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10 de Março de 2023

SIDERURGIA

Investing - SP   10/03/2023

A CSN (BVMF:CSNA3) está vendo um cenário favorável para um aumento de preços de aços planos no Brasil da ordem de 7,5% a 10% a partir do próximo mês, afirmou nesta quinta-feira o diretor comercial da companhia, Luis Barbosa Martinez.

"Se a demanda melhorar um pouco e o crescimento que estamos vendo agora em março se estabilizar...acho que conseguiremos emplacar entre 7,5% e 10% em planos", disse o executivo durante conferência com analistas, após divulgação de resultados do quarto trimestre na noite da véspera.

"Em longos, é mais complicado por causa da equação de uma oferta e demanda mais apertada", acrescentou o executivo. Martinez citou que o chamado "prêmio", a diferença de preço entre o aço importado e o produzido no Brasil, no segmento de longos está negativo em 14%, enquanto em planos está "levemente negativo".

Segundo ele, a CSN tem um plano de redução de custos de produção ao longo do primeiro semestre deste ano, que inclui avaliação de novas compras de placas de terceiros para laminação.

No quarto trimestre, o custo de placa foi de 3.923 reais por tonelada ante 4.133 no terceiro trimestre e 3.673 nos três últimos meses de 2021. O executivo avalia que a CSN está mirando margem de 20% para o segmento de siderurgia, após 13,6% no final do ano passado.

A companhia estima investimento de 4,4 bilhões de reais em 2023, após desembolsos de 3,4 bilhões de reais realizados em 2022, afirmou o diretor de finanças, Marcelo Cunha Ribeiro, em teleconferência com analistas nesta quinta-feira.

"Esperamos aceleração importante na geração de caixa, com evolução positiva do Ebitda que vai compensar o investimento maior", disse o executivo. "O fluxo de caixa positivo vai nos permitir reduzir endividamento", acrescentou.

Ribeiro afirmou ainda que a alavancagem da CSN em janeiro foi de 2 vezes, abaixo do nível de 2,21 vezes do fim do final do ano passado. A companhia segue tendo como alvo manter liquidez da ordem de 15 bilhões de reais e uma alavancagem entre 1 e 2 vezes.

Por volta de 12:20, as ações da CSN recuavam 5,73%, a 16,96 reais, na bolsa paulista, entre as maiores perdas do Ibovespa, que cedia 0,55%.

IstoÉ Dinheiro - SP   10/03/2023

A CSN teve lucro líquido de 197 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, bem abaixo dos cerca de 1 bilhão de reais obtidos um ano antes, mas o desempenho operacional veio acima do esperado pelo mercado, segundo dados do balanço divulgados no final da noite de quarta-feira.

A companhia, que além de aço atua nos mercados de cimento, mineração e energia, apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 3,12 bilhões de reais, queda de 16% sobre o resultado de 3,7 bilhões divulgado para o quarto trimestre de 2021. A margem despencou de 34,9% para 27,1%.

Analistas, em média, esperavam que a CSN divulgasse lucro líquido de cerca de 1 bilhão de reais e um resultado operacional medido pelo Ebitda de 2,9 bilhões para os três últimos meses do ano passado, segundo dados da Refinitiv.

A empresa apurou vendas de 1 milhão de toneladas de aço no período, queda de 1% sobre um ano antes. O custo de placa consumida no quarto trimestre foi de 3.923 reais por tonelada ante 3.673 um ano antes. A CSN citou que o resultado de siderurgia no final do ano foi “impactado por um ritmo comercial e por uma dinâmica de preços arrefecidos”.As vendas de minério de ferro somaram 9,7 milhões de toneladas, crescimento de 26% na mesma comparação. “Para 2023, a perspectiva é de crescimento de produção, com um minério mais rico e preços que estão surpreendendo positivamente”, afirmou a empresa no balanço.

A CSN terminou dezembro com alvancagem de 2,21 vezes dívida líquida sobre Ebitda ajustado ante 0,76 vez no fim de 2021 e 1,69 vez no terceiro trimestre do ano passado.

Valor - SP   10/03/2023

No ano passado, o Ebitda ajustado da Companhia Siderúrgica Nacional alcançou R$ 13,8 bilhões, o segundo melhor da história, mas com queda de 37% frente ao recorde registrado em 2021

Depois de entregar resultado operacional em linha com o esperado pelo mercado no quarto trimestre, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) espera aceleração do crescimento do resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no início de 2023, indicou o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Marcelo Cunha Ribeiro, em teleconferência com analistas.

Conforme o executivo, 2022 não foi um ano fácil do ponto de vista operacional, com as chuvas no início do período prejudicando as operações na mineração. “Mas a CSN conseguiu dar uma resposta e melhorou volume, preços e custos na mineração”, comentou.

Na siderurgia, conforme Ribeiro, a companhia também teve bom desempenho operacional, apesar da queda dos preços internacionais do aço, que prejudicou os resultados desse negócio no quarto trimestre.

“Com isso, a CSN conseguiu crescer o Ebitda em 15% no quarto trimestre na comparação sequencial e a gente espera que esse crescimento deve se acelerar no começo de 2023”, afirmou. Frente ao quarto trimestre de 2021, porém, o Ebitda ajustado recuou 16%.

No ano passado, o Ebitda ajustado da CSN alcançou R$ 13,8 bilhões, o segundo melhor da história mas com queda de 37% frente ao recorde registrado em 2021.

A principal contribuição para a melhora do Ebitda no quarto trimestre, frente ao terceiro, veio da mineração, cujos resultados foram impulsionados por preços melhores do minério de ferro e volume superiores. “A siderurgia, apesar do bom desempenho operacional, experimentou redução gradual de preços”, disse Ribeiro.

Em relação ao capital de giro, explicou o executivo, o fato de a produção na siderurgia “ter andando na frente das vendas” se refletiu em maior estoque de produto acabado, elevando essa conta e com impacto também no fluxo de caixa.

“Em 2023, esperamos aceleração importante da geração de caixa, que vai compensar o investimento maior e, portanto, o fluxo de caixa positivo vai nos permitir reduzir o endividamento”, disse.

Com a esperada normalização dos estoques de produtos acabados no ano em curso, a CSN projeta redução de R$ 2 bilhões no capital de giro nos próximos trimestres. “A variação do capital de giro deve estar bem comportada em 2023, diferente da volatilidade de 2022”, comentou.

O diretor financeiro reafirmou a meta da CSN de operar com caixa mínimo de R$ 15 bilhões neste ano, diante do cenário mais turbulento, embora essa seja uma posição cara, reconheceu.

“Fazemos todos os esforços para tentar reduzir isso, buscando captações e aplicações mais eficientes, como linhas de crédito rotativo, que possam permitir um caixa menor. Mas, por enquanto, só está disponível para empresas que têm grau de investimento”, acrescentou.

A CSN mantém a previsão de investir R$ 4,4 bilhões em 2023, acima dos R$ 3,4 bilhões aportados no ano passado, com desembolsos mais expressivos em mineração.

Alavancagem financeira

O fluxo de caixa da CSN no quarto trimestre foi insuficiente para permitir a redução do endividamento, em um momento de desembolsos elevados sobretudo por causa dos dispêndios relacionados à aquisição da CEEE-G e do pagamento de dividendos, disse Ribeiro, nesta quinta-feira (09).

Diante disso, em dezembro, a dívida líquida da CSN chegou a R$ 30,47 bilhões, um salto de 25% em três meses, levando a alavancagem financeira, medida em relação ao resultado operacional (Ebitda) anualizado ao nível de 2,2 vezes — de 1,69 vez em setembro.

“A finalização das aquisições no setor elétrico, além da outourga, com [investimento] de R$ 3,3 bilhões, mais o pagamento importante de dividendos, somados, praticamente correspondem a toda evolução da dívida líquida”, disse o executivo.

Conforme Ribeiro, considerando-se um pré-pagamento de minério acertado com a Glencore no início deste ano, a alavancagem da CSN já estava em 2 vezes, no teto do intervalo considerado adequado pela companhia — de 1 vez a 2 vezes.

“O que vemos para 2023 é que, com a sequencial melhora de Ebitda e fluxo de caixa, [esse índice] naturalmente vai tenter ao meio da faixa de alavancagem desejada”, afirmou.

