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10 de Janeiro de 2023

SIDERURGIA

Revista Mineração - SP   10/01/2023

Reconhecimento indica que a planta produtora de aço atendeu os critérios de produção sustentável estabelecidos pela iniciativa global.

A unidade da ArcelorMittal, localizada em João Monlevade (MG), recebeu um importante reconhecimento internacional na área de sustentabilidade. A planta industrial, que completou 87 anos de atividades, teve suas operações certificadas de acordo com padrão ResponsibleSteelTM, uma iniciativa global de normalização e certificação que trabalha para maximizar a produção sustentável de aço.

Durante um ano, a unidade passou por um rigoroso processo de auditoria conduzido pela DNV (Det Norske Veritas). A avaliação incluiu o levantamento de informações detalhadas sobre as práticas sustentáveis desenvolvidas pela planta industrial, trabalho de campo para compilação de indicadores e entrevistas com os stakeholders e lideranças da empresa.

“Esta conquista demonstra que o aço foi produzido de maneira responsável em todas as etapas na unidade de Monlevade – desde o recebimento da matéria-prima até a entrega de soluções para o mercado. Além disso, reforça o fato de que a ArcelorMittal tem as melhores práticas de sustentabilidade no mundo”, afirma Fabiano Cristeli, Diretor de Operações da unidade de Monlevade da ArcelorMittal.

Os auditores da DNV Brasil visitaram todas as instalações da unidade de Monlevade para avaliar as operações e processos segundo os princípios do ResponsibleSteelTM. Eles também interagiram com os empregados, terceiros, representantes da Câmara Municipal e de projetos sociais, líderes da comunidade, entre outros.

“A certificação ResponsibleSteelTM é uma das mais complexas a serem conquistadas. Ela avalia os padrões de Governança, Social e Ambiental, desde os processos de descarbonização até o respeito aos direitos humanos, comunidades locais e empregados; desde a segurança dos empregados e processos até o uso responsável de recursos naturais”, explica Cristeli.

Segundo ele, algumas práticas da usina de Monlevade foram elogiadas pela DNV. “O plano diretor de Biodiversidade, a alta taxa recirculação de água, que é de 98,77% e os treinamentos nas políticas de conduta e anticorrupção para fornecedores tiveram destaque. O combate ao trabalho infantil, a formação de equipe de voluntários e apoio a projetos sociais na região, como o Acordes, de ensino de música erudita para crianças e jovens, são outras ações que receberam boas notas no relatório”, revela.

As metas da empresa de contar com 25% de mulheres em cargos de liderança até 2030 e de neutralidade em carbono até 2050 também ganharam atenção dos auditores.

Para Annie Heaton, CEO do ResponsibleSteelTM, “esta é uma realização empolgante e que está sendo trabalhada há um longo tempo. É um reflexo da dedicação e do trabalho árduo da unidade de Monlevade da ArcelorMittal para garantir que estejam atendendo aos mais altos padrões de produção responsável de aço. Tiveram também muito cuidado em atender as necessidades dos empregados e da comunidade local e de implementar práticas que protejam o ambiente natural ao seu redor”.

O relatório da equipe de auditoria teve a revisão de um painel independente antes de ser emitido. O certificado da unidade de Monlevade tem validade de três anos e é o segundo obtido por uma operação da companhia no Brasil. A unidade de Tubarão foi certificada em março de 2022. O objetivo da ArcelorMittal é certificar todas as usinas no Brasil até dezembro de 2023.
ResponsibleSteel

É uma organização internacional sem fins lucrativos e que possui diversos stakeholders como seus associados. Empresas de todas as partes da cadeia de suprimentos de aço, grupos da sociedade civil, associações e outras organizações com interesse em uma indústria sustentável do setor aço, de qualquer parte do mundo, podem participar.

O objetivo da ResponsibleSteel é maximizar a contribuição do aço para um mundo sustentável. Sua missão é ser uma força motriz na produção social e ambientalmente responsável de aço com emissão zero de carbono líquido, globalmente, ao propiciar um fórum multissetorial para construir a confiança e alcançar consenso; desenvolver normas, certificação e ferramentas relacionadas; impulsionar mudanças positivas através do reconhecimento e uso de aço responsável.
Padrão ResponsibleSteel

Considera 12 princípios ambientais, sociais e de governança. São eles: Liderança Corporativa; Sistemas de Gestão Social, Ambiental e de Governança; Saúde e Segurança Ocupacional e Comunitária; Direitos do Trabalho; Direitos Humanos; Comunidades Locais; Engajamento das Partes Interessadas (stakeholders) e Comunicação; Mudanças climáticas e Emissões de Gases de Efeito Estufa; Ruído, Emissões, Efluentes e Resíduos; Recursos Hídricos; Biodiversidade e Descomissionamento e Encerramento de Operações.
Unidade de João Monlevade

Fundada em 1937, a planta industrial de Monlevade é a única fabricante brasileira de aço utilizado para a produção de cordoalhas aplicadas na fabricação de pneus (steelcord), segundo a ArcelorMittal.

A usina produz aços longos com características especiais para fabricação de autopeças como barras para amortecedores, molas helicoidais, fixadores, lã de aço, cabos e soldas. O aço da planta industrial está em três de cada quatro pneus utilizados no Brasil.

Construção Latino-americana - SP   10/01/2023

A Gerdau anunciou a certificação de sua segunda operação como Empresa B. A Siderperu, operação de produção de aço da companhia no Peru, une-se à Gerdau Summit, sua joint venture com a japonesas Sumitomo Corporation e Japan Steel Works voltada ao fornecimento de peças para a geração de energia eólica, que se tornam as duas primeiras produtoras de aço no mundo a serem Empresas B.

A nova certificação reflete o compromisso da Gerdau junto ao programa B Movement Builders e sua ambição de certificar todas as suas operações até 2025. Como parte da sua agenda de sustentabilidade, a certificação reconhece que a maior empresa brasileira produtora de aço segue boas práticas de sustentabilidade e que conecta, de forma efetiva, o negócio com o seu propósito de empoderar pessoas que constroem o futuro, deixando um legado na sociedade.

“A certificação da Siderperu, nossa maior operação industrial na América do Sul depois do Brasil, como Empresa B reafirma um compromisso de 121 anos da Gerdau com sua jornada de sustentabilidade e sua busca em ser parte das soluções aos desafios e dilemas da sociedade, promovendo um impacto positivo nas regiões em que está presente”, afirma Gustavo Werneck, diretor-presidente (CEO) da Gerdau “Estamos muito orgulhosos de fazer parte do movimento global de Empresas B e de gerar ainda mais valor para os nossos stakeholders, e destaco que esse reconhecimento só foi possível devido aos esforços e comprometimento dos colaboradores e colaboradoras da Gerdau, clientes e fornecedores.”

“Na Siderperu, estamos trabalhando fortemente para fortalecer nossa estratégia de sustentabilidade, a fim de transcender como empresa e deixar uma marca positiva. Ser agora uma Empresa B mostra que a sustentabilidade está no centro do nosso negócio e que é um tema que é tratado transversalmente em toda a companhia, envolvendo as nossas pessoas, tomadas de decisão, projetos e stakeholders”, afirma Aldo Tapia, CEO da Siderperu.

A Siderperu agora se une a um movimento internacional de 5.371 empresas com propósitos que atendem aos altos padrões de responsabilidade social e ambiental e transparência da certificação como Empresa B. A certificação como Empresa B é rigorosa, dada por uma organização internacional Independente, sem fins lucrativos – o B Lab, representado no Brasil pelo Sistema B -, que consegue verificar de forma tangível e mensurável como a Gerdau Summit tem trabalhado na construção de um ambiente de negócios ainda mais sustentável, diverso e inclusivo.

