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08 de Agosto de 2023

INDA

Diário do Comércio - MG   08/08/2023

A oferta interna elevada e o aumento das importações deverão impactar os preços do aço no mercado brasileiro. A tendência é que, ao longo do segundo semestre, haja uma queda nos preços. O crescimento chinês menor que o esperado também é um dos fatores que podem provocar redução na cotação.

De acordo com o especialista da Valor Investimentos, Gabriel Meira, por agora o preço do aço gira em torno de US$ 3,7 mil a US$ 3,8 mil a tonelada e a previsão em relação aos valores é que os mesmos se mantenham para baixo.

“A gente tem visto que a exportação de forma geral, apesar de o Brasil ser um dos maiores exportadores para o mundo, ainda tem sido bem abaixo de 2022. Temos ainda uma demanda muito mais devagar, principalmente, por conta da retomada da China, que não tem voltado ao mesmo patamar que o mercado esperava”.

Diante dos fatores, Meira acredita que os preços possam cair. “Possivelmente, o preço do aço deve cair um pouco mais para o ano. Não sei falar um patamar, porque vai depender muito da volta da China”.

Em relação às siderúrgicas, de forma geral, Meira ressalta que a recomendação é de compra aqui no Brasil.

“ A própria XP está com indicação de compra para siderúrgicas, principalmente, porque elas podem se valer também não só da questão do preço do aço, que vai ser global, mas principalmente por diversificação de receita e ainda ter um patamar de venda interno, que vai facilitar bastante. O portfólio da CSN, da Gerdau, por exemplo, consegue facilitar que a empresa continue gerando linha de receita mesmo com o preço do aço lá fora em baixa”.

Segundo Meira, avaliando as commodities em geral, que são bastante ligadas à China, se não houver uma retomada do crescimento do país asisático, os preços tendem a cair.

“Se a China não voltar a crescer tão rápido quanto se pensava ou no mesmo patamar, o mercado deve penalizar e vamos ver o preço das commodities lá embaixo, não só do aço, mas do minério de ferro e outras”.

O CEO e fundador da Belo Investment Research, Paulino Oliveira, explica que no cenário doméstico, o preço do produto siderúrgico, no ponto de vista de paridade com o preço internacional, está em um patamar bastante alto.

“A depender do tipo de aço, a diferença do nacional para o importado pode superar em 30%. Algumas questões que podem justificar esse custo mais alto no curto prazo estão mais relacionadas ao aumento do crescimento econômico maior do que a expectativa e o aço é um metal cíclico. Também tem a questão específica do incentivo que foi feito para a compra de automóveis populares. Mas, esse desequilíbrio, não consegue se manter por um período muito extenso”.

Entre os pontos que podem interferir na cotação do aço está a pressão de queda de preço do produto na China. “A queda do preço na China reduz um pouco esse diferencial. Mas, ainda assim, a expectativa é que você tenha alguma queda no curto prazo no preço do aço no mercado doméstico”.

Ainda segundo Paulino, o período atual, que é de início de corte das taxas de juros, tanto no Brasil quanto, em breve, no mundo desenvolvido, pode gerar um estímulo à atividade econômica que, portanto, vai gerar alguma pressão para o aumento da demanda do aço.

No longo prazo, as questões demográficas, como o déficit habitacional na China e na Índia, em algum momento, vai coincidir com o aumento da renda.

“Isso acontecendo, a demanda efetiva pelo aço vai aumentar, o que leva a uma tendência, de longo prazo, de alta do preço do aço. Mas, no curto prazo, tudo vai depender do ritmo de corte de juros e da resposta da economia a essas ações de política monetária, que na prática tem um prazo difícil de prever, algo em torno de seis meses é o normal, mas varia muito”.

O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, também acredita que haverá redução dos preços no mercado interno.

“Hoje, a tendência de preços do aço é mais para queda do que para estabilização dos valores. Mas, ainda não temos movimentos oficiais das usinas. Observamos negócios feitos com alguns descontos para materiais de estoque ou algum lote”.

Ainda segundo Loureiro, essa tendência de queda da cotação deve se manter porque o prêmio continua muito alto – no laminado a quente varia entre 28% a 30% em relação ao mercado interno.

“Com um prêmio tão alto como esse, a importação está subindo de forma bem significativa em relação ao ano passado e essa compra externa vem persistindo. A informação que temos é do fechamento de novos lotes, que vão chegar daqui a cinco meses. Então, esse segundo semestre será, com certeza, de volumes mais altos”.

Ainda segundo Loureiro, nos últimos dias, houve um aumento pequeno nos preços internacionais de 2% a 3% frente um mês antes, porém, mesmo com o movimento, a tendência é de desvalorização interna devido a oferta elevada.

“O prêmio continua muito alto porque o dólar continua muito fraco, o que estimula as importações. Por isso, a gente não vê, a curto prazo, a possibilidade de haver um grande movimento de alta nos preços lá fora. Há expectativa de fortalecimento do dólar a curto prazo. Essa situação deve persistir”.

SIDERURGIA

IstoÉ Dinheiro - SP   08/08/2023

Depois de ter subido até 0,50% na primeira meia hora de negócios desta segunda-feira, 7, o Ibovespa perdeu fôlego e passou a operar em queda, puxado principalmente por ações da Vale e de siderúrgicas. Os papéis da Petrobras também perderam ritmo, na esteira da queda do petróleo no exterior.

Para Rafael Schmidt, operador de renda variável da One Investimentos, o mercado brasileiro mostra cautela diante de uma semana de agenda cheia, repleta de balanços corporativos importantes e ainda com as atenções focadas na política monetária brasileira e na expectativa por incentivos à economia da China.

“A ata da mais recente reunião do Copom é importante porque pode dar ao mercado algum direcionamento sobre até onde podem chegar os cortes de juros iniciados na semana passada. Mas o mercado também está atento à China, porque os investidores não se convenceram com as iniciativas até agora para incentivar a economia. É por isso que Vale e siderúrgicas caem, puxando o Ibovespa para baixo”, explica a fonte.

Às 11h07, o Ibovespa operava em queda de 0,23%, aos 119.237,82 pontos. Vale ON recuava 0,61% e Gerdau PN perdia 1,07%.

Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores quedas são de empresas ligadas a consumo e varejo. Várias delas têm balanços a serem divulgados nos próximos dias e há incertezas quanto aos resultados.

Segundo Rafael Schmidt, os resultados negativos da Tyson Foods, nos Estados Unidos, que ficaram muito aquém das estimativas, pressionam papéis de proteína no Brasil, como JBS, que recuava 1,61% há instantes.

As maiores quedas do Ibovespa, no entanto, são de Méliuz ON (-4,00%), Petz ON (-2,41%) e CVC ON (-2,32%).

