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10 de Setembro de 2024

SIDERURGIA

Valor - SP   10/09/2024

Siderúrgicas locais incluindo a Baowu, alertaram para um “inverno rigoroso mais longo, mais frio e mais difícil do que o esperado” para a indústria

Depois de uma semana de queda acentuada, os preços do minério de ferro voltaram a recuar no mercado à vista nesta segunda-feira (9), em meio à perda de ritmo mais forte do que o esperado na produção de aço na China. Siderúrgicas locais incluindo a Baowu (Baosteel), a maior produtora de aço do mundo, alertaram para um “inverno rigoroso mais longo, mais frio e mais difícil do que o esperado” para a indústria.

Entre 21 e 31 de agosto, segundo levantamento da Associação Chinesa do Ferro e do Aço (Cisa, em inglês), a produção de aço no país asiático ficou em 1,89 milhão de toneladas por dia, queda de 5% frente ao intervalo anterior e de 8% na comparação anual. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a baixa é de 3%, aponta o Itaú BBA.

“Esse é o dado mais fraco dos últimos cinco anos para esse período, o que reforça a situação desafiadora de produção de aço na China, com o setor imobiliário sem recuperação e enfraquecimento de segmentos como infraestrutura, produção de veículos e manufatura no geral”, escreveu a equipe de analistas do banco liderada por Daniel Sasson, em nota a clientes.

Volume de aço produzido no fim de agosto foi o menor para o período em 5 anos

Na avaliação dos analistas, os chineses devem seguir recorrendo às exportações para driblar a fraqueza da demanda doméstica por produtos siderúrgicos, impondo desafios às usinas brasileiras. O Itaú BBA projeta preços de US$ 90 a US$ 95 por tonelada de minério de ferro até o fim do ano.

Para os analistas Caio Ribeiro e Guilherme Rosito, do Bank of America, embora uma queda abaixo dos níveis de preço atuais pareça limitada no curto prazo, não há razões para acreditar em recuperação da commodity, em particular no que tange a eventuais medidas por parte de Pequim. Para eles, é improvável que o governo chinês anuncie um pacote de estímulos poderoso.

“Uma combinação de demanda pressionada diante das dificuldades do setor imobiliário chinês, margens negativas das siderúrgicas, cortes na produção de aço, altos estoques de minério de ferro nos portos e embarques de minério sazonalmente mais elevados devem levar a um cenário negativo”, escreveram, em relatório de ontem.

Nesta segunda, no norte do país asiático, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o valor do minério com teor de 62% de ferro caiu 0,3%, a US$ 91,45 a tonelada, elevando a quase 9% a baixa acumulada em setembro. No ano, a desvalorização é de 35%.

Na contramão, os contratos da commodity para janeiro de 2025, os mais negociados, fecharam o pregão na bolsa de Dalian (DCE) em alta de 0,44%, a 685 yuans (US$ 96,62) a tonelada.

Valor Investe - SP   10/09/2024

Analistas avaliam que demanda do aço no Brasil permanece saudável, mas riscos envolvendo importação de produtos chineses continuam relevantes

O Bank of America (BofA) elevou o preço-alvo de Gerdau de R$ 25 para R$ 26, potencial de alta de 43% sobre o fechamento de sexta-feira (6), reiterando recomendação de compra.

Por outro lado, reduziu o preço-alvo de Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de R$ 14 para R$ 11,50, valor em linha com o último fechamento, e o de Usiminas de R$ 6 para R$ 5,50, cotação 8,2% menor que a do último fechamento, reiterando recomendações de venda.

Os analistas Caio Ribeiro e Guilherme Rosito escrevem que a demanda do aço no Brasil permanece saudável, mas os riscos envolvendo a importação de produtos chineses continuam relevantes.

“Assim, mercados mais blindados, como os Estados Unidos, permanecem mais atrativos, com demanda continuada de investimentos em infraestrutura”, comentam, o que favorece as operações da Gerdau.

Empresas com operações relevantes de mineração, como Usiminas e CSN, podem se prejudicar com a menor demanda chinesa por aço, o que deve manter os preços do minério de ferro abaixo de US$ 100 a tonelada.

No pregão de hoje na B3, os papéis reagiram à nova avaliação do banco americano. As ações da Gerdau (GGBR4) repercutiram positivamente ao relatório e chegaram a subir mais de 2%, mas perderam fôlego e encerraram com alta de 1,82%, cotadas a R$ 18,50. O papel da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) seguiu a mesma movimentação, fechando com variação positiva de 0,65%, a R$ 10,80.

Na ponta negativa, as ações da CSN (CSNA3) recuaram 1,12%, a R$ 11,47, e as da Usiminas (USIM5) perderam 2,5%, a R$ 5,84.

Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

Exame - SP   10/09/2024

A Gerdau (GGBR4) e Petrobras (PETR4) assinaram um acordo para estudos de negócios de baixo carbono. Segundo o comunicado divulgado ao mercado nesta segunda-feira, o memorando de entendimento de caráter não vinculante tem um prazo de vigência de dois anos.

Serão avaliadas oportunidades comerciais e potenciais parcerias em projetos de descarbonização; combustíveis de baixo carbono; hidrogênio e seus produtos; captura, transporte e armazenamento de carbono (CCUS); além de projetos de P&D relativos à integridade de materiais em ambiente marítimo e de produção de aço via “redução direta” a gás natural.

A Petrobras destacou que o acordo visa explorar e desenvolver soluções sustentáveis no âmbito de negócios de baixo carbono e o processo de redução direta é uma alternativa de produção de aço convencional, que utiliza gás natural em vez de carvão

“Parcerias como esta contribuem para o desenvolvimento de tecnologias e iniciativas que visam uma economia de baixo carbono, criando avenidas de oportunidade para a descarbonização da indústria do aço”, diz Flávia Souza, diretora global de Energia e Suprimentos da Gerdau.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   10/09/2024

Em 2024, a NLMK Clabecq completa dez anos de atuação no Brasil. Ao atingir essa marca, a companhia siderúrgica belga reflete sobre os resultados alcançados até aqui e faz projeções para aperfeiçoar sua atuação no mercado brasileiro.

“Estamos realizados com as conquistas que conseguimos nesses primeiros dez anos no Brasil. Sempre tivemos o objetivo de atuar aqui com o propósito de agregar valor aos produtos das empresas locais”, diz Redelvim Andrade, diretor-geral da NLMK na América do Sul.

Segundo o executivo, a boa performance da companhia no mercado nacional tem levado a empresa a ampliar sua estrutura e atendimento.

“Encontramos aqui um mercado bastante promissor. O Brasil é um país extremamente grande, repleto de oportunidades para aplicação de aços de alta resistência. Para potencializar nossos processos logísticos, inauguramos recentemente nosso novo centro de distribuição, localizado próximo às rodovias, portos e aeroportos, o que contribui para maior agilidade e capilaridade nas entregas para todos os estados brasileiros e demais países da América do Sul. Além disso, nosso time comercial está presente em todas as regiões do país, oferecendo atendimento exclusivo e suporte técnico altamente especializado”, diz Andrade.

Como forma de comemorar os números obtidos até aqui, a companhia tem participado de diversos eventos pelo Brasil.

O próximo será a Exposibram, que acontece de 9 a 12 de setembro, no Expo Minas, em Belo Horizonte (MG). No estande instalado no evento, a NLMK Clabecq fará a exposição de uma caçamba da Innova, uma das companhias que utilizam o aço QUARD PRO, considerado uma das principais linhas de aço premium do mercado mundial.

“A caçamba que será apresentada em nosso estande nesta edição da Exposibram foi desenvolvida com uma linha de aço altamente eficiente, projetada para atender a demandas que exigem maior resistência ao desgaste e ao impacto. Suas propriedades especiais são alcançadas por meio de sua composição química e avançado processo de tratamento térmico. Devido à sua altíssima resistência, reduz o tempo de paradas para manutenção e permite maior produtividade e eficiência em campo”, explica o diretor.

Quanto às projeções para os próximos anos, Andrade comenta que uma das apostas da companhia é ampliar sua atuação no mercado brasileiro e em outros países sul-americanos.

“Nosso escritório está instalado aqui na capital mineira, no estado onde se concentram algumas das maiores empresas do setor mineral, favorecendo as tomadas de decisões para o nosso negócio no país. Estamos otimistas e seguindo adiante, buscando aumentar ainda mais nossa presença na América do Sul”, revela.

Além do Brasil, a NLMK já atua em diversos outros países, como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai. O projeto da empresa é que a consolidação no mercado de aços especiais nesses países cresça exponencialmente em breve, assim como vem ocorrendo no Brasil.

Por fim, ele diz que a estratégia da empresa é manter um volume de estoque local para atender aos clientes com grande agilidade. “Temos um estoque totalmente preparado para o mercado brasileiro. Nossa atuação ao longo destes anos foi, e continuará sendo focada em entregar nosso material para todo o território nacional no menor tempo possível, a fim de garantir a produtividade das empresas”, completa.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   10/09/2024

Com o cenário de apostas na alta da taxa Selic cada vez mais endossado pelo mercado, a equipe econômica segue o tom discreto já adotado publicamente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nos últimos dias, evitando comentar qual deve ser a condução pelo Banco Central.

A pasta, por sua vez, se mantém firme na avaliação de que a inflação fechará dentro da meta, que mira o alvo central de 3%, com teto de 4,5%. A previsão foi reforçada ao Estadão/Broadcast pelo secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, após a mediana para a Selic no fim de 2024 disparar 0,75 ponto porcentual no relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 9, passando de 10,5% para 11,25%.

“Quem decide política de juros é o BC. Nosso cenário segue sendo de inflação dentro da meta e em desaceleração neste ano e nos próximos”, disse Mello ao ser questionado sobre se a Fazenda via base técnica para essa aposta do mercado. No caso do IPCA para este ano, a mediana do Focus subiu pela oitava semana consecutiva, de 4,26% para 4,30%, aproximando-se ainda mais do teto de 4,50%.

A projeção se distancia cada vez mais da previsão oficial da Fazenda, que na última grade de parâmetros macroeconômicos, em julho, já alterou de 3,7% para 3,9% a estimativa para o IPCA neste ano. A equipe econômica terá a oportunidade de revisar ou não este dado em breve, já que a grade de parâmetros será atualizada ainda neste mês de setembro.

Segundo as estimativas do Focus, a Selic deve subir a 10,75% já na próxima reunião, de 18 de setembro, e avançar a 11% em 6 de novembro e a 11,25% em 11 de dezembro. O debate sobre qual devem ser os próximos passos da autoridade monetária coloca a Fazenda numa posição difícil no governo Lula, que não poupou artilharia contra o BC enquanto o banco não começava o ciclo de cortes da taxa básica. A situação é mais delicada desta vez porque partiu do indicado do presidente da República para o comando da autarquia, Gabriel Galípolo, as primeiras sinalizações mais contundentes de que a instituição poderia apertar a Selic para colocar a inflação na meta.

Nesse contexto, Haddad tem tentando se manter distante de avaliações sobre o futuro próximo da taxa de juros. Na semana passada, em entrevista à GloboNews, ele se esquivou de responder a uma indagação de jornalistas sobre se o Banco Central teria de aumentar a Selic no próximo Copom, com a justificativa de que seria “deselegante” opinar sobre o tema.

