais que vão até 100 meses para pagar. “Essa é uma grande oportunidade para o mercado adquirir equipamentos com tecnologia de ponta, de uma forma mais acessível e sem juros”, destaca.
Periodicamente, no Consórcio XCMG, explica Torres, um ou mais participantes são contemplados por sorteio ou lance. “Entre os principais benefícios estão a compra programada sem juros, parcelamento integral, diversidades de prazos para pagamento, e oportunidade de formar patrimônio”, enfatiza o Diretor Comercial da XCMG Brasil.
XCMG firma parceria com a Extra Máquinas A junção visa atender à demanda dos mercados da Grande São Paulo e do interior do estado
Agência Brasil - DF 11/04/2023
A produção de veículos aumentou 8% no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (10) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram fabricadas 496,1 mil unidades nos primeiros três meses deste ano.
Apesar de o número representar alta em relação ao ano passado, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, lembra que o primeiro trimestre de 2022 foi o pior resultado da indústria automobilística desde 2004. “Nós estamos repetindo em 2023 o pior trimestre desde 2004”, disse Leite, ao comparar os dados da produção em 2022 e em 2023.
Leite destacou que, no período analisado, houve oito momentos de paralisação de fábricas e duas montadoras extinguiram turnos de produção. Para ele, a produção de veículos está muito abaixo do normal, e a alta da taxa de juros é a principal causa do desaquecimento da indústria.
As vendas nos primeiros três meses deste ano cresceram 16,3% na comparação com o mesmo período de 2022, com o emplacamento de 471,8 mil unidades. As exportações subiram 3,9%, com a venda de 112,2 mil veículos para o exterior no primeiro trimestre de 2023.
Automóveis e caminhões
A produção de carros de passeio aumentou 9% de janeiro a março em comparação com o mesmo período do ano passado, com a fabricação de 416,4 mil unidades. As vendas cresceram 15,1% no trimestre, com o emplacamento de 346 mil automóveis, enquanto as exportações aumentaram 3,8%, com a venda de 90 mil carros nos primeiros três meses do ano.
A fabricação de caminhões caiu 28,8% no primeiro trimestre de 2023, com a fabricação de 24,5 mil unidades. As vendas aumentaram 6,6% no período, na comparação com 2022, com o emplacamento de 28,6 mil unidades.
Emprego
O número de pessoas empregadas na indústria automobilística ficou praticamente estável nos últimos meses. Segundo a Anfavea, em janeiro, as montadoras tinham 102,1 mil funcionários e, em março, o índice ficou em 101,6 mil.
Segundo Márcio Leite, a produção de veículos está abaixo do projetado para o ano, o que acendeu a “luz amarela” no setor. “O cenário até agora é de observação do que está acontecendo com o mercado”, disse.
No entanto, de acordo com o presidente da Anfavea, a indústria mantém a expectativa de crescimento no ano e discute com o governo federal medidas que possam ser adotadas para apoiar o setor.
Valor - SP 11/04/2023
O governo já acenou com a intenção de buscar um modelo que custasse menos do que isso; entre R$ 45 mil e R$ 50 mil
A volta do chamado carro popular, programa que marcou o governo do presidente Itamar Franco (1992-1995) e que lançou o Fusca, voltou à discussão este ano diante dos altos preços e estagnação do mercado. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, disse, nesta segunda-feira, que simulações têm sido feitas entre as montadoras interessadas e o governo. Segundo ele, ajustado para preços de hoje, o popular lançado por Itamar custaria R$ 80 mil.
O governo já acenou com a intenção de buscar um modelo que custasse menos do que isso; entre R$ 45 mil e R$ 50 mil. Os preços dos carros mais baratos vendidos no Brasil hoje giram em torno de R$ 70 mil. “Não sabemos se é ou não factível e nem tampouco se haverá renúncia fiscal. Por enquanto estão sendo feitas simulações”, destaca Leite. Segundo ele, a Anfavea não se envolverá diretamente nessas negociações porque não se trata de um plano que envolve todas as associadas.