Revista Mineração - SP   08/08/2023

A Sinobras, empresa do Grupo Aço Cearense, está em fase de conclusão das obras que vão mais que duplicar a sua capacidade de produção em Marabá, no Pará. Com um investimento de R$ 920 milhões, o projeto compreende a instalação da Laminação 2, com capacidade de produção de 500 mil toneladas/ano de aço laminado em bobina e spooler.

O investimento compreende também uma nova subestação e linha de transmissão de 230kV que irá propiciar a utilização de energia da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, da qual é sócia como autoprodutora.

Com a nova Laminação, a produção da empresa saltará de 380 para 850 mil toneladas de aço laminado/ano e disponibilizará para o mercado nacional novos produtos como o vergalhão em rolo (bobina e spooler) e fio-máquina, gerando oportunidade para a instalação de novas industriais de fabricação de produtos como pregos, parafusos e fixadores; móveis em aramado; arame galvanizado (cercas); e corte e dobra (construção civil).

Outra novidade é que com a instalação da nova Subestação e Linha de Transmissão de 230kV, que vai atender a demanda de energia necessária para o funcionamento da empresa, haverá a disponibilização de 52 MVA de energia elétrica no município de Marabá e região, possibilitando a instalação de outros empreendimentos, que necessitem de energia elétrica.
Geração de empregos

A Sinobras emprega mais de 1.500 pessoas diretamente e gera cerca de 19.600 empregos indiretos. Com a implantação da Laminação 2, a siderúrgica está gerando mais de 1.000 empregos durante a fase de implantação, além da contratação de fornecedores locais.

Há também investimento em capacitação com o projeto Crescer, que disponibiliza treinamentos para a população local. Um exemplo é o curso de Laminação, realizado em parceria com o Senai de Marabá, totalmente gratuito e que já formou 50 jovens das comunidades próximas e colaboradores da siderúrgica.

“O curso teve o objetivo de proporcionar conhecimentos e habilidades técnicas nas operações do processo de laminação e após a sua conclusão, os participantes foram inseridos em uma base de dados prioritária para participação nos processos seletivos da Sinobras e alguns já foram contratados”, destaca a empresa.
Expansão

O projeto de expansão da Sinobras tem previsão de ser concluído no segundo semestre deste ano. A energização da Subestação e Linha de Transmissão de 230kV da siderúrgica está prevista para ser realizada em agosto e o início da operação da Laminação 2 logo em seguida.

“O investimento que a Sinobras está fazendo trará muitos benefícios, não somente para o Grupo Aço Cearense e para o mercado siderúrgico, mas também para a região e para o país. Esse crescimento é realmente um diferencial e contempla várias fases. Teremos ampliação de vestiário, outra portaria será implantada para comportar o novo fluxo de caminhões, novas áreas operacionais, tudo isso para atender a demanda que a expansão trará para a nossa empresa. Novas oportunidades de emprego também serão geradas e haverá condições para o desenvolvimento de um Polo Metal Mecânico em Marabá”, afirma Ian Corrêa, vice-presidente de operações do Grupo Aço Cearense.
Parceria para implantação do polo metalmecânico

Além da expansão, a Sinobras e a Vale assinaram, em maio de 2022, um termo de compromisso para o desenvolvimento de uma nova aciaria para produção de tarugos de aço em Marabá. O propósito desse projeto é proporcionar o desenvolvimento de um polo metalomecânico, trazendo grandes oportunidades e instalação de novas empresas.

Pelo acordo assinado, a Vale apoia o projeto através da emissão de garantias que viabilizem o financiamento a ser contratado pela Sinobras para instalação da nova aciaria. Já a Sinobras é a responsável, além dos estudos de engenharia, pela implantação e operação da planta.

A previsão para o início da produção da nova aciaria é após o startup da Tecnored, subsidiária da Vale que irá fornecer a matéria-prima (ferro gusa) para a nova aciaria, previsto para o 2º semestre de 2025.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   08/08/2023

Após a redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, os juros básicos da economia, na semana passada, as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por uma diminuição ainda maior até o final deste ano. A forte queda da inflação fez o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortar os juros pela primeira vez em três anos e levar a Selic de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano.

Para o mercado, a taxa básica deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano, na semana passada a previsão era de 12% ao ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (7), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é Selic em 8,5% ao ano, para os dois anos.

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio à contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março de 2021, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

A taxa Selic é o principal instrumento de BC para alcançar a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Inflação

No Boletim Focus de hoje, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – se manteve em 4,84% neste ano. Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,88%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo CMN, a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em junho, houve deflação no país, ou seja, um recuo nos preços na comparação com maio. O IPCA ficou negativo em 0,08%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o quarto mês seguido em que a inflação perdeu força. Em maio, o IPCA foi de 0,23%.

No ano, o índice soma 2,87% e, nos últimos 12 meses, 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e seguindo a tendência de queda apresentada desde junho de 2022, quando o índice estava em 11,89%.
PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 2,24% para 2,26%.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é crescimento de 1,3%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 4,90 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,00.

IstoÉ Dinheiro - SP   08/08/2023

A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michelle Bowman, voltou a afirmar nesta segunda-feira, 7, que mais altas de juros serão necessárias para reduzir à inflação à meta de 2%, defendendo que a duração do nível restritivo será dependente de dados sinalizando uma redução consistente nos preços.

“Procurarei evidências de que a inflação esteja em uma tendência de baixa consistente e significativa, enquanto considero se novos aumentos nos juros serão necessários e por quanto tempo as taxas precisarão permanecer em um nível suficientemente restritivo”, ressaltou a dirigente.

Michelle Bowman também comentou que a inflação alta e o mercado de trabalho ainda apertado motivaram seu voto na última reunião monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), quando os dirigentes decidiram elevar os juros em 25 pontos-base (pb), a 5,25% a 5,50% ao ano.

Os comentários ocorreram durante o evento Fed Listens, promovido pela distrital de Atlanta.

IstoÉ Online - SP   08/08/2023

A economia da China vai se recuperar modestamente no segundo semestre de 2023, projetam economistas do UBS Investment Research. Segundo a nota publicada pelo banco, a expectativa é que o Produto Interno Bruto chinês cresça algo em torno de 4% a 4,5% no terceiro e quarto trimestres deste ano, totalizando 4,8% a 5% de crescimento semestral, na comparação com igual período do ano passado.

Apesar das recentes medidas de órgãos do governo para apoiar o consumo, aumentar a confiança do setor privado e enfatizar a flexibilização da propriedade em níveis locais, não houve muito estímulo fiscal até agora, enquanto “medidas estruturais para fortalecer o setor privado e incentivar o investimento podem levar tempo para dar frutos”. O banco acredita que mais medidas de flexibilização serão anunciadas por novas cidades chinesas em breve. Fonte: Dow Jones Newswires.

Infomoney - SP   08/08/2023

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve nova deflação em julho, de 0,40% ante junho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (7) pela Fundação Getúlio Vagas (FGV). Com este resultado, o índice acumula variação de -5,35% no ano e de -7,47% em 12 meses. Em julho de 2022, o índice havia caído 0,38%, mas ainda e acumulava elevação de 9,13 em 12 meses.

