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08 de Agosto de 2024

SIDERURGIA

Valor - SP   08/08/2024

Segundo empresas do setor de aço, o ano de 2024 ainda será muito complicado para a indústria no Brasil por conta da dificuldade de competir com os subsídios do aço importado da China

Durante a 34° Edição do Congresso Aço Brasil, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, as empresas do setor de aço disseram que o ano de 2024 ainda será muito complicado para a indústria do aço no Brasil por conta da dificuldade de competir com os subsídios do aço importado da China. Apesar disso, a perspectiva é que o segundo semestre deste ano seja melhor para o setor e o ano de 2025 deve seguir uma tendência de leve melhora.

O presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, chamou de “importação predatória” o aço bruto da China para o Brasil, que tem promovido paralisações de plantas e suspensão de investimentos. Ele diz ainda que o país asiático surge como uma ameaça ao setor e a toda a cadeia industrial do Brasil e de outros países e é muito difícil de competir. “Temos que ter a indústria preservada para quem de fato produz no Brasil e gera empregos", afirma.

ArcelorMittal Brasil

O presidente da ArcelorMittal Brasil, Jefferson De Paula, acredita que o compromisso que a indústria fez com o governo para combater o dumping (comercialização de produtos a preços abaixo do custo de produção), para conter a importação predatória associado a uma perspectiva de crescimento do PIB maior, pode fazer o setor passar por uma condição um pouco melhor.

Mesmo com o setor sofrendo com uma enxurrada de produtos chineses — cuja importação aumentou 50% no ano passado e mais 25% só no primeiro trimestre deste ano, segundo o Instituto Aço Brasil —, a Arcelor está implementando um plano de expansão no país, com investimentos de R$ 25 bilhões entre 2022 e 2026.

“No segundo semestre de 2024 veremos uma diminuição da importação, mas ainda teremos um ano um pouco difícil, porém melhor do que o ano passado (...). Para 2025, acredito que vamos andar de lado e será mais ou menos igual a 2024”, disse De Paula.

Por outro lado, o baixo investimento do Brasil em áreas estratégicas de infraestrutura tem contribuído para que o setor de aço continue a ser um ponto de atenção. Por conta disso, o consumo de aço no Brasil está estagnado e abaixo da média mundial.

“Um país como o Brasil deveria investir pelo menos 5% do PIB [Produto Interno Bruto] no setor de infraestrutura. O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] seria um investimento excelente. Não estou vendo [o PAC] funcionar, assim como outros programas. Temos mais de 16 mil obras paradas pela metade”, afirma.

Usiminas

O presidente da Usiminas, Marcelo Chara, diz que a indústria brasileira é competitiva. O executivo disse ter uma boa perspectiva para o ano de 2025, mas o país precisa combater o aço subsidiado chinês para evitar destruir valor do setor no Brasil.

No entendimento da conselheira do Instituto Aço Brasil e presidente da AVB, Silvia Nascimento, o segundo semestre vai apresentar melhores resultados de crescimento do Brasil e essa pode ser a oportunidade do setor para uma retomada de crescimento.

“Se tivermos a oportunidade de fornecer o aço para este crescimento, vamos ter um restante de 2024 melhor. Para 2025, não veremos resultados maravilhosos, mas serão melhores e crescentes”, afirma nascimento.

Gerdau

O diretor-presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, acrescenta que é preciso haver uma ação coordenada para uma política antidumping. Para ele, o custo-Brasil é outro fator que coopera para a ineficiência brasileira.

A Gerdau, que sempre teve no Brasil o seu principal resultado, viu a situação mudar. A maior parte do faturamento da companhia vem do exterior, já que a empresa passou a sofrer no mercado nacional. A preocupação da empresa é com a deterioração dos resultados no Brasil por conta de uma competição desleal com o aço que tem entrado da China e de outros países asiáticos.

Se nada for feito, Werneck diz que isto pode causar efeitos nocivos à economia e à indústria brasileira. O executivo respondeu às críticas sobre as práticas de descarbonização do setor, afirmando que o Brasil deve buscar a sustentabilidade nesses projetos, mas sem perder de vista a realidade econômica das empresas, sob o risco de comprometer a competitividade da indústria siderúrgica.

“São necessários cerca de US$ 40 adicionais de capex [investimento] por tonelada de aço para promover a descarbonização do setor. Em uma conta básica, são R$ 7 bilhões a mais de investimentos do setor no Brasil todos os anos. E isso não cabe no balanço das empresas”, disse.

Segundo o executivo, a comparação do setor brasileiro com o mundo não vale, já que 7% das emissões de gases de efeito estufa no mundo vêm do setor do aço, enquanto que, no Brasil, o setor responde por apenas 0,15%.

Para Werneck, é necessário adotar uma abordagem mais pragmática no processo de descarbonização da indústria. No entanto, mesmo com a meta de alcançar o “net zero” (zero emissões líquidas de carbono) até 2050, o setor ainda pode ser um grande emissor, o que torna indispensável a implementação de ações mais eficientes.

Investing - SP   08/08/2024

A Fitch informou nesta quarta-feira que revisou sua perspectiva para os IDRs (Issuer Default Ratings) da CSN (BVMF:CSNA3) para "estável", ante "positivo", citando expectativa de cenário mais desafiador para a redução da alavancagem da siderúrgica, dada sua menor geração de fluxo de caixa livre.

"A CSN permanece com o desafio de reduzir efetivamente suas dívidas bruta e líquida ao mesmo tempo em que aumenta o retorno aos acionistas", afirmou a agência de classificação de crédito em relatório.

Entre as razões, a Fitch destacou que o elevado volume de importações continua ameaçando os preços do aço no Brasil, cuja demanda tem se recuperado lentamente e cujo consumo aparente de aço cresceu 6% no primeiro semestre de 2024.

"O aumento de 25% das tarifas e das cotas imposto no segundo trimestre de 2024 ainda não se traduziu em sólido suporte para os preços", acrescentou.

Grandes Construções - SP   08/08/2024

A produtora de aço Gerdau concluiu o segundo trimestre de 2024 com Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 2,6 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 15,8%.

Por sua vez, o lucro líquido ajustado da Companhia totalizou R$ 945 milhões entre abril e junho, enquanto a receita líquida somou R$ 16,6 bilhões e as vendas físicas de aço alcançaram 2,7 milhões de toneladas.

“O mercado de aço se manteve desafiador no segundo trimestre de 2024, ainda impactado pela entrada excessiva de aço importado no Brasil, o que refletiu no desempenho da Companhia no período. A Gerdau segue focada em uma estratégia de negócio pautada por uma forte disciplina na gestão de custos, incremento da competitividade e otimização de seus ativos”, afirma Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.

“As iniciativas de adequação da estrutura da Companhia frente ao cenário atual de negócios anunciadas no segundo trimestre terão reflexo nos resultados dos próximos períodos, assegurando uma geração de valor ainda maior a todos os seus stakeholders”, completa.

“Durante o segundo trimestre de 2024, realizamos importantes movimentos de readequação de nossas operações no Brasil em busca de maior competitividade. Além dos impactos de redução de custos no médio prazo, essas iniciativas estão alinhadas à transformação da capacidade produtiva da Companhia visando a modernização dos ativos e maior geração de valor aos nossos clientes”, diz Rafael Japur, CFO da Gerdau.

Investimentos em Capex – Ao longo do segundo trimestre de 2024, a Gerdau investiu R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 716 milhões em manutenção e R$ 704 milhões em projetos de expansão e atualização tecnológica.

Do total investido entre abril e junho, R$ 187 milhões foram destinados para a ampliação de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, incrementos tecnológicos que resultam em eficiência energética e redução de emissões de gases de efeito estufa.

Portal Fator Brasil - RJ   08/08/2024

Vergalhões ArcelorMittal 50 S XCarb® – primeiro produto da empresa na América Latina com baixa pegada de carbono – e de alta resistência 70 S / AR serão destaques do portfólio apresentado no estande da produtora de aço. Além de patrocinadora do evento, a companhia apoiará também o Congresso Construindo Conhecimento e as arenas de conteúdo 120 Ideias

Atenta à tendência de um setor cada vez mais eficiente, produtivo e sustentável, com menor desperdício de material e soluções customizadas, a ArcelorMittal patrocina mais uma edição da Concrete Show. O evento (o maior da cadeia construtiva da América Latina), que está em sua 15ª edição, acontecerá dos dias 6 a 8 de agosto, no São Paulo Expo, na capital paulista.