O salto da dívida líquida, com avanço da alavancagem financeira, em meio a planos de investimento de R$ 4,4 bilhões em 2023, não agradou ao mercado e as ações da CSN operavam em baixa de 6,23% há pouco, negociadas a R$ 16,87 cada na B3, acelerando as perdas em relação ao início dos negócios.

Investing - SP   10/03/2023

A CSN (BVMF:CSNA3) está vendo um cenário favorável para um aumento de preços de aços planos no Brasil da ordem de 7,5% a 10% a partir do próximo mês, afirmou nesta quinta-feira o diretor comercial da companhia, Luis Barbosa Martinez.

"Se a demanda melhorar um pouco e o crescimento que estamos vendo agora em março se estabilizar...acho que conseguiremos emplacar entre 7,5% e 10% em planos", disse o executivo durante conferência com analistas, após divulgação de resultados do quarto trimestre na noite da véspera.

"Em longos, é mais complicado por causa da equação de uma oferta e demanda mais apertada", acrescentou o executivo. Martinez citou que o chamado "prêmio", a diferença de preço entre o aço importado e o produzido no Brasil, no segmento de longos está negativo em 14%, enquanto em planos está "levemente negativo".

Segundo ele, a CSN tem um plano de redução de custos de produção ao longo do primeiro semestre deste ano, que inclui avaliação de novas compras de placas de terceiros para laminação.

No quarto trimestre, o custo de placa foi de 3.923 reais por tonelada ante 4.133 no terceiro trimestre e 3.673 nos três últimos meses de 2021. O executivo avalia que a CSN está mirando margem de 20% para o segmento de siderurgia, após 13,6% no final do ano passado.

A companhia estima investimento de 4,4 bilhões de reais em 2023, após desembolsos de 3,4 bilhões de reais realizados em 2022, afirmou o diretor de finanças, Marcelo Cunha Ribeiro, em teleconferência com analistas nesta quinta-feira.

"Esperamos aceleração importante na geração de caixa, com evolução positiva do Ebitda que vai compensar o investimento maior", disse o executivo. "O fluxo de caixa positivo vai nos permitir reduzir endividamento", acrescentou.

Ribeiro afirmou ainda que a alavancagem da CSN em janeiro foi de 2 vezes, abaixo do nível de 2,21 vezes do fim do final do ano passado. A companhia segue tendo como alvo manter liquidez da ordem de 15 bilhões de reais e uma alavancagem entre 1 e 2 vezes.

Por volta de 12:20, as ações da CSN recuavam 5,73%, a 16,96 reais, na bolsa paulista, entre as maiores perdas do Ibovespa, que cedia 0,55%.

Infomoney - SP   10/03/2023

A desalavancagem e a geração de caixa estão no foco da CSN (CSNA3) em 2023, segundo executivos da companhia que falaram com analistas e investidores na manhã desta quinta-feira (9), após a companhia publicar ontem seu resultado do quarto trimestre.

Entre outubro e dezembro, a alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) da CSN foi a um múltiplo de 2,2 vezes. Isso foi apontado como negativo por diversas casas, bem como o fluxo negativo de caixa no trimestre. Com isso, as ações CSNA3 registravam uma queda de 6,61%, a R$ 16,80, dos ativos às 14h10 (horário de Brasília).

“A CSN reportou uma geração negativa de caixa de R$ 146 milhões no quarto trimestre, principalmente por conta de maiores despesas financeiras, alta do Capex [investimentos] e um aumento de R$ 438 milhões no capital de giro”, disse a equipe de analistas do Itaú BBA, chefiada por Daniel Sasson. “Do lado negativo do balanço, a geração de caixa foi fraca devido ao maior Capex, resultado financeiro e imposto de renda, com a dívida líquida crescendo novamente”, corroborou a equipe do Bradesco BBI, liderada por Thiago Lofiego.

O banco destacou que a dívida líquida atingiu R$ 30,5 bilhões, com aumento de R$ 6,1 bilhões ante setembro, principalmente devido à aquisição da CEEE-G (aproximadamente R$ 3,3 bilhões) e ao pagamento de dividendos de R$ 2,5 bilhões. O Ebitda, por sua vez, avançou 15% na base trimestral, mas caiu 16% na anual, para R$ 3,1 bilhões.

O Bradesco BBI aponta que, apesar dos resultados mais fortes do segmento de mineração, do lado negativo, a geração de caixa foi fraca, devido aos maiores investimentos, resultado financeiro e imposto de renda, com a relação de dívida díquida crescendo novamente, avalia. Os analistas do BBI mantêm recomendação apenas neutra para CSNA3, pois veem maior potencial de valorização em outros lugares neste momento – “preferimos Gerdau (GGBR4)para exposição à siderurgia e Vale (VALE3) ou CSN Mineração para exposição ao minério de ferro”.

Os executivos da companhia, porém, defenderam que a empresa deve consertar o problema da alavancagem em breve.

“Com alavancagem em 2,2 vezes, ficamos com o olho em gerar caixa e ficar dentro da faixa estipulada por nós mesmos, entre 1 e 2. Devemos privilegiar isso. Nosso foco, porém, continua sendo em dividendos, crescimento e desalavancagem. Esperamos entregar tudo”, disse Marcelo Ribeiro, diretor financeiro da CSN. “O fluxo de caixa do quarto trimestre foi insuficiente para reduzir a alavancagem. Esta, porém, subiu por motivos pontuais. Com o pré-pagamento do minério, anunciado em janeiro, a alavancagem já foi para 2. Para 2023, vemos que a melhora do Ebitda e do fluxo de caixa deve nos levar para dentro da faixa nos próximos trimestres”.

A CSN, segundo os diretores, vê que uma boa posição de caixa mínimo, atualmente, está em R$ 15 bilhões, por conta de toda a volatilidade – e afirma que buscará isso ao longo do ano. A companhia terminou 2022 com uma posição de caixa de R$ 12,5 bilhões.

Para melhorar a relação entre desempenho operacional e endividamento líquido, a CSN aposta em um avanço operacional, aperfeiçoamento de fluxo de caixa, controle de investimentos e até mesmo em uma possível oferta de capital inicial (IPO, na sigla em inglês) do braço de cimentos em um futuro mais distante.

Marcelo Ribeiro defendeu que o capital de giro deve melhorar, principalmente por conta da linha de estoques.

“Terminamos 2022 com estoque acima de R$ 11 bilhões. Esperamos normalizar os estoques de produtos acabados, tirar cerca de R$ 600 milhões desta linha, mas também na rubrica de custos de matéria prima. Ainda temos carvão e coque caros, temos estoques de minério. Esperamos que essa linha se reduza em R$ 2 bilhões ao longo dos próximos trimestres. Não é um impacto direto na geração de caixa, pois há uma redução proporcional em fornecedores, mas essa linha deve ficar mais comportada. Não esperamos tamanha volatilidade como em 2022”, disse o executivo.

Já do lado de investimentos, a empresa afirma que o guidance para o Capex em 2023 fica inalterado, em R$ 4,4 bilhões, com foco na mineração. Algumas empreitadas, como o avanço do braço de cimento nos Estados Unidos, ficam de lado, à espera da normalização da estrutura de capital. “Vamos fazer um equilibro ao longo dos próximos trimestres e, quando nos sentirmos confiantes e dentro da faixa esperada, voltaremos a acelerar com a expansão organica”, explicou.

No operacional, a CSN espera que os maiores gastos do último ano, com focos no braços de mineração, cimento e elétrico, trarão frutos.

“De custos, tivemos uma redução importante nos gastos com placa no quarto trimestre. Os esforços são fortes para continuar com isso, sendo que no primeiro trimestre continuamos. É fator fundamental para preservar a margem Ebitda”, explicou Luis Fernando Barbosa Martinez, diretor comercial da empresa.

No quarto trimestre, o custo de placa foi de R$ 3.923 por tonelada ante R$ 4.133 no terceiro trimestre e R$ 3.673 nos três últimos meses de 2021. A CSN mira uma margem de 20% para siderurgia, ante 13,6% no fim de 2022.

O mercado, para os executivos, também deve melhorar, com a CSN vendo um espaço para aumentar seus preços.

“Se a demanda melhorar um pouco e o mercado se estabilizar, acho que conseguimos emplacar um aumento de 7,5% a 10% em planos. Em longos, a situação é mais complicada”, defendeu Martinez.

