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07 de Fevereiro de 2025

SIDERURGIA

Valor - SP   07/02/2025

A siderúrgica sediada em Luxemburgo disse que teve um prejuízo líquido de US$ 390 milhões no quarto trimestre, em comparação com um prejuízo de US$ 2,97 bilhões no ano anterior

A ArcelorMittal relatou um prejuízo líquido reduzido, mas não atingiu as expectativas dos analistas, mesmo após baixa contábil e outros itens excepcionais serem menores do que no ano anterior.

A siderúrgica sediada em Luxemburgo disse que teve um prejuízo líquido de US$ 390 milhões no quarto trimestre, em comparação com um prejuízo de US$ 2,97 bilhões no ano anterior, quando os lucros foram afetados pela alienação de suas operações no Cazaquistão e por uma baixa contábil relacionado à Acciaierie d'Italia.

A ArcelorMittal disse que o quarto trimestre do ano passado refletiu US$ 80 milhões em baixa contábil relacionadas ao fechamento do negócio na África do Sul e às obras civis no Brasil, bem como US$ 142 milhões em itens excepcionais, incluindo encargos de reestruturação em sua divisão de soluções sustentáveis.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) chegou a US$ 1,65 bilhão, um aumento de 14% em relação ao ano anterior, disse a empresa.

O resultado se compara às expectativas dos analistas de US$ 319 milhões em lucro líquido trimestral e US$ 1,53 bilhão em Ebitda, de acordo com um consenso fornecido pela empresa.

As vendas do trimestre chegaram a US$ 14,71 bilhões, um aumento de 1,1% em comparação a um ano atrás.

No entanto, ao longo de todo o ano de 2024, as vendas caíram 8,5%, já que a ArcelorMittal disse que os preços médios de venda do aço recuaram 7,6% e as remessas diminuíram 2,4%.

O Estado de S.Paulo - SP   07/02/2025

m meio à expectativa de medidas mais contundentes por parte do governo federal para frear entrada de aço chinês no País, o grupo ArcelorMittal, do empresário indo-europeu Lakshmi Mittal, informou nesta quinta-feira, 6, que planeja investir até R$ 4 bilhões em sua usina de aço de Serra, na Grande Vitória, no Espírito Santo.

A decisão da companhia ocorre pouco tempo após suspender projeto do mesmo valor previsto para Minas Gerais, em João Monlevade, que se tornou inviável diante de desafios tecnológicos, de perspectivas de demanda e de alta do dólar, que chegou a R$ 6,26 (na tarde desta quinta-feira, a moeda americana estava cotada a R$ 5,75).

Na siderurgia, trata-se de produtos para diferentes mercados. No caso do projeto capixaba, o foco é o mercado de aços laminados planos, com aplicações nos setores automobilístico, de bens eletrodomésticos e de máquinas e equipamentos. Em Monlevade, com duplicação da oferta de aço longo, os alvos eram os mercados industrial e de construção civil.

O projeto na usina capixaba, há muito tempo estudado pela empresa e esperado com ansiedade pelo governo do Espírito Santo, será composto de duas novas linhas de laminação de aço. Ficará dentro da usina de aços planos operada pela unidade Arcelor Mittal Tubarão, que até o início dos anos 2000 era conhecida como Cia. Siderúrgica de Tubarão (CST).

A ArcelorMittal não deu entrevistas para comentar o projeto, mas trouxe detalhes em comunicado. Conforme a empresa, serão montados uma laminador de tiras de aço a frio (LTF) e uma linha de revestimento contínuo (vai aplicar um revestimento metálico, garantindo uma maior resistência a corrosão e um acabamento diferenciado ao produto).

A grande vantagem será agregação de mais valor a parte do aço produzido atualmente na forma de laminado a quente, que é vendido no País ou exportado.

A linha de laminação a quente na usina Tubarão, que iniciou operação em agosto de 2002, tem capacidade de fazer 4 milhões de toneladas, processando material bruto (placas).

Parte dessa produção vai para São Francisco do Sul (SC), na unidade Vega, onde se transforma em aços galvanizados, de alto valor. A parte que é vendida irá abastecer a laminadora a frio, que, segundo pessoa a par do projeto, terá capacidade de 1,5 milhão a 2 milhões de toneladas ao ano.

Anúncio descongela projeto no ES

Maior fabricante de aço do País — 42% do total produzido no ano passado —, com volume equivalente a 15,5 milhões de toneladas de material bruto, a ArcelorMittal informou na nota que o investimento se soma ao programa de R$ 25 bilhões no País entre os anos de 2022 e 2028.

O anúncio significa tirar da gaveta um projeto acalentado por pelo menos duas décadas. O objetivo é gerar mais valor ao atual produto vendido como laminado a quente, que tem algumas limitações de aplicações no mercado. Segundo a empresa, os estudos de viabilidade técnica foram concluídos e agora o projeto segue os trâmites internos de aprovação dentro do grupo.

Em nota, Jorge Oliveira, CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina, afirmou, que “o projeto é mais do que um investimento; é um marco que reforça nosso compromisso com o futuro e com o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil”.

Ele acrescentou que vai presença da empresa em mercados de alto valor, como automotivo, de eletrodomésticos e construção civil, ao mesmo tempo que aproxima a produção das demandas do consumidor final.”

A expectativa é de que a construção dure cerca de três anos após a fase de aprovação pela alta direção da ArcelorMittal — conselho e diretoria que têm à frente a família Mittal, dona de cerca de 40% do capital da companhia. O grupo, com sede institucional em Luxemburgo e corporativa em Londres, é o segundo maior fabricante de aço do mundo (número 1 no Ocidente), atrás da chinesa Baowu.
Início de produção em 2029

De acordo com a empresa, as fases de engenharia e contratação estão programadas para o primeiro semestre de 2026 e o início de operação das duas linhas para o primeiro semestre de 2029. Diz ainda que esse projeto vai consolidar a usina de Tubarão como uma das mais integradas no processamento de aços planos do Brasil e do mundo, reafirmando a liderança da ArcelorMittal na indústria do aço global.
Unidade já foi de empresa estatal

Nascida como estatal nos anos de 1980 e conhecida como CST, a usina Tubarão tem capacidade para fabricar atualmente 7,5 milhões de toneladas de placas (aço semi-acabado), a partir de três altos-fornos. Desse volume, mais da metade é transformada em laminado a quente.

A previsão da siderúrgica é de gerar 2,5 mil empregos no pico das obras de instalação das linhas. Quando entrar em operação, estimam-se 450 profissionais para operação.

Segundo Oliveira, o novo investimento não contribuirá com o aumento de emissões atmosféricas ou do consumo de água do Rio Santa Maria da Vitória, utilizado pela companhia atualmente para se abastecer. No Brasil, a empresa emprega 20 mil pessoas, com operações industriais em oito Estados (MG, ES, RJ, SC, CE, BA, SP e MS). Também produz 5,1 milhões de toneladas de minério de ferro e atua ainda na geração de energia para consumo próprio.

Valor - SP   07/02/2025

David Burritt, CEO da U.S. Steel — Foto: Reprodução: Nikkei Asia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrou com o executivo-chefe (CEO) da siderúrgica U.S. Steel, David Burritt, na Casa Branca na quinta-feira.

A reunião ocorreu à tarde, disse um funcionário da Casa Branca ao “Nikkei Asia”, mas não haveria nenhum informe oficial sobre a reunião. Burritt teria defendido a venda da siderúrgica americana à japonesa Nippon Steel argumentando que o negócio “se encaixa na visão de Trump de revitalizar a indústria americana”.

A visita de Burritt aconteceu um dia antes do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, se encontrar com Trump na Casa Branca. Líderes do governo japonês expressaram descontentamento pela decisão do ex-presidente Joe Biden de bloquear o acordo por motivos de segurança nacional.

Embora Trump também tenha se oposto à aquisição planejada de US$ 14,9 bilhões durante a campanha eleitoral presidencial, as duas siderúrgicas têm esperança de que ele possa reverter sua posição, se puder ser convencido de que o acordo beneficia os interesses dos Estados Unidos.

No início deste mês, as duas empresas entraram com um memorando de abertura no Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito do Distrito de Columbia, argumentando que Biden tomou uma decisão predeterminada por razões políticas e que seus indicados políticos no Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (Cfius) se envolveram em uma revisão fraudulenta da transação para que ele pudesse bloqueá-la.

A transação "aumentará, não ameaçará", a segurança nacional dos Estados Unidos, protegerá os trabalhadores da U.S. Steel, revitalizará empregos "e tornará a American Steel maior e melhor", disseram em um comunicado.

"É importante ressaltar que criaria um campeão do aço americano bem posicionado para competir contra a China", enfatizaram.

Não está claro se Ishiba levantará a questão da união das empresas em sua reunião com Trump nesta sexta-feira.

Na quinta-feira, o vice-presidente executivo da Nippon Steel, Takahiro Mori, disse a repórteres em Tóquio que a empresa está "fazendo vários esforços" nos Estados Unidos para transmitir os benefícios do acordo ao governo Trump.

O Estado de S.Paulo - SP   07/02/2025

A Vale comprou a participação de 50% da siderúrgica chinesa Baoshan Iron & Steel Co na mineradora Baovale e passou a controlar 100% da empresa, numa operação cujo valor não foi informado. A transação ainda está em análise no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“Em 2024, a Vale comunicou à Baosteel sua intenção de exercer a opção de compra. O contrato foi assinado e notificado ao Cade em janeiro, e está em análise pelo órgão”, disse a Vale em nota ao Estadão/Broadcast.