A líder global e maior produtora de aço no Brasil irá oferecer ao visitante uma experiência completa de soluções em aço, que atendem a todos os tipos de construção. —A empresa tem fortalecido o seu posicionamento em oferecer produtos, serviços e soluções de excelência em aço para a construção civil. Acompanhamos de perto os desafios do desenvolvimento sustentável, investindo no aprimoramento do nosso portfólio e sempre com foco do cliente— destaca Paula Couri, diretora de Marketing e Produtos da ArcelorMittal Aços Longos.

Entre os destaques estão os avanços do case do vergalhão ArcelorMittal 50 S XCarb® . Trata-se do primeiro produto da empresa – produzido na América Latina desde 2022 – com utilização de 100% de material reciclado e 100% de energia renovável na sua produção, garantindo mais de 60% de redução das emissões de CO2 em comparação com o vergalhão tradicional da companhia.

Desde o fornecimento da primeira obra, o edifício Ária Higienópolis, da Tegra Incorporadora, a aplicação do vergalhão XCarb® tem evoluído para outras obras e clientes do setor imobiliário, de infraestrutura e geração de energia. É o caso, por exemplo, da parceria com a EGTC para a extensão da plataforma da estação Santo Amaro, do metrô de São Paulo, a primeira obra de infraestrutura do Brasil feita com aço sustentável.

Outro carro-chefe é o vergalhão CA 70 S / AR (anteriormente chamado de CA 50S/AR), lançado pela ArcelorMittal de forma pioneira no mercado, em 2021, em parceria com a Cátedra Construindo o Amanhã (convênio entre a ArcelorMittal e a USP) e o Centro de Inovação em Construção Sustentável (CICS/USP).

De acordo com Antônio Paulo Pereira Filho, gerente de Desenvolvimento de Produtos para Construção Civil da ArcelorMittal Aços Longos, o vergalhão ArcelorMittal CA 70S / AR permite reduzir a quantidade de armaduras — barras de aço que compõem uma estrutura de concreto armado — e aumentar a produtividade na construção civil. —As principais vantagens incluem menor congestionamento de barras, melhor execução de concreto, ganho de produtividade da armação e redução de custos. Além disso, a melhor taxa de utilização do aço e a potencial redução de concreto propiciam a diminuição das emissões de gases de efeito estufa —explica.

Interação e participação ativa — No estande da ArcelorMittal, as soluções em aço estarão distribuídas em setores classificados por aplicabilidade: Edifícios Residenciais e Corporativos (Predial), Infraestrutura, Galpões e Pré-Fabricados (Industrial) e Construir e Reformar (Autoconstrução). Em totens, será possível acessar o portfólio guiado, novidade desenvolvida pela produtora de aço com todos os produtos e serviços disponíveis voltados para a construção civil.

A empresa também irá apoiar, dentro da programação da Concrete Show, o Congresso Construindo Conhecimento e as arenas de conteúdo 120 Ideias. O congresso, realizado em três auditórios com eventos simultâneos, terá como tema central o futuro do concreto na infraestrutura urbana. Em 7 de agosto, às 11h15, Ricardo França e Vanderley John, respectivamente catedrático e coordenador da Cátedra Construindo o Amanhã, e Michell Ribeiro, engenheiro de Projetos da ArcelorMittal, vão debater o tema “Descarbonização e Aços de Alta Performance – Projeto e Execução”.

Já nas arenas, todos os dias, serão realizadas palestras com um time de especialistas e parceiros da ArcelorMittal, com temas como “Ganho de 40% em produtividade nas fundações com armadura pronta e forma incorporada em obras industriais”, que será apresentado no dia 6, das 16h15 às 16h45, na Arena 2, por Pâmela Oliveira, engenheira de Aplicação, e Renan Sacramento, engenheiro de Desenvolvimento da ArcelorMittal.

Valor - SP   08/08/2024

Empresa afirmou que, nos últimos anos, o aumento de importações de aço da China provocaram até US$ 500 milhões em dívidas; companhia gera 20 mil empregos diretos e indiretos

A única siderúrgica do Chile, a usina de Huachipato, comandada pela companhia CAP, anunciou que irá encerrar suas atividades até setembro. A empresa alega que a grande quantidade de aço da China no mercado afetou a competitividade do setor no país, mesmo após o governo de Santiago ter aplicado novas taxas contra o aço chinês visando proteger a indústria local.

A empresa alegou, em nota, que a decisão foi tomada após “múltiplos fatores que não poderão se reverter no curto ou médio prazo, entre os quais se destacam a impossibilidade de transferir os preços das sobretaxas recomendadas pela Comissão Anti-Distorções, o aumento do dumping chinês e a complexa situação financeiras que a companhia enfrenta há anos”.

US$ 500 milhões em dívidas

A empresa afirmou que, nos últimos anos, o aumento de importações de aço da China provocaram até US$ 500 milhões em dívidas. O plano da CAP é escalonar o fechamento da usina para que, até setembro, todas as atividades no local cessem. A empresa gera, de maneira direta e indireta, 20 mil empregos da região de Bio Bio, que fica no centro do Chile.

Na nota, a CAP reconheceu as ações da Comissão Anti-Distorções para tentar conter o impacto do aço barato chinês no setor, mas afirmou que “quase quatro meses depois de implementada a medida, o comportamento do mercado tornou impossível corrigir os desequilíbrios” no setor.

Principal parceiro comercial do Chile

"Esta é uma decisão muito devastadora para a região de Bio Bio, e o país sabe que nós, como governo, fizemos um grande esforço para revertê-la", disse, nessa quarta-feira (7), o ministro da economia Nicolás Grau, em publicação no X (Twitter).

A China é o principal parceiro comercial do Chile, responsável por quase 40% de suas exportações — uma das maiores participações entre os países da América Latina.

ECONOMIA

Infomoney - SP   08/08/2024

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou em julho, passado de 0,50% em junho para 0,83% no mês passado, informou nesta quarta-feira (7) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No mês as commodities agrícolas pressionaram os preços ao produtor e altas nas passagens aéreas e na gasolina fizeram o mesmo com o índice do consumidor.

Com o resultado de julho, o IGP-DI acumula alta de 1,95% no ano e de 4,16% em 12 meses. Em julho de 2023, o índice havia caído 0,40% e acumulava queda de 7,47% em 12 meses.
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IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,93% em julho, ante alta de 0,55% em junho. Um dos grupos que mais exerceram pressão no mês foi o do estágio das matérias-primas brutas, que acelerou de 0,80% para 1,54% em julho.

As maiores contribuições para esse aumento vieram do minério de ferro (que saiu de uma queda de2,66% para uma alta de 1,34%), os bovinos (de -2,15% para +1,89%) e a mandioca (de -3,89% para -0,79%).

Em sentido oposto, reduziram a pressão a soja (de 2,69% para 0,59%), oncafé em grão (de 11,73% para 5,64%) e o cacau (de 20,10% para -1,59%).

Para André Braz, coordenador dos índices de preços, a alta na taxa do índice ao produtor só não foi ainda mais expressiva devido à retração dos preços de alimentos in natura, especialmente hortaliças, legumes e frutas.
IPC

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,54% em julho, ante 0,22% em junho. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de -0,75% para +3,48%), Transportes (de 0,19% para 1,09%), Habitação (de 0,13% para 0,61%), Despesas Diversas (de 0,44% para 1,84%) e Comunicação (de -0,08% para 0,11%).

As principais contribuições para este movimento partiram de itens como passagem aérea (de -4,81% para +21,20%), gasolina (de 0,61% para 2,90%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,30% para 2,24%), serviços bancários (de 0,86% para 3,14%) e mensalidade para TV por assinatura (de -0,36% para 1,39%).

Em contrapartida, os grupos Alimentação (de 0,50% para -1,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para -0,01%) e Vestuário (de 0,36% para -0,21%) apresentaram quedas em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram de hortaliças e legumes (1,57% para -11,72%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,44% para -1,03%) e roupas (0,33% para -0,40%).
INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,72% em julho, praticamente estável ante o 0,71% do mês anterior.

Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (de 0,38% para 0,71%), Serviços (0,20% para 0,71%) e Mão de Obra (1,23% para 0,74%).

O Estado de S.Paulo - SP   08/08/2024

Os números piores do que o esperado do mercado de trabalho norte-americano, divulgados hoje [1/8, sexta-feira], criaram o temor de que a economia dos Estados Unidos possa estar entrando numa recessão. Isso, por sua vez, teve fortes reflexos nas expectativas formadas em mercados e nas projeções dos economistas, na direção de um ciclo de corte de juros nos EUA mais intenso e profundo.