Desde 2020, a Gerdau está conectada ao movimento de Empresas B como parte do programa B Movement Builders, coalizão que une empresas multinacionais de capital aberto que visam transformar a economia global para contribuir com a valorização de longo prazo de todos os seus públicos.

Em agosto de 2022, a Gerdau Summit tornou-se a primeira indústria de aço do mundo a receber a certificação como uma Empresa B.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   10/01/2023

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país –, passou de 5,31% na semana passada para 5,36% nesta segunda-feira (9). Para 2024 e 2025, as projeções são de inflação em 3,7% e 3,3%, respectivamente.

As estimativas constam do Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando estava nesse mesmo patamar.

A próxima reunião do Copom está marcada para 31 de janeiro e 1° de fevereiro deste ano. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic seja mantida na primeira reunião do ano. Para o fim do ano, a estimativa é de que a taxa básica fique caia para 12,25% ao ano – mesma estimativa da semana passada. Já para 2024 e 2025, a previsão do mercado é de que a Selic fique em 9,25% ao ano e 8% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

Para este ano, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passa de 0,80%, na semana passada, para 0,78%. Para 2024, o mercado financeiro manteve estável a expectativa de crescimento da economia em 1,5%. Para 2025, estimativa ficou em 1,90%.

Já a projeção para a cotação do dólar para este ano ficou em R$ 5,28. Para 2024 e 2025, a projeção é de que a moeda fique em R$ 5,30.

Infomoney - SP   10/01/2023

A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Kansas City, Esther George, afirmou que a instituição tem um “grande desafio pela frente” para conseguir levar a inflação de volta à meta de 2% nos Estados Unidos. Em entrevista à rádio KCUR, ela reafirmou o compromisso com a meta, acrescentando que “os passos para chegar até lá não são simples”, com altas nos juros e também a redução do balanço do banco.

De qualquer modo, ela disse acreditar que no contexto atual é possível desacelerar mais o aperto monetário.

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Esther George comentou que, na avaliação dela, o Fed “está no caminho” para conter a inflação sem provocar “destruição na economia”. A dirigente disse que a queda recente nos números de inflação é “um sinal muito encorajador” e que “provavelmente faria sentido desacelerar mais as altas nos juros”, nesse contexto, embora sem parar agora o aperto monetário em andamento.

Na entrevista à rádio, ela também comentou o fato de que deixará seu posto ainda neste mês, portanto não participará mais das decisões de política monetária. Neste momento, ainda está em andamento o processo para escolher seu sucessor, informou.

Esther George entrou no Fed de Kansas City em 1982 e ocupou vários cargos na distrital do BC norte-americano, até chegar à presidência.

O Estado de S.Paulo - SP   10/01/2023

Os atos criminosos que levaram à invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal são péssimos para a economia e para a fase inicial de arrumação da casa prometida pelo novo governo.

A instabilidade por si só já deve gerar volatilidade, mas há ainda o risco do que aconteceu em Brasília se alastrar pelos Estados.

De imediato, a marcha golpista deste domingo deve paralisar a ação para as primeiras medidas do governo que já eram esperadas para essa semana.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha antecipado que iria anunciar o plano de ajuste com medidas para reduzir o rombo nas contas públicas. Luiz Marinho, ministro do Trabalho, daria uma entrevista sobre o reajuste do salário mínimo.

Não há clima e todo o foco estará na defesa da democracia. Os ministros mal tinham formado a equipe. Os três Poderes em Brasília estarão centrados na tarefa de mitigar os danos e impedir que novos atos aconteçam nos Estados com uma ação coordenada com governadores.

A marcha golpista vai ampliar as dificuldades para o ministro Haddad adotar medidas impopulares, sobretudo, de aumento de impostos. Ele queria acabar com a desoneração da gasolina, prorrogada por dois meses, mas dificilmente terá aval para prosseguir com os planos que ajudariam a aumentar a arrecadação em 2023. E tinha descartado para 2023 a correção da tabela do Imposto de Renda.

Na virada do ano, Haddad foi atropelado pela ala política que defendeu junto a Lula a necessidade de prorrogação da isenção alegando o risco de a alta dos tributos se transformarem em pólvora para as ações dos extremistas que estavam acampados nas portas dos QGs. Com a invasão, essas vozes dentro do governo ganham ainda mais força.

Trocas de mensagem de executivos de instituições financeiras, no domingo à noite, já indicavam uma reação negativa dos mercados. A leitura no mercado é que a busca de governabilidade pode acabar sendo confundida com a necessidade de ampliação de mais gastos.

Se as cenas de Brasília foram comparadas com a invasão do Capitólio por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, contrários à eleição do presidente Joe Biden, paralelo na área econômica também está sendo feito com os Estados Unidos

O governo Biden iniciou com um “waiver” aprovado pelo Congresso de US$ 1,2 trilhão para novos investimentos. Ele começou vários programas populares para estudantes, jovens, crianças e reduziu imposto de renda federal.

Mas não ganhou popularidade. Ao contrário. A inflação crescente junto com decisões consideradas desastrosas (como a retirada das tropas do Iraque) derrubaram a popularidade do presidente americano.

Infomoney - SP   10/01/2023

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York afirma que as expectativas de inflação nos Estados Unidos continuam a cair no curto prazo, segundo pesquisa da instituição para o mês de dezembro de 2022. No médio prazo houve estabilidade ante o mês anterior, enquanto a de longo prazo teve leve alta.

Já as expectativas de gastos dos consumidores sofreu queda forte em dezembro, enquanto as expectativas de crescimento da renda atingiram nova máxima da série histórica. As expectativas para preços de residência subiram um pouco, aponta ainda.

No caso da inflação, a mediana das expectativas para ela dentro de um ano passaram de 5,2% em novembro a 5,0% em dezembro, na mínima desde julho de 2021 nesse levantamento.

Para três anos ela seguiu em 3,0%, enquanto para 5 anos ela subiu de 2,3% a 2,4%. A mediana da incerteza sobre a inflação seguiu no mesmo nível no curto prazo e recuou no horizonte de médio prazo, apontou o Fed de Nova York.

As conclusões foram da pesquisa realizada mensalmente, com representatividade nacional e ouvindo aproximadamente 1.300 chefes de família. As mesmas pessoas respondem à pesquisa por até 12 meses, o que permite registrar mudanças na expectativa e no comportamento dos mesmos indivíduos com o tempo, explica o Fed.

O Estado de S.Paulo - SP   10/01/2023

Em carta ao novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o Banco Central deve citar a guerra na Ucrânia e a reabertura econômica pós-covid como as principais justificativas para não cumprir a meta de inflação pelo segundo ano seguido em 2022. O banco também deve reforçar a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, como arma para ganhar a batalha contra a alta de preços.

No mercado financeiro, o terceiro estouro consecutivo da meta já está na conta para 2023, sobretudo considerando o risco fiscal, que o BC pode destacar de novo ao se explicar para Haddad. A carta deve ser enviada pela autoridade monetária à Fazenda nesta terça-feira, 10, após a divulgação do IPCA – índice oficial de inflação – de 2022.

Segundo pesquisa do Projeções Broadcast, o IPCA deve fechar 2022 em 5,60% – porcentual acima do teto da meta (5%) estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), após desvio de 4,81 pontos porcentuais ante o teto da meta em 2021.

Toda vez que a inflação fica fora do limite de tolerância da meta, o BC tem de explicar por que falhou na sua principal missão: a estabilidade dos preços. Desde a criação do sistema de metas, em 1999, o BC descumpriu a meta seis vezes. Com a segunda carta seguida, o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, se iguala a Henrique Meirelles no número de explicações oficiais à Fazenda.