A mineradora Baovale foi criada em 2001, como uma joint venture (empreendimento conjunto de empresas) para a exploração da mina de Água Limpa (MG). A operação já previa uma opção de compra pela Vale, após 20 anos, da fatia pertencente à Baoshan por um valor predeterminado.

Em nota a companhia informou apenas que o “prazo foi adiado por mais três anos”, sem explicar o motivo nem informar valores.

A Baovale foi criada com investimento de US$ 38 milhões, sendo metade aplicada pela Vale; e a outra metade, pela Baoshan.

“O contrato foi assinado e notificado ao Cade em janeiro, e está em análise pelo órgão”, afirmou a Vale. “A conclusão da transação, sujeita à aprovação do Cade, não terá impacto na operação, visto que a mina de Água Limpa já era operada integralmente pela Vale, como parte de um acordo de arrendamento assinado no momento da criação da Baovale.”

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   07/02/2025

Em entrevista concedida para emissoras de rádio na quarta-feira, 5, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que vai impor a reciprocidade se os Estados Unidos impuserem tarifas aos produtos oriundos do Brasil. “É lógico. É o mínimo de decência um governo utilizar a reciprocidade”. disse.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços indicam que, em um recorte temporal iniciado em 2014, as importações brasileiras de produtos vindos dos Estados Unidos foram 11,85% superiores às exportações.

Na soma do período, as exportações do Brasil para os Estados Unidos chegaram a US$ 337,8 bilhões; e as importações, US$ 377,8 bilhões. O saldo da balança comercial no período indica que o Brasil “comprou” US$ 40 bilhões a mais do que “vendeu” para os Estados Unidos. Confira a evolução no período. Para saber o volume de cada ano, clique na barra desejada.

Prós e contras e mercado chinês

Um estudo do banco Itaú aponta que, em uma nova rodada de conflito comercial, os impactos positivos para o comércio brasileiro podem ser mais limitados, enquanto as consequências negativas tendem a ser maiores.

“Na primeira guerra comercial do Trump, em termos relativos, o Brasil acabou sendo beneficiado. Em primeiro lugar, a gente não pagou tarifas. O setor do aço chegou a ser cogitado, mas (os EUA) desistiram. O fato é que o País performou muito bem, dado que outros países estavam pagando tarifas”, afirma Igor Barreto Rose, economista do Itaú e responsável pelo estudo.

Para entender melhor qual pode ser o impacto para o Brasil se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, detonar uma nova guerra comercial acesse a reportagem completa neste link.

Os Estados Unidos são o segundo na balança comercial do Brasil quando o assunto são exportações, respondendo por 14,95% do total, ficando atrás da China, com 21,10%. Os principais produtos exportados para o mercado norte-americano são o minério de ferro, óleo de petróleo ou minerais betuminosos, soja, carne e celulose. Confira detalhes aqui.

No caso do principal parceiro comercial do Brasil, a China, as importações de 2014 até 2024 somaram R$ 450 bilhões, volume 19,1% superior ao que o Brasil comprou dos Estados Unidos. Já as exportações do Brasil para a China foram mais do que o dobro do que foi enviado para os Estados Unidos no mesmo periodo, chegando a US$ 729,43 bilhões, numa evolução de 115,9%.

Infomoney - SP   07/02/2025

O desempenho dos ativos financeiros brasileiros no início deste ano tem superado o de outros mercados emergentes em 2024, impulsionado por fatores internos e externos. No cenário doméstico, a política econômica reagiu ao quadro macroeconômico.

O Banco Central intensificou a alta dos juros e interveio no mercado cambial, enquanto o governo conseguiu aprovar um conjunto de medidas para conter o crescimento das despesas. Os especialistas da XP Investimentos destacaram em relatório que é por conta desse movimento de política monetária mais restritiva que a economia começou a mostrar sinais de desaceleração.

No cenário internacional, a XP Investimentos observa que os primeiros movimentos do governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, foram menos agressivos do que o esperado pelos mercados, enquanto os preços das commodities, especialmente o petróleo, mostraram recuperação.
A inflação no Brasil continua pressionada no início deste ano, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de janeiro registrando alta de 0,11%, influenciado pelo bônus de Itaipu — um desconto na conta de luz de consumidores residenciais e rurais que tiveram um consumo inferior a 350 kWh –, mas com uma composição considerada preocupante pelos especialistas. A inflação de serviços, que reflete a demanda interna aquecida, atingiu 8,2% na média móvel de três meses, o maior patamar desde setembro de 2022.

O aumento dos preços de bens industriais e alimentos também preocupa, com projeções de alta de 4,7% para bens industrializados e 9,6% para alimentos consumidos em casa. Os analistas da XP preveem que o setor de proteínas deve sofrer novo choque de preços no último trimestre, enquanto os preços administrados, como combustíveis, devem continuar subindo ao longo do ano. A projeção da corretora para o IPCA deste ano segue em 6,1%, acima do teto da meta de inflação.

Outro ponto abordado pelos analistas em relatório é a de que a política monetária seguirá restritiva para conter as pressões inflacionárias. A XP projeta a taxa Selic terminal em 15,50%, com altas de 1,00, 0,75 e 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo os estrategistas, a inflação elevada e a desancoragem das expectativas justificam a manutenção de juros altos por mais tempo.

A política fiscal expansionista, impulsionada pelo crescimento dos gastos do governo central e de estatais, adiciona dificuldades ao controle da inflação e amplia a necessidade de uma política monetária mais dura. A XP avalia que, caso a taxa de câmbio estabilize e a desaceleração da economia se intensifique, o Copom pode encerrar o ciclo de alta da Selic já em maio, antecipando a última elevação prevista.

Para 2026, a política monetária deve começar a surtir efeito, conforme a corretora, contribuindo para reduzir a pressão sobre a demanda e estabilizar a taxa de câmbio. A XP projeta inflação de 4,5% no próximo ano, ainda no limite superior da banda de tolerância da meta. A evolução do cenário econômico dependerá do comportamento da taxa de câmbio, da resposta da atividade econômica às taxas de juros elevadas e do impacto das políticas fiscais.

Para os analistas, a desaceleração da economia e os primeiros sinais de acomodação no câmbio indicam que os esforços do Copom começam a ter efeito, mas eles também afirmam que ainda há incertezas sobre a trajetória da inflação e a necessidade de ajustes adicionais na política monetária. “Continuamos a projetar elevação de 2,0% para o PIB de 2025. Nosso cenário prevê um ritmo de crescimento trimestral médio de 0,2% este ano, frente a 0,9% no ano passado. O arrefecimento da atividade deve ficar mais evidente a partir do 2º trimestre”, afirma a equipe da XP em relatório.

Influências da política externa

Do outro lado da moeda, de acordo com a corretora, a economia dos Estados Unidos mantém um ritmo forte, impulsionada pelo consumo interno e pelo mercado de trabalho aquecido, enquanto a inflação segue acima da meta de 2%. O núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI) e do deflator do consumo (PCE) continuam elevados, o que levou à revisão das expectativas para a política monetária.

A XP Investimentos não prevê mais cortes de juros nos EUA porque as atuais condições financeiras parecem suficientes para equilibrar o crescimento e os riscos inflacionários. Apesar disso, os analistas deixam claro que há incerteza sobre futuras decisões do Federal Reserve, especialmente diante das políticas tarifárias e de imigração do governo Trump, que podem aumentar a pressão sobre os preços.

A valorização do real no início do ano foi impulsionada por fatores externos e domésticos. O dólar recuou para R$ 5,83, recuperando parte das perdas registradas no final de 2024, apoiado pela recuperação moderada dos preços das commodities e pelo alívio nas tensões comerciais. Mesmo com a volatilidade, a XP manteve suas projeções para o câmbio, estimando R$ 6,20 por dólar no final de 2025 e R$ 6,40 em 2026. O aumento da incerteza fiscal e o impacto das eleições no Brasil podem gerar novas oscilações, enquanto o comércio global segue sob efeito das decisões protecionistas dos EUA.

O déficit em transações correntes do Brasil mais que dobrou em 2024, atingindo US$ 55,9 bilhões, equivalente a 2,55% do PIB, principalmente devido à redução do saldo comercial e ao aumento das despesas com serviços. Para 2025, a XP projeta um déficit menor, de US$ 52,5 bilhões (2,6% do PIB), com melhora na balança comercial devido à desaceleração econômica e à desvalorização cambial. O investimento direto no país deve cair levemente, chegando a US$ 60 bilhões em 2025.

A XP acredita que o Brasil, por enquanto, não parece ser um alvo direto das medidas comerciais dos EUA, e o impacto de possíveis barreiras tarifárias deve ser mais setorial do que macroeconômico, considerando a pauta exportadora concentrada em petróleo e aço.

Infomoney - SP   07/02/2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar que o Brasil tenha surpresas inflacionárias positivas este ano, mas reconheceu que a inflação acumulada em 12 meses deve seguir acima de 4,5% até junho, como vem projetando o Banco Central.

Em entrevista à GloboNews veiculada no fim da noite de quarta-feira (5), Haddad avaliou que a safra prevista para o ano e o câmbio mais acomodado devem contribuir para o controle da inflação, inclusive surpreendendo as projeções dos economistas para a alta de preços.

“Eu acredito que nós podemos ter surpresas em relação a expectativas do mercado, como tivemos em relação ao PIB (Produto Interno Bruto)”, afirmou Haddad quando questionado sobre a inflação.
A safra esperada para este ano e o recuo do dólar ante o real, que já supera os 6%, são dois fatores que podem desacelerar a inflação, na visão do governo.

“Eu acredito que nós podemos ter boas novas no front inflacionário, se a política for bem conduzida, e com a safra, o comportamento do câmbio”, podemos ter surpresas agradáveis, reforçou o ministro.