“Na China, crescimento já foi dado para 2023, sendo de no mínimo 5%, com isso, sendo buscado pela injeção de capital na construção civil e a finalização de obras inacabadas. Estoques por lá nunca foram tão baixos, de 18 a 20 dias. O aço, com isso, pulou de US$ 530 a tonelada para US$ 680. Nos Estados Unidos, o preço era de US$ 681 e hoje está acima de US$ 1000. Pleno emprego, plano Biden. Tudo impulsiona e nos deixa otimistas”.

Por fim, os executivos da CSN afirmaram que um possível IPO do braço de cimento iria em linha com a busca pela desalavancagem.

“Estamos bem, não temos apenas crescimento, mas sim ganho de rentabilidade. O mercado está fechado neste momento, mas estamos prontos e esperando”, comentou Ribeiro. “Posição de custo é fundamental neste momento, pois há capacidades no mercado que, com os níveis atuais, não irão parar em pé. Os aumentos recentes de preço foram muito fortes e, provavelmente, agora o foco ficará em custos. Com a nossa aquisição recente, da LafargeHolcim, estamos tentando avançar nisso. Quando estávamos com a CSN, os nossos custos nos permitiram entrar no mercado. Com a aquisição, além de algumas excelentes surpresas em sinergias, tivemos uma melhora comercial”, complementou Martinez.

Valor - SP   10/03/2023

Conforme o empresário, a meta da CSN em 2023 é trabalhar “a full” e com margens diferenciadas, de forma a poder mostrar esses resultados a partir do segundo trimestre

O CEO e presidente do conselho de administração da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, manteve a postura mais positiva em relação aos negócios do grupo em 2023, a despeito do cenário macroeconômico e político desafiador no país e no mundo.

“Com todo realismo e reconhecendo as dificuldades que existem no mercado, e a instabilidade política em nível global e local, estamos otimistas com relação ao ano de 2023 já que todas as medidas foram tomadas”, comentou, em teleconferência com analistas.

Conforme o empresário, a meta da CSN em 2023 é trabalhar “a full” e com margens diferenciadas, de forma a poder mostrar esses resultados a partir do segundo trimestre.

O empresário também reiterou nesta quinta-feira o compromisso do grupo de operar com alavancagem financeira entre 1 vez e 2 vezes.

Conforme Steinbruch, o retorno a esse intervalo é factível, uma vez que investimentos expressivos já foram realizados, no segundo semestre do ano passado — com as aquisições da LafargeHolcim Brasil e da CEEE-G —, mais as sinergias a serem capturadas com essas integrações e eventuais operações de mercado envolvendo os negócios de energia e cimentos.

“Através de resultado ou de alguma operação de mercado para os novos ativos, temos a certeza de que volta à normalidade essa questão da alavancagem”, afirmou

O desempenho da CSN em 2022, na avaliação do presidente, poderia ter sido melhor, uma vez que a companhia deixou de aproveitar algumas oportunidades por causa de dificuldades operacionais, que já foram superadas. Diante disso, os resultados a partir do primeiro trimestre devem ser crescentes.

“Acreditamos que a gente tem o resultado de todos os esforços, mais as sinergias com verticalização no cimento, com a integração da energia em todas as unidades e junto com a mineração com preços melhores do que o previsto, temos uma excelente perspectiva de resultado”, acrescentou.

Money Times - SP   10/03/2023

A Vale (VALE3) informou nesta quinta-feira (9) que concluiu a venda de sua participação na Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) à ArcelorMittal. A conclusão da operação estava sujeita às aprovações corporativas e regulatórias usuais.

Além da Vale, os sócios Posco Holding e Dongkuk Steel Mill alienaram suas respectivas participações na empresa, fundada em 2008 como uma joint venture entre Vale (50%), Dongkuk (30%) e Posco (20%).

A transação foi anunciada em meados de 2022, com a CSP avaliada em US$ 2,2 bilhões. Segundo a Vale, o dinheiro será utilizado para pagar antecipadamente o saldo devedor da dívida líquida de US$ 2,3 bilhões.

A venda de participação também reforça a estratégia da mineradora de simplificar o portfólio, focando nos principais negócios e em oportunidades de crescimento pautados pela alocação de capital disciplinada.

A CSP está localizada no Ceará e tem capacidade instalada de três milhões de toneladas de placas de aço por ano.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   10/03/2023

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira que o debate sobre meta de inflação não está no radar da pasta e alegou um “impacto” negativo nas especulações sobre eventual mudança na meta.

— A meta de inflação é um não assunto para o ministério do Planejamento. Falar em meta de inflação só impacta [negativamente] — Tebet.

A discussão sobre juros começa com a definição da meta de inflação. O Conselho Monetário Nacional (CMN), hoje formado por Campo Neto, Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), define o centro da meta e a margem de tolerância. O CMN se reúne, normalmente, em meados do ano, para definir a meta de dois anos e meio adiante.

Neste ano, a meta é de 3,25%, enquanto que para 2024 e 2025 o índice é de 3%. Nesta segunda-feira, Campos Neto disse que uma mudança da meta de inflação teria como “efeito prático a perda de flexibilidade”.

O Estado de S.Paulo - SP   10/03/2023

A expectativa de queda da taxa básica de juros (Selic) mais cedo que o esperado anteriormente já figura nos cenários de alguns economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. Essa possibilidade decorre do risco de piora do mercado de crédito com a crise da Americanas, em meio à desaceleração já contratada para a atividade econômica.

Segundo analistas, a ameaça ao crédito poderia ser o aceno “técnico” do Banco Central - e não político - ao governo de que o corte de juros não está tão distante. A possibilidade não é majoritária pela incerteza em torno do arcabouço fiscal, ainda mais em meio à chance de mudança das metas de inflação e à desancoragem das expectativas.

Nos últimos dias, o Banco Alfa e o Banco Fibra anteciparam as expectativas de início do ciclo de cortes, citando o risco de piora do mercado de crédito. Saindo de um cenário de juros estáveis em 13,75% até dezembro, o Fibra diminuiu a sua projeção de Selic no fim de 2023 para 12,5%, incorporando à estimativa cinco cortes de 0,25 ponto porcentual a partir de junho.

O economista-chefe do banco, Cristiano Oliveira, afirma que a mudança da projeção leva em conta o aperto das condições financeiras do País, que pode ser amplificado por problemas de crédito em “algumas empresas varejistas”. Isso significa um impulso negativo do crédito em um momento no qual a atividade já desacelera naturalmente, devido ao aperto monetário conduzido pelo BC.

“[Isso] justifica maior atenção do BC para a intensidade da desaceleração da atividade econômica que está sendo contratada neste momento e, certamente, irá desacelerar ainda mais a demanda e a inflação de preços livres”, afirma Oliveira, em relatório assinado também pela economista do Fibra Ágila Cunha. O cenário básico do banco indica desaceleração do crescimento do PIB a 1,0% este ano, de 2,9% em 2022.

Oliveira alerta, no entanto, que o mais provável é que a nova proposta de arcabouço fiscal seja menos dura que o teto de gastos. Nesse caso, a tendência é de que o mercado precifique incerteza no cenário, de forma a manter a curva de juros futuros inclinada. Ao mesmo tempo, a desancoragem das expectativas impedirá a convergência da inflação a 3% no médio prazo.

“O mercado de juros deve continuar sendo o principal termômetro de risco macroeconômico e o spread entre os vértices curtos e longos deve continuar elevado, limitando o efeito da queda da taxa básica de juros”, afirma o economista.

O economista-chefe do Banco Alfa, Luís Otávio de Souza Leal, antecipou a projeção de início do ciclo de cortes de setembro para junho, devido à piora dos dados de crédito. Para o analista, esse quadro - combinado à reoneração de combustíveis e à apresentação de um arcabouço fiscal crível - pode levar o BC a sinalizar que a redução dos juros está próxima já na próxima reunião do Copom, no dia 22.

“Parece que o caminho do impacto da política monetária sobre o mercado de crédito está bem encaminhado, seja pelo canal tradicional, seja por uma ‘ajudinha extra’ do caso Americanas”, diz Leal, no relatório semanal de macroeconomia do Alfa. O economista lembra que já se observa um aumento da inadimplência e do spread no crédito para pessoas físicas e que a tendência é de piora também para as empresas.

