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08 de Dezembro de 2022

SIDERURGIA

Valor - SP   08/12/2022

Indústria é a que mais emite CO2 e agenda de descarbonização é estratégica para investidores

Guilherme Abreu, gerente de sustentabilidade da ArcelorMittal: maximizando o uso de tecnologias de baixo carbono — Foto: Divulgação

Líder na produção de aço bruto, responsável por 29,9% do volume produzido no país, Minas Gerais recebe investimentos bilionários das indústrias siderúrgicas para reduzir emissões de gases de efeito-estufa. O setor tem como meta global neutralizar as emissões até 2050. Segundo a World Steel Association, a siderurgia é a indústria que mais emite CO2, respondendo por 7% a 9% das emissões globais. Em Minas, as emissões do setor somam 15,6 milhões de toneladas anuais, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima.

“Hoje não há dúvidas quanto à necessidade de se fazer a descarbonização no setor. Os investidores trabalham com múltiplos depreciados para as empresas do setor, por conta das tarefas pendentes na agenda de descarbonização”, afirma Ilan Arbetman, analista da Ativa Corretora.

Por enquanto, o maior investimento em descarbonização foi anunciado pela ArcelorMittal. A empresa tem como meta reduzir as emissões escopo 1 (atividade principal) e 2 (energia) em 25% até 2030 e neutralizar emissões até 2050. A siderúrgica já investiu aproximadamente € 300 milhões no desenvolvimento de tecnologias de carbono neutro e prevê investir US$ 10 bilhões até 2030.

“O grupo está maximizando o uso de tecnologias de baixo carbono e desenvolvendo tecnologias de ruptura para uso no futuro”, afirma Guilherme Abreu, gerente de sustentabilidade da ArcelorMittal. Entre as iniciativas de curto prazo estão o aumento do uso de sucata como matéria-prima, uso do gás natural e otimização do carvão vegetal. O carvão vegetal usado na planta de Juiz de Fora (MG) substitui parte dos finos de carvão mineral injetados nos altos fornos a coque, reduzido as emissões de CO2. “A ArcelorMittal estuda alternativas tecnológicas para capturar carbono gerado no processo produtivo, por exemplo, produzindo etanol para consumo e uso na indústria química”, diz Abreu.

Outro investimento expressivo foi anunciado pela Gerdau. Por meio da Gerdau Next, a siderúrgica fechou acordo para comprar 33,33% do capital da Newave Energia, da Newave Capital (NV Capital) por R$ 1,5 bilhão. O acordo prevê aquisição pela Gerdau de 30% da energia gerada pelos projetos da Newave e suas controladas, estimados em 2,5 gigawatts (GW). Esse volume será produzido a partir de 2025 e 2026 e representará 30% do consumo das operações da Gerdau. “A adoção dessa energia vai reduzir 189 toneladas por ano das emissões de CO2 no escopo 2, o que é mais ou menos 10% de redução”, diz Cenira Nunes, gerente geral de meio ambiente da Gerdau, cuja meta é reduzir em 11% as emissões até 2031.

A empresa também fez acordo com a Shell para formar uma joint-venture e construir um parque solar em Minas Gerais, que terá capacidade instalada de 260 megawatts de potência (MWp). Metade da geração será destinada à Gerdau. Para se tornar neutra, no entanto, a empresa vai precisar de tecnologias disruptivas, como hidrogênio verde e mecanismos de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS). “Hoje não existe oferta dessas tecnologias em escala para atender as grandes siderúrgicas. Estamos iniciando os primeiros passos nessa direção”, afirma Cenira.

A Gerdau planeja ainda aumentar o uso do biocoque, obtido a partir da carbonização de biomassa. Em Ouro Branco (MG), uma unidade de produção de biocoque usa até 2% de biomassa, substituindo o carvão mineral e permitindo redução mensal de 10 mil toneladas de CO2 equivalente.

A Usiminas informou recentemente que avalia tecnologias para descarbonização. A companhia anunciou investimento de R$ 2,72 bilhões na reforma do alto-forno 3 da usina de Ipatinga, que responde por dois terços da sua capacidade produtiva. A expectativa é reduzir emissões de CO2 com a reforma. A empresa investe em um parque solar em Luziânia (GO), com a Canadian Solar, que vai suprir 15% da sua necessidade de energia, com produção de 30 MW médios de energia. O parque demanda investimento de R$ 1,35 bilhão e deve entrar em operação em 2025. Hoje a Usiminas gera, com recuperação de gases de altos-fornos e aciaria, 30% da energia que consome.

Outro exemplo é a Aperam South America, que prevê se tornar carbono neutro até 2050. Desde 2020, a companhia já reduziu em 30% suas emissões - meta estabelecida em 2015 para 2030. “A companhia trabalha fortemente na redução das emissões e para achar alternativas de captação de carbono”, afirmou Frederico Ayres Lima, presidente da empresa. Desde 2011, o alto-forno 2 da Aperam opera com carvão vegetal em vez de coque. Ela opera 2 altos-fornos em Timóteo (MG) e duas unidades para sucata. Hoje, 29% do aço produzido no país vem de sucata.

A Aperam também desenvolveu um projeto de queimadores de gases que evitam a emissão de 150 mil toneladas de CO2 por ano. O projeto piloto foi bem sucedido e agora a companhia constrói mais quatro queimadores. “Todas as nossas unidades terão queimadores de gases”, diz Lima. A companhia avalia ainda investir em projetos de geração de energia eólica.

A Anglo American é outra que prevê reduzir emissões líquidas de CO2 em 30% até 2030 e se tornar neutra em carbono até 2040. Em 2022, a companhia formou uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) com a Casa dos Ventos para produção de energia no parque Eólico Rio do Vento (RN). O consumo de energia elétrica da empresa no país - 300 MW médios - vem de fontes renováveis. Considerando toda a carga de energia elétrica da Anglo American, serão 2,6 milhões de MWh/ano de fontes renováveis. A construção de plantas eólicas e solar para atender a Anglo American permitiu a redução de 1.366 mil toneladas de CO2 emitidas anualmente pelo Sistema Interligado Nacional (SIN).

Diário do Aço - MG   08/12/2022

Os órgãos técnicos e de fiscalização ambiental do Estado de Minas Gerais acompanham a apuração da ocorrência de acidente na área da Usiminas, em Ipatinga, com vazamento de gás do tipo BFG na noite de terça-feira (6/12). O Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e região (Sindipa), também acompanha a apuração do fato.

A informação é do comandante da 12ª Companhia da Polícia Militar de Meio Ambiente, major Átila Porto. Em nota, informa que após a circulação das informações acerca do vazamento de gás na área interna Usiminas, com vítimas, “foram realizados contatos com os responsáveis pelos departamentos de Meio Ambiente e Segurança da Empresa, que confirmaram o evento, esclarecendo que o fato ocorrera por volta das 20h30 e que funcionários teriam inalado o gás sendo socorridos e levado para o Hospital Márcio Cunha, dentre as quais, cinco pessoas em estado mais grave”.

A nota acrescenta que ainda na noite de terça-feira a situação quanto ao vazamento foi dada como controlada, bem como foram feitas medições no entorno da empresa e bairros próximos, sem detecção de concentração do gás, ficando este restrito à parte interna da empresa. “Preliminarmente teria ocorrido o vazamento do gás BFG, que é produzido durante o processo do ferro-gusa no alto-forno. E que ainda estariam apurando as causas e circunstâncias do vazamento”.

Atuação no local dos fatos

Nesta quarta-feira pela manhã, uma equipe da Polícia Militar do Meio Ambiente compareceu ao interior da empresa, no local onde ocorrera o vazamento de gás BFG.

“Apurou-se que o vazamento ocorreu em um gasômetro (local onde ficam armazenado gases oriundos do processo de produção de ferro-gusa, o BFG). As causas ainda estão sendo investigadas, porém acredita-se que teria ocorrido por falha técnica do sistema de vedação do gasômetro, ocasionando o vazamento do gás”, acrescenta a nota.

A nota também diz que a empresa não conseguiu mensurar a quantidade de gás que teria vazado. Fora informado à equipe da Polícia de Meio Ambiente que, do total de 15 vítimas, internadas no HMC, cinco estão em estado grave e as outras 10 em observação. “A informação confirmada no Hospital Márcio Cunha in loco pela equipe MAmb”, acrescenta o major PM Átila Porto.

