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10 de Fevereiro de 2023

SIDERURGIA

IstoÉ Online - SP   10/02/2023

A Associação de Ferro e Aço da China (Cisa, na sigla em inglês) realizou recentemente uma reunião presencial com a mineradora brasileira Vale sobre a operação da indústria siderúrgica chinesa e o fornecimento de minério de ferro pela Vale, disse a entidade em sua conta oficial no wechat na quinta-feira.

A visita ocorre um mês depois que a China eliminou os requisitos de quarentena para viajantes que chegavam ao país, uma política que havia praticamente fechado suas fronteiras por quase três anos sob a política de “zero-Covid” do país.

Luo Tiejun, vice-presidente da CISA, e Marcello Spinelli, vice-presidente executivo de soluções de ferro da Vale, participaram da reunião em 7 de fevereiro, na qual discutiram como melhorar o mecanismo de precificação do minério de ferro e promover o desenvolvimento de baixo carbono.

A China, maior produtora de aço e consumidora de minério de ferro do mundo, importou 1,11 bilhão de toneladas de minério de ferro no ano passado, segundo dados da alfândega chinesa.

Infomoney - SP   10/02/2023

A ação da Gerdau (GGBR4) esteve entre as principais quedas do Ibovespa nesta quinta-feira (9), após o JPMorgan e o Goldman Sachs reduzirem a recomendação para o papel, diante de valorização recente e perspectiva de maior nível de investimentos. Além disso, o Itaú BBA mencionou os resultados da concorrente Arcelor Mittal divulgados nesta quarta-feira e que reforçaram o sentimento desafiador para o mercado de aços longos, de fabricação da Gerdau.

Os ativos GGBR4 da Gerdau fecharam a sessão em queda de 7,93%, a R$ 28,67. O papel subiu 22,6% em 2022, contra ganhos de 4,7% do Ibovespa.

O Goldman Sachs cortou a recomendação de “compra” para Gerdau após mais de um ano, colocando o papel em classificação “neutra” à medida que vê agora uma relação entre risco e retorno mais balanceada, com catalisadores positivos limitados. O preço-alvo caiu de R$ 38 para R$ 31.

“Mais especificamente, acreditamos que a combinação de menor lucratividade em seus principais mercados — Estados Unidos e Brasil–, juntamente com o aumento dos investimentos, limitará a capacidade da empresa de retornar dinheiro aos acionistas”, escreveram analistas do banco liderados por Marcio Farid, em relatório a clientes datado da véspera.

O JPMorgan também mencionou fortes ganhos recentes para justificar seu corte de recomendação para “neutro” e redução de preço-alvo de R$ 37 para R$ 32,50.

JPMorgan rebaixa Vale para neutra e vê rali superando fundamentos; Gerdau é cortada por JP e Goldman
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“Acreditamos que há um espaço limitado de alta nos preços atuais e, à medida que o ímpeto dos resultados se deteriora, os preços das ações devem acompanhar. O maior investimento devido a uma potencial reforma em Ouro Branco deve pressionar ainda mais o fluxo de caixa livre”, escreveram os analistas Rodolfo Angele e Lucas Yang em relatório nesta quinta-feira.

O banco também rebaixou a “neutra” as ações de Vale (VALE3) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4).

O preço-alvo de Vale foi cortado de R$ 106 para R$ 93 e de Metalúrgica Gerdau caiu de R$ 15 para R$ 13.

Ainda em destaque, o Itaú BBA destaca que a Arcelor Mittal divulgou hoje os resultados do 4T22. O Ebitda da divisão Brasil atingiu US$ 362 milhões (queda de 45% na base trimestral e 62% anual), gerando uma margem Ebitda de 13% (versus 19% no 3T22). Os embarques de aço atingiram 2,6 milhões de toneladas, queda de 7% no trimestre, principalmente devido à queda de 15% no trimestre nos embarques de aços longos, enquanto as vendas de aços planos ficaram estáveis no trimestre. Os preços médios do aço caíram 9% no trimestre e o Ebitda por tonelada ficou em US$ 137 no trimestre, 41% abaixo do trimestre.

“Os resultados da Arcelor destacam o momentum negativo para os aços longos no Brasil; assim, continuamos confortáveis com nossa estimativa de Ebitda para o 4T22 de R$ 3,7 bilhões [para a Gerdau]. No geral, os resultados da Arcelor ficaram relativamente em linha com nossas expectativas para a Gerdau. De fato, esperamos que a Gerdau apresente uma margem Ebitda de 13% no Brasil no 4T22 (exatamente o valor reportado pela Arcelor) e Ebitda por tonelada de US$ 145 (queda de 35% no trimestre e também em linha com os resultados da Arcelor)”, destaca o BBA.

Os analistas esperam uma queda sequencial de 8% nos preços do aço no Brasil, semelhante à queda relatada pela Arcelor. A principal diferença entre os resultados dela e as expectativas do banco para a Gerdau são os embarques, com a Arcelor registrando uma queda de 7% no trimestre no Brasil contra a projeção de volumes estáveis para a Gerdau. Dito isso, o BBA acredita que os embarques resilientes que esperam para a Gerdau podem ser atribuídos principalmente a um forte aumento nas exportações, que compensaram uma queda de 13% no trimestre no volume doméstico de aço.

Valor - SP   10/02/2023

Lucro líquido atingiu US$ 261 milhões no período, queda de 93,6%; receita líquida da ArcelorMittal Brasil somou R$ 2,89 bilhões no quarto trimestre, queda de 16,2%

A ArcelorMittal reportou lucro líquido de US$ 261 milhões no quarto trimestre de 2022, queda de 93,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita caiu 19% em base anual, para US$ 16,89 bilhões.

Analistas previam lucro líquido de US$ 358 milhões e receita de US$ 15,96 bilhões, segundo um consenso fornecido pela empresa. O Ebitda caiu 75,1%, para US$ 1,26 bilhão, ante a previsão de consenso de US$ 1,26 bilhão.

Os embarques de aço somaram 12,6 milhões de toneladas, queda de 20,1% em base anual e de 6,9% na comparação com o terceiro trimestre de 2022, refletindo a demanda significativamente menor devido à redução de estoque, diz a empresa.

No quarto trimestre, a ArcelorMittal reconheceu US$ 1,02 bilhão de baixa contábil relacionados ao ativo imobilizado em relação à ArcelorMittal Kriviy Rih, na Ucrânia, onde o conflito com a Rússia resultou em baixos níveis de produção, vendas e receitas e criou incerteza sobre o momento e a capacidade das operações retornarem a um nível normal de atividade.

A receita líquida da ArcelorMittal Brasil, que fabrica aços planos, longos, tubos e produz minério de ferro, somou R$ 2,89 bilhões no quarto trimestre, queda de 16,2% em base anual. Em 2022, a receita cresceu 6,8% ante 2021, para US$ 13,73 bilhões.

Os embarques de aço de 2,6 milhões de toneladas da ArcelorMittal Brasil no quarto trimestre 2022 caíram 13% em base anual e 7% em base trimestral principalmente devido a menores exportações.

Em 2022 como um todo, a ArcelorMittal reportou lucro líquido de US$ 9,3 bilhões, queda de 37,85 em base anual, enquanto a receita cresceu 4,3%, para US$ 79,84 bilhões. “Apesar dos desafios que surgiram ao longo do ano, nossos resultados anuais demonstram os benefícios do fortalecimento de nosso portfólio de ativos e as melhorias que fizemos em nossa base de custos nos últimos períodos”, diz o diretor-presidente, Aditya Mittal.

