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07 de Fevereiro de 2023

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   07/02/2023

Após o Banco Central reforçar seu compromisso com a meta de inflação e o governo contra-atacar com novas críticas à independência da autoridade monetária, as expectativas de inflação voltaram a piorar no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 6.

A projeção para o IPCA – índice oficial de inflação - deste ano subiu de 5,74% para 5,78%. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção também avançou, de 3,90% para 3,93%.

Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e, com maior peso, de 2024. A mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana está acima do centro da meta (3,00%), mas ainda dentro do intervalo que vai de 1,50% a 4,50%.

No Focus, a mediana para o IPCA de 2025 continuou em 3,50%, de 3,30% há um mês. Da mesma forma, a estimativa para o IPCA de 2026 se manteve em 3,50%, contra 3,20% um mês antes. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.

No Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o primeiro do governo Lula, o BC atualizou suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,6% em 2023 e 3,4% para 2024. O colegiado ainda inseriu um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante. Nesse cenário, as projeções são de 5,5% para 2023 e 2,8% para 2024. O Copom manteve a Selic em 13,75% ao ano pela quarta vez seguida.

Selic maior em 2024

Com a indicação do Banco Central de que deve manter a taxa Selic em 13,75% por ainda mais tempo, a expectativa para os juros básicos no fim de 2023 se manteve estável, mas houve avanço nos anos seguintes.

No Boletim Focus, a mediana para o fim de 2023 continuou em 12,50% ao ano, enquanto para o término 2024 avançou de 9,50% para 9,75%. Há quatro semanas, as estimativas eram de 12,25% e 9,25%, nessa ordem.

No Copom, o colegiado afirmou que a incerteza fiscal e a desancoragem de expectativas inflacionárias em prazos mais longos aumentam o custo da desinflação. O BC manteve pela quarta reunião consecutiva a taxa Selic em 13,75% ao ano.

“O Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação”, destacou o BC.

O cenário de referência considera as estimativas da Focus para a Selic. Portanto, o BC indicou que provavelmente será necessário manter o juro em 13,75% para além de setembro, horizonte para qual o mercado financeiro esperava o primeiro corte até semana passada.

Na Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 passou de 8,50% para 9,00%, contra 8,00% de quatro semanas antes. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que se manteve em 8,50%, de 8,00% há um mês.

PIB de lado

O Boletim Focus divulgado hoje mostrou relativa estabilidade no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.

A mediana para a alta do PIB em 2023 passou de 0,80% para 0,79%.

Apesar de não ter sido divulgado ainda, o PIB de 2022 não faz mais parte do Boletim. Para 2024, o Relatório Focus mostrou estabilidade na perspectiva de crescimento do PIB em 1,50%, mesma projeção de um mês atrás.

IstoÉ Dinheiro - SP   07/02/2023

Por mais de duas décadas, União Europeia (UE) e Mercosul negociaram, com esforço, um acordo comercial alcançado em 2019, mas nunca assinado, e agora tentam concretizá-lo para criar uma associação relevante, em meio à disputa global entre Estados Unidos e China – disseram especialistas e diplomatas ouvidos pela AFP.

“É urgente e extremamente necessário que o Mercosul fala um acordo com a UE”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita ao Uruguai no final de janeiro.

“Vamos intensificar nossas discussões com a UE e assinar esse acordo para que possamos discutir, em seguida, um acordo entre China e Mercosul”, acrescentou Lula, em meio à negociação em curso de um TLC de Montevidéu com Pequim, transformada em um protagonista comercial e financeiro principal na América Latina.

Em uma visita à Argentina há uma semana, o chanceler alemão, Olaf Scholz, expressou-se no mesmo tom: “Nosso objetivo é chegar a uma rápida conclusão” das negociações.

Em 2019, os 27 países-membros da União Europeia e os quatro sócios do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) anunciaram, com grande alarde, que o acordo estava pronto. Quatro anos depois, porém, o pacto – que enfrentou a rejeição do setor agrícola europeu, ou os problemas de competitividade do Mercosul, que dificultam o corte de suas elevadas tarifas – continua uma quimera.

– Vontade de negociar –

Do lado europeu, a saída de Jair Bolsonaro e a chegada de Lula à Presidência afastam dúvidas e eliminam argumentos contrários ao acordo.

“Há um maior nível de interlocução e, sobretudo, há um presidente que assumiu como sua uma das dúvidas que a Europa tinha em relação à atitude do governo brasileiro para enfrentar os desafios da mudança climática e do combate ao desmatamento na Amazônia”, disse à AFP o eurodeputado Jordi Cañas, presidente da Comissão do Parlamento Europeu para as Relações com o Mercosul, crucial para a aprovação de um tratado entre os dois blocos.

Para além da vontade, no entanto, há questões práticas, e o acordo está longe de ser fechado.

“Queremos um acordo com a UE, mas queremos um acordo revisto”, advertiu o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, na última quarta-feira (1º), em Bruxelas, depois de se reunir com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

“Entendemos que é necessário discutir documentos complementares (ao acordo), que derivam, em sua maioria, do Pacto Verde Europeu (de 2020) e que modificaram, em parte, as negociações de 2019”, explicou Cafiero, cujo país ocupa a presidência rotativa do Mercosul.

Como exemplo, o ministro afirmou que 20% das exportações argentinas para a UE são de biodiesel de soja e, com a nova normativa europeia, ficam “virtualmente” excluídas do comércio bilateral.

O Brasil também quer rever o texto.

O governo Lula quer que “as compras governamentais sejam direcionadas às empresas brasileiras”, disse o diretor acadêmico do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), Feliciano de Sá Guimarães, à AFP.

“Nesse acordo, o Brasil conseguiu cotas de exportação para alguns produtos em troca de concessões na área industrial, na área automotiva, e acho que essa troca, esse equilíbrio de cotas versus concessões de eventual abertura ao mercado automobilístico brasileiro,será renegociado”, acrescentou.

“Tem muito a ser negociado”, completou.

– O terceiro em discórdia –

Analistas concordam em que os dois blocos ganhariam em protagonismo global, se um TLC transatlântico fosse firmado.

“A UE se dá conta de que fechando (um tratado) com o Mercosul teria acordos comerciais com praticamente todos os países do Caribe para baixo. É uma vantagem que nenhum outro ator tem” e que “lhe permite que se ponha no centro da guerra geopolítica entre Estados Unidos e China”, que pisa no acelerador na região, resumiu Ignacio Bartesaghi, especialista em Relações Internacionais e Mercosul da Universidade Católica do Uruguai.

Guimarães concorda. “A UE e o Mercosul precisam se unir, se aproximar politicamente, economicamente, para conter a disputa entre Estados Unidos e China. Há uma questão geopolítica por trás”, afirmou.

– Como se fecha o negócio? –

Fontes políticas europeias e do Mercosul concordam em que o demorado tratado ganha “momentum”, mas não está garantido, e sugerem que uma forma de acelerar o passo pode ser chegar a um “split”, ou seja, uma divisão temática que reúna, em conjunto, os aspectos do pacto que podem ser aprovado diretamente pelas instituições europeias, sem passar pela ratificação – necessariamente lenta – em cada um dos 27 parlamentos.

No Mercosul, também há tempos políticos particulares, que explicam a pressa de Brasília e de Buenos Aires de avançar neste semestre, como disse o presidente brasileiro ao chanceler alemão, dias depois de se encontrarem em Buenos Aires com o presidente argentino, Alberto Fernández.

A Argentina terá eleição presidencial este ano, com um resultado incerto entre a oposição de centro-direita e de direita e a esquerda governista. Já no governo uruguaio, concluem que, no contexto atual, o acordo com a UE não pode ser visto “como algo próximo”.

Investing - SP   07/02/2023

O mercado reage nesta semana aos últimos dados da economia americana, como o payroll acima do esperado, mas também às decisões de política monetária dos Estados Unidos e do Brasil, que vieram conforme as expectativas. Enquanto isso, o governo eleito critica as explicações do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic, o que não é bem-visto pelo mercado, na visão do banco BR Partners (BVMF:BRBI11).

Em entrevista ao Investing.com Brasil, Marcelo Costa, que é diretor de treasury sales & structuring da companhia, e Giovanni Bianchi, trader do banco, apontaram que falas desse tipo deterioram as expectativas de inflação, o que o mercado já indica nas últimas pesquisas do Boletim Focus.