Também o Ministério Público de Ipatinga está ciente e acompanha os fatos. O Núcleo de Emergências Ambientais (NEA) foi informado do evento, e um técnico do órgão será enviado ainda nesta quarta-feira a Ipatinga para visitar a empresa e acompanhar a adoção de providências.

Diário do Aço - MG   08/12/2022

Após trabalhadores de uma empresa terceirizada da Usiminas inalarem gás na área da siderúrgica, em Ipatinga, na noite de 6/12, órgãos ambientais entraram em ação logo na manhã desta quarta-feira (7), em busca da identificação da causa do incidente. O fato aconteceu por volta das 20h30 de terça-feira e levou à hospitalização 15 trabalhadores. Não houve mortes.

Em nota divulgada no fim da tarde, a Usiminas informou que nove trabalhadores já tinham recebido alta do Hospital Márcio Cunha e seis empregados permaneciam internados sob cuidados intensivos, um deles em estado grave.

“A situação operacional na Usina foi controlada na noite de 6/12. Após o acidente, as equipes técnicas da empresa realizaram prontamente medições na área interna e no entorno da Usina e não foi detectada a presença de gases, descartando riscos para colaboradores e comunidade. As causas do acidente estão sendo apuradas e a empresa manterá todos informados”, conclui a nota.

Acompanhamento

Segundo informação da Polícia de Meio Ambiente, o vazamento aconteceu no gasômetro. Dados preliminares apontam que houve falha do sistema de vedação. A previsão era que um técnico esclarecesse o caso ainda na quarta-feira.

Em nota, a PM informou que o vazamento estaria controlado e que foram feitas medições no entorno da empresa e bairros próximos, mas não foi detectada concentração do gás, ficando restrito à parte interna da empresa. “Preliminarmente teria ocorrido o vazamento do gás BFG, que é produzido durante o processo do ferro-gusa no alto-forno. E que ainda estariam apurando as causas e circunstâncias do vazamento”.

Apurou-se que o vazamento ocorreu em um gasômetro (local onde ficam armazenado gases oriundos do processo de produção de ferro-gusa, o BFG). As causas ainda estão sendo investigadas, porém acredita-se que teria ocorrido por falha técnica do sistema de vedação do gasômetro, ocasionando o vazamento do gás. A empresa não conseguiu mensurar a quantidade de gás que teria vazado.

Também em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que deslocou equipe da perícia para realizar os trabalhos e iniciar a apuração das circunstâncias e das causas do acidente.

MP e NEA

Conforme a PM Ambiental, o Ministério Público de Minas Gerais está ciente e acompanha o caso, assim como o Núcleo de Emergências Ambientais (NEA), que foi informado do evento. Um técnico do órgão deslocaria ainda nesta quarta-feira para visitar a empresa e adotar providências. As informações foram fornecidas pelo major da 12ª Cia PM MAmb, Átila Porto.

A 9ª Promotoria de Justiça de Ipatinga, confirmou por meio de nota que instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar a ocorrência do crime ambiental de poluição e crimes contra a vida e/ou de lesões corporais, em razão do vazamento de gás BFG na área da planta industrial da Usiminas, na noite de terça-feira.

"Nesta quarta-feira, 7 de dezembro, o promotor de Justiça responsável pela investigação, Rafael Pureza Nunes da Silva, realizou vistoria no interior da empresa, verificando preliminarmente que o vazamento ocorreu no gasômetro de 45.000 metros cúbicos. O gás BFG vazado, segundo informado pela empresa durante a vistoria, tem odor e possui coloração de sujidade. A Promotoria de Justiça está colhendo as primeiras declarações para apuração dos fatos e identificação de responsabilidades", informou a nota do MPMG.

Ainda segundo a publicação, a equipe do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) do MPMG, que atua na repressão de crimes ambientais, foi acionada para auxiliar nas investigações e nas diligências em Ipatinga, com uma equipe de técnicos independentes.

Divulgação PM Amb
Órgãos ambientais do Estado de Minas Gerais acompanham apuração de acidente com vazamento do gás BFG resultante do funcionamento do alto-forno

Nota atualizada da Usiminas

Em nota divulgada no fim da tarde, a Usiminas informou que nove trabalhadores já tinham recebido alta do Hospital Márcio Cunha e seis empregados permaneciam internados sob cuidados intensivos, um deles em estado grave.

”A situação operacional na Usina foi controlada na noite de 7/12. Após o acidente, as equipes técnicas da empresa realizaram prontamente medições na área interna e no entorno da Usina e não foi detectada a presença de gases, descartando riscos para colaboradores e comunidade. As causas do acidente estão sendo apuradas e a empresa manterá todos informados”, conclui a nota.

Sindicatos acompanham apuração

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa), Geraldo Magela Duarte, conversou com o Diário do Aço na manhã desta quarta-feira e informou que apura o que de fato aconteceu, bem como exige da Usiminas uma solução do problema, para que não ocorra um novo acidente e haja outras vítimas.

“É preciso mais atenção com a segurança dos trabalhadores. Não é possível continuar tendo vítimas por falta de segurança. Não temos ainda certeza do que realmente aconteceu. O que sabemos é que houve um vazamento de gás no gasômetro e vitimou esses trabalhadores. É preocupante a questão de segurança na Usiminas, até porque ela iniciou várias reformas e vai contratar muitos outros trabalhadores”, recorda.

Magela fez um clamor aos trabalhadores da Usiminas e terceirizadas, para que junto do sindicato, lutem por melhores condições de trabalho e maior segurança. Ele lembrou do incidente ocorrido no ano de 2018, também no gasômetro, quando houve uma explosão. “Vários trabalhadores correram de risco de vida e também a comunidade. Precisamos que a empresa invista e segurança. A vida é mais importante do que o lucro”.

Acidente de 2018

Na tarde do dia 10 de agosto de 2018, uma forte explosão na área do gasômetro da Usiminas surpreendeu trabalhadores da siderúrgica e moradores do bairro Cariru, região central e diversos outros bairros de Ipatinga. Parte da estrutura de uma das torres do gasômetro foi destruída com o estouro.

O acidente provocou forte tremor, que pôde ser sentido em quase toda a cidade. À época foi informado que houve cerca de 30 vítimas e nenhum óbito foi registrado. O acidente ocorreu devido a uma falha técnica no Controle Lógico Programado (CLP), sistema que é responsável por controlar o fluxo de gases na usina.

ECONOMIA

Exame - SP   08/12/2022

Na última reunião de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira, 7, manter a taxa básica de juro, a Selic, em 13,75% ao ano, patamar definido em agosto, após 12 altas consecutivas, e mantido nas duas últimas reuniões, em setembro e em outubro. A decisão já era esperada pelo mercado.

O boletim Focus mais recente, divulgado na segunda-feira, 5, pelo BC, mostra que ainda há expectativa de que a Selic comece a cair no ano que vem, mas que esse movimento deve ser observado só a partir de agosto. A projeção é de que termine 2023 em 11,75% e 2024 em 8,5%.

A perspectiva de redução da taxa de juro deve ser impactada pela política fiscal adotada a partir de 2023. Os agentes financeiros estão atentos a iniciativas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, mais para a frente, poderiam resultar em aumento da inflação.

Ainda há incerteza sobre o custo da PEC da Transição e se o teto de gastos será substituído por uma nova âncora fiscal — e, nesse caso, qual será a nova regra. O boletim Focus mostra essa preocupação. Há um mês, o mercado projetava que a Selic cairia para 11,25% até o fim de 2023 e para 8% em 2024.

A interrupção do ciclo de alta da Selic, em setembro deste ano, foi motivada pela desaceleração da inflação. As projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), porém, também mudaram desde a última reunião do Copom.

De acordo com o boletim Focus mais recente, o índice deve terminar 2022 em 5,92%. Quatro semanas atrás, a projeção era de 5,63%. A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 6,47%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O teto da meta, portanto, deve ser ultrapassado pelo segundo ano consecutivo. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC este ano é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ficando entre 2% e 5%.

Em setembro, ao manter a Selic em 13,75%, o Copom interrompeu o ciclo de alta da taxa de juro, iniciado em março de 2021. Entre julho de 2015 e outubro de 2016, a taxa ficou em 14,25% ao ano e, depois, passou a ser reduzida até chegar a 6,5% ao ano, em março de 2018.