Mesmo antecipando um início mais rápido do ciclo de cortes, o economista nota que o ritmo da diminuição deve ser menor, de 0,25 ponto porcentual por reunião, ante o 0,5 ponto esperado anteriormente. Leal aumentou a projeção de Selic no fim de 2023 de 12,25% para 12,5%, mas nota que o novo cenário ainda implica juros médios menores no ano - de 13,10%, ante 13,50% na estimativa anterior.

Nelson Abrahão, estrategista-chefe do multi family office Turim, avalia que seria natural o BC começar a ajustar o juro para baixo diante da desaceleração da economia, do aperto no crédito, especialmente depois do caso Americanas, e da desaceleração inflacionária na margem. Mas pondera que o debate que vem sendo colocado pelo governo de revisão de metas é contraproducente nesse sentido e que as questões fiscais também pesam.

Macroprudencial

Diante das incertezas em torno da política fiscal e da desancoragem das expectativas, outros analistas consideram que a chance de antecipação dos cortes da Selic é baixa. Economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast também argumentam que a desaceleração do crédito é um efeito esperado da política monetária e que os impactos da crise da Americanas sobre o setor podem ser limitados.

“O evento Americanas potencializa marginalmente a desaceleração do ritmo de expansão de crédito, mas a gente não está vendo um evento de crédito que crie um problema sistêmico. Você não pode achar que, se não cortar os juros, a economia vai implodir”, diz o economista da BlueLine Asset Flávio Serrano. “Nesse ambiente, faria mais sentido adotar políticas macroprudenciais, que ataquem o problema microeconômico na margem.”

Na mesma linha, o economista-chefe do Banco Original, Marco Caruso, diz que a ameaça de uma crise de crédito não é condição suficiente para uma queda da Selic. Seria necessário um recuo também das expectativas de inflação. “Mas será que o mercado vai ajustar bem para baixo as projeções de PIB por causa do crédito?”, questiona.

Caruso reconhece que um debate interessante é entre o controle da inflação e a estabilidade financeira. Mas lembra que, para o último caso, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já argumentou que a solução não é a queda da Selic, mas políticas macroprudenciais. Para o economista, a primeira queda dos juros deve ocorrer em novembro, considerando projeção de PIB de 0,5%.

Hoje, na ata do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), o BC afirmou que, mesmo em um cenário extremo, com contaminação do evento Americanas para toda a cadeia de produção e fornecedores que dependem da empresa de forma relevante, o impacto sobre o Sistema Financeiro Nacional seria “insignificante”. O Comef também avaliou que a política macroprudencial neutra segue adequada ao momento atual.

IstoÉ Dinheiro - SP   10/03/2023

O ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Loyola disse nesta quinta-feira, 9, que do ponto de vista jurídico, a mudança da meta inflacionária pode ser feita. Mas do ponto de vista do arcabouço do Regime de Metas Inflacionárias, “isso seria a pior coisa que poderia acontecer”, disse agora à noite Loyola, ao participar como palestrante do “Toro Talks: desafios de um novo Brasil”, evento anual organizado pela Toro Investimentos.

“Isso a mudança da meta tenderia a piorar as expectativas dos agentes econômicos em relação à inflação futura, provocaria uma desancoragem das expectativas de inflação, que subiriam até para se adaptarem a essa nova meta”, disse.

Para Loyola, uma eventual mudança da meta, com consequente desancoragem das expectativas, seria o mesmo que trocar seis por meia dúzia, só que com uma inflação maior.

“E os bancos centrais têm aquilo que chamamos de função de reação, uma variável que depende da distância entre a inflação verificada e a meta de inflação. Se você sobe a meta, sobe as expectativas, e a reação do BC vai exigir um juro nominal mais alto. Com isso, o objetivo de se baixar o juro não seria atingido”, disse Loyola.

Além de tudo isso, segundo ele, estaria se abrindo o precedente de mudar a meta no meio do jogo, para 2024 e 2025.

“E também não faz sentido colocar uma meta mais adiante acima do que temos agora. Imagine o BC fazendo todo o esforço para baixar a inflação agora sabendo que daqui a dois anos a meta estará mais alta. Não faz sentido”, criticou o ex-presidente do BC.

Loyola diz acreditar que o governo não vai mexer na meta, por todas as razões que colocou, e que a discussão sobre a mudança tem mais um componente político do que qualquer outra coisa.

Ele advertiu ainda que o Regime de Metas não é uma coisa rígida, e que se trabalha muito bem dentro de uma banda de tolerância.

“O BC tem espaço para trabalhar essa banda de tolerância dependendo da natureza da inflação, dependendo de quão difícil é o processo da desinflação”, disse Loyola abrindo parênteses para explicar que o processo de desinflação da atual alta global dos preços é mais difícil e demorado.

No Brasil, lembrou Loyola, o processo de desinflação costuma ser ainda mais demorado que em outras economias, por conta do efeito inercial que existe na média dos aumentos dos preços ao consumidor.

“Mas a nossa meta de inflação dá espaço para o BC trabalhar estes problemas porque tem uma banda relativamente larga de tolerância. É por ai que o BC pode trabalhar”, completou o ex-presidente da autarquia.

IstoÉ Dinheiro - SP   10/03/2023

A inflação anual ao consumidor da China desacelerou para a taxa mais baixa em um ano em fevereiro, com os consumidores ainda cautelosos apesar do abandono dos fortes controles contra a pandemia no final de 2022.

Combinados com a persistência da deflação do produtor, também divulgada nesta quinta-feira, os dados mostraram que a pressão de preços não se tornou um obstáculo para mais ações do governo buscando sustentar a recuperação econômica da depois da Covid-19, disseram analistas.

O índice de preços ao consumidor avançou em fevereiro 1,0% na comparação com o ano anterior, no ritmo mais lento desde fevereiro de 2022, informou a Agência Nacional de Estatísticas (NBS).

O resultado ficou bem abaixo da expectativa de uma alta de 1,9% em pesquisa da Reuters e do aumento anual de 2,1% visto em janeiro.

O governo tem como meta um nível médio para os preços ao consumidor este ano de cerca de 3% em relação a 2022.

Zhiwei Zhang, presidente da Pinpoint Asset Management, disse que os números estão em conflito com outros dados que mostram força considerável na demanda doméstica.

“No entanto, a inflação ao consumidor fraca abre espaço para o governo adotar mais políticas de flexibilização monetária”, disse ele.

No entanto, os economistas em geral não esperam grandes mudanças na política monetária este ano. O governo cortou a taxa de compulsório dos bancos duas vezes no ano passado para estimular a economia.

A agência de estatísticas atribuiu a desaceleração do crescimento dos preços ao consumidor à queda na demanda após o feriado do Ano Novo Lunar em janeiro. A maioria dos preços dos alimentos frescos caiu como resultado do clima quente e da oferta abundante, afirmou.

O índice, que é ajustado sazonalmente, caiu 0,5% em relação ao mês anterior, contra expectativa de avanço de 0,2% e de alta de 0,8% em janeiro.

A deflação ao produtor se aprofundou em fevereiro e chegou ao quinto mês seguido.

O índice de preços ao produtor caiu em fevereiro 1,4% em relação ao ano anterior, devido em grande parte aos custos mais baixos das commodities. A expectativa era de queda de 1,3% em pesquisa da Reuters, após contração de 0,8% observada em janeiro.

CNN Brasil - SP   10/03/2023

O Brasil continua sendo o país com um dos juros reais mais altos do mundo. Para especialistas, a atual meta de inflação do país, somada às expectativas de gastos por parte do novo governo explicam a continuidade de uma Selic maior.

O ranking de juros liderado pelo Brasil foi elaborado pela gestora Infinity Asset Management, que acompanha um grupo das 40 principais economias globais.

“A sinalização do início do corte [dos juros] já estava programada para o meio do ano. Só que aí vem o papel do governo, que tem o potencial de desancorar as expectativas ao emitir sinais ruins fiscais. A permanência da taxa não é um efeito de política monetária, nem de inflação, é um efeito de deterioração de expectativas e o governo deve gerenciar isso”, afirma Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

Os juros reais são a taxa de juros corrente descontada a inflação. Em fevereiro, eles ficaram em 7,4% em fevereiro no Brasil, depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a Selic em 13,75%, o maior nível desde 2016.