Ao mesmo tempo, Haddad afirmou que a inflação em junho “provavelmente” estará acima de 4,5%, como prevê o BC.

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira, o BC avaliou que a inflação acumulada em 12 meses deve seguir acima do teto da meta de inflação nos próximos seis meses — na prática, deve ficar acima de 4,5% pelo menos até junho.

A meta contínua de inflação perseguida pelo BC é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em dezembro — dado mais recente — a inflação acumulada medida pelo IPCA estava em 4,83%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o ministro, é de se esperar que a inflação fique acima do teto da meta até o meio do ano porque existe um “atraso” na resposta dos preços à elevação dos juros pelo BC.

Atualmente a taxa básica Selic está em 13,25% ao ano, mas tecnicamente o efeito dos juros mais altos sobre os preços possui defasagem de vários meses.

“Mas aqui no Brasil acredito que a resposta (da inflação) vai ser mais rápida. Acredito que possa ter uma acomodação mais rápida também”, acrescentou, defendendo que a taxa de juros seja um remédio aplicado pelo BC numa “dose que não mate o paciente”.
Reforma do IR

Na entrevista, Haddad também repetiu que a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é isentar de Imposto de Renda de brasileiros que ganham até R$5 mil. Pela proposta a ser encaminhada pelo governo ao Congresso, a partir de janeiro de 2026 estes trabalhadores deixariam de ter a retenção de imposto na fonte.

Por outro lado, conforme Haddad, brasileiros com renda superior a R$50 mil por mês que não têm atualmente uma retenção de IR “compatível” iriam pagar um imposto mínimo.

Mais cedo, a GloboNews já havia divulgado um trecho da entrevista em que Haddad defendeu a cobrança de um imposto mínimo sobre a renda de pessoas que ganham mais de R$5 mil.

Conforme o ministro, para o cálculo entrarão rendas provenientes de salários, mas também de outras fontes, formando um “combo”.

“Tem coisas que são isentas, e não serão levadas em consideração. Mas se a pessoa tem renda superior a R$50 mil por mês, e vai numa escadinha até R$100 mil por mês, vamos verificar se ela está pagando um imposto mínimo”, afirmou.

O Estado de S.Paulo - SP   07/02/2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a inflação acumulada em 12 meses deverá romper o teto da meta, de 4,5%, no mês de junho, em linha com o que o Banco Central sinalizou na ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom). Haddad falou sobre o tema em entrevista à jornalista Miriam Leitão, veiculada pela GloboNews na noite da quarta-feira, 5.

Caso o estouro se confirme, o ministro disse esperar que o Banco Central encaminhe uma carta ao Conselho Monetário Nacional (CMN) com uma proposta para a convergência da inflação à meta, já que a política monetária age com “delay” e o efeito dos juros altos não devem se materializar integralmente agora. O ministro acrescentou, que, em junho, o horizonte relevante para a atuação do Banco Central será diferente do atual.

Haddad voltou a dizer que respeita a autonomia do Banco Central para conduzir a política monetária e o trabalho dos técnicos da autarquia. Quando a inflação desancora, o Banco Central tem mesmo de agir, segundo o ministro. “Mas tem que ser muito calibrado para que o remédio não seja nem aquém, nem além da necessidade de garantir aquela [meta de] inflação, até porque, se for além, você vai ter problemas fiscais pelo lado da receita, pelo lado da atividade econômica, pelo investimento”, afirmou.

Haddad disse acreditar que, apesar da perspectiva de estouro da meta em junho, possa haver “surpresas” positivas no front inflacionário em relação às projeções que o mercado tem hoje, caso a política econômica seja conduzida da maneira adequada.

Supersalários

O titular da pasta da Fazenda disse que teve conversas na quarta-feira, 5, com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre possíveis medidas para combater os supersalários no setor público. Os deputados rejeitaram uma proposta sobre o tema no ano passado, mas pode haver uma reconsideração, afirmou o ministro.

Segundo Haddad, a “bola” da questão dos supersalários está agora com o Senado. O ministro revelou que terá um encontro com senadores para discutir o tema na terça-feira, 11.

Em relação ao Judiciário, Haddad disse que já teve conversas com a cúpula do Supremo Tribunal Federal (STF) e que há um entendimento de que é necessário combater os supersalários.

O ministro voltou a dizer que a questão do ajuste nas contas públicas deve ser uma questão de Estado, e não de governo.

Haddad fez um balanço da própria gestão até aqui, ao lembrar que o Congresso já aprovou 32 medidas estruturantes que corrigem distorções econômicas e têm o objetivo de garantir crescimento sustentável. “O presidente Lula, tudo o que você leva a ele, ele leva a sério. Eu nunca vi o presidente dispensar uma medida porque ela é impopular”, afirmou.
Reforma da renda

Haddad ainda disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende chamar a Advocacia-Geral da União (AGU) para verificar se há qualquer tipo de inconstitucionalidade na reforma dos impostos cobrados sobre a renda. A ideia é também convocar outros ministérios para promover discussões sobre “um detalhe ou outro” da proposta.

Haddad voltou a dizer que o governo pretende corrigir distorções e garantir a equidade na cobrança de impostos no País. O ministro lembrou que não há integração entre rendas obtidas via pessoa jurídica e pessoa física no Brasil, o que gera distorções.

Sobre a isenção da cobrança de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, o ministro afirmou que a compensação virá da cobrança de um imposto “mínimo” para quem tem renda mensal de mais de R$ 50 mil.

Haddad disse que trabalhadores com carteira assinada e funcionários públicos com renda acima R$ 50 mil já são tributados na fonte e não serão submetidos a novas alíquotas.

O Estado de S.Paulo - SP   07/02/2025

A China respondeu ontem à imposição de tarifa de importação de 10% aos seus produtos pelos Estados Unidos com impostos de 10-15% sobre uma série de produtos norte-americanos, incluindo petróleo, máquinas agrícolas e outros. Adicionalmente, a China vai investigar práticas indevidas de diversas empresas americanas, entre as quais gigantes tech como Google, Nvidia e Intel.

É o início da guerra comercial prometida pelo presidente Trump, embora os primeiros tiros tenham sido mais contidos do que aquilo que a retórica de campanha do político republicano sugeria. Agora se espera para saber se um eventual telefonema entre Trump e Xi Jinping, o líder máximo chinês, poderia levar a um recuo temporário dos Estados Unidos, como no caso do México e do Canadá.

Mas se a guerra comercial escalar - o que não se pode descartar dada a volatilidade decisória de Trump -, quão vulnerável está a China?

Na visão do economista Livio Ribeiro, da consultoria BRCG e do IBRE-FGV, e especialista em China, o país asiático deve surpreender os analistas pela sua resiliência a curto prazo diante do possível acirramento da guerra comercial.

Ribeiro nota que, desde o final de setembro, a China tomou uma série de medidas preventivas ao choque que pode ser provocado pelas iniciativas de Trump: cortes maiores que os usuais em diversas linhas de crédito; injeção de liquidez de 1 trilhão de yuans; garantias para sustentação de grandes bancos e incorporadoras; estímulos ao mercado imobiliário; capitalização de grandes bancos; e subsídios aos consumidores.

A China conseguiu cumprir a meta de crescimento do PIB de 5% em 2024, e o analista acredita que a mesma meta será estabelecida para 2025. E há um trunfo este ano que não houve no passado: o carregamento estatístico para 2025 é de 2,1%, comparado a 1,7% tanto em 2023 quanto em 2024. O carregamento estatístico significa quanto o PIB vai crescer se permanecer no mesmo nível do final do ano passado. Quanto maior, menor o crescimento adicional necessário para se chegar à provável meta de 5%.

E há espaço, segundo Ribeiro, para pisar no acelerador do crédito (a soma dos empréstimos bancários com o "shadow banking" já ultrapassou 300% do PIB em 2024 e deve subir mais este ano); e da política fiscal, com projeção de aumento do déficit de 8% do PIB em 2024 para 10% este ano. Além disso, o analista prevê que o "microgerenciamento" da economia, como o programa de compra de residências pelo governo, deve prosseguir com esta e outras iniciativas.

"Tem muitas políticas públicas sendo feitas na China, em caráter monetário, creditício, fiscal e parafiscal", resume Ribeiro. Ele nota que essas políticas estão longe de ser a melhor combinação para as necessidades de médio e longo prazo da China, que sofre de um grave e profundo problema de fraqueza de demanda por insegurança financeira e patrimonial das famílias.

Por outro lado, aquelas iniciativas devem "conseguir barrar uma onda externa mais desfavorável no curto prazo", ele acrescenta. É claro que isso vai depender do tamanho da onda negativa - isto é, do nível a que vai se chegar a guerra comercial -, mas ainda assim ele vê a China com espaço de manobra para se defender no curto prazo, referindo-se principalmente a 2025.

"Penso que o crescimento de curto prazo da China pode surpreender positivamente - isso pode ser ao custo de aumento dos desequilíbrios de médio prazo, mas esses efeitos não serão visíveis no curto prazo e 2025 vai parecer um bom ano para a economia chinesa", conclui Ribeiro.

Consultor Jurídico - SP   07/02/2025

O ano de 2025 começa de forma agitada, com as novas investidas do recém-eleito presidente dos Estados Unidos no propósito de consolidar a hegemonia e taxar mercados de blocos econômicos e diversos países. A primeira impressão que se tem é a de uma reconstrução da globalização, acompanhada da segmentação dos mercados no contexto de reformas e retornos compensatórios, com o objetivo de reduzir fronteiras, mas mantendo algumas barreiras comerciais.