A partir de agosto de 2019, começou outra fase de reduções, chegando a 2% ao ano em agosto de 2020, com impacto da pandemia de covid-19. Em março de 2021, pela primeira vez desde julho de 2015, o BC elevou a taxa básica de juro em 0,75 ponto percentual, para 2,75%, e iniciou o ciclo de alta, interrompido em setembro deste ano.

IstoÉ Dinheiro - SP   08/12/2022

As exportações e importações da China contraíram no ritmo mais acentuado em pelo menos dois anos e maio em novembro, com a demanda fraca tanto no exterior quanto no país, problemas de produção devido à Covid e os problemas do setor imobiliário ampliando a pressão sobre a segunda maior economia do mundo.

A retração foi muito pior do que os mercados haviam previsto, e os economistas estão prevendo um novo período de declínio das exportações, destacando um forte recuo no comércio mundial conforme consumidores e empresas cortam gastos em resposta aos movimentos agressivos dos bancos centrais para domar a inflação.

As exportações contraíram 8,7% em novembro em relação ao ano anterior, após perda de 0,3% em outubro e no pior desempenho desde fevereiro de 2020, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira. A expectativa de analistas era de um declínio de 3,5%.

Pequim está agindo para aliviar algumas de suas rigorosas restrições contra a pandemia, mas os embarques para o exterior vêm perdendo força desde agosto, já que a inflação crescente, os aumentos generalizados das taxas de juros em muitos países e a crise da Ucrânia empurraram a economia global para a beira da recessão.

As exportações provavelmente diminuirão ainda mais nos próximos trimestres, disse Julian Evans-Pritchard, economista sênior para China na Capital Economics, em uma nota.

“Os embarques para o exterior receberão um impulso limitado da flexibilização das restrições contra o vírus (na China), que não são mais uma grande restrição à capacidade dos fabricantes de atender às encomendas”, disse ele.

“De conseqüência muito maior será a queda na demanda global por produtos chineses devido à reversão da demanda da era pandêmica e da próxima recessão global.”

Em resposta à crescente pressão sobre a economia chinesa, a mídia estatal informou na quarta-feira que uma reunião de alto nível do Partido Comunista, realizada no dia anterior, havia enfatizado que o foco do governo em 2023 será a estabilização do crescimento, a promoção da demanda interna e a abertura para o mundo exterior.

As amplas restrições contra a Covid também prejudicam os importadores. As importações sofreram uma forte queda de 10,6% depois de recuo de 0,7% em outubro, ainda que mais fraca do que o declínio de 6,0% esperado. A retração foi a pior desde maio de 2020, em parte também refletindo uma base de comparação elevada no início do ano.

Isto resultou em um superávit comercial menor de 69,84 bilhões de dólares, comparado com um excedente de 85,15 bilhões de dólares em outubro, o que marcou o nível mais baixo desde abril, quando Xangai estava sob lockdown. Analistas previam um superávit de 78,1 bilhões de dólares.

Agência Brasil - DF   08/12/2022

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou deflação (queda de preços) de 0,18% em novembro, segundo dados divulgados hoje (7), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em outubro, houve deflação mais intensa: 0,62%.

Apesar das deflações, o IGP-DI acumula inflação de 4,71% no ano e 6,02% em 12 meses. Em novembro de 2021, o índice havia tido deflação de 0,58% no mês e acumulado inflação de 17,16% em 12 meses.
Preços em queda

A redução do ritmo de queda de preços observada de outubro para novembro foi puxada pelos preços no atacado e na construção civil.

A deflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, passou de 1,04% em outubro para 0,43% em novembro. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve aumento da inflação, indo de 0,12% em outubro para 0,36% em novembro.

E o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, teve queda na taxa de inflação, que caiu de 0,69% em outubro para 0,57% em novembro.

Diário do Comércio - MG   08/12/2022

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateu o martelo definindo que o atual Ministério da Economia será desmembrado em três pastas, sendo uma delas a da Fazenda, a outra o Ministério do Planejamento e a terceira o Ministério da Indústria e Comércio e Serviços.

A confirmação foi divulgada durante entrevista na quarta-feira (7) pelo coordenador de grupos técnicos do gabinete de transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante, ao lado de integrantes do GT de Indústria, Comércio e Serviços.

Mercadante ainda afirmou que o presidente eleito também definiu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a agência de promoção de exportações, a Apex, ficarão na alçada do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, que será recriado.

Os integrantes desse grupo técnico também afirmaram que vão buscar formas de aumentar o chamado funding -os recursos para empréstimos do BNDES-, sem a ajuda de recursos públicos. Também defenderam uma reforma da Taxa de Longo Prazo (TLP), apontada como ineficiente, para viabilizar investimentos no Brasil.

Mercadante adiantou que o futuro governo já definiu a recriação das três pastas, mas acrescentou que ainda há discussão em relação à abrangência delas. Estaria em estudo uma redefinição do que seria o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Pode haver transferência das responsabilidades sobre planejamento a longo prazo para o Mdic, deixando o ministério do Planejamento apenas com as questões mais momentâneas de orçamento, como a gestão de pessoas e questões orçamentárias anuais.

Esse modelo criaria um Ministério da Indústria, Comércio e Serviços extremamente fortalecido e que já está sendo cobiçado por vários atores importantes no gabinete de transição. Chegou-se a cogitar o nome do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), no início dos trabalhos da transição.

Outro cotado é o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB), que integra o grupo técnico da área. Rigotto foi coordenador do plano de governo da emedebista Simone Tebet nas eleições presidenciais, candidata que depois apoiou Lula no segundo turno.

O grupo técnico também informou que era uma solicitação e recomendação de seus membros ao futuro governo que a Apex e o BNDES integrassem esse ministério, que deixou de existir durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Na sequência, no entanto, Mercadante afirmou que Lula já havia decidido sobre a questão.

“O presidente deixou muito claro e os que tentaram argumentar em outra direção não passaram da preliminar com ele. A Apex e o BNDES estarão no novo Ministério de Desenvolvimento. Isso é uma determinação do presidente. Ele acompanhou o papel que a Apex teve de abrir e ampliar mercado de produtos brasileiros no passado. E ele acha que precisa de uma política ofensiva de comércio exterior e que não se confunde com o papel imprescindível do Itamaraty na Diplomacia. Mas precisa ter foco e ter ousadia e tratar da promoção de produtos brasileiros”, afirmou Mercadante.

O controle da Apex é alvo de disputa nos últimos anos, entre o Ministério das Relações Exteriores e a área econômica. Os diplomatas argumentam que os trabalhos de promoção da exportação são complementares com as atividades diplomáticas, por isso defendem a unidade. Por outro lado, há o argumento de que a promoção das exportações está mais relacionada com as políticas de industrialização, por isso a agência deve estar atrelada à área econômica.

Em relação ao BNDES, Mercadante defendeu que ele precisa voltar a atuar fortemente no processo de reindustrialização brasileiro. O ex-ministro e um dos homens fortes do gabinete de transição criticou que atualmente o banco empresta mais recursos para a agricultura, em torno de 25% dos empréstimos, do que para a indústria, em torno de 19%.

“São duas determinações muito claras do presidente Lula”, concluiu o ex-ministro a respeito da posição.

TLP – O grupo técnico também defendeu a reforma da TLP, para alavancar os investimentos no Brasil. A taxa é a estabelecida para operações do BNDES. Uma das propostas avaliada é a criação de um “cardápio” de taxas, dependendo do prazo dos empréstimos.

“O que está em estudo é que, primeiro, como ela é, ela é ineficiente. Como está estabelecida, ela não tem nenhuma efetividade do ponto de vista de financiamento do investimento no Brasil. Portanto, ela tem que ser reformada”, afirmou o economista Mauro Borges Lemos, ex-ministro e um dos coordenadores do grupo técnico.

“A TLP é rígida. Ela não só é muito alta, como ela é, como ela não é flexível. Então uma ideia que estamos trabalhando é um cardápio de TLPs, em função dos prazos do investimento. É claro que uma taxa de juros de um investimento de cinco anos é completamente diferente de uma taxa de juros para investimentos de 30 anos. O tempo de retorno tem que estar inteiramente relacionado com a taxa de juros que o tomador vai realizar”, completou.

O Estado de S.Paulo - SP   08/12/2022

Como esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve os juros em 13,75% ao ano, mas foi mais duro com o aumento do novo rombo nas contas públicas que vem vindo aí com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. Por três vezes, o curto comunicado divulgado logo após a reunião mencionou os problemas na área fiscal.