Alimentos e combustíveis

Nas contas da economista Tatiana Nogueira, da XP Investimentos, a inflação de alimentos deve responder pela maior contribuição para o IPCA de 2022, devido à alta de preços de commodities e fertilizantes na esteira da guerra entre Rússia e Ucrânia. Mas o conflito no leste da Europa poderia ter prejudicado ainda mais a inflação brasileira não fosse a desoneração tributária sobre os combustíveis, patrocinada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) às vésperas da eleição presidencial.

Só a deflação dos combustíveis deve aliviar o IPCA em 1,4 ponto porcentual no ano passado, calcula a economista da XP. Considerando a redução tributária total, sobre itens como energia elétrica e telecomunicações, o efeito de baixa sobre a inflação de 2022 deve ser de 2,2 pontos porcentuais. Na divisão do BC, os preços livres, mais sensíveis à política monetária, devem responder por 6,8pp do resultado inflacionário do ano passado. “Supondo estabilidade dos preços administrados, a inflação de 2022 teria rompido muito mais o teto superior da meta.”

Além da guerra na Ucrânia, Nogueira cita os efeitos da política de covid zero na China para a inflação de bens industriais, que provocou atraso na normalização das cadeias de produção. No âmbito doméstico, por sua vez, o principal impacto nos preços veio da reabertura do setor de serviços diante do maior controle da pandemia.

Os efeitos indiretos da disparada em 2021 da inflação de bens duráveis, como automóveis, em foram relevantes, afirma o economista João Fernandes, da Quantitas Asset. Afetado pela alta do custo, o seguro de automóveis deve terminar 2022 com aumento de 32%, nos cálculos de Fernandes, o maior avanço desde o início do Plano Real. Da mesma forma, o gasto com emplacamento e licença, que reflete o IPVA, deve ter a maior alta da série histórica, considerando a expectativa de elevação de 22% do economista da Quantitas.

Além disso, com o aumento da circulação de pessoas em 2022, as despesas com viagens devem avançar 20% em 2022, considerando a média entre as taxas esperadas para passagem aérea, hospedagem e pacote turístico, calcula Fernandes.

Para o economista, esses dois movimentos, contudo, já mostraram esgotamento no final do ano passado e a tendência é de que contribuam para um quadro inflacionário mais comportado em 2023. Por outro lado, o economista considera que os impostos federais vão voltar a incidir sobre a gasolina este ano, provocando o avanço de 13,5% do item no IPCA, contra queda de 25% em 2022. Desse modo, a expectativa é de que o índice oficial de inflação termine os dois anos em 5,60%. Para 2023, o teto da meta é de 4,75%.

Reação

“Vai ser mais um ano de descumprimento da meta [em 2023]. A reação do BC deve ser manter a Selic parada o ano todo. Se o fiscal piorar muito, o que não acho que deve acontecer, não dá para descartar uma alta de juros”, avalia Fernandes, que vê espaço para a autoridade monetária voltar a alertar sobre a preocupação com as contas públicas na carta à Fazenda.

Tatiana Nogueira, da XP Investimentos, também estima que a taxa Selic vai continuar em 13,75% ao ano até o fim de 2023. “As expectativas de inflação de 2024 e 2025 voltaram a subir. O BC deve conviver com desconforto durante o ano, mantendo a Selic estável. Há risco de corte, mas as sinalizações da política fiscal vão na direção oposta”, disse, citando o impacto de R$ 168 bilhões da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.

Para Nogueira, na parte da carta em que o BC aponta medidas para alcançar a convergência inflacionária, a autoridade monetária deve argumentar que espera continuidade da normalização de preços de commodities e bens industriais e que já colhe frutos de política monetária mais restritiva na desinflação de serviços.

Na avaliação de Fernandes, o novo estouro da meta de inflação deteriora um pouco a credibilidade do BC, algo que pode, inclusive, ser calculado pelo avanço das expectativas de inflação longas mesmo antes do aumento da preocupação fiscal. “Já há descolamento, que deve ser fruto da perda de credibilidade do BC e da mudança de patamar da inflação mundial.”

Hoje, o BC mira os anos de 2023 e 2024 para convergência da inflação. No Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 9, a mediana para o IPCA de 2023 subiu para 5,36%. Para 2024, o avanço foi para 3,70% e, para 2025, para 3,30%, contra o centro da meta de 3,00% para os dois anos.

IstoÉ Online - SP   10/01/2023

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,692 bilhão na primeira semana de janeiro (dias 1º a 8). De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 9, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,248 bilhões e importações de US$ 4,555 bilhões.

A média diária das exportações registrou aumento de 32,7% na comparação com a média diária do período em 2022, com crescimento de US$ 56,51 milhões (35,8%) em Agropecuária; alta de US$ 50,94 milhões (25,2%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 197,99 milhões (34,3%) em produtos da Indústria de Transformação.

Já as importações reduziram 3,6% no período, também na comparação pela média diária, com aumento de US$ 4,62 milhões (26,4%) em Agropecuária; queda de US$ 45,26 milhões (-38,8%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 17,61 milhões (2,2%) em produtos da Indústria de Transformação.

O Estado de S.Paulo - SP   10/01/2023

Toda discussão sobre a política econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva ficou em segundo plano depois do ataque à democracia promovido por golpistas que se recusam a aceitar a vitória do petista na disputa presidencial. No entanto, a despeito do rastro de destruição que as manifestações deixaram no último domingo, há um país a governar, o que amplia ainda mais a responsabilidade do governo federal nas decisões que terá de tomar a partir de agora.

Como mostrou o Estadão, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prepara medidas de ajuste fiscal com o objetivo de estabilizar a trajetória da dívida pública em 76% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos quatro anos e abrir caminho para reduzi-la depois desse período. Os cenários deixam claro o objetivo de impedir que a dívida bruta supere a marca de 80% do PIB até 2030. Trata-se de uma meta bastante desafiadora, diante de uma projeção de déficit primário de R$ 231 bilhões neste ano. Para enfrentar esse rombo, não há mágica. É preciso ampliar receitas e cortar despesas, uma ideia que tem muito apoio teórico, mas que encontra enormes obstáculos para a execução prática.

A primeira semana de governo não produziu boas expectativas. Para reduzir o buraco das contas públicas, a decisão óbvia a ser tomada era reonerar os combustíveis, tema que deu ao ministro da Fazenda sua primeira derrota pública. Trata-se de medida de caráter impopular, cujo impacto poderia ampliar a insatisfação com o novo governo, mas não há dúvida de que seria uma ação concreta na direção da reversão estrutural do déficit.

O dilema não está restrito, no entanto, aos combustíveis. Voltar a tributar setores que foram beneficiados sem justificativa técnica é algo mandatório, mas de difícil aplicação, tendo em vista a força de alguns setores econômicos e sua influência no mundo político.

Já apelar a receitas extraordinárias para diminuir o déficit tem efeito meramente paliativo e não funciona no médio e longo prazos. Para ficar em algumas das ações sugeridas pela equipe de Haddad para reverter o saldo negativo entre receitas e despesas, a utilização dos recursos do fundo PIS/Pasep não sacados, cujo saldo é estimado em R$ 23 bilhões, tem efeito muito limitado. Já esperar que o incentivo à redução da litigiosidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) renda R$ 53,77 bilhões é quase risível. A maioria dos grandes contribuintes derrotados em disputas tributárias apela ao Judiciário assim que a discussão na esfera administrativa se encerra, em batalhas que chegam a durar décadas.

É sintomático e muito preocupante, portanto, que a primeira reunião oficial de Haddad e sua equipe no Ministério tenha dado pouca ênfase às ações de redução dos gastos públicos. A revisão de contratos e programas, segundo o plano apresentado, renderia R$ 15 bilhões, enquanto a autorização para executar despesas menores que as autorizadas pelo Orçamento geraria R$ 25 bilhões.