IstoÉ Dinheiro - SP   10/02/2023

A ArcelorMittal, o segundo maior grupo siderúrgico do mundo, disse nesta quinta-feira que espera que suas vendas de aço cresçam cerca de 5% este ano, após divulgar resultado de quarto trimestre em linha com o esperado pelo mercado.

A empresa disse que a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no quarto trimestre foi de 1,26 bilhão de dólares, abaixo dos 5,05 bilhões do ano anterior, mas em linha com a previsão média de analistas compilada pela própria companhia.

A ArcelorMittal disse que a demanda mundial por aço, excluindo a China, deve se recuperar de 2% a 3% este ano, após a desaceleração econômica global no ano passado, que reduziu as vendas da companhia em 11%.

“As evidências sugerem que a redução de estoques dos clientes que vimos no segundo semestre de 2022 atingiu o pico, fornecendo suporte ao consumo aparente de aço e aos preços de aço”, disse o presidente-executivo, Aditya Mittal.

A ArcelorMittal disse que espera ter um fluxo de caixa livre positivo em 2023, com investimentos de entre 4,5 bilhões e 5 bilhões de dólares.

A empresa reportou lucro líquido de 0,30 dólar por ação nos últimos três meses de 2022, abaixo do 0,38 dólar que os analistas esperavam em média.

Valor - SP   10/02/2023

Companhia japonesa vê sinais de recuperação gradual no ambiente de negócios no encerramento do ano fiscal de 2022 e para o ano fiscal de 2023

A Nippon Steel registrou lucro líquido de 548,45 bilhões de ienes (US$ 4,17 bilhão) no terceiro trimestre fiscal de 2022, encerrado em 31 de dezembro, alta de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita cresceu 20,6% em base anual, para 5,96 trilhões de ienes (US$ 45,3 bilhões).

A produção de aço da companhia japonesa ficou em 10,4 milhões de toneladas, queda de 6% na comparação anual, enquanto os embarques de produtos de aço totalizaram 7,98 milhões de toneladas, baixa de 11% na mesma base de comparação.

Segundo a empresa, a demanda por aço na China continua em baixo nível devido ao mercado de construção em dificuldades, e atenção deve ser dada ao impacto decorrente do fim da política de zero covid-19 e medidas de estímulo econômico. No Japão, o mercado de aço segue se recuperando gradualmente da pandemia, diz a empresa.

Para o ano fiscal de 2022, a empresa prevê produção de 40,20 milhões toneladas de aço e embarque de 31,4 milhões de toneladas, com lucro operacional de 690 bilhões de ienes. A empresa vê sinais de recuperação gradual no ambiente de negócios no ano para o ano fiscal de 2023.

A Nippon Steel planeja distribuir um dividendo de 90 ienes por ação no final do segundo semestre, levando o valor da distribuição de dividendos do ano inteiro para 180 por ação, atingindo um recorde como um dividendo anual. As ações da Nippon Steel fecharam em alta de 1,02% na Bolsa de Tóquio.

Infomoney - SP   10/02/2023

Após um forte rali com a tese de reabertura da China, as ações de mineradoras e de siderúrgicas, notoriamente da Vale ([ativo=VALE3), tiveram uma “acomodação” nas últimas semanas. A Vale, após fechar a R$ 98 no dia 26 de janeiro, encerrou o pregão da véspera a R$ 88,72, ou uma queda de 9,5%, com muitos agentes de mercado já vendo como precificada a tese mais otimista de recuperação do gigante asiático.

Neste sentido, o JPMorgan reduziu a recomendação para os ativos da Vale, assim como os da siderúrgica Gerdau e a holding Metalúrgica Gerdau ([ativo=GOAU4]), de equivalente à compra (overweight, exposição acima da média do mercado) para neutra. O preço-alvo para VALE3 é de R$ 93, para GGBR4 é R$ 32,50 e para GOAU4 é de R$ 13.

Os analistas do banco também mudaram a sua ordem de preferência no setor, sendo Ternium (cuja ação é negociada no mercado americano) agora a top pick, seguida por CSN (CSNA3), com maior potencial de valorização após aquisições no segmento de cimento e energia, Vale, Gerdau e Usiminas (USIM5).

Entre os segmentos de commodities, os analistas destacam continuarem preferindo petróleo e gás ao minério e siderurgia. Já papel e celulose é o menos preferido.

O JP traçou um paralelo com a Fórmula 1 para rebaixar a recomendação de Vale e Gerdau. “Na Fórmula 1, mesmo estando na liderança, você sempre precisará fazer um ‘pit stop’ para se preparar para a próxima etapa da corrida. Tanto a Vale quanto a Gerdau tiveram corridas muito fortes nos últimos meses (+40% e +35%, respectivamente, desde as mínimas), e agora é hora de ir para o box, a nosso ver”, aponta o banco.

Os analistas acreditam que haverá melhores oportunidades de entrada nessas ações em 2023, quando a reabertura da China se tornar um fator mais relevante para as commodities.

No caso de Vale, a equipe de análise aponta que o sentimento positivo com a reabertura da China superou os fundamentos do minério de ferro, uma vez que estes fundamentos não mudaram materialmente. A demanda por aço pela China tem sido fraca e os analistas esperam queda de 1,0% na produção anual.

Enquanto isso, a oferta de minério de ferro deve se recuperar sazonalmente à medida que as chuvas diminuem no Brasil. “Acreditamos que há muito sentimento positivo já precificado na cotação do minério e esperamos que os preços sejam corrigidos no segundo trimestre de 2023 (2T23)”, apontam os analistas. As ações da Vale seguiram o rali do minério de ferro e negociam agora a 4,8 vezes o EV/Ebitda (valor da empresa sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) versus níveis justos de 4,5 a 5 vezes.

O banco projeta a commodity a US$ 95 a tonelada no ano de 2023, versus o preço spot de US$ 122 a tonelada. “No curto prazo, os resultados do 1T23 e potenciais anúncios de dividendos podem ser um catalisador para os preços das ações,
mas no médio prazo, o momentum do minério de ferro deve assumir o comando”, apontam.
Saiba como diversificar o patrimônio e diminuir seus riscos investindo no exterior com facilidade e segurança (parceria com a XP)

No caso da Gerdau, a visão é de um ano de normalização. “A siderúrgica tem reportado bons resultados nos últimos anos e o tema para 2023 é a velocidade e o nível de normalização. Embora esperemos que os ganhos se estabilizem em patamares muito mais altos níveis do que os ciclos anteriores, o ímpeto de ganhos ainda é para baixo”, avaliam os analistas.

Os preços das ações também subiram e a Gerdau está sendo negociada atualmente a 4,0 vezes a 4,8 vezes o EV/Ebitda, versus os níveis justos de 4,5 vezes a 5 vezes. O banco vê potencial limitado de valorização aos preços atuais e, uma vez que o ímpeto de ganhos se deteriore, os preços das ações devem acompanhar. Enquanto isso, a reforma de alto-forno da Gerdau deve pressionar ainda mais o fluxo de caixa livre da companhia.

Já para a Metalúrgica Gerdau, pagamentos extraordinários de dividendos são o principal ponto para os preços das ações no curto prazo.

Além do JPMorgan, o Goldman Sachs também rebaixou as ações da Gerdau de compra para neutro.

“Desde que foi adicionada à nossa ‘lista de compra’ em 9 de dezembro de 2021, a GGBR4 subiu 8% (versus alta do Ibovespa de 3%), superando o desempenho médio do setor de aço da América Latina em 35% e do setor de materiais básicos da região em 16%. No entanto, agora acreditamos que risco/recompensa é mais equilibrado, vemos catalisadores positivos limitados a partir daqui”, apontam.