Nem o PT nem o presidente Lula devem ter gostado da firmeza com que o Banco Central vem tratando sua política de juros. Fortes sinais mostram que, para eles, a política monetária está descasada do que entendem como necessidade de maior afrouxamento das contas públicas, que está para ser decidido pelo Congresso com o patrocínio do governo que tomará posse em janeiro.

Inúmeras vezes, o presidente Lula mostrou que não gosta de que o Banco Central use sua política de juros apenas para empurrar a inflação para dentro da meta. Quer que o Banco Central seja gato que olhe para dois peixes: para a inflação e para o crescimento econômico, expressão que às vezes é substituída por “situação do emprego”. Como hoje a tendência do PIB é de desaceleração, vê-se que o presidente eleito gostaria que, em vez de manter elevados, o Banco Central reduzisse os juros básicos, a Selic.

Outro sinal de que o PT quer outro tipo de política de juros foi a tentativa de contrabandear para o texto da PEC da Transição a proposta de que passe a ser adotada na condução dos juros a chamada Teoria Monetária Moderna, pela qual o Banco Central teria de emitir moeda para cobrir rombos fiscais, sem necessidade de que depois se encarregasse de enxugar o mercado do excesso de dinheiro. É proposta que demoliria a atual política de metas de inflação, que tem por objetivo combater a alta do custo de vida.

Em boa hora, o ex-ministro da Fazenda do governo Dilma e membro da equipe de Transição para a área econômica Nelson Barbosa advertiu terça-feira que “não devemos reinventar a roda; a meta de inflação funciona no Brasil”.

O duplo mandato do banco central (o de combater tanto a inflação como o desemprego) é uma disposição legal nos Estados Unidos. Mas não funciona como se imaginava quando foi instituído. O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) finge que também olha para a situação do emprego apenas para cumprir a lei, mas na prática trabalha para conter a inflação na meta, que por lá é de 2% em 12 meses. Ou seja, nos Estados Unidos, a meta de emprego é subsidiária da meta de inflação. Se há pleno-emprego e a demanda está aquecida demais, é preciso aumentar os juros para atacar a inflação. Se acontece o contrário, a demanda cai, o risco de inflação se reduz e o Fed pode reduzir os juros.

CNN Brasil - SP   08/12/2022

A decisão do Copom em manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano faz com que o Brasil ocupe o 1° lugar no ranking de taxas de juros reais – descontada a inflação – projetada para os próximos 12 meses.

No levantamento feito pela Infinity Asset, referente à dezembro, entre as 40 nações analisadas, o Brasil aparece com uma taxa de 8,16%, seguido por México (5,39%), Chile (4,66%), Hong Kong (3,12%) e Colômbia (2,39%).

Já os menores juros reais foram registrados na Grécia (-6,43%), República Checa (-7,53%), Holanda (-7,78%), Argentina (-11,36%) e Turquia (-14,49%).

A média de juros reais dentre os 40 países foi de -2,16%, indicando que as inflações projetadas ainda tendem a ser maiores que as taxas de juros atuais.

Já considerando apenas a taxa nominal de juros, o Brasil ocupa a segunda colocação no ranking. A maior taxa nominal é a da Argentina (com 75,00%), que enfrenta níveis cada vez maiores de inflação.

Também enfrentando níveis elevados de inflação, a Hungria se encontra em terceiro lugar, após o Brasil, com 13%.

As menores taxas de juros nominal são da Dinamarca (1,25%), Japão (-0,10%), Suíça (-0,75%) e dos países que compõem a zona do euro, todos com um mesmo patamar de 2%. A média dos 40 países foi de 6,24%.
Ranking de juros reais ao redor do mundo em dezembro

Para Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, a situação fiscal do Brasil e as discussões em torno da PEC do Estouro – que permite gastos extratexto por parte do governo federal – influenciam na percepção dos juros futuros do país.

“Se piorar a situação fiscal, a perspectiva é de que vai se converter em inflação, porque a demanda do governo por mais recursos também se traduz em maior dinheiro em circulação quando começa a emitir mais títulos. E esse dinheiro em circulação também se converte em inflação, e todo o contexto de juros começa a ficar sempre mais elevado. Muda a percepção de juros reais, ela começa a diminuir, porque com a inflação mais alta você começa a achatar a curva de juros reais, mas a de juros nominais não. Ela fica sempre crescente naquele contexto em que vai tentar preservar o ganho.”

Além disso, o especialista menciona uma perspectiva em que o governo não terá condições de aumentar a arrecadação, uma vez que o cenário de arrecadação ainda é incerto para o próximo ano.

“A percepção de que a demanda por juros mais elevados vem do cenário em que o governo, sem condições efetivamente de aumentar a arrecadação – por conta de um momento de crescimento econômico mais baixo, e, dado o crescimento econômico mais baixo , obviamente, elevar os impostos seja algo problemático, ele precisa recorrer ao mercado para se financiar. Ao fazer isso, o mercado entende que ele está ultrapassando aquilo considerado crível e, ao ultrapassar, o mercado entende que o governo precisa pagar mais juros. Ou seja, ele aumenta seu próprio risco e daí as taxas futuras acabam se elevando”, analisa.

MINERAÇÃO

IstoÉ Dinheiro - SP   08/12/2022

A Vale prevê produzir entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas de minério de ferro no próximo ano, ante 310 milhões de toneladas em 2022, segundo apresentação publicada pela companhia nesta quarta-feira, antes do evento anual da mineradora Vale Day com investidores.

A estimativa para o encerramento deste ano ficou no limite inferior do intervalo de produção previsto para 2022, que era também de 310 milhões a 320 milhões de toneladas e abaixo do registrado em 2021, quando a companhia produziu 315,61 milhões de toneladas de minério de ferro.

As ações da empresa caíram mais de 3% após a publicação das novas estimativas e também pressionadas pelos preços mais baixos do minério de ferro na China, tornando-se uma das maiores quedas no Ibovespa, que operava praticamente estável.

“Assim como o restante do histórico recente do setor, a atualização de guidance da Vale é decepcionante”, disseram analistas do RBC. “Custos mais altos, produção mais baixa e investimentos mais altos trabalharão para reduzir as estimativas de consenso.”

O foco em minério de ferro, reiterou a companhia, tem sido “em melhorar a qualidade gradualmente”, enquanto recupera a capacidade em Minas Gerais, reduzida diante de revisões necessárias de segurança após o rompimento mortal de barragem em Brumadinho, em janeiro de 2019.

A companhia também vem enfrentando restrições de licenciamento em Serra Norte, o que a levou a revisar o plano de produção.

Com foco em minério de ferro de maior valor agregado, a empresa prevê teor médio de ferro de 62,3% neste ano, 62,9% em 2023, 63,5% em 2026 e 64% em 2030 em diante.

Analistas do RBC, no entanto, apontaram que “a estratégia de valor sobre volume da Vale em um ambiente de superávit pode passar por mais escrutínio, especialmente porque outras grandes empresas se afastaram dessa política”.

Para 2026, a previsão da companhia é produzir no intervalo de 340-360 milhões de toneladas e, em 2030, acima de 360 milhões de toneladas.

Uma das maiores produtoras globais de minério de ferro, a Vale estima produzir entre 36 milhões e 40 milhões de toneladas de pelotas em 2023, contra 33 previstos para este ano.

METAIS BÁSICOS

A empresa, que já havia anunciado que estava avaliando possíveis parcerias para a sua área de metais básicos, de olho no mercado de baterias para carros elétricos, também forneceu novas estimativas para a produção de níquel e cobre.

A produção de níquel da Vale deve atingir 160-175 mil toneladas no próximo ano, contra 180 milhões estimados em 2022 e 168 mil toneladas em 2021.

Já a produção de cobre deverá ficar em 335-370 mil toneladas em 2023, ante 260 mil estimados para 2022 e 296,8 mil toneladas em 2021.

A Vale mantém acordos para fornecer níquel à Tesla, Ford Motor e à startup sueca de baterias Northvolt, e recentemente fechou um acordo para se tornar também fornecedora da General Motors Co.

A companhia prevê investimentos de 6 bilhões de dólares em 2023, contra 5,5 bilhões no ano passado. A média anual de aportes para o período entre 2024 e 2027 será de 6 bilhões a 6,5 bilhões de dólares.