A entidade apenas ajustou o valor do que era o popular lançado no início da década de 1990 para os dias atuais, com base nos índices de inflação, e chegou à conclusão de que aqueles modelos custariam hoje em torno de R$ 80 mil. Na época, foram lançadas versões de populares variadas. As mais vendidas foram as do Fusca e do Gol, da Volkswagen, e do Uno Mille, da Fiat.
“Estamos falando de um tipo de veículo que na época não tinha sequer o retrovisor do lado direito, apenas o do motorista. Hoje os carros têm itens (obrigatórios) como airbag e freios ABS (sistema de frenagem que evita que o veículo derrape)”, diz Leite.
O dirigente aponta, ainda, as questões de perda de renda e restrições ao crédito, que o brasileiro enfrenta hoje. Ao mesmo tempo, ele concorda que incentivar o chamado “popular verde”, que privilegiaria o uso do etanol, é uma boa alternativa para buscar meios de descarbonizar o transporte.
Leite aponta um recente programa governamental do Chile que permitiu o uso de fundos da previdência (similares ao FGTS no Brasil) para estimular a venda de veículos. Segundo ele, um programa semelhante poderia ajudar.
A Anfavea, diz ele, tem especial interesse em discutir a renovação da frota. “Porque os carros velhos poluem 20 vezes mais que os novos”, afirma. Segundo o executivo, essa reivindicação não pode ser tratada como a de um setor que deseja simplesmente um mercado mais aquecido. “É uma questão social, de emissões e de segurança”, completa. Um programa nessa linha diz, não precisa necessariamente focar na troca de um carro velho por um zero-quilômetro. “A troca por um usado mais novo já vale”.
A Anfavea tem mantido conversas com o governo na direção de reduzir incentivos à entrada de carros importados. Hoje há isenção de Imposto de Importação para automóveis 100% elétricos, por exemplo.
Ao divulgar os resultado do setor no primeiro trimestre, o dirigente destacou que da indústria automobilística dependem 1,2 milhão de empregos, levando em conta toda a cadeia que a envolve.
Por enquanto, o nível de emprego nas montadoras tem se mantido estável, com ligeiro avanço de 0,4% em março na comparação com um ano atrás. Os fabricantes de veículos empregam 101,6 mil pessoas.
Mas a paralisação de oito fábricas e fechamento de dois turnos em março preocupa Leite. Segundo ele, é também preocupante a constatação da entidade de que, mantido o ritmo de produção dos três primeiros meses do ano, essa indústria encerraria o ano com 30 mil veículos menos do que o estimado em janeiro, que indicou, para 2023, um mercado muito semelhante ao de 2022.
A Anfavea não vai, por enquanto, alterar as previsões. Segundo Leite, a entidade vai aguardar que as próximas medidas macroeconômicas levem a um reaquecimento da demanda.
Em meio a esse cenário sombrio, os trabalhadores da Volkswagen de São Bernardo do Campo receberam uma boa notícia na véspera da Páscoa. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a empresa anunciou, que contratará 100 trabalhadores por tempo determinado para atender à necessidade de elevar a produção da picape Saveiro.
O Tempo - MG 11/04/2023
A produção acumulada de veículos no primeiro trimestre deste ano fechou com cerca de 50 mil unidades a menos do que os níveis pré-pandemia, revela a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). De janeiro a março, foram produzidos 538 mil autoveículos no Brasil, apenas 8% a mais que no início do ano passado, quando a crise dos semicondutores estava no auge. Para veículos pesados, houve redução de cerca de 30% no volume de produção. “Nesses três primeiros meses tivemos oito paralisações de fábrica e dois cancelamentos de turno, algo semelhante às paradas verificadas no início de 2022. A diferença é que no ano passado o motivo era somente a falta de componentes, enquanto agora já há outros fatores provocando férias coletivas, como o resfriamento da demanda”, explicou Márcio de Lima Leite, Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), lembrando que há novas paralisações anunciadas para abril.
As vendas acumuladas de autoveículos no trimestre foram de 472 mil unidades. O crescimento de 16,3% sobre o mesmo período do ano passado poderia indicar sinais de recuperação, mas na verdade a base de 2022 é muito baixa, já que faltavam carros nas concessionárias. Em relação aos volumes de antes da pandemia, a defasagem é superior a 20%.