O desequilíbrio das contas públicas é um problema de caráter bem mais amplo e duradouro, tem múltiplas causas e não será resolvido com ações pontuais. Do lado das receitas, uma reforma tributária ampla é urgente para simplificar o sistema, mas também é preciso discuti-la com realismo. Uma proposta neutra, sob o ponto de vista da arrecadação, deixou de ser uma meta factível para o tamanho do Estado brasileiro e suas muitas deficiências.

Sem descuidar da imprescindível redução dos gastos públicos – que não são reduzidos trocando o seu nome por “investimentos”, como quer Lula –, o lado das receitas é o que pode garantir os melhores resultados de reequilíbrio fiscal. Nesse sentido, um programa de avaliação e revisão de políticas públicas se mostra urgente e essencial.

Os atos golpistas de domingo reduziram o espaço e o tempo para erros na política e na economia. Assegurar a governabilidade do terceiro mandato de Lula não é desculpa para ampliar os gastos públicos ou para manter desonerações extemporâneas. A responsabilidade é ainda mais necessária.

O Estado de S.Paulo - SP   10/01/2023

O ataque à democracia ocorrido no domingo, 8, terá impactos na economia. Para especialistas, o novo governo Lula terá sua atenção desviada para a reorganização do País, enquanto poderia focar em soluções para os entraves econômicos.

“O governo assumiu com problemas econômicos complicados. Tinha de gastar seu tempo para resolver essas dificuldades, mas agora vai gastar uma energia enorme para repacificar o País. É evidente que isso atrasa a economia”, diz Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central.

“Em vez de discutir o problema fiscal e fazer políticas públicas que redistribuam renda, o governo vai ter de gastar tempo para encontrar recursos para arrumar computador que foi quebrado e trocar vidros”, acrescentou.

Pastore destacou que instituições íntegras são essenciais para um país se desenvolver e ter também estabilidade de preço. “Isso (a tentativa de golpe) não se traduz em pontos porcentuais de subida de câmbio ou curva de juros. É algo muito mais profundo. Os países que se desenvolvem são os que têm instituições políticas e econômicas fortes e inclusivas, não os que têm instituições extrativistas e que geram instabilidade. O que assistimos foi um ataque inadmissível às nossas instituições.”

A economista-chefe da Tendências Consultoria, Alessandra Ribeiro, também aponta que o ataque à democracia deve atrasar o andamento da pauta econômica. Segundo ela, o agravante desse cenário é não saber quanto tempo será necessário para amenizar a situação em Brasília.

“As investigações que serão feitas podem ter desdobramentos que não conseguimos antecipar. Nosso receio é que esses desdobramentos façam o problema institucional levar mais tempo para ser resolvido”, diz. Enquanto isso, acrescenta, a discussão para criar um novo arcabouço fiscal deve ser postergada.

Para ela, enquanto não houver uma definição sobre a nova regra fiscal, a incerteza continuará alta. Isso, por sua vez, deve deteriorar as condições financeiras e afetar negativamente a atividade econômica no curto prazo. A economista afirma ainda que o investidor, principalmente o estrangeiro, deve ficar mais cauteloso.

“Não vai haver uma debandada de investimento estrangeiro, mas ele não vai entrar nem sair do País enquanto aguarda uma definição fiscal e o desenrolar dessa questão institucional.”

Na visão do economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, no entanto, o fato de a tentativa de golpe ter fracassado deve dar força à frente ampla que apoia o governo. Por outro lado, ele diz que o ataque não muda o fato de o governo ainda não ter apresentado seu programa econômico, mas que as expectativas em relação a esse plano cresceram agora.

“O governo vai gastar mais tempo para se recompor. Algumas decisões relevantes vão ter de acontecer. Isso aumenta a ansiedade e a importância do anúncio e do programa que vai ser desenvolvido.”

De acordo com Silvia Matos, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), o ataque ocorrido ontem, porém, pode favorecer o novo governo Lula ao isolar a oposição extremista. A economista diz que, em um primeiro momento, o cenário de instabilidade pode atrapalhar a atração de investimentos, mas que isso não deve permanecer. “Não é uma crise política generalizada. O governo não fechou o Congresso, por exemplo.”

MINERAÇÃO

Valor - SP   10/01/2023

A doação, segundo a entidade, tem como objetivo demonstrar à sociedade que a democracia deve ter o apoio de todos”

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) informou que a entidade, juntamente com empresas associadas, irão doar R$ 1 milhão para ajudar na reparação do patrimônio público dos Três Poderes (Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Superior Tribunal Federal), depredados neste domingo (8) durante a invasão de terroristas bolsonaristas.

Em comunicado, destacou que “o setor mineral e as empresas que o compõem querem, com essa doação, demonstrar à sociedade que a democracia deve ter o apoio de todos”.

“Trata-se de um gesto simbólico para reafirmar nosso compromisso com a Democracia”, destacou a nota, assinado por Raul Jungmann, presidente-executivo da entidade.

A entidade reforçou seu apoio afirmando que todos os brasileiros devem se sentir atingidos pelos ataques desferidos contra os poderes da República.

“O momento é de cada um(a) demonstrar que a violência não pode ser aceita como um caminho para se protestar e impor vontades. Reconciliar o país é essencial para o desenvolvimento social e econômico”, disse.

Com apoio à reparação dos danos, pontua que é uma decisão da entidade e das mineradoras associadas para frisar sua crença e respeito à democracia, “condição para a justiça social e a preservação do meio ambiente”.

A entidade reforçou seu apoio afirmando que todos os brasileiros devem se sentir atingidos pelos ataques desferidos contra os poderes da República — Foto: Foto: Isadora Peron/Valor/Foto: Isadora Peron/Valor

Valor - SP   10/01/2023

Setor sofreu com impacto no preço do minério de ferro, que responde por 73% das exportações e por mais de 60% do valor da produção mineral brasileira


Jungmann: “A desaceleração veio com as restrições na China, menor preço do minério de ferro e a guerra na Ucrânia” — Foto: Silvia Zamboni/Valor

A indústria mineral no país teve em 2022 um desempenho menos dourado que o do ano anterior, que se beneficiou do boom das commodities. Minerais e metais ainda tiveram preços elevados com a guerra na Ucrânia, mas a partir de maio houve desaceleração. Para 2023, diante do cenário de instabilidade mundial, de como ficar a economia chinesa e do problema na Europa, a tendência é repetir 2022, disse ao Valor o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann.

Ex-ministro de Segurança Pública do governo Michel Temer, político e consultor empresarial, o pernambucano Jungmann assumiu o cargo no Ibram em 1º de março do ano passado, com a missão de ampliar a visibilidade do setor e ter maior influência política e institucional. “É um gigante econômico, mas pequeno institucionalmente”, comenta.

Segundo os números que acabam de ser oficializados, a mineração no país fechou o ano com retração de 26,3% no faturamento, que totalizou R$ 250 bilhões. Em 2021, teve valor recorde de R$ 339 bilhões. “A desaceleração veio com a menor produção de aço na China decorrente das restrições por causa da política contra covid, o que levou a forte recuo no preço médio do minério de ferro, que responde por 73% da divisa de exportação do setor. Outro fator foi a guerra na Ucrânia”, disse o executivo.

Com dois mecanismos financeiros espera-se levantar até R$ 15 bi para investimentos via bolsa, como no Canadá

O ano de 2021 “foi extraordinário, com aumento no valor dos minerais e metais, em média, de 47%”. Jungmann destaca o papel importante das exportações, que atingiram US$ 49 bilhões, com peso significativo do minério de ferro. “O Brasil precisa diversificar a produção de bens minerais”, destaca o presidente do Ibram.