Os compromissos com os desastres com barragens de mineração nas cidades mineiras de Brumadinho e Mariana vão somar em 2022 2,8 bilhões de dólares, subindo a 3,9 bilhões de dólares em 2023, para depois cair para 2,9 bilhões em 2024 e 1,8 bilhão em 2025 e 2026.

Valor - SP   08/12/2022

Já o fluxo de caixa livre pode cair de 20% a 40%, de acordo o banco

A projeção de consenso do Ebitda da Vale pode cair cerca de 5% com base nas novas previsões divulgadas pela empresa, com produção fraca e maiores pagamentos de compromissos relacionados ao rompimento de barragens, enquanto o fluxo de caixa livre pode cair de 20% a 40%, de acordo com o Citi, em relatório.

Os analistas Alexandre Hacking e Stefan Weskott escrevem que a projeção de produção de minério de ferro para 2023 está efetivamente estável entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas, ante a estimativa do Citi de 325 milhões.

A Vale também introduziu uma projeção de médio prazo de 340 milhões a 360 milhões de toneladas de minério de ferro, ou seja, adicionando cerca de 10 milhões de toneladas por ano, enquanto o custo total do minério de ferro deve cair para US$ 47 por tonelada, ante US$ 49 por tonelada, ressaltam os analistas.

Eles dizem ainda que a projeção de investimento de US$ 6 bilhões veio em linha com o modelo do Citi, e que a empresa espera pagamentos relativos a rompimento de barragens de US$ 3,9 bilhões, ante o modelo de US$ 2 bilhões do banco.

O Citi tem recomendação de compra para os recibos de ações (ADRs) da Vale, com preço-alvo de US$ 16, um pouco abaixo do valor de US$ 16,16 negociado no momento na Bolsa de Nova York.

IstoÉ Online - SP   08/12/2022

Os contratos futuros de minério de ferro ampliaram as perdas nesta quarta-feira, já que dados comerciais da China piores do que o esperado para novembro diminuíram o entusiasmo sobre uma grande mudança na política de contenção da Covid por Pequim.

Ao mesmo tempo, surgiu cautela com os sinais de que o mercado está “sobrecomprado”.

As exportações e importações da China, maior produtora mundial de aço, encolheram no ritmo mais acentuado em pelo menos 2 anos e meio no mês passado, em meio à demanda fraca no país e no exterior, com uma recessão global iminente escurecendo as perspectivas comerciais para 2023.

O contrato de minério de ferro de maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China encerrou o comércio diurno com queda de 1,9%, a 765 iuanes (109,63 dólares) a tonelada.

“As coisas ainda parecem desafiadoras em meio à incerteza persistente em relação à reabertura chinesa e à desaceleração do crescimento econômico nos mercados desenvolvidos no curto prazo”, disseram estrategistas de commodities do ANZ em nota.

A China divulgou na quarta-feira novas medidas que marcaram uma grande mudança na dura política antivírus que afetou sua economia e provocou protestos nas ruas. Mas permanecem as preocupações com os picos de novos casos de Covid, especialmente durante os meses mais frios.

Os preços do minério de ferro de Dalian subiram cerca de 10% neste trimestre, impulsionados pelo aumento do apoio político da China para incorporadores imobiliários domésticos em dificuldades e pela flexibilização de suas restrições contra a Covid.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato para janeiro do ingrediente siderúrgico caiu 2%, para 106 dólares a tonelada.

As importações de minério de ferro da China em novembro alcançaram 98,85 milhões de toneladas, alta de 4,1% em relação ao mês anterior, o que elevou suas importações totais do material este ano para 1,02 bilhão de toneladas, mostraram dados na quarta-feira.

IstoÉ Online - SP   08/12/2022

A mineradora Vale projeta uma redução no custo all-in do minério de ferro de US$ 49 por tonelada neste ano para US$ 47 no ano que vem e US$ 42 em 2026. Para o custo caixa C1, a expectativa é de alta, de US$ 19,5 por tonelada em 2022 para de US$ 20 a US$ 21 por tonelada em 2023. As informações foram arquivadas nesta quarta-feira, 7, pela companhia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Para o níquel, o custo all-in deve se manter em US$ 13 mil neste ano e no próximo, recuando para US$ 10 mil em 2026.

No caso o cobre, a redução já começa no ano que vem, com a cifra fechando em US$ 4 mil neste ano, US$ 3.200 no ano que vem e US$ 2.600 em 2026.

Para o fluxo de caixa livre em 2026, a Vale informa sensibilidade variando de US$ 5,7 bilhões até US$ 12,4 bilhões, dependendo dos preços dos minérios.

As premissas se apoiam em preço médio anual de US$ 90 a US$ 110 para o minério de ferro, US$ 20 mil a US$ 24 mil para o níquel e US$ 7,5 mil a US$ 10,5 mil para o cobre.

Valor - SP   08/12/2022

O acordo seria para fornecer soluções para redução direta em siderurgia, como o briquete verde, desenvolvido pela mineradora brasileira

O vice-presidente executivo de ferrosos da Vale, Marcello Spinelli, afirmou que a companhia analisa oportunidades para fornecer aglomerados de minério de ferro para siderúrgicas nos Estados Unidos. O acordo seria para fornecer soluções para redução direta em siderurgia, como o briquete verde, desenvolvido pela mineradora brasileira.

Spinelli participa hoje do Vale Day, na Bolsa de Valores de Nova York. Ele lembrou que memorando de entendimento semelhante foi fechado com siderúrgicas na Arábia Saudita.

A Vale batizou essas iniciativas como “mega hubs”, em que soluções “verdes” são buscadas dentro de uma meta de redução de emissão de escopo 3 — aquelas realizadas pelos clientes da companhia — e que englobam todo um processo desde a produção do minério no Brasil, passando por plantas de aglomeração (pelotização ou briquetagem) até chegar às unidades de redução direta e produção siderúrgica dos clientes.

Valor - SP   08/12/2022

A empresa hoje não tem mais “pressa” para atingir uma produção de 400 milhões de toneladas. Nas metas divulgadas pela companhia está a projeção de produção de 360 milhões de toneladas em 2030

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou hoje, durante participação no Vale Day, na Bolsa de Nova York, que a empresa hoje não tem mais “pressa” para atingir uma produção de 400 milhões de toneladas. Nas metas divulgadas hoje pela companhia está a projeção de produção de 360 milhões de toneladas em 2030 e não aparece mais a meta de 400 milhões no longo prazo.

“Todos estavam preocupados de a Vale trazer um volume que destruiria o mercado. Começamos a estudar o que fazer e qual o ponto ideal. Por que a pressa? Por que pôr a corda no nosso pescoço? Temos que nos posicionar nesse sistema de alto nível, com aglomeração e pelotização”, disse Bartolomeo, em referência ao foco da companhia de investir em tecnologias e processos para aumentar a qualidade dos produtos vendidos.

Ele lembrou que essa melhora na qualidade reflete inclusive na parte financeira. Como exemplo, citou a apresentação do vice-presidente executivo de ferrosos, Marcello Spinelli, que hoje mostrou que 310 milhões de toneladas produzidas no ano que vem representarão - devido aos produtos de mais qualidade vendidos - um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 500 milhões a mais que 310 milhões de toneladas vendidas em 2022.

“Pra que 400 milhões de toneladas se estamos ganhando mais dinheiro?”, questiona Bartolomeo. “É uma questão de aprendizado. Decidimos mudar a estratégia. Vamos deixar de prometer o que não podemos fazer. Não quero ser a maior empresa de minério de ferro. Quero ser uma empresa de soluções. A melhor empresa de minério de ferro”, disse Bartolomeo, que também lembrou que a companhia encontrou dificuldades maiores que o esperado para retomar completamente a produção em Minas Gerais depois do rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.

Exame - SP   08/12/2022

Após vários anos de deliberações, a Vale finalmente traça um caminho para liberar valor de seus negócios de níquel e cobre, com o aumento da demanda pelos metais para baterias.

A mineradora vai separar os ativos de metais básicos de suas operações de minério de ferro e revelar um parceiro estratégico no primeiro semestre do próximo ano, disseram em entrevista o presidente da empresa, Eduardo Bartolomeo, e o diretor financeiro, Gustavo Pimenta.