Mais especificamente, os analistas acreditam que a combinação de enfraquecimento da lucratividade em seus principais mercados (EUA e Brasil), juntamente com o aumento do investimento em capital, limitará a capacidade da empresa de retornar valor aos acionistas.

“Agora vemos a Gerdau entregando um rendimento de fluxo de caixa livre de 14-4% em 2023-2024 (ou 9% em uma base normalizada), o que vemos como garantido. Continuamos a reconhecer os interessantes catalisadores de valor de longo prazo da empresa (diversificação regional, qualidade de ativos e forte posição de balanço), mas vemos um potencial de valorização limitado”, avalia o banco.

O Goldman cortou ainda o preço-alvo de R$ 38 para R$ 31, de forma a refletir a expectativa de maior capex (investimentos em capital) e um ponto de partida mais baixo para margens na América do Norte.

O banco ainda ressalta que os preços domésticos do aço da Gerdau têm sido historicamente negociados com um prêmio de paridade de importação para o vergalhão turco, que geralmente segue os preços do vergalhão da China. No entanto, o vergalhão turco já está sendo negociado com um prêmio de 11% em relação aos preços da China (contra 4% de desconto historicamente) e, em um contexto de desaceleração da atividade ex-China em 2023, vê espaço limitado para ganhos adicionais.

Mesmo em um cenário de preços mais fortes na China, dado o prêmio atual, não está claro se isso se traduziria necessariamente em preços mais altos da commodity turca. Por outro lado, o recente terremoto na Turquia e a possível interrupção do fornecimento são um risco potencial de alta de curto prazo, avalia.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   10/02/2023

Puxada por alimentos, a inflação, índice que mede a variação de preços e é usado nas metas de inflação do governo, subiu 0,53% em janeiro. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira. O resultado representa uma desaceleração do IPCA em relação ao mês de dezembro, quando avançou 0,62%.

Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 5,77%, abaixo dos 5,79% dos últimos 12 mesesO aumento nos preços de alimentos e bebidas foi o principal responsável pela alta do indicador em janeiro

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas o segmento de Vestuário apresentou recuo nos preços, com queda de 0,27%.

Veja o resultado de cada um dos nove grupos que compõem o IPCA:

Alimentação e bebidas: 0,59%Habitação: 0,33%Artigos de residência: 0,70%Vestuário: -0,27%Transportes: 0,55%Saúde e cuidados pessoais: 0,16%Despesas pessoais: 0,76%Educação: 0,36%Comunicação: 2,09%

Perspectivas

O mês de fevereiro deverá ser marcado pela alta no grupo Educação, que concentra os aumentos nos preços das mensalidades escolares. Além disso, também deve pesar no resultado mensal o reajuste de 7,5% anunciado pela Petrobras no dia 24 de janeiro no preço médio de venda de gasolina. O aumento passou a valer no dia 25 e tem influência principalmente nos 30 dias após o anúncio.

Em geral, o ano de 2023 deverá ser marcado pela alta de preços administrados, como energia e combustíveis, diante da expectativa de volta dos impostos sobre esses itens. O país tende a registrar o terceiro estouro seguido da meta de inflação, estabelecida em 3,25%.

Economistas do mercado financeiro elevaram a projeção para o índice de preços e, segundo o Boletim Focus do Banco Central, que reúne as projeções do mercado, a inflação deve fechar o ano em 5,78%, ante 5,74%.

Agência Brasil - DF   10/02/2023

O volume de vendas do comércio varejista fechou 2022 com crescimento de 1%, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o pior resultado do setor desde 2016, quando havia apresentado queda de 6,2%.

Entre os segmentos do varejo, a atividade de combustíveis e lubrificantes, com alta de 16,6%, foi a que apresentou melhor resultado. Mais quatro atividades fecharam o ano com crescimento: livros, jornais, revista e papelaria (14,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,3%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,7%) e supermercados, alimentos, bebidas e fumo (1,4%).

Três atividades tiveram queda: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%), móveis e eletrodomésticos (-6,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,5%).

Em dezembro, o comércio varejista teve queda de 2,6% em relação ao mês anterior e alta de 0,4% na comparação com dezembro de 2021. A receita nominal do setor avançou 14,1% no acumulado do ano e 10,2% na comparação com dezembro de 2021, mas recuou 0,3% na passagem de novembro para dezembro.
Varejo ampliado

O varejo ampliado, que também analisa os setores de materiais de construção e venda de veículos e peças além das oito atividades do varejo, fechou o ano com queda de 0,6% no volume de vendas, devido a perdas de 8,7% no setor de construção e de 1,7% nos veículos.

O setor teve perda de 0,6% na comparação com dezembro de 2021, mas apresentou alta de 0,4% na passagem de novembro para dezembro.

A receita do varejo ampliado cresceu 12,6% no acumulado de 12 meses, 8,7% na comparação com dezembro de 2021 e 0,4% na passagem de novembro para dezembro.

Globo Online - RJ   10/02/2023

Integrantes da equipe econômica iniciaram discussões internas para mudar metas de inflação já estabelecidas, vigentes para 2023, 2024 e 2025. Embora o presidente Lula venha criticando as metas e a taxa de juros, esse é o primeiro movimento concreto de mudança nos valores pactuados pelo governo.

Em 2023, a meta de inflação é de 3,25%, alvo decidido em 2020, num contexto de forte queda na economia por conta da Covid-19. Em 2024 e 2025, é de 3%. Em todos os casos, há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Em 12 meses, o IPCA (a inflação oficial medida pelo IBGE) registra alta de 5,77%.

A expectativa do Focus pra 2023 é que o IPCA feche o ano em 5,78%, ou seja, acima do teto da meta para o ano, de 4,75%.

Para parte dos técnicos do governo, as metas estão baixas considerando o atual patamar de inflação no Brasil e no mundo.

A meta de inflação deve ser perseguida pelo Banco Central na definição da taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, pretende conter a circulação de dinheiro para consumo ao encarecer o crédito e estimular a poupança. Ao reduzir a demanda, os preços tendem a cair.

Ao diminuir os juros básicos, o Copom barateia o crédito, incentivando a produção e o consumo, o que pode favorecer o crescimento da economia, mas também a inflação.

Ao alterar a meta de inflação, subindo os valores, o governo incentiva um movimento para reduzir o patamar de juros. A Selic hoje é de 13,75% ao ano. Esse número tem sido alvo de um bombardeio por parte do governo e de parlamentares da base aliada no Congresso Nacional.

O Palácio do Planalto teme que o atual patamar da taxa de juros prejudique o desempenho da economia.

A meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), colegiado hoje formado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O presidente do BC sinalizou a integrantes do governo que não se posicionaria contra uma mudança na meta.

A primeira reunião do CMN sob o governo Lula está marcada para o dia 16 deste mês e ainda não foi decidido se a discussão sobre a meta da inflação será levada para esse encontro. Comumente, a meta de inflação é discutida no CMN de junho.

Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma defesa da meta mais alta, de 4,5%, adotada nos governos petistas. Agora, os técnicos do governo discutem alterar as atuais metas e para quais patamares elevar os atuais alvos.

Procurado, o Ministério da Fazenda não antecipa pautas e nem temas que serão discutidos no CMN. “A manifestação será feita após a reunião, na divulgação dos votos, com os resultados”, afirma a nota.

O Ministério do Planejamento afirmou que não discute pauta do CMN.

Quando a inflação termina o ano abaixo ou acima dos limites estabelecidos pelo CMN, o presidente do BC precisa escrever uma carta pública ao ministro da Fazenda para explicar as razões do descumprimento da meta. Isso ocorreu em 2021 e 2022, quando a inflação fechou acima do teto da meta.