O comentarista de Economia da CNN Aod Cunha diz que as sinalizações do governo são importantes para facilitar o trabalho do BC de reduzir a taxa Selic. Para o economista, algo que ajudaria a dar início ao arrefecimento da taxa seria uma política fiscal clara.

“Política fiscal objetiva, uma âncora ou um regramento fiscal objetivo que sinalize, não só uma meta para o controle da dívida, mas um tipo de controle para o crescimento do gasto público. Se o governo fizer isso de maneira clara e objetiva, vai abrir espaço natural para uma redução da taxa de juros”.

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, também leva em consideração as perspectivas com relação à política fiscal brasileira e a maneira como tem sido conduzida ao longo dos anos. A partir de um quadro de política expansionista, no sentido de aumento de gastos, a política monetária do BC tem sua eficiência “minada”, causando assim uma necessidade maior de permanecer com taxas de juros mais altas por mais tempo.

“Temos no Brasil uma política fiscal que é sempre expansionista pelo lado do custeio, nunca pelo lado do investimento. Se fosse pelo lado do investimento seria bom, pois teríamos retornos em médio e longo prazos. Como sempre é pelo lado do custeio, significa que o governo sempre gasta muito e gasta mal. Essa expansão fiscal vai minando a eficiência da política monetária do BC”.

A lista dos maiores juros reais é liderada por outros países latinos que vêm logo na sequência do Brasil: no México, a taxa descontada da inflação está em 5,5%, no Chile é 4,7% e, na Colômbia, 3%.

Já é o quarto levantamento em que o Brasil se mantém na dianteira dos juros reais globais, de acordo com a Infinity, que renova o ranking a cada reunião do Copom. Os encontros são realizados a cada 45 dias com o presidente e os diretores do BC para definir a taxa Selic.

Paulo Gala, economista-chef do Banco Master, coloca outro ponto sob perspectiva. O de que a meta da inflação de 3,25% para este ano, e a de 3% para 2024, foi definida em um contexto pré-pandêmico e quando o IPCA estava baixo.

Segundo ele, após a pandemia e a guerra na Ucrânia que geraram um contexto inflacionário no mundo todo, as atuais metas são difíceis de serem perseguidas pelo BC.

“Com o choque da pandemia, o BC reagiu com muita força e fomos para esse nível excessivamente elevado. Contudo, não devemos mudar a meta agora. Mudar agora vai dar a impressão de descontrole da inflação e para o governo novo isso é muito ruim”, disse Gala.

Agostini, concorda com a meta de inflação ambiciosa do Brasil frente à capacidade de alcançá-la.

“Temos uma meta de inflação muito ambiciosa. Estamos falando de uma meta muito parecida, ao olharmos o centro da meta, com países desenvolvidos como os Estados Unidos e nações da Europa. É muito ambiciosa para um país que não tem uma infraestrutura que dê ganho de produtividade, ganho de escala, que dê competitividade para o Brasil”, disse.
Crédito

Em sua última reunião, o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), órgão do Banco Central, destacou a questão dos juros no país na avaliação do cenário econômico e financeiro.

O Comef apontou que houve desaceleração no ritmo de concessão de crédito tanto para empresas como para o consumidor pessoa física. O dinheiro mais caro, com juros subindo para o cliente, diz o Comitê, apesar de a taxa Selic estar estacionada desde agosto do ano passado em 13,75%, também faz com que as instituições fiquem mais criteriosas para a concessão de crédito.

Aod Cunha avalia que a continuidade do atual patamar da taxa de juros deve gerar uma situação desafiadora no mercado de crédito.

“A permanência de uma taxa elevada, o prolongamento dessa taxa, evidentemente, em algum momento, iria gerar uma situação de restrição de crédito mais aguda. Precisamos reduzir a taxa de juros. Precisa ser feito de maneira correta, para que uma redução mal feita depois não nos leve a uma subida adicional de juros e uma restrição de crédito maior”, explica.

Em relatório enviado aos clientes nesta semana, a consultoria Verde Asset apontou que existem sinais incipientes de uma possível crise de crédito atingindo a economia brasileira e que, por isso, será necessário “boas políticas públicas” para administrar a situação.

Na vida prática das empresas, os juros altos indicam a necessidade de se ter mais dinheiro para pagar dívidas, muitas vezes, contraídas num cenário em que a taxa estava perto da mínima, como era em 2021.
Emprego

Em um cenário de juros altos, o mercado de trabalho deve engatar em um processo de desaceleração ao longo de 2023, disseram analistas à CNN.

A expectativa deriva de projeções de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que, embora tenha avançado 2,9% ao longo de 2022, recuou 0,2% no último trimestre do ano, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início de março.

“Ao olhar o resultado do PIB no quarto trimestre, já dá para entender de onde o pessimismo vem. Os juros altos já começaram a incidir sobre a economia, embora o ‘pacote eleitoral’, com estímulos fiscais e de consumo no ano passado, tenha ajudado a reduzir o impacto nos dados”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador sênior da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre).

De acordo com o especialista, os efeitos da taxa Selic, em trajetória ascendente desde março de 2021 e estacionada em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, demoram a aparecer na atividade do país. É por isso que, agora, o impacto começa a ressoar com mais força.

“Eles ainda não estão impactando com todo o potencial, mas estarão. A Selic alta como ferramenta de controle da inflação tem o ônus de desacelerar a economia, e isso influencia diretamente na geração de empregos.”

O Estado de S.Paulo - SP   10/03/2023

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira, 9, que o novo arcabouço fiscal, que substituirá o atual teto de gastos, vai agradar a todos, inclusive ao mercado. Tebet participou há pouco de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no qual foi apresentado o novo mecanismo fiscal.

A ministra afirmou que a moldura, as regras e os números sobre o novo arcabouço serão anunciados por Haddad, após ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela garantiu, no entanto, que o mecanismo vai agradar a todos, porque atende tanto o lado da preocupação em zerar o déficit fiscal e estabilizar a relação dívida/PIB, quanto garantir os investimentos necessários para o País voltar a crescer.

“É um arcabouço fiscal responsável, preocupado com a responsabilidade fiscal, com o déficit primário, com a estabilização da dívida/PIB, mas atendendo a um pedido justo do presidente da República, porque assim quer a democracia brasileira, de que temos que ter recursos para os investimentos necessários para fazer o Brasil voltar a crescer”, disse a ministra após a reunião.

Ela evitou entrar em detalhes sobre a perspectiva de prazo para zerar o déficit fiscal no País. A ministra disse ainda acreditar que o novo arcabouço seja anunciado ainda este mês e que agora é preciso alinhar a agenda.

Papel

Segundo Tebet, o novo arcabouço está alinhado à responsabilidade fiscal e que agora é “questão de colocar os números no papel”.

“Reunião foi muito boa. Do lado orçamentário-fiscal saímos muito satisfeitos”, disse, após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Agora é questão de colocar os números no papel, mas o mais importante. O arcabouço que vai sair é um arcabouço que vai agradar todos”, emendou.

Ela afirmou que o novo mecanismo, que substituirá o teto de gastos, será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, posteriormente, divulgado à sociedade. A ministra disse acreditar que seja anunciado ainda este mês.

A ideia é que o novo arcabouço seja de conhecimento público já em março para que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) seja enviado com formato final, atualizado pela nova regra fiscal. A LDO tem de ser enviada pelo Executivo ao Congresso até o dia 15 de abril e aprovada pelo Legislativo até o dia 30 de junho.

Haddad também quer apresentar o mecanismo antes da reunião reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 21 e 22 deste mês.

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   10/03/2023

Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura reverteram o curso e passaram a negociar em alta na tarde de quinta-feira, após dados mostrando uma produção de aço mais alta elevarem o ânimo.

Os preços caíram pela manhã devido à cautela em torno de uma desaceleração na inflação ao consumidor da China em fevereiro e uma contração nos volumes de transações de produtos de aço para construção no dia anterior.

A produção dos cinco principais produtos de aço, incluindo vergalhão, fio-máquina, bobina a quente, bobina a frio e chapa grossa média, cresceu 49.000 toneladas em relação à semana anterior, para cerca de 9,52 milhões de toneladas em 9 de março, mostraram dados da consultoria Mysteel.