As minas de cobre e níquel serão colocadas em uma nova estrutura jurídica, com governança independente e um conselho que incluirá especialistas em mineração subterrânea profunda e veículos elétricos. Uma oferta pública inicial está fora de questão por enquanto.

Separar os dois lados do negócio é fundamental para acessar o capital “competitivo” necessário para cerca de US$ 20 bilhões em investimentos em metais básicos, disse Bartolomeo na entrevista em Nova York. Isso, mais a venda de até 10% da nova entidade para um parceiro, vai liberar valor de um negócio que a Vale estima em até US$ 40 bilhões.

“Por que um parceiro? Porque o parceiro torna o ‘ring-fencing’ real. Ele ancora. Isso nos permite trazer pessoas de alto nível para a mesa”, disse Bartolomeo.

A Vale é negociada a 6,5 vezes o lucro estimado, cerca de metade da média dos grandes pares de metais básicos, mostram dados compilados pela Bloomberg. A diferença de múltiplo é parcialmente explicada pelo fato de que a Vale ainda obtém a maior parte de sua receita de minas de minério de ferro no Brasil, que foram atingidas por dois desastres de barragens de rejeitos nos últimos anos.

Um potencial IPO é algo a ser ponderado no futuro, dependendo das condições do mercado e de quão bem a Vale execute os planos atuais, disse Bartolomeo.

Durante anos, a Vale cogitou separar seus negócios de minério de ferro brasileiro dos ativos de níquel e cobre, muitos dos quais foram adquiridos por meio da compra de US$ 17 bilhões da canadense Inco em 2006. Essas deliberações ganharam força à medida que a demanda por metais usados na fiação e baterias de veículos elétricos acelerou.

“Não há negócios nesta escala combinando cobre e níquel no mundo hoje”, disse Pimenta.

Os ativos de níquel e cobre no Canadá, Brasil e Indonésia responderam por quase 15% da receita da Vale no ano passado. Depois de passar por uma série de contratempos operacionais nos últimos anos que levaram a cortes na estimativa, a Vale vem trabalhando para estabilizar sua produção de metais básicos.

A gigante da mineração brasileira pretende ser uma importante fornecedora para o mercado de veículos elétricos. Ela assinou um contrato de níquel para baterias da Tesla, e tem a Ford como parceira no desenvolvimento de níquel na Indonésia.

Valor - SP   08/12/2022

Classificação do órgão ambiental aponta três reservatórios no nível máximo de emergência

André Freitas, da Fundação Renova: reparação socioambiental contempla programas de revegetação e financiamento — Foto: Maria Tereza Correia/Valor

Quase quatro anos depois da pior tragédia socioambiental do Brasil, o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, Minas Gerais, que provocou a morte de 272 pessoas e lançou 12 milhões de m3 de rejeitos de mineração nas águas do rio Paraopeba, 26 barragens ainda estão em situação de emergência no Estado, sendo três no nível máximo. No começo do mês, a B3/B4, da Vale, localizada na Mina Mar Azul, em Nova Lima, saiu do grau máximo de emergência, o nível 3, com o avanço do processo de descaracterização (drenagem da parte líquida, aterramento do reservatório e cobertura da área com vegetação) a partir da remoção de mais de 50% do reservatório. Três barragens ainda continuam oferecendo risco de colapso.

“A ideia é acabar com a condição de emergência”, diz Renato Brandão, presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), responsável pela aplicação da política estadual de descaracterização de barragens, intensificação da fiscalização e acompanhamento das auditorias dos reservatórios de rejeitos da mineração. “As empresas trabalham na melhoria das técnicas usadas na construção e monitoramento destas estruturas e estão investindo robustamente em monitoramento”, afirma Julio Cesar Nery Ferreira, diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Hoje, 85% dos rejeitos de mineração gerados pela Gerdau são filtrados e empilhados a seco. A empresa opera somente uma barragem de rejeitos de mineração, a de Alemães, localizada em Ouro Preto. A ArcelorMittal, que teve a barragem da mina de Serra Azul, em Itatiaiuçu, reclassificada e agora ela é uma das três que estão no nível 3, informa que “a estrutura não apresenta risco de ruptura iminente. A reclassificação se deu em estrito cumprimento do novo critério legal estabelecido pela ANM.” A Mineração Usiminas não tem nenhuma barragem na lista de emergência da Feam. As duas estruturas à montante já foram descaracterizadas. Uma terceira, à jusante, está inativa e em processo de descaracterização. A companhia utiliza o processo de empilhamento a seco em substituição às barragens convencionais.

A Vale informa que cumpriu a meta, eliminou mais três barragens à montante em 2022 e chegou a 40% das suas estruturas desse tipo descaracterizadas. A mineradora fechou ao todo 12 barragens, mas ainda tem 18 remanescentes, duas delas na lista de emergência de nível 3. O programa de adequação dos reservatórios de rejeitos da companhia já desembolsou mais de US$ 5 bilhões. As barragens B3 e B4, da Mina Mar Azul, em Nova Lima, saíram do nível 3 para o nível 2 depois da remoção de metade dos 2 milhões de m3 do reservatório.

A adequação da barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, com capacidade de 8 milhões de m3, já começou com a remoção de 200 mil m3. A Vale iniciou os estudos para a descaracterização da barragem de Forquilhas, da Mina de Fábrica, em Ouro Preto, com capacidade de 27 milhões de m3. “Cada barragem demanda uma solução customizada com foco na segurança dos trabalhadores e das comunidades à jusante”, diz Carlos Miana, diretor de descaracterização de barragens e projetos geotécnicos da Vale.

“Nosso valor inegociável é a segurança”, diz Reuber Koury, diretor de projetos e sustentabilidade da Samarco. A mineradora não tem mais nenhuma barragem em situação de emergência. A barragem e a cava de Germano, com capacidades de 130 milhões de m3 e 15 milhões de m3, em Mariana, estão em processo de descaracterização. Os investimentos somam R$ 3 bilhões.

Em 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão, do complexo industrial de Germano, em Mariana, sob a gestão da Samarco Mineração, controlada por Vale e BHP Billiton, rompeu e despejou 40 milhões de m3 de rejeitos de minério de ferro e sílica. A onda de lixo mineral deixou um rastro de 19 mortes, desalojou centenas de famílias e chegou ao rio Doce e ao Oceano Atlântico.

Sete anos depois, a Fundação Renova, mantida pela Vale, Samarco e BHP, tenta recuperar o estrago. Os investimentos na indenização dos atingidos, no reassentamento dos desalojados e na recuperação ambiental custou até agora R$ 26 bilhões. Mais de R$ 12 bilhões serviram à indenização de 407 mil pessoas, mas a lista não está completa. Das 526 famílias afetadas, 228 tiveram os seus casos resolvidos com a mudança para novos imóveis ou indenizações. Algumas esperam a conclusão de dois projetos habitacionais comunitários atrasados por causa da covid-19.

A reparação socioambiental contempla programas de revegetação, o monitoramento do Rio Doce, que já está com a água potável, e o financiamento a prefeituras para a coleta de esgoto que era jogado direto nos cursos de água. “É um processo com uma governança complexa porque não se tinha parâmetros para medir o impacto econômico, por exemplo”, diz Andre de Freitas, diretor-presidente da Fundação Renova.

AUTOMOTIVO

Agência Brasil - DF   08/12/2022

A produção de veículos cresceu 6,9% de janeiro a novembro, ao alcançar 2.178,2 mil unidades ante 2.037,3 mil produzidas no mesmo período do ano passado. De acordo com os números divulgados hoje (7) pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em novembro, a produção chegou a 215,8 mil veículos, registrando um crescimento de 4,9% na comparação com o mesmo mês de 2021 e 4,7% na comparação com outubro.

Já as vendas de veículos novos tiveram queda de 1,3%, no acumulado de janeiro a novembro, com 1.887,5 mil unidades emplacadas contra as 1.912,8 mil do mesmo período do ano anterior. Em novembro as unidades vendidas chegaram à 204 mil, o que representa um aumento de 12,8% na comparação com outubro e 17,9% ante novembro do ano passado.

As exportações tiveram alta de 34,3% de janeiro a novembro, com 449,7 mil unidades comercializadas no mercado externo. No mesmo período do ano passado esse número foi de 334,8 mil. Na comparação com novembro do ano passado, as vendas para o exterior aumentaram 55% e ante outubro o crescimento foi de 1,2%, segundo o balanço mensal da Anfavea.