“A fotografia do momento seria pior se não fossem as boas vendas para locadoras em março, 28% do total. Essas empresas ainda têm uma considerável demanda reprimida, mas isso não vai sustentar nossos volumes por tanto tempo caso não haja uma reação mais forte no varejo, o que depende de melhorias nas condições de financiamento, entre outras medidas para reaquecer o mercado”, analisou Leite.
As exportações em março mantiveram a média diária de 1.900 unidades de fevereiro, o que indica o cumprimento de contratos com os principais destinos, mas sem grande crescimento de volumes. Na comparação trimestral, as 112,2 mil unidades embarcadas entre janeiro e março representaram crescimento de 3,9% sobre o mesmo período de 2022.
O setor de máquinas teve a divulgação dos números do primeiro bimestre, ainda com déficit em relação ao mesmo período do ano anterior. As agrícolas tiveram 7.938 unidades vendidas, queda de 15,9%, enquanto as rodoviárias apresentaram recuo de 7,2%, com vendas de 4.531 unidades. Ao menos as agrícolas cresceram de fevereiro para janeiro, apesar da expectativa no mercado para o aporte de novos recursos do Plano Safra 2022/23. Já as rodoviárias tiveram desempenho tímido em fevereiro, explicado pelo compasso de espera pelas políticas de investimento em infraestrutura de várias esferas de governo.
Agência Brasil - DF 11/04/2023
A alta das taxas de financiamentos está impactando a venda e a produção de veículos. No entanto, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem da Agência Brasil, os preços dos automóveis também tiveram um aumento significativo nos últimos anos, o que deve dificultar a retomada do mercado, mesmo se houver queda nos juros.
“O que nós tivemos de novo foi a elevação brutal dos preços dos automóveis que foi ditada pelo reajuste significativo de partes componentes, semicondutores, pela desvalorização cambial e até pela inflação reinante nos últimos anos. Isso fez com que, a partir de 2021, nós tivéssemos esse reajuste galopante dos preços, sem que de uma forma geral fosse acompanhado pelo poder de compra da sociedade”, resume o professor da Fundação Getulio Vargas Antônio Jorge Martins sobre os elementos que encareceram os veículos.
Segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (10) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de veículos registrou alta de 8% no primeiro trimestre do ano em comparação com o período de janeiro a março de 2022. Foram fabricadas nos primeiros três meses deste ano 496,1 mil unidades. Apesar de o número representar uma alta, a base de comparação, o ano passado, é um patamar ruim, quando foi registrado o pior resultado da indústria automobilística desde 2004.
Juros
O principal elemento que tem dificultado a retomada nas vendas e na produção, na avaliação da Anfavea, é a alta da taxa de juros. Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano.
“Bastante evidente que o nível da taxa de juros impede o retorno da produção a níveis superiores. Ele vem funcionando como um freio de mão em relação a uma retomada mais significativa dos volumes de produção”, concorda o assessor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luis Paulo Bresciani.
Carros mais caros
Porém, Bresciani também avalia que, além do aumento dos juros, houve um encarecimento dos automóveis que, na prática, diminui o tamanho do mercado consumidor. “Taxa de juros e, portanto, condições de crédito e financiamento muito prejudicadas, por um lado. E por outro lado, nós temos uma oferta de veículos concentrada em modelos que saem de um ponto de partida bastante elevado, e portanto afastam uma boa parte dos potenciais compradores”, pontua.
O foco em modelos mais caros foi, segundo Antônio Jorge Martins, uma das estratégias da indústria para conseguir lidar com a necessidade de repassar o aumento dos custos de produção, puxados também pelos investimentos em tecnologia. “Até então, o foco de todas essas montadoras era volume, produzir o máximo de volume possível. Isso deixou de existir na medida em que realmente houve um novo objetivo estratégico a ser atendido que foi de obtenção de margem de lucro, de tal forma a permitir a continuidade desses investimentos que não podem deixar de acontecer”, explica.