“Confio muito na capacidade técnica das pessoas que estão à frente do BC”, disse Haddad, lembrando que o governo já indicou quatro diretores para o BC e, agora, Galípolo para a presidência da autarquia. O ministro tem reforçado, por sua vez, sua avaliação de que a Fazenda tem conseguido perseguir um “ajuste” de forma que a atividade econômica não comprometa a inflação.

IstoÉ Dinheiro - SP   10/09/2024

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,108 bilhões na primeira semana de setembro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 9, o valor foi alcançado com exportações de US$ 7,571 bilhões e importações de US$ 5,463 bilhões. No ano, o superávit acumulado é de US$ 56,187 bilhões.

Até a primeira semana de setembro, a média diária das exportações registrou alta de 5,5% em relação à média diária do mesmo mês de 2023. O avanço foi puxado pelas vendas em produtos da Indústria de Transformação, com crescimento de US$ 179,83 milhões (25,3%). Já na Agropecuária houve queda de 67,09 milhões (-20,5%) e na Indústria Extrativa redução de US$ 37,97 milhões (-9,8%).

As importações tiveram crescimento de 11,9% na mesma comparação, com alta de US$ 4,31 milhões (22,2%) em Agropecuária; queda de US$ 600 mil (-1,1%) em Indústria Extrativa e avanço de US$ 112,05 milhões (12,5%) em produtos da Indústria de Transformação.

O Estado de S.Paulo - SP   10/09/2024

A mediana do mercado para a taxa Selic no fim de 2024 disparou 0,75 ponto porcentual no relatório Focus, de 10,50% para 11,25%, interrompendo uma sequência de 11 semanas de estabilidade. O resultado acompanha a onda de revisões nas projeções deflagrada pela subida de tom do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, no início de agosto.

Várias instituições do mercado vinham anunciando revisões isoladamente, mas o ponto intermediário das estimativas do Focus vinha se mantendo intacto, enquanto os analistas do mercado aguardavam por uma bateria de dados que daria o termômetro sobre a eventual necessidade de o BC voltar a aumentar os juros.

Esses números foram divulgados na semana passada. Na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre, na margem — mais perto do teto (1,6%) do que da mediana (0,9%) da pesquisa Projeções Broadcast.

Na sexta-feira, o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não deixou claro se o primeiro corte dos juros no país seria de 0,25 ou 0,50 ponto, mas a expectativa de uma baixa menor acabou se estabelecendo como majoritária.

Embora o BC repita que “não há relação mecânica” entre a política monetária brasileira e a americana, analistas do mercado consideravam que um eventual corte maior de juros em setembro poderia permitir que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantivesse a taxa Selic estável por aqui.

Não à toa, a alta da mediana geral da Selic acompanhou o movimento das estimativas atualizadas os últimos cinco dias úteis, que também passaram de 10,5% para 11,25%.

A mediana para a taxa Selic no fim de 2025 também subiu, de 10% para 10,25%. Considerando as projeções atualizadas os últimos cinco dias úteis, passou de 10% para 10,50%. As estimativas intermediárias para o fim de 2026 e 2027 se mantiveram em 9,5% e 9%, respectivamente.

IPCA de 2024 sobe de 4,26% para 4,30%

A mediana para o IPCA de 2024 subiu pela oitava semana consecutiva, de 4,26% para 4,30%, aproximando-se ainda mais do teto da meta, de 4,50%. Parte desse salto para cima pode ser explicado pela projeção de alta dos preços administrados, que subiu de 4,79% para 4,83%.

Esse quadro pode estar relacionado ao anúncio da adoção da bandeira vermelha 2 na noite da sexta-feira, 30, quando não havia tempo hábil para atualização das estimativas de IPCA no último relatório Focus. Mas, na última quarta-feira, 4, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revisou a bandeira para vermelha 1.

Tudo mais constante, isso poderia resultar em uma diminuição da mediana de IPCA para 2024. Economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast calculavam que a bandeira vermelha 2 poderia adicionar entre 0,43 e 0,52 ponto porcentual à inflação, se mantida até dezembro. O impacto da bandeira vermelha 1 seria significativamente menor, entre 0,24 e 0,28 ponto.

Ainda não é possível saber o quanto as estimativas do Focus já captaram essa mudança, já que os analistas do mercado têm mais incentivos para revisar as suas projeções nas chamadas “datas-críticas”, as sextas-feiras que antecedem reuniões do Copom. A próxima delas é no dia 13.

Nos últimos cinco dias úteis, por exemplo, 63 instituições revisaram as estimativas de IPCA, de um universo de 151 respondentes. Nessa base, a mediana passou de 4,26% para 4,37%. As 29 revisões nas estimativas para os preços administrados dos últimos cinco dias úteis fizeram a mediana para o grupo saltar de 4,79% para 5,01%.

A mediana para o IPCA de 2025 se manteve em 3,92%, de 3,97% um mês antes. Considerando apenas as 63 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 3,85% para 4,0%. A estimativa intermediária para os preços administrados passou de 3,85% para 3,81%.

No último ciclo de comunicações, o Copom informou que considera o primeiro trimestre de 2026 como o seu horizonte relevante. O colegiado espera que a inflação acumulada em 12 meses atinja 3,4% no período, no cenário de referência, ou 3,2%, no cenário com a Selic estável em 10,5%.

O BC espera inflação de 4,2% este ano e de 3,6% no próximo ano, no cenário de referência. No cenário alternativo, projeta IPCA de 4,2% em 2024 e 3,4% em 2025.

As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta, em 3,60% no caso de 2026 e 3,50% em 2027, pela 14ª e 62ª semana consecutiva, respectivamente.
Alta do PIB

A mediana para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 subiu pela quarta semana consecutiva, de 2,46% para 2,68%. Um mês antes, era de 2,20%.

Considerando apenas 42 as projeções atualizadas nos últimos 30 dias úteis, a mediana disparou de 2,47% para 3,0%.

Essa métrica reflete melhor as revisões feitas desde a última terça-feira, quando o IBGE divulgou que o PIB do segundo trimestre cresceu 1,4%, bem acima das estimativas.

A mediana do Focus para o crescimento do PIB de 2025 cresceu de 1,85% para 1,90%, contra 1,92% quatro semanas antes. Considerando apenas as 42 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,85% para 1,88%.

Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 57 semanas e 59 semanas, respectivamente.

Dólar sobre para R$ 5,35

A mediana para o dólar no fim de 2024 subiu de R$ 5,33 para R$ 5,35, contra R$ 5,30 um mês antes. A estimativa intermediária para o fim de 2025 se manteve em R$ 5,30, mesmo nível de quatro semanas atrás.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

Exame - SP   10/09/2024

Os principais bancos centrais do mundo estão se encaminhando para um ciclo de afrouxamento monetário sincronizado, com a expectativa de cortes nas taxas de juros tanto na Europa quanto nos Estados Unidos nas próximas semanas. O Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir sua taxa de juros na próxima quinta-feira, 12, seguido por um movimento similar do Federal Reserve, o banco central dos EUA, em 18 de setembro. Esse cenário indica que as grandes economias avançadas estão mudando seu foco para o estímulo ao crescimento econômico, após concluírem que os riscos inflacionários estão diminuindo. As informações são da Fortune.

O BCE já havia promovido uma redução nas taxas de juros em julho e, agora, os investidores aguardam sinais sobre novos cortes até o final do ano. A queda no crescimento salarial no segundo trimestre na zona do euro é um dos fatores que têm encorajado os formuladores de políticas a adotar uma postura mais branda em relação à política monetária. Já nos Estados Unidos, dados recentes mostram uma desaceleração no mercado de trabalho e uma inflação mais estável, o que fortalece a expectativa de cortes nas taxas de juros.

O cenário global aponta para um momento de transição nas políticas monetárias, com os bancos centrais ajustando suas estratégias para estimular o crescimento econômico, à medida que as pressões inflacionárias diminuem. No entanto, permanece a dúvida sobre até que ponto esses cortes nas taxas de juros podem sinalizar um ciclo mais profundo de afrouxamento monetário, capaz de reverter as condições restritivas das principais economias e impulsionar o crescimento.

Perspectivas para os Estados Unidos e Canadá

Nos Estados Unidos, o foco dos formuladores de políticas do Federal Reserve tem sido o mercado de trabalho, que continua a desacelerar. Dados recentes indicam que a criação de empregos ficou abaixo das expectativas, enquanto a inflação se estabilizou em torno de 3,2% ao ano. Esses fatores são vistos como sinais de que o Fed deve seguir adiante com sua primeira redução nas taxas de juros em setembro.

Christopher Waller, membro do Fed, já indicou que é hora de agir, destacando que o atual cenário econômico exige cortes nos juros para apoiar o crescimento. Outros dados importantes para a decisão do Fed incluem o índice de preços ao produtor e as solicitações de seguro-desemprego.

Enquanto isso, no Canadá, o líder do Banco do Canadá, Tiff Macklem, deverá discursar sobre as mudanças no comércio e nos investimentos globais do ponto de vista canadense, enquanto novos dados sobre a situação financeira das famílias canadenses são aguardados.

O cenário econômico na Ásia e Europa

Na China, os dados econômicos mostram uma demanda doméstica enfraquecida, com a inflação se mantendo em níveis baixos e os preços industriais continuando a cair. Espera-se que os números de agosto para a produção industrial e as vendas no varejo também mostrem uma desaceleração, enquanto os investimentos em imóveis caíram acentuadamente, pelo quarto mês consecutivo.

No Japão, o crescimento econômico do segundo trimestre pode ser revisado para cima, devido a investimentos robustos em capital. Já na Índia, os dados de inflação de agosto podem influenciar a decisão do Banco da Índia de cortar as taxas de juros em outubro, após sinais de desaceleração no crescimento dos preços.

O panorama monetário global também inclui decisões de política monetária no Paquistão e no Uzbequistão, que estão avaliando a necessidade de cortes adicionais nas taxas de juros para apoiar suas economias.

Impactos no Reino Unido e na zona do euro

No Reino Unido, os dados salariais e de produção industrial desta semana são aguardados com expectativa, uma vez que poderão influenciar a decisão do Banco da Inglaterra sobre a política monetária. Embora se espere uma desaceleração no crescimento dos salários, o ritmo anual de aumento continua mais que o dobro da meta de inflação do banco central, de 2%. Dados do produto interno bruto (PIB) de julho também deverão mostrar um crescimento modesto, enquanto o Banco da Inglaterra divulgará sua mais recente pesquisa sobre expectativas de inflação.

Na zona do euro, os números de produção industrial da Itália, Espanha e da região como um todo ajudarão a avaliar a condição da economia no início do segundo semestre. Com base no desempenho da Alemanha e da França, espera-se que a economia da zona do euro tenha iniciado a segunda metade do ano com fraqueza.

Na Alemanha, o ministro das Finanças, Christian Lindner, apresentará o orçamento de 2025 ao parlamento, seguido por declarações do chanceler Olaf Scholz e outros ministros do governo.