Jungmann defende, por exemplo, uma política para minerais considerados estratégicos, como nióbio, tântalo, lítio, grafite, e outros, que poderiam ganhar mais peso no valor da produção. E ainda para os minerais da indústria de fertilizantes (fosfato e potássio), que depende de importação.

Do total faturado em 2022, minério de ferro contribuiu com R$ 153,5 bilhões, seguido de ouro (R$ 23,9 bilhões); cobre (R$ 15,2 bilhões); calcário dolomítico, R$ 8,55 bilhões; e bauxita, R$ 5,66 bilhões) - uma concentração de quase 83% desses cinco produtos.

“A mineração brasileira é relevante, pois está entre os quatro ou cinco setores econômicos mais importantes do país”, afirma.

Com a queda no faturamento, a arrecadação da Contribuição Financeira da Extração Mineral (CFEM) também desabou - de R$ 10,3 bilhões para a casa de R$ 7 bilhões. Isso puxou para baixo, em 31,8%, a receita de diversos municípios mineradores, principalmente em Minas Gerais e Pará, que são responsável por gerar 77% do faturamento total.

Na agenda do Ibram há várias pautas importantes. Uma delas, diz, já teve avanços - a de segurança das populações vizinhas de minas e barragens de rejeitos. O país viveu dois grandes traumas: os rompimentos de Fundão (Mariana) e de Brumadinho, ambas em Minas Gerais. Das 926 barragens existentes no país, só havia, até fim do ano, três em regime de maior atenção, diz. “Houve significativa melhora no campo regulatório e por parte das empresas. Hoje, os relatórios de inspeção são assinados pelos presidentes”.

Na questão do ESG (ações para o meio ambiente, sócia-econômicas e governança) há um acompanhamento da consultoria Falconi de tornar pública a meta para utilização de energia e água e a alocação dos rejeitos gerados até 2030.

Outra frente é o trabalho de defesa da Amazônia e suas populações. A entidade vai promover em agosto, em Belém, a Conferência Internacional Amazônica e Bioeconomia, com pré-conferências em Estados e até países da região. “A floresta em pé traz benefício econômico muito maior”, diz e acrescenta que há alternativas de economia para a região, protegendo florestas e populações.

O Ibram informa que foi contra o projeto de lei 191, de mineração em terras indígenas. Qualquer atividade nessas áreas, em primeiro lugar requer a anuência dos povos originários, com livre consentimento prévio e desde que traga benefícios às populações. Cita o exemplo do Canadá.

Garimpo ilegal

Um problema crítico para o meio ambiente, com destruição de rios e florestas, que afeta a imagem do setor e do país, a atividade garimpeira ilegal do ouro - e já avança em outros minerais - tem sido alvo de combate, mas com uma solução ainda longe de ser obtida. “Nossa posição é radical com o garimpo ilegal. A atividade é crime e caso de polícia”, afirma o presidente do Ibram.

Há várias frentes para cercar a mineração ilegal, reunindo ações de órgãos - do Banco Central, Instituto Ethos e Instituto Ambiental, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Ministério de Minas e Energia (MME) até a Receita Federal (com adoção da nota fiscal eletrônica). “Nosso foco é a cadeia do ouro, desde a exploração até a comercialização por parte de instituições financeiras (as DTVMs), que respondem por 90% da lavagem de dinheiro do garimpo ilegal”.

Conduzido pelo Ibram, foi feito um pedido de investigação e auditagem das DTVMs e foi criado um comitê joalherias e mineradoras legais na entidade. “Fomos até a Suíça, pois 50% da exportação destinada ao país é de ouro ilegal e fizemos reuniões com o governo, setor privado e ONGs”, destaca o dirigente.

Jungmann ressalva que essas ações requerem, em paralelo, uma política sócio-econômica para as populações do entorno das áreas de exploração, pois elas ficam vulneráveis à atividade ilegal.

Incentivos financeiros

A mineração no Brasil, ressalta o executivo, é carente de mecanismos de apoio financeiros para fomentar o setor. Empresa, como as junior companies, vão à Bolsa de Toronto para listar seus projetos e captar recursos para fazer a exploração de uma reserva descoberta. Não há instrumento financeiros disponíveis na bolsa brasileira: a B3 tem pouco mais de 400 empresas listadas; já a de Toronto tem, somente de mineradoras, 1400 com projetos listados.

No momento, há duas propostas elaboradas no MME - a Letra de Risco Minerário e a Cédula de Direitos Minerários. A segunda visa captar recursos para o desenvolvimento de pesquisas de áreas de mineração, pois o mapeamento dos recursos é muito baixo. Hoje se conhece apenas 4% do território.

Segundo o executivo, avalia-se que podem ser levantados com os dois mecanismos entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, por meio de instrumentos de securitização, usando fundos (invest mining), para aproximar o BNDES do setor. “A carteira dos bancos precisa desses mecanismos de alavancagem. Não temos hoje porque o risco existe e porque há desalento no setor financeiro”, comenta.

Licenciamento ambiental

O setor visa também uma solução para a questão dos licenciamentos de novos projetos de minas: ganhar mais velocidade no processo de aprovação das autorizações. Em muitos casos, diz Jungmann, demoram anos e geram perdas de divisas. Ele cita o caso do projeto S11D, da Vale, em Carajá, que durou oito anos.

“Por causa disso, o Brasil perdeu o boom de consumo de minério de ferro da China. A Austrália que acabou ganhando: passou de uma produção de 200 milhoes para mais de 700 milhões ao ano, enquanto ficamos parados em 350/400 milhões de toneladas”.

Para o executivo do Ibram é fundamental elaborar um plano de desenvolvimento no país, que tem diversos bens minerais, ao passo que a Europa, por exemplo, já não tem mais.

Visa-se também, com isso, a ampliação das fronteiras de produção. Hoje, três quartos são gerados em Minas Gerais (40%) e Pará (37%). Além de Bahia, Mato Grosso e Goiás, a meta é avançar por outros Estados e regiões do país para se atingir a nacionalização das fontes de produção.

Sanha tributária estadual

O aumento da carga tributária sobre o setor, vinda principalmente de governos estaduais, é uma preocupação. O Ibram cita um estudo da consultoria E&Y, o qual mostra que o setor mineral brasileiro é o mais taxado do mundo e que isso retira competitividade e mercados.

Ultimamente, foi criada uma taxa estadual (Taxa de Fiscalização da Atividade Mineral), cuja arrecadação já supera a da CFEM, em alguns Estados, como Mato Grosso. Outros vão no mesmo caminho. “Não poderia existir, porque se trata de um bem que tem legislação da União”, afirma.

A medida teve o suporte do Superior Tribunal Federal (STF), que acabou definindo os pleitos estaduais e tornando a cobrança constitucional. O Ibram e as mineradoras avaliam se vão contestar as medidas na Justiça. “Toda essa majoração tributária traz insegurança jurídica para atração de investidores ao setor”, diz.

IstoÉ Online - SP   10/01/2023

Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram nesta segunda-feira depois que o planejador estatal da China prometeu aumentar os esforços para regular os preços do ingrediente siderúrgico e reprimir especulação “maliciosa” de preços.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma está muito preocupada com as flutuações nos preços do minério de ferro depois de perceber um recente aumento acentuado, disse em um comunicado na sexta-feira.

O contrato de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 2,5%, a 823 iuanes (121,70 dólares) a tonelada.

Na semana passada, o contrato de referência subiu para 860,50 iuanes a tonelada, impulsionado pelo otimismo em relação a um maior apoio político da China, maior produtor mundial de aço, ao setor imobiliário em dificuldades e ao desmantelamento dos controles pandêmicos.

Mas a primeira semana de 2023 também registrou maior volatilidade do mercado em meio a preocupações com surtos de Covid-19 na China e demanda doméstica de aço sazonalmente fraca.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência do minério de ferro para fevereiro caiu 1,3%, para 116,25 dólares a tonelada.