A quantidade de pessoas empregadas na indústria de veículos em novembro chegou a 104.523, um aumento de 0,2% ante outubro e 1,9% ante novembro do ano passado quando o número de postos de trabalho era de 102.583.

Valor - SP   08/12/2022

Modelos mais sofisticados têm maior aceitação no Chile, Colômbia e México

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea: “Em razão das restrições internas do país, a Argentina está perdendo importância em termos comparativos” — Foto: Silvia Zamboni/Valor

O mercado externo será um dos maiores destaques da indústria automobilística em 2022. Os problemas na Argentina, onde as restrições na liberação de divisas dificultam a importação, têm sido compensadas pela expansão de vendas em outros países. A participação do mercado argentino nos volumes de veículos exportados pelo Brasil caiu de 36% em 2021 para 29% este ano. Por outro lado, as fatias do México e da Colômbia cresceram de 14% para 16%, cada um. A do Chile passou de 10% para 12%.

Além de compensar as perdas na Argentina nos volumes embarcados, que aumentaram 34,3% no acumulado até novembro, esses novos mercados ajudam no aumento da receita. As vendas externas da indústria automobilística somaram US$ 9,6 bilhões nos onze meses. O valor equivale a praticamente o dobro de há dois anos. De janeiro a novembro de 2020, a receita obtida pelo país com a exportação de veículos somou U$ 4,8 bilhões.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, além de os carros terem se sofisticado de maneira geral, o que os torna mais caros, mexicanos, colombianos e chilenos costumam comprar carros “com maior valor agregado” do que os argentinos.

Embora a Argentina mantenha a posição de principal destino das exportações, o foco do setor se volta para o aumento da demanda em outros países próximos. “Em razão das restrições internas do país, a Argentina está perdendo importância em termos comparativos”, destaca Leite.

A exportação de veículos cresceu 55% em novembro, com 43,4 mil unidades. Isso somou receita de US$ 975,8 milhões, aumento de 50,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a venda externa totalizou 334,8 mil veículos, volume 34,3% maior do que no mesmo período de 2021. A receita acumulada, de US$ 9,6 bilhões, ficou 40,6% acima do que em igual período de 2021.

A venda para o exterior segue ritmo acelerado também porque o abastecimento de componentes começou a se normalizar, embora, segundo a Anfavea, o problema, que envolve principalmente semicondutores, tenda a persistir nos próximos meses. Apesar disso, o impacto será menor neste ano do que em 2021. No ano passado, quase 400 mil veículos deixaram de ser produzidos por falta de componentes. Este ano, até novembro, a perda somou 250 mil unidades, segundo dados da Anfavea.

Já o mercado interno, embora também em ascensão, traz preocupações para os dirigentes da indústria à medida que a participação do financiamento nas vendas voltou a atingir em novembro os níveis mais baixos da história do setor. Segundo a Anfavea, 70% dos negócios foram feitos à vista. Isso indica, destaca Leite, que o consumidor que mais precisa não tem conseguido acesso ao crédito.

Segundo o dirigente, apesar dessa preocupação, a persistência da escassez de componentes fará com que os primeiros meses de 2023 continuem a ser de demanda acima do que a indústria consegue produzir.

Os representantes da indústria automobilística comemoraram os resultados de novembro. A média diária de vendas foi a melhor desde dezembro de 2020. No mês, foram vendidos 204 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, num crescimento de 17,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No segmento de automóveis, o resultado foi de um avanço de 16%.

Para o presidente da Anfavea, apesar da falta de componentes e da possibilidade de os jogos da Copa do Mundo poderem atrapalhar um pouco o movimento nas concessionárias, os resultados de novembro indicam que as últimas projeções da entidade para o ano serão alcançadas.

Na última revisão, em julho, a Anfavea estimou um mercado interno de 2,1 milhões de veículos, o que representa avanço de 1%, na comparação com 2021. No acumulado até novembro, foram vendidas 1,88 milhão de unidades, retração de 1,3% em relação a igual período de 2021.

Rodoviário

Valor - SP   08/12/2022

Governador eleito também voltou a afirmar que os estudos sobre a privatização da Sabesp serão iniciados no início de 2023

O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), revelou a intenção de promover o leilão do trecho norte do Rodoanel de São Paulo em março de 2023.

A "primeira grande prioridade [do futuro governo] é o Rodoanel e a ideia é fazer o leilão em março. Tenho certeza de que em março vamos fazer o leilão do Rodoanel na b3", afirmou o governador eleito durante evento sobre infraestrutura que acontece na b3, em São Paulo.

Tarcísio disse que existe "excesso de vinculação de receita" generalizado, e apontou o fato como um dos principais problemas para destravar investimentos em infraestrutura nos Estados.

O governador eleito também voltou a afirmar que os estudos sobre a privatização da Sabesp serão iniciados no início de 2023.

"Vamos iniciar imediatamente o estudo sobre o modelo da Sabesp e acredito muito nesse modelo de inciativa privada, porque eu acho muito parecido com o modelo Eletrobras. A gente pode recuperar valor da Sabesp, um fluxo de investimento muito grande na largada que vai antecipar a meta de universalização do saneamento no Estado", afirmou. O marco do saneamento estabelece a universalização até 2033. Na campanha Tarcísio falou em antecipar para 2027.

No evento, Tarcísio também afirmou que pretende, em seu governo, investir “muito” na expansão do transporte metroferroviario, sobretudo na região metropolitana de São Paulo.

— Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo

NAVAL

Money Times - SP   08/12/2022

O governador eleito do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira, 7, esperar “sensibilidade” do governo federal para avançar no projeto de privatização do Porto de Santos.

“Não tem porque adiar processo que está tão adiantado e vai ser transformado”, disse Tarcísio, durante um painel no III Fórum sobre Infraestrutura, ao defender que a proposta é um “ganha ganha” tanto para o governo federal quanto estadual.

Tarcísio disse ainda que o Estado tem que ter capacidade de investimento, mas é necessário discutir a desvinculação de receitas para destravar projetos públicos em infraestrutura.

Segundo ele, o “excesso de vinculação” de receita tira opção do gestor em destinar recursos.

PETROLÍFERO

Monitor Digital - RJ   08/12/2022

Uma seção do projeto de gasoduto da rota leste China–Rússia foi concluída, permitindo que o gás natural russo seja transportado para Xangai. Com uma extensão total de 5.111km, o gasoduto transfronteiriço entra na China através da cidade de Heihe, província de Heilongjiang, e atravessa nove regiões provinciais, fornecendo gás natural para áreas ao longo da rota, incluindo Pequim, Xangai e Tianjin, disse a construtora PipeChina.

Até 2025, o gasoduto deverá fornecer 38 bilhões de metros cúbicos de gás natural anualmente, o equivalente a reduzir as emissões de dióxido de carbono em 164 milhões de toneladas por ano, segundo a empresa.

Enquanto isso, a Europa sofre com as sanções impostas pelos Estados Unidos ao gás e petróleo da Rússia. Um teto unilateral para o preço do petróleo russo acordado pela União Europeia (UE), as nações do G7 e a Austrália entrou em vigor na última segunda-feira.

A eficácia da medida depende em grande parte da resposta do mercado, analisam especialistas. No entanto, com a oposição da Rússia, o limite de preço pode desencadear uma instabilidade crescente no mercado, desacelerando a produção de petróleo e exacerbando a crise energética e a inflação crescente na Europa, disseram fontes ouvidas pela agência de notícias Xinhua.

A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo bruto do mundo, depois da Arábia Saudita. O Commerzbank, com sede na Alemanha, previu recentemente que o limite de preço combinado com a proibição da UE de importar petróleo bruto marítimo da Rússia poderia levar a um “aperto no mercado de petróleo no início de 2023” e que o preço do petróleo Brent poderia voltar a US$ 95 por barril.

No entanto, o impacto imediato foi limitado. Os contratos futuros de petróleo bruto subiram e depois recuaram nas negociações extraordinariamente movimentadas de segunda-feira, e terminaram o dia mais ou menos empatados com o fechamento de sexta-feira. Durante o dia chegaram a atingir US$ 82,64, mas caíram para US$ 78,61 no final da segunda-feira. Nesta quarta-feira, o barril do WTI para janeiro de 2023, negociado na New York Mercantile Exchange, fechou a US$ 72,01.