Investing.com – Como avalia a última decisão de política monetária do Federal Reserve dos EUA?

Giovanni Bianchi – Começando pelo FOMC, a alta dos juros em 0,25 ponto veio dentro do esperado, mas o discurso veio um pouco diferente do que o mercado estava projetando. O comunicado veio hawkish, como o mercado esperava, reconhecendo aparentemente o pico da inflação, mas oferecendo poucos sinais para sugerir que qualquer pivô inicial esteja em jogo no trâmite do Banco Central americano.

O FOMC reconheceu também que os salários pressionam, diante de uma inflação elevada. O Fed sinalizou que aumentos contínuos serão apropriados para a condução de uma de uma política monetária restritiva e deixou a entender que um novo ritmo de alta, uma continuação 0,25 ponto, tende a ser adotada na próxima reunião.

No entanto, o mercado entendeu as falas posteriores de Jerome Powell de uma maneira dovish. Powell acredita fortemente que será possível conseguir trazer a inflação para 2% sem aumentar de uma forma drástica o desemprego e reduzir o crescimento econômico americano. Então, o mercado enxergou de uma maneira positiva.

O FOMC enfatizou muito o que a gente chama de soft landing, que seria o pouso suave da economia americana. Houve o primeiro reconhecimento do processo desinflacionário no país, o que foi muito importante, indicando que as expectativas inflacionárias estão ancoradas. Foi um discurso mais ameno para a mercado.

Inv.com – Ainda, em relação ao Fed, qual a projeção para a próxima reunião? Por quanto tempo as taxas devem continuar elevadas?

Giovanni Bianchi – A gente acredita que vai ter mais uma alta de 0,25 ponto, praticamente o consenso a mercado também. Para a próxima reunião em maio, o Fed deve estancar essa alta de juros, deve analisar esse efeito da política monetária via inflação. No segundo semestre, caso essa inflação realmente ela faça esse pivô, o Fed pode entrar cortando a taxa de juros em até 50 bps no final do ano.

Marcelo Costa – Para complementar, o que a gente tem visto aqui no próprio discurso do Fed é que o que vinha causando muita inflação dos Estados Unidos ainda era resquícios de altas nos preços de tradeables, muito em função dessas questões de China, da guerra da Ucrânia, entre outros fatores. E o Fed começa a reconhecer que essas pressões inflacionárias estão diminuindo, então cada vez mais está focando a política monetária para a questão de emprego e consumo.

Inv.com - A discussão sobre a meta de inflação abre brecha para abertura de queda da Selic ou reforça a manutenção da taxa em patamar restritivo por mais tempo? Quando pode começar a reversão?

Costa – Após o Copom, o mercado previa uma manutenção da taxa, o que aconteceu, mas o Roberto Campos Neto teve um discurso muito duro, muito direcionado para a classe política, focando na questão fiscal e também nos ataques que ele vem sofrendo pelo novo governo em relação tanto a independência do Banco Central como a essa questão da meta de inflação, que vem desancorando. O Lula já está chamando Roberto Campos de “esse cidadão”. Isso é ruim, né?

Além disso, os problemas fiscais seguem no radar. Algo muito importante que pode impactar a inflação é essa retirada da desoneração dos combustíveis, que o Haddad tinha prometido acabar no começo do governo, mas foi meio voto vencido. Ainda há a própria discussão do salário mínimo, que o Lula quer dar um aumento real maior. E ainda temos as tratativas do que vai ser o novo arcabouço fiscal.

O mercado também ainda está tentando digerir através desses passos do governo se o Lula vai ser um Lula do passado ou vai adotar um viés um pouco mais Dilma. Então o mercado ainda está tentando entender um pouco disso.

Temos outra variável importante no curto prazo que é a troca do nosso diretor de política monetária, o Bruno Serra. O Roberto Campos quer trazer uma pessoa de mercado e o governo está tentando trazer alguém mais do front político. Tudo isso mexe muito com as expectativas de inflação.

O consenso era de que em agosto a gente começaria a ver o Banco Central reduzindo juros. Isso já passou para a reunião de setembro e um pouco para a reunião de outubro.

A gente acha que o Banco Central dificilmente vai subir mais juros, somente se recados que ele está dando para classe política não surtirem efeito, então eu estou com a cabeça de que a gente pode terminar o ano talvez até acima de 13,25%.Mas eu continuo trabalhando com a hipótese de que a gente ainda deve ter um corte de 0,50 ponto neste ano.

Inv.com – O que esperar da nova âncora fiscal?

Bianchi – Muito desse discurso do Banco Central foi de reforçar a credibilidade no mercado. A viu isso no dia seguinte nas movimentações dos ativos, houve um achatamento da taxa de juros de longo prazo com a taxa de juros de médio prazo.

O Banco Central deu essa mensagem: mercado eu sei que a situação fiscal não está fácil, mas podem confiar em mim que eu também sei ser crível a mercado.

Alguns fatores envolvem a inflação, o movimento da moeda, das commodities, choques de suprimento e a instabilidade fiscal e política. Acreditamos que o mercado está trabalhando muito com esse último fator e que, à medida que esse cenário político e fiscal ele for se tornando um pouco mais ameno, a inflação, não em 2023, mas em 2024, deve convergir para a meta.

O Banco Central foi muito duro nisso quando elevou as projeções da inflação. A gente acredita que uma âncora fiscal seja positiva à medida que esse cenário político e fiscal também represente uma luz no fim do túnel.

Inv.com – Como avaliam as últimas falas de Lula criticando o BC independente e o atual patamar dos juros?

Bianchi – A gente não enxerga de maneira positiva, o mercado não enxerga de maneira positiva ficar criticando a independência do Banco Central. A independência do Banco Central existe e ela e é muito factível à medida em que há diferenciação das políticas.

Inv.com – O diferencial de juros entre Brasil e EUA vai ser o novo normal no governo Lula?

Costa – A apreciação do real ocorrida na última semana tem sido impactada pelo carry trade, diferencial de juros que traz um capital mais volátil, especulativo. Os investidores estrangeiros estão realocando seus recursos em país emergentes, tanto pela questão de um Fed mais dovish quanto pela percepção de que a China está se abrindo mais e trazendo fluxos comerciais para estes países. O Fed já está meio que colocando um teto até onde os juros americanos podem chegar, por volta de 5%. Então é um diferencial de juros muito grande. Acho que o real pode ter um movimento de apreciação, fazendo o dólar chegar a R$4,80, não vou me surpreender se isso acontecer.

Diário do Comércio - MG   07/02/2023

Mesmo com adversidades, o setor industrial mineiro encerrou 2022 com crescimento em todos os indicadores. O faturamento, por exemplo, cresceu 3,8% e foi puxado pela indústria de transformação. Os dados fazem parte da Pesquisa Indicadores Industriais de Minas Gerais (Index), divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

De acordo com o levantamento, além das indústrias faturarem mais no ano passado, o índice de emprego subiu 0,7% e as horas trabalhadas na produção aumentaram 0,8%. Da mesma forma, a massa salarial saltou 3,6% e o rendimento médio avançou 2,8%. Já a utilização da capacidade instalada foi de 82,8%, o que representa altas de 0,1 ponto percentual (p.p.) em relação à média histórica (82,7%) e 0,2 p.p. do fechamento de 2021 (82,6%).

Para a economista da Fiemg Júlia Silper, a aceleração da indústria já era esperada, visto que o desempenho dos índices ao longo do ano já vinham positivos. Ela explica que alguns fatores foram obstáculos para o setor em 2022, entretanto, certas medidas implementadas pelo governo impulsionaram a evolução.

“Apesar do cenário adverso, pautado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, pela política de tolerância zero à Covid na China e pela Selic elevadíssima, a indústria fechou o ano positiva tanto nos indicadores de atividade quanto de mercado de trabalho. Atribuímos esses resultados às medidas de concessão de benefícios sociais, como o Auxílio Brasil, e outros estímulos, como a liberação de recursos do FGTS, a diminuição de algumas alíquotas do ICMS e a redução do IPI. Isso tudo contribui para a maior disponibilidade de renda da população e favorece a atividade industrial”, avalia.