O contrato futuro de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 0,6%, a 916,5 iuanes (131,45 dólares) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em abril estava em 126,95 dólares a tonelada, um aumento de 0,09%.

“Os ganhos vistos à tarde são principalmente porque o sentimento melhorou, com um aumento superior ao esperado na demanda aparente de vergalhão”, disse um analista de Pequim que não está autorizado a falar com a imprensa.

O vergalhão na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 1,46%, para 4.313 iuanes por tonelada, a bobina laminada a quente avançou 1,36%, e o fio-máquina ganhou 0,84%.

A demanda downstream de aço vem se recuperando continuamente, dando suporte persistente ao mercado ferroso no curto prazo, disse Yu Chen, analista sênior de minério de ferro da Mysteel em Xangai.

“Acreditamos que os fundamentos (do mercado ferroso) ficarão estáveis ou em linha com as expectativas no curto prazo. E a produção de metal quente atingirá gradualmente o pico em março”, disse Yao Xinying, diretor de pesquisa do mercado ferroso da consultoria SMM.

Infomoney - SP   10/03/2023

A CSN Mineração (CMIN3) obteve lucro líquido de R$ 871,3 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 23,8% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2021, impactado principalmente pela melhora operacional da operação que mais do que compensou o maior volume de despesas financeiras no trimestre.

O consenso Refinitiv apontava para lucro líquido de R$ 799,5 milhões.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,785 bilhão no 4T22, um crescimento de 110% em relação ao 4T21 e acima dos R$ 1,2 bilhão previstos pelo consenso Refinitiv.

A margem Ebitda ajustada atingiu 50,8% entre outubro e dezembro, alta de 15,1 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 4T21.

A receita líquida somou R$ 3,512 bilhões no quarto trimestre deste ano, crescimento de 48% na comparação com igual etapa de 2021 e acima dos R$ 3,35 bilhões previstos pelo consenso Refinitiv.

A produção de minério de ferro somou 9,342 milhões de toneladas no 4T22, o que representa uma redução de 3% em relação ao 3T22, como resultado da sazonalidade, com o aumento de chuvas no final do ano, que impactam a produção e escoamento.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 1,646 bilhão no quarto trimestre de 2022, um aumento de 133% na comparação com igual etapa de 2021.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 439 milhões no quarto trimestre de 2022 ante ganhos financeiros de R$ 160 milhões da mesma etapa de 2021.

O total de investimentos no 4T22 foi de R$ 222 milhões, destinados especialmente à sobressalentes, reforma de frota e evolução da P-15.

Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 2,02 bilhões, uma elevação de aproximadamente R$ 3,2 bilhões em relação ao trimestre anterior, como consequência, principalmente, da distribuição de proventos aos acionistas da companhia.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,33 vez em dezembro de 2022 ante -0,59 vez do mesmo período de 2021.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   10/03/2023

Empresa espera despesas de até US$ 1,5 bilhão, além de US$ 300 milhões pré-impostos

A General Motors (GM) anunciou nesta quinta-feira que vai iniciar um programa de demissão voluntária como parte do seu plano de reduzir custos fixos em US$ 2 bilhões.

A montadora americana diz que vai pagar uma indenização fixa e outras compensações com base nos anos de trabalho para funcionários que entrem no programa.

A companhia não informou quantos funcionários podem aderir ao programa, mas espera despesas de até US$ 1,5 bilhão, além de US$ 300 milhões pré-impostos.

Como parte da iniciativa de redução de custos, a GM quer diminuir complexidade na montagem de veículos e usar equipamentos conjuntos para veículos a combustão e elétricos.

A GM também vai focar investimentos em iniciativas de crescimento para acelerar benefícios de curto prazo enquanto reduz despesas discrionárias na redução da sua folha salarial.

IstoÉ Dinheiro - SP   10/03/2023

Representantes das indústrias de combustíveis, de transportes e montadoras de veículos e máquinas defenderam nesta quinta-feira que o uso do biodiesel precisa ser revisado no Brasil, ao mesmo tempo em que consideram que este biocombustível traz problemas para motores e é menos eficiente em relação a outras rotas tecnológicas, como o chamado “diesel verde”.

Entidades como a Federação Brasilcom, de distribuidoras de combustíveis, Abimaq, Anfavea e Fenabrave, que congregam fabricantes de máquinas e veículos, além de entidades de transportes como a CNT e a NTC, afirmaram ainda que produtores de biodiesel no país estão atuando para garantir reserva de mercado contra a concorrência de biocombustíveis mais modernos, antes de uma reunião sobre a definição de uma nova mistura no diesel.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) terá sua primeira reunião no novo governo no próximo dia 17 e há uma expectativa da indústria de biodiesel de que possa ser discutido o teor de mistura de biodiesel no diesel, com validade a partir de abril.

“O biodiesel produzido hoje no Brasil é o de base éster. A característica química desse biodiesel gera problemas como o de criação de borra, com alto teor poluidor. Na prática, esse sedimento danifica peças automotivas, bombas de abastecimento, geradores de hospitais, máquinas agrícolas e motores estacionários”, afirmou o comunicado.

Produtores de biodiesel têm repudiado posições como a externada na nota da entidades divulgada nesta quinta-feira, afirmando que há testes que garantem a qualidade do biodiesel e que há consenso de que o uso do biocombustível reduz as emissões de particulados, monóxido de carbono e hidrocarbonetos, diminuindo a poluição atmosférica.

A nota de associações de transportes, veículos e combustíveis atinge ainda a indústria de soja, já que mais de 65% da produção de biodiesel no Brasil em 2022 foi feita a partir de óleo de soja.

Mas as associações avaliam que há alternativas, usando a mesma matéria-prima.

“Com a mesma soja e demais biomassas que se faz o biodiesel de base éster é possível fazer o diesel verde (HVO) – este, sim, sustentável e funcional”, disse nota.

“Mas as discussões sobre o incentivo à produção e uso de diesel verde não evoluem também por questões econômicas e políticas. Quem produz o biodiesel não quer o HVO”, adicionou.

Na carta, as diversas associações reiteraram suas críticas sobre a qualidade do biodiesel produzido no país e acusaram ainda a indústria de não querer “perder o lucro fácil e rápido do biodiesel de base éster, nem investir na modernização do processo industrial para produzir diesel verde”.

“O que era, inicialmente, uma proposta de economia solidária e de incentivo ao uso de energia limpa, além de fonte de renda para a agricultura familiar e para o agricultor de baixa renda –com o plantio de palma e mamona para produção de biodiesel–, transformou-se em um negócio rentável apenas para os grandes produtores.”

Nesta semana, a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) disse que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reafirmou sua posição favorável para que o governo conduza uma política reformulada, com planos de ação voltados à expansão sustentável do setor de biodiesel.

Segundo a FPBio, o governo vai decidir o aumento da mistura dos atuais 10% para um teor que pode chegar a 15% de forma escalonada.

As entidades, porém, defendem que a indústria automotiva tem sofrido consequências com as avaliações de padrão de qualidade: perda da eficiência de motores, aumento do consumo de diesel e, consequentemente, mais poluição.

No ano passado, despacho publicado pelo então presidente Jair Bolsonaro vetou admissão do CNPE para que outras rotas tecnológicas de combustíveis possam participar do programa de mistura obrigatória de biodiesel.

A decisão foi um revés para a Petrobras, que tem o R5, um produto que tem 95% de diesel e 5% de óleo vegetal.

FBIO RESPONDE

O presidente da FPBio, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), ecoou nesta quinta-feira em nota a posição de entidades de produtores de biodiesel como Abiove, Aprobio e Ubrabio, ressaltando que o esperado aumento na mistura do biodiesel só será possível porque um grande volume de estudos científicos foram conduzidos pelo governo brasileiro e com participação da iniciativa privada, comprovando que “o biodiesel nacional é de altíssima qualidade”.

Segundo produtores de biodiesel, a crítica ao biocombustível está muito mais relacionada a fatores como o preço do produto.

Sobre novas rotas tecnológicas, como o “diesel verde”, essas associações afirmaram em manifesto nesta quinta-feira que não veem qualquer restrição, desde que respeitem as definições da ANP.