O preço máximo proíbe os países participantes de fornecer os serviços que permitem que o petróleo russo seja enviado por via marítima, como seguros e finanças. O objetivo é reduzir as receitas que a Rússia obtém do petróleo e estabilizar os preços globais da energia, disse a Comissão Europeia. Um novo limite para produtos petrolíferos refinados deve entrar em vigor em 5 de fevereiro de 2023.

TN Petróleo - RJ   08/12/2022

A ANP disponibilizou um canal de comunicação que possibilita os agentes econômicos apontarem possíveis problemas no conjunto de normas da Agência (estoque regulatório). Alguns exemplos de problemas que podem ser relatados por este canal são: normas sem efeito a serem revogadas, contradições aparentes de regulações, normas com impactos negativos, sugestões de melhoria, entre outros. A iniciativa tem foco no aprimoramento contínuo na qualidade regulatória da ANP.

O registro dos problemas encontrados no estoque regulatório da ANP deve ser feito por meio de formulário próprio, que se divide em duas etapas: identificação do problema e identificação do interessado. O formulário pode ser acessado em: www.gov.br/anp/pt-br/acesso-a-informacao/comunicacao-de-problemas-no-estoque-regulatorio-da-anp-1/comunicacao-de-problemas-no-estoque-regulatorio-da-anp.

É importante que o problema seja descrito com clareza e da forma mais detalhada possível, contendo as dificuldades percebidas, os grupos afetados, as evidências e as consequências e indicando a razão da necessidade de intervenção da ANP por meio da sua regulamentação. Em caso de dúvidas ou da necessidade de envio de arquivos adicionais, pode-se usar o e-mail qualidaderegulatoria@anp.gov.br.

O estoque regulatório da ANP é o conjunto dos seus atos normativos e a participação social é um importante instrumento para o recolhimento de subsídios acerca da necessidade de alteração destes atos.

Sugestões de simplificação regulatória, quando relacionadas à desburocratização ou eliminação de exigências desnecessárias, por exemplo, devem ser encaminhadas pelo portal Simplifique (www.gov.br/economia/pt-br/canais_atendimento/ouvidoria/simplifique).

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   08/12/2022

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Brasil deverá crescer até 2,5% em 2023, em um ritmo mais lento do que o visto em 2021, mas em recuperação ante 2022, quando a quebra de safra de soja e a alta de custos pressionaram os resultados do setor, estimou nesta quarta-feira a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Em balanço de final de ano, a principal entidade representativa do setor agrícola do Brasil disse que o PIB do agro deverá cair 4,1% neste ano, depois de registrar recordes em 2020 e 2021, quando houve um avanço de 8,36%.[nL2N2VJ2IT]

A projeção de crescimento de 2023 incorpora a expectativa de maiores volumes de milho que poderão ser vendidos à China, agora que os chineses abriram o mercado ao cereal brasileiro, disse o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi. Mas ele ponderou também que o desempenho dependerá da confirmação de uma boa safra de grãos.

“Pode mudar (a projeção)”, disse Lucchi, ao ser questionado em conferência de imprensa sobre potenciais impactos do La Niña nas lavouras do Sul, que reduziram drasticamente a safra na temporada anterior.

Ele estimou uma faixa de variação do PIB de zero a 2,5% em 2023, mas citou que há indicações de que, com o enfraquecimento do La Niña –que geralmente resulta em seca no Sul–, o impacto climático deve ser menor na safra atual do que foi na anterior.

“A princípio seria menor (o impacto climático) do que no ano anterior, a produção vai crescer muito (segundo a estimativa). Se a produção tiver retração, não posso chegar nos 2,5%”, disse o diretor técnico.

A estimativa para a safra de grãos 2022/23 é de um aumento de 15,5% (ou 42 milhões de toneladas) em relação a 2021/22, atingindo 313 milhões de toneladas, segundo a CNA, que citou crescimento da área plantada e recuperação da produtividade da soja após a seca impactar o Sul do país na safra anterior.

Segundo o especialista da entidade, a projeção de PIB já considera maiores exportações de milho para a China, mas na avaliação da CNA esse crescimento não será tão grande, já que o gigante asiático é um dos maiores produtores do cereal, diferentemente da soja, um mercado fortemente dependente de importações para os chineses.

“A expectativa é que a demanda não cresça tanto, vai impactar, mas nem tanto, porque o preço do milho tem tendência de queda”, afirmou Lucchi, citando a expectativa de safra recorde no Brasil.

Neste contexto, a confederação avalia que 2023 será um “ano de desafios”, em que poderá haver uma margem de lucro menor, com redução de receita para o produtor rural e alta dos custos de produção na atividade, já que boa parte da safra está sendo plantada com insumos comprados com preços mais elevados.

Em 2022, os setor registrou elevação dos preços dos defensivos e fertilizantes de mais de 100%, à medida que os desdobramentos da guerra na Ucrânia geraram temores de escassez de adubos, que agora registram uma melhora na relação de troca ao agricultor.

Apesar de não considerar que as novas exportações de milho à China poderão ter impacto mais forte, a CNA tem consciência de que o “grande crescimento econômico do mundo vai ser na Ásia”.

“Não podemos ficar presos a um só comprador”, disse o presidente da CNA, João Martins, destacando dezenas de mercados que vêm sendo abertos ao agronegócio do Brasil.

“Temos de vender mais para a China e para o restante do mundo”, completou a diretora de relações internacionais da CNA, Sueme Mori.

No comércio exterior, de janeiro a novembro deste ano, as exportações brasileiras de produtos agropecuários totalizam 148,3 bilhões de dólares, superando em 23,1% o total vendido em todo o ano de 2021, com o agro respondendo por 48% das vendas externas totais do Brasil.

Com relação a uma nova lei da União Europeia que bane produtos oriundos de áreas desmatadas, conforme acordo anunciado na véspera, a especialista da CNA disse que a entidade vê a questão com “preocupação”, enquanto aguarda um texto final de legislação para melhor avaliação.

Segundo Martins, o Brasil precisa mostrar que é preciso separar o “desmantamento ilegal do que é legalizado”, enquanto ele considera a Amazônia “uma região extremamente complexa”, onde as atividades não devem receber um carimbo de que tudo realizado lá estaria na ilegalidade.

NOVO GOVERNO

A CNA ainda citou que incertezas sobre o controle das despesas públicas e a condução da política fiscal do Brasil pelo novo governo, que devem impactar os custos do setor agropecuário, sobretudo em questões tributárias, enquanto a taxa Selic elevada acarretará em mais custo para o crédito para consumo, custeio e investimento.

O presidente da CNA, que se manifestou antes das eleições favorável a Jair Bolsonaro e contra Luiz Inácio Lula da Silva, evitou responder questões sobre a participação da entidade nos trabalhos de transição de governo.

Ele disse apenas que, se a entidade não está participando do governo de transição, “é porque mandamos as nossa proposições (aos candidatos) antes da eleições”.

Martins disse ainda que, se o novo governo tomar medidas contrárias ao que pensa a CNA, a confederação vai discutir formas de melhorar as medidas.

Canal Rural - SP   08/12/2022

As vendas de máquinas rodoviárias, por sua vez, caíram 19,6% entre setembro e outubro, com 3,217 mil unidades – aumento de 24,2% em relação ao mesmo mês de 2021. No acumulado do ano, as vendas acumularam alta de 35,3%, com 35,333 mil unidades.
Venda de máquinas agrícolas cresce em outubro, de acordo com Fenabrave

Sobre o recuo na margem, Bernardes afirma que a queda foi muito focada em retroescavadeiras, motoniveladoras e escavadeiras hidráulicas. Além disso, ele atribui o movimento a uma dificuldade em relação a componentes.

O vice-presidente projeta que o saldo acumulado de máquinas rodoviárias pode chegar a 35 mil até o final do ano.
Exportações de máquinas

As exportações de máquinas agrícolas avançaram 44,3% entre setembro e outubro – em comparação a outubro de 2021, houve um aumento de 15,9%. No ano, o critério acumula alta de 10,2%.

As exportações de máquinas rodoviárias, por outro lado, recuaram 16,2% entre setembro e outubro. Houve avanço de 14,5% em relação a outubro de 2021, levando a alta de 19,1% no acumulado do ano.

“Os problemas de logística ainda persistem. Em outubro, empresas que estavam prestes a embarcar produtos em um navio, tiveram problemas: acabou saindo somente no mês subsequente. Empresas também relataram falta de componentes para produção que visava exportação.”

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