Para este ano, a economista ressalta que o panorama de continuidade da inflação elevada e, consequentemente, da Selic, pode impactar negativamente o setor. Já o fim da política de Covid zero na China deve impulsionar os resultados para cima. Ela esclarece que a reabertura do país asiático deve demandar mais bens e serviços, “o que é uma oportunidade para Minas Gerais, principalmente para as indústrias exportadoras, como a extrativa mineral”.
Segmentos

Conforme o Index, as indústrias mineiras de transformação e extrativa tiveram resultados opostos em alguns indicadores no ano passado. O faturamento da primeira, por exemplo, foi 5,2% superior ao de 2021, enquanto o da segunda, foi 9,8% inferior. Do mesmo modo, o total de pessoas empregadas subiu 0,9% e caiu 2,1%, respectivamente. Já o percentual da capacidade de produção do primeiro segmento cresceu 0,4 p.p., e no segundo recuou 3,2 p.p.

De maneira distinta, a pesquisa mostra que as horas trabalhadas pelo pessoal empregado nas duas indústrias cresceram, sendo que na de transformação o aumento foi de 0,7%, e na extrativa, de 1,8%. O valor das remunerações pagas subiu 4% na indústria de transformação, enquanto na segunda, ficou estável e fechou o ano em 0%. Já a razão entre a massa salarial e o emprego cresceu 3% e 1,9%, respectivamente.
Resultado mensal

Apesar do bom desempenho anual, o último mês de 2022 foi positivo para alguns indicadores, mas negativo para outros. Em relação a novembro, o faturamento caiu 1% e o índice de emprego caiu 0,7%. Já a massa salarial e o rendimento médio cresceram 1,1% e 1,5%, respectivamente. Enquanto isso, as horas trabalhadas na produção aumentaram 0,2%.

Em relação a dezembro de 2021, o faturamento teve redução de 0,6% e as horas trabalhadas na produção caíram 3,2%. Já o emprego subiu 1,3%, a massa salarial cresceu 10,3% e o rendimento médio teve alta de 8,9%.

Ainda segundo o Index, a utilização da capacidade instalada na indústria mineira em dezembro foi de 79,3%, o que indica quedas de 3,4 p.p. em relação à média histórica (82,7%) e 3,2 p.p. ao apurado em novembro (82,5%).

O Estado de S.Paulo - SP   07/02/2023

O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, defende a necessidade de que a discussão sobre meta de inflação levantada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja resolvida o quanto antes, seja lá qual for o desfecho. O economista lembra que a regra que rege o sistema de metas não determina que a definição ocorra no Conselho Monetário Nacional (CMN) de junho, mas até essa data, e que o adiamento da decisão só traz ruídos e deixa as expectativas de inflação sem uma referência.

“É uma prerrogativa do CMN, que tem dois votos por acaso do presidente da República, tipicamente, definir a meta. Então defina a meta, o que geraria uma redução de ruído na condução da política monetária. Nossa avaliação é que ainda tem algum espaço para corte [da Selic] à medida que haja solução para esse tema da meta”, disse Honorato, que projeta Selic em 12,25% no fim de 2023 e em 9,50% no fim de 2024.

Para o economista, o debate da meta é técnico e político e tem que levar em conta o ambiente internacional e o quadro da política econômica brasileira. “A discussão tem que ser feita sem paixão”, defendeu. “É um debate que envolve uma discussão técnica e uma escolha política. É isso que eu estou um pouco incomodado. Não tem nada de errado nisso.”

Veja abaixo os principais trechos da entrevista, que contou com a participação da economista do banco Myriã Bast:

Qual é a expectativa para a política monetária no Brasil diante do debate sobre a meta de inflação?
Acho que a gente tem uma situação que, o quanto antes o debate da meta for equacionado, melhor. E é isso que vai importar para o Copom. É uma prerrogativa do CMN estabelecer a meta de inflação. Isso sempre foi assim no Brasil e continuou sendo assim com a autonomia do BC. É prerrogativa de quem estiver no governo quando achar apropriado. Tem esse ritual de estabelecimento da meta em junho para três anos à frente, agora para 2026, mas é um ritual que pode ser alterado pelo presidente da República ou pelo próprio CMN. Aliás, não está escrito em lugar algum que precisa ser junho a data para o CMN definir a meta, podem fazer na reunião no mês que vem. Agora, se o presidente quiser alterar a meta deste ano ou do próximo ano, tem que ser por decreto. Meu único ponto é que eu acho que, quanto antes a definição for tomada, melhor para o País. Qualquer que seja a decisão que venha a ser tomada. Esse é um tema que estamos tratando internamente e estou bastante convencido, até pelos últimos episódios, que quanto antes essa decisão for feita, melhor.

Sem que esse tema seja definido, a condução da política monetária será mais complexa para o BC?
A minha impressão é que o que o Copom fez na quarta-feira foi dizer que, dada a meta estabelecida de 3% e o que se tem visto de desvio de expectativa e deterioração do risco fiscal, está diminuindo muito o espaço para a queda dos juros. Isso é quase que tautológico, não consigo ver muita provocação nessa afirmação. Tomou uma proporção grande justamente por conta da indefinição da meta. Portanto, supondo que o CMN de junho seja o que vai discutir a meta, até lá temos situação de manejo difícil para o BC caso as expectativas continuem piorando. O BC vai ter que repetir que o espaço diminuiu muito para corte e eventualmente encontre um espaço para aumentar a taxa de juros. Por isso que eu acho que o quanto antes a discussão for definida da meta é melhor para todo mundo, para o governo, para o BC. É uma prerrogativa do CMN, que tem dois votos por acaso do presidente da República, tipicamente, definir a meta. Então, defina a meta e geraria uma redução de ruído na condução da política monetária. Nossa avaliação é que ainda tem algum espaço para corte [da Selic] à medida que haja solução para esse tema da meta, que pode ser um aumento ou manutenção. Há resgate da ancoragem das expectativas ao redor da nova meta, seja qual for ela, e o câmbio pode apreciar.

Se for para mudar que não espere até junho então?
Myriã Bast: [Sim] Porque, enquanto não acontece [a decisão], a discussão do Focus, as expectativas ficam em função disso. Os outros fatores que afetam as expectativas ficam em segundo plano, porque tem um fator muito pesado, que sempre é um poder atrativo para as expectativas, que está indefinido.

Quais são os outros fatores?
Eu vou traçar um cenário: Está definida uma meta, as expectativas se ancoraram ao redor dessa nova meta. Se nos próximos três meses os núcleos de inflação continuarem cedendo como temos visto, a atividade perde fôlego e, de repente, tenha uma apreciação cambial, talvez possamos discutir corte de juros ainda neste semestre. Essa é de certa forma a nossa provocação ou sugestão: no fim do dia, uma vez que se levantou hipótese de alvo não ser 3%, essa indefinição causa uma ambiguidade na decisão de política monetária.

Mas, dependendo de como for feito, em vez de o câmbio apreciar, pode depreciar, certo?
É exatamente por isso que a gente acha que a antecipação é pertinente. Porque o BC vai levar um tempo para ver onde essas variáveis vão se acomodar. Se o câmbio se acomodar para cima ou para baixo muda a projeção de inflação do Copom, da mesma forma as expectativas. É mais um argumento a favor para antecipar isso. Torna a decisão de política monetária mais célere. A indefinição, de certa forma, parece o caminho mais custoso.

Mas o senhor acredita que a mudança da meta seria positiva?
Acho que dá para fazer essa discussão de uma forma bastante menos apaixonada. Há componentes que indicam que, nos próximos 12 a 18 meses, a inflação vai ficar mais pressionada? Sim, um deles é a inflação global. Vi em Davos o [Larry] Summers [ex-secretário do Tesouro dos EUA] discutindo com outros economistas se a meta dos EUA não deveria mudar. Porque é um tema que está na economia global, a inflação está muito acima das metas. Tem um componente de inércia de inflação e tem um componente da política econômica. Qual é a política econômica necessária para levar a inflação para 3% ou para 4%?