O economista Livio Ribeiro, da consultoria BRCG e do IBRE-FGV notou, quando foi entrevistado pela coluna um pouco mais cedo, que, naquele momento, a curva de juros norte-americana precificava quase 1,5 ponto porcentual (pp) de corte dos Fed Funds (taxa básica dos EUA, no momento entre 5,25% e 5,5%) nas próximas quatro reuniões do FOMC, comitê de política monetária dos Estados Unidos, até janeiro - incluindo um corte de 0,5pp na próxima reunião, em setembro.

Já alguns dos principais bancos americanos, como J.P. Morgan e Citi, divulgaram hoje que agora estão projetando cortes de 0,5pp tanto na reunião de setembro quanto na seguinte, em novembro.

Ribeiro vê exagero na reação do mercado, já que, na sua visão, os sinais sobre a atividade na economia dos EUA ainda são mistos. Há uma semana, a projeção preliminar do PIB do segundo trimestre (anualizada) veio em 2,8%, acima da expectativa de 2,1%, com o consumo forte evo núcleo do deflator do consumo das famílias ligeiramente mais elevado do que a previsão. Apesar de preliminar, nota o economista, essa projeção (do Departamento de Comércio) merece ser considerada.

O sócio-fundador da BRCG pensa que Jerome Powell, chairman do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA), em sua comunicação mais recente (como a coletiva de imprensa de 31/7, após o Fed anunciar a manutenção dos Fed Funds em 5,25-5,5%), tem conduzido o processo da política monetária dos EUA na direção de induzir no mercado uma "hipersensibilidade assimétrica para dados correntes".

Ribeiro quer dizer que o mercado reage demais a dados que mostram resfriamento da economia americana, e de menos aos que mostram aquecimento. O pesquisador do IBRE cita os fatos de Powell ter deixado "correr solta" a precificação pelo mercado não só de corte em setembro, mas em várias reuniões a seguir; mostrado sua preferência por perder um pouco a mão na inflação comparado ao mesmo ocorrer em relação à atividade e ao mercado de trabalho, frisando que estava muito atento a sinais de aceleração mais rápida do desemprego; e mencionado que chegou a haver discussão sobre corte na reunião do FOMC de 30-31 de julho.

Assim, para Ribeiro, os números mais fracos do mercado de trabalho de hoje pegaram um mercado já com viés para baixo nas taxas de juros, algo alimentado pelo próprio chairman do Fed.

O economista Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central (BC), por sua vez, não acha que o súbito temor de uma recessão na economia norte-americana seja uma perspectiva particularmente alarmista.

Volpon aponta que atividade econômica e mercado de trabalho podem ter "não-linearidades". Para ele, "trancos e viradas súbitas de um lado para o outro são coisas que podem acontecer". Ele lembra que, logo antes da crise financeira global de 2008-09, que redundou na Grande Recessão no mundo desenvolvido, poucos previam que a economia ia para o buraco, com o índice S&P 500 próximo aos recordes históricos (até então) em meados de 2008.

Adicionalmente, argumenta Volpon, há outros indicadores recentes nos Estados Unidos sinalizando desaceleração, como o índice de confiança da indústria em território contracionista divulgado ontem.

Segundo o economista, se o Fed já soubesse dos dados de mercado de trabalho divulgados hoje durante a reunião do FOMC de 30 e 31 de julho, teria cortado os Fed Funds. Assim, o economista não vê como carta fora do baralho que uma recessão esteja para se iniciar (ou até já tenha começado, segundo os critérios de medição de ciclos econômicos) nos Estados Unidos.

A interpretação da conjuntura americana determina a visão tanto de Volpon quanto de Ribeiro em relação ao impacto no Brasil. Mas num ponto os dois parecem concordar: uma desaceleração ou recessão leve podem ser inofensivas (ou até positivas, segundo Volpon) para a economia brasileira, mas uma recessão inesperadamente forte nos Estados Unidos já se torna problemática.

Volpon, que trabalha mais com o cenário de desaceleração/recessão leve, considera que a rápida queda dos juros nos Estados Unidos seria benéfica para a moeda do Brasil e de outros emergentes.

Já em termos de fluxos para mercados acionários, ele aponta que a narrativa dominante até aqui da pujança americana atrai capitais para os EUA em detrimento de emergentes.

Em particular, Volpon aponta sinais preliminares de que excessos nas ações de crescimento ("growth", tipicamente de alta tecnologia, com o fenômeno Nvidia) podem estar começando a desviar fluxos destas para ações de "valor" ("value"), como indústria, commodities, finanças etc. Em termos da bolsa brasileira, com grande presença de empresas de commodities e do setor financeiro, essa mudança de foco é benéfica, na visão do economista.

Por outro lado, uma desaceleração americana pode impactar o preço de commodities. Assim, segundo Volpon, o cenário que não é de recessão leve e rápida, mas sim profunda e mais prolongada (piorando se houver crise financeira) mudaria a direção do impacto, que se tornaria negativo para o Brasil e diversos outros emergentes.

"Vamos cruzar os dedos, mas tudo indica que, se houver recessão, será leve", diz o ex-diretor do BC.

Ribeiro, por sua vez, considera que um corte de 0,5pp dos Fed Funds em setembro e novembro (projetado por grandes bancos americanos) seria compatível com "a economia americana emburacando", e, portanto, um mundo bem mais arriscado e hostil para o Brasil e emergentes.

Ele particularmente não vê esse cenário ocorrendo, mas considera que há um problema de sinalização excessivamente volátil dos principais bancos centrais do mundo. Essa instabilidade se traduz em oscilações fortes de indicadores vitais como câmbio e juros (não só nos Estados Unidos, mas mundo afora, como no Brasil) e acaba sendo prejudicial para o investimento e a economia.

Infomoney - SP   08/08/2024

O Brasil continuou em julho como o destaque entre as exportações chinesas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (7) pela Administração Geral da Alfândega do gigante asiático (GACC, na sigla em inglês). Enquanto as vendas chinesas em geral para o exterior aumentaram 6,7% nos primeiros sete meses do ano ante 2023, as exportações para o Brasil avançaram 24,4%, a taxa mais alta entre todos os países.

Segundo os dados oficiais, a China enviou para o Brasil o equivalente a US$ 6,477 bilhões em junho e comprou do país o equivalente a US$ 10,323 bilhões. Em sete meses, as exportações para o Brasil somaram US$ 41,604 bilhões (24,4% a mais que no ano passado) e as importações avançaram 6,1%, para US$ 69,179 bilhões.

No geral, a China fechou sua balança comercial com superávit comercial de US$ 84,65 bilhões em julho, abaixo do recorde de US$ 99,05 bilhões observado em junho.
Descubra o passo a passo para viver de dividendos e ter uma renda mensal; começando já nas próximas semanas.

Em dólares, o comércio exterior de bens e serviços do país ficou em US$ 3,5 trilhões de janeiro a julho. As exportações atingiram US$ 2,01 trilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 1,49 trilhão. O superávit comercial cresceu 7,9% ano a ano, para US$ 518 bilhões durante o período de sete meses.

As exportações de carros da China aumentaram 26% em relação ao ano anterior, para 553.000 veículos, enquanto as exportações de eletrodomésticos subiram 17%.

Enquanto isso, as importações de petróleo bruto da China aumentaram 8% e as compras de gás natural aumentaram 6%.

Veja - SP   08/08/2024

Lula decide nesta semana se aproveita o reinício das atividades do Congresso, a partir da próxima semana, para indicar o sucessor de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central.

Por lei, pode apresentar um nome até fevereiro de 2025 — o mandato de Campos Neto vai até a quarta-feira pré-carnaval, dia 26. Mas o governo tem alguns bons motivos para antecipar a nomeação.

Um deles é o ciclo legislativo deste segundo semestre, marcado pela temporada de eleições municipais e com pauta de votações congestionada na Câmara e no Senado por temas como orçamento, emendas parlamentares e reforma tributária.

O escolhido para o Banco Central precisa se submeter ao ritual de apresentação, sabatina em comissão e votação no plenário do Senado. No momento, o favorito no Planalto é Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária.

O governo, aparentemente, adotou a ideia de que precipitar a escolha do sucessor no BC pode mitigar dúvidas sobre o rumo da economia. Sobram incertezas.

Sete em cada dez brasileiros acham que a inflação está em alta há onze meses seguidos, informam diferentes pesquisas recebidas no Palácio do Planalto. Essa percepção predomina entre eleitores de todas as faixas de renda e tem efeitos políticos corrosivos para o governo.