México, Canadá e China foram os primeiros a serem taxados, mas já anunciaram que irão retaliar. Resta saber quais serão os efeitos colaterais dessas medidas, especialmente para o Brasil, que é extremamente dependente de tecnologia e da importação de produtos dos mercados externos. O comércio exterior enfrenta, como era de se esperar, grande preocupação, principalmente diante da possibilidade de ataques diretos aos blocos econômicos, como o Brics, o que poderia comprometer por completo a estratégia de garantir benefícios fiscais e tributários para as nações emergentes.

Muitas das medidas adotadas pelo governo de Donald Trump geram repercussões e um maior fechamento do bloco europeu. Há ainda a questão do interesse em dominar o Panamá, devido à relevância do canal, e explorar as riquezas naturais da Groenlândia. Tudo isso exige um mínimo de compromisso, antes de mais nada, com o encerramento das guerras no Oriente Médio e entre Rússia e Ucrânia.

Esses fatores influenciam diretamente os novos tratados internacionais e a composição dos blocos de proteção, especialmente diante do fracasso do Mercosul em avançar em um acordo direto com o mercado europeu. Assim, cada nação, sem muitas opções, buscará estabelecer suas próprias metas, como já fez no passado o Chile e agora a Argentina, o que pode levar a uma maior fragmentação e a um progresso unilateral na distribuição dos produtos na balança de exportação e importação.

O Brasil, por sua vez, segue enfrentando desafios com a alta da inflação, impulsionada pelo câmbio e pelos preços dos insumos e das matérias-primas em geral. No entanto, o agronegócio demonstra grande potencial para conquistar novos mercados e se consolidar como motor do Produto Interno Bruto (PIB).
Trabalho da OMC contra tarifaço dos EUA

Sob o prisma internacional, questiona-se qual será o poder da Organização Mundial do Comércio (OMC) para conter os ataques tarifários dos EUA e impor limites às taxas que encarecem produtos e dificultam um comércio global equilibrado, sem retaliações imediatas. A OMC pode atuar como um mecanismo de controle para reorganizar o comércio exterior global, mas suas decisões dificilmente terão um impacto direto na política norte-americana de consolidar barreiras e estimular o aumento da instalação de empresas e indústrias em solo americano.

O mais preocupante é que as novas taxações afetam países vizinhos e estratégicos para a geopolítica norte-americana, que historicamente tiveram um papel crucial na construção de uma América do Norte unificada, apesar das recentes mudanças na política diretiva do México.

Além disso, a Europa enfrenta uma crise econômica sem precedentes, especialmente na Alemanha, que apostou no fornecimento de energia russa e na parceria com a China, perdendo competitividade e influência econômica. O cenário político também passa por transformações não apenas na terra de Goethe, mas também na França.

Em suma, estamos diante de desafios políticos e econômicos interligados, compondo um novo ecossistema geopolítico global. No entanto, este é apenas o começo de um movimento no qual todas as nações precisarão se posicionar para evitar que a economia americana, avaliada em dezenas de trilhões de dólares, continue acumulando vantagens e privilégios, ao mesmo tempo em que o cenário de deportações cresce, afetando aqueles que não conseguem emprego ou condições mínimas de sobrevivência em diversas nações fragilizadas e socialmente excluídas.

MINERAÇÃO

Brasil Mineral - SP   07/02/2025

A operação de minério de ferro Minas-Rio no Brasil produziu um recorde de 25 milhões de toneladas no ano.

"Todos os nossos negócios entregaram suas diretrizes de produção para 2024 após outro desempenho operacional sólido no quarto trimestre. Em nossas operações de cobre, a Quellaveco entregou seu trimestre mais forte do ano, e a remodelada mina Los Bronces continua a ter um bom desempenho. Nossa operação de minério de ferro Minas-Rio no Brasil produziu um recorde de 25 milhões de toneladas no ano”, disse Duncan Wanblad, CEO da Anglo American. O executivo comenta ainda que o guidance futuro permanece inalterado em cobre, com crescimento em 2026 impulsionado por maiores teores no Chile, e mantendo esse nível de produção em 2027. “Continuamos a preparar o negócio de cobre para crescer nos anos subsequentes com a retomada da planta menor em Los Bronces e por meio de desgargalamento em Collahuasi. A orientação de minério de ferro permanece inalterada, exceto pelo impacto da vinculação do projeto UHDMS anunciado anteriormente em Kumba em 2026. Na De Beers, as difíceis condições de negociação de diamantes brutos significam que reduzimos a orientação de produção em 2025 e 2026 para refletir nosso foco em valor, eficiência de capital de giro e geração de caixa”.

Em novembro, a Anglo American anunciou acordos para vender o negócio de carvão siderúrgico por até US$ 4,9 bilhões em receitas brutas agregadas em dinheiro, com a transação Peabody prevista para ser concluída até o terceiro trimestre de 2025, além de concluir a segunda oferta de bookbuild de ações da Anglo American Platinum, que combinadas com a colocação anterior gerou cerca de US$ 0,9 bilhão. “Isso aumentou o free float da AAP em mais de 50%, ajudando a mitigar o flowback quando desmembrarmos o negócio, esperado para meados de 2025. O processo de venda do nosso negócio de níquel está bem avançado e continuamos a preparar o negócio da De Beers para a separação”, afirmou Duncan. A Anglo American está focada em gerar mais eficiência, que sustente o sólido desempenho de produção em 2024. “Estamos simplificando nosso portfólio em ritmo acelerado para focar em cobre, minério de ferro premium e nutrientes agrícolas, oferecendo uma proposta de investimento altamente atrativa e diferenciada com uma base de custo estruturalmente menor. Essa margem mais alta e a Anglo American mais geradora de caixa oferecerão maior resiliência ao longo do ciclo e possui excelente opção de crescimento com valor agregado em cada um dos nossos negócios”, comentou o CEO.

No quarto trimestre de 2025, a Anglo American aumentou a produção de cobre em 9% em relação ao trimestre anterior, com Quellaveco alcançando seu trimestre mais forte do ano. A produção é 14% inferior em comparação ao mesmo trimestre de 2023, principalmente devido ao fechamento planejado da planta menor e mais cara de Los Bronces e às menores notas previstas em Collahuasi. A produção de minério de ferro aumentou 4%, em grande parte devido à redução da produção de Kumba no período comparativo para se alinhar às restrições de logística de terceiros. A produção da Minas-Rio ficou praticamente estável ano a ano, apesar dos níveis de precipitação significativamente maiores no trimestre, e a operação atingiu seu trimestre mais forte do ano, refletindo maior estabilidade operacional. Em dezembro, também anunciamos a conclusão da transação Serpentina com a Vale, fornecendo opções significativas de crescimento e sinergia para o Minas-Rio.

A produção das operações de Metais do Grupo da Platina (PGMs) diminuiu 6%, refletindo principalmente os menores volumes esperados de compra de concentrado (POC), como resultado dos menores volumes da Kroondal após sua transição de 100% POC para um acordo de pedágio 4E em vigor em 1º de setembro de 2024, enquanto a produção de carvão para siderurgia foi 49% abaixo, principalmente devido ao incêndio subterrâneo em Grosvenor em junho de 2024, à menor produção planejada de Moranbah devido à mudança do longwall e à venda de Jellinbah, já que os benefícios da produção a partir de 1º de novembro de 2024 não foram mais acumulados para a Anglo American. A produção de níquel caiu 10% devido a teores menores planejados. Em uma base trimestral, a produção ficou estável. Já a produção de diamantes brutos diminuiu 26%, refletindo a resposta proativa da produção ao período prolongado de menor demanda, níveis de estoque maiores que o normal no midstream e um foco contínuo no capital de giro.

Valor - SP   07/02/2025

As vendas de minério de ferro ficaram em 16,2 milhões de toneladas no quarto trimestre, queda de 1% na comparação anual

A Anglo American teve produção de 14,3 milhões de toneladas de minério de ferro no quarto trimestre, alta de 4% na comparação anual. Com o resultado, a mineradora inglesa alcançou a meta que havia estabelecido para o ano.

Entre outubro e dezembro, a produção foi impulsionada pelas suas operações na África do Sul, com alta de 8% na produção na mina de Kumba. Já as operações no Brasil tiveram queda de 2% na produção, a 6,47 milhões de toneladas, em Minas-Rio.

No ano, a Anglo American teve produção de 60,8 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 1% na comparação anual. A meta era produzir entre 58 milhões e 62 milhões de toneladas. Em Minas-Rio, a produção subiu 3%, a 25 milhões de toneladas.

As vendas de minério de ferro da Anglo American ficaram em 16,2 milhões de toneladas no quarto trimestre, queda de 1% na comparação anual. Nas operações brasileiras, as vendas caíram 2%, a 6,93 milhões de toneladas.

A meta para 2025 foi mantida entre 57 milhões e 61 milhões de toneladas, incluindo 22 milhões a 24 milhões de toneladas em Minas-Rio. Para 2026, foi estabelecida entre 54 milhões e 58 milhões de toneladas, e em 2027 de 59 milhões a 63 milhões de toneladas.

Os outros produtos que a Anglo American produz tiveram queda na produção durante o quarto trimestre. O carvão metalúrgico caiu 49%, enquanto diamantes diminuíram 26%, cobre recuou 14%, manganês caiu 12% e níquel teve queda de 10%.

“Todos os nossos negócios entregaram metas de produção após mais um ano de performance operacional robusta no quarto trimestre”, diz Duncan Wanblad, diretor-presidente da Anglo American, em nota.

Infomoney - SP   07/02/2025

Os contratos futuros de minério de ferro voltaram a subir nesta quinta-feira, apoiados por um dólar mais fraco e problemas de fornecimento da Austrália, enquanto os investidores buscavam novos desenvolvimentos em torno da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, maior mercado consumidor de minério do mundo.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,43%, a 817,5 iuanes (US$ 112,22) a tonelada, após fechar em baixa na sessão anterior.