Qual seria?
Suponha que o BC tenha a informação de que o arcabouço fiscal vai vir com tais ou tais regras que são significativamente fortes. Talvez se sinta mais confortável e nem mesmo o governo queira mudar a meta. Ou não... A política fiscal vai ser um pouco mais frouxa, provavelmente vai ser uma inflação média mais alta e isso convida a uma alteração da meta. Então acho que tem que tirar um pouco da paixão, colocar esses temas na mesa e ver o que acontece.

A meta atual de 3,0% é adequada para a realidade econômica brasileira?

A questão é se o Brasil tem condições de ter uma meta de 3%? Teoricamente sim, vários países emergentes têm [essa meta de 3%]. Agora, requer um conjunto de escolhas que vão muito além do governo: o tamanho da abertura da economia, a eficiência da economia no setor público e privado, regras trabalhistas e tributárias. É um conjunto de escolhas que ainda não estão plenamente implementadas no Brasil. Na prática, o que temos nos próximos 12 a 18 meses é um ambiente que é mais provável a inflação ficar acima de 3% do que abaixo de 3%. Por isso, temos 4% [para 2024]. A discussão tem que ser feita sem paixão, olhando para esses componentes. É um debate que envolve uma discussão técnica e uma escolha política. É isso que eu estou um pouco incomodado. Não tem nada de errado nisso. É uma prerrogativa do CMN estabelecer a meta.

Mas tem implicações...
Óbvio, mudar a meta tem implicações, como já foi muito explorado. A discussão que me parece mais deslocada é mudar a meta para conseguir corte de juros. Isso nada indica. Não tem literatura no mundo que sugira isso. Agora ter a meta desconectada daquilo que você acha que vai ser a inflação pelo conjunto da política econômica também não ajuda, porque o BC vai ficar apertando, o governo afrouxando do outro lado. Vai ter uma política descoordenada. Isso também não faz sentido. O último ponto, que também é polêmico. Meus amigos que estudam sobre isso no mundo, no FMI, por exemplo, dizem que não há muita diferença, do ponto de vista de crescimento das economias, ter uma inflação de 3% ou 4%. Com uma inflação mais perto de 5% ou 6%, o país começa a ficar mais sujeito a choques. Mas entre 3% ou 4% é uma escolha que envolve componentes técnicos e políticos. Parece que dá para fazer uma discussão centrada, tanto do ponto de vista do BC quanto do governo ao redor desse tema, para que a gente possa ter o melhor dos mundos que é a política monetária voltar a ser previsível.

Essa discussão cabe tanto aqui quanto no cenário internacional, certo?
Olha o tamanho do choque da inflação no mundo. O Fed está em um estágio um pouco diferente do brasileiro, porque começaram a subir juro depois. Suponha que a taxa de inflação nos EUA se estabilize ao redor de 4% e isso leve ao mesmo debate que teve no Brasil de que para chegar à meta de 2% será preciso apertar mais 200, 300 pontos-base. Vai aparecer o debate se faz sentido ou não manter o 2% como meta. O que me parece inequívoco é que inflação baixa ajuda todo mundo. Agora, se é 2%, 3% ou 4%, tem uma gradação que cabe uma discussão tanto global quanto brasileira.

Investing - SP   07/02/2023

-O novo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira que, apesar de não querer que o banco de fomento concorra com bancos privados, a instituição precisa ter juros mais competitivos para empresas menores.

"Não queremos padrão de subsídios como no passado, mas uma taxa de juros mais competitiva para micro, pequenas e médias empresas", disse Mercadante, durante posse como novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cerimônia que contou com presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Segundo Mercadante, é preciso uma revisão, "em parceria com o Congresso Nacional", da Taxa de Longo Prazo do BNDES, a TLP. Na avaliação dele, a TLP "apresenta enorme volatilidade e representa um custo financeiro acima do custo da dívida pública federal, o que penaliza de forma desnecessária as micro, pequenas e médias empresas".

Mercadante também afirmou que sua equipe está desenvolvendo projeto para a constituição de um "Eximbank no BNDES" para apoiar operações de pré-embarque e o pós-embarque de exportações brasileiras.

O ritmo de devolução de recursos do BNDES ao Tesouro foi outro ponto criticado por Mercadante. Segundo ele, o banco devolveu mais de 678 bilhões de reais ao Tesouro desde 2015, incluindo dividendos. Esse valor, afirmou, é 54% maior que as transferências do Tesouro para o BNDES entre 2008 e 2014. "Essa página precisa ser virada."

"Se quisermos ter futuro, precisaremos de um BNDES mais presente e atuante, e de uma relação de equilíbrio com o Tesouro Nacional", disse o novo presidente do banco.

Mercadante defendeu participação do BNDES no investimento em infraestrutura do país, como forma de apoio ao recursos aplicados pelo setor privado.

Defendendo uma reindustrialização do país por meio de foco em descarbonização e reciclagem e pesquisa aplicada, Mercadante disse que a participação da indústria nos desembolsos do BNDES caiu para 16% em 2021 ante 56% em 2006. "Vamos colocar a indústria no topo das ações estratégicas do BNDES", disse ele, sem dar detalhes.

Na frente de novas tecnologias, Mercadante disse que o BNDES vai gerir os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) "para implantar a inclusão digital nas escolas públicas do Brasil", uma meta que vem sendo repetida ao longo dos últimos anos por vários governos.

O novo presidente do BNDES afirmou ainda que o banco vai criar uma Comissão de Estudos Estratégicos, que será coordenada pelo economista André Lara Resende e que terá objetivo de debater com especialistas políticas de desenvolvimento para o Brasil.

Infomoney - SP   07/02/2023

Em uma década, o ganho do exportador brasileiro ficou praticamente estagnado, mesmo com a forte desvalorização do real nesse período. Na prática, o empresário viu a perda de valor da moeda – uma cobrança tão recorrente da indústria – ser corroída pelo aumento de custos externos e internos.

Segundo dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) obtidos com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, na comparação entre o acumulado de janeiro a novembro de 2022 e o mesmo período em 2012, a rentabilidade das exportações cresceu apenas 7,3%. No caso da moeda, cada dólar custava, em média, R$ 1,95 há uma década e, em 2022, estava em R$ 5,15.

“Depois do início da covid, houve uma tendência de alta dos preços dos produtos que o Brasil exporta e uma depreciação do real, mas o custo corroeu todo o ganho dessas duas variáveis”, afirma Daiane Santos, economista da Funcex e autora do levantamento.

A pandemia de covid-19 provocou uma desorganização do comércio internacional, com interrupção nas cadeias globais de fornecimento. O resultado foi um aumento dos custos de se fazer negócio entre os países, com preços mais altos de insumos e commodities. O frete e o aluguel de contêineres para a exportação também encareceram.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no ano passado 90% de todas as importações brasileiras foram compostas por insumos, bens intermediários e bens de capital.

Setores

Nos setores não industriais, como a agropecuária, por exemplo – em que há uma dependência menor de insumos importados -, houve um ganho de 26% na rentabilidade de 2012 para 2022, aponta o estudo. Na indústria extrativista, foi registrada uma queda de 10%. Na de transformação, a alta foi de 6%.

“No setor de alimentos, papel e celulose, a desvalorização cambial até ajuda, mas isso não é verdade para parte da indústria que depende de muito insumo importado”, diz Renato da Fonseca, superintendente de desenvolvimento industrial da CNI.

José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), destaca que o déficit da balança comercial brasileira de manufaturados vem crescendo de forma contínua. “No ano passado, atingimos um recorde: um déficit de US$ 128 bilhões”, diz.

No ramo de máquinas e equipamentos, o aumento de custos dos últimos dois anos mitigou a melhora dos números de exportações – os dados da Funcex mostram uma rentabilidade estagnada na última década. A inflação do setor foi de 17,6%, no ano passado, e de 25% em 2021.

“A desvalorização cambial não acompanhou”, afirma José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). “Todo aumento de custo, com frete e contêiner, não é possível de ser repassado.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CNN Brasil - SP   07/02/2023

Fontes do Congresso próximas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disseram à CNN que ele não deverá entrar em confronto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tampouco permitir que a crescente pressão política contra ele influencie as decisões do banco.

Sua ideia é manter o que considera como missão de estruturar a independência do Banco Central, principalmente mantendo a institucionalidade do órgão que na avaliação de seus aliados está tentando ser rompida por Lula.