A deflação divulgada pela FGV em julho foi menos intensa que a esperada pelos analistas de mercado, que estimavam queda de 1,91% na leitura mensal.

Esse foi o quinto mês seguido de queda no indicador, tendência, no entanto, que vem perdendo força, uma vez que a deflação de maio foi de 2,33% e a de junho chegou a 1,45%.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, commodities de peso, que por vários meses registraram queda em seus preços, apresentaram reversão desse processo e registraram aumentos, reduzindo o ritmo de queda do IPA e sua influência sobre o IGP.

Estas commodities ficaram entre as maiores influências positivas do índice ao produtor, com destaque par a soja (de -3,61% para 3,82%), o minério de ferro (de -2,19% para 1,95%) e bovinos (de -5,70% para 1,71%).
IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,61% em julho, ante queda de 2,13% no mês anterior. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -1,05% em junho para -1,11% em julho.

A principal responsável pela desaceleração da taxa foi o subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de -0,15% para -3,07%. O índice de Bens Finais (ex), que exclui alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,42% em julho, após variar -0,46% em junho.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,73% em junho para -0,60% em julho. O principal responsável pela queda menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -5,28% para 1,24%.

O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,88% em julho, ante queda de 1,16%, no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,08% em julho, contra queda de 3,71% em junho. Contribuíram para este movimento os itens: soja em grão (-3,61% para 3,82%), minério de ferro (-2,19% para 1,95%) e bovinos (-5,70% para 1,71%).
Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: mandioca/aipim (-2,80% para -7,48%), cana-de-açúcar (0,97% para 0,06%) e café em grão (-8,65% para -11,26%).
IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,07% em julho, ante queda de 0,10% em junho. Quatro das oito classes de despesa que compõem o índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (-1,14% para 1,07%), Educação, Leitura e Recreação (0,87% para 1,33%), Despesas Diversas (0,12% para 0,48%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,25%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos itens: gasolina (-0,29% para 4,08%), passagem aérea (4,77% para 6,20%), serviços bancários (0,00% para 0,63%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,39% para -0,04%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,23% para -1,06%), Vestuário (0,50% para -0,33%) e Comunicação (0,14% para 0,04%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (1,20% para -4,64%), roupas (0,57% para -0,40%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,10% para -0,03%).

O grupo Alimentação repetiu a taxa de variação apurada no mês anterior, que foi de -0,36%. As principais influências partiram dos itens: frutas (-2,77% para 1,61%), em sentido ascendente, e aves e ovos (-1,13% para -3,41%), em sentido descendente.
Núcleo e difusão

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,22% em julho, ante 0,16% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 29 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 18 apresentaram taxas abaixo de -0,23%, linha de corte inferior, e 11 registraram variações acima de 0,60%, linha de corte superior.

O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 53,55%, 0,32 ponto percentual abaixo do registrado em junho, quando o índice foi de 53,87%.

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,10% em julho, ante 0,71% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (-0,09% para -0,28%), Serviços (0,27% para 0,85%) e Mão de Obra (1,46% para 0,50%).

O Estado de S.Paulo - SP   08/08/2023

O comportamento do mercado ontem (3/7, quinta-feira) marcadamente ruim para os ativos brasileiros, e com alta dos juros longos, provavelmente teve mais a ver mais com o mau dia internacional para emergentes do que com reação adversa à decisão de quarta-feira do Copom. Tanto que hoje bolsa, câmbio e juros melhoraram.

Isso não quer dizer, porém, que não haja temor de que o Banco Central (BC) gradativamente "vire a chave" na direção de uma política monetária mais tolerante com a inflação. Essa hipótese se baseia quase inteiramente no fato de que a atual diretoria será substituída de forma paulatina por nomeados por Lula, incluindo o atual presidente Roberto Campos Neto, cujo mandato termina no final de 2024.

Toda a retórica sobre política monetária emanada do governo Lula até agora aponta na direção de maior tolerância com a inflação, embora - é justo dizer - a meta de 3% tenha sido finalmente mantida.

Nesse contexto, o fato de Campos Neto na quarta-feira ter descambado para o lado contrário ao dos diretores vistos pelo mercado como "técnicos", ao formar a maioria em favor do corte da Selic de 0,5pp junto com os dois novos nomeados por Lula, pode nem ser tão importante numa visão mais de médio prazo. Com ou sem Campos Neto, a ala "dovish" parece destinada a prevalecer no Copom nos anos à frente.

A sensação pós-Copom é que o comitê "concordou em discordar" ao chegar a uma decisão apertada de cinco a quatro. A concórdia está contida na unanimidade expressa no comunicado de que os próximos cortes se manterão no ritmo de 0,5pp.

O problema é que o BC de Campos Neto, ainda mais agora com indicados por Lula, não tem o benefício da dúvida nesse quesito. Apesar da promessa de "parcimônia" na comunicação da reunião de junho, interpretada por boa parte do mercado como sinal de corte de 0,25pp em agosto, a redução foi de 0,5pp.

Essa é apenas uma de muitas sinalizações não cumpridas na gestão do atual presidente do BC. Em sua defesa, é possível dizer que a pandemia também fez de gato e sapato a comunicação dos principais BCs do mundo. Ainda assim, credibilidade é uma senhora severa que não admite deslizes, mesmo os justificados.

O resultado é que o mercado só vai acreditar no ritmo de 0,5pp por reunião à medida que ele seja cumprido ao longo dos próximos meses. E na medida em que os novos diretores não engrossem o coro que, vindo do governo e de parte da sociedade, deve clamar por aceleração do ciclo de afrouxamento monetário.

É um ciclo que promete emoções. Fernando Rocha, economista-chefe do JGP, nota que uma precificação mais agressiva de queda do juro no Brasil, combinada com eventual manutenção por mais tempo da taxa básica americana em nível historicamente elevado, pode reduzir mais abruptamente o diferencial de juros e pesar no real. O que, por seu lado, dificulta a convergência da inflação para a meta.

Já Carlos Kawall, sócio-fundador da gestora Oriz Partners, que defende que o BC adote a entrevista coletiva do presidente no dia da divulgação das decisões da reunião do Copom, observa que a sintonia ontem entre o voto de Campos Neto e o discurso pós-Copom de Haddad e Alckmin não tem como não despertar pelo menos algum temor de que a política esteja se infiltrando nas decisões do comitê.

Com a perspectiva de entrada de novos diretores nomeados por Lula, essa preocupação tende a aumentar, não a diminuir.

Outros incômodos do mercado são as inflações implícitas (entre títulos pós e prefixados) muito acima da meta, e a retirada do balanço de riscos, no comunicado de quarta-feira, da questão fiscal e da desancoragem das expectativas longas (que, nesta visão, melhoraram mas não desapareceram).