Com relação ao ano passado, Campos Neto argumentou em carta a Haddad que a inflação do ano passado ficou acima da meta por conta de cinco fatores. São fenômenos globais, como alta do preço do petróleo e de outras commodities, e a retomada dos serviços e do emprego após o auge da Covid-19, de acordo com ele.

Globo Online - RJ   10/02/2023

Apesar das críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos juros e da perspectiva de debate no governo sobre o tema, economistas avaliam que uma revisão das metas de inflação não seria o mais acertado em termos de política econômica.

Alessandra Ribeiro, economista da Tendências, avalia que ainda é cedo para falar em espaço para corte de juros este ano diante dos rumores de que o governo vai mexer na meta de inflação em fevereiro.

— Não tem nenhuma discussão com os agentes de mercado com argumentos técnicos para defender essa essa elevação da meta, e a forma como está acontecendo esse tipo de posicionamento em relação ao BC gera uma incerteza tremenda. O Banco Central fica sob ataque.

O principal risco que se cria, diante dos anúncios de mudanças nas metas de inflação é a consequente impossibilidade de freio na inflação. Isso porque, se o BC perde credibilidade, o dólar sobe, o mercado continua aumentando as expectativas de inflação e inviabiliza espaço para redução dos juros, lembra Alessandra:

— O câmbio pode ter depreciação importante e isso afeta preços que tem os parâmetros internacionais. E, conforme as expectativas de inflação são reajustadas, produtores que utilizam esses parâmetros reajustam preços. Ficamos no pior dos mundos: atividade fraca, inflação mais alta e um BC que não consegue reduzir juros nesse contexto. É só tiro no pé.

Para Lula, a meta de inflação mais alta abriria caminho para o BC reduzir adiante os juros. Mas economistas ponderam que a mudança gera incertezas e pressiona o dólar, que tem impacto sobre uma série de preços, incluindo alimentos. E é o aumento nos preços da comida que afeta a população mais pobre.

— Ao contrário do que podem achar, de que uma revisão da meta possa abrir espaço para o BC cortar juros, a gente entende que isso dificulta o trabalho do BC, piora as expectativas e o obriga a ser mais duro mantendo o nível da Selic elevado por mais tempo — afirma Carlos Lopes, economista do BV.

Para Flavio Conde, analista da Levante, é preciso rever a meta, mas mudá-la para 3,5%, por exemplo, não seria suficiente:

— É difícil baixar a inflação para a meta atual. Isso só aconteceria a custo de recessão e desemprego, o que nem governo, nem oposição querem.

Luciano Rostagno, economista-chefe do banco Mizuho, trabalha com o cenário de que o governo Lula provavelmente terá uma meta de inflação mais alta do que a atual. Ele avalia que o governo tende a preferir bancar uma inflação maior nos próximos anos para entregar um crescimento econômico maior. Mas essa não é a melhor decisão, diz:

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou as presidente da Caixa e do BB

— Essa estratégia do presidente pode ser contraproducente. Na cabeça dele, se aumentar a meta o BC vai ter espaço para cortar juro. Mas muito provavelmente vamos ver, se houver essa mudança na meta, uma revisão altista das expectativas de inflação e desvalorização do câmbio que também favorece inflação mais alta. A melhor estratégia seria dar sinais claros de responsabilidade fiscal.

Rostagno ainda vê espaço para corte de juros este ano, com a Selic ficando em 12,75% no fim do ano, mas com consequências adiante:

— Uma coisa vai acabar anulando a outra. O espaço para corte de juros tem um custo lá na frente, com uma percepção de que a taxa de juros real neutra da economia vai ser mais alta e a taxa de inflação também. Então o BC vai vai ter menos espaço para cortar juntos lá na frente.

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   10/02/2023

Os contratos futuros de minério de ferro subiram nesta quinta-feira, com o índice de referência na bolsa de Dalian atingindo máxima de uma semana após dois dias de quedas, com o sentimento melhorando antes da divulgação dos dados de empréstimos chineses, um indicador-chave de apoio ao crescimento econômico.

Também ajudaram a melhorar o clima as previsões de maior crescimento para a China, maior produtora de aço e consumidora de minério de ferro do mundo.

A agência de rating Fitch revisou sua estimativa para o crescimento econômico da China em 2023 para 5,0%, de 4,1% anteriormente, já que o consumo e a atividade em geral estão se recuperando mais rapidamente do que o inicialmente previsto após o fim do regime “zero-Covid”.

O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou o comércio diurno com alta de 2,6%, a 863 iuanes (127,19 dólares) a tonelada. Mais cedo, chegou a subir 3%, para 866 iuanes, a maior alta desde 2 de fevereiro.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência do ingrediente siderúrgico para março subiu 1,6%, para 123,30 dólares a tonelada.

Os empréstimos em iuanes concedidos por bancos chineses provavelmente atingiram um recorde em janeiro, com o banco central agindo para sustentar o crescimento na segunda maior economia do mundo, mostrou uma pesquisa da Reuters.

Os contratos de minério de ferro, que ganharam suporte das medidas de apoio da China ao setor imobiliário em dificuldades e do desmantelamento das restrições da Covid-19, tiveram comportamento moderado nos últimos dias, à medida que os traders reavaliaram as perspectivas de demanda.

“Os bancos chineses geralmente registram empréstimos no início do ano. Qualquer quantia acima de 4,37 trilhões de iuanes sugere uma forte demanda por empréstimos de empresas que esperam uma forte recuperação da economia”, disseram economistas do ING em nota.

Money Times - SP   10/02/2023

As ações da Vale (VALE3) saltaram 30% nos últimos meses diante das expectativa da reabertura econômica chinesa, o maior cliente da mineradora brasileira. Porém, para o JPMorgan, a alta dos papéis superaram os fundamentos do próprio minério de ferro.

Com isso, o bancão cortou o preço-alvo da empresa para R$ 93 e recomendação neutra. De acordo com os analistas Rodolfo Angele e F. Yang, apesar da reabertura da China, os fundamentos do minério de ferro não mudaram materialmente.

Além disso, a commoditie deve se recuperar à medida que as chuvas diminuam no Brasil.

Para o JP, haverá uma melhor oportunidade de investir na Vale assim que os preços estiverem corretos (o banco vê o preço a US$ 95 contra os atuais US$ 127).

“Acreditamos que há muita confiança no preço do minério de ferro e esperamos que os preços sejam corrigidos no segundo trimestre de 2023”, coloca.

Por fim, o banco vê oportunidade nos resultados do primeiro trimestre e possíveis anúncios de dividendos podem ser um catalisador para os preços das ações. Porém, no médio prazo, o impulso do minério de ferro deve prevalecer.
Pessimismo com Vale

O JP não é único que está pessimista com a Vale. A Verde Asset, uma das maiores gestoras de ativos do Brasil, iniciou recentemente posição short nas empresas ligadas a commodities metálicas.

“Após expressiva valorização dos ativos globais e locais de commodities metálicas neste movimento de reabertura chinesa, e considerando a assimetria agora proposta por preços e cenários, iniciamos uma posição short em empresas do setor”, comentou, em carta mensal de janeiro.

Já Bruno Garcia, da Truxt Investimentos, revela que também está vendido.

“A reabertura da China deve pegar muito mais na parte de consumo e serviços e muito menos na parte de infraestrutura. Eu tenho sérias preocupações com base na população que está decrescendo. Até semana passada a Índia passou a China. O país está chegando perto de patamar de urbanização e a gente acha que o consumo de aço e ferro pode passar a cair”, argumenta.