América Latina: inflação e decisões de política monetária

Na América Latina, os três maiores países da região — Brasil, México e Argentina — divulgarão seus dados de inflação de agosto esta semana. No México, espera-se uma desaceleração da inflação, o que pode abrir espaço para um novo corte na taxa de juros ainda este mês, com o objetivo de impulsionar a economia. No Brasil, a expectativa é de que a inflação tenha se mantido dentro do intervalo de tolerância do Banco Central, mas os riscos de alta nos preços, como o aumento dos gastos públicos e o crescimento econômico robusto, podem influenciar futuras decisões de política monetária.

Na Argentina, o foco estará nos dados de inflação, que, embora tenham mostrado desaceleração nos últimos meses, permanecem em níveis extremamente elevados, acima de 200% ao ano.

Infomoney - SP   10/09/2024

As expectativas de inflação nos Estados Unidos permaneceram inalteradas nos horizontes de curto e longo prazo, mas mostraram alguma recuperação no médio prazo após uma queda acentuada no mês passado, informou nesta segunda-feira (9) o Federal Reserve de Nova York em sua Pesquisa de Expectativas do Consumidor referente a agosto

Segundo os dados da pesquisa, as expectativas medianas de inflação para o prazo de um ano permaneceram em 3,0%, enquanto as estimativas para o prazo de cinco anos continuam nos mesmos 2,8% observados no estudo anterior.

Mas as expectativas medianas de inflação no horizonte de três anos se recuperaram um pouco da leitura mais baixa de julho, passando de 2,3% para 2,5%.
A pesquisa também captou que as expectativas médias de crescimento dos preços das casas aumentaram de 3,0% para 3,1%, entre julho e agosto. Os americanos esperam que os preços da gasolina subam 3,8% (0,1 ponto percentual a mais que a estimativa de julho), e que os aluguéis sejam reajustados em 7,3% (+0,2 p.p.).

As expectativas médias de desemprego – a probabilidade média de que a taxa de desemprego dos EUA seja maior daqui a um ano – aumentaram para 37,7% em agosto, de 36,6% em julho.

Além disso, mediana das expectativas de crescimento dos gastos das famílias aumentaram 0,1 ponto percentual em um mês, para 5,0%.

IstoÉ Online - SP   10/09/2024

Os legisladores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos devem tomar uma série de medidas nesta semana para conter e combater a influência e poder da China no país. Dentre os projetos de lei, estão a redução da dependência americana em empresas de biotecnologia chinesas e a proibição de veículos elétricos e drones chineses. Se aprovadas, as medidas precisam também serem aprovadas pelo Senado.

Muitos dos projetos de lei programados para votação nesta semana parecem ter o apoio bipartidário de republicanos e democratas, refletindo o forte consenso de que as ações do Congresso são necessárias para combater a China.

Os Estados Unidos veem a China como um grande rival geopolítico, e o objetivo dessas medidas é garantir que o país prevaleça na competição, já que tomará “medidas significativas para combater a ameaça militar, econômica e ideológica comunista”, segundo o deputado republicano John Moolenaar. Moolenar é o chefe do comitê da Câmara dos Representantes sobre o Partido Comunista da China.

Em nota, a Embaixada Chinesa em Washington criticou a iniciativa do Congresso e afirmou que, se aprovados, os projetos de lei “causarão séria interferência nas relações China-EUA, prejudicando inevitavelmente os próprios interesses, imagem e credibilidade americanos”.

Uma das legislações proibiria um grupo de cinco empresas de biotecnologia chinesas de cooperar com empresas americanas que recebem recursos federais, incluindo instituições que pesquisam causas genéticas para câncer e inovações para medicamentos. Outra cortaria a comercialização de drones produzidos pela chinesa DJI nas linhas de comunicação dos EUA e ampliaria investigações sobre “esforços de espionagem da China para roubar propriedade intelectual”.

O Congresso dos EUA também discutirá ampliação de restrições para vendas de terras agrícolas para a China, sob temores de que a detenção dessas terras por empresários chineses possa ameaçar a “segurança alimentar nacional” americana.

CNN Brasil - SP   10/09/2024

Uma série de incertezas na economia brasileira são responsáveis por manter as expectativas de inflação e os juros mais elevados. Porém, apesar de os impulsos de gastos de dinheiro público pressionarem a inflação, ainda não é cenário para o Banco Central (BC) retomar a alta dos juros.

Esta é a opinião do ex-diretor do BC e presidente do conselho da Jive Mauá Investimentos, Luiz Fernando Figueiredo, que avalia que o Executivo vinha adotando uma retórica que funciona como “um tiro no pé”.

O disparo: a elevação dos gastos públicos, ferindo sua imagem de responsabilidade fiscal e pressionando a inflação.

“A primeira incerteza é a fiscal. No ano passado, o governo estava fazendo um ajuste baseado no aumento de receitas, e teve um certo sucesso nisso. Registrou um déficit, mas grande parte por conta dos precatórios, tirando os precatórios, não foi tão grande”, explica Figueiredo à CNN.

“No começo deste ano, as receitas vieram muito fortes e o governo gastou muito. Dois meses depois, as receitas arrefeceram, e o governo mudou a meta fiscal para permitir um déficit maior. A reação do mercado foi ‘então quando aumenta a receita você gasta, e aí quando diminui você muda a meta. Que compromisso é esse?’”, indaga.

Enquanto as receitas vinham registrando níveis recordes no começo do ano, o déficit primário do setor público consolidado seguiu crescendo.

A bomba indicada pelo ex-BC veio em abril, quando o governo alterou a meta fiscal de 2025 de um superávit primário para déficit zero.

“A agenda de manter um certo equilíbrio fiscal menos pior estava indo por terra porque as despesas estão vindo muito fortes e as receitas nem tanto”, aponta Figueiredo.

O governo então passou a ser pressionado para diminuir o rombo. A primeira rota escolhida: aumentar ainda mais a arrecadação.

“Mas na batalha por novas receitas, o Congresso disse ‘não vem aqui que não vai ter’. A tentativa de aumentar então foi frustrada”, diz o ex-diretor de Política Monetária.

As primeiras propostas do Executivo para compensar a desoneração da folha de pagamentos — que segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve custar aos cofres públicos até R$ 18 bilhões neste ano — também passavam pela arrecadação, e acabaram barradas.

Hoje, tramita no Legislativo uma proposta de compensação com medidas propostas pelo Senado. A Fazenda estima que a medida não será suficiente e afirma que voltará a discutir novas ações caso sua expectativa se comprove.

O governo então tomou o rumo da contenção de gastos. Entre os principais anúncios nesse sentido, vieram o congelamento de R$ 25,9 bilhões das contas de toda a Esplanada e o pente-fino de benefícios concedidos irregularmente.

“Essas questões geraram incertezas, muitas dúvidas, e o governo recuou e começou a olhar para as despesas. Ainda não é suficiente para o equilíbrio, mas estão fazendo algo que começou a dar uma acalmada no mercado”, pondera Figueiredo à CNN.

O reflexo disso foi a desancoragem nas expectativas da inflação, principalmente nas curvas mais longas. Diante deste movimento, membros da cúpula do BC falaram abertamente que os juros podem voltar a subir no país caso o cenário exija.

Os sinais foram lidos pelo mercado como a volta de um ciclo novo ciclo de alta, com visões apontando para Selic terminal em torno de 12%.

Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está no patamar de 10,5%. Os juros vinham sendo derrubados pelo BC desde agosto de 2023, até o Comitê de Política Monetária (Copom) encerrar o ciclo de quedas em junho deste ano.

“A taxa de juros nunca é causa das coisas, é sempre consequência. O Banco Central tenta calibrar os juros para que a inflação não seja alta. Então, o juro pode ficar mais baixo mais para frente, mas isso dependendo do governo ter uma política fiscal sustentável”, conclui.

Portanto, o ex-diretor afirma que as políticas monetária e fiscal são incompatíveis. “Enquanto está freando o carro de um lado, está acelerando do outro.”

O problema, é que os juros no país são historicamente elevados no Brasil, e isso também por conta da dívida ser historicamente elevada. O resultado desse fenômeno é uma taxa de juros neutra – aquela que nem movimenta e nem trava a economia – elevada, segundo explica o ex-diretor do BC.

“Com a política fiscal tão expansionista, é difícil que se tenha uma taxa de juros mais razoável”, comenta Figueiredo.

Desse modo, quando a autarquia precisa elevar os juros para conter a inflação, a taxa é cravada em um patamar muito mais elevado do que o usual.

Tensão sobre futuro do Banco Central

Luiz Fernando Figueiredo indica que quando o BC não consegue reduzir muito os juros, é porque tem ruído. E segundo o ex-diretor de Política Monetária, é bem isso o que está acontecendo, além da questão fiscal.

“A briga com o Banco Central sobre o andamento da política monetária, com o [presidente da República] Lula dizendo que o novo presidente [do BC] ia reduzir os juros fez o mercado questionar: ‘e a autonomia?'”, pontua Figueiredo.

O presidente Lula vinha conduzindo uma retórica agressiva contra o atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. A reação para a tensão era rapidamente refletida na bolsa com quedas do Ibovespa e altas na taxa de juros futuros.

O principal temor nesse sentido era sobre o futuro do BC, se o próximo presidente — a ser empossado no ano que vem — teria autonomia para agir firmemente no combate à inflação, ou se seria incentivado pelo executivo a descer os juros na marra.

No dia 28 de agosto, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, foi indicado pelo governo a assumir a cadeira de Campos Neto. Recentemente, a dúvida do mercado recaía sobre a postura de Galípolo, devido sua proximidade com o Executivo.

Apesar do temor inicial, Figueiredo aponta que o desdobramento dos fatos não comprovou o quadro negativo.

“Galípolo tem tido um discurso muito duro, diria que até passou do ponto, mas com o objetivo de trazer credibilidade. Isso já tem ajudado sobre a percepção do mercado, mas tem passado do ponto ao nível que as pessoas passaram a achar que o Banco Central vai subir os juros”, avalia o ex-BC.

Na avaliação dele, que já ocupou a cadeira de Galípolo na autarquia, o momento atual não requer que os juros sejam elevados.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   10/09/2024

Os preços futuros do minério de ferro subiram nesta segunda-feira após marcarem seis dias de perdas, com esperanças renovadas de novos estímulos por parte da China, principal mercado consumidor do minério, após uma série de dados econômicos fracos.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 0,44%, a 685 iuanes (96,35 dólares) a tonelada.

No início da sessão, o contrato havia caído para 662,0 iuanes, seu valor mais baixo desde 21 de agosto de 2023.

O minério de ferro de referência de outubro na Bolsa de Cingapura recuou 0,22%, para 91,5 dólares a tonelada.

As exportações da China devem ter avançado no ritmo mais lento em quatro meses em agosto, à medida que a demanda global enfraquece e as crescentes barreiras comerciais ameaçam ofuscar um ponto positivo na segunda maior economia do mundo.

Durante o mesmo período, a inflação ao consumidor do país acelerou para o ritmo mais rápido em meio ano, mas como reflexo principalmente dos custos mais elevados dos alimentos devido a questões climáticas, em vez de uma recuperação da demanda interna, já que a deflação dos preços ao produtor piorou.

Um início vacilante da economia no segundo semestre está aumentando a pressão sobre a China para implementar mais políticas em meio a uma prolongada crise no setor imobiliário, desemprego persistente e problemas de endividamento.