O minério de ferro de referência de março na Bolsa de Cingapura avançava 2,08%, a US$ 105,95 a tonelada.

A Austrália está na temporada de furacões, e há risco de interrupção nos embarques, disse a consultoria chinesa Hexun Futures em nota.

A Rio Tinto disse na terça-feira que começou a retirar navios de minério de ferro de dois portos da Austrália Ocidental, já que dois ciclones tropicais complicaram seus esforços para reparar a infraestrutura danificada por um ciclone no mês passado.

As dificuldades portuárias da Rio poderiam adicionar um prêmio de risco aos preços do minério de ferro, disse um analista.

A temporada de ciclones na Austrália Ocidental ocorre normalmente entre novembro e abril.

O enfraquecimento do dólar norte-americano também deu algum suporte aos preços, com a moeda oscilando próxima ao nível mais baixo desde o início da semana passada em relação a uma cesta de pares.

Um dólar mais fraco torna as commodities denominadas na moeda mais acessíveis para os compradores estrangeiros.

A China apresentou uma queixa à Organização Mundial do Comércio na quarta-feira contra a nova tarifa de 10% do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as importações chinesas e o cancelamento da isenção “de minimis”.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   07/02/2025

Reforçando a importância estratégica do mercado brasileiro, a Komatusu anunciou a nacionalização da pá carregadeira de rodas WA380-6.

Segundo a empresa, a decisão de produzir o modelo no Brasil é uma resposta à crescente demanda desse porte (18,2 t de peso operacional) no setor de construção, além de segmentos promissores como mineração, locação, indústria, agricultura e florestal.

“A WA380-6 já conquistou significativa aceitação no mercado brasileiro como modelo importado e, agora, passa a ser produzida localmente, trazendo diversos benefícios para os clientes”, destaca Paulo Torres, diretor executivo da Divisão de Equipamentos de Construção da Komatsu.

“Isso inclui acesso ao financiamento via Finame e redução do ICMS, além de maior disponibilidade do equipamento e acessórios”, completa.

Com comercialização iniciada em janeiro, o modelo será produzido na fábrica de Suzano (SP), que recebeu investimentos para adaptar as linhas.

Já a unidade de Arujá (SP) será responsável pela fabricação de tanques e cabines da máquina.

“A produção local da WA380-6 trará uma maior disponibilidade de produto, assim como assessórios originais de fábrica”, diz Jeferson Biaggi, presidente da unidade fabril da Komatsu.

A produção no país também atenderá os demais países da América Latina, fortalecendo o papel do Brasil como centro de fabricação chave para a região.

Demanda – O investimento faz parte de uma estratégia mais ampla da empresa de aumentar a produção em 15% em 2025, em comparação ao ano passado.

Isso porque prevê um crescimento positivo nos setores que utilizam a WA380-6, particularmente em projetos de infraestrutura, dentro do programa PAC.

Esse aumento nas obras, confia a companhia, elevará o consumo de insumos como areia, cimento e brita, setores nos quais a WA380-6 é amplamente utilizada.

“A nacionalização posiciona melhor a marca para atender mercados em expansão, com equipamentos de alta qualidade e produzidos localmente”, destaca Leandro Bueno, gerente de estratégia, planejamento, marketing de produto da Divisão de Construção da fabricante.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   07/02/2025

A decisão da Nissan de interromper as negociações de fusão com a Honda pode reabrir as portas para a taiwanesa Foxconn, gigante dos eletrônicos terceirizados que tem ambições no negócio de veículos elétricos.

Existem alguns cenários de como a Foxconn pode abordar a Nissan agora que a montadora japonesa pode ser um agente livre novamente. Ela pode esperar a Nissan eventualmente entrar em espiral de queda para propor um plano de investimento estratégico na Nissan.

Outra opção é acelerar uma aquisição, inclusive por meio de uma oferta pública de aquisição (OPA) não solicitada.

Uma parceria com a Nissan permitiria que a Foxconn construísse uma formidável rede de fornecimento de veículos elétricos na Ásia.

A Nissan tem sua maior base de produção em Kyushu, às vezes chamada de "Ilha do Silício do Japão", pois é o lar de fabricantes de semicondutores e baterias, incluindo a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC).

À medida que a indústria automobilística entra em "uma era de veículos definidos por software (SDVs)", Sanshiro Fukao, membro executivo do Itochu Research Institute, disse: "A Nissan se beneficiará de uma parceria com a Foxconn, ostentando uma enorme capacidade de aquisição de semicondutores de ponta".

As estratégias de negócios da Foxconn e da Nissan compartilham características comuns, pois cada uma enfatiza a produção interna de veículos elétricos e peças principais.

A Nissan pode apresentar à Foxconn outro benefício: a empresa sediada em Taiwan pode usar a capacidade de produção excedente da montadora para seu negócio de fabricação sob contrato.

O plano da Foxconn de investir na montadora japonesa estava progredindo silenciosamente nos bastidores antes que a Nissan e a Honda anunciassem no final de dezembro que iniciariam negociações de integração.

Em meados daquele mês, a Agência Central de Notícias de Taiwan informou que a Foxconn estava conversando com a Renault, uma grande acionista da Nissan, para adquirir ações da montadora japonesa.

Jun Seki, o diretor de estratégia japonês do negócio de veículos elétricos da Foxconn, visitou a França para negociar com a Renault. Seki foi convidado a se juntar à Foxconn em 2023 depois de servir como o terceiro executivo na hierarquia da Nissan. Ele também foi considerado candidato a executivo-chefe (CEO) da Nidec, uma fabricante japonesa de motores elétricos.

A Foxconn cresceu e se tornou uma empresa gigante, com vendas anuais de mais de 6 trilhões de novos dólares de Taiwan (US$ 183 bilhões), por meio da produção de iPhones por encomenda da Apple. Em 2019, anunciou uma incursão no negócio de veículos elétricos para promover outro pilar de crescimento.

Mas a Foxconn teve um começo fraco porque as startups americanas de veículos elétricos que eram suas clientes entraram em colapso sucessivamente. Agora é questionável se a empresa taiwanesa pode atingir sua meta de capturar 5% da participação no mercado global de veículos elétricos em 2025. A entrada da fabricante chinesa de smartphones Xiaomi no mercado também está causando preocupação à Foxconn.

O interesse da Foxconn na Nissan se tornou perceptível no outono de 2024. Enquanto Makoto Uchida, CEO da Nissan, negou qualquer abordagem, fontes disseram ao “Nikkei Asia” que a empresa taiwanesa havia abordado os principais bancos da Nissan e o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão (Meti) para estabelecer as bases.

Talvez sentindo o cheiro de uma mudança da Foxconn, a Honda e a Nissan, que haviam iniciado negociações para uma parceria em março de 2024, anunciaram o lançamento de negociações de fusão.

A Foxconn então diminuiu sua atividade. Young Liu, presidente da Foxconn, não queria causar atrito com o lado japonês, de acordo com um funcionário da empresa.

Liu sempre se mostrou sensível à importância do Japão. A partir do verão de 2023, Liu visitou o Japão quase mensalmente para supervisionar a reforma da gestão da Sharp, uma subsidiária da Foxconn. Para o negócio de veículos elétricos da Foxconn, ele também anunciou planos para desenvolver o mercado japonês no Japão e cooperar com a Sharp.

Assim que a Honda e a Nissan encerrarem as negociações e abandonarem seu memorando de entendimento inicial, a Nissan será liberada de sua obrigação de negociação exclusiva. Então, a Foxconn não precisará competir com a Honda pela Nissan e terá mais latitude para lidar com esta última.

Mas os obstáculos permanecem. A Nissan está entre as empresas japonesas sujeitas à triagem oficial para qualquer investimento do exterior. No caso da aquisição de uma participação acionária na Nissan pela Foxconn, o negócio será cuidadosamente examinado, disse um alto funcionário do Meti.

Há fortes preocupações sobre a aquisição da Nissan pela Foxconn dentro do governo japonês. O ministro do Meti, Yoji Muto, também saudou o lançamento das negociações de fusão entre a Honda e a Nissan em dezembro, dizendo que foi um "movimento voltado para o futuro".

Após relatos de que as negociações entre as duas montadoras estavam sendo descontinuadas, outro alto funcionário do Meti disse: "A Nissan não tem outra escolha a não ser se preparar para o pior. E a Foxconn precisará de reestruturação com antecedência se for investir na Nissan, pois não nasceu ontem", disse ele.

Auto Industria - SP   07/02/2025

A competitividade dos carros elétricos compactos chineses tem preocupado as montadoras ocidentais cada vez mais. As europeias, em particular. Não por outro motivo elas têm acelerado estratégias e planos para oferecer produtos que possam fazer frente ao concorrentes orientais que seguem com preços atraentes mesmo na Europa.

Nesta semana, Thomas Schäfer, CEO da marca Volkswagen, revelou na Alemanha alguns dos próximos passos da divisão de veículos de passeio em um cenário desafiador e que mescla, além de legislações de emissões mais rigorosas e custos em elevação, demanda estagnadas em segmentos importantes, sobretudo elétricos.

Desenho da dianteira do futuro elétrico de entrada

A novidade de maior impacto foi a confirmação de que a marca já tem adiantado projeto para um carro de preço final próximo de € 20 mil. Schäfer inclusive exibiu uma silhueta do modelo que tende a ser o mais importante chamariz da marca no mercado europeu de elétricos.

Segundo o executivo, o modelo contribuirá par que a empresa alcance a meta de tornar a mobilidade elétrica atrativa para todos os consumidores.