Como se não bastasse isso, ele diz que a Vale está tendo uma gestão operacional atabalhoada, “com um relatório de produção e um guidance bastante fraco”.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   10/02/2023

A empresa avalia quais partes da cadeia de produção de veículos elétricos vão manter internamente para controlar gastos e assegurar oferta de materiais necessários para a montagem

A Volvo Car está em negociações avançadas com algumas das maiores mineradoras do mundo para adquirir participações em operações de mineração e processamento de lítio, diz o diretor-presidente, Jim Rowan, se juntando a outras montadoras na corrida para garantir fornecimento do material-chave em veículos elétricos.

“Neste momento estamos em conversas avançadas com algumas das maiores mineradoras que operam lítio”, disse o executivo, adicionando que a companhia pode anunciar nos próximos meses um acordo de fornecimento de longo prazo ou aquisição de participação.

Rowan afirma que ainda é cedo para discutir detalhes das negociações, mas que estão avaliando quais partes da cadeia de produção de veículos elétricos vão manter internamente para controlar gastos e assegurar oferta de materiais necessários para a montagem.

Mais cedo, a Volvo Car divulgou seu balanço de quarto trimestre, superando expectativas do mercado, com lucro líquido de 2,46 bilhões de coroas suecas (US$ 232,2 milhões) e receitas de 105,2 bilhões de coroas suecas (US$ 10,1 bilhões). A empresa vê 2023 ainda como desafiador, mas com sustentação de demanda por veículos.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   10/02/2023

Indicador acumula elevação de 10,45% em 12 meses

A inflação medida pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) foi de 0,31% em janeiro de 2023, após marcar 0,08% um mês antes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, o indicador acumula elevação de 10,45% em 12 meses, frente aumento de 10,90% até dezembro de 2022.

O custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.684,45, sendo R$ 1.000,94 relativos aos materiais e R$ 683,51 à mão de obra. Em dezembro de 2022, esse custo totalizava R$ 1.679,25.

Conforme o IBGE, a Região Norte registrou maior variação mensal no primeiro mês de 2023 (0,71%), com alta em cinco dos seus sete Estados, com destaque para Amazonas (1,07%) e Tocantins (1,04%), ficou com a maior variação regional em janeiro, 0,71%. Nas demais regiões do país, houve variação de 0,03% no Nordeste, de 0,54% no Sudeste e 0,25% no Centro-Oeste. No Sul, houve estabilidade.

CNN Brasil - SP   10/02/2023

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Deloitte divulgaram o estudo “Produtividade e Oportunidades para a Cadeia da Construção Civil” nesta quinta-feira (8). Até 2030, os setores da cadeia de construção vão investir R$2,7 trilhões, gerar mais empregos e investir em tecnologia para otimizar processos.

A previsão é de que os três setores da cadeia de construção realizem ao todo investimentos de R$ 2,7 trilhões no período de 2021 a 2030 – o correspondente a US$ 530 bilhões, considerando a projeção para o dólar neste período.

O estudo foi feito com 144 empresas e entidades mais dados do IBGE. “A troca de informações e o diálogo com todos os elos que envolvem o setor são o caminho para aumentar a competitividade”, diz Luiz França, presidente da Abrainc.

Em 2021, o estudo apurou a existência de 23 mil empresas na cadeia de construção que geram R$2,3 trilhões de receitas líquidas. O setor paga R$443 bilhões em impostos e gera mais de 3,7 milhões de empregos.

A cadeia é composta por obras de engenharia e infraestrutura, construção de edifícios, serviços de engenharia e infraestrutura, fornecedores de insumos e indústria de base.

O ramo aposta nas startups para se incorporar a um ecossistema mais tecnológico para otimizar gastos e produtividade. Esta base prevê aumentar os investimentos em tecnologia em até 10% entre 2022 e 2023.

Eles são voltados para treinamentos e investimentos em áreas relacionadas a projetos, incluindo as funções de desenvolvimento, gestão de cronograma, orçamento e planejamento. A expectativa é ganhar até 72% em eficiência com incorporação de novas tecnologias.

A cadeia de construção soma mais de R$300 bilhões em gastos com pessoal, sendo 44% em salários.

Houve aumento da escolaridade dos trabalhadores da construção civil entre 2007 e 2020. Os índices médios de analfabetismo ou formação básica caíram e aumentaram os de ensino médio e superior completos.

Para a pesquisa, existem vários desafios a serem superados com a necessidade de melhorias na integração na cadeia, uso de tecnologia, escassez de fornecedores, mão de obra, prazos de fornecimento e gestão.

A imprevisibilidade de custos é o principal desafio enfrentado pelas empresas dos setores de Construção e incorporação e de Serviços relacionados com 79% das queixas, além da eficiência da mão de obra e aumento dos custos.

Investing - SP   10/02/2023

O faturamento da indústria de materiais de construção em janeiro caiu 3,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, e teve alta de 1,4% na comparação com dezembro, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 9, pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

No acumulado dos últimos 12 meses (entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023), o setor acumula uma retração de 6,3% no faturamento perante os 12 meses anteriores. A indústria de materiais de construção teve queda de 6,9% em 2022 na comparação com 2021.

Para 2023, a associação acredita em uma recuperação das vendas, com crescimento de 2% na comparação com 2022.

Entre os fatores positivos está a demanda aquecida no setor de obras residenciais, que deve ser reforçado pelos estímulos ao Minha Casa Minha Vida (MCMV), além de retomada de obras de infraestrutura, na visão da Abramat.

FERROVIÁRIO

Portos e Navios - SP   10/02/2023

Ao todo, foram movimentados quase 190 mil TEUs em 2022; papel, celulose e carne de frango estão entre as cargas mais movimentadas

A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, registrou mais que o dobro de movimentações de contêineres pela ferrovia em comparação a 7 anos atrás. Em 2022, foram movimentados 189.014 TEUs, contra 92.307 TEUs em 2016.

Um dos principais saltos de volume ferroviário aconteceu entre os anos de 2021 e 2022, com 40% de crescimento. A carga que mais apresentou crescimento de exportação no período foi a de papel e celulose, que passou de 3.392 movimentações, em 2021; para 31.016, em 2022. A segunda commodity que mais cresceu foi a de carne de frango. Em 2022, foram 56.530 TEUs movimentados, 5.108 a mais que em 2021.

Segundo o gerente de marketing e logística, Mateus Campagnaro, o recorde é fruto de “uma estratégia consistente ao longo dos anos na intermodalidade, isso posicionou a empresa como líder na movimentação de contêineres pela ferrovia entre os terminais brasileiros. A conexão direta do ramal ferroviário com o terminal é um desenho único no Sul e representa agilidade, segurança e redução de custos aos nossos clientes. O Brasil é um país continental em que a maior parte das commodities produzidas estão longe dos portos e, por isso, a ferrovia é um diferencial ímpar para o país continuar crescendo nas exportações”, destaca.

Em parceria com a Brado Logística, a multimodalidade combinando ferrovia nas distâncias longas e rodovia nos trechos curtos traz competitividade e mais produtividade em relação ao modal estritamente rodoviário. Um em cada cinco contêineres exportados por Paranaguá utilizam a ferrovia. “Além da competitividade, a solução multimodal gera benefícios para o meio ambiente, com a redução intrínseca na pegada de carbono, e social, com reduções de acidentes e desenvolvimento do interior brasileiro”, afirma o gerente executivo comercial da Brado, Vinicius Cordeiro.

Uma das bases operacionais está localizada em Cambé, local em que diversas empresas do Norte Pioneiro, do interior de São Paulo e do Paraguai usam o modal para exportar carne congelada, amendoim, açúcar, café, entre outros produtos. Outro ponto-chave é em Cascavel, que atende as demandas de cooperativas especializadas no agronegócio que exportam pela ferrovia.