A avaliação de autoridades próximas a ela é de que Campos Neto não tem condições de impor sua vontade na decisão sobre os juros do país e que as decisões do banco são baseadas em ciência econômica, não em política.

E que se houver interesse do governo em alterar nomes do banco, isso deve ser feito pela institucionalidade: a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que tem que aprovar os diretores do BC.

Duas vagas serão abertas neste mês, mas a avaliação de seus interlocutores é de que o Congresso, que aprovou a autonomia do BC, dificilmente fará movimentos para revertê-la.

O colegiado deverá ser comandado pelo PSD de Gilberto Kassab, dirigente que Campos Neto é próximo. Além disso, durante a tramitação da PEC Campos Neto se aproximou de deputados e senadores, em especial dos presidentes reeleitos das duas casas, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira. Ambos não só concordaram com a tese da independência do BC, como a aprovaram a toque de caixa contra os interesses do PT, hoje principal partido do governo.

Para deputados e senadores próximos a Campos Neto, o governo tenta com as críticas quase que diárias encontrar um responsável por entregas na economia que dificilmente conseguirá fazer.

O foco  nesse sentido deveria ser apresentar logo o plano para a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal, e não responsabilizar o cenário econômico atual como algo  decorrente da política de juros do BC.

Haveria ainda um erro de operação— uma vez que qualquer mudança no BC desejada pelo atual governo poderia ser encaminhada via PEC ao Congresso— e um erro de diagnóstico— tendo em vista que a inflação é um problema mundial.

Ademais, o processo de aumento ocorreu durante o governo Bolsonaro, o que anularia as críticas de partidarismo que Lula e petistas vem fazendo.

MINERAÇÃO

Valor - SP   07/02/2023

Em fevereiro, a perda acumulada pela principal matéria-prima do aço chega 3,8%; em 2023, o desempenho ainda é positivo, com valorização de 5,71%

Os preços do minério de ferro voltaram a recuar nesta segunda-feira (06), à medida que o sentimento de otimismo em relação a demanda chinesa se dissipando sobretudo no mercado à vista.

Segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com baixa de 1,74% no norte da China, para US$ 124,05 por tonelada.

Em fevereiro, a perda acumulada pela principal matéria-prima do aço chega 3,8%. Em 2023, o desempenho ainda é positivo, com valorização de 5,71%.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), por outro lado, os contratos mais negociados, para maio, subiram 0,9%, a 853,50 yuan por tonelada.

AUTOMOTIVO

Money Times - SP   07/02/2023

Nissan e Renault revelaram nesta segunda-feira detalhes da reformulação da parceria das montadoras, com o grupo japonês se comprometendo a comprar uma participação de até 15% na unidade de veículos elétricos da francesa, Ampere.

O acordo, que também inclui a redução anunciada anteriormente da participação da Renault na Nissan, visa tornar a aliança mais livre e equilibrada pelos próximos 15 anos, disse o presidente-executivo da Renault, Luca de Meo.

O relacionamento desigual entre as duas montadoras, profundamente abalado pela prisão em 2018 do executivo que idealizou a aliança das empresas, Carlos Ghosn, em meio a um escândalo financeiro, há muito tempo é uma fonte de atrito entre os executivos da Nissan.

Embora a Renault tenha salvado a Nissan há duas décadas, ela é a menor montadora em vendas da aliança.

“Considero que o que concordamos é uma configuração muito melhor em relação ao que tivemos nos últimos anos”, disse de Meo em uma apresentação da nova aliança em Londres.

“Temos agora um novo esquema de governança que é muito mais direto, agora podemos operar como uma empresa normal. Visto da Renault, trata-se de recuperar alguma agilidade estratégica sem quebrar necessariamente os laços e as sinergias que existiam.”

O tamanho do investimento da Nissan ou mesmo um compromisso firme de colocar dinheiro na unidade de veículos elétricos do grupo francês, o principal negócio da Renault que deve ter ações listadas no mercado, até agora não está claro.

Nenhum detalhe financeiro foi divulgado nesta segunda-feira sobre a avaliação do negócio, que algumas fontes indicaram que pode chegar a 10 bilhões de euros. De Meo disse que o mercado decidirá o valor da unidade.

“Consideramos a Ampere um facilitador para a Nissan participar de novas oportunidades de negócios na Europa”, disse o presidente-executivo da Nissan, Makoto Uchida, a jornalistas e analistas.

O presidente-executivo da Mitsubishi, Takao Kato, disse que a Ampere também fará parte da estratégia europeia de veículos elétricos e que a empresa “estudará mais” sua participação acionária na unidade.

Nissan e Renault já haviam anunciado que a montadora francesa reduziria sua participação na Nissan de 43% para 15%, transferindo uma participação de 28% para um fundo francês.

A Renault terá flexibilidade para vender as ações da Nissan mantidas no fundo, mas “não tem obrigação de vender as ações dentro de um período de tempo pré-determinado”, disse a companhia.

De Meo disse que a Renault agirá de “boa fé” e venderá suas ações da Nissan de “maneira ordenada”. Quando vender, a Nissan terá direito de primeira oferta.

As empresas também buscam sinergias de projetos conjuntos na Europa, Índia e América Latina, e trabalharão juntas nos negócios de veículos elétricos, eletrônicos e baterias de estado sólido.

O amplo reestruturação da aliança de 24 anos ocorre após meses de intensas negociações complicadas por preocupações sobre o compartilhamento de propriedade intelectual, já que a Renault buscava alianças com empresas de fora da parceria, incluindo a chinesa Geely.

Valor - SP   07/02/2023

A montadora chinesa Geely Automobile Holdings não se juntará à nova divisão de veículos elétricos da Renault, disse o executivo-chefe (CEO) da Renault, Luca de Meo, na segunda-feira, depois que sua empresa e a Nissan Motor anunciaram uma redefinição de sua aliança.

Luca De Meo, presidente mundial da Renault — Foto: Silvia Zamboni/Valor

“Não estamos planejando deixar a Geely entrar na Ampere”, disse Luca de Meo, referindo-se à nova unidade de tecnologia e software de veículos elétricos (EVs) da Renault.

Como a aliança renovada, que também inclui a Mitsubishi Motors, lidará com a Geely foi uma grande questão antes da reunião de segunda-feira em Londres. O comunicado conjunto emitido pelo trio não faz menção à Geely, que foi contratada como sócia pela Renault.

Sob o acordo de aliança, a Renault reduzirá sua participação na Nissan para 15%, igualando a participação da montadora japonesa na Renault. A Nissan planeja adquirir uma participação de até 15% na Ampere.

O CEO da Renault explicou que a parceria com a Geely foi forjada para salvar os negócios sul-coreanos da montadora francesa e ajudá-la a se adaptar às regulamentações europeias sobre carros a gasolina e diesel.

A "história começou na Coreia, onde realmente temos um problema", disse ele a repórteres e analistas em Londres na segunda-feira.

A montadora francesa tinha uma joint venture deficitária com o grupo Samsung na Coreia do Sul, cuja história remonta a 1994. Após a crise financeira asiática de 1997-98, a Samsung recuou do papel principal e cedeu sua participação majoritária na Renault.

Mas a montadora francesa está sob constante pressão na Coreia do Sul, vinda da Hyundai Motor e de sua empresa do grupo Kia, que detêm uma participação combinada no mercado doméstico de mais de 70%. As vendas de janeiro da subsidiária Renault caíram 25% em relação ao ano anterior, para apenas 10.045 veículos.

Na Geely, “encontramos alguém que nos daria a plataforma adaptada ao mercado local para salvar uma fábrica com muitos empregos, milhares de pessoas”, disse de Meo, referindo-se à fábrica do empreendimento em Busan. "Não tínhamos os recursos."

Outro objetivo da Renault era lidar com a proibição da Comissão Europeia sobre a venda de carros novos a gasolina e diesel até 2035. Diante desse desafio para seus negócios existentes, a Renault anunciou uma joint venture 50-50 com a Geely para coproduzir motores de combustão interna e opções híbridas em novembro passado.

De acordo com de Meo, esse movimento foi sobre "tentar jogar um jogo de sinergia de nossos ativos para ganhar produtividade" para economizar mais recursos para outros negócios voltados para o futuro, como EVs e software. Ele disse que a Nissan foi convidada a se juntar a esse empreendimento com a Geely, mas que a montadora japonesa disse que "não estava interessada por enquanto".