Lula transformou o atual presidente do Banco Central em alvo permanente, responsabilizando-o pelos desequilíbrios na economia por causa da alta taxa de juros (10,5% ao ano). Conseguiu alguma repercussão no eleitorado, atestam as pesquisas.

Na prática, o efeito é inócuo, porque Campos Neto preside um colegiado onde o governo possui metade dos votos. E as decisões sobre juros têm sido unânimes, entre outras razões, por receio de descontrole da inflação.

No Planalto e no Congresso imagina-se que a celeridade na sucessão do Banco Central possa amainar desconfianças e, eventualmente, ajudar a reverter expectativas sobre a gestão da economia. Se essa avaliação é excessivamente otimista, vai-se descobrir em pouco tempo, seis meses no máximo.

Seria benéfico se o próximo presidente do Banco Central mudasse o idioma usado pela diretoria, que radicalizou na incapacidade de escrever em português legível. Insiste em se comunicar com a sociedade numa língua-código que, talvez, só alguns diretores sejam capazes de decifrar completamente — e só depois de torturar cada sílaba para que confesse o significado da mensagem.

O último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) é exemplar. Nele há coisas como uma frase de 32 palavras, onde se lê: “Concluiu-se que o processo desinflacionário arrefeceu e que os níveis de inflação corrente acima da meta, em contexto de dinamismo da atividade econômica, tornam a convergência da inflação à meta mais desafiadora”.

O Estado de S.Paulo - SP   08/08/2024

Os ministérios do governo Lula implementaram apenas 13,7% do congelamento de gastos decretado na semana passada para cumprir as regras fiscais neste ano dentro do prazo. Dos R$ 15 bilhões necessários para segurar as despesas de 2024 e evitar um descontrole nas contas públicas, R$ 2,1 bilhões foram congelados até terça-feira, 6 – data limite estipulada pelo decreto assinado pelo presidente Lula.

No Poder Executivo, 21 órgãos (ministérios e agências autônomas) implementaram as medidas – incluindo o Ministério da Educação, que congelou verbas do programa Pé-de-Meia – e outros 27 ainda não implementaram, incluindo os ministérios da Saúde, Cidades e Transportes, que estão entre os mais atingidos, de acordo com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) do governo federal.

O Ministério das Cidades – o segundo mais afetado pelao corte, atrás da pasta de Saúde – afirmou que a equipe técnica da pasta está empenhada em ajustar o Orçamento de acordo com o decreto para que as atividades tenham o menor impacto possível. “O ministério assegura que as seleções do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) já anunciadas e a Faixa 1 do MCMV (Minha Casa Minha Vida) não serão afetadas”, afirmou o órgão.

O Ministério dos Transportes disse que as programações ainda estão sendo implementadas para que nenhuma obra seja paralisada. “Assim, priorizaram-se, para os cortes, aplicações ainda não iniciadas, bem como despesas sem impacto direto sobre o cronograma de investimentos.” O Ministério da Saúde não se manifestou.

Agora, a Secretaria de Orçamento Federal, que integra o Ministério do Planejamento e Orçamento, tem cinco dias úteis para escolher quais programações serão afetadas nos ministérios que não cumpriram o decreto. O prazo termina na próxima terça-feira, 13. As emendas impositivas de bancada, por sua vez, devem ser ajustadas até o fim do mês, após consulta aos congressistas, de acordo com a pasta comandada por Simone Tebet.

Segundo apurou a reportagem, os órgãos poderão informar as programações escolhidas mesmo fora do prazo e isso será implementado pela equipe econômica. O Ministério do Planejamento afirmou à reportagem que se trata de um procedimento padrão previsto para despesas não obrigatórias do governo.

Os ministérios tentaram escapar do congelamento de despesas, que pode não ser revertido até o fim do ano. Como o Estadão revelou, os ministérios do governo Lula gastaram R$ 8,8 bilhões em uma semana, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar o congelamento. O valor saltou para R$ 10 bilhões até terça-feira, 6, prazo final da contenção de gastos. Se o governo gasta o dinheiro, empenhando o valor e comprometendo aquela despesa no Orçamento, o espaço para cortar fica menor.

Também houve um gasto de R$ 2 bilhões do Ministério das Cidades no dia 30 de julho, véspera do decreto de congelamento, para colocar recursos no Minha Casa Minha Vida. A pasta informou que o valor é referente a um valor liberado para o atendimento da calamidade do Rio Grande do Sul, não tendo qualquer relação com o contingenciamento de gastos.

Dos cortes já realizados, as áreas mais atingidas foram o Pé-de-Meia (R$ 500 milhões), os institutos federais (238 milhões), as universidades (183 milhões) do Ministério da Educação e os projetos de infraestrutura turística do Ministério do Turismo patrocinados por emendas de comissão (R$ 130 milhões). Também houve cortes em despesas administrativas dos ministérios e autarquias (R$ 75 milhões).

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   08/08/2024

Os preços futuros do minério de ferro caíram pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira, prejudicados pela fraca demanda de curto prazo da China, principal mercado consumidor, e pelas crescentes preocupações com o consumo no final do ano.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 2,41%, a 749 iuanes (104,32 dólares) a tonelada, o menor valor desde 2 de agosto.

O minério de ferro de referência para setembro na Bolsa de Cingapura recuou 1,75%, para 101,05 dólares a tonelada, atingindo também o valor mais baixo desde 2 de agosto.

“É difícil ver impulso substancial de alta em meio à desaceleração persistente no mercado de aço”, disseram os analistas da First Futures em nota.
Além disso, as dúvidas crescentes sobre se as exportações de aço da China manterão o forte impulso no segundo semestre do ano pesaram sobre o apetite de compra por minério de ferro.

As importações de minério de ferro da China aumentaram 5,3% em julho em relação ao mês anterior, atingindo o maior nível em seis meses, à medida que as mineradoras correram para cumprir as metas trimestrais de embarque e a melhora das margens das siderúrgicas impulsionou a demanda.

Os comerciantes estão preocupados com o fato de que uma enxurrada de exportações de aço da China poderá diminuir nos próximos meses, interrompendo a forte demanda pela matéria-prima da siderurgia, disseram os analistas do ANZ em uma nota.

“Temos monitorado de perto a mudança nas exportações de aço e a escala do corte da produção de aço este ano”, disse um produtor de aço baseado no leste da China que pediu anonimato por não está autorizado a falar com a imprensa.

IstoÉ Dinheiro - SP   08/08/2024

Lucas Kallas, presidente do Conselho da Cedro Participações, tem se destacado como uma voz cada vez mais relevante entre as mineradoras brasileiras, em defesa de um novo modelo de mineração sustentável. Durante o seminário “Brasil-China 50 anos”, o empresário aproveitou o espaço para dar um recado direto ao presidente do BNDES, Aloizio Mercadante: usar o Fundo do Clima para acelerar a transição ecológica do setor.

O fundo, que está capitalizado em R$ 10,4 bilhões, oferece recursos para diversos setores, mas não prevê o minério de ferro. O mesmo problema, segundo Kallas, ocorre com as debêntures incentivadas, que também excluem o setor. “Existe financiamento para tudo, por que não estamos olhando para a mineração?”, questionou o empresário.

A nova locomotiva da mineração é o chamado pellet feed, um tipo de minério de ferro concentrado que passa por um processo de aglomeração para formar pelotas, reduzindo pela metade a emissão de gases de efeito estufa no processo. Não por acaso a matéria-prima caiu no gosto de industriais chineses e europeus no esforço para reduzir a pegada de carbono e ganhar pontos com o mercado e investidores.

“Podemos transformar 30% da produção brasileira de minério de ferro em pellet feed. Isso significa um investimento de centenas de bilhões de reais que o Brasil está plenamente apto para liderar”, destacou no debate com o presidente do BNDES.

Uma mensagem clara para todo o setor: estar entre os líderes mundiais em volume não vai levar o Brasil ao próximo estágio de evolução da indústria, que estará inevitavelmente associada a um modelo de geração de valor baseado em sustentabilidade.

Consultor Jurídico - SP   08/08/2024

A Fundação Renova e suas empresas mantenedoras (Vale, BHP Billiton e Samarco) foram condenadas a pagar R$ 56 milhões em danos morais e a veicular contrapropaganda do material publicitário veiculado em 2021 sobre o desastre ambiental de Mariana (MG).

A 4ª Vara Federal Cível e Agrária de Belo Horizonte constatou evidente “desvio de finalidade da fundação que se prestou a uma campanha publicitária e de marketing para criação de uma narrativa fantasiosa a favor da própria fundação”.