Os analistas acreditam que a economia poderá recuperar algum terreno no restante do ano, uma vez que os gastos fiscais deverão aumentar e as exportações manterão alguma resiliência, embora permaneçam riscos significativos devido à escalada das tensões comerciais e aos iminentes aumentos de tarifas.

Separadamente, a China incorporará os principais setores emissores de gases de efeito estufa, incluindo o siderúrgico, no mercado nacional de carbono até o final deste ano, disse Huang Runqiu, ministro da ecologia e do meio ambiente do país, reportou a mídia estatal no sábado.

Máquinas e Equipamentos

Globo Online - RJ   10/09/2024

A três meses do início do verão, a produção brasileira de condicionadores de ar bate recordes, com previsão de encerrar o ano com 6 milhões de aparelhos fabricados. Mas, em meio a ondas de calor previstas para diferentes partes do país, já em setembro os consumidores têm dificuldades de encontrar alguns modelos nas lojas.

Representantes da indústria garantem que a produção está azeitada, com a demanda do varejo sendo distribuída normalmente. Mas, nas lojas, já faltam, ainda que pontualmente, unidades disponíveis à venda.

Números da Eletros, a associação nacional de fabricantes, mostram que a produção de condicionadores de ar bateu recorde este ano: de janeiro a julho, houve crescimento de 83% frente ao mesmo período de 2023. Foram 3,28 milhões de aparelhos entregues ao varejo no período.

Considerando-se apenas o primeiro semestre, as vendas de ar-condicionado para o varejo subiram 88%, patamar bem acima do registrado por outras categorias, como a linha branca (geladeiras, lavadoras e fogões), que subiu 16% na comparação com o ano passado, e a marrom (TV e home theaters, por exemplo), que avançou 20%. Já no caso dos ventiladores de mesa, houve salto de 123%.

Queixa sobre preços

As vendas das varejistas para os consumidores também vêm crescendo. O Magazine Luiza registrou alta de 30% nas vendas de condicionadores de ar em agosto, na comparação anual. O modelo mais procurado e vendido é o split.

O advogado Luciano Medeiros de Melo, de 45 anos, busca um aparelho de janela para sua casa, mas não tem encontrado bons preços:

— Achei que ficaria mais barato por não estar ainda no verão, mas só estou encontrando na faixa de R$ 1.700, e não estou vendo vantagem em comprar agora. E quanto mais próximo do verão, a tendência é encarecer mais, pela procura.

Segundo o Índice de Preços Fipe/Buscapé, os preços dos eletrodomésticos avançaram 3,6%, no acumulado em 12 meses até julho. Essa alta foi puxada pelos aparelhos de ar-condicionado, que subiram 14,6% no período.

O Magalu afirma que, no momento, as indústrias enfrentam algumas dificuldades no recebimento de insumos. “Isso ocorre principalmente por conta da seca que afeta a região da Zona Franca de Manaus e das dificuldades com frete internacional, já que a maior parte dos componentes de ar-condicionado é importada”, afirmou a varejista em nota. E ressaltou que antecipou suas compras e não terá problemas de estoque.

O presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento, diz que relatos de falta dos produtos no comércio “causam surpresa, já que a produção está batendo recorde”. Ele afirma não haver qualquer problema logístico na Zona Franca de Manaus, responsável por toda a produção de ar-condicionado no país, seja na chegada de insumos ou no escoamento da produção:

— A seca que assola os rios da região não está impactando o abastecimento. Tudo que está sendo produzido já saiu de Manaus. Talvez o que esteja acontecendo é que entre um pedido e outro nas lojas os produtos tenham acabado. A indústria não está deixando de atender. Mas há de fato um aumento imenso na procura por ar-condicionado e ventiladores.

Nascimento reconhece que fatores climáticos e econômicos — como a inflação menor e programas de renegociação de dívidas — “estimulam o consumo” e contribuem para o aumento das vendas. Mas assegura que a indústria suporta uma possível expansão da produção:

— As 17 fábricas de ar-condicionado no país têm parques muito grandes e estão com uma capacidade ociosa em torno de 20%, então o mercado suportaria ainda um crescimento grande (de demanda).

Indústria se antecipou

Os rios das Bacia Amazônica estão em níveis abaixo dos de 2023, quando a passagem de navios chegou a ficar interrompida em alguns pontos de acesso à Zona Franca. Além disso, a previsão é que as chuvas continuem escassas nos próximos meses.

Lucio Flavio Moraes, presidente executivo do Cieam, entidade que representa a indústria do Amazonas, diz que a seca que atinge a foz do Rio Madeira e a passagem de Tabocal — considerados os pontos mais críticos — já era prevista. Segundo ele, o setor se planejou para a possibilidade de impactos tão severos quanto os do ano passado:

— As fábricas anteciparam a chegada de insumos e também o escoamento da produção para as varejistas. Tudo está sendo entregue normalmente.

A fabricante Gree foi uma das que anteciparam a produção, com 80% das entregas de 2024 já realizadas.

— A expectativa é que, até a metade de setembro, os demais insumos sejam recebidos nas fábricas, para que a demanda anual seja concluída — diz Carlos Murano, gerente executivo de Vendas da marca.

O GLOBO procurou ainda Springer Midea, LG, Samsung e Whirpool (dona das marcas Consul e Brastemp), mas as empresas preferiram não se manifestar.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   10/09/2024

A recente reviravolta no mercado global de carros elétricos, atualmente em desaceleração em países da Europa e nos Estados Unidos, provoca uma intensa queda nos preços de revenda e excesso de estoques nas lojas e fábricas. No Brasil, onde as vendas desses modelos estão aquecidas, ainda que sobre uma base pequena de comparação, a desvalorização de modelos 100% a bateria também preocupa. Automóveis com dois a três anos de uso e baixa quilometragem foram vendidos nos últimos meses com até 45% de deságio e, dependendo do modelo, por menos da metade do valor pago pelo novo.

Após rodar 54 mil km, por dois anos e meio, com um Peugeot e-208, adquirido por R$ 249 mil, o empresário paulista Maurício de Barros decidiu vendê-lo. Fez anúncios em plataformas especializadas e, em quatro meses, não recebeu propostas. Em julho, entregou o modelo a uma concessionária por R$ 100 mil como parte da troca por outro elétrico. “Foi uma paulada”, diz.

Barros reconhece, contudo, ter “pago o preço por estar entre os primeiros a ter um carro 100% elétrico, quando não havia muitas opções e todos os modelos eram caros”. Seu consolo é ter adquirido um BYD Yuan Plus novo, com mais itens de tecnologia e 480 km de autonomia, ante 320 km do e-208. O modelo custou R$ 209 mil porque a marca deu desconto de R$ 30 mil para aquela versão.

A rapidez na evolução tecnológica dos automóveis elétricos, a deficiência na infraestrutura de recarga e a guerra de preços intensificada pelas empresas chinesas a partir do ano passado, que levou as demais marcas a baixarem seus preços, são os principais fatores que levam à desvalorização dos seminovos. Já os preços dos modelos híbridos usados têm comportamento mais próximo ao dos carros a combustão.

Um Nissan Leaf Tekna 2023 zero, por exemplo, tem preço sugerido pela fabricante de R$ 298,4 mil, mas pode ser encontrado nas concessionárias com 15% de desconto, ou R$ 252,1 mil, de acordo com a consultoria automotiva Kelley Blue Book (KBB). A versão do mesmo ano com 14 mil km rodados custa, nas revendas, R$ 196,1 mil, um deságio de 22%. Já na troca por outro carro, os lojistas pagam 37% menos (R$ 158,8 mil).
Híbrido tem deságio menor

Com cerca de 33 milhões de visitas por mês e 1,5 milhão de leads (propostas de compra), a maior plataforma de venda online de veículos do País, a Webmotors, registra desvalorização média de 12% nos preços dos carros elétricos neste ano e de 6% para os híbridos. Os modelos convencionais têm perda média de 2,25%, informa o CEO Eduardo Jurcevic. Os elétricos são apenas 1,2% dos cerca de 400 mil veículos em estoque na plataforma. Os híbridos são 2,3%.

A demanda por elétricos na Webmotors é 12% menor em relação aos tradicionais. Os motivos, na opinião de Jurcevic, são o desafio da infraestrutura e, em muitos casos, o receio da duração da bateria de um carro já usado ou da necessidade de manutenção. O tempo médio para venda é 26% maior em comparação aos automóveis a combustão ou híbridos.

No mês passado, a revenda Amazon, autorizada da Volkswagen em São Paulo, suspendeu as compras de elétricos devido ao longo período em que permanecem nas lojas. A concessionária tem cinco Nissan Leaf em estoque há um ano e meio, chegou a anunciá-los pela metade do preço da tabela Fipe (referência em preços de carros usados) e não teve interessados. “Nossos lojistas parceiros também pararam de comprar elétricos por causa da depreciação alta”, diz Marcelo Jallas, diretor da Amazon. A Volkswagen tem dois veículos elétricos no Brasil, o ID.4 e o ID Buzz, disponíveis apenas para a modalidade de assinatura.
Frota de locadoras

Nem mesmo as locadoras de veículos - tradicionalmente responsáveis por metade das vendas totais de automóveis das montadoras - estão buscando os elétricos. Juntas, elas têm 4,3 mil modelos com essa tecnologia e 6,8 mil híbridos em suas frotas, informa Paulo Miguel Junior, vice-presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla). O número equivale a menos de 1% da frota total.

A maior empresa do setor, a Localiza, encerrou 2023 com 2,7 mil elétricos e híbridos em uma frota de 631 mil veículos. As primeiras unidades de elétricos adquiridas pelo setor há cerca de três anos, principalmente de marcas tradicionais, foram revendidas a preços “muito abaixo do esperado, com cerca de 40% a 45% de depreciação”, diz Miguel Junior.

Esses veículos, segundo a Abla, foram comprados por valores altos e em dois anos tiveram significativa desvalorização após a chegada das marcas chinesas, com ofertas mais competitivas e tecnologias mais avançadas. As montadoras tradicionais tiveram de reduzir seus preços para não perderem competitividade e quem comprou antes ficou com a conta do deságio.

Uma das pioneiras em ter frota de elétricos, a Movida adquiriu, a partir de 2021, cerca de 600 modelos Leaf, Renault Zoe, Fiat 500e e BMW i3. Em menos de dois anos, a maior parte estava parada nos pátios por falta de demanda e foi colocada à venda. Segundo fontes do mercado, alguns ficaram até seis meses encalhados. Vários foram vendidos com preços até 40% abaixo da tabela Fipe. O grupo suspendeu a compra da maior parte de um lote de 250 BYD Tan prevista para 2022. A Movida não comentou o tema.

Fora do Brasil o cenário é ainda pior. Uma das maiores locadoras dos EUA, a Hertz, desistiu neste ano da aquisição de 100 mil carros da Tesla por causa da desvalorização rápida dos seminovos. O comércio dos automóveis usados sempre foi importante fonte de receita para as locadoras.
Uso maior por aplicativos

Grande parte da frota atual de elétricos das locadoras brasileiras tem, em média, menos de um ano de uso e não completou o ciclo para revenda, tradicionalmente de até dois anos. Por isso, o presidente da Abla não sabe qual será o parâmetro de preços dessa nova leva, principalmente dos modelos chineses. Juntas, BYD e GWM são responsáveis por 58% das vendas de elétricos e híbridos novos neste ano.