“Pode-se entender a razão pela qual é frustrante para o governo, dado que (os altos preços) aumentam os custos para produtores de aço integrados e usuários finais do downstream, ou seja, incorporadores imobiliários”, disse o diretor administrativo da Navigate Commodities, Atilla Widnell.

Os contratos futuros de minério de ferro “deslocaram-se da oferta e demanda físicas”, disse ele.

As referências de aço e outros insumos siderúrgicos de Dalian, no entanto, subiram, com carvão de coque e coca avançando 3,1% e 3,5%, respectivamente.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   10/01/2023

A Komatsu lançou recentemente produtos financeiros via Banco Komatsu do Brasil, trazendo mais opções para quem deseja comprar uma máquina.

Com operação iniciada em abril de 2016 no país, o Banco Komatsu do Brasil S/A (BKB) veio para atender às necessidades dos clientes da marca, com serviços, produtos financeiros e seguros, no intuito de fomentar as vendas e acelerar o passo na conquista por mais participação no mercado local.

Desde sua fundação, a instituição vem agregando valor aos clientes da Komatsu no Brasil, facilitando a aquisição dos equipamentos da marca, oferecendo produtos financeiros, seguros e serviços que atendam todas as necessidades dos clientes, passando pelo CDC (Crédito Direto ao Consumidor), leasing, Finame, financiamento de peças e serviços.

“Desde o fim do ano passado, trouxemos mais produtos para atender à demanda dos nossos clientes que queriam mais opções de financiamento”, afirma Gustavo Ferreira, diretor comercial do Banco Komatsu do Brasil.

A instituição lançou, então, no fim do ano, no mercado brasileiro, mais três produtos. A Nota de Crédito à Exportação (NCE) e a Cédula de Crédito à Exportação (CCE) são dois deles e representam um compromisso de pagamento em real, por intermédio da emissão de título de crédito com lastro em produtos de exportação. “A grande vantagem é a isenção do IOF (imposto sobre operações financeiras)”, explica Ferreira.

O outro lançamento é o Finame TFB (Taxa Fixa do BNDES – TFB). Esta é uma opção de taxa de juros oferecida aos clientes através de linhas de crédito do BNDES. A TFB corresponde à parcela do custo financeiro na taxa de juros e é fixa para o cliente até a quitação do financiamento. “Esta era uma demanda de clientes mais conservadores que querem saber exatamente quanto vão pagar do começo ao fim do financiamento, sem depender de grande variação. Os valores das taxas mudam diariamente, porém com pouca oscilação e são fixadas no dia da contratação”, diz Ferreira.

De acordo com o diretor comercial, com os novos produtos será possível ter um portfólio mais completo e atender uma gama maior de clientes. “Nossa agilidade e aprovação das propostas em tempo recorde, de, no máximo 3h, são diferenciais para os clientes e, com essa agilidade, deveremos manter como referência nossos principais produtos como financiamentos de máquinas novas e usadas, além de compras de peças, compras de serviços (mecânico para fazer reparação nas máquinas, reforma de máquinas usadas) e compra de acessórios”, completa Ferreira.

Para aumentar a praticidade entre seus distribuidores e clientes finais, o Banco Komatsu passou a adotar também a assinatura digital em seus contratos. “Nossos clientes ganham em comodidade e agilidade e nossa rede ganha em produtividade”, finaliza.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   10/01/2023

As obras de infraestrutura rodoviária envolvem desde a manutenção e operação das vias existentes, melhorias para aumentar o fluxo de veículos e a construção de novos trechos.

Para 2023, a previsão é de que novos trechos de rodovias estaduais e federais sejam transferidos para iniciativa privada por meio leilões, injetando investimentos em toda a cadeia envolvida nesses processos.

Recentemente, a Associação Brasileira de Concessionárias Rodoviárias (ABCR) divulgou que a expectativa do setor para os próximos cinco anos é de R$ 140 bilhões, com a possibilidade de dobrar os 25 mil km já concedidos para a iniciativa privada.

De acordo com o especialista de Produto da Link-Belt, Vladimir Machado, há previsão de concessões em diversas regiões do país. Ele explica que a gestão privada traz também a expectativa de ampliação dos trechos pavimentados e melhorias em relação ao próprio pavimento e à sinalização.

“Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), do 1,72 milhão de km de rodovias no território brasileiro, só 12,4% são pavimentadas, sendo 65,6 mil km são rodovias federais e apenas sete mil km são duplicadas”, detalha Machado ao falar dos desafios do setor.
Para o especialista, a urgência de melhorias na infraestrutura viária combinada aos investimentos injetados pelas concessões vai aquecer a demanda por escavadeiras.

Os equipamentos podem ser empregados em todos as etapas envolvendo movimentação do solo, como terraplanagem, abertura de novas vias de acesso, no caso da construção de novas rodovias.

Já na manutenção, elas podem operar no recapeamento ou nos processos preventivos para evitar danos aos pavimentos. Nesses casos, ele explica que as escavadeiras mais utilizadas são a 210X3E e a 300X3E, sendo que em 2022, houve um aumento na demanda pelo modelo de 18 toneladas, a 180X3E.

“Os equipamentos Link-Belt são versáteis e se destacam pela alta produtividade proporcionada pelos motores Isuzu, com baixo consumo de combustível”, comenta Machado. Os equipamentos 210X3E e 300X3E possuem as maiores profundidades de escavação da categoria. A linha X3E oferece maiores velocidades de giro e elevação simultâneas que proporcionam ciclos de trabalho mais rápidos, essenciais para atender obras com cronogramas rigorosos como os exigidos em concessões.

Outro diferencial da marca Link-Belt é a tecnologia hidráulica controlada eletronicamente por bombas Kawasaki, com dois pistões axiais de deslocamento variável e uma engrenagem, o que assegura potência hidráulica precisa. Além disso, o sistema Power Boost de aumento automático de potência proporciona cerca de 8% a mais de força hidráulica em até oito segundos, por meio do acionamento automático, sem a intervenção do operador.

Por último, ele cita que a linha X3E oferece três modos de trabalho que permitem escolher a melhor combinação de potência, precisão e economia de combustível: para trabalhos que exigem alta produção em curto prazo, escolha o modo SP (Prioridade para velocidade), enquanto no modo H (Pesado) se obtém a melhor relação entre economia de energia e combustível combinada com alta produção, e por fim o modo A (Potência aplicada) resulta em total economia e precisão em 13 ajustes diferentes de RPM para controle total da operação e com um modo LIFT incorporado ao modo A nos primeiros ajustes.

“Os modos de trabalho são compatíveis com a diversidade de demandas nas obras rodoviárias”, finaliza.

FERROVIÁRIO

Infomoney - SP   10/01/2023

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou 4,6 bilhões de reais para a Concessionária das Linhas 8 e 9 do sistema de trens metropolitanos de São Paulo, controlada pela CCR.

O apoio, segundo o banco, visa financiar os investimentos que a concessionária deverá realizar até 2027, no valor total de 6,5 bilhões de reais, afirmou o BNDES.

A maior parte dos recursos será dedicada à renovação do material rodante, com a compra de 36 novas composições, totalizando 288 novos carros, que serão fabricados pela Alstom em Taubaté (SP). A entrega dos primeiros carros está prevista para o início de 2023.

Do valor total do apoio, 2,5 bilhões de reais serão liberados na forma de emissão de debêntures de infraestrutura sustentáveis, afirmou o BNDES.

Rodoviário

Valor - SP   10/01/2023

Por segmento, o desempenho do mercado de reboques e semirreboques pesou no resultado final do setor. Com a entrega de 83,1 mil produtos, terminou o ano com queda de 7,97%

Os fabricantes de implementos rodoviários fecharam 2022 com queda de 4,87% no volume de emplacamentos. Segundo dados divulgados na manhã desta segunda-feira (9) pela Anfir, entidade que representa a indústria, o setor terminou o ano passado com 154,7 mil implementos entregues, contra 162,7 mil em 2021.