Por isso, o especialista diz que somente a queda nos juros, melhorando as condições de financiamento, não vai ser suficiente para que o mercado de veículos volte aos patamares anteriores a 2015. “Há uma série de fatores que deverão ser atingidos para que se alcance uma melhora acentuada do mercado como um todo”, enfatiza. A redução dos preços dos componentes e a valorização do real em relação ao dólar são pontos que, na opinião de Martins, podem ajudar a indústria a retomar espaço.
Emprego
De acordo com Luis Paulo Bresciani, caso a indústria não melhore os resultados, poderá haver uma redução no número de pessoas empregadas no setor. Algumas fábricas já têm adotado medidas como férias coletivas e redução do número de turnos de produção. “O passado nos mostra que, sempre que existe uma redução dos patamares de produção e de vendas, existe um ajuste de emprego. E o ajuste está sendo feito neste momento nessa perspectiva. Não são medidas de redução automáticas, mas elas sinalizam isso”, destaca.
Para ele, é preciso que as empresas, o governo e os sindicatos discutam com urgência medidas para reverter essa tendência. “Existe uma série de medidas que podem ser adotadas, não necessariamente desoneração ou mexer em tributação, mas que precisam ser discutidas pelos três segmentos que fazem parte dessa governança compatível com a tomada de decisão democrática, envolvendo o governo, sindicatos e o setor empresarial”, diz.
Como exemplo, Bresciani citou incentivos para renovação de frotas de carros que prestam serviços coletivos, como ônibus, táxis e transporte por aplicativos. Ele ressaltou ainda que historicamente os sindicatos defendem que sejam oferecidos nacionalmente veículos com valor acessível e atualizados tecnologicamente.
O Estado de S.Paulo - SP 11/04/2023
A Volkswagen vai contratar 100 trabalhadores temporários - de maio a dezembro - para a fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O anúncio ocorre num momento em que a marca alemã está com a linha de produção paralisada em São José dos Pinhas (PR) e operando parcialmente nas unidades de Taubaté e de São Carlos, ambas no interior de São Paulo, em razão da falta de componentes, adequação à demanda do mercado e serviços de manutenção.
A companhia informa apenas que as contratações “atenderão a uma demanda específica de produção”. Já o diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos dos ABC, Wellington Damasceno, afirma tratar-se de uma demanda maior pela picape Saveiro.
Segundo ele, “diferentemente do cenário de queda na produção e nas vendas de outros modelos, inclusive da própria Volkswagen, na Anchieta há uma previsão de aumento na produção de Saveiro, pois o mercado tem pedido mais por esse tipo de veículo”.
A planta emprega 8,2 mil funcionários, sendo 5 mil na área de produção. A abertura das 100 vagas temporárias foi aprovada em assembleia dos trabalhadores no final de semana prolongado. A unidade também produz os modelos Nivus, Polo e Virtus.
Damasceno ressalta, porém, que apesar de medida, o cenário da indústria automotiva no geral “é negativo e a projeção anual é de queda”. Ele credita a nova onda de paradas, férias coletivas e suspensão de turnos à alta taxa de juros e falta de linha de crédito para a compra de automóveis, entre outros fatores.
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A Mercedes-Benz, em São Bernardo, divulgou aos trabalhadores um boletim sobre a necessidade de redução do programa de produção para 2023 e adoção de turno único na fábrica de caminhões por um período de dois ou três meses a partir de maio. Entre os motivos estão a queda da produção, a falta de peças e as altas taxas de juros no país.
GM, Hyundai e Stellantis param fábricas por queda nas vendas e dão férias coletivas
Com demanda fraca, montadoras vão suspender linhas de produção; entre 2019 e o ano passado, a queda nas vendas foi de 24,5%
Volkswagen amplia férias coletivas em Taubaté e paralisa novamente produção em São Carlos
Montadora alega falta de peças, mas sindicato afirma que paradas ocorrem também por causa da queda de vendas; produção do grupo deve ter queda significativa em abril
Produção abaixo do previsto
Na manhã desta segunda-feira, 10, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, informou que a produção de veículos no primeiro trimestre está abaixo da prevista pelo setor no início do ano.