A maioria dos carros eletrificados está alugada para frotas de empresas, motoristas de aplicativos e por assinatura (em contratos de dois a quatro anos). Poucos estão disponíveis para locação diária pois não há demanda, informa Miguel Junior. A 99, por exemplo, tem 4,8 mil motoristas com carros elétricos em São Paulo e 1,2 mil com híbridos.

O diretor sênior da 99, Thiago Hipolito, explica que a plataforma tem parcerias com várias empresas como BYD, Movida, Santander, Osten e Dahruj para fomentar o uso de veículos eletrificados entre os motoristas parceiros. Há ofertas de descontos nos preços para aquisição ou locação, juros mais baixos nos financiamentos, vouchers de recarga e instalação de carregadores nas residências.
Vendas em alta

Enilson Sales, presidente da Fenauto, associação dos revendedores de carros usados, afirma que, apesar da desvalorização, as vendas de eletrificados (elétricos e híbridos) cresceram 90% de janeiro a julho, somando 33 mil unidades. Desse total, 83% têm até três anos de uso. Já os negócios com veículos a combustão foram 9% superiores em relação a 2023 (8,8 milhões unidades).

Ele pondera que a comparação “é injusta, pois os eletrificados estão em franca ascensão”. Segundo Sales, é cedo para se ter uma sinalização mais forte sobre esse segmento, pois ainda é um nicho de mercado. “Mas é possível dizer que a desvalorização será maior do que a dos modelos a combustão nesses primeiros anos.”

Estratégias contra o deságio

As chinesas BYD e GWM, marcas que agitaram o mercado com carros elétricos e híbridos importados, prometem iniciar produção local no próximo ano, em princípio fazendo apenas a montagem de kits trazidos da China. Atentas ao movimento de desvalorização principalmente dos preços da concorrência, ambas adotaram estratégias de recompra de seminovos a valores próximos aos da tabela Fipe.

Assim que completam um ano de mercado, os carros da BYD são aceitos pelas concessionárias por 90% do valor da Fipe na troca pelo mesmo modelo zero. “Estamos fazendo isso com o Song Plus (híbrido plug-in) e com o Tan (elétrico) e vamos incluir o Dolphin (também elétrico), que neste mês completa um ano de lançamento”, diz Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da montadora. Segundo ele, todos os modelos que forem lançados no País serão incluídos nesse plano.

Baldy vê as informações sobre a desvalorização dos elétricos como “distorcidas”, pois atrapalham o mercado e assustam o consumidor. “Isso é o que as grandes montadoras que não têm produto para vender fazem questão de difundir porque não conseguem concorrer”. Para ele, avaliações envolvendo modelos com poucas unidades comercializadas, e vários deles já fora do mercado, não são justas pois não representam o mercado como um todo.

A GWM também tem um programa de recompra por 80% do valor da Fipe para os dois modelos à venda no País, o Haval nas versões híbrida e híbrida plug-in e o elétrico Ora. A promoção é válida para carros com até dois anos de uso na troca por outro da marca. A empresa também expandiu a estratégia de manter seus produtos valorizados ao fazer acordos com locadoras e seguradoras.

Conforme Ricardo Bastos, diretor de Relações Institucionais da GWM, o valor da apólice de seguro de modelos da marca caiu quase 50% após a empresa assumir qualquer eventual despesa com a bateria, item que representa cerca de 40% do custo dos elétricos.

Para as locadoras, a garantia de oito anos para as baterias oferecida ao consumidor se estende aos contratos de assinatura. Além disso, a locadora não fica com o carro em seu estoque, que só é adquirido após o cliente fechar o contrato. A manutenção também fica por conta da GWM. “Nossa preocupação é que o valor de revenda do carro não desabe”, diz Bastos.

Segundo o executivo, que também preside a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), não há desvalorização generalizada de preços dos eletrificados, mas uma questão pontual de algumas marcas, principalmente relacionada à chegada de novas tecnologias. “Cada vez mais os carros vão ter saltos tecnológicos e o modelo antigo deixa de ser referência de preço para o zero.”

Bastos não acredita que a desvalorização dos eletrificados usados altere o interesse dos consumidores pelos novos. Em sua opinião, o mercado está em expansão e este ano deve chegar a 150 mil unidades, quase 60% a mais ante 2023. Desse total, a ABVE prevê que 110 mil serão de elétricos e híbridos plug-in (também podem ser carregados na tomada) e 40 mil híbridos.
Defasagem vai continuar

A perda maior de valor dos elétricos em relação aos veículos convencionais tende a continuar, segundo Ricardo Roa, sócio-líder do setor Automotivo da KPMG no Brasil. “Acho que vai ocorrer bastante dessa desvalorização nos próximos dois a três anos por conta da celeridade da tecnologia e da maior autonomia, além do aumento de portfólio por parte das fabricantes”. Para ele, esse movimento só diminuirá quando as mudanças no segmento ficarem mais estabilizadas.

Roa também avalia que a tendência de deságio nos usados não terá impacto no mercado de novos. “É como a mudança de uma tecnologia do celular; o novo continua sendo muito atrativo.” De janeiro a agosto foram vendidos 41 mil automóveis elétricos zero-quilômetro no Brasil, todos importados, número quase oito vezes maior que o de igual período do ano passado. De híbridos e híbridos plug-in foram quase 70 mil, alta de 58%. Hoje, há cerca de 316 mil veículos leves eletrificados em circulação, 0,6% da frota total do País.

As vendas de seminovos 100% a bateria aumentaram 34% até julho, para 4,7 mil unidades. O descompasso com o mercado de zero tem a ver com a baixa oferta de modelos que já tenham completado o primeiro ciclo de revenda.
Defasagem ‘justificável’

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), Thiago Garcia, vê a defasagem dos usados como “justificável” pois muitos dos automóveis novos estão chegando ao mercado com mais tecnologia e mais baratos em relação àqueles vendidos a partir de 2018 e 2019, além da disputa de mercado promovida pelas marcas chinesas.

Em sua avaliação, falta informação adequada aos compradores principalmente relacionadas às mudanças tecnológicas e ao preconceito com os modelos usados. A questão das baterias é um deles. As fabricantes dão garantia de cinco a oito anos para as baterias e, na maioria dos casos, a degradação é pequena. “Um amigo tem um Volvo XC40 que já rodou 210 mil km e a degradação da bateria foi de 10%”, exemplifica Garcia.

A falta de infraestrutura também é um problema, mas ele vem diminuindo, segundo a Abracei. Maurício de Barros, que utilizou seu Peugeot e-208 por mais de dois anos, conta que fez várias viagens, inclusive para Buenos Aires, na Argentina, e nunca ficou parado por falta de energia.

Segundo Barros, é necessário ter um plano de viagem traçando todos os locais onde há postos de recarga, usar aplicativos que mostram os carregadores e se estão livres, e também verificar se hotéis e pousadas disponibilizam tomadas. Ele tem um carregador portátil que funciona em tomadas normais e um adaptador. Seu plano para março de 2025 é percorrer 16 mil km com um carro elétrico. “Vou subir a Cordilheira dos Andes, passar pela costa do Pacífico, deserto do Atacama e vários países.”

Valor - SP   10/09/2024

Os chamados veículos de nova energia, incluindo veículos elétricos e híbridos plug-in, representaram 35% dos novos veículos vendidos no primeiro semestre, de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis

A BYD e a Geely Automobile Holdings estiveram entre os principais fabricantes de automóveis privados da China a reportar crescimento dos lucros no período de janeiro a junho, enquanto a Saic Motor e outras operadoras estatais lutaram em um mercado saturado.

A BYD viu seu lucro líquido crescer 24% no ano, alcançando 13,6 bilhões de yuans (US$ 1,9 bilhão), um recorde para o primeiro semestre e o mais alto entre dez dos principais fabricantes chineses de automóveis que haviam divulgado resultados até o fim de agosto. As vendas de veículos aumentaram 28%, totalizando 1,61 milhão de unidades.

A BYD lançou modelos, com fortes vendas de veículos elétricos e um híbrido plug-in com maior eficiência de combustível. Os preços foram reduzidos em mais de dez modelos com o lançamento de novas ofertas em fevereiro, ajudando a impulsionar o aumento nas vendas.

Embora os cortes de preços tenham reduzido a receita por veículo da BYD em 15%, para 156 mil yuans, o lucro líquido por veículo chegou a 7,8 mil yuans, de acordo com a Soochow Securities.

A montadora produz as baterias a bordo e componentes principais, mantendo os custos de produção baixos. Isso é visto como um fator que permite maior lucratividade do que os rivais, mesmo com os cortes de preços.

A Geely Automobile, uma unidade listada em Hong Kong do Zhejiang Geely Holding Group, reportou um aumento de sete vezes no lucro líquido, totalizando 10,5 bilhões de yuans. As vendas de veículos subiram 41%, para 950 mil unidades, graças à força de sua marca de veículos elétricos de luxo Zeekr. A receita por veículo das marcas Zeekr e Geely combinadas aumentou 5%, para 129 mil yuans, contribuindo para margens brutas melhoradas.

O lucro líquido da Great Wall Motor alcançou 7 bilhões de yuans, um aumento de cinco vezes. Sua marca de veículos off-road de alta gama, Tank, vendeu bem, com um aumento de 21% na receita por veículo ajudando a impulsionar o lucro.

Em contrapartida, os lucros das montadoras estatais foram modestos, com suas joint ventures com parceiros estrangeiros enfrentando dificuldades.

A Saic Motor reportou um lucro líquido de 6,6 bilhões de yuans, uma queda de 6%. As vendas de veículos caíram 12%, para 1,82 milhão de unidades, com a receita por veículo caindo 1%. Sua joint venture com a General Motors enfrentou dificuldades.

O lucro líquido do Guangzhou Automobile Group caiu 49%, para 1,5 bilhões de yuans. As vendas de veículos diminuíram 26%, para 860 mil unidades. A montadora possui joint ventures separadas com a Toyota Motor e a Honda Motor.

A Dongfeng Motor viu o lucro das joint ventures, incluindo uma com a Honda e outra com a Nissan Motor, cair 46%. O lucro líquido da montadora caiu 48%, para 684 milhões de yuans.

"A situação atual não pode continuar", disse o presidente do Guangzhou Automobile, Zeng Qinghong, em um evento em Chongqing no mês de junho. "Gerar lucro é o que permite a uma empresa pagar impostos e contratar."

A tendência da indústria em direção à eletrificação também produziu vencedores e perdedores. Os chamados veículos de nova energia, incluindo veículos elétricos (EVs) e híbridos plug-in, representaram 35% dos novos veículos vendidos no primeiro semestre, de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis. As cifras incluem veículos exportados.

A BYD, que interrompeu as vendas de veículos a gasolina em 2022, se especializou em veículos de nova energia e viu o crescimento nas vendas. Enquanto isso, veículos de nova energia representam apenas 25% das vendas de unidades da Saic Motor, com outras grandes montadoras estatais igualmente defasadas.

O mercado automotivo da China também deve enfrentar maior competição em recursos, incluindo condução autônoma e o uso de inteligência artificial. Considerando que a tecnologia de próxima geração requer grandes investimentos, as montadoras que perderem a guerra de preços enfrentarão um ciclo vicioso de falta de fundos necessários para investimentos.