Apesar de não apresentar crescimento, a associação destaca que o resultado anual manteve a produção em nível acima do que vinha registrando desde a crise econômica que o país atravessou na segunda metade da década passada.

“Pelo segundo ano consecutivo o setor se posicionou em um patamar de negócios acima das 150 mil unidades o que indica consolidação da atividade”, afirma José Carlos Spricigo, presidente da Anfir, em nota. Ele lembra que o setor saiu de pouco mais de 90 mil unidades em 2018 e cresceu mesmo durante a pandemia até atingir o volume de 2021.

O melhor ano do setor continua sendo 2011, quando foram emplacados 190 mil produtos. A capacidade de produção no país hoje é de 200 mil unidades, praticamente divididas iguais entre pesados (reboques e semirreboques) e os leves (chamado no jargão do setor de “carroceria sobre chassis”.

Por segmento, o desempenho do mercado de reboques e semirreboques pesou no resultado final do setor. Com a entrega de 83,1 mil produtos, terminou o ano com queda de 7,97%. Com forte atuação no agronegócio, infraestrutura e mineração, entre outros, esse segmento reúne os grandes fabricantes de implementos rodoviários.

O segmento leve também apresentou resultado negativo, de 1,01%, mas mais perto da estabilidade. Em 2022 foram vendidos 71.601 produtos ante 72.335 unidades em 2021. Os fabricantes desse segmento atendem principalmente a logística nos grandes centros urbanos.

Segundo o presidente da Anfir, um dos fatores que explica o resultado final do ano foi a entrada no mercado do quarto eixo, que se tornou opção ao bitrem conforme a necessidade dos operadores. “Por isso o menor número de produtos vendidos não significou necessariamente queda nos negócios“, diz. O quarto eixo permite que um mesmo caminhão transporte carga maior.

As exportações de implementos crescem 7,36% até novembro, último dado oficial. Foram embarcadas 4.973 unidades nos 11 meses de 2022, contra 4.632 no mesmo período de 2021.

NAVAL

Porto Gente - SP   10/01/2023

A diretoria de um porto precisa estar alinhada ao negócio portuário

A conjuntura do Porto de Santos pode ser simbolizada pela parábola indiana dos três cegos descrevendo um elefante: o primeiro apalpa o paquiderme na tromba, outro na orelha e o terceiro na cauda. Porém, esse complexo portuário é como os grandes portos do mundo: ao ser tratado, necessita que seu cenário seja plenamente percebido, em toda a sua ampla e complexa dimensão. Sua crescente corrente de comércio, para atender diferentes logísticas com fluxos ágeis e produtividade, causa rearranjo de espaços para escoar suas cargas e atrair outras de maior valor. Ou seja, estruturalmente haver um projeto robusto e atrativo a investimentos intensivos.

ntretanto. o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ex-ministro da Infraestrutura, está acertando uma agenda para o final de janeiro com o presidente Lula, para tratar da desestatização do Porto de Santos; tema prioritário da sua gestão ministerial e estruturado deficientemente, não se concretizou. O programa do candidato-presidente Lula descarta as privatizações portuárias, ao “preservar as funções públicas das autoridades portuárias, como planejamento e fiscalização”. O secretário de Portos, Márcio França, anuncia que, “por ora, está descartada a privatização do principal porto do Brasil e pode privatizar o canal de acesso”.

Como Portogente tem propugnado, é imperativo incluir o Estado de São Paulo no processo de inovação urgente do Porto de Santos. Trata-se de um projeto de dimensão e complexidade gigantes, que implica a relação porto-cidade, a exemplo do túnel submerso ligando as cidades, Santos e Guarujá, margens do porto. As decisões pertinentes à atividade portuária, para serem potenciais, devem ser consensuais e tratadas junto à comunidade do porto. Trata-se de uma tarefa de duração muito além dos quatro anos e necessária para o porto não perder o seu protagonismo no novo paradigma do comércio marítimo internacional.

Não é trivial a incumbência do ministro Márcio França a dar eficiência aos portos e aeroportos do Brasil. O mais complexo dessas estruturas é o Porto de Santos, ameaçado de perder o futuro da navegação e rebaixar o nível da sua competitividade. Por isto, é preciso construir o porto oceânico para receber os navios que hoje já não cabem no seu canal de acesso. Isto reduz a capacidade do transporte marítimo e aumenta os custos operacionais. Ter um projeto para Santos com qualidade, representa um modelo para os demais portos brasileiros. Será útil que o plano para os cem dias priorize montar uma equipe de trabalho à altura de tais desafios.

A antiga Divisão de Conservação da Cia Docas de Santos - CDS, garantia manutenção de qualidade para os acessos marítimo, rodoviário e ferroviário do Porto de Santos. O atual contrato de dragagem com a Van Oord, com direito a prorrogação, fere princípios constitucionais e deve ser suspenso, por ser fruto de decisão não republicana. Como inovação, é acertada a visão do ministro de Portos de privatizar o canal do porto. O governo não tem capacidade financeira para construir a estrutura que o Porto de Santos necessita. Lula quer ritmo acelerado de ministérios. Como serão feitos esses investimentos imprescindíveis?

Portos e Navios - SP   10/01/2023

O Ministério do Comércio, Indústria e Energia sul-coreano anunciou em 5 de janeiro que as encomendas globais de construção naval totalizaram 42,04 milhões de CGT no ano passado, das quais 37% para construtores navais sul-coreanos.

Os novos pedidos em 2022 caíram 22% em relação aos 53,62 milhões de CGT do ano anterior. O desempenho das empresas sul-coreanas caiu 11,6%, mas a participação de mercado aumentou 4 pontos percentuais no ano passado, quando os construtores navais chineses conquistaram 48,9% dos novos pedidos e lideraram o mercado por dois anos consecutivos.

Quando se trata de navios caros, como grandes transportadores de GNL, navios porta-contêineres e petroleiros, os novos pedidos totalizaram 20,79 milhões de CGT e 58% foram para construtores navais sul-coreanos. Quanto aos grandes transportadores de GNL em particular, os valores foram de 14,52 milhões CGT e 70%, respetivamente. No caso dos navios que utilizam combustíveis verdes, os respectivos valores foram de 26,06 milhões de CGT e 50% no ano passado.

A Korea Shipbuilding & Offshore Engineering, controladora da Hyundai Heavy Industries, Hyundai Mipo Dockyard e Hyundai Samho Heavy Industries, assinou 197 contratos que somam US$ 23,99 bilhões. O histórico da Samsung Heavy Industries foi de 49 navios e US$ 9,4 bilhões e o da Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering foi de 46 navios e US$ 10,4 bilhões.

PETROLÍFERO

Investing - SP   10/01/2023

Os preços do petróleo subiram mais de 1% nesta segunda-feira, depois que a reabertura das fronteiras da China aumentou as perspectivas para a demanda por combustível e ofuscou as preocupações com a recessão global.

Esperança de aumentos menos agressivos nas taxas de juros dos EUA também ajudou no sentimento do mercado, enquanto as ações subiram e o dólar se enfraqueceu.

O petróleo Brent subiu 1,08 dólar, ou 1,4%, para 79,65 dólares o barril. O petróleo nos EUA subiu 0,86 dólar, ou 1,2%, para 74,63 dólares.

"A reabertura gradual da economia chinesa fornecerá uma camada adicional e imensurável de suporte aos preços", disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.

O rali seguiu uma queda na semana passada de mais de 8% para ambos os benchmarks de petróleo, seus maiores declínios semanais no início de um ano desde 2016.