“Tivemos oito paradas de fábricas em março e dois cancelamentos de segundo turno”, disse Leite. Com a produção de 536 mil unidades de janeiro a março, ele disse que a indústria “está praticamente repetindo o primeiro trimestre de 2004, que foi o pior da história do setor.”
Em relação a igual período de 2022, a produção foi 8% maior porque março teve mais dias úteis. Já as vendas cresceram 16,3%, para 471,8 mil unidades, das quais 436,9 mil foram automóveis e comerciais leves. Desse total, contudo, 25% foram para locadoras.
As montadoras realizaram 308 demissões no mês passado, e encerraram o mês com 101,6 mil funcionários.
Valor - SP 11/04/2023
Segundo presidente da CBIC, atualmente, o desempenho do setor permanece 17% inferior ao patamar registrado há uma década, situação agravada pelo efeito dos juros
A previsão de crescimento da indústria da construção para este ano, que a CBIC (confederação do setor) divulga nesta terça-feira (11), vai mostrar um prognóstico difícil, segundo José Carlos Martins, presidente da entidade.
Ele afirma que, no ritmo projetado, só em 2032 a construção vai conseguir retomar o pico de suas atividades registrado entre 2013 e 2014.
Segundo Martins, atualmente, o desempenho do setor permanece 17% inferior ao patamar registrado há uma década, situação agravada pelo efeito dos juros.
“Um dos problemas é que está acabando o dinheiro da poupança. A expectativa futura de financiamento do crédito imobiliário é muito ruim. E com o juro alto, a atividade econômica sempre tende a ser reduzida. Mesmo que não piore, vamos precisar esperar 2032 para sermos o que já fomos”, diz o presidente da CBIC.
Infomoney - SP 11/04/2023
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) começa a receber nesta segunda-feira (10) as contribuições, via consulta pública, para o projeto de concessão da Malha Oeste, trecho ferroviário que ligará São Paulo a Mato Grosso do Sul. A consulta vai até as 18 horas do dia 25 de maio, por meio do Sistema ParticipANTT.
A ANTT já vem coletando sugestões e contribuições às minutas de edital e contrato e aprimoramento dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a concessão, desde o dia 3 de abril, quando foi aberta a audiência pública para a relicitação da Malha Oeste. Com uma extensão de 1,62 mil quilômetros, o trecho vai de Mairinque (SP), no leste, a Corumbá (MS), no oeste.
Segundo a agência, estão previstas duas sessões públicas para a Audiência Pública nº 5/2023. A primeira, de caráter presencial, será em Campo Grande (MS), no dia 26 de abril. A segunda sessão pública será híbrida, nos formatos presencial e virtual. Ela ocorrerá na sede da ANTT, em Brasília, no dia 3 de maio.
“A previsão de investimento é de cerca de R$ 18 bilhões, previstos, exclusivamente, para o atendimento da demanda e operação ao longo dos anos de concessão, com destaque para modernização da via permanente da linha tronco”, informou, em nota, a ANTT.
Mais informações e orientações sobre os procedimentos e participação na audiência podem ser obtidos no site da ANTT; no Sistema ParticipANTT
Globo Online - RJ 11/04/2023
A União pretende conceder 5 mil quilômetros de rodovias, com foco no modelo de Parcerias Público-Privadas, em que o Estado arca com parte dos investimentos para que o pedágio não onere o cidadão, disse ao GLOBO o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal, Marcus Cavalcanti.
Hoje existem cerca de 15 mil quilômetros sob administração da iniciativa privada e, diante da situação calamitosa das estradas e da crônica falta de recursos públicos para o setor, é bem-vinda a ideia de buscar investimentos privados. Mas é fundamental deixar de lado soluções demagógicas. As novas concessões e PPPs precisam ser feitas sob regras realistas, para evitar violação de contratos ou devolução dos negócios, como tem acontecido com frequência, mesmo em rodovias de alto movimento.