IstoÉ Dinheiro - SP   10/09/2024

As vendas chinesas de veículos elétricos e híbridos na China continuaram crescendo em agosto, apesar das vendas de automóveis no geral mais fraca. As vendas no varejo de carros de nova energia, um termo na China que se refere a veículos elétricos e veículos híbridos, representaram 53,9% de todas as vendas de veículos de passageiros em agosto, depois que as vendas da categoria ultrapassaram os carros com motor de combustão interna pela primeira vez em julho, disse a Associação de Automóveis de Passageiros da China nesta segunda-feira, 9.

As vendas de elétricos e híbridos aumentaram 43,2% em relação ao ano anterior, para 1,03 milhão de unidades em agosto, à medida que mais regiões do país lançaram incentivos para a compra de automóveis e também em meio à estabilização dos preços.

Apesar disso, as vendas no varejo de automóveis de passageiros caíram 1,0%, para 1,905 milhão de unidades em agosto, em relação ao ano anterior, após recuarem 2,8% em julho, mostraram os dados.

A China exportou 413 mil carros em agosto, um aumento de 24% em relação ao ano anterior e 9% a mais que em julho. As exportações de veículos com novas energias aumentaram 23,7% em relação ao ano passado.

Entre as principais montadoras, a BYD exportou 30.451 carros em agosto, enquanto a Tesla China exportou 23.241 unidades. Fonte: Dow Jones Newswires.

CNN Brasil - SP   10/09/2024

Além da indústria química, montadoras de veículos e fabricantes de pneus estão pedindo à Câmara de Comércio Exterior (Camex) um aumento das tarifas de importação contra seus concorrentes de fora.

Já as usinas siderúrgicas conseguiram, em abril, proteção adicional para 11 produtos de aço. As alíquotas sobre diferentes tipos de laminados planos, fios-máquinas e tubos usados em oleodutos e gasodutos subiram para 25% durante um período de 12 meses.

No caso da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o pedido contempla carros elétricos e híbridos.

O governo reviu a política de “tarifa zero” de importação, estabelecida em 2015, e iniciou um aumento gradual das alíquotas até 2026.

Em julho, elas subiram para 28% no caso dos elétricos e para 25% no caso dos híbridos. A Anfavea quer uma elevação imediata para 35% — a tarifa “cheia” do setor.

O Brasil se tornou um dos maiores mercados do mundo para carros eletrificados chineses, superando a Rússia e a Bélgica. Recentemente, temendo uma invasão dos asiáticos, os Estados Unidos elevaram suas tarifas para mais de 100%.

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, cita um “aumento exagerado” de importações da China e diz que há algo em torno de 80 mil veículos elétricos ou híbridos chineses em estoque nas revendedoras brasileiras.

A entrada dos importados, até agora, mais do que quadruplicou na comparação com o ano passado.

Segundo relatos feitos à CNN, há uma divisão no governo sobre o assunto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seria favorável ao aumento imediato das alíquotas para 35%.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, seria contra. Ele é ex-governador da Bahia, estado onde a chinesa BYD está se instalando para produzir a partir de 2025 — mas que, por ora, ainda está importando.

A indústria de pneus também quer uma elevação da tarifa de 16%, como é atualmente, para 35%.No período de 2017 a 2023, enquanto as vendas de pneus nacionais para passeio e carga caíram 18%, as importações avançaram 117%.

O pleito não é consensual na iniciativa privada. A Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (ABIDP) critica a possível elevação de tarifa e afirma que esta mudança poderia impactar a inflação no país.

Estudo da entidade mostra que os pneus deverão ficar 25% mais caros, impactando no aumento de custos de 6% para o setor de transporte rodoviário — para quem os pneus são o segundo insumo mais caro, perdendo apenas para o combustível.

Em entrevista à CNN, em julho, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, ressaltou que as decisões sobre eventuais aumentos das alíquotas de importação serão “técnicas”.

Moreira ponderou, no entanto, que a proteção à indústria pode ser necessária, em sua opinião, como forma de buscar competitividade enquanto diversos países do mundo dão incentivos e aplicam suas próprias políticas de combate à concorrência desleal com importados.

CONSTRUÇÃO CIVIL

SEGS.com.br - SP   10/09/2024

Dobra o número deste tipo de moradia em 12 anos e a capital bateu novo recorde em lançamentos de novos condomínios fechados ano passado. Com a entrega dos lotes, e obra que não acaba mais

Mais de 1,7 milhões de domicílios estão dentro de condomínios horizontais no Brasil, segundo dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 e este número cresceu 76% nos últimos 12 anos conforme a comparação com o censo anterior, de 2010. Em Goiânia, o aumento foi maior que o dobro no mesmo período: 124%.

Após este período, a capital registrou um novo recorde em lançamentos de condomínios horizontais, em 2023. foi o maior número dos últimos cinco anos, conforme aponta pesquisa encomendada pela Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (ADU) e do Sindicato dos Condomínios Imobiliários de Goiás (Secovi Goiás). Foram lançados 42 projetos com um total de 10.296 unidades em Goiânia e Região Metropolitana. O número só ficou atrás de 2019.

O aquecimento do segmento está refletindo diretamente e de maneira positiva no setor de materiais de construção de alto padrão. “Por reunir aspectos muito valorizados pelo goiano, como a segurança, proximidade com a natureza e a liberdade, a casa em condomínio horizontal tornou-se uma aspiração para a família goiana, onde ela concretiza o seu desejo de ter espaço agradável e confortável para seu núcleo”, comenta Robson Soares, integrante do conselho de família do Grupo Soares, que atua há quase 60 anos no segmento de materiais da construção.

Justamente para atender esta demanda crescente em Goiânia, o Grupo Soares inaugurou uma marca premium exclusiva para a fase de acabamentos da obra, a Essence Acabamentos. Situada na Rua 1.137, do Setor Marista, a loja traz pisos, revestimentos, metais e outros itens que são tendência no cenário da arquitetura e construção. A primeira loja da Essence foi inaugurada no começo deste ano em Jataí, onde também as construções de alto padrão estão em alta, impulsionadas pelo agronegócio.

“Este é o momento onde a família imprime sua personalidade e estilo na construção, torna-a humanizada, com o seu jeito. Por isso, é uma fase especial, em que cada detalhe é importante. Foi para atender este momento que lançamos nossa nova marca”, complementa.

Custo e opções

A fase de acabamentos representa também o maior peso no custo de uma obra. “Ela vai custar pelo menos 30% de todo o orçamento, podendo chegar a 45%, dependendo das escolhas”, calcula Robson Soares.

Por outro lado, complementa a arquiteta e head das lojas Essence Acabamentos, Fernanda Ferreira, os acabamentos estão entre os que mais evoluíram no universo dos materiais de construção, trazendo novidades, que não só evidenciam novas tendências estéticas, mas podem gerar redução de custos com produtos de melhor qualidade, com maior durabilidade e facilidade de aplicação.

De acordo com a arquiteta, entre os materiais mais almejados estão os pisos em porcelanatos com tamanhos cada vez maiores, além de texturas que reproduzem com perfeição mármores e granitos. “São peças que conferem a sensação de mais amplitude para a casa, justamente por necessitarem de menor uso de rejunte. E, em alguns casos, podem ser usados para ser tampo de mesa, revestir bancadas em razão de sua beleza e alta qualidade”, diz.

Tintas com novas texturas também encantam clientes e arquitetos. Um exemplo de inovação são as tintas que tem o efeito nuage. “Ele é inspirado na delicadeza das nuvens, trazendo mais suavidade e sofisticação para o ambiente”, detalha a head da rede Essence Acabamentos. Além disso, as cubas são diferenciais, com soluções inteligentes e novos materiais e formatos, como metais e pedras. Um exemplo é a linha de cubas para cozinha, Tramontina, que além do design diferenciado, que permite otimizar o aproveitamento do espaço, é feita com aço 403 e com válvulas mais modernas, o que também confere alta qualidade ao produto. Já na linha de banheiros, as cubas que com material que reproduzem pedra natural estão entre as mais pedidas”, revela ela.

Sobre o Grupo Soares

O Grupo Soares reúne empresas no segmento de materiais de construção, incorporação imobiliária, agronegócio, e está comprometido com a excelência. Sua história começou em 1967 e, desde então, vem acompanhando a evolução do mercado, primando pelas boas práticas de gestão e a busca por inovação.

FERROVIÁRIO

O Estado de S.Paulo - SP   10/09/2024

O primeiro trem da Linha 17-Ouro do Metrô chegou a São Paulo neste domingo, 8. A composição de cinco vagões, fabricada pela empresa BYD Skyrail, na China, passou 40 dias em viagem de navio e mobilizou cinco carretas e três caminhões para o transporte entre Santos e o Pátio Água Espraiada, na região da avenida Jornalista Roberto Marinho, zona sul da capital.

Ao todo, serão 14 trens trafegando na linha que ligará o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi, fazendo ligação com a Linha 5-Lilás e a Linha 9-Esmeralda, na zona sul de São Paulo.

A operação de deslocamento do trem percorreu 70 km e envolveu o governo do Estado, a concessionária responsável pela rodovia dos Imigrantes, Ecovias, e órgãos municipais de tráfego ao entrar nos limites de Diadema e São Paulo. “Por ser feita durante a madrugada de um fim de semana, a viagem levou apenas uma noite, pois reduziu o impacto no tráfego das vias por onde passou”, disse o governo do Estado.

“As carretas que levaram os vagões têm 30 metros de comprimento, mais de cinco metros de altura e três de largura. O comboio somou 150 metros, o que equivale a mais de dois quarteirões de extensão. A operação envolveu gestores, motoristas, policiais e agentes de trânsito”, escreveu a agência de notícias do governo.

Em cerca de 30 dias, o monotrilho deve ser montado e, depois, começarão a ser realizados testes estáticos e dinâmicos nas vias já construídas no Pátio Água Espraiada, local onde os trens serão reunidos e passarão por manutenção ao longo de toda a sua operação. O protocolo de comissionamento, que garante o certificado de segurança e liberação para a operação, também deve começar a ser elaborado.

A futura Linha 17-Ouro do Metrô terá oito estações: Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi.

A princípio seriam 18 estações, fazendo conexões também com as Linhas 4-Amarela e 1-Azul, mas dez estações foram cortadas do projeto após anos de atrasos nas obras e mudanças em contratos, incluindo troca da empresa responsável pela construção em 2023.

A obra foi prometida para a Copa de 2014 pelo então governador Geraldo Alckmin. Agora, o novo prazo de entrega da linha, pela gestão Tarcísio de Freiras (Republicanos) é no primeiro semestre de 2026.

“A chegada da primeira composição da Linha 17-Ouro à cidade de São Paulo é motivo de muita celebração, já que materializa nosso trabalho para a otimização da mobilidade urbana e de eficiência de gestão”, afirmou o governador Tarcísio neste domingo.
Características do trem

O primeiro veículo da Linha 17-Ouro, assim como os próximos 13, tem 3,2 metros de largura e cerca de 30 de comprimento. É formado por cinco vagões, cada um com quatro portas (duas em cada lado) com 1,6 metros de largura, medida “adequada às normas e critérios de acessibilidade”.