As propagandas contestadas pelas instituições de Justiça trataram de toxicidade dos resíduos, qualidade da água, pagamento de indenizações, obras de infraestrutura e reassentamento, municípios abrangidos e repasses efetuados, recuperação econômica, povos tradicionais, patrimônio histórico, cultural e afetivo, projetos sociais e de proteção social, estudos de saúde e Escola Municipal Gustavo Capanema.

“A situação, além de demonstrar o desrespeito da Renova ao seu próprio estatuto, demonstra claramente uma falta de respeito em relação às vítimas e à sociedade brasileira”, afirma na sentença o juiz Vinicius Cobucci.

Além de determinar que a Fundação Renova produza novas peças publicitárias sobre os mesmos assuntos tratados nas propagandas originais, o magistrado ainda estipulou o pagamento de R$ 56,3 milhões a título de danos materiais e morais, sujeitos a correção monetária.

Atuaram na ação civil pública o Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DP-MG), Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo (DP-ES) e Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG).
Propaganda ilegal

Ação civil pública ajuizada em 2021 alegava que a Renova estava veiculando material publicitário que, propositadamente, continha “informações imprecisas, dúbias, incompletas ou equivocadas” a respeito de assuntos fundamentais para a população, como toxicidade dos rejeitos, qualidade do ambiente aquático, recuperação de nascentes e bioengenharia, recuperação econômica, indenização e reassentamento.

No período de 2018 a 2021, a fundação havia empregado R$ 28,1 milhões em publicidade, sendo que, em pouco mais de um mês (6 de setembro a 11 de outubro de 2020), foram gastos R$ 17,4 milhões com um único contrato de publicidade. Ao todo, foram 861 inserções em TVs e 756 em emissoras de rádio, sem incluir o material divulgado em veículos impressos e portais de notícias.

Em todas as peças publicitárias, à exceção da propaganda sobre a qualidade da água, o juízo reconheceu a procedência das alegações quanto ao conteúdo direcionado para minimizar, omitir e até contradizer a realidade dos fatos, numa “verdadeira campanha de desinformação, com o intuito de minimizar o impacto do rompimento da barragem de Mariana”.

Ao tratar da toxicidade dos resíduos e dos estudos de saúde, por exemplo, as peças publicitárias produzidas pela Renova ignoraram propositadamente estudos contratados pelo MPF que apontaram a contaminação por metais em tecido muscular de exemplares de pescado em toda a área atingida pelo desastre, assim como a existência de substâncias químicas que poderiam causar danos à saúde humana.

Em outros temas, como pagamento de indenizações, municípios atingidos e reassentamento, os números contradisseram os fatos ou induziram a equívocos: o número divulgado de indenizações pagas incluiu indevidamente valores pagos a título de auxílio financeiro, que, conforme a jurisprudência, não possui caráter de indenização; o número de municípios (39) informado na propaganda era inferior ao número (45) reconhecido pelo Comitê Interfederativo; e a peça publicitária sobre obras de infraestrutura e reassentamento omitia a insatisfação, inadequação e ineficiência do programa de reassentamento das famílias de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira.

Em 2021, a fundação somente havia construído cinco casas das 235 previstas e o último prazo para entrega das obras estabelecido pela Justiça (27 de fevereiro de 2021) não fora cumprido, com apenas 1,7% das famílias reassentadas. A propaganda também não mostrava que, das 239 famílias envolvidas no reassentamento coletivo de Bento Rodrigues, 58 registravam insatisfação com o lote ou projeto, novos núcleos cedidos, inquilinos ou herdeiros, divergências de área, entre outros motivos.
Má-fé

Vinicius Cobucci também considerou que a entidade, ao se defender das alegações dos ministérios públicos e defensorias, agiu de má-fé, “sem qualquer pudor ou autocrítica, ao defender teses em juízo baseadas em informações falsas”.

“Ademais, é impressionante a capacidade da Fundação de responsabilizar terceiros por atrasos e outras circunstâncias. Não há autocrítica ou humildade para admitir que a fundação erra. Em sua litigância de má-fé, a fundação pinta um quadro em que se vitimiza, na medida que suas ações são obstadas por fatores externos imprevisíveis ou falta de colaboração de terceiros. É óbvio que um processo de reconstrução do maior desastre ambiental do país será marcado por contratempos, dificuldades e eventualmente atrasos”, afirmou.

“No entanto, falta à Renova em sua atuação administrativa e em suas manifestações judiciais bom senso. A transparência envolve o reconhecimento de próprias falhas e medidas para mitigá-las. A contestação apresentada é um triste retratado de uma tentativa desesperada e defensiva de atribuir a culpa a terceiros ou outros eventos e de como a máquina administrativa da Renova está mais preocupada com a autodefesa e autopromoção do que com qualquer compromisso real e efetivo com a reparação.”

As propagandas violaram princípios do Direito Ambiental, em especial os de prevenção e precaução, como também as cláusulas 07 e 12 do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta — acordo assinado em 2016, no bojo do qual foi criada a Fundação Renova —, que obrigam à veiculação de informações, no processo de reparação, de forma transparente, clara e objetiva. A publicidade também incorreu em desvio de finalidade, “com nítido dolo de trazer desinformação e afastar as vítimas dos seus direitos”.
Nova violência

Para o juiz, por fim, o dano moral coletivo é evidente e decorre da ofensa aos direitos das vítimas do desastre e de toda sociedade.

Ao analisar uma das peças publicitárias, ele afirmou que “ainda que seja legítimo o eventual sentimento de gratidão de uma vítima individualmente contemplada por uma ação de reparação, a tentativa de romantizar a reparação, sem levar em conta o trauma do passado, configura uma nova violência à memória das vítimas. A própria romantização da peça publicitária foge das disposições do TTAC que exigem respeito e sobriedade em relação à vítima”.

“Além de não reconhecerem a responsabilidade pelo desastre, as ações de publicidade da Renova minimizam o próprio impacto da tragédia, na contramão do entendimento da Corte Interamericana de Direitos Humanos, já que a Corte entende que atos de reconhecimento de responsabilidade são uma das medidas de reparação”, conclui a sentença.

Revista Ferroviaria - RJ   08/08/2024

Marcelo Spinelli entrou na disputa pela sucessão no comando da Vale. Vice-presidente executivo de soluções de minério de ferro, ele responde por 90% do resultado da mineradora atualmente.

Seu nome é visto como uma saída diante do impasse que se tornou o processo de sucessão, conduzido por uma empresa de recrutamento.

Há 22 anos na Vale, Spinelli tem perfil técnico e é apontado por assessores do Planalto como o preferido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Para o presidente Lula, é fundamental que o futuro presidente da Vale tenha interlocução com o governo. Ele queria indicar Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, mas desistiu desse movimento, interpretado pelo mercado como intervenção federal.

Nos bastidores, há diversos grupos no governo tentando emplacar indicados. O presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, estão na disputa.

A Previ, o bilionário fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, é o maior acionista, com 8,7% de participação, e funciona como principal articulador pelo governo.
RESISTÊNCIA

“Já disse e repito com todas as letras que sou contra qualquer candidato ligado ao governo para a Vale e que não atuo nessa questão da sucessão da companhia”, disse o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) ao Painel S.A..

Silveira nega interesse na sucessão, mas tem a missão dada pelo presidente Lula de forçar a mineradora a arcar com cerca de R$ 100 bilhões em indenizações pelo rompimento da barragem de Mariana (MG).

“A atual direção da Vale está acéfala e tem empurrado o acordo de Mariana com a barriga.”

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   08/08/2024

A produção de veículos subiu 34,8% no mês passado, frente a julho de 2023, somando 246,7 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Na margem, ou seja, de junho para julho, a produção das montadoras cresceu 16,9%.

O balanço foi divulgado nesta quarta-feira, 7, pela Anfavea, a associação que representa as montadoras. Com o resultado do mês passado, as montadoras passaram a acumular aumento de 5,3% da produção desde o início do ano, somando 1,38 milhão de veículos de janeiro a julho.

As vendas de carros seguem em crescimento, mostrando no mês passado o maior volume do ano: 241,3 mil veículos, crescimento de 12,6% frente a junho. Na comparação com julho de 2023, os licenciamentos de veículos no País subiram 7,0%.

No acumulado desde janeiro, 1,385 milhão de veículos zero quilômetro foram vendidos no País, 13,2% a mais do que nos sete primeiros meses de 2023.

As exportações, por outro lado, seguem em baixa, somando 204,4 mil veículos no acumulado de janeiro a julho deste ano, queda de 21,7% na comparação com o mesmo período de 2023.