Conta a favor do cidadão a resistência menor do PT à concessão de estradas, talvez porque não haja movimentos sindicais fortes vinculados à administração rodoviária. A iniciativa privada é o caminho óbvio para resolver um dos grandes problemas de infraestrutura do país, que afeta o escoamento da produção e o dia a dia dos cidadãos. Está comprovado que o trôpego Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), encarregado da manutenção das estradas federais, não dá conta da tarefa. Basta percorrer as estradas para constatar seu estado precário. Algumas se transformaram em atoleiros ou coleção de crateras. Seria um abuso classificá-las como rodovias.
Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) do ano passado mostrou um cenário desolador na malha rodoviária brasileira. Além de constatar piora no estado geral das estradas, o levantamento mostrou que a maior parte (66%) foi classificada como regular, ruim ou péssima (em 2021, eram 61,8%). O abismo entre as rodovias públicas e as privatizadas é flagrante. Nas administradas pelo governo, 75,3% foram consideradas regulares, ruins ou péssimas, ante 31% nas mantidas pela iniciativa privada. As melhores rodovias do Brasil estão todas sob gestão privada.
As condições precárias da imensa maioria das estradas brasileiras significam prejuízos, atrasos e insegurança para quem depende do transporte rodoviário. O escoamento da safra é uma das maiores vítimas. O governo precisa promover logo a concessão das rodovias economicamente viáveis, até para que possa se concentrar naquelas cujo fluxo não justifica cobrança de pedágio. Os cidadãos esperam trafegar por rodovias sem buracos, lombadas ou depressões, bem sinalizadas, com socorro médico e mecânico.
Valor - SP 11/04/2023
Ao fazer um balanço dos cem primeiros dias da gestão, ele afirmou que tem mantido um bom diálogo com a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva sobre a desestatização do terminal
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – Foto: Isadora de Leão Moreira/Governo do Estado de SP
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta segunda-feira (10) que o governo federal tem feito gestos favoráveis à privatização do porto de Santos. Ao fazer um balanço dos cem primeiros dias da gestão, Tarcísio afirmou que tem mantido um bom diálogo com o governo Luiz Inácio Lula da Silva sobre a privatização do porto.
“O governo federal tem aberto a porta para o diálogo para nós”, disse Tarcísio, ao ser questionado sobre a privatização do porto de Santos. Na sequência, o governador afirmou que a gestão Lula fez uma “sinalização” favorável ao não incluir o porto de Santos na lista de empresas que foram retiradas do Programa Nacional de Desestatização.
Na semana passada, a gestão federal retirou sete empresas do programa. Entre elas, estão os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
“O porto de Santos não está na lista das empresas que foram tiradas”, ressaltou o governador. “Gestos têm sido feitos”, afirmou.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), no entanto, tem dito que não há uma decisão do governo federal sobre privatizar o porto de Santos.
Sobre a Sabesp
Ao falar sobre a proposta de venda da Sabesp, principal bandeira de sua gestão, Tarcísio disse que o governo estadual pretende manter uma participação relevante na companhia, com “voz estratégia” dentro da empresa. “Não é se desfazer do controle por se desfazer”, afirmou, ressaltando que o governo detém, hoje, 50,3% das ações da empresa. O governador voltou a dizer que a venda da empresa não deve aumentar o preço da tarifa para o consumidor.
Nessa segunda-feira, o governador autorizou a contratação de estudos de viabilidade para a venda das Sabesp e para a concessão à iniciativa privada de cinco linhas da CPTM: 10-Turquesa, 11- Coral, 12- Safira, 13- Jade e a futura linha 14-Ônix. A contratação dos estudos deve ser feita pela Secretaria de Parcerias em Investimentos.
Tarcísio assinou também a abertura de editais para a contratação de 5,6 mil policiais militares (5,4 mil soldados PM 2 classe e 200 alunos oficiais).
Portos e Navios - SP 11/04/2023
No balanço de 100 dias de governo, presidente disse que Petrobras apoiará pesquisa de combustíveis renováveis e sinalizou que companhia contribuirá com obras e geração de empregos na indústria nacional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a Petrobras apoiará a pesquisa de novos combustíveis renováveis e sinalizou que a companhia vai ajudar a fomentar a construção naval por meio da ampliação da frota da Transpetro, permitindo a geração de empregos em estaleiros nacionais. Ele não explicou, no entanto, se será lançado um programa nos moldes do Promef, que permitiu a construção de petroleiros e gaseiros durante os governos petistas anteriores. A declaração foi dada durante evento sobre o balanço de 100 dias de mandato, nesta segunda-feira (10), em Brasília.