Possui janelas panorâmicas e basculantes (aquelas que podem ser abertas em casos de emergência para garantir ventilação aos passageiros) e tem capacidade para 616 passageiros, com carros das extremidades menores, de 21 assentos cada, e intermediários maiores, de 24 assentos cada.

Todos os vagões incluem assentos prioritários e áreas para deficiente, segundo o governo do Estado. E assim como nas linhas 4-Amarela e 5-Lilás, os trens da Linha 17-Ouro também terão passagem livre entre vagões.

Sistema de ar-condicionado, iluminação LED, câmeras de vigilância, sistema de detecção e combate a incêndio e sistema de comunicação audiovisual aos passageiros, com mapa de linha dinâmico e intercomunicador para contato ao Centro de Controle Operacional (CCO), também constam no trem.

Ainda conforme o governo do Estado, os veículos têm modo de operação automática (UTO), tecnologia de Sistema de Controle de Monitoramento de Trens (TCMS) e sistema de sinalização CBTC (sigla em inglês para Communications-Based Train Control, que significa controle de trem baseado em comunicações).

“Por meio de comunicação via rádio digital, forma blocos móveis entre os trens, permitindo maior aproximação entre eles e a redução do intervalo de circulação.” O monotrilho da Linha 17-Ouro vai operar sobre uma viga de concreto de 800mm de largura, com tensão nominal de 750 Vcc e velocidade de 80 km/h.

“A composição tem baterias de tração, que funcionam como fonte de energia reserva, garantindo que o trem chegue à próxima estação caso haja interrupção de fornecimento de energia, proporcionando mais segurança para o usuário.”

Valor - SP   10/09/2024

Expansão da malha em 2024 deve ser de 1,8%, aponta estudo da ANPTrilhos

Para Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes, avanço lento da rede é resultado de falta de recursos, falha no planejamento e pouca vontade política — Foto: Leo Pinheiro/Valor

A expansão da malha de metrôs e trens urbanos avança, mas a passos lentos e sob risco de retrocessos, apontam operadores e especialistas no setor. Em 2024, a ampliação da rede deverá somar 20,8 km, aumento de 1,8%, segundo levantamento da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos). Se consideradas todas obras públicas e privadas em execução ou contratadas, o potencial de ampliação chega a 10,6%, mas a previsão de conclusão é de pelo menos mais quatro anos, se não houver atrasos.

As entregas deste ano incluem a conclusão da segunda linha do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Baixada Santista; o aeromóvel que ligará o aeroporto de Guarulhos (SP) à rede da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos); e a expansão da Linha 1 do Metrô de Teresina.

“O investimento em trilhos no Brasil é cíclico, não tem estabilidade. Mas acho que hoje vemos uma retomada, embora pequena. No Novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] alguns projetos foram escolhidos como prioritários, e o Estado de São Paulo tem um crescimento, que pode não ser grande, mas é constante”, afirma Joubert Flores, presidente da ANPTrilhos.

Além de o país fazer pouco, ainda pode perder a linha da Supervia”

— Sérgio Avelleda

Desde 2014, a malha nacional avançou cerca de 15%. Até 2018, a ampliação da rede vinha num ritmo mais acentuado, mas depois disso despencou. Em 2021, o tamanho da malha chegou a encolher, devido à desativação de uma linha no Subúrbio de Salvador - que daria lugar a um novo monotrilho, mas que até o momento não saiu do papel.

Hoje, para além do problema da expansão lenta, o risco de retrocesso em algumas linhas por falta de investimentos é uma preocupação, destaca Sérgio Avelleda, coordenador do Núcleo de Mobilidade Urbana do Laboratório Arq. Futuro de Cidades do Insper. O caso mais difícil atualmente é o da Supervia, concessionária que administra linhas na região metropolitana do Rio de Janeiro e que tem risco de paralisar suas operações. A empresa está em recuperação judicial desde 2021 e hoje trava uma disputa com o governo do Rio de Janeiro para conseguir um reequilíbrio bilionário do contrato.

“Além de o país fazer pouco, ainda pode perder um ativo de mais de 200 km, a Supervia. Os trilhos estão sucateados, com trechos cada vez mais deteriorados e que podem perder capacidade operacional. Os ativos da CBTU [Companhia Brasileira de Trens Urbanos] em Recife, João Pessoa, Maceió, também estão se degradando por falta de investimento público”, afirma Avelleda.

Procurada, a Supervia sinaliza que segue em aberto o imbróglio junto ao governo do Rio. Na segunda (9), após audiência judicial entre governo e empresa, a Justiça determinou que a concessionária apresente “o quanto de aporte financeiro será necessário para manter a normalidade da operação, a ser realizado pelo governo do Estado do Rio de Janeiro pelo período de 90 dias ou até conclusão das tratativas para a continuidade do serviço ferroviário” e que até o fim de setembro as partes terão que comprovar o encerramento das negociações. A CBTU não respondeu.

Para o especialista do Insper o avanço lento na malha do país é resultado principalmente de uma escassez de verba. “São obras caras, e temos uma limitação de recursos forte. Os trilhos disputam recursos com outros setores em que somos deficitários, como saneamento, moradia, logística de carga”, diz.

Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes, observa que além da falta de recursos há falhas no planejamento e pouca vontade política dos governantes. “Se pegar os últimos 30 anos, o avanço é pífio. O planejamento de transporte não privilegia o transporte de massas, as prefeituras e Estados não têm recursos para isso e fazem paliativos. Há também um fator político, porque uma obra de metrô não começa e acaba dentro de um mandato, dificilmente é construído em quatro, mesmo oito anos.”

Para Flores, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) poderão impulsionar a ampliação da malha. “Tem uma carteira de projetos grande, torço que pelo menos uma parte caminhe”, afirma. Hoje, a maior parte dos projetos vêm do governo paulista, que após leiloar o Trem Intercidades de Campinas, tem outros 13 em estudo. O mais avançado é o das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.

Especialistas também veem nas PPPs uma forma de acelerar as melhorias, mas destacam que há limites. “O exemplo de São Paulo mostra que as parcerias conseguiram mobilizar uma expansão em ritmo maior. Mas não é uma panaceia. Na PPP o Estado entra com recursos, e temos uma limitação”, diz Avelleda.

Quintella também avalia que mesmo com as concessões o avanço deverá ser lento, dado que as obras, mesmo privadas, historicamente sofrem com atrasos, e os leilões têm sido espaçados.

Para a ANPTrilhos, a expansão da rede deverá ser a principal alavanca de retomada de passageiros nos metrôs e trens urbanos. Desde a pandemia, quando o fluxo de usuários do sistema despencou, os operadores do setor não se recuperaram. No primeiro semestre de 2024, o total de passageiros subiu 4,4%, na comparação anual. Porém, o patamar segue equivalente a 80% do nível pré-pandemia. “Para voltar ao que era antes vamos precisar de passageiro novo”, afirma Flores.

Rodoviário

Grandes Construções - SP   10/09/2024

O setor rodoviário brasileiro vive um momento decisivo, com a recente aprovação da nova resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que estabelece diretrizes para o desenvolvimento de infraestruturas resilientes e sustentáveis.

Essa medida, que reforça a importância da participação das construtoras desde as fases iniciais dos projetos, surge em um contexto de mudanças significativas, como a vitória recente de um consórcio no leilão da BR-381, a famosa "Rodovia da Morte".

Essa concessão, que exigirá um alto grau de expertise técnica, demonstra que a resolução da ANTT contribui com o setor, pois, a realidade atual, revela que as construtoras são indispensáveis para garantir a viabilidade e a resiliência dos projetos.

Embora o nome das empresas envolvidas no consórcio não seja o foco, o fato de que construtoras fazem parte do grupo vencedor evidencia essa necessidade.

A SEEL Engenharia, com sua experiência em infraestrutura, tem liderado a discussão sobre a importância de incluir construtoras especializadas na fase de elaboração dos projetos de Capex, antes mesmo dos leilões.

"A antecipação da participação das construtoras permite que as concessionárias apresentem propostas mais robustas e viáveis, resultando em projetos que realmente atendem às demandas de segurança e eficiência", destaca Gabriel Kingma, Head Comercial da SEEL.

Essa visão foi amplamente discutida por Kingma em eventos importantes do setor.

Em junho, ele participou do II Summit Concessões de Rodovias, onde abordou "A Próxima Geração das Concessões Rodoviárias: Como Estar Preparado para os Novos Modelos de Contratos". Sua participação reforçou a necessidade de parcerias estratégicas entre concessionárias e construtoras desde a concepção dos projetos.

Em agosto, durante a Bienal das Rodovias, o executivo comentou sobre "Respostas aos Desafios Climáticos sobre a Infraestrutura Rodoviária Brasileira", enfatizando a urgência de aumentar a resiliência das rodovias para enfrentar as mudanças climáticas.

“Essa necessidade se alinha perfeitamente com a nova resolução da ANTT, que estabelece a obrigatoriedade de destinar, no mínimo, 1% da receita bruta das concessões para garantir a resiliência das infraestruturas”, diz.

PETROLÍFERO

O Estado de S.Paulo - SP   10/09/2024

Dezoito anos após o lançamento de sua pedra fundamental pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e 16 anos após o início das obras, o antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), atual Gaslub, vai iniciar a primeira operação comercial com o processamento de gás natural vindo do pré-sal na próxima quarta-feira, 11. O projeto agora é uma versão que une a produção de gás natural e lubrificantes. Ao Estadão/Broadcast, a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, informou que a nova data para que todo o projeto entre em operação é 2029.

A expectativa é a de que o presidente Lula, que em 2006 colocou a pedra fundamental da obra, participe na sexta-feira, 13, de uma cerimônia para marcar o início da operação. Nos corredores da empresa, também vem sendo comentado que a intenção da estatal é mudar novamente o nome do polo, mas que a presidente, Magda Chambriard, ainda não havia batido o martelo.

Quando as obras foram iniciadas em 2008, no segundo mandato de Lula, o Comperj tinha previsão para entrar em operação em 2012. O complexo chegou a ser um dos símbolos da corrupção que originou a Operação Lava Jato na Petrobras, em 2014. Ao ser lançado, o investimento girava em torno dos US$ 6 bilhões, valor que foi sendo escalonado até cerca de US$ 14 bilhões, apesar do projeto não ter saído do papel. Atualmente, a empresa não informa quanto já investiu ou planeja investir no Gaslub.

Inicialmente, o projeto foi idealizado com objetivo de atrair o setor petroquímico para Itaboraí, um município pobre do Estado do Rio de Janeiro. Após interromper as obras por suspeitas de corrupção, o empreendimento ficou resumido à Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), e agora ganha uma nova configuração com unidades de produção de combustíveis e lubrificantes, além de duas térmicas que aguardam o leilão de reserva de capacidade do governo, sendo uma de 600 megawatts e outra de 1.200 megawatts.

Com o início das operações, serão processados 10,5 milhões de metros cúbicos diários (m3/d) de gás natural, volume que sobe para 21 milhões quando o segundo trem da UPGN ficar pronto, o que deve ocorrer no próximo mês, segundo Baruzzi.

O volume produzido ajudará a substituir importações da estatal para atender seus clientes, mas terá sobra para o mercado, garantiu a diretora. Desse total, 18 milhões de metros cúbicos por dia virão do pré-sal, e mais 3 milhões de m³/d do Terminal de Cabiúnas, também da Petrobras, unidade que forneceu o gás para o comissionamento, uma etapa antes da operação comercial.