Em julho, porém, as exportações somaram 39,1 mil unidades, avanço de 35% em relação a junho e alta de 28,3% na comparação com o mesmo mês de 2023.

O balanço da Anfavea mostra ainda que 545 vagas de trabalho foram abertas no mês passado nas montadoras, que empregam agora um total de 104.566 pessoas.

Investing - SP   08/08/2024

Ainda não houve retorno por parte do governo federal para o pedido da Anfavea, associação que representa montadoras do País, sobre a elevação imediata do imposto de importação sobre carros híbridos e elétricos, informou nesta quarta-feira, 7, o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, durante apresentação dos dados do setor do mês de julho.

Ele reconheceu que não trata-se de uma questão tão simples, e que envolve diversos ministérios e órgãos dentro do governo, mas reforçou que a expectativa é que o pedido seja tratado "da melhor maneira possível".

No final de junho, a Anfavea pediu ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) a antecipação da elevação da alíquota de importação de veículos elétricos e híbridos, hoje de 25% para 35%. Pelo cronograma original, a alíquota subiria gradualmente até atingir 35% em julho de 2026.

No mês de julho, às importações de veículos somaram 41 mil unidades, superando, mais uma vez, as exportações no período, que somaram 39,1 mil veículos. Na comparação com junho, as importações cresceram 7,0%, enquanto as exportações expandiram 35,0%.

Em relação às importações, Lima citou, durante a coletiva, o crescimento da participação do mercado chinês na venda de veículos ao Brasil. De acordo com a Anfavea, foram importadas 62 mil unidades da China no ano até aqui, das quais cerca de 59 mil são veículos elétricos ou híbridos.

Já nas exportações, apesar do número positivo no mês, houve uma queda de 21,7% no total de embarques no acumulado de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a associação.

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Entre os impulsionadores das exportações em julho, o presidente da Anfavea destacou o crescimento das vendas para a Argentina no período. "Houve uma reação muito importante do mercado interno argentino. Já havíamos previsto que seria um primeiro semestre mais duro, devido às aprovações das medidas do governo Javier Milei", detalhou Leite.

Licenciamentos

Em relação ao mercado interno, o presidente da Anfavea destacou que o bom momento das vendas segue refletindo a melhora nas condições de crédito. Os licenciamentos de veículos atingiram 1,385 milhão no acumulado de janeiro a julho, alta de 13,2% em relação ao ano passado.

Leite avalia que esse bom momento trata-se de uma tendência para o segundo semestre, a despeito da interrupção no ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic. "É uma tendência sim. Alia-se o recuo no custo do crédito à maior oferta de crédito ao consumidor. E não há, nesse momento, elevação da Selic, o que vemos é uma desaceleração na queda do custo do crédito", pontuou Lima.

Salão do automóvel

Durante a coletiva, o presidente da Anfavea reforçou mais uma vez o desejo da associação de retomar a realização do Salão do Automóvel. A última edição do evento aconteceu em 2018 e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já chegou a pedir publicamente o retorno do encontro.

Segundo Leite, a Anfavea segue fazendo estudos para viabilizar uma nova edição do Salão do Automóvel, mas, até o momento, há problemas de encaixe na agenda para a locação de espaços. Ele citou, por exemplo, que o pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo, "está no radar", mas que, por ora, não há datas disponíveis para o segundo semestre deste ano ou o primeiro semestre de 2025.

O Estado de S.Paulo - SP   08/08/2024

Anúncios recentes de montadoras como Ford e General Motors de que vão alterar seus investimentos nos Estados Unidos, reduzindo o escopo dos planos de produção de carros elétricos e até redirecionando recursos para a fabricação de veículos a combustão, mostra que o processo de transição energética será mais complexo e demorado do que o previsto. Ainda são grandes os obstáculos para sustentar o crescimento de demanda na eletrificação veicular, e ganham corpo as dúvidas sobre a viabilidade de banir a venda de carros a combustão até 2035, como determinaram ao menos 16 países.

É fato que o crescimento na produção e comercialização de carros elétricos impressiona. A previsão da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) é que 17 milhões de unidades sejam vendidas neste ano no mundo, o que significa que, a cada cinco veículos vendidos, um será elétrico. Mas não está sendo uma opção tranquila para os consumidores, especialmente por causa do custo, ainda muito alto – que tende a aumentar com a redução de incentivos dos governos –, e da insuficiente infraestrutura de abastecimento.

O preço médio de modelos 100% a bateria vendidos no Brasil neste ano supera R$ 450 mil, conforme a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Já a média dos veículos a combustão fica em R$ 270 mil. Do ponto de vista financeiro, portanto, a escolha do consumidor é óbvia. Mesmo assim, o mercado brasileiro está sendo inundado por carros elétricos importados da China, consequência direta da sobretaxa dos EUA aos carros chineses e do fim do subsídio em países europeus. A investida é agressiva: neste ano, a importação de carros elétricos cresceu 440% no primeiro semestre. Do total de importados, 91% vieram da China.

Os Estados Unidos não são os maiores produtores de carros elétricos nem são seu maior mercado. À frente dos americanos estão China – onde um em cada três carros vendidos é elétrico –, Noruega e Suécia. Mas a economia norte-americana, a maior do mundo, é referência para o movimento mundial. E lá o crescimento das vendas de veículos elétricos diminuiu nos últimos 12 meses, apesar dos investimentos bilionários no desenvolvimento e modernização de tecnologias, como mostrou recente reportagem do jornal The New York Times reproduzida pelo Estadão.

Os motivos foram os altos preços dos automóveis e caminhões elétricos e as dificuldades para abastecê-los. Apesar dos incentivos, os elétricos ainda não têm o mesmo nível de competitividade dos carros a combustão. O Brasil viveu na década de 1970, durante a crise do petróleo, experiência semelhante no lançamento dos motores a etanol, que só se popularizaram de fato quase duas décadas depois. Agora, além dos problemas comuns à transição, o mercado doméstico ainda enfrenta a dificuldade extra de basear a oferta em importação, sem produção local e, muito menos, transferência de tecnologia. Numa visão realista, o Brasil – e o mundo – ainda conviverá com motores a combustão por bastante tempo.

Automotive Business - SP   08/08/2024

As exportações de veículos seguem no vermelhono país. De janeiro a julho foram embarcadas 204,3 mil unidades, queda de 21,7% no comparativo com o mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

No entanto, as vendas externas em julho tiveram outro comportamento. As exportações somaram pouco mais de 39 mil veículos, ante 30,45 mil unidades, alta de 28,3% em relação ao mesmo mês de 2023.

“Na exportação o desafio é grande. Mas vimos uma recuperação do mercado argentino, o que resultou em uma alta de 35% para aquele país. O mercado interno cresceu e o volume das nossas exportações também. Já para o México apresentou um recuo em relação aos outros meses do ano”, disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

Segundo ele, é importante acompanhar o desempenho desses mercados nos meses de agosto, setembro e outubro, o que pode interromper a trajetória de queda das exportações brasileiras.

“Os mercados internos de países de destinos, como Chile e Colômbia, continuam desaquecidos, mas o crescimento nas exportações aconteceu em julho e isso é positivo.”
Argentina aumenta exportação para o Brasil

Quanto às importações, a Argentina também foi uma das responsáveis pela alta de 38% no acumulado do ano. De acordo com os dados da Anfavea, as compras do país vizinho somaram 109,4 mil unidades de janeiro a julho, em um total de 238,9 veículos.

“Como as autopeças saem do Brasil para a Argentina, o volume das importações guarda uma relação direta com a indústria brasileira. O que não acontece com outros países, como a China, que hoje representa 26% do total importado pelo Brasil”, disse Lima Leite.

Segundo dados da Anfavea, da China foram importadas 62 mil unidades, sendo 58 mil de novas tecnologias, ou seja, veículos híbridos ou puramente elétricos. Alta de 416% em relação ao acumulado do ano passado.

Em julho, a importação de veículos cresceu 7,8% em relação a junho: 41 mil unidades a mais. “Essa conta é muito importante porque as compras externas continuam superando as nossas exportações”, ressaltou Lima Leite.

CONSTRUÇÃO CIVIL

CNN Brasil - SP   08/08/2024

Quase 3 em cada 10 brasileiros (29%) pretendem comprar um imóvel nos próximos 12 meses como forma de investimento, revelou pesquisa da Loft, em parceria com a Offerwise, exclusiva para a CNN.

O perfil da população que se encaixa nesse cenário tem de 25 a 34 anos, com ensino superior completo, casados e pertencentes às classes A e B.