Do ponto de vista da Geely, a parceria com a Renault ajuda a avançar em sua estratégia de longo prazo para expandir além da China continental. O maior grupo automotivo privado do país, liderado por sua controladora não listada, Zhejiang Geely Holding Group, tem atuado em aquisições no exterior. Ela é proprietária da Volvo Cars desde 2010 e comprou 49,9% da Proton Holdings da Malásia e 51% da Lotus do Reino Unido, do grupo automotivo malaio DRB-Hicom, em 2017.

Para a Nissan - que, ao contrário da Renault, é um grande player no mercado da China continental - a Geely é uma concorrente direta. Um dos principais pontos de discórdia nas negociações entre a Renault e a Nissan foi restringir o uso da propriedade intelectual que desenvolveram em conjunto durante sua aliança de quase um quarto de século.

Mas para a Renault, a Geely continua parceira. O CEO da Renault teve o cuidado de não lançar dúvidas sobre seus laços na entrevista coletiva de segunda-feira.

"Temos relações muito boas com a Geely", disse de Meo.

Rodoviário

Valor - SP   07/02/2023

Os fabricantes de implementos rodoviários começaram o ano com o volume de emplacamentos estável na comparação anual. Segundo a Anfir, entidade que representa o setor, em janeiro foram entregues 11.657 produtos, contra 11.661 no mesmo mês de 2022. O resultado mensal está em linha com as expectativas para ano. A entidade prevê a entrega de 140 mil implementos, 9,5% a menos do que 2022. Já por segmento, os desempenhos foram bem diferentes. O segmento de pesados começou 2023 com queda de 2,75%. Foram 6.539 reboques ou semirreboques entregues no mês passado, na comparação com 6.724 unidades há um ano. No segmento de leves, chamado no jargão do setor como carrocerias sobre chassis, o crescimento em janeiro foi de 3,67%. Foram 5.118 produtos neste ano contra 4.937 no primeiro mês de 2022. A expectativa da Anfir é que os próximos meses sejam influenciados pelas vendas fechadas durante a Fenatran, ocorrida em novembro na capital paulista. A Fenatran é considerada a maior feira de transportes do país. “As ações comerciais desenvolvidas na Fenatran serão contabilizadas de forma gradual mês a mês no primeiro semestre dando suporte ao desempenho da indústria no período”, disse José Carlos Spricigo, presidente da Anfir em nota. “Os indicadores dos principais setores onde estão situados os clientes da indústria de implementos rodoviários são favoráveis.”

NAVAL

O Estado de S.Paulo - SP   07/02/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na tarde desta segunda-feira, 6, que o governo federal vai retomar os investimentos na indústria naval e de óleo e gás no Rio de Janeiro. Ao lado do prefeito da capital carioca, Eduardo Paes (PSD), e do governador Cláudio Castro (PL), na inauguração do Super Centro de Saúde Carioca, o petista criticou a gestão na saúde durante a pandemia de COVID-19 do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Vamos voltar a construir navios nos estaleiros do Rio de Janeiro e retomar os investimentos na indústria de óleo e gás”, afirmou o presidente.
Lula criticou a gestão de Bolsonaro na área da Saúde. O presidente disse que “nunca imaginou que um presidente fosse capaz de mentir sobre os benefícios da vacina”.

“Tivemos nos últimos tempos a maior campanha de negacionismo contra as vacinas”, disse.

Vaias
Cláudio Castro foi vaiado ao ser anunciado como um dos convidados para a inauguração. Aliado de Bolsonaro durante o período eleitoral, Castro ressaltou a “maturidade” para se trabalhar pelo Estado.

“Temos demonstrado maturidade no Rio de Janeiro para trabalharmos juntos. Essa maturidade de entendermos que juntos temos a missão de olhar para esse povo. Não existe a pessoa na perspectiva do Estado, município ou União”, afirmou Castro.

Paes (PSD) saiu em defesa de Castro:

“Independente de crença política, vocês não sabem a satisfação de ter o presidente da Republica visitando o Rio de Janeiro. A campanha eleitoral passou, mas temos que registrar algumas coisas. Não tivemos aliança eleitoral, mas temos que destacar que o governador Cláudio Castro tem sido um enorme parceiro. Nunca se deixou contaminar pela política baixa”, disse.

PETROLÍFERO

Infomoney - SP   07/02/2023

Apesar do petróleo do tipo Brent ter caído cerca de 10% na semana passada, para US$ 80 o barril, o Goldman Sachs elevou a previsão de demanda da China para 16,0 e 16,6 milhões de barris por dia (mb/d) no quarto trimestre de 2023 e no 4T24, respectivamente, 400 mil e 700 mil barris por dia acima das estimativas anteriores.

Segundo relatório do banco, há fatores principais que justificam a derrocada da commodity nos últimos dias. Primeiro, investidores provavelmente estão atualizando suas expectativas para a produção de petróleo da Rússia, que continua a surpreender positivamente, antes da proibição de domingo da União Europeira (UE) de produtos refinados, já que as margens do diesel estão caindo drasticamente.

“Em segundo lugar, o colapso em curso dos preços do gás natural (em parte relacionados a um inverno relativamente quente) está incentivando a mudança de óleo para gás. O colapso dos preços do gás também está reduzindo os preços dos produtos petrolíferos, o que pode, por sua vez, deprimir o posicionamento nos mercados de petróleo”, avaliam analistas.

Em terceiro lugar, os investidores mais atentos ao macro expressando o tema mais amplo da desinflação e o hedge do produtor provavelmente levaram a algumas vendas recentes.
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Embora os preços também tenham caído nas últimas duas semanas, analistas não acreditam que qualquer deterioração nas perspectivas para a demanda de petróleo da China explicam a venda do petróleo.

Analistas apontam que enquanto as vendas de imóveis permanecem lentas na China, dados de mobilidade estão se recuperando rapidamente. Conforme cálculos do banco, a demanda da China por petróleo aumentou de 14,5 mb/d no final de novembro para 15,5 mb/d em meados de janeiro.

De acordo com analistas, a recuperação da demanda desde dezembro reflete aumentos nas corridas de refinaria e nas importações líquidas de derivados.

O Goldman Sachs destacou que o aumento da previsão da demanda chinesa é baseada na incorporação de expectativas de um petróleo mais forte, previsão do PIB da China e o fato de que o número de barris consumidos por unidade de produção em outras grandes economias agora está próximo de sua tendência pré-pandêmica.

Por fim, analistas apontaram que um aumento de 1,2 mb/d na demanda de petróleo apenas da China corresponde ao crescimento médio da demanda global nas duas décadas anteriores ao Covid.

TN Petróleo - RJ   07/02/2023

A Petrobras está próxima de iniciar suas atividades exploratórias na Margem Equatorial, que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, e seus técnicos avaliam que a produção de petróleo estimulará o desenvolvimento econômico de todos os estados compreendidos nessa faixa. Para a Bacia Pará-Maranhão há a previsão de perfuração de dois poços, a partir de 2026. Essas informações foram apresentadas pelos gestores da Petrobras em palestras na Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), quarta, dia 1/2, e na Associação Comercial do Pará (ACP), no dia 2/2.

A Petrobras investirá US$ 2,9 bilhões nos próximos 5 anos, para a perfuração de 16 poços na Margem Equatorial, com início a partir do 1º. trimestre de 2023, conforme o seu Plano Estratégico 2023-2027. Esses dados foram apresentados nos seminários sobre a produção na Margem Equatorial, em Belém. O gerente geral de Ativos Exploratórios da Petrobras, Rogério Soares Cunha, fez uma breve exposição na abertura da palestra da companhia na FIEPA: “Ao buscarmos uma nova fronteira exploratória, como a Margem Equatorial, nosso objetivo é adicionar reservas de óleo e gás, de acordo com a visão de futuro da companhia o que, consequentemente, estimulará o desenvolvimento econômico de toda a região”, explicou ele. A coordenadora de Projetos Exploratórios, Ana Helena Rebelo Anaisse, e a gerente de Mudanças Climáticas, Raquel Campos Cauby Coutinho, palestraram sobre os “Projetos Exploratórios na Margem Equatorial e Transição Energética”.