Afastada há dez anos do setor de engenharia, a diretora foi convocada em junho pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para acelerar as obras da estatal. Ela conta que, para conseguir entregar a UPGN, o canteiro de obras trabalhou praticamente 24 horas por dia nos últimos meses. Ao todo, são 3.500 pessoas envolvidas. Quando todas as unidades estiverem sendo construídas, a expectativa é que esse número chegue a 10 mil trabalhadores. “E sempre com muita conformidade, sem atropelar nada. Esse é um mantra nosso. Vamos fazer rápido, mas dentro da conformidade”, ressaltou.

Segundo Baruzzi, ainda não é possível estimar o valor total do Gaslub, já que terá que desfazer parte do que já foi construído. “Você imagina uma obra que está parada há dez anos. O que eu vou ter que desfazer para depois fazer, né? É mais do que qualquer valor que eu vá falar”, explicou.
Operação

Depois do comissionamento para fazer os últimos ajustes necessários e vistoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a concessão da autorização, a UPGN foi liberada para operar e vai processar o gás extraído no pré-sal, escoado pela Rota 3, um gasoduto de cerca de 355 quilômetros de extensão total, sendo 307 km referentes ao trecho marítimo e 48 km referentes ao trecho terrestre.

A obra da UPGN, interrompida pela primeira vez em 2014, foi retomada em 2020 por um consórcio formado pela chinesa Kerui e a brasileira Método, mas desentendimentos com a Petrobras levaram ao rompimento do contrato em julho de 2022, e a obra foi suspensa novamente. Em março do ano passado, com a nova gestão, a Petrobras assinou contrato com a empresa japonesa Toyo Setal, que concluiu a UPGN.

“Hoje, a Petrobras atende o gás que ela vende com produção interna, Gasbol (Gasoduto Bolívia-Brasil), e eventualmente precisa se suprir com alguma coisa de importação. Então, a Petrobras compõe esse pool e entrega para os clientes. Quando o Rota 3 entrar, vai entrar também nesse pool de venda”, informou a diretora. “Como a Petrobras não importa os 21 milhões que a unidade vai processar, haverá adição de gás para o mercado”, explicou.

A UPGN é apenas parte do Gaslub, destaca Baruzzi. Outras licitações já estão na rua, como as unidades de produção de diesel, querosene de aviação (QAV) e lubrificantes. A nova configuração do empreendimento prevê unidades de Hidrocraqueamento Catalítico (HCC), de Hidrotratamento (HDT), de Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio (HIDW), unidades auxiliares, utilidades e off-sites (extramuros). Uma biorrefinaria, porém, ainda está sendo estudada. Os planos são de produzir 12 mil barris por dia de óleos lubrificantes grupo II; 75 mil barris por dia de diesel S10 e 20 mil barris por dia de querosene de aviação de baixo teor de enxofre.

“As obras da parte de refino começam no segundo semestre de 2025", informou Baruzzi, explicando que a unidade de biorrefino ainda não chegou à sua diretoria porque está sendo avaliada pelas áreas de negócio, “que são as áreas que realmente produzem, desenvolvem os projetos iniciais, e quando já tem alguma coisa um pouco mais firme eles passam para a gente construir”, informou Baruzzi, que além do Gaslub é responsável pela retomada da expansão da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco.

Obras nas áreas de refino e lubrificantes

Com a operação da UPGN garantida no Polo Gaslub, a Petrobras prevê iniciar as obras da parte de refino e lubrificantes no primeiro semestre de 2025, segundo o gerente geral do Gaslub, Candido Queiroz. Previsto para ser concluído em 2029, quando entrar em produção, o empreendimento vai adicionar no mercado o equivalente a 80 mil caminhões com tanque de 150 litros de diesel S10, ou 12 mil metros cúbicos diários, e o suficiente para encher 380 mil botijões de gás de cozinha por dia, entre outros produtos.

“É um marco superimportante o início da UPGN, porque já está trazendo desenvolvimento para toda a região do Sudeste do Rio. Começa a gerar receita também para os municípios e está totalmente aderente ao que está estabelecido no nosso planejamento estratégico”, afirmou Queiroz, ressaltando a importância do empreendimento que ocupa 10% de todo o município de Itaboraí, no Rio de Janeiro, o equivalente a 5.455 campos do Maracanã.

A geração de energia elétrica do polo também vai beneficiar a região, representando oito vezes do consumo do município, e a produção de lubrificante do grupo II (OB G-II), um produto mais complexo e com baixo teor de enxofre, vai representar 80% da produção nacional, ou 1.846 metros cúbicos por dia (m³/d), informou Queiroz. Também está prevista a produção de 3.270 m³/d de querosene de aviação (QAV), o correspondente a 1.500 idas e voltas do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, além de 3.260 m³/d de Nafta.

Queiroz informa que boa parte das obras das unidades de refino está adiantada, remanescentes do projeto original do Comperj, como é o caso da unidade de hidrocraqueamento catalítico (HCC) e para a produção de diesel, que estão 80% prontas. As duas plantas de hidrogênio cinza (a partir do gás natural), com capacidade para 3 milhões de m³/d cada, também estão sendo licitadas, assim como outras unidades auxiliares. Já a produção de lubrificantes vai partir do zero, “mas já está com a licitação na rua”, ressaltou Queiroz.

Ele destacou que a unidade de biorrefino, ainda em estudo, depende das plantas de hidrogênio, mas terá capacidade de processar 1 milhão de toneladas por ano de gordura animal ou óleo vegetal, e deverá produzir biodiesel no futuro, segundo o executivo. “Uma das coisas fundamentais para essa planta do biorrefino, assim como para a de Hidrotratamento (HDT) e a de Hidrocraqueamento Catalitico (HCC) é que precisa de muito hidrogênio”, explicou.

Para ajudar na sustentabilidade do projeto, Queiroz informa que a Petrobras fechou um contrato com a Reuso Itaboraí, uma subsidiária da Águas do Rio, que vai garantir, a partir de 2026, o reuso de 100% da água utilizada no polo para produzir vapor e resfriamento das plantas. A expectativa é de que, em pleno funcionamento, o consumo de água chegue a 1.900 metros cúbicos por hora. No momento, o Gaslub recebe água da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), que também fornecerá a matéria-prima (gasóleo) para a produção do Gaslub, e receberá os produtos prontos de volta para comercializar.

“Vamos aproveitar a estrutura que eles (Reduc) têm, para não ter que criar aqui, o que poderia prejudicar também a movimentação na região. Pode até ser que no futuro tenha, porque a gente tem uma área de entorno bem grande aqui. Então, pode ser que no futuro alguma distribuidora queira vir se instalar aqui para facilitar a logística”, avaliou Queiroz.

Valor - SP   10/09/2024

Companhia, que opera na comercialização e geração de energia e exploração de gás, vai oferecer o insumo para clientes industriais

A Tradener iniciou a venda de gás natural para o setor industrial com produção própria de seu poço no município de Pitanga, no Paraná. A iniciativa da companhia, que opera na comercialização e geração de energia e exploração de gás, é mais um passo num mercado que vem ganhando corpo e se tornando uma opção de fonte de energia para a indústria.

O poço da Tradener iniciou operações em julho de 2022 e tem uma capacidade plena de produção de até 100 mil metros cúbicos por dia. Este primeiro contrato prevê a venda inicial de 40 mil metros cúbicos por dia já em 2024, com um aumento de volume em janeiro de 2026 atingindo 80 mil metros cúbicos diários.

A comercialização será feita em parceria com a GNLink, empresa do Rio de Janeiro que irá comprar o gás na cabeça do poço e ficará responsável por sua distribuição. A GNLink converte o gás natural em gás natural liquefeito (GNL), o que permitirá acessar grandes clientes localizados a distâncias superiores a 1.000 km por transporte rodoviário.

Contudo, o mercado prioritário será o Paraná. A comercialização utilizando o modal rodoviário ocorre também porque o gás é originário de uma região onde as redes de distribuição ainda não estão plenamente desenvolvidas. No jargão do setor, este modelo é conhecido como “gasoduto virtual”, em que o transporte é feito por caminhões.

Walfrido Avila, presidente da Tradener, explicou ao Valor que o poço, anteriormente com produção ociosa, abastecia apenas a térmica de Barra Bonita, gerando 10 MW de energia e consumindo 20 mil metros cúbicos de gás por dia. Agora, os 80 mil metros cúbicos excedentes estão sendo direcionados ao mercado.

“Há possibilidade de um grande consumidor comprar a molécula diretamente, como acontece no mercado livre de gás [segmento em que o consumidor pode escolher o seu fornecedor e estabelecer contratos por prazo ou preço sem estar vinculado a uma distribuidora local] dentro dessa produção de 80 mil metros cúbicos por dia. O que não significa uma imensa produção. O poço não é gigantesco”, disse o executivo.

Mercado em crescimento

O anúncio da Tradener ocorre no momento em que o mercado industrial busca mais oferta do energético. A Gerdau abriu o mercado livre de gás no Rio de Janeiro com um contrato com a Petrobras e a Naturgy, para suprimento à Cosigua, unidade de produção de aços longos no Rio.

Outro grande consumidor que entrou no segmento foi a também siderúrgica CSN, que fechou parceria com um pool de empresas — Petrobras, Shell e Galp — para suprir as necessidades energéticas da usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ).

Outras regiões do Brasil já vivem suas primeiras experiências com o mercado de gás. Em Sergipe, a Eneva busca novos contratos de gás para aproveitar capacidade ociosa de seu terminal de regaseificação e fornecer gás natural liquefeito (GNL) importado. Ainda neste ano, o terminal de GNL do Porto de Suape, em Pernambuco, da Oncorp, também será conectado à malha da TAG.

Recentemente, a New Fortress Energy (NFE) inaugurou um terminal de GNL em Santa Catarina, com aportes de R$ 500 milhões. Este é o primeiro da região Sul e já tem contrato firmado com a TBG (Transportadora Gasoduto Brasil-Bolívia) para fornecimento de gás por meio da sua conexão com o Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol).

O gasoduto da Subida da Serra, da Comgás e que interliga a Baixada Santista ao restante do Estado de São Paulo, também deve aumentar a oferta de gás ao mercado, mas o empreendimento está no centro de um impasse federativo, entre Arsesp e ANP, sobre a definição se a infraestrutura é de distribuição ou de transporte.

Infomoney - SP   10/09/2024

A produção consolidada da PetroRecôncavo (RECV3) foi de 25,688 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) no mês de agosto, redução de 4% na comparação mensal.

De acordo com a petroleira, o desempenho foi afetado por itens não-recorrentes de paradas para manutenção no midstream (etapa intermediária dentro do processo de produção de petróleo) de terceiros e uma intervenção no poço GTE-03 que impactaram temporariamente a produção do período.

Após a solução das ocorrências e estabilização da produção, ao final do mês, a produção retornou ao patamar do mês de julho.

No Ativo Potiguar, a produção foi de 13,206 mil boed, estável em relação ao mês anterior.

Já no Ativo Bahia, a produção foi de 12,482 mil boed, redução de 8% em relação ao mês anterior.

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