Havia bons argumentos tanto para um corte de 0,25pp quanto de 0,5pp na reunião do Copom desta semana. O corte de 0,5pp em si mesmo, portanto, não deveria perturbar o curso da política monetária. Mas as reações do mercado também são compostas por narrativas e expectativas.

A ata da reunião de agosto e as próximas decisões do Copom serão decisivas para que o "pouso" e posterior reaceleração da economia brasileira, ao longo dos próximos dois ou três anos, ocorram com inflação convergindo para a meta de 3% e se estabilizando em torno dela.

CNN Brasil - SP   08/08/2023

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,703 bilhão na primeira semana de agosto (dias 1º a 6).

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira (7) o valor foi alcançado com exportações de US$ 5,523 bilhões e importações de US$ 3,820 bilhões.

No ano, o superávit acumulado é de US$ 55,258 bilhões até a primeira semana de agosto.

Nesta primeira semana do mês, a média diária das exportações registrou alta de 3,1% na comparação com a média diária do período em 2022, com crescimento de US$ 23,56 milhões (8,1%) em Agropecuária; redução de US$ 10,22 milhões (3,4%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 30,98 milhões (4,2%) em produtos da Indústria de Transformação.

As importações tiveram queda na comparação pela média diária de 17,7% no período, com diminuição de US$ 11,59 milhões (46,6%) em Agropecuária; alta de US$ 19,88 milhões (26,9%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 211,57 milhões (20,1%) em produtos da Indústria de Transformação.

Agência Brasil - DF   08/08/2023

As reservas cambiais da China chegaram a US$ 3,204 trilhões no fim de julho, ante US$ 3,193 trilhões no fim de junho, informou a Administração Estatal de Câmbio nesta segunda-feira (7).

Em julho, influenciado pelas políticas monetárias e pelas expectativas das principais economias, dados macroeconômicos mundiais e outros fatores, o dólar caiu e os preços dos ativos financeiros globais subiram de forma geral. Devido à conversão da taxa de câmbio e às mudanças nos preços dos ativos, as reservas cambiais da China aumentaram no mês, informou o governo.

A economia da China tem grande resiliência e potencial de desenvolvimento, e seus fundamentos positivos de longo prazo não mudaram, o que é propício para manter a estabilidade básica das reservas cambiais, acrescentou o governo.

Globo Online - RJ   08/08/2023

Depois de surpreender com um corte de meio ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, na semana passada, o Banco Central divulga na manhã desta terça-feira a Ata do Copom, com mais detalhes sobre a decisão.

Os investidores do mercado financeiro vão analisar com lupa o texto divulgado, que dará novas pistas sobre o rumo da política monetária.

No comunicado da decisão, o BC já indicou que continuará cortando os juros em doses de meio ponto percentual. A Selic, na última quarta-feira, caiu de 13,75% para 13,25% ao ano.

De acordo com o Boletim Focus divulgado ontem, o mercado agora espera que a taxa básica de juros termine o ano em 11,75%, ou seja, estimando mais três cortes, nas reuniões de setembro, novembro e dezembro.

Uma das novidades da última reunião foi a participação dos dois diretores indicados por Lula, Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino dos Santos. Dos nove diretores que compõem o Comitê de Política Monetária (Copom), cinco votaram pelo corte de meio ponto percentual, e quatro, por um corte de 0,25 ponto.

Dúvidas do mercado

Segundo o economista-chefe do G5 Partners, o mercado tem principalmente três dúvidas que poderão ser esclarecidas pela Ata.

— Acho que, primeiro, entender quais foram as justificativas de cada lado na defesa do seu corte de juros. Depois, por que, mesmo com o modelo indicando inflação acima da meta e balanço de riscos equilibrado, era defensável corte de meio ponto. Por fim, por que o risco do arcabouço fiscal saiu do comunicado se não houve nenhum avanço desde a reunião de junho — explicou ele.

A grande surpresa da decisão — além do corte de meio ponto — foi o voto do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que ficou ao lado dos dois diretores indicados por Lula e desempatou a decisão para fazer o corte de meio ponto.

Ao longo deste ano, a manutenção da Selic em 13,75% foi motivo de acirramento na relação entre governo e integrantes da autoridade monetária, com críticas centralizadas em Campos Neto — indicado na gestão de Jair Bolsonaro e o primeiro a dirigir o BC com autonomia operacional regulamentada.

Investing - SP   08/08/2023

As exportações da China provavelmente contraíram ainda mais em julho, uma vez que os fabricantes da segunda maior economia do mundo têm dificuldades em encontrar compradores em mercados que enfrentam inflação alta e aumento das taxas de juros, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta segunda-feira.

Os dados de julho devem mostrar uma queda de 12,5% nas remessas ao exterior em relação ao ano anterior, após uma queda de 12,4% em junho, de acordo com a previsão mediana de 28 economistas na pesquisa.

Essa seria a pior leitura desde os primeiros dias da pandemia em fevereiro de 2020, quando as exportações caíram 17,2% na comparação anual, com as rígidas restrições e bloqueios da Covid-19 resultando na paralisação das atividades.

A atividade fabril chinesa caiu pelo quarto mês consecutivo em julho, ameaçando as perspectivas de crescimento para o terceiro trimestre e aumentando a pressão sobre as autoridades para entregar as medidas políticas prometidas para impulsionar a demanda doméstica, com os setores de serviços e construção à beira da contração.

O órgão de planejamento estatal da China sugeriu mais estímulo em três coletivas de imprensa convocadas na semana passada, mas os investidores ficaram desapontados com as propostas para expandir o consumo nos setores automotivo, imobiliário e de serviços, bem como estender as ferramentas de apoio ao empréstimo para pequenas e médias empresas até o final de 2024.

Enquanto muitos dos principais mercados da China lutam com custos de empréstimos mais altos em meio a uma batalha para reduzir a inflação alta, as autoridades de Pequim estão tentando aumentar o consumo doméstico sem afrouxar muito a política monetária para evitar grandes saídas de capital.

As importações devem ter retraído 5,0%, após queda de 6,8% em junho, refletindo leve melhora na demanda doméstica.

Os dados comerciais da China serão divulgados na terça-feira.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   08/08/2023

Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta segunda-feira (07). A falta de um estímulo substancial da China enervou os investidores, enquanto as preocupações com a demanda de aço de longo prazo continuaram pesando no mercado.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações do dia em queda de 1,6%, a 719,5 iuanes (US$ 100,03 ) por tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para setembro recuou 1%, para US$ 100,8  a tonelada, reduzindo os ganhos da sessão anterior.

As medidas de apoio ao setor imobiliário da China não conseguiram estimular o mercado de minério de ferro, disseram analistas do ANZ em nota.

A cidade de Zhengzhou, na China, lançou na sexta-feira passada medidas para apoiar o mercado imobiliário local, a primeira entre as grandes cidades a atender aos sinais dos formuladores de políticas e a mais recente de uma série de medidas nas últimas semanas para apoiar a economia na recuperação pós-pandemia.