“O setor está aberto a novos entrantes e tecnologias para a produção de biodiesel (éster) e também apoia o fomento e a entrada de novas rotas tecnológicas de biocombustíveis e produtos que venham a deslocar o consumo de diesel fóssil por biocombustíveis com melhores características ambientais, como é o caso do diesel verde (HVO).”

Moreira, da FPBio, revelou ainda que a frente vai propor a tramitação urgente do projeto de lei 134/2022 sobre um novo sistema de rastreamento da qualidade do diesel B (diesel que contém percentual de biodiesel).

“Esse sistema vai comprovar a origem de cada eventual problema em motores e equipamentos a diesel. Esperamos que essas entidades, que hoje deturpam a discussão, apoiem sua transformação em lei”, completou.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   10/03/2023

Levantamento da Abramat mostra que, na comparação com janeiro, a queda foi de 0,9%

O Índice Abramat, pesquisa elaborada pela FGV para a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, aponta queda 5,5% no faturamento deflacionado do setor em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2022.

Os materiais de acabamento puxaram o desempenho para baixo, com recuo de 9,7% no faturamento. Nos materiais de base, a diminuição foi de 2,7%.

O faturamento geral caiu 0,9% na comparação com janeiro deste ano.

No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, o recuo é de 4,7%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, há queda de 5,9% no faturamento.

Apesar dos resultados negativos, a Abramat ainda projeta um crescimento de 2% no indicador até o final do ano.

“Embora de forma tímida, acreditamos que o faturamento neste ano será sustentável para nosso setor”, disse em nota Rodrigo Navarro, presidente da entidade. “Fatores como obras do ciclo imobiliário recente, o reforço do Governo Federal em retomar a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, além dos investimentos em infraestrutura, irão impulsionar as vendas da indústria”.

NAVAL

Portos e Mercados - SP   10/03/2023

Com o objetivo de fomentar e transferir o conhecimento do Planejamento Estratégico entre todos os setores, a Portos do Paraná realizou nesta terça-feira, dia 7, o 1º Integramapa. Foi avaliado o primeiro ano de implantação do Mapa Estratégico da empresa pública e também projetadas as ações para 2023, além de novidades agregadas ao longo do trabalho. O evento contou com a presença da Diretoria Executiva e também dos empregados de todos os setores.

“Este tipo de encontro é importante para engajar todo mundo, unificar todas as informações e trazer todos para dentro desse movimento que constata o avanço que o Porto tem obtido nesses últimos quatro anos, quando mudou de patamar e está mostrando que ainda continua essa evolução, alavancando ainda mais”, justifica Marcos Bonoski, diretor Administrativo Financeiro.

De acordo com o gerente de Planejamento Estratégico, Honorato Chudson, é fundamental mostrar para a empresa quanto as ações de todas as diretorias estão convergindo para um mesmo objetivo. “Queríamos proporcionar um ambiente de troca de conhecimento, onde fosse possível compartilhar as ações, iniciativas estratégicas de todas as diretorias e de que maneira essas ações estão convergindo para o alcance de melhores resultados do planejamento estratégico”, aponta.

Para o gerente, os resultados do primeiro ano foram notórios e expressivos. “Apresentamos também os grandes resultados que tivemos com o primeiro ano de implantação do plano estratégico. Agora, entramos no segundo ano procurando refinar e aperfeiçoar o trabalho, de maneira que todas as diretorias participem cada vez mais”, destaca Honorato.

Na visão do coordenador de Desenvolvimento de Pessoal, Henrique Pires, o Planejamento é fundamental porque orienta o trabalho de todos os setores da empresa. “A gente precisa trabalhar em busca de atingir os objetivos do Planejamento Estratégico e ter esse direcionamento é de suma importância para todos os setores da organização”, avalia.

Valor - SP   10/03/2023

O governador de São Paulo, que se diz otimista com as negociações com o governo federal, afirmou ser possível "mitigar" os riscos de uma privatização

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu hoje em reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que a concessão é o principal caminho para evitar uma "perda de competitividade" do Porto de Santos. Segundo ele, é possível "mitigar" os riscos de uma privatização e, por isso, a sua gestão está "otimista" com o andamento das negociações com a gestão federal.

"Conseguimos ter um debate muito técnico [sobre concessão do Porto de Santos]. Tratamos daquilo que a gente tinha projetado em termos de modelo lá atrás. Colocamos nossa ideia sobre a importância dessa concessão para o desenvolvimento da Baixada Santista Entendo que nós estamos evoluindo bastante, foi uma reunião proposta lá atrás por ideia até do presidente Lula. Saímos bastante satisfeitos e otimistas", disse.

De acordo com o governador, a equipe da Casa Civil listou possíveis pontos de atenção sobre estariam preocupando o Executivo. "Mostramos a modelagem que fizemos [para a concessão]. E eles [da Casa Civil] listaram pontos de atenção. Nós colocamos alguns pontos de mitigação sobre esses pontos de atenção. Entendo que a gente tem um ponto de partida agora [para a concessão]", acrescentou.

Tarcísio citou como exemplo, um possível temor dos operadores privados do porto quanto à manutenção dos contratos. "E também do vencimento dos contratos numa possível elevação de custos. Eu entendo que o modelo está sendo eficaz no que diz respeito à estabilidade política. E nós conseguimos avançar naqueles desafios regulatórios, então esses contratos serão preservados da maneira como eles foram concebidos lá atrás", argumentou.

Além disso, o governador de São Paulo defendeu que as tarifas e os custos do Porto de Santos tendem a cair com a privatização. "A concessão tem muito a ver com a competitividade do Porto de Santos. Se a gente não injetar muito capital para investir e aprofundar o canal, a gente acaba perdendo competitividade", disse.

Por fim, Tarcísio disse que possíveis pontos de preocupação podem ser regulados posteriormente. "Com relação à participação do mercado dentro do porto, tarifas, valor de arrendamento, tudo isso pode ser perfeitamente definido pelo poder concedente e pela regulação. Tem mecanismos de mitigação para esses riscos. A gente tem como trazer essa tranquilidade para o mercado de que o modelo é muito bem sucedido. Não tem nada mais transformador para a Baixada Santista do que a concessão do Porto de Santos porque nada vai mobilizar tanto recurso em tão pouco tempo", concluiu.

Tarcísio de Freitas foi ao Palácio do Planalto acompanhado do seu secretário de Relações Institucionais do Estado, Gilberto Kassab (PSD). O projeto de privatização do porto vinha sendo conduzido por Tarcísio quando era ele ministro de Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro, mas não foi concluído naquela gestão.

Por conta disso, Tarcísio tem vindo a Brasília para tratar do tema com o integrantes do novo governo. Já conversou, inclusive, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em janeiro, após uma dessas reuniões com Tarcísio, Rui Costa afirmou em entrevista que o governo “não tem dogmas” sobre a privatização do porto. E citou, como possibilidades para atrair investimento, a privatização ou uma PPP (parceria público-privada).

Já o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), cujo berço político é a cidade do litoral paulista, descartou a privatização do Porto de Santos, mas se disse “aberto para conversar”.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   10/03/2023

O senador Laércio Oliveira (PP-SE) destacou, em pronunciamento nessa terça (07), proposta apresentada por ele que cria o programa de estímulo ao escoamento e à comercialização de gás natural (Pró-Escoar). Segundo o parlamentar, o PL 956/2023 permitirá o aumento da produção de gás natural no país e tornará o mercado interno mais competitivo.

“Temos condições hoje de alcançar a autossuficiência na produção do gás natural no Brasil. Basta pensarmos, por exemplo, no aumento da produção de gás natural que virá associado à exploração do petróleo na região do pré-sal”, afirmou.

O senador ressaltou que o programa criará condições para que, em um futuro próximo, o Brasil passe de importador a exportador de gás natural para o mundo todo. Ele também observou que o gás natural é insumo básico para a indústria e sua exploração vai contribuir com o crescimento econômico do país. “Ao mesmo tempo, é um combustível central no processo de transição energética, tendo em vista sua capacidade de substituir fontes de energia mais poluentes e acelerar a redução das emissões de carbono”, destacou.

Laércio também observou que Sergipe vive um momento de expectativa em relação ao futuro, já que a partir de 2026 “terá uma enorme produção de gás natural com a chegada de 20 milhões de metros cúbicos por dia de gás canalizado no mar, num gasoduto com cerca de 100 quilômetros de extensão nas águas e com mais 25 quilômetros em terra, prospectando a quase 2 mil metros de profundidade”. Ele explicou que, com isso, o estado será responsável por 20% da produção nacional de gás, atraindo novas indústrias e gerando empregos e renda para a população.