“A Petrobras financiará pesquisa para novos combustíveis renováveis. Ao mesmo tempo, retomará o papel protagonista nos investimentos, ampliando a frota de navios da Transpetro e gerando emprego em nossos estaleiros", afirmou Lula, direcionando a fala ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que estava presente ao evento, com a presença dos demais ministros de governo.
Na ocasião, Lula prometeu que o país não perderá a oportunidade de se tornar uma ‘potência global’ de hidrogênio verde. O presidente disse que nunca considerou a Petrobras uma empresa exclusivamente de petróleo, e sim uma empresa de energia. Ele mencionou que durante seus governos anteriores os investimentos da companhia em pesquisa e e inovação cresceram de R$ 3 bilhões para R$ 30 bilhões.
A construção naval brasileira convive com uma desmobilização há quase 10 anos, com escassez de projetos e perda de empregos. O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) estima que o setor tenha perdido mais de 60.000 postos de trabalho, a partir da crise iniciada entre o final de 2014 e início de 2015. Dados do sindicato apontam que o crescimento da indústria naval no Brasil resultou na construção de 605 embarcações até 2016 e na criação de mais de 80.000 empregos diretos e 400.000 indiretos, além da qualificação da mão de obra da cadeia produtiva de petróleo e gás e do desenvolvimento da economia dos municípios, onde os estaleiros estão localizados.
Já em dezembro passado, numa reunião com membros do grupo de transição (GT) de governo, representantes da construção naval ouviram que Lula tinha interesse em discutir alternativas para retomar a indústria naval no Brasil. Ele confirmou esse posicionamento em eventos já durante seu atual mandato. Os estaleiros também foram tranquilizados de que a transição havia conseguido adiar para este ano a definição de dois temas relevantes para a construção naval e para a navegação mercante: as discussões sobre a venda de navios da frota da Transpetro, construídos durante o Prorefam com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), e sobre a regulamentação do BR do Mar (Lei 14.301/2022). O ministro de portos e aeroportos, Márcio França (PSB), também já sinalizou, em alguns eventos e em entrevistas, que o governo pretende revisitar algumas regras do programa de cabotagem que impactam a indústria nacional.
No encontro do GT no ano passado, também foi discutida a necessidade de políticas que ampliem os índices de conteúdo local, além de projetos de eólicas offshore. Os participantes relataram à época que o governo apostará em incentivar projetos de geração de energia no mar e que os estaleiros precisarão estar preparados caso esse segmento se desenvolva dentro, ou até antes, de cinco anos. Os construtores sugeriram que a construção de novos barcos de apoio poderia ser a melhor opção para reativar e abrir caminho para outras oportunidades para a indústria, inclusive a volta de encomendas para navios mercantes na sequência.
Monitor Digital - RJ 11/04/2023
Enquanto o uso de hidrogênio como combustível ainda parece uma promessa distante para alguns países, na China já é uma realidade. O país asiático planeja construir um gasoduto de mais de 400 km para transferir com mais eficiência o combustível limpo do Oeste, rico em recursos, para regiões consumidoras de energia no Leste.
O projeto concebido para canalizar hidrogênio de Ulanqab, Região Autônoma da Mongólia Interior, no Norte da China, para Beijing será o primeiro gasoduto transregional de longa distância do país, disse Ma Yongsheng, presidente da Sinopec, a maior refinaria de petróleo chinesa e operadora da linha.
O gasoduto na primeira fase será capaz de lidar com cerca de 100 mil toneladas de hidrogênio por ano e tem potencial para aumentar a capacidade em 500 mil toneladas no longo prazo.
Depois de entrar em operação, o fornecimento da Mongólia Interior substituirá a atual produção de hidrogênio a partir de combustíveis fósseis na região de Pequim-Tianjin-Hebei, desempenhará um papel pioneiro na transmissão transregional de hidrogênio e ajudará a promover as atualizações energéticas do país, disse Ma.