Ana Helena explicou, durante os seminários, que a Petrobras criou um Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), em Belém, como parte integrante da estrutura de resposta a emergências, cuja Licença de Instalação (LI) e Licença Prévia (LP), foram emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS-PA) ontem, dia 02/02. A palestrante apresentou a etapa posterior do projeto exploratório, a Avaliação Pré-Operacional (APO), um simulado de emergência que é uma exigência do IBAMA para a concessão do licenciamento para a perfuração do poço Morpho, que será realizada a 175km em relação à costa do Amapá e em lâmina d’agua de 2880m.

Durante o evento, a Petrobras demonstrou que está envidando todos os esforços e mobilizando os recursos necessários para a realização da APO. Os recursos encontram-se no local onde será perfurado o poço e estão em processo de vistoria e testes operacionais, tanto pela Petrobras quanto pelo IBAMA, de modo a estarem aptos a realizar as operações. A data para a realização da APO será definida em breve, junto ao IBAMA. Após a realização dessa atividade, a emissão da licença ambiental deverá ser emitida pelo Órgão Ambiental, para o início da perfuração do poço, no bloco exploratório FZA-M-59, em região do Amapá Águas Profundas.

Os planos da Petrobras para a região incluem o compromisso com o desenvolvimento sustentável, como um valor para todas as iniciativas da Petrobras. Raquel Coutinho destacou, em sua fala, os investimentos para fortalecer as iniciativas de baixo carbono. Ela detalhou que, para tanto, a Petrobras investirá US$ 4,4 bilhões, previstos em seu Plano Estratégico. Além da descarbonização, outras prioridades são a produção e oferta de produtos com conteúdo renovável, como o Diesel R e futuramente o BioQAV e os projetos de pesquisa e desenvolvimento, visando trazer oportunidades para diversificação de produtos e fontes de energia.

A expectativa da Petrobras em relação aos fornecedores da região foi um dos temas das falas do gerente geral de Relacionamento com o Mercado Fornecedor, Márcio Pereira. Ele discorreu sobre as premissas de contratação da companhia, baseadas em conformidade e segurança. Além disso, Márcio Pereira explicou os critérios de avaliação do Cadastro de Fornecedores da Petrobras, determinados conforme os tipos de fornecimentos e famílias de bens e serviços. Ele também abordou as ferramentas digitais da companhia, disponíveis para o relacionamento com o mercado fornecedor e a realização das contratações.

O programa da Petrobras, Conexões para a Inovação, foi o tema das palestras do gerente de Inovação Tecnológica do Cenpes, Vinícius Maia de Jesus. Nas duas apresentações, ele explicou que a companhia realiza parcerias com universidades, instituições de ciência e tecnologia e outras empresas, com o objetivo de desenvolver, testar e comercializar novas tecnologias. O programa é orientado para resolver desafios tecnológicos das diversas áreas da Petrobras e o principal critério de seleção é técnico, ou seja, o parceiro selecionado é aquele que demonstra maior probabilidade de ter sucesso no desenvolvimento da solução. Um atrativo importante é que, uma vez desenvolvida e testada a tecnologia, os parceiros podem fornecer a tecnologia em escala para a Petrobras, explicou ainda Vinicius Maia.

Petro Notícias - SP   07/02/2023

A distribuidora capixaba ES Gás inaugurou o gasoduto Linhares, que faz a interligação da rede de distribuição urbana do município à estrutura de transporte de gás. Maior investimento do Plano de Negócios da empresa para o primeiro ciclo de operações, a obra consistiu na construção de 28 km de gasoduto, em área predominantemente rural, com investimento de R$ 24,5 milhões. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, participou da cerimônia de inauguração do projeto.

O empreendimento vai permitir a expansão da oferta de gás natural em até oito vezes, contribuindo para a atração de investimentos energo-intensivos e geração de emprego e renda na região. Com a conclusão da obra, a distribuição de gás natural deixa de ser feita por meio do transporte em carretas com Gás Natural Comprimido (GNC), ampliando também a segurança da atividade e eliminando o risco de desabastecimento.

Anteriormente, era necessário o transporte rodoviário de GNC do ponto de recebimento do gás, em Regência, até Bebedouro, onde o insumo era descomprimido para entrar na rede de distribuição. Com a obra, essa fase é dispensada, eliminando cerca de 240 viagens mensais de caminhões que percorriam cerca de 63 km entre os dois pontos, considerando ida e volta.

Com a interligação da rede, a oferta de gás passará de 40 mil metros cúbicos/dia para até 360 mil metros cúbicos/dia, que serão distribuídos pelo gasoduto, localizado em profundidade aproximada de um metro do nível do solo e dois metros da pista, por meio do qual serão abastecidos residências, indústrias, estabelecimentos comerciais e postos de combustíveis.

“É uma alegria ter a oportunidade de entregar mais esse investimento aqui em Linhares. O gás natural é uma fonte de energia importante, que também é uma fonte energética de transição. Além disso, o gasoduto vai facilitar a vida de empreendedores, na medida em que não será mais preciso transportar o gás por meio de carretas até o polo empresarial, por exemplo”, disse o governador Renato Casagrande.

Para o diretor-presidente da ES Gás, Heber Resende, a obra mostra que a Companhia está atenta às expectativas e oportunidades para expandir a rede de distribuição de gás natural no Espírito Santo, levando esta fonte energética a mais pessoas e empresas. “Sabemos o quão o gás natural é um importante elemento indutor do desenvolvimento, e seu enorme potencial em alavancar o incremento de negócios por onde passa, por isso, a entrega deste empreendimento é motivo de grande satisfação para a ES Gás”, pontuou.

O Petróleo - SP   07/02/2023

O Federal Reserve será um dos principais impulsionadores do preço do petróleo este ano.

Isso é de acordo com Stephen Brennock, analista de petróleo da PVM Oil Associates, que disse à Rigzone que as expectativas de que reduzirá gradualmente o ritmo dos aumentos das taxas devem pesar sobre o dólar e, portanto, apoiar os preços do petróleo.

Preços do petróleo sobem, perspectiva de taxa de juros limita ganhos

“No entanto, há um elemento de incerteza, portanto, os resultados das reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) podem ser muito voláteis para o dólar e os preços do petróleo”, alertou Brennock.

Al Salazar, vice-presidente sênior da Enverus Intelligence Research (EIR), destacou que os aumentos de juros do Fed visam conter a inflação e desacelerar a atividade econômica, observando que tais condições não favorecem os preços mais altos do petróleo.

“Os mercados estão preocupados com a possibilidade de uma recessão, o que certamente causará bolsões de fraqueza no preço do petróleo”, disse Salazar à Rigzone.

“Dito isso, a probabilidade de uma grande recessão levando ao petróleo bruto e ao aumento de estoques de produtos permanece baixa, o que impulsiona nossa alta no segundo semestre deste ano”, acrescentou Salazar.

FMI injeta otimismo nos mercados de petróleo

Em um comunicado enviado à Rigzone na semana passada, Bill Farren-Price, diretor da EIR, disse que a empresa espera que o aumento da demanda por petróleo no segundo semestre de 2023 provoque saques de estoque e preços mais altos, “com uma chamada de preço para o quarto trimestre estimada em US$ 20. -$30 por barril acima da atual faixa avançada”.

Pense no aperto do Fed como restrição de oferta

Dan Kish, um distinto membro sênior do Institute for Energy Research (IER), disse a Rigzone que você pode pensar no aperto do Fed como uma restrição de oferta.

“À medida que o custo do dinheiro emprestado aumenta, isso afeta significativamente as indústrias de capital intensivo, não apenas o petróleo, mas também a infraestrutura e a energia renovável”, disse Kish.

“À medida que os custos dos projetos aumentam, haverá menos deles no momento em que o mundo precisa de mais petróleo para ajudar a conter a inflação”, acrescentou.

“No longo prazo, se o aperto do Federal Reserve levar à recessão, isso reduzirá a demanda e o preço do petróleo”, observou Kish.

FOMC

O Federal Reserve System é o banco central dos Estados Unidos. Desempenha cinco funções gerais para promover o funcionamento eficaz da economia dos EUA e, de forma mais geral, o interesse público, observa seu site.