As previsões de queda na demanda de aço também diminuíram o ânimo dos traders.

“Os preços do minério de ferro importado pela China deve cair ao longo deste mês devido à demanda enfraquecida entre as siderúrgicas e ao aumento da oferta de minério nos portos”, prevê a Mysteel em seu último relatório mensal.

“Os estoques totais de minério de ferro nos 45 principais portos da China estavam em 122,9 milhões de toneladas na semana encerrada em 3 de agosto, ou queda de 1,6 milhão de toneladas”, disse a Mysteel em uma pesquisa na última sexta-feira (4).

Globo Online - RJ   08/08/2023

Estava tudo marcado para que Lula e Rubens Ometto se reunissem às 15h de quinta-feira passada no Palácio do Planalto. O presidente e o controlador e presidente do conselho da Cosan iriam tratar de uma pauta variada, mas o principal tópico era a Vale, companhia em que o empresário detém participação relevante.

Lula quer por que quer enfiar Guido Mantega na presidência da mineradora, que é privada desde 1997 e da qual o governo em tese só teria uma diminuta capacidade de influência, dado que a Previ possui apenas 8,8% de participação acionária.

Daí, providencialmente, o encontro não constar na agenda oficial distribuída pelo Palácio do Planalto. Não é um assunto sobre o qual Lula queira muita falação neste momento.

Mas a reunião combinada não ocorreu. Ometto chegou ao Palácio do Planalto e foi recebido por um auxiliar do presidente na portaria. Foi informado que a conversa estava cancelada, pois vazara pouco antes.

Aparentemente, o mal estar foi desfeito. Os dois devem se reunir dentro de 15 dias. Lula tem insistido com interlocutores que tem uma dívida com Mantega — a quem vê como um injustiçado — e quer saldá-la.

O assunto "Mantega na Vale" teve o poder de unir os acionistas relevantes privados da empresa. Mistui, Bradesco, Cosan e o fundo americano Blackrock não querem o ex-ministro da Fazenda na Vale. Tampouco pretendem encurtar o mandato do atual número 1 da empresa, Eduardo Bartolomeo, que vai até maio de 2024.

Já há uma articulação de alguns desses acionistas para oferecer uma contraproposta a Lula — afinal, nenhuma empresa, seja o tamanho que tenha, se sente confortável em dizer "não" ao governo. A qualquer governo, ressalte-se.

A ideia é oferecer a Mantega o cargo de presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), que desde março de 2022 é comandado por Raul Jungmann. O salário não é o de um presidente da Vale, mas está longe de ser desprezível. Cerca de R$ 200 mil mensais. Melhor: um valor que, dependendo do cumprimento de metas, pode chegar aos R$ 300 mil.

Globo Online - RJ   08/08/2023

A Justiça da Inglaterra incluiu a Vale em ação que trata de indenizações para as vítimas do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), revelou o jornal Valor. A decisão foi tomada em um processo movido pela BHP Billiton. A mineradora anglo-australiana recorreu ao tribunal pedindo que a empresa brasileira contribua no eventual pagamento de cerca de R$ 230 bilhões de ressarcimento feito por cerca de 700 mil vítimas em ação coletiva contra a BHP. A Vale tem até o dia 10 de novembro para apresentar a sua defesa no processo e ainda pode recorrer da decisão. O acidente deixou 19 mortes e causou grande destruição quando um mar de lama devastou o Rio Doce.

A BHP Billiton, que é a única ré na ação coletiva, moveu uma outra ação contra a Vale para que a empresa também tenha que arcar com os valores em caso de derrota no processo principal. Este ano, o início do julgamento do acidente foi adiado pela justiça britânica também por solicitação da mineradora anglo-australiana que pediu, em março, um prazo de 14 meses para preparar sua defesa, fornecer os documentos exigidos e ainda tentar incluir a brasileira Vale, alegando que ela é coproprietária da mineradora na barragem. Essa análise não foi feita pelo tribunal.

Com o pedido de adiamento, a Justiça britânica transferiu o início do andamento do processo principal de abril de 2024 para outubro de 2024. Nele, 720 mil vítimas exigem 45 bilhões de dólares da mineradora BHP pelo rompimento de barragem, em 2015.

Maior ação coletiva da história

No dia 5 de novembro de 2015, a barragem da mineradora se rompeu, liberando quase 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos minerais altamente poluentes. O tsunami de lama percorreu 650 km do Rio Doce até o Atlântico, devastou cidades, matou pessoas e devastou a flora e a fauna.

Os indígenas krenak estão entre os mais de 720 mil participantes — incluindo 46 municípios, milhares de empresas e povos indígenas protegidos — da ação coletiva, a maior movida na história judicial britânica.

A BHP "nega as acusações apresentadas no Reino Unido em sua totalidade e seguirá se defendendo", de acordo com um porta-voz do grupo, na época da decisão que adiou o julgamento. Esta "causa é desnecessária porque duplica temas que já são tratados no trabalho da Fundação Renova e procedimentos judiciais em curso no Brasil", acrescentou. Procurada hoje, a Vale ainda não se pronunciou.

A BHP argumenta que até março de 2023 já desembolsou mais de R$ 29 bilhões em reparação e indenização através desta Fundação. Isto inclui 13,8 bilhões de reais em indenizações e ajuda financeira de emergência a mais de 413.000 pessoas, destaca.

Em recurso separado, a Vale tenta escapar do julgamento alegando que sua responsabilidade não pode ser julgada em Londres. Para chegar até aqui, os demandantes, que começaram em cerca de 200.000, tiveram que superar um longo obstáculo jurídico que começou em 2018 em um tribunal de Liverpool, no noroeste da Inglaterra, que inicialmente lhes negou jurisdição.

A juíza OFarrell, responsável pelo processo na justiça inglesa, pediu que a BHP entregue os documentos relativos à gestão da barragem e ao subsequente desastre desde o início de 2008 até o final de 2016.

A Vale divulgou, no fim da manhã, uma nota sobre o caso: "A Vale informa que foi divulgada, nesta data, decisão judicial proferida pela justiça inglesa, em Londres (Business and Property Courts Of England And Wales), na qual indeferiu pedido da Companhia questionando a competência da jurisdição da Corte inglesa sobre a Vale. O pedido da Vale foi feito no contexto da ação de contribuição (“contribution claim”) movida pela BHP Group Limited contra a Vale em 2 de dezembro de 2022, na qual a BHP pede a repartição de eventual condenação em ação coletiva movida contra a BHP na Inglaterra, por supostos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, conforme informado pela Vale no Comunicado ao Mercado de 2 de dezembro de 2022.

A companhia e seus consultores jurídicos considerarão cuidadosamente os elementos da decisão e apresentarão as medidas cabíveis no processo. A Vale reafirma seu compromisso com a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, nos termos do TTAC e TAC Governança, acordos celebrados com as autoridades públicas brasileiras para esse fim".