Esse objetivo é maior, inclusive, comparado com aqueles que pensam em adquirir uma casa ou apartamento para moradia própria, sendo apenas 27% dos entrevistados, em sua maioria os da Geração Z com — 18 a 24 anos.

Ter uma segunda moradia, construir patrimônio e colocar para locação são outros propósitos listados na pesquisa, que contou com mil pessoas.

E aqueles que investem nesse mercado se concentram na região Norte, com 36%, seguido do Sudeste e Nordeste, com 30% e 28%, respectivamente.

Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft, analisa serem os grandes centros urbanos os alvos mais frequentes de comprar um imóvel como forma de investimento, “porque esses lugares possuem mercados mais dinâmicos, além de geralmente proporcionar maior oferta de serviços e infraestrutura”.

O estudo ainda aponta que aqueles de classes sociais mais baixas pretendem realizar a compra de uma casa ou apartamento em conjunto com outra pessoa — diferente dos que têm maior condição financeira, que preferem comprar sozinhos.

“Esse comportamento mostra como o brasileiro valoriza muito a posse de um bem concreto e próprio, como o imóvel, independente da finalidade. O desejo em torno da propriedade ainda é muito forte e independe de condição financeira ou posição social”, concluiu Takahashi.

Rodoviário

Diário do Aço - MG   08/08/2024

A discussão e estudos para a construção de uma nova rodovia que irá conectar Nova Era ao entroncamento da MG-436, próximo a São Gonçalo do Rio Abaixo, no Médio Piracicaba, está em andamento desde o mês de julho. Denominada de Variante Santa Bárbara, a estrada faria com que a BR-381 seguisse por um novo traçado, desviando do trecho em João Monlevade. A informação foi confirmada pelo Diário do Aço junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Esta alternativa, conforme a autarquia federal, é a mais viável do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) feito para a BR-381. No entanto, o traçado exato ainda não está definido, só será estabelecido após o término dos estudos e projetos que estão em produção.

“A elaboração dos projetos está prevista para ser concluída no segundo semestre de 2026, a depender da disponibilidade de recursos orçamentários, bem como das diretrizes e prioridades do Ministério dos Transportes”, informou o Dnit, por meio de nota enviada à reportagem.

Com a Variante Santa Bárbara, o trajeto entre o Vale do Aço e Belo Horizonte, por exemplo, diminuiria cerca de 20 quilômetros. “Estima-se, de acordo com o Termo de Referência da contratação dos projetos, uma extensão total de cerca de 45 km (que poderá ser alterada em função dos projetos desenvolvidos), em comparação com os atuais 63,6 km no trecho em tela, reduzindo aproximadamente 20 km entre o município de Nova Era e o entroncamento com a MG-436”, continuou a nota.

O órgão federal ainda concluiu que, devido às extensões, o novo traçado não será, portanto, estritamente paralelo, “mas realizará, uma nova ligação entre Nova Era e o a MG-436, porém, com uma extensão menor, reduzindo assim o tempo e a distância de viagem, não apenas entre esses dois marcos, mas entre Governador Valadares e Vale do Aço até a capital mineira”.

Os contratos com a empresa especializada preveem a elaboração de estudos e projetos básicos e executivo de engenharia, visando a execução das obras de implantação, em pista dupla, obra de arte especial e túnel na rodovia BR-381/MG - Variante do Rio Santa Bárbara.

A variante integrava o conjunto de onze lotes da duplicação da BR-381 e, em 2016, conforme noticiado pelo Diário do Aço, foi retirada do projeto por causa de entraves ambientais e orçamentários. Na época o Dnit anunciou que futuramente retomaria os estudos, o que só ocorre agora, oito anos depois.

Duplicação dividida

Conforme já reportado pelo Diário do Aço, a continuidade da duplicação da BR-381 foi dividida em três frentes. No dia 29 de agosto, está marcado para ocorrer em São Paulo o leilão de concessão dos trechos entre Caeté e Governador Valadares. Já os lotes 8A e 8B serão executados com dinheiro público a partir de processo de licitação comandado pelo Dnit.

O lote 8B, que compreende o trecho entre Ravena e o anel rodoviário, em BH, é mais complexo porque envolve desapropriações. A autarquia informou que os técnicos já atualizaram o orçamento e, atualmente, seguem trabalhando na conclusão dos requisitos de projeto para posterior elaboração e publicação do edital de licitação, que deve ser publicizado ainda no segundo semestre deste ano.

Para o lote 8A, de Caeté a Ravena, foi feito um outro processo licitatório, do qual 8 empresas enviaram propostas. As companhias são: Rodotec Engenharia Ltda, Construtora Luiz Costa Ltda, Construlagos Construtora e Empreendimentos Ltda, Santa Luzia Engenharia e Construções Ltda, Construtora Caiapo Ltda, A Madeira Indústria e Comércio Ltda, Pavienge Engenharia Ltda e Gonçalves e Dias Engenharia.

Leia a nota na íntegra
O Dnit informa que os contratos com a empresa especializada para elaboração de estudos e projetos básicos e executivo de engenharia, visando a execução das obras de implantação, em pista dupla, obra de arte especial e túnel na rodovia BR-381/MG - Variante do Rio Santa Bárbara – foram assinados em julho.

A elaboração dos projetos está prevista para ser concluída no segundo semestre de 2026, a depender da disponibilidade de recursos orçamentários, bem como das diretrizes e prioridades do Ministério dos Transportes.

A variante foi a alternativa mais viável de EVTEA (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) realizado para a BR-381. No entanto, o traçado exato da variante só será definido por meio dos estudos e projetos que estão sendo elaborados.

Estima-se, de acordo com o Termo de Referência da contratação dos projetos, uma extensão total de cerca de 45 km (que poderá ser alterada em função dos projetos desenvolvidos), em comparação com os atuais 63,6 km no trecho em tela, reduzindo aproximadamente 20 km entre o município de Nova Era e o entroncamento com a MG-436.

Dadas as extensões, a variante não será, portanto, estritamente paralela, mas realizará, uma nova ligação entre Nova Era e o a MG-436, porém, com uma extensão menor, reduzindo assim o tempo e a distância de viagem, não apenas entre esses dois marcos, mas entre Governador Valadares e Vale do Aço até a capital mineira.

NAVAL

A Tribuna - SP   08/08/2024

A Prefeitura de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, afirma ter apresentado ao Governo do Estado o projeto da construção do Home Port, um terminal de cruzeiros marítimos que teria capacidade até para atender o maior navio de passageiros do mundo.

A Administração Municipal informou que o terminal de passageiros foi projetado para ser instalado na Praia Grande, que fica na região central de São Sebastião, próxima do Porto. O projeto contempla a implantação de um píer com dois berços para atracação, sendo que um deles teria a capacidade de receber o Icon of the Seas, da empresa Royal Caribbean International, o maior navio de passageiros do mundo, com 365 metros de extensão.

Infraestrutura completa
“Nossa proposta é de um espaço voltado para o setor, com terminal de passageiros, estacionamento, praça de alimentação, museu, quadras esportivas e, o mais importante, acesso por aeroporto ou rodoviário”, explicou o diretor de Assuntos Portuários do Município, Sérgio Ramos.

Ainda segundo ele, o projeto do Home Port se diferencia do terminal para navios de cruzeiros de Santos, porque que o Porto santista enfrenta concorrência com outros tipos de embarcações.

O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), destacou que o projeto tem como objetivo o desenvolvimento do turismo na Cidade.

“Temos hoteis, restaurantes, praias, todo um trade que pode absorver os turistas que gostam de navios de cruzeiros. Nosso Home Port será em uma área estratégica, na Praia Grande, com toda infraestrutura necessária”, pontuou.

De acordo com a Prefeitura de São Sebastião, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) demonstrou interesse de encampar a iniciativa durante a realização do 7º Conexidades, evento que reuniu gestores das iniciativas pública e privada para debates sobre temas críticos e que foi sediado em São Sebastião, em junho.

“Já entregamos o projeto ao secretário de Turismo do Estado, Roberto de Lucena, e agora vamos definir qual a modalidade a ser adotada para a implantação, se por meio de parceria público-privada (PPP), do Estado ou do Estado com o Município”, acrescenta o diretor de Assuntos Portuários.

Procurados para um posicionamento a respeito da viabilidade do terminal, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Logística e Infraestrutura (Semil), responsável pela Companhia Docas de São Sebastião, afirmaram ainda não ter informações sobre o projeto.