Espaço Publicitário
O projeto foi incluído no plano de construção da rede de petróleo e gás do país divulgado pela Administração Nacional de Energia em março.
IstoÉ Online - SP 11/04/2023
Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda de pouco mais de 1%, pressionados por dólar forte no exterior e cautela dos investidores sobre o cenário econômico global, o que poderia afetar a demanda pela commodity.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em queda de 1,19% (US$ 0,96), a US$ 79,74 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com perda de 1,10% (US$ 0,94), a US$ 84,18 o barril.
Economistas consultados pelo Wall Street Journal apontam que o mercado de petróleo continua preocupado com uma demanda fraca global e nos Estados Unidos, especialmente após os dados do índice de gerentes de compras (PMI, an sigla em inglês) calculado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). Divulgado na semana passada, o PMI dos EUA demonstrou que o setor industrial contraiu pelo quinto mês consecutivo, atingido nível mais baixo desde a metade de 2020, quando o país estava em lockdown para combater a pandemia.
Analista da Oanda, Edward Moya observa que investidores de energia estão aguardando “sinais claros” sobre perspectivas de crescimento global, em um momento incerto para a oferta. Para ele, esta semana deve mostrar se a economia americana está entrando aos poucos em uma “zona de recessão” ou se entrará com impacto extremo. Moya aponta que o relatório de inflação, dados de vendas no varejo e balanços corporativos de bancos devem direcionar as negociações em Wall Street.
No radar dos investidores, a Arábia Saudita manteve o fornecimento de petróleo bruto às refinarias do norte da Ásia, segundo fontes com conhecimento do assunto, apesar da promessa de realizar cortes na produção na semana passada. Além disso, a Dow Jones reportou uma forte alta na oferta da commodity em países produtores menores, como o Irã, Guiana, Noruega, Casaquistão, Brasil e Nigéria.
Já a Rússia informou corte na produção de petróleo em 700 mil barris por dia em março, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg. O número, contudo, é inconsistente com os dados sobre as exportações marítimas do país em março e com os suprimentos para as refinarias domésticas, aumentando a incerteza sobre quanto petróleo a Rússia realmente bombeia.
IstoÉ Online - SP 11/04/2023
A Anfavea, associação que, além das montadoras de automóveis, representa fabricantes de tratores, levou à sua apresentação de resultados mensais números que revelam retração das vendas de máquinas agrícolas e de construção no início do ano.
Enquanto a produção da agropecuária é revista para cima, o setor aguarda por aportes do governo para a redução das taxas oferecidas ao produtor no Plano Safra. Diante da piora das condições de crédito, as vendas de máquinas agrícolas caíram 15,9% no primeiro bimestre, somando 7,9 mil unidades no período, entre tratores de rodas e colheitadeiras de grãos.
Já as vendas de máquinas de construção – como retroescavadeiras, pás-carregadeiras de rodas, motoniveladoras e rolos compactadores – tiveram queda de 7,2% na mesma base de comparação. Entre janeiro e fevereiro, 4,5 mil máquinas de construção foram vendidas no País, um desempenho tímido atribuído ao compasso de espera dos investimentos em infraestrutura.
Os números são de levantamentos realizados por outras duas entidades: a Fenabrave, que representa as concessionárias e divulga mensalmente as vendas de máquinas agrícolas; e a Abimaq, entidade da indústria de bens de capital, que acompanha também todo mês os resultados das máquinas de construção.
Os dados têm defasagem de um mês em relação às estatísticas de veículos divulgadas nesta segunda-feira, 10, pela Anfavea, já referentes a março.
Na comparação com fevereiro do ano passado, as vendas de máquinas agrícolas tiveram queda de 22,3% no segundo mês de 2023, enquanto as entregas de máquinas de construção caíram 23,7%. Na margem – ou seja, de janeiro para fevereiro -, as vendas de máquinas agrícolas subiram 29,9%, somando 4,5 mil unidades. Já as entregas de máquinas de construção, de 2,1 mil unidades em fevereiro, encolheram 13,5% de um mês para outro.
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