O FOMC realiza oito reuniões regulares por ano e, nessas reuniões, o Comitê analisa as condições econômicas e financeiras, determina a postura apropriada da política monetária e avalia os riscos para suas metas de longo prazo de estabilidade de preços e crescimento econômico sustentável, esboços do site do Fed.

O site do Fed destaca que o FOMC é composto por 12 membros; os sete membros do Conselho de Governadores do Federal Reserve System, o presidente do Federal Reserve Bank de Nova York e quatro dos onze presidentes restantes do Reserve Bank, que cumprem mandatos de um ano de forma rotativa.

Petro Notícias - SP   07/02/2023

A cidade de Macaé (RJ) será palco do evento “Repensar Macaé – Futuro e Cenários Econômicos” na próxima quarta-feira (8). O encontro acontecerá no Hotel Royal Macaé, com início às 16h. O objetivo é apresentar e discutir com o empresariado regional os cenários e perspectivas da economia brasileira e da indústria de petróleo e gás natural no país para 2023. A iniciativa do Repensar Macaé, em co-realização com o Aeroporto de Macaé, contará com as participações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, e do presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy (foto), que vão apresentar cenários macroeconômicos e, mais especificamente, perspectivas do setor de petróleo e gás.

De acordo com o IBP, o Brasil é atualmente o 9º maior produtor de petróleo do mundo e o 8º mercado consumidor. A indústria do petróleo responde pela fatia de 15% do PIB industrial brasileiro, sendo seu produto o terceiro mais exportado. Em 2021, a indústria do petróleo transferiu R$ 254 bilhões em tributos para todas as esferas de governo, fomentando a arrecadação e contribuindo para fomentar diversas políticas públicas.

Macaé é uma cidade estratégica para o setor energético no país, pois é o principal polo que abriga as mais variadas empresas da cadeia de exploração e produção de Petróleo e Gás, além de ser uma dos maiores cluster de investimento em termelétricas nos pátios. O evento “Repensar Macaé – Futuro e Cenários Econômicos” é uma oportunidade para o empresariado local e regional ter acesso a discussões profundas sobre a conjuntura econômica e contribuir na tomada de decisão para expansão dos investimentos e negócios na região. Para participar do evento, realize sua inscrição clicando neste link.

O Petróleo - SP   07/02/2023

Um terremoto de magnitude 7,8 na Turquia, que começou na manhã de segunda-feira, causou danos a duas seções de uma linha de transmissão de gás na província de Hatay, provocando a suspensão dos fluxos de gás para algumas áreas.

Um terremoto nas primeiras horas da manhã de segunda-feira atingiu o sul da Turquia e o noroeste da Síria, causando explosões em duas partes separadas de um gasoduto na província de Hatay.

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A operadora estatal de gasodutos Botas suspendeu os fluxos de gás natural através da linha para as províncias de Gasiantep, Hatay e Kahramanmaras, bem como para outros distritos como medida de precaução, informou a Reuters .

As operações no terminal de petróleo de Ceyhan, no sul da Turquia, também foram suspensas e uma reunião de emergência sobre a situação está sendo realizada, disse um porta-voz da Botas. O terminal de Ceyhan fica a 155 km (96 milhas) do epicentro do terremoto, que fica nos arredores da cidade de Gasiantep.

No entanto, atualmente não há danos relatados nos oleodutos Kerkuk-Ceyham ou Baku-Tbilisi-Ceyham. Os fluxos de petróleo continuam em ambos.

O terremoto inicial teve uma magnitude de 7,8, com tremores chegando até Chipre e Líbano. Isso torna o terremoto um dos mais fortes da região em pelo menos um século.

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Um segundo terremoto quase igualmente severo, medindo 7,6 na escala Richter, atingiu a Turquia novamente às 14h, horário local, menos de 12 horas após o primeiro. A Al Jazeera informou que os efeitos imediatos disso podem ser sentidos pelos moradores de Damasco.

As autoridades turcas confirmaram 1.541 mortes na Turquia, com outras 810 relatadas na Síria, elevando o número total de mortos para mais de 2.300, segundo a Al Jazeera . Outros milhares estão feridos ou desaparecidos. À medida que as tentativas de busca e resgate continuam, espera-se que esses números aumentem significativamente.

O presidente turco, Recep Tayyip ErdoÄŸan, disse em uma coletiva de imprensa anteriormente que “não sabemos quão alto será o número de vítimas, pois os esforços para levantar os destroços continuam em vários edifícios na zona do terremoto”.

Fabiane Melo

Fabiane Melo é formada em jornalismo  e Economia e já atuou em grandes portais do Brasil onde administrou vários blogs sobre Energia, Petróleo e Gás, Offshores e Indústrias. Sua especialização passa pela criação de artigos sobre Petróleo e Energia. Atualmente, é redatora do O Petróleo.

AGRÍCOLA

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   07/02/2023

A John Deere apresenta seus lançamentos para lavoura, focados nas oportunidades para os agricultores do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e sul de São Paulo no Show Rural Coopavel 2023.

No evento, realizado em Cascavel, PR, entre 6 e 10 de fevereiro, o público conhecerá o 3036EN, o menor trator já comercializado pela John Deere no Brasil, além da plantadeira PL2117, do trator 6100J, o novo modelo do pulverizador M4000, das novas plataformas de milho e da nova grade aradora da Greensystem.

A região vive um cenário de oportunidades para o produtor rural. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Paraná contou com um aumento de 370% nas exportações de milho em 2022, alcançando um total de 2,5 milhões de toneladas do grão comercializadas no exterior.

“A importância do cultivo de milho para a região paranaense deve ser valorizada, assim como a atuação de produtores em pequenas e médias propriedades. A John Deere, ciente das demandas de seus clientes na região, traz ao Show Rural Coopavel lançamentos que os auxiliarão a obter máxima produtividade e rentabilidade em suas lavouras com muita tecnologia”, comenta Marcelo Lopes, diretor de Vendas da John Deere Brasil.

Além das novidades apresentadas no estande da John Deere, o distribuidor Veneza Sul levará ao Show Rural máquinas da linha de Construção da John Deere.

Serão expostas no espaço uma retroescavadeira 310L, uma pá-carregadeira 524K, uma escavadeira hidráulica 130G e um trator de esteira 700J.

Correio do Povo - RS   07/02/2023

A 35ª edição do Show Rural Coopavel, que começou ontem e vai até a próxima sexta-feira, dia 10, em Cascavel, no Paraná, revela um setor em completa transformação. Após dois anos de pandemia e de uma edição ainda realizada sob restrições de circulação devido ao vírus da Covid-19, a exposição reflete a necessidade de intensificar e aumentar rapidamente a tecnificação da produção agrícola brasileira.

As soluções em automação e em inovação, demonstradas gratuitamente ao produtor rural nos 720 mil metros quadrados do Parque Tecnológico da Coopavel, demonstram que há necessidade de investimento em tecnologia de precisão aliada à gestão de longo prazo nas propriedades, condições especialmente evidenciadas nas gigantes do segmento de máquinas e implementos agrícolas.

Conforme o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão Bastos de Oliveira, o movimento em busca de tecnologia deve-se à necessidade de o Brasil ampliar a produção de alimentos em 40% nos próximos 10 anos, já divulgada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e pelo próprio Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “A ONU conta muito com o Brasil para alimentar o mundo. E isso é coisa para acontecer em 10 anos. Por isso, o produtor precisa de planejamento”, assegura.

Estevão, que esteve no Show Rural Coopavel ontem, destaca os equipamentos conectados à internet voltados para geração de insumos primordiais e à tomada de decisões. Alguns, inclusive, com os próprios algoritmos, capazes de gerar as próprias decisões. “A feira é geradora de negócios, mas, como uma das mais importantes do Brasil, tem o objetivo de mostrar ao agricultor o rumo da alta tecnologia, mesmo que ele adquira os produtos em outros momentos”, afirma.

Na base da pirâmide, estão máquinas e implementos capazes de reduzir o uso de insumos, aumentar a produtividade e melhorar o meio ambiente. “Você importa tecnologia de outros setores e do mundo inteiro. Tudo muda muito rápido”, comenta o dirigente. A expectativa de boa safra de grãos no Paraná e de, consequentemente, renda no bolso do agricultor local anima os fabricantes. “Isso significa mais recursos no bolso do produtor”, garante.

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