O futuro elétrico de entrada será apresentado no começo de março, mas a  montadora pretende lança-lo mesmo e, 2027. “Um Volkswagen elétrico acessível, de alta qualidade e rentável da Europa para a Europa!”, definiu Schäfer.

O compacto de entrada integrará nova família de carros elétricos pequenos concebido sobre a atualizada plataforma MEB. O primeiro membro será o ID. 2all, que chegará às concessionárias em 2026 com preço de partida abaixo de € 25 mil.

No ano passado, a Volkswagen vendeu 383 mil veículos movidos a bateria em todo o mundo — perto de 1,5 milhão desde ingressou no segmento com a família ID em 2019, um terço disso do modelo ID3.

Tanto quando reforçar as pretensões da marca no segmento de elétricos, o principal executivo da Volkswagen aproveitou para a divulgação para reafirmar que a fábrica de Wolfsburg continuará como centro de inovação e competência de produção, estabelecendo inclusive novos padrões na produção de automóveis.

 

Globo Online - RJ   07/02/2025

A Nissan está em busca de um novo parceiro, enquanto se prepara para encerrar as negociações para a formação de uma holding conjunta com a Honda, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

No cenário ideal, o novo aliado viria do setor de tecnologia e teria sede nos Estados Unidos, segundo fontes. Embora suas vendas estejam desacelerando globalmente, a América do Norte continua sendo o mercado mais importante da Nissan, e a ampla transição para eletrificação e automação está levando todas as montadoras a buscar alianças com indústrias de alta tecnologia.

As ações da Nissan saltaram até 8,7% nas negociações da tarde de quinta-feira em Tóquio. Um porta-voz da Nissan se recusou a comentar, acrescentando que qualquer detalhe sobre as conversas com a Honda seria anunciado conforme o planejado, por volta de meados deste mês.

Desistir da parceria com a Honda é um grande risco para a Nissan, cuja linha de produtos desatualizada a forçou a conceder grandes descontos, comprometendo severamente seus lucros. A montadora, que divulgará seus resultados do terceiro trimestre na próxima semana, anunciou uma queda de 94% no lucro líquido no primeiro semestre e afirmou que precisará demitir 9 mil trabalhadores e reduzir um quinto de sua capacidade de produção.

Essa situação financeira precária provavelmente não será atraente para muitos dos possíveis parceiros. Se a Nissan não encontrar um aliado para ajudá-la a se reerguer após a dissolução parcial de sua complexa parceria estratégica de 25 anos com a Renault, poderá precisar de um resgate semelhante ao que recebeu da montadora francesa.

Na quarta-feira, Nissan e Honda confirmaram que ainda estão discutindo várias opções, incluindo a possibilidade de encerrar as negociações do acordo. A Honda chegou a cogitar a aquisição da Nissan e sua transformação em uma subsidiária integral, proposta que encontrou forte resistência dentro da montadora menor, segundo uma das fontes. O nível de investimento também foi um ponto de impasse, acrescentaram.

A Honda também havia condicionado qualquer transação à reestruturação das operações da Nissan. No entanto, além de cortar alguns empregos e reduzir a produção, a Nissan não tomou medidas significativas. Ela, por exemplo, não pretende fechar fábricas, o que provavelmente desagradou à Honda, que buscava uma reestruturação mais profunda.

Encerrar as negociações exclusivas com a Honda permitiria que qualquer uma das partes se retirasse do acordo sem ter que pagar uma multa de cancelamento substancial de ¥ 100 bilhões (US$ 657 milhões), conforme estabelecido no memorando de entendimento das empresas em 23 de dezembro.

O conselho da Nissan está pressionando o CEO Makoto Uchida e outros altos executivos a desenvolverem um plano de reestruturação mais abrangente em paralelo às discussões com qualquer possível novo parceiro, disseram fontes familiarizadas com o assunto.

O objetivo é apresentar uma reformulação muito mais profunda até a próxima quinta-feira, dia 13, quando a fabricante dos modelos Altima e Pathfinder está programada para divulgar seus resultados trimestrais. Nesse mesmo dia, o conselho se reunirá para formalizar sua decisão, disse uma das fontes. A Honda também divulgará seus resultados do terceiro trimestre na mesma data.

A Nissan tem lutado para se recuperar desde a prisão e expulsão de seu ex-presidente Carlos Ghosn em 2018, sob acusações de sonegação de remuneração. O episódio abalou a aliança da Nissan com a Renault e desencadeou disputas internas, resultando na saída de diversos executivos de alto escalão e reduzindo a capacidade da empresa de se concentrar em seu negócio principal: vender carros.

A gravidade da crise financeira da Nissan tornou-se evidente para o público em novembro, quando a montadora reduziu sua projeção de lucro anual em 70%.

Qualquer novo plano de reestruturação precisa ir além desses números:

— Uma nova deterioração nos lucros da Nissan é possível — disse Arifumi Yoshida, analista do Citigroup Inc. — Medidas adicionais de reestruturação são essenciais.

Apesar de suas dificuldades, a ampla capacidade de fabricação da Nissan e sua marca reconhecida ainda são atrativos.

A Hon Hai Precision Industry, fabricante dos iPhones e conhecida como Foxconn, que busca se firmar na fabricação terceirizada de veículos elétricos, abordou a Nissan em dezembro com o interesse de adquirir uma participação na empresa. No entanto, acabou suspendendo seu interesse ao perceber que a montadora japonesa estava negociando uma possível fusão com a Honda.

Mas a fabricante de eletrônicos não desistiu completamente, disseram as fontes, preferindo aguardar para ver se as negociações entre Nissan e Honda avançariam de fato antes de decidir seu próximo passo.

Exame - SP   07/02/2025

Os dados mais recentes de vendas das principais montadoras revelam o ranking das 10 maiores fabricantes globais de automóveis em 2024. As marcas chinesas BYD e Geely figuram entre as líderes, com a BYD alcançando a 5ª posição mundial, registrando 4,27 milhões de veículos vendidos – um salto de quatro posições em relação ao ano anterior.

BYD cresce 41% e lidera em veículos de nova energia

De acordo com a GlobalData, em 2023, a BYD entrou pela primeira vez no top 10, ocupando o 9º lugar, com mais de 3,02 milhões de veículos vendidos. Em 2024, suas vendas cresceram 41%, atingindo 4,27 milhões de unidades.

Além de ocupar a 5ª posição no ranking global, a BYD também foi a líder mundial em vendas de veículos de nova energia em 2024, consolidando-se como a marca mais vendida no mercado automotivo chinês.

A empresa também se destacou como a montadora com o maior volume de vendas na China e a líder na exportação de ônibus elétricos.

Expansão global e crescimento no ranking das maiores empresas

No ranking das 20 marcas automotivas mais vendidas no mundo, divulgado pela BITAUTO em 2024, a BYD chegou ao 2º lugar nos meses de agosto e novembro. Já na lista das 500 maiores empresas do mundo, a fabricante avançou da 212ª posição, em 2023, para o 143º lugar, em 2024, consolidando sua influência global.

Os veículos de nova energia da BYD já estão presentes em seis continentes, cobrindo mais de 400 cidades em mais de 100 países e regiões. A empresa também expandiu sua produção com fábricas na Hungria, Uzbequistão, Tailândia e Brasil.

Além disso, como parte de sua estratégia logística, a BYD criou sua própria frota de navios roll-on/roll-off (RoRo), com os cargueiros “Explorer No. 1”, “Changzhou” e “Hefei” já em operação.

Infomoney - SP   07/02/2025

As vendas de veículos da Tesla sofreram uma queda significativa em diversos mercados europeus no mês passado, quando comparado a janeiro de 2024, com a maior redução ocorrendo na França. Segundo o Ministério da Transição Ecológica e da Coesão Territorial francês, as vendas da montadora despencaram 63% no mês passado, totalizando apenas 1.141 veículos.

A Alemanha, onde está localizada a única fábrica da Tesla na Europa, também registrou queda expressiva.

De acordo com a Autoridade Federal de Transporte Rodoviário da Alemanha, as vendas de carros novos da Tesla em janeiro de 2025 caíram 59,5% em relação ao mesmo período de 2024.
Na Suécia, conforme dados da Mobility Sweden, a redução foi de 44,3%.

Na Noruega, segundo a Administração Norueguesa de Estradas Públicas, as inscrições de novos veículos da Tesla caíram 37,9%, enquanto no Reino Unido, as vendas diminuíram 7,8% em comparação ao ano anterior, segundo a Society of Motor Manufacturers and Traders (SMMT).

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor Investe - SP   07/02/2025

Juros mais altos ampliam a seletividade do financiamento dos bancos, o que deve levar as empresas com forte execução e balanço patrimonial a ganhar ainda mais de mercado, diz o banco

A forte desvalorização do real no início do ano e os custos de financiamento mais elevados estão entre as variáveis macroeconômicas que podem tornar 2025 um ano difícil para as construtoras no Brasil. No entanto, nem tudo é negativo sobre o mercado imobiliário brasileiro, na avaliação do Santander. Os baixos níveis de estoque em mercados fundamentais para a atividade e as condições de acessibilidade no âmbito do Minha Casa Minha Vida (MCMV) são notícias positivas para as empresas cotadas em bolsa. Nesse cenário, o banco tem uma nova ação de preferência no setor.

Em relatório assinado por Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni, o banco justifica a escolha de Cyrela como a ação principal entre os construtores de imóveis por entender que os níveis de avaliação atuais já incorporam a desaceleração projetada para o mercado imobiliário de renda média/alta. Para a equipe, a avaliação sobre os papéis é "excessivamente descontada", com as ações sendo negociadas e 4,3x o preço sobre o lucro (P/L) estimado para 2025.