O Estado de S.Paulo - SP   08/08/2024

A movimentação de cargas nos portos brasileiros entre janeiro e junho deste ano é a maior para um primeiro semestre desde 2010. Conforme o balanço da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), divulgado nesta quarta-feira, 7, o aumento em relação ao mesmo período do ano passado é 4,28%, com 644,76 milhões de toneladas movimentadas.

Na avaliação dos dados, produtos como petróleo e derivados, minério de ferro, soja e açúcar se destacaram. As cargas conteinerizadas apresentaram recorde para o período, atingindo movimentação de 73,3 milhões de toneladas, 22,72% a mais na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os granéis sólidos, que representam cerca de 60% de tudo que é movimentado pelos portos, tiveram alta de 3,65% frente ao primeiro semestre de 2023. No período, foram registradas 383 milhões de toneladas de cargas movimentadas. Os granéis líquidos e gasosos ficaram com indicadores estabilizados. As cargas gerais apresentaram um recuo de 2,02%.

Recorte por região

Sudeste — Os portos apresentaram os melhores resultados no semestre. Com 322,5 milhões de toneladas movimentadas, a alta foi de 6,1%. O destaque foram as movimentações de petróleo e derivados - sem óleo bruto (+19,62%) e o minério de ferro (+10%).Sul — Os complexos portuários movimentaram 90,8 milhões de toneladas de cargas nos primeiros seis meses do ano, um crescimento de 4,6%, com altas predominantes no transporte de açúcar (+77,60%) e soja (+18,31%).Nordeste — A movimentação na região, que representa 23,1% de tudo que é movimentado no País, cresceu 4,1%, com 149,2 milhões de toneladas. Os itens com maior movimentação no período foram ferro (+6,16%) e petróleo e derivados (+2,38%).Norte —Foram movimentados 79,5 milhões de toneladas de cargas, um acréscimo de 0,6% nos seis primeiros meses de 2024, com destaques para o milho (+17,92%) e a bauxita (+3,16%).

Portos e Navios - SP   08/08/2024

No primeiro semestre de 2024, o modal aquaviário movimentou 644,76 milhões de toneladas de cargas, representando um crescimento de 4,28%. O aumento foi impulsionado especialmente pela área de contêineres, que atingiram um recorde para o período, com uma movimentação de 73,3 milhões de toneladas, um aumento de 22,72% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados hoje pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Das cargas movimentadas, 413,2 milhões de toneladas foram transportadas por Terminais de Uso Privado (TUPs), representando 64% do total movimentado no setor portuário. Esse valor representa um aumento de 2,12% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entre os TUPs que mais movimentaram cargas no semestre, destaca-se o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA), que registrou um crescimento de 6,47%, movimentando 74,7 milhões de toneladas.

No âmbito dos portos públicos, o porto de Santos apresentou o maior volume de movimentação no semestre, com 68,6 milhões de toneladas, registrando um aumento de 8,42% em relação ao mesmo período de 2023. O porto foi responsável por movimentar 10,6% do total de produtos transportados no país. Os portos públicos, no total, movimentaram 231,6 milhões de toneladas nos primeiros seis meses do ano, um aumento de 8,37% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

"Isso mostra que o Brasil está crescendo na agenda portuária, está se desenvolvendo, e é para isso que precisamos avançar no fortalecimento dos nossos portos públicos, melhorando cada vez mais a governança desses portos. Devemos investir na infraestrutura operacional, através de investimentos em dragagens, qualificação e VTMIs, melhorando a inteligência dos nossos portos públicos. Isso vai gerar competitividade, permitindo realizar operações mais eficientes nos portos brasileiros."disse Silvio Costa Filho, Ministro de Portos e Aeroportos.

O ministro ainda ressaltou em sua fala que acontecerão mais de 33 leilões nos próximos três anos que equivalem a mais de 15 bilhões de reais de investimentos. Ele ainda explicou que “Nós temos uma carteira do Novo Pac na ordem de 70 bilhões de reais e, nessa carteira, em torno de 60 bilhões é com a iniciativa privada, dos quais já temos mais de 30 bilhões contratados, porque estamos trabalhando para acelerar os investimentos”.

De acordo com o relatório da agência, os granéis sólidos representam aproximadamente 60% de toda a movimentação nos portos e registraram um aumento de 3,65% em relação ao primeiro semestre de 2023, totalizando 383 milhões de toneladas de cargas movimentadas. Desde 2010, este foi o melhor resultado para o semestre.

Já os granéis líquidos e gasosos permaneceram estáveis nos primeiros seis meses deste ano, com 158,58 milhões de toneladas, em comparação com 158,55 milhões de toneladas no mesmo período de 2023, um crescimento de 0,02%. Em contraste, as cargas gerais diminuíram 2,02% nos primeiros seis meses do ano em relação a 2023, somando 29,87 milhões de toneladas.

"O desempenho aquaviário é um trabalho importantíssimo que a agência realiza na consolidação das cargas movimentadas por todos os portos públicos e privados. É um trabalho meticuloso que envolve tratamentos estatísticos desenvolvidos ao longo dos anos. São mais de 250 instalações portuárias, entre terminais públicos e privados, que encaminham seus dados, e a agência os consolida para que o setor possa saber efetivamente quanto foi movimentado.", disse Eduardo Nery, diretor-geral da ANTAQ.

Os portos da região Sudeste lideraram no semestre com 322,5 milhões de toneladas movimentadas, um aumento de 6,1%, destacando petróleo e derivados (exceto óleo bruto) com +19,62% e minério de ferro com +10%. No Sul, a movimentação de cargas cresceu 4,6%, totalizando 90,8 milhões de toneladas, com aumentos significativos no açúcar (+77,60%) e soja (+18,31%). O Nordeste, responsável por 23,1% das movimentações do país, cresceu 4,1% com 149,2 milhões de toneladas, impulsionado por ferro (+6,16%) e petróleo e derivados (+2,38%). No Norte, foram movimentados 79,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,6%, com milho (+17,92%) e bauxita (+3,16%) em destaque.

PETROLÍFERO

Valor - SP   08/08/2024

Segundo o documento, a petroleira está autorizada a importar até 20 milhões de metros cúbicos por dia, via Corumbá (MS), para atender a demanda de gás natural no Brasil

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a TotalEnergies a importar gás natural da Bolívia pelo gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). A informação consta da edição do “Diário Oficial da União” (DOU) desta quarta-feira (7).

Segundo o documento, a petroleira está autorizada a importar até 20 milhões de metros cúbicos por dia, via Corumbá (MS), para atender a demanda de gás natural no Brasil. A empresa deverá apresentar à ANP os contratos de compra e venda do gás celebrados com o fornecedor estrangeiro no prazo de 30 dias, contados da assinatura do documento. A autorização tem validade de dois anos.

O Gasbol é operado pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), cujo controle pertence à Petrobras (51%). A TBG conta ainda com sócios minoritários, como a BBPP, a estatal boliviana YPFB e a GTB-TBG Holding.

O gás boliviano é relevante para o Brasil, apesar do seu declínio e das incertezas políticas do país vizinho. O impacto da queda nas reservas e da exportação de gás na Bolívia foi parcialmente mitigado pelas importações de gás natural liquefeito (GNL), que devem aumentar com a expansão da capacidade de “regaseificar” nos portos de Suape e no Hub de Sergipe, da Eneva, ambos com perspectivas de conexão à malha de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG).

O Brasil bateu recorde na produção de gás natural em 2023, alcançando 150 milhões de metros cúbicos por dia. Entretanto, mais da metade da produção é reinjetada nos poços para elevar a extração de petróleo e pela falta de infraestrutura de escoamento e transporte.

Com isso, os grandes consumidores do energético defendem mais alternativas de ampliar a oferta de gás para o mercado nacional por conta do alto custo da molécula no mercado doméstico. Nos últimos meses, surgiu uma perspectiva de a Argentina exportar futuramente gás excedente de Vaca Muerta para suprir a demanda industrial brasileira.

Infomoney - SP   08/08/2024

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 3,73 milhões de barris na semana, informou nesta quarta-feira (7) o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda menor, de 500 mil barris.

Os estoques de gasolina subiram 1,34 milhão de barris quando analistas esperavam queda de 1,3 milhão de barris. Já os de destilados cresceram 949 mil barris, ante previsão de alta de 500 mil.

A taxa de utilização de refinarias subiu a 90,5%, ante previsão de 90,8% dos analistas. Na última semana, a taxa estava em 90,1%.

Os estoques de petróleo em Cushing, por sua vez, subiram 579 mil barris.

A produção média diária de petróleo nos EUA subiu para 13,4 milhões de barris, informou ainda o DoE, ante 13,3 milhões na semana anterior.

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