A ligação ferroviária mais recente é o projeto KBT, em Ortigueira. Construído sob medida para um dos maiores exportadores da TCP, o projeto é referência mundial na logística, e une a planta exportadora ao porto através de um pátio de contêineres próprio, gerido pela TCP, conectado à ferrovia.

Investimentos em ferrovia

Um dos investimentos no setor será a troca da balança de ferrovia, prevista para o final de janeiro de 2023. O gerente de tecnologia da informação da TCP, Walter Junior, explica que “a balança ferroviária dinâmica é uma solução ágil, mais moderna e segura, possibilitando pesar vagões ou composições ferroviárias em movimento, diferente da balança tradicional em que a operação necessita pesar vagão por vagão. Além disso, o equipamento possui dois módulos de captura ao invés de um, o que traz maior segurança e disponibilidade ao serviço de pesagem”. Segundo Walter, os trilhos suportam 30 toneladas por roda ou 60 toneladas por eixo.

Outro investimento será a eletrificação dos RTGs da ferrovia, em Paranaguá. Atualmente os aparelhos funcionam a diesel, mas serão adaptados para um sistema de condutores elétricos. O modelo trará mais sustentabilidade, eliminando a emissão de gases poluentes e proporcionando maior eficiência operacional.

Além disso, a TCP investe pesado na área de refrigeração, a qual é uma grande demanda do mercado do agronegócio. Atualmente, a empresa é líder mundial no serviço de exportação de carne de frango e, para manter a liderança, está ampliando a área reefer (refrigerada) do terminal em 43%. Ou seja, até o final de 2023 a TCP passará a contar com mais de 5 mil tomadas para energização e armazenamento de contêineres refrigerados.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   10/02/2023

A PortosRio Autoridade Portuária, que administra os Portos do Rio de Janeiro, Niterói, Itaguaí e Angra dos Reis, movimentou um total de 61,5 milhões de toneladas em 2022. O desempenho do ano passado praticamente se manteve estável em relação a 2021.

Segundo os dados estatísticos consolidados pela companhia, a movimentação de cargas entre janeiro e dezembro de 2022 foi 0,9% inferior ao volume movimentado no mesmo período de 2021, porque foi impactado pela queda na movimentação de minério de ferro no primeiro quadrimestre do ano. Porém, apresentou uma boa recuperação de 4,7% a partir do segundo quadrimestre.

O resultado do Porto do Rio de Janeiro em 2022 foi positivo, superando em 7,7% o volume movimentado em 2021. O crescimento foi influenciado pela alta na movimentação de carga conteinerizada: foram movimentados 549.553 TEUs, o que representa um crescimento de 15,4%, na comparação dos números registrados de 2022 x 2021.

A movimentação de cargas do Porto de Itaguaí apresentou queda de 2,5%, em 2022, em função da estabilidade na movimentação de minério de ferro, principal carga movimentada no porto, e do recuo na movimentação de carga conteinerizada (40,5%) e carvão (32,0%). O destaque foi o crescimento na movimentação de Produtos Siderúrgicos (113,1%) e coque (17,6%), que compensaram, em parte, a queda no desempenho registrado no porto.

Mensalmente, a PortosRio publica em seu site um dashboard com dados atualizados sobre a movimentação dos portos.

Porto Gente - SP   10/02/2023

Sem a dragagem, a navegação comercial em portos e os navios oceânicos atuais não existiriam

Como o Sidarta, personagem do livro de Hermann Hess que conversa com as águas do riacho, o engenheiro Luiz Alberto Costa Franco fala com a lama do canal de acesso ao Porto de Santos. Quando na chefia, por 40 anos, dos serviços de manutenção dessa entrada e saída de embarcações no principal porto brasileiro, elaborou estudos profundos e debateu esse estuário em importantes congressos internacionais. Pioneiramente, ele defende o contrato da dragagem de manutenção, dessa pujante via estuarina, por resultado e a longo prazo. Como vem anunciando, acertadamente, o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB).

Ainda que pareça não ter dificuldade alguma, a dragagem do porto não é para leigos. Trata-se de assunto técnico especializado, um fator fundamental na competitividade logística, tem custo elevado e precisa ser teoricamente equacionada para otimizar a sua relação custo/benefício, na composição da tarifa portuária. Ou seja, influência o custo e a escolha do porto que tem reflexos na importação e exportação. Hoje permite-se a falta de economicidade que se assiste no contrato de dragagem vigente com a Van Oord e deveria ser explicada pelos órgãos de controle. Por que não se manteve o contrato anterior R$ 100 milhões mais barato e estabeleceu-se um novo prazo, mais longo que o da alardeada e fracassada desestatização?

Portanto, parece que vai ter fim o mar de lama da dragagem do Porto de Santos. Além da governança, vai melhorar a eficiência desses serviços e reduzir os custos portuários. O contrato será fundamentado na manutenção das cotas (profundidades) de projeto do canal de acesso, que é a finalidade da dragagem. Tecnicamente, permite maior produtividade do emprego da draga, tanto na visão do porto, como da contratada.

Ao abordar o serviço de manutenção das profundidades desse canal de acesso, devem ser elaborados estudos técnicos: do solo do fundo; do regime de assoreamento, bem como da vantagem de se realizar a cota de sobredragagem para aumentar o ciclo e obter maior produtividade do equipamento. E, também, da vantajosidade do modelo, demonstrada por curvas do desempenho, com resultados eficazes na manutenção: das profundidades de projeto e custo menor dos serviços.

Esta inovação vai possibilitar o fortalecimento do trem de dragagem nacional e gerar emprego para tripulações brasileiras. A extensão da nossa costa exige autonomia na manutenção das profundidades dos seus portos. Os contratos com prazos alongados permitem perspectivas de investimentos mais robustos e melhor qualidade dos serviços prestados. É possível antever um modelo inovador dos serviços de dragagem, com resultados surpreendentes e irreversíveis.

De prático, a privatização do canal de acesso anunciado pelo ministro dos Portos se traduz por um modelo de contrato vinculado aos objetivos desses serviços. Muito diferente de hoje, vinculado ao volume de material dragado. Portanto, critérios distintos na hora de elaborar uma proposta para concorrer e atribuir meta clara à estratégia de manter a profundidade eficiente aos navios.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   10/02/2023

A Petrobras atingiu todas as suas metas de produção em 2022. A produção média de petróleo e gás total da Petrobras durante o ano foi de 2,684 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed), 3,2% maior do que o centro da meta estabelecida para o ano. A produção de petróleo e líquido de gás natural (LGN) e gás comercial foi de 2,361 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed), 2,7% acima do centro da meta. A produção de petróleo e LGN foi de 2,154 milhões de barris por dia (MMbd) 2,6% acima do centro da meta. Os dados são destaques do Relatório de Produção e Vendas, divulgado nesta quarta-feira (08/02) pela companhia.

Em 2022, a Petrobras também alcançou seu recorde anual na produção operada, com média de 3,64 MMboed. Este resultado se deve, principalmente, à entrada em operação do FPSO Guanabara (campo de Mero) e da P-71 (campo de Itapu), bem como à continuidade da evolução das produções (ramp-ups) da P-68 (campos de Berbigão e Sururu), FPSO Carioca (campo de Sépia) e FPSO Guanabara, todos localizados no pré-sal da Bacia de Santos. Outro fator que contribuiu para este resultado foi a entrada em produção de novos poços da Bacia de Campos. A companhia também bateu recorde anual, em 2022, de produção própria do pré-sal, com média de 1,97 MMboed, representando 73% da produção total da Petrobras. A produção da companhia no pré-sal vem crescendo e o recorde registrado representa um incremento de 83% em relação ao volume produzido pela Petrobras nesta camada há 5 anos.