Como parte de uma “nova fase” na luta contra a Covid-19, a China abriu suas fronteiras no fim de semana pela primeira vez em três anos.

No mercado interno, cerca de 2 bilhões de viagens são esperadas durante a temporada do Ano Novo Lunar, quase o dobro do ano passado e 70% dos níveis de 2019, diz Pequim.

Petro Notícias - SP   10/01/2023

Uma forte explosão seguida por um incêndio de grandes proporções sacudiram um gasoduto ucraniano atualmente operado pela Rússia. O acidente resultou no corte de gás para mais de 13.000 residências. As imagens mostraram as chamas atravessando a instalação, enviando fumaça negra para o céu. Um total de 25 trabalhadores foram evacuados enquanto os serviços de emergência atenderam e extinguiram o incêndio. Não houve relatos de vítimas, mas várias ambulâncias foram chamadas ao local. Não está claro quem estava por trás da explosão, mas o Ministério da Segurança do Estado da Rússia abriu um processo criminal por “sabotagem devido à explosão de um gasoduto”.

Houve uma onda de incêndios, muitas vezes desencadeados depois de explosões, em território russo e áreas invadidas. Alguns dos incidentes são vistos como sendo causados por ataques de sabotagem por indivíduos ou grupos anti-guerra ou esquadrões enviados da Ucrânia para dentro do território controlado pela Rússia. Incêndios recentes atingiram instalações estratégicas de petróleo e gás, incluindo depósitos de armazenamento, instalações militares e shoppings, às vezes após explosões em muitas regiões russas, incluindo Moscou. No final de dezembro, um se alastrou pelo Porta-Aviões Almirante Kuznetsov, no porto ártico de Murmansk, enquanto o navio estava em reparos devido a um grande incêndio anterior. Na sexta-feira, um outro incêndio com fumaça densa irrompeu no Ministério das Relações Exteriores da Rússia em Moscou. Relatórios dizem que o incêndio começou em uma “sala técnica” dois andares abaixo do solo.

Também em dezembro, um oleoduto siberiano explodiu em uma bola de fogo apocalíptica em meio a suspeitas de que as principais instalações russas estão sendo alvo de ataques de sabotagem. A grande explosão de agora, atingiu o principal oleoduto russo a cerca de 700 quilômetros da fronteira ucraniana em Chuvashia, matando três trabalhadores do gás. A causa não foi clara, mas imagens chocantes mostraram chamas disparando para o céu a partir do incêndio gigante. Testemunhas oculares disseram que trabalhadores estavam no local quando ele pegou fogo antes que os restos mortais dos três trabalhadores fossem descobertos.

De acordo com moradores locais, a explosão ocorreu em um grande oleoduto operado pela gigante russa de gás Gazprom entre as aldeias de Kalinino e Yambakhtino. O gasoduto Urengoy-Pomary-Uzhgorod foi construído no início dos anos 80 e transporta gás da Rússia via Ucrânia para a Europa. Atravessa a fronteira russo-ucraniana perto do gasoduto Sudzha, na região de Kursk. O chefe regional local, Oleg Nikolaev, disse que o calor era tão intenso com a explosão que era “impossível abordar o local imediatamente”.

AGRÍCOLA

Infomoney - SP   10/01/2023

Após recuar em 2022, a agronegócio deve voltar a crescer e a ser o motor – talvez o único – da economia em 2023. O Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), calcula que o PIB do setor avançará 8% neste ano, depois de encolher 2% em 2022. Se o número se confirmar, será o maior crescimento do setor desde 2017, quando a alta foi de 14,2%. Já o Santander, que espera queda de 0,3% para este ano, estima expansão de 7,5% para o próximo.

Parte do resultado positivo estimado para 2023 será apenas efeito da comparação com um 2022 fraco, explicam os economistas. Por outro lado, a safra esperada para este ano deve ser recorde, o que justifica uma projeção otimista. Dados de prognóstico de produção agrícola do IBGE apontam que a safra de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar 293,6 milhões de toneladas em 2023, o que significará uma alta de 11,8% em relação a 2022.

Para o Ibre, o setor será o único a crescer de forma expressiva neste ano, quando o PIB do País deve ficar praticamente estagnado. “Nossa projeção de PIB está abaixo do mercado. Tem casas que apontam 1%. Nós estamos com 0,2%, isso com o agro, que é 10% do PIB, avançando 8%. Então projetamos uma queda pesada da atividade em geral”, diz Marina Garrido, economista do Ibre.

A alavanca da economia, portanto, deverá ser principalmente a soja e o milho. O economista Gabriel Couto, do Santander, lembra que a safra de milho de 2021 foi comprometida pela seca e que, em 2022, o problema foi com a soja. A expectativa agora é ter safras boas de soja e de milho. “Se tivermos a safra de soja cheia, que é o que esperamos, isso impulsionará o PIB agrícola.”

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Segundo Couto, o Santander não espera que a desaceleração global prevista para 2023 tenha impacto no resultado do agronegócio brasileiro por ora. “Não estamos vendo o produtor tirando o pé do acelerador. Ainda que ele resolva estocar grãos, a produção estará lá. O impacto do desaquecimento da economia global tende a ser no médio prazo.”

Presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho afirma que, como os produtores conseguiram plantar soja e milho na época correta, a tendência é que a colheita de 2023 seja boa e que o valor bruto da produção cresça ao menos 5%, ficando acima de R$ 1,3 trilhão. Além da soja e do milho, ele destaca que as produções de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças também estão indo bem.

CLIMA

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antonio Galvan, porém, afirma que as previsões dos economistas são feitas seguindo a lógica de que o clima vai favorecer a produção, o que não ocorreu nos últimos anos. “Ter uma safra recorde, como se espera, é questão exclusiva de clima. Temos condições técnicas de fazer essa safra anunciada, só que é cedo para dizer que ela será realidade. Nos últimos anos, enfrentamos problemas de clima e tivemos perdas grandes.”

Segundo Couto, a previsão que se fazia em 2021 para o setor agrícola em 2022 era de uma alta superior a 5%. Conforme os meses foram passando, o número foi sendo revisto para baixo, até chegar à atual retração de 0,3%. Ele pondera, no entanto, que as secas que prejudicaram o setor nos últimos dois anos podem estar relacionadas ao fenômeno La Niña, que deve perder força a partir do segundo trimestre de 2023.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   10/01/2023

A John Deere lançou durante o seu painel da CES 2023 -- considerada a maior e mais influente feira de tecnologia do mundo, realizada na semana passada em Las Vegas, EUA – duas novas tecnologias: o ExactShot e a escavadeira elétrica, soluções que auxiliarão os produtores e clientes da companhia a serem mais produtivos, rentáveis e sustentáveis.

"Tudo o que fazemos está focado em um propósito verdadeiro e no impacto real", afirma Jahmy Hindman, CTO da John Deere. "Isto significa que estamos desenvolvendo tecnologia que permite aos nossos clientes fornecer os alimentos, combustível, fibras e infraestrutura que nossa crescente população global necessita”, ressalta Hindman.

O ExactShot permite aos agricultores a redução mais de 60% da quantidade de fertilizante utilizada no desenvolvimento inicial da planta que seria necessária durante o cultivo.

A tecnologia usa sensores e robótica para colocar o fertilizante precisamente sobre as sementes à medida que são plantadas, em vez de aplicar um fluxo contínuo em toda a linha.

Já a nova escavadeira elétrica, alimentada por uma bateria Kreisel, proporcionará aos trabalhadores da construção civil e construtores de estradas, custos operacionais diários mais baixos, redução do ruído no canteiro de obras, maior confiabilidade da máquina e emissões zero, tudo sem perder a potência e o desempenho que eles precisam em uma máquina da Linha Amarela.

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