O Estado de S.Paulo - SP   08/08/2023

Caso o governo insista em levar adiante uma mudança no comando da Vale, com a indicação de um nome mais próximo a Brasília para o cargo, o nome de Paulo Caffarelli tem grande preferência em relação ao do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, entre grandes investidores da mineradora. De acordo com uma fonte na condição de anonimato, ter experiência em posições de comando na iniciativa privada é essencial para estar à frente de uma empresa do porte e com os grandes desafios da Vale. Caffarelli já comandou o Banco do Brasil, a Cielo e foi diretor da CSN, além de ter sido secretário executivo do Ministério da Fazenda. Já as experiências de Mantega são mais restritas à academia e a diferentes cargos do setor público. Além de ministro da Fazenda e do Planejamento, ele foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Como o mandato do atual presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, estende-se até abril, o momento de dar início ao processo de seleção de candidatos, caso decida-se pela troca, seria entre setembro e outubro. Isso porque, diz a fonte, trocar o comando de uma corporação com a magnitude da Vale é bastante demorado.

Pelas regras da mineradora, uma consultoria internacional teria de apresentar uma lista tríplice de nomes, a partir da qual o conselho escolherá o novo comandante. Pelos critérios de governança, Mantega não seria qualificado para a lista por não ter experiência de liderança em corporações privadas.

Novas regras da mineradora são entraves à entrada de Mantega

Há ainda uma série de outros entraves para intervenções do governo na empresa, inclusive caso se tente alçar Mantega à presidência do conselho. Houve episódios recentes nos quais o fundo de pensão e acionista Previ e minoritários tentaram ser alçados ao comando do colegiado, mas não obtiveram os votos necessários, o que mostraria a maior independência do conselho, diz a fonte.

Por outro lado, o ideal seria mesmo evitar ingerências públicas na mineradora, segundo o entrevistado. A percepção dos críticos do governo é de que a Vale tem se restringido a concessões ferroviárias e de minas, mais do que a investimentos capazes de gerar empregos e distribuir riqueza. “É uma empresa 100% concessionária que atua em Estados pobres. Precisava ter mais consciência social e ambiental”, diz uma fonte.

Apesar de ser considerado bastante discreto e sem o trânsito que seria ideal junto ao governo, Bartolomeo é visto como um executivo eficiente junto aos investidores. Ele assumiu o cargo após as tragédias causadas pela mineradora e conseguiu recuperar o valor de seus papéis. Procurada, a Vale não comentou.

Máquinas e Equipamentos

InfraRoi - SP   08/08/2023

A Avant é uma fabricante finlandesa de equipamentos compactos que começou sua empreitada no mercado brasileiro a cerca de um ano e meio. Importando suas máquinas direto do país europeu, a empresa acredita que há espaço para o segmento de máquinas compactas no Brasil, a questão é só mirar no público certo.

Mário Neves, gerente de Vendas da Avant para a América Latina, enxerga espaço para a Avant crescer. Ele explica que as máquinas compactas não competem com as de tamanho convencional, mas sim com pessoas. O argumento é de que a carregadeira da Avant pode substituir o trabalho braçal com mais segurança e produtividade, reduzindo os custos do negócio.

Por isso, o desafio é apresentar o equipamento para o mercado. “Queremos apresentar a Avant aos brasileiros, porque nosso principal concorrente é o desconhecimento do potencial das nossas máquinas”, afirma.

Uma das estratégias para alcançar o público foi a presença na Brazil Equipo Show (BES 2023), feira de equipamentos realizada na semana passada em Jaguariúna (SP). Neves afirma que a feira é uma novidade que foge do que é visto nos eventos tradicionais do setor. “O lado positivo da BES é ser uma nova opção de exposição para os fabricantes”, diz o gerente, destacando a presença de clientes de qualidade, que buscam fechar negócios.

A Avant também tem o desafio de produção. Com uma única fábrica em Ylojarvi, na Finlândia, a empresa corre para aumentar o tamanho da produção. Neves diz que tem pedidos que levam oito meses para serem atendidos, algo que é resultado do crescimento médio de 20% nos últimos cinco anos.

De acordo com o executivo, a expectativa é de que a Avant consiga vender de 200 a 250 máquinas no Brasil a partir de 2024 e por isso ele já tem um estoque local para atender a demanda inicial. Até lá, a Avant já deve ter conseguido aumentar sua produção e estará pronta para duplicar sua planta finlandesa, algo previsto para 2026.

Equipamento versátil

A carta na manga para ganhar espaço no Brasil é a versatilidade de seu único produto, uma carregadeira compacta. Diferente dos modelos mini disponíveis no mercado, que seguem basicamente o produto da Bobcat, o equipamento da Avant é articulado e trabalha exatamente como uma carregadeira convencional.

Isso traz algumas vantagens, conforme diz Neves. O primeiro ponto é a menor potência do motor, pois ele não precisa operar cada lado da máquina para fazer uma manobra. Em comparação com uma mini carregadeira, o consumo de combustível cai pela metade, além de aumentar a vida útil do pneu, uma vez que não há necessidade de fazer o arraste da máquina.

Outra vantagem é a versatilidade. A Avant criou uma série de implementos para transformar a carregadeira compacta em praticamente qualquer outra máquina. No braço do equipamento é possível conectar caçambas, braços de escavadeiras, empilhadeiras, roçadeiras, vassouras, etc.

Neves garante que essa troca de implementos é simples e segura. Após o operador ganhar prática, ele diz que é possível mudar o implemento em um minuto, apenas guiando a máquina até o implemento e acionando as travas de segurança. Com isso, a Avant consegue atender cinco setores: construção, agro, manutenção viária, criação de animais e paisagismo.
Eletrificação da frota

Outro desafio da companhia é atender o mercado de equipamentos elétricos, que têm uma demanda alta na Europa. Neves conseguiu trazer para o Brasil apenas os equipamentos movidos a combustão, mas ele tem a promessa da matriz finlandesa de que os elétricos serão disponibilizados em breve no país.

A partir daí, a questão será entender a demanda do mercado brasileiro. Ele explica que o ideal não seria somente a troca de modelos a combustão por elétricos, mas descobrir necessidades para abrir novos mercados.

Um exemplo é um frigorífico no Brasil que precisava limpar o espaço de armazenamento de proteína, mas que não era possível entrar lá com um equipamento exalando fumaça. Neves conseguiu atender o cliente com uma máquina elétrica, abrindo um novo mercado.

A questão da redução de emissões de gases de efeito estufa, por outro lado, já é atendida pela carregadeira compacta da Avant. Isso porque o motor tem potência entre 22 a 57 cv, a depender do modelo, sempre tier 5.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   08/08/2023

A produção de veículos caiu 16,4% em julho na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 183 mil unidades na soma de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Frente a junho, houve queda de 3,3% na produção das montadoras, conforme balanço divulgado nesta segunda-feira, 7, pela Anfavea, associação que representa o setor.