O fator de utilização total (FUT) do parque de refino foi de 88% em 2022, 5% acima de 2021. As vendas de Diesel S-10, de baixo teor de enxofre, têm crescido de forma consistente, representando 59% das vendas totais de óleo diesel em 2022 da Petrobras. A produção anual deste derivado também bateu recordes no parque de refino como um todo (386 mbpd).

No ano passado, os óleos do pré-sal representaram 62% da carga processada no refino, estabelecendo novo recorde em relação ao processamento de 59% em 2021. Esses óleos apresentam grande rendimento de derivados de alto valor agregado e possuem baixo teor de enxofre, contribuindo para a redução de emissões. A Petrobras também seguiu com o desenvolvimento de mercado de correntes de óleo do pré-sal, de forma a maximizar o valor das exportações da Petrobras.

Resultados operacionais do 4º Trimestre de 2022

No 4º Trimestre de 2022, a produção média de óleo, LGN e gás natural alcançou 2,65 MMboed, em linha com o 3T22. A produção de óleo e LGN foi de 2,111 MMbd, em linha com o 3T22. A produção total própria no pré-sal, no 4T22, foi de 1,98 MMboed, representando 75% da produção total da Petrobras. A produção total operada pela Petrobras, por sua vez, atingiu 3,70 MMboed no trimestre, 1,5% acima do trimestre anterior, devido principalmente ao ramp-up do FPSO Guanabara e início de produção da P-71.

Em novembro, a Petrobras registrou recorde de produção mensal de óleo em um único poço do pré-sal, marca atingida pela P-70. Nesse mês o poço ATP-6 atingiu a marca histórica de 56,5 mil bpd, confirmando a alta produtividade do campo de Atapu. Também no 4º Trimestre de 2022, a companhia realizou a primeira exportação de Mero, abrindo um novo mercado com a Tailândia.

Valor - SP   10/02/2023

Foco deve ser na eliminação das barreiras existentes para destravar a oferta nacional

A viagem do presidente Lula à Argentina reacendeu o debate sobre o gás natural e o seu potencial para se tornar combustível de apoio à transição energética, promovendo a reindustrialização do Brasil. Os acordos firmados com nosso vizinho para fomentar a construção de um gasoduto em seu território poderiam viabilizar a exportação do gás da Argentina para o Brasil.

A perspectiva de aumento da oferta do gás argentino pode nos ser benéfica: seja via conexão direta (que ainda dependeria de outro gasoduto ligando a fronteira até Porto Alegre), seja de forma indireta, ao aumentar a sobra de gás da Bolívia para o Brasil. Assim, o aumento da competição na oferta de gás poderia gerar benefícios ao ainda incipiente mercado brasileiro.

Independente desse direcionamento, é necessário que o governo brasileiro avalie políticas que aumentem a produção nacional e, por consequência, reduzam a dependência externa deste energético. Isso confirmaria uma grande vantagem comparativa do país: a segurança do suprimento a partir da diversidade de sua matriz energética. E com isso menor exposição à volatilidade do mercado internacional.

País tem grande vantagem comparativa: segurança do suprimento a partir da diversidade de sua matriz energética

Atualmente produzimos muito gás, diferente da época em que o Gasbol foi construído, trazendo gás boliviano ao país. As últimas informações da ANP apontam que a produção brasileira foi de 140 milhões de m³/dia. Como comparação, esse volume é equivalente ao que a Rússia, antes da guerra, fornecia à Europa pelo gasoduto Nordstream 1. Entretanto, desse montante produzido pelo Brasil, apenas 50 milhões m3 /dia foram efetivamente ofertados ao mercado interno, e 72 milhões m3 /dia foram reinjetados nos poços.

Temos bastante gás, mas por que ainda não somos autossuficientes? Por que reinjetamos metade de tudo que produzimos? Dependendo de quem responda, pode haver diferentes explicações.

Os que justificam a reinjeção defendem que ela aumenta a produção de petróleo, gerando mais valor ao produtor e mais royalties ao Estado. Já outros atribuem a elevada reinjeção à má qualidade da regulação e ao conflito entre o grande mercado nacional competitivo proposto na Lei do Gás e algumas legislações estaduais, que dificultam o fomento ao mercado livre.

Esse ambiente conflituoso limita o consumo de gás, por aumentar os custos e os riscos para o consumidor final. Nessa linha, a falta de demanda firme, para ancorar o aumento da oferta, estimula a reinjeção. Isso porque grande parte das reservas brasileiras são associadas ao petróleo. Sendo assim, o gás precisa fluir da produção ao consumo já que não temos capacidade de estocagem, nem possibilidade de exportar.

Finalmente, há ainda quem acuse a Petrobras pela questão e entenda que ela toma a decisão empresarial de limitar a oferta nacional. Mantendo o Brasil na condição de importador, ela garantiria que o preço cobrado fosse baseado nos altos valores de importação de GNL. O fato é que há uma grande assimetria de informações e dificilmente haverá convergência entre as diferentes explicações, que talvez sejam complementares.

Possíveis soluções passam pela ação do governo federal. A nova demanda para lastrear a produção de gás pode ser criada por estímulo ao aumento do consumo por setores industriais energointensivos - seja por novas plantas, seja por substituição de combustíveis que contribuem para o aquecimento global. Importante considerar que essa demanda deve ser criada com base em sinais econômicos e não pela determinação arbitrária, como foi no caso das térmicas da privatização da Eletrobras.

Utilizar forçosamente o sistema elétrico como alavanca para o mercado de gás trará consequências ineficientes para ambos os setores. Por outro lado, o aumento da produção industrial significa investimento de qualidade para o país. Um dos requisitos para aumento do consumo é a implementação de regulações federal e estaduais harmônicas, que aloquem corretamente riscos e custos entre os agentes da cadeia. Para isso, sugere-se a construção de um pacto nacional entre os diferentes entes federativos.

Além disso, cabe ao governo, como acionista majoritário da Petrobras, avaliar se a empresa toma decisões que equilibrem no curto e no longo prazo as decisões sobre reinjeção de gás, permitindo o desenvolvimento de um mercado em que a estatal prosperará. Outra alternativa é o uso do gás da União, em processos competitivos, para, ao mesmo tempo, maximizar as contribuições ao Tesouro e fundos sociais e desenvolver o setor. A criação de um mercado secundário a partir do gás da União fomentará a competição e será um elemento de confiança na atração de investimentos tanto na produção como no consumo do energético.

Propõe-se, ainda, à ANP revisar a metodologia para aprovação dos planos de desenvolvimento dos campos petrolíferos, de forma a assegurar que as decisões sobre reinjeção garantam a otimização dos resultados das áreas concedidas. Por fim, destaca-se a importância de projetos de estocagem de gás, de forma a instrumentalizar o sistema para acomodar as variações naturais entre a produção e a demanda do insumo, facilitando uma integração eficiente entre o gás e a energia elétrica. Para isso, a ANP deve criar regulação para a atividade de armazenamento, ainda inexistente.

O Brasil está diante de uma oportunidade única. Um novo ciclo de industrialização pode ser destravado pela maior oferta de gás e o aumento da concorrência no mercado. Isso pode ser feito em favor da transição energética para um futuro 100% renovável, nossa grande vocação. A origem do combustível pode ser diversa - Argentina, Bolívia ou EUA - mas devemos focar na eliminação das barreiras existentes para destravar a oferta nacional. Assim, poderemos aproveitar nosso enorme potencial e garantir mais produção à nossa indústria, gerando empregos, renda e desenvolvimento para o país.