O banco projeta o retorno sobre o patrimônio (ROE) em cerca de 19% em 2025 (frente a 17,5% nos últimos doze meses).

Para o Santander, mesmo num cenário em que parte de matérias-primas do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) deverão ser pressionadas pela forte deterioração do real, e os custos de financiamento estão mais elevados, tanto para empréstimos à construção de empresas e para pessoas físicas, os baixos níveis de estoque na cidade de São Paulo para os segmentos de baixa renda e média/alta renda são pontos em favor da construtora.

Além disso, entre alguns aspectos positivos sobre o mercado imobiliário brasileiro, há uma forte regulamentação, protegendo as empresas de uma onda de cancelamento de vendas. As condições de acesso ao Minha Casa Minha Vida (MCMV) também sustentam uma forte demanda. "A seletividade do financiamento dos bancos deve levar as empresas com forte execução e balanço patrimonial a ganhar ainda mais de mercado, o que é um bom presságio para Cyrela, Direcional e Cury", acrescetam.

Sobre Direcional e Cury, o relatório menciona que continua mantendo a preferência por ambas no segmento de baixa renda, refletindo uma combinação de avaliação atrativa (em base absoluta); mais forte rendimento de dividendos; liquidez das ações acima da média; e balanços sólidos.

FERROVIÁRIO

Portal Fator Brasil - RJ   07/02/2025

Novos vagões passam a circular no trajeto regular da ferrovia de forma intercalada com a frota atual.

A Vale dará início, nesta semana, à operação assistida da nova frota do Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Com 34 novos vagões, a frota começa a circular em fase de testes no trajeto regular, de forma intercalada com a frota atual. Essa etapa permitirá avaliar a performance operacional desses vagões durante o atendimento aos usuários para aprimorar ainda mais a experiência de viagem.

Segundo João Falcão, diretor da Estrada de Ferro Vitória a Minas, a nova frota marca um importante avanço na operação ferroviária da Vale, com tecnologia voltada para o bem-estar de quem utiliza o serviço. —Os novos carros mantêm os recursos de conforto e segurança. Os testes sem passageiros começaram no último ano e, agora, faremos essas viagens para concluir a entrega do novo trem com escuta à sociedade —diz o diretor da ferrovia.

A nova composição inclui classes executiva e econômica, serviço de alimentação, além de acessibilidade com elevador e espaços dedicados a pessoas com mobilidade reduzida. Os novos vagões, conhecidos como carros de passageiros, foram projetados para elevar os padrões de segurança e conforto.

Ampliação das viagens — As viagens serão ampliadas nos meses de alta temporada a partir de 2026. Estudos estão em andamento para definir o formato dessa operação, incluindo horários e pontos de parada.

O Trem de Passageiro — A Estrada de Ferro Vitória a Minas é a única ferrovia no Brasil a operar um trem de passageiros de longa distância diariamente, conectando os estados de Minas Gerais e Espírito Santo em um trajeto de 664 km, com duração de cerca de 13 horas e meia.

A frota oferece espaços acessíveis e todos os carros são climatizados, equipados com tomadas para dispositivos eletrônicos, monitores de vídeo para entretenimento e detectores de fumaça.

A ferrovia também se destaca pela segurança e pela avaliação ambiental, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Rodoviário

Valor - SP   07/02/2025

Valor será direcionado para reconstrução, incluindo emplacamentos, recapeamento da via e construção de dois viadutos, um no encontro do Anel Rodoviário com a BR-040 e outro ligando o Anel à Via Expressa

O governo federal vai investir R$ 110 milhões em obras no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, antes da sua municipalização. Além de obras de manutenção e reconstrução, serão construídos dois viadutos, de um total de oito novos viadutos previstos para a região. O anúncio foi feito pelo prefeito em exercício, Álvaro Damião (União Brasil) e pelo ministro dos Transportes, Renan Filho.

"Receber o Anel Rodoviário da maneira que a gente está recebendo do governo federal é de muita importância. Era um sonho do prefeito Fuad [Noman, PSD] , é um sonho meu. Tenho certeza que também do povo belo-horizontino", afirmou Damião.

O Anel Rodoviário tem 26 quilômetros de extensão e faz ligação com as rodovias, BR-040, BR-050 e BR-381. Atualmente, parte do Anel Rodoviário é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e outra parte é administrada pela concessionária EPR Via Mineira.

O governo federal vai destinar R$ 50 milhões em obras de reconstrução, incluindo emplacamentos, recapeamento da via, e outras obras. Renan Filho disse que essas obras devem começar na próxima semana. Após essa etapa, serão investidos aproximadamente R$ 60 milhões na construção de dois viadutos, um no encontro do Anel Rodoviário com a BR-040 e outro ligando o Anel à Via Expressa.

Após as obras, que previsão inicial de conclusão neste semestre, o Anel Rodoviário será entregue à prefeitura. "Nós vamos providenciar a municipalização do Anel Rodoviário e, em contra partida, vamos fazer um convênio, investindo R$ 60 milhões para a construção dos dois viadutos. Já na próxima semana, com contrato já licitado, pronto para iniciar obra mesmo, a gente começa a recuperação do Anel viário", afirmou Renan Filho.

O investimento virá de recursos do Novo PAC, previsto no orçamento do governo federal, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. "Precisamos da aprovação do orçamento, porque com o orçamento 1/18 como temos agora não poderemos investir esses R$ 50 milhões. Mas com a aprovação do orçamento, que deve ocorrer nesses 60 dias, a gente conclui essa obra talvez até o final do primeiro semestre, concomitantemente com a municipalização do trecho", afirmou o ministro.

A transferência do Anel Rodoviário para a prefeitura de Belo Horizonte foi confirmada nesta quarta-feira (5) em uma reunião em Brasília entre o prefeito em exercício e o diretor-geral do Dnit, Fabrício Galvão.

Duplicação da BR-381

Na tarde desta quinta-feira, a Nova 381, concessionária do grupo 4UmFIP, assume a administração do trecho da BR-381 entre os municípios mineiros de Caeté e Governador Valadares. A cerimônia de posse será realizada em Belo Oriente (MG), com participação dos ministros Renan Filho e Alexandre Silveira (ministro de Minas e Energia).

As obras de duplicação do trecho pela iniciativa privada estão previstas para começar em 2027 e serem concluídas em oito anos. O investimento total estimado é de R$ 9,5 bilhões. As obras incluem duplicação, construção de terceiras faixas, melhorias na sinalização, entre outras.

Antes das obras de duplicação, a concessionária vai instalar cinco praças de pedágio entre Belo Horizonte e Governador Valadares, entre 2025 e 2026. A cobrança de pedágios começará em fevereiro de 2026, com tarifas que variam de R$ 10,75 a R$ 13,75.

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, conversa com o prefeito em exercício de Belo Horizonte, Álvaro Damião, e com o ministro dos Transportes, Renan Filho — Foto: Divulgação

Valor - SP   07/02/2025

Empresa poderá buscar investidor para leilões ou ativos do portfólio

A Ecorodovias está em busca de sócios para alguns de seus ativos para ganhar munição e manter o ritmo nos leilões de rodovias, apurou o Valor. As conversas ainda estão em estágio inicial, disse uma fonte, mas o martelo já foi batido.

Fontes afirmam que a procura por um investidor tem como pano de fundo um mercado de capitais mais restrito, com mais dificuldades, por exemplo, para uma oferta subsequente para se levantar capital. “Há muitos leilões e eles precisam de recursos”, disse uma pessoa a par do tema.

Procurado, o grupo confirma que estuda a estratégia. A empresa disse, em nota, que “avalia continuamente oportunidades para otimizar a estrutura de capital de seus projetos” e que, “neste contexto, a reciclagem de capital, por meio da parceria com investidores em ativos, e a constituição de consórcios para novos leilões podem ser algumas das alternativas para dar suporte ao plano de investimento de longo prazo da companhia”.

No mercado, há uma avaliação de que a empresa precisará ganhar fôlego financeiro para conseguir aproveitar oportunidades de licitações neste ano e honrar seus compromissos bilionários de investimentos. Só o governo federal tem a ambição de fazer 15 licitações de rodovias, com investimentos de R$ 160 bilhões, em 2025. Considerando projetos estaduais, há ao menos R$ 33,6 bilhões de obras em estudo que podem ser leiloados neste ano.

Além dos leilões, no caso da Ecorodovias há renegociações de contratos em curso que podem gerar novos compromissos: está em fase final a repactuação da concessionária Eco101, junto ao governo federal, que poderá gerar R$ 7,1 bilhões em obras adicionais. Em fase mais incipiente, a empresa também recebeu autorização do governo de São Paulo para estudar o projeto da terceira pista da rodovia dos Imigrantes - ainda não há valor de investimento previsto dado que os estudos estão em curso, segundo o governo, mas a expectativa no setor é que um eventual aditivo teria cifra bilionária.

Nos últimos dois anos, a Ecorodovias manteve postura conservadora nos leilões rodoviários, após uma onda de conquista de novos contratos entre 2019 e 2022. Desde então, o grupo foi pressionado a reduzir sua alavancagem, que chegou a 4,3 vezes a dívida líquida pelo Ebitda ajustado no fim de 2022 - hoje, o indicador está em torno de 3,3 vezes.

Para mercado, compromissos bilionários e novos leilões demandarão fôlego adicional

A companhia voltou a conquistar um leilão apenas no fim do ano passado, com a concessão da Nova Raposo, em São Paulo, que prevê investimento de R$ 8 bilhões, além do pagamento de uma outorga de R$ 2,19 bilhões. Logo após a vitória, as ações da empresa despencaram na B3.