“Todos nós convergimos na crença de que o aproveitamento do gás natural produzido no Brasil deve ser uma prioridade para o Brasil. Nesse sentido, quero lembrar que o estado de Sergipe e o estado do Rio de Janeiro têm muito a contribuir na produção e no escoamento do gás natural, com os investimentos nesse setor viabilizados a partir da nova Lei do Gás [Lei 14.134, de 2021], que relatei na Câmara dos Deputados”, concluiu.

Valor - SP   10/03/2023

Memorando de entendimento foi assinado pelo diretor-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o CEO da Shell, Wael Sawan, durante evento em Houston

A Petrobras informou que o diretor-presidente da companhia, Jean Paul Prates, e o CEO da Shell, Wael Sawan, assinaram hoje um memorando de entendimentos que prevê colaborações entre as empresas. O documento foi firmado durante a CERAWeek, em Houston.

As companhias vão trabalhar juntas para identificar potenciais oportunidades de negócio de exploração e produção de petróleo, com trocas de experiências e melhores práticas em redução de emissões de carbono e iniciativas socioambientais. O contrato tem duração de cinco anos.

Segundo a Petrobras, esse acordo não vinculante foca em potenciais oportunidades de exploração dentro e fora do pré-sal, incluindo a Margem Equatorial. Também contempla esforços de transição energética, com ênfase em renováveis e Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS).

Na frente ambiental, a Petrobras e a Shell pretendem estabelecer projetos para preservar e restaurar a biodiversidade, com o objetivo de emitir créditos para compensar as emissões de carbono. Além disso, as empresas buscarão atuar em conjunto em projetos de investimento social. Para acompanhar o progresso dos estudos e discussões, serão formados comitês de representantes de ambas as empresas.

“Contar com parceiros como a Shell é fundamental para os planos futuros da Petrobras, pois as parcerias conferem solidez e robustez aos projetos conjuntos em áreas que a empresa está buscando diversificação rentável, como renováveis e hidrogênio. Vamos buscar entendimento com os maiores players para seguir nessa jornada da Petrobras por uma transição energética justa”, disse Prates em comunicado.

A Petrobras e Shell têm um longo histórico de cooperação na área de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias de interesse mútuo, tendo um Acordo de Cooperação Técnica Estratégica (ACTE) vigente desde 2020. Atualmente, Petrobras e Shell são parceiras em ativos importantes no Brasil, tais como Tupi, Sapinhoá, Mero e Atapu.

IstoÉ Online - SP   10/03/2023

O petróleo fechou em queda nesta quinta-feira, 9, após dados de inflação da China gerarem temores sobre o ritmo de recuperação do país, o que poderia afetar a demanda da commodity. As negociações também aconteceram em compasso de espera por dados do payroll (dado de emprego) nos Estados Unidos, que saem na sexta-feira podem trazer sinais de desaceleração econômica no país.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril de 2023 fechou em queda de 1,23% (US$ 0,94), a US$ 75,72 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,29% (US$ 1,07), a US$ 81,59 o barril.

Os contratos do petróleo abriram a sessão operando perto da estabilidade, após dois dias de fortes perdas sob o temor de um maior aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Os preços chegaram a subir sustentados pelo enfraquecimento do dólar, após dados demonstrarem aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, o que sugere um arrefecimento nas pressões sobre o mercado de trabalho e a possibilidade de uma recessão mais leve.

No entanto, a perspectiva de uma desaceleração na economia global prevaleceu e continuou a pressionar os preços do petróleo, apontam analistas. Dados sobre a inflação na China vieram abaixo do esperado pelo mercado, sinalizando uma recuperação econômica mais fraca.

Para a Oanda, o petróleo WTI pode encontrar suporte acima do nível de US$ 80 o barril se pelo menos o temor de um “pouso forçado” na economia dos Estados Unidos for aliviado.

Nesta quinta, Rússia e Arábia Saudita reafirmaram compromisso como parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para apoiar os preços da commodity e garantir o “equilíbrio e a estabilidade necessários no mercado global de energia”.

Valor - SP   10/03/2023

Petrolífera segue na expectativa de finalizar aquisição do Polo Potiguar em breve, de acordo com presidente executivo da companhia

A 3R Petroleum segue na expectativa de concluir a compra do Polo Potiguar, da Petrobras, nas próximas semanas, mesmo depois da suspensão da venda de ativos da estatal. A indicação foi dada por executivos da 3R em teleconferência com analistas na quinta-feira (9).

O contrato, de US$ 1,38 bilhão, foi assinado, mas a transferência do ativo ainda não foi finalizada. O acordo recebeu aprovação do conselho de administração da Petrobras e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

No começo deste mês, entretanto, a Petrobras interrompeu os desinvestimentos em andamento por 90 dias a pedido do Ministério de Minas e Energia (MME), com o objetivo de reavaliar a política energética em curso. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva é crítico da venda de ativos da Petrobras.

Ontem, o presidente da 3R Petroleum, Matheus Dias, disse que a empresa não recebeu nenhum comunicado formal da Petrobras para suspender o contrato em negociação. Segundo Dias, o acordo firmado entre as companhias não prevê uma saída unilateral da estatal. “Nesse contexto, seguimos atendendo as condições para a conclusão da aquisição o quanto antes. Consideramos que estamos muito avançados no cumprimento do contrato, inclusive com algumas chancelas importantes, como da ANP, do Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] e de outros órgãos”, disse.

O executivo afirmou que uma das últimas etapas a serem cumpridas para a conclusão da aquisição é o recebimento de aprovações de órgãos ambientais e acrescentou que a 3R está preparada para assumir as operações no dia seguinte à conclusão da transferência. “Todas as documentações foram enviadas e os esclarecimentos foram respondidos de forma muito célere. Acreditamos que estamos muito próximos de concluir essas obrigações”, afirmou.

A expectativa inicial era de conclusão da compra ocorreria ainda em março. Para o executivo, mesmo com a paralisação das vendas da Petrobras, não deve haver grande variação nos prazos. De acordo com ele, essa aquisição é um dos focos da empresa este ano. “Concentramos grande esforço para concluir a aquisição do Poto Potiguar, que já se encontra em fase avançada”, disse.

O diretor financeiro da 3R Petroleum, Rodrigo Pizarro, disse que a companhia não acredita que o contrato possa ser cancelado. “Desde que Petrobras recebeu ofício do MME houve avanços em condições precedentes. Nossa visão é que estamos bem próximos do cumprimento das condições precedentes”, disse.

Pizarro reforçou que a expectativa é que o fechamento da transição do Polo Potiguar ocorra ao fim do atual trimestre ou no início do próximo. O executivo disse ainda que o contrato assinado é forte. “Não temos qualquer evidência de que a Petrobras não está cumprindo [o contrato]”, afirmou o executivo.

Segundo o diretor financeiro, inclusive, a 3R acelerou a contratação de derivativos no primeiro trimestre de 2023 para atender as obrigações do contrato para a aquisição. “Não cogitamos nenhuma alternativa que não seja o fechamento do Polo Potiguar”, disse.

O acordo da 3R com a Petrobras prevê o pagamento de US$ 110 milhões na data de assinatura do acordo, e US$ 1,04 bilhão no fechamento da operação. Os demais US$ 235 milhões vão ser quitados em quatro parcelas anuais de US$ 58,7 milhões, a partir de março de 2024.

O Polo Potiguar inclui a Refinaria Clara Camarão, de pequeno porte, com capacidade para processar cerca de 40 mil barris por dia, além de um parque de tancagem, com capacidade para armazenar quase 2 milhões de litros. A refinaria atende sobretudo os mercados do Rio Grande do Norte e do sul do Ceará. O polo tem ainda 22 concessões de campos de produção terrestres e marítimos, além da infraestrutura de produção e escoamento e o Ativo Industrial (ATI) localizado no município de Guamaré (RN).

A venda do ativo vai marcar a saída da Petrobras da produção terrestre no Rio Grande do Norte. Recentemente, no entanto, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse que a companhia poderia repensar a saída do Estado.

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