Paulo Pedrosa é presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace)

Adrianno Lorenzon é diretor de Gás Natural da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace)

Petro Notícias - SP   10/02/2023

A petroleira norueguesa Equinor decidiu adiar o início de produção do campo de Bacalhau, na Bacia de Santos. Anteriormente previsto para 2024, o primeiro óleo do ativo só irá jorrar em 2025. A revelação foi feita pelo CEO da companhia, Anders Opedal, durante conferência com investidores para detalhamento dos resultados financeiros de 2022.

De acordo com o executivo, a pandemia de covid-19 trouxe impactos no cronograma das obras de construção do FPSO do campo. A plataforma está sendo construída pela Modec no estaleiro DSIC – Dalian, na China. Para lembrar, a Equinor pretende desembolsar US$ 8 bilhões para o desenvolvimento do campo de Bacalhau, que foi adquirido da Petrobrás em 2016.

O FPSO do campo terá capacidade de produzir 220 mil barris por dia e armazenar 2 milhões de barris. Este será o primeiro projeto desenvolvido do zero pela Equinor no Brasil. Além disso, é o maior empreendimento da companhia fora da Noruega.

Em novembro do ano passado, a Equinor iniciou a perfuração do primeiro poço do campo, por meio da sonda West Saturn. Ao todo, a campanha de perfuração da Fase 1 de Bacalhau engloba 19 poços.

Valor - SP   10/02/2023

Resultado de 2022 foi beneficiado por alta nos preços depois de guerra e restrição de oferta

As sete maiores empresas do setor de petróleo e gás do Ocidente em valor de mercado, ExxonMobil, Chevron, Shell, TotalEnergies, ConocoPhillips, BP e Equinor, encerraram 2022 com lucro recorde em meio a alta nos preços das commodities. O conflito na Ucrânia, que tirou de circulação o petróleo e o gás da Rússia, além de restrições na oferta, sustentaram as cotações.

Levantamento feito pelo Valor mostra que, conjuntamente, as sete empresas registraram lucro líquido de US$ 244,4 bilhões no ano passado, crescimento de 130,3% na comparação com 2021. Os números de BP e TotalEnergies são ajustados para retirar os efeitos contábeis das participações que detinham em empresas na Rússia, vendidas ao longo do ano.

Já as receitas dessas mesmas empresas somaram US$ 1,81 trilhão entre janeiro e dezembro do ano passado, o que significa crescimento de 48% sobre 2021. O baixo patamar de endividamento dessas companhias, com redução de investimentos ao longo da última década, resultou que boa parte desse faturamento virou lucro e consequentemente retorno aos acionistas via pagamento de proventos, o que ajudou a elevar significativamente o valor das ações das empresas no ano passado.

O resultado vem após um ano onde os preços do petróleo e do gás natural tiveram alta expressiva, principalmente no primeiro semestre, após as preocupações envolvendo a oferta das commodities com o corte dos produtos russos do mercado internacional. Em 2022, o baril do Brent subiu 21,13%, encerrando o ano cotado em US$ 85,91, o maior valor desde 2013.

No entanto, o valor ficou longe do topo de US$ 133,18, em março, o que acabou impulsionando os resultados das companhias no primeiro semestre. Ao longo do ano as cotações foram se acomodando, mas mesmo assim o preço médio do Brent, referência no mundo para o petróleo, ficou em US$ 100,93, recuperação significativa ante a média de US$ 41,96 em 2020, no auge da pandemia.

O lucro recorde do setor foi alvo de críticas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que no seu discurso anual perante o Congresso americano, na terça-feira (7), classificou como “escandaloso” o resultado das empresas em meio a alta nos preços dos combustíveis. Biden reforçou sua proposta de uma taxação mais pesada em recompra de ações das empresas americanas para incentivar investimentos.

O ano começou com incertezas para o setor, após os governos mundiais imporem sanções ao petróleo e gás natural produzido na Rússia por conta da invasão na Ucrânia. Além da incerteza sobre a manutenção da oferta dos produtos, as empresas precisaram se desfazer de participações em sociedades que tinham no país para elas mesmas não virarem alvo das punições.

A britânica BP foi a maior afetada, registrando baixa contábil de US$ 25 bilhões após se desfazer da sua participação de quase 20% na Rosneft, maior produtora de petróleo na Rússia. A TotalEnergies teve impacto de US$ 3,7 bilhões, enquanto Chevron registrou US$ 4 bilhões e Shell, por sua vez, teve baixa entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões dos negócios no país.

Apesar disso, as petrolíferas conseguiram superar as incertezas, com a escassez de oferta do petróleo e gás elevando os preços. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) acabou segurando a vazão de nova capacidade no mercado, com seus países membros ainda retomando operações no pós-pandemia. O gás natural, por sua vez, muito utilizado na Europa, viu os preços dispararem com o fim do fornecimento russo.

Neste ano, analistas ponderam que deve acontecer a manutenção do quadro de desequilíbrio entre oferta e demanda de petróleo, apoiando uma visão positiva dos preços. O BTG Pactual acredita que a commodity deve se manter acima de US$ 100 o barril. Já o Citi avalia que as pressões macroeconômicas globais devem reduzir a demanda pela commodity, mantendo o barril do Brent em US$ 80 no ano.

De qualquer forma, a tendência é que os preços do petróleo ainda assim fiquem acima da média de US$ 64,28 em 2019, pré-pandemia, o que deve manter os resultados das grandes empresas do setor em patamares elevados, mesmo com uma redução pontual na comparação trimestre a trimestre. As companhias devem implementar medidas de redução de gastos, se adequando ao cenário macroeconômico atual, apontam analistas.

No mercado de gás natural, as pressões macroeconômicas devem reduzir a demanda pela commodity, mas a Agência Internacional de Energia (AIE) acredita que a oferta escassa, sem perspectiva de retomada do abastecimento russo, além de falta de alternativas viáveis, deve manter os preços acima da média histórica, mas abaixo dos recordes vistos em 2022.

AGRÍCOLA

Forbes Brasil - SP   10/02/2023

Transformar os próprios grãos cultivados em uma espécie de ‘moeda digital’ para comprar máquinas e implementos já é uma realidade no agronegócio brasileiro. O produtor Wagner Cruvinel, de Silvânia (GO), finalizou ontem (8), em Cascavel (PR), a compra de um trator da New Holland Agricultura, durante o Show Rural Coopavel, exposição do município e uma das mais importantes do país.

É a primeira vez que esse modelo de negócio acontece no Brasil, no caso, por meio dos grãos transformados em ativos digitais lastreáveis. A transação foi possível graças à parceria do Banco CNH Industrial, grupo do qual a New Holland faz parte, com a Agrotoken, primeira empresa do mundo a criar tokens fungíveis a partir de commodities agrícolas. “Com os grãos transformados em ativos digitais, foi possível negociar com o recurso que já tenho disponível no ecossistema da empresa”, diz Cruvinel.

A operação inédita no país representa o pontapé inicial para o comércio desse tipo de ativo digital no ramo de máquinas agrícolas. “Este é um grande passo para a New Holland e para a agricultura brasileira”, diz Eduardo Kerbauy, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América Latina. “Vivemos em um mundo em constante transformação e o campo não é exceção. A economia digital já faz parte de nossas vidas e esta é uma amostra do potencial de evolução e desenvolvimento que temos em nosso negócio.”
Como funciona a negociação em “grãos digitais”

A Agrotoken possui um ecossistema que transforma a produção agroindustrial em ativos digitais lastreáveis. Na prática, a empresa faz com que os grãos se tornem um bem digital,  que pode ser guardado ou trocado por insumos, serviços, entre outras possibilidades.

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