Analistas de mercado destacam os elevados compromissos de investimentos que a Ecorodovias tem pela frente como um fator de risco. Segundo relatório da UBS BB, as concessões do grupo demandarão cerca de R$ 44 bilhões (R$ 51 bilhões, se incluída a Eco101). “No cenário base da empresa, um ‘follow-on’ não é necessário; no entanto, em um cenário de crise de crédito e na impossibilidade de reciclar ativos, se necessário, um ‘follow-on’ poderia ser realizado”, diz o banco.

Relatório do BTG Pactual também destacou os “compromissos significativos de ‘capex’ [investimentos em bens de capital] e alta alavancagem” como desafios para o grupo, embora também ressalte o “desempenho operacional sólido” e “um bom controle de custos” da empresa. O Bank of America diz, também em relatório, que a empresa deverá operar “com alta alavancagem por um longo período, em meio a compromissos significativos de ‘capex’” - o banco calcula R$ 55 bilhões para os compromissos e destaca que o montante é 19 vezes seu valor de mercado. Esse cenário “leva a um elevado risco de queima de caixa e estouro de capex até o final da década”, afirma.

PETROLÍFERO

Valor - SP   07/02/2025

A Petrobras exerceu o direito de preferência no bloco de Jaspe, na Bacia de Campos, com percentual de participação de 40%, conforme previsto pelas regras para exploração do pré-sal

A Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP) aprovou a nova versão do edital de licitação e de minutas dos contratos da oferta permanente de partilha de produção (OPP), que irá oferecer 14 blocos no pré-sal. Após consulta e audiência públicas, a agência revisou os documentos e encaminhou para análise do Ministério de Minas e Energia (MME).

Confira os resultados e indicadores da Petrobras e das demais companhias de capital aberto no portal Valor Empresas 360

Cabe a avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), que tem 90 dias. A previsão é que a publicação seja em maio de 2025.

Serão leiloados seis blocos na Bacia de Campos e oito na Bacia de Santos: Ágata, Amazonita, Ametista, Citrino, Esmeralda, Itaimbezinho, Jade, Jaspe, Larimar, Mogno, Ônix, Safira Leste, Safira Oeste e Turmalina. A Petrobras exerceu o direito de preferência no bloco de Jaspe, na Bacia de Campos, com percentual de participação de 40%, conforme previsto pelas regras para exploração do pré-sal.

Na oferta permanente da partilha, que negociam áreas no pré-sal, o critério para vitória no leilão é de oferta à União do excedente em óleo. O excedente em óleo é a parcela da produção de petróleo e/ou gás natural a ser repartida entre a União e a empresa vencedora, segundo critérios definidos no contrato e o percentual ofertado na rodada.

Ainda não há uma data para o leilão. Depois que o edital for publicado, as empresas interessadas poderão apresentar declaração de interesse para as áreas. Depois que as declarações de interesse forem aceitas pela Comissão Especial de Licitação, começa um novo ciclo da Oferta Permanente e é marcado o dia da sessão pública em que as empresas fazem suas ofertas pelas áreas. Entre a declaração de interesse e os leilões, decorre um prazo de 120 dias.

Os editais das ofertas, tanto de concessão quanto de partilha, foram revisados pela ANP para adequação às diretrizes de conteúdo local estabelecidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o que levou a agência a não realizar sessões públicas em 2024.

A oferta permanente é uma modalidade segundo a qual as empresas não precisam esperar uma rodada “tradicional” de leilões, ficando sempre aptas para arrematar blocos de petróleo. Da mesma forma, o edital só é alterado para inclusão de novas áreas e exclusão de outras, que foram arrematadas por empresas.

Infomoney - SP   07/02/2025

As tarifas retaliatórias da China sobre os Estados Unidos podem fazer com que as exportações norte-americanas de petróleo diminuam em 2025 pela primeira vez desde a pandemia da Covid-19, depois que o crescimento estabilizou no ano passado.

As exportações de petróleo bruto dos EUA aumentaram mais de 10 vezes desde que o país suspendeu uma proibição federal de 40 anos sobre a exportação de petróleo nacional em 2015. Isso ajudou os Estados Unidos a se tornarem o terceiro maior exportador do mundo, atrás da Arábia Saudita e da Rússia, atenuando o impacto global dos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de seus aliados.

Embora o apetite da China pelo petróleo dos EUA tenha diminuído nos últimos anos graças ao desconto no petróleo russo e iraniano, as exportações foram de 166.000 barris por dia (bpd) em 2024, representando quase 5% de todas as exportações de petróleo bruto dos EUA, de acordo com dados de rastreamento de navios da Kpler.
O crescimento das exportações de petróleo bruto dos EUA estagnou em 2024, aumentando apenas 0,6% ou 24.000 bpd em 2024, para uma média de 3,8 milhões de bpd, de acordo com a Kpler, já que as empresas dos EUA mantiveram controle sobre a produção de xisto em meio a preocupações com a demanda global.

Classificando a participação da China nas exportações dos EUA como “um valor não insignificante”, Matt Smith, analista da Kpler, também disse que a demanda internacional por exportações norte-americanas de petróleo bruto pode estar atingindo o pico “e as tarifas retaliatórias da China só poderiam acelerar ainda mais isso”.

Aproximadamente 48% do petróleo bruto dos EUA importado pela China eram de tipos de densidade média com maior teor de enxofre, como Mars e Southern Green Canyon, que são considerados graus de acidez média. Esse tipo de petróleo bruto é ideal para ser processado pelas refinarias dos EUA e poderia facilmente encontrar compradores no mercado interno, principalmente se os EUA impuserem tarifas sobre o Canadá e o México, disseram os analistas.

“Os barris de acidez média são bem-vindos na Costa do Golfo dos EUA. Os refinadores precisam deles”, disse Rohit Rathod, analista de mercado da Vortexa, pesquisadora de energia, que vê as exportações dos EUA possivelmente caindo para 3,6 milhões de bpd este ano, especialmente se as tarifas canadenses e mexicanas forem decretadas e o petróleo cru de acidez média for mantido.

Perto de 44% das importações chinesas de petróleo bruto dos EUA foram de densidade mais leve e tipos de enxofre mais baixos, como o West Texas Intermediate (WTI) produzido no Texas, conhecido como tipos leves e doces. Esse tipo de petróleo poderia encontrar demanda nas refinarias europeias e indianas a preços competitivos e poderia continuar a ser exportado, disseram os analistas.

O Louisiana Offshore Oil Port (LOOP) movimentou quase metade de todas as exportações para a China no ano passado, de acordo com a Kpler. A empresa não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.

Para a China, é provável que o impacto seja moderado, já que as importações dos EUA representaram 1,7% do total de importações de petróleo bruto do país em 2024, no valor de cerca de US$ 6 bilhões, de acordo com dados da alfândega chinesa, e abaixo dos 2,5% em 2023.

A China aumentou as importações do Canadá em cerca de 30% no ano passado, para mais de 500.000 bpd, graças à expansão do oleoduto Trans Mountain.

Valor - SP   07/02/2025

O futuro do petróleo tipo Brent (a referência mundial) com vencimento em abril teve queda de 0,42%e o do WTI (a referência americana) com entrega prevista para março recuou 0,59%

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (6), revertendo a alta vista mais cedo, após Donald Trump renovar suas promessas de aumentar a produção de petróleo, o que tende a fazer os preços caírem.

No fechamento de hoje, o futuro do petróleo tipo Brent (a referência mundial) com vencimento em abril teve queda de 0,42%, cotado a US$ 74,29 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Já o petróleo WTI (a referência americana) com entrega prevista para março recuou 0,59%, a US$ 70,61 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

O Citi prevê que os preços do Brent fiquem entre US$ 60 e US$ 65 por barril até o segundo semestre deste ano. Na visão do banco, o crescimento da oferta fora da Opep+ ainda deve superar a demanda global, com o mercado entrando em superávit.

Além disso, os analistas dizem que Trump deve acabar sendo uma "influência baixista" no mercado de petróleo. "Trump tem destacado os preços mais baixos de energia como a solução principal para os problemas de inflação, taxas de juros, dívida e custo de vida nos EUA, e essa é uma questão central pela qual ele foi eleito", eles escrevem, em relatório.

Infomoney - SP   07/02/2025

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (6) que a responsabilidade sobre a exploração de petróleo na Bacia Foz do Amazonas não cabe ao seu ministério. Durante um evento em Brasília, ela disse que a análise de licenciamento ambiental é uma questão técnica, e não política.

“Precisamos separar as competências da definição da política energética brasileira da concessão de licenças ambientais”, afirmou.

Marina afirmou que o Ibama é o órgão responsável por avaliar a viabilidade ambiental de projetos de petróleo. Em contrapartida, a formulação da política energética é uma atribuição do Conselho Nacional da Política Energética (CNPE).

“Não cabe a mim, como ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, exercer qualquer influência sobre essas licenças; do contrário, não seriam técnicas”, disse.

A declaração da ministra surge em meio ao debate sobre a exploração de petróleo na região, especialmente após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter defendido a atividade em entrevistas.

Lula afirmou que a exploração pode ser realizada sem comprometer o meio ambiente e que o Brasil deve aproveitar suas reservas de petróleo para financiar a transição energética necessária no país.

O presidente também mencionou a necessidade de um acordo que garanta a proteção da Amazônia e do Oceano Atlântico durante a exploração.

“Precisamos fazer um acordo e encontrar uma solução em que a gente dê garantia ao país, ao mundo e ao povo da margem equatorial que a gente não vai detonar nenhuma árvore, nada do rio Amazonas”, disse Lula.

O governo federal espera que o Ibama conceda a autorização para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas ainda no primeiro semestre de 2025.

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