O desempenho reflete as novas paradas nas linhas de montagem, após o impulso dos descontos patrocinados pelo governo nas vendas de automóveis, que duraram apenas um mês. Com o resultado de julho, o total de veículos produzidos desde o início do ano chegou a 1,31 milhão de unidades, volume parecido (alta de 0,3%) com a produção nos sete primeiros meses de 2022.

As vendas de veículos, de 225,6 mil unidades em julho, foram as maiores em um mês nos últimos dois anos e meio. Refletindo as entregas de carros vendidos com os descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil do programa lançado pelo governo para estimular a indústria automotiva, os licenciamentos de veículos tiveram alta de 24% frente a julho de 2022 e de 19% na comparação com junho. A indústria, porém, já tinha reforçado os estoques em maio para atender a corrida às concessionárias.

De janeiro a julho, 1,22 milhão de veículos foram vendidos no País, 11,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. O balanço da Anfavea mostra ainda queda de 27,6% das exportações, no comparativo de julho com igual mês de 2022. Os embarques, de 30,3 mil veículos no mês passado, caíram 17,1% contra junho, levando a uma queda de 10,6% no acumulado do ano, com 257,6 mil unidades vendidas ao exterior desde o primeiro dia de 2023.

Segundo o levantamento da entidade, 97 vagas de trabalho foram fechadas em julho nas montadoras, que agora empregam 99,6 mil pessoas.

Valor - SP   08/08/2023

A chinesa Contemporary Amperex Technology (CATL), fornecedora líder mundial de baterias para veículos elétricos, está tentando evitar três riscos para seus negócios, garantindo minerais cruciais, buscando mais compradores estrangeiros e expandindo-se além da indústria automobilística.

A CATL tomou uma série de medidas na frente da cadeia de suprimentos, uma área que os investidores estão observando de perto.

Em uma apresentação para investidores no fim de julho, a CATL disse que compartilharia os benefícios de seu programa de mineração com "clientes estratégicos" e promoveria o desenvolvimento da cadeia industrial.

O governo da Bolívia anunciou em junho que a CATL lideraria um projeto de US$ 1,4 bilhão para construir usinas de extração de lítio em duas salinas. O investimento total no projeto ultrapassará US$ 9,9 bilhões, disse o governo.

A Bolívia abriga as maiores reservas de lítio do mundo, estimadas em mais de 20 milhões de toneladas. Mas desenvolvê-los não progrediu tão bem quanto em outros países ricos em lítio. O país sul-americano pode exigir melhorias na infraestrutura elétrica e rodoviária para fazer as usinas funcionarem. As salinas também são uma atração turística popular, levantando outro obstáculo para o projeto.

Em julho, a CATL estabeleceu uma unidade para supervisionar as operações de mineração na província chinesa de Sichuan, segundo a mídia local. Pouco antes disso, as autoridades mineradoras chinesas haviam anunciado uma licitação pelos direitos de exploração de lítio na área da nova empresa.

Ela está envolvida em cerca de 20 projetos em todo o mundo para mineração de lítio, cobalto, níquel e outros materiais, de acordo com a Soochow Securities.

O lucro líquido da CATL mais que dobrou no ano, para 20,7 bilhões de yuans (US$ 2,88 bilhões), no primeiro semestre de 2023. As vendas saltaram 68%, para 189,2 bilhões de yuans, graças à expansão da demanda do mercado de veículos elétricos na China e em outros países.

As baterias automotivas representam cerca de 70% da receita da CATL. O negócio teve uma margem de lucro bruto de aproximadamente 20% no primeiro semestre, mais de 5 pontos percentuais acima do registrado um ano antes, o que contribuiu para a melhoria dos resultados. Um ano antes, a CATL foi prejudicada pelos preços mais altos do lítio e de outros materiais.

A companhia chinesa também está focada em conquistar novos clientes no exterior à medida que a concorrência esquenta.

A BYD da China não apenas fabrica veículos elétricos, mas também expandiu a produção de suas próprias baterias e começou a vendê-las para outras montadoras. A BYD está explorando uma possível listagem no mercado de ações para seu negócio de baterias, uma medida que lhe daria um escopo mais amplo como fornecedor.

A CATL está procurando fornecer baterias para veículos elétricos na Tailândia e em outras partes do Sudeste Asiático. Em junho, a CATL disse que forneceria a uma empresa tailandesa tecnologia de montagem de baterias e equipamentos de produção.

Na Alemanha, a CATL iniciou a produção em uma nova fábrica cujos clientes, acredita-se, incluem a BMW. A CATL disse em agosto passado que construiria uma fábrica na Hungria.

Essa investida no exterior está dando frutos. Nos primeiros cinco meses de 2023, a CATL liderou o mercado mundial de veículos eletrificados com 36,3% em termos de capacidade de bateria instalada, de acordo com a SNE Research da Coreia do Sul.

A CATL praticamente dobrou suas vendas no exterior em relação ao período do ano anterior. As operações estrangeiras cresceram e representam quase 40% dos negócios gerais da CATL. A BYD, segunda maior fornecedora de baterias, não tem muita presença fora da China.

A expansão da CATL no exterior não ocorreu sem ventos contrários. No final de julho, os presidentes de dois comitês do Congresso dos Estados Unidos escreveram que haviam iniciado investigações sobre a parceria da empresa com a Ford. As duas empresas planejam construir uma fábrica de baterias nos Estados Unidos.

Mesmo aumentando a capacidade de produção, a CATL precisa acompanhar as tecnologias emergentes, como as baterias de estado sólido, que prometem ser mais seguras e duráveis do que a tecnologia atual.

A CATL também está sob pressão para explorar usos de bateria além dos automóveis. A empresa já desenvolveu tecnologia semelhante às baterias de estado semissólido, uma precursora das baterias de estado sólido. Um possível uso é na aviação. A CATL estabeleceu uma joint venture com a Commercial Aircraft Corp. da China em julho, informou a mídia chinesa.

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Online - SP   08/08/2023

O faturamento deflacionado da indústria de materiais de construção no Brasil subiu 0,5% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado. Este foi o primeiro crescimento do indicador em quase dois anos. Desde agosto de 2021, o desempenho da indústria vinha em baixa.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 7, pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

A recuperação no mês de julho foi puxada pelas vendas de materiais de base, que tiveram expansão de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto os materiais de acabamento sofreram redução de 2,9%.

A melhora também foi vista na comparação dos resultados de julho com os de junho deste mesmo ano. Aí o faturamento da indústria teve alta de 0,4%. As vendas de materiais de base ficaram estáveis, e as vendas de materiais de acabamento aumentaram 0,9%.

No acumulado de janeiro a julho deste ano, a indústria de materiais viu o faturamento encolher 2,6% em relação aos mesmos meses do ano passado. E no acumulado dos últimos 12 meses até julho, a retração chegou a 3,7%.

O presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, afirmou em nota que espera continuidade da recuperação das vendas nos próximos meses, após os ajustes do Minha Casa Minha Vida (MCMV), a iminência de lançamento do novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e a retomada de obras públicas paradas.

O ambiente de inflação sob controle e de corte dos juros também deve ajudar a melhorar o desempenho da indústria de materiais. Neste ano, porém, a estimava da Abramat é de queda de 1% nas vendas frente ao ano passado.

NAVAL

Porto Gente - SP   08/08/2023

A SegurPro acaba de fechar contrato com o Porto de Itapoá e outros quatro terminais no estado de Santa Catarina.

Após a recente posição da Advocacia-Geral da União (AGU), que defendeu no Supremo Tribunal Federal (STF) uma portaria da gestão anterior que permite a atividade de guarda privada em portos brasileiros, julho marcou o início da atuação da SegurPro, referência no setor de segurança privada, no Porto de Itapoá, considerado um dos terminais mais ágeis e eficientes da América Latina e um dos maiores e mais importantes do país na movimentação de cargas conteinerizadas.
Porto de Itapoá.

Localizado no litoral norte de Santa Catarina, o serviço de segurança patrimonial atenderá 300 mil metros quadrados do Porto que, neste ano, bateu recorde no número de movimentação de cargas (533.423 TEUs – unidade de medida que equivale a um contêiner de 20 pés) e registrou crescimento de 40% no número de importações. De janeiro a junho de 2023, o Porto teve aumento de 18% na movimentação. Os números demonstram a importância estratégica da atividade no país e a necessidade de uma segurança especializada para atender as especificidades do setor.

Nacionalmente, o setor portuário brasileiro movimentou no ano passado 1,209 bilhão de toneladas, sendo a segunda maior movimentação registrada desde 2010, atrás apenas de 2021, com 1,214 bilhão, como revela o Anuário Estatístico Portuário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). "Os portos são instalações de grande porte e devido à natureza dos processos portuários e ao constante fluxo de pessoas, equipamentos e mercadorias, a segurança patrimonial portuária assume um papel fundamental", comenta Frank Ribeiro, diretor comercial e de marketing da SegurPro.

Parceira do Porto de Itapoá de longa data, a SegurPro esteve à frente do serviço de segurança no local de 2011 a 2017. A retomada da atividade de segurança de infraestruturas críticas contou com avanços tecnológicos significativos para atender às necessidades específicas do espaço, que recebe diariamente mercadorias fundamentais para o desenvolvimento social e econômico brasileiro.

"O contrato com o Porto de Itapoá conta com um efetivo de quase 40 profissionais devidamente treinados e qualificados com o ISPS (Código Internacional para a Proteção de Navios e Instalações). A atuação no posto ocorrerá inicialmente para o serviço de vigilância 24 horas por dia e rondas veiculares", completa o executivo.

Consolidada pela tecnologia e digitalização das operações de segurança patrimonial, os vigilantes irão utilizar a Vigilância Móvel Operacional (VMO), sistema de monitoramento desenvolvido pela própria companhia, que opera como um aplicativo para celular e permite que o vigilante forneça informações completas de tudo que precisa ser realizado nas operações de rondas e vistorias de perímetro de monitoramento com reporte em tempo realmente ao Centro Operacional de Segurança – (iSOC) da empresa, localizado em São Paulo.

PETROLÍFERO

IstoÉ Online - SP   08/08/2023

O petróleo fechou em baixa, pressionado pela alta do dólar e em dia de realização de lucros após ganhos de mais de 2% na semana passada. O clima é de cautela neste início de semana, com investidores no aguardo da divulgação de dados de inflação dos EUA e da China, que poderão dar indicativos sobre o futuro da demanda agregada e da trajetória de juros, em meio a temores de desaceleração econômica.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 1,06% (US$ 0,88), a US$81,94 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), registrou baixa de 1,04% (US$0,90), a US$ 85,34 o barril.

“As expectativas crescentes de que os EUA verão uma recessão ao fim de 2024 também pressionam os preços do petróleo”, escreveu o analista da Oanda Edward Moya. Segundo ele, o mercado também repercute o aumento pela Arábia Saudita dos preços de petróleo para a Ásia e a Europa. A estatal Saudi Aramco elevou grande parte de seus preços da commodity para setembro para esses continentes, reportou a Bloomberg nesse sábado, 5. “A Arábia Saudita antecipa um caminho tortuoso para a demanda de petróleo bruto”, disse Moya. “Os sauditas estão aumentando os preços na maior parte da Ásia e da Europa, com o petróleo Arab Light maior apenas US$ 0,30, o que foi menos do que o aumento de US$ 0,50 esperado pelos traders.”

Fundador e presidente da Navellier, Louis Navellier comenta ainda que o anúncio na semana passada de aumento nos cortes de produção da Arábia Saudita parece estar levantando preocupações no governo do presidente americano Joe Biden, “já que 2024 é um ano de eleições e preços maiores nas bombas são problemáticos”.

A notícia da Reuters de que a estatal chinesa Shaanxi Yanchang Petroleum deverá dobrar suas compras da mistura russa de ESPO neste ano, a cerca de um milhão de toneladas, também esteve no radar. O mercado acompanhou ainda a publicação do balanço da Saudi Aramco, que registrou queda no lucro com preços mais baixos do petróleo.

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   08/08/2023

A Anfavea, associação que, além das montadoras de automóveis, representa fabricantes de tratores, mostrou em sua apresentação mensal de resultados que as vendas de máquinas agrícolas e de construção seguem em queda na comparação com o ano passado.

Em desempenho atribuído à queda nos preços das commodities, as vendas de máquinas agrícolas, de 5,7 mil unidades em junho, caíram 4,7% frente ao mesmo mês de 2022. Assim, o setor fechou o primeiro semestre com vendas de 29,5 mil unidades, entre tratores de rodas e colheitadeiras de grãos, 6,8% abaixo do número registrado nos seis primeiros meses do ano passado.

Já as vendas de máquinas de construção – como retroescavadeiras, pás-carregadeiras de rodas, motoniveladoras e rolos compactadores – tiveram queda de 10,7% no comparativo interanual de junho, somando 3,1 mil unidades no mês. No acumulado do primeiro semestre, a queda foi de 14,8%, com 15,5 mil equipamentos entregues nos seis meses.

Os números são de levantamentos realizados por outras duas entidades: a Fenabrave, que representa as concessionárias e divulga mensalmente as vendas de máquinas agrícolas; e a Abimaq, entidade da indústria de bens de capital, que acompanha também todo mês os resultados das máquinas de construção.

Os dados têm defasagem de um mês em relação às estatísticas de veículos divulgadas nesta segunda-feira pela Anfavea, já referentes a julho.

Na margem, ou seja, de maio para junho, os dois segmentos tiveram crescimento. Enquanto as entregas de máquinas agrícolas subiram 19%, as vendas de máquinas de construção avançaram 5,1%.

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