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06 de Abril de 2023

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   06/04/2023

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reconheceu os efeitos do aperto monetário sobre a atividade econômica, mas reiterou que a autoridade monetária vai perseguir as metas de inflação. Em fórum do Bradesco BBI, Campos Neto afirmou que o BC tem procurado um equilíbrio entre os custos do combate à inflação e os de não combatê-la. Nesse sentido, disse que perseguir a meta já em 2023 nunca foi o objetivo, uma vez que demandaria juros muito altos.

Mesmo assim, observou mais de uma vez durante o evento que o preço de enfrentar a inflação é, no longo prazo, menor do que o de deixar os preços subirem descontroladamente para poupar a atividade econômica no curto prazo.

Campos Neto disse não ser verdade que a inflação seja só de oferta, sem relação com pressões vindas da demanda. Assim, deixou mais uma vez claro que a função do BC é combater efeitos secundários da inflação, citando a alta de preços dos serviços e dos núcleos ainda altos.

Em relação a usar como referência o núcleo, ao invés do IPCA cheio, nas decisões de política monetária, o presidente do BC avaliou que este é um debate técnico. Observou, no entanto, que, em países emergentes, o mais comum é dar maior peso à inflação cheia, mesmo quando os núcleos sejam observados.

Campos Neto minimizou também os estouros de meta da inflação nos últimos anos. “Países com inflação mais baixa furam metas tanto ou mais que o Brasil”, comparou o presidente do BC, acrescentando que não vê problemas com o sistema de metas de inflação no Brasil.

Crises bancárias dos EUA e Europa e efeitos sobre crédito

O presidente do Banco Central disse ainda que as crises bancárias têm origens diferentes nos Estados Unidos e Europa, porém convergem a um cenário de desaceleração de crédito em ambas as economias. “Implicação disso é que o crédito vai desacelerar. A gente imagina uma desaceleração de crédito grande na Europa e nos EUA”, declarou.

Nos EUA, observou o presidente do BC, o problema é de bancos regionais, cuja regulamentação é diferente e, citando o SVB como exemplo, a base de depositantes é concentrada e limitada, o que leva a uma fragilidade dessas instituições.

Já na Europa, continuou Campos Neto, o problema é diferente, relacionado à baixa rentabilidade dos bancos, com questionamento do mercado ao modelo de negócio. Apesar disso, Campos Neto considerou relativamente rápida a solução dada pela Suíça ao Credit Suisse.

Em relação às condições de crédito no Brasil, Campos Neto julgou que os bancos apontam desaceleração de crédito, porém sem enxergar uma crise. Os bancos, acrescentou, dizem que o problema no crédito é de oportunidades, sendo que o crescimento de 7,5% do crédito previsto no Brasil é compatível com resto do mundo.

CNN Brasil - SP   06/04/2023

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 1,7 ponto na passagem de fevereiro para março, para 76,4 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp aumentou 0,6 ponto.

“Pelo segundo mês consecutivo, o IAEmp avançou, mas ainda sem conseguir afastar a percepção de cautela. Os últimos resultados positivos são insuficientes para compensar a queda ocorrida na virada de ano e o patamar do indicador permanece historicamente baixo, sugerindo que altas recentes podem ser mais associadas a uma acomodação do que uma reversão de tendência”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

“As perspectivas macroeconômicas no curto prazo continuam desafiadoras e devem continuar limitando uma melhora expressiva do indicador e do mercado de trabalho. Avanços mais fortes devem ocorrer somente com uma reação da atividade econômica”.

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.

O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.

Em março, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram positivamente para o resultado. Os destaques foram os componentes de Tendência dos Negócios da Indústria, com avanço de 1,4 ponto, e Emprego Previsto da Indústria, com 1 ponto.

Na direção oposta, os piores resultados no mês foram dos itens Emprego Previsto de Serviços, com queda de 0,7 ponto, e Situação Atual dos Negócios da Indústria, recuo de 0,5 ponto.

Globo Online - RJ   06/04/2023

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a proposta de novo arcabouço fiscal apresentado pelo governo federal é “superpositiva” e que elimina riscos de uma trajetória explosiva dos gastos.

Campos Neto voltou a dizer, porém, que eventuais ruídos entre a política fiscal e a monetária afeta as expectativas e defendeu que as decisões da autoridade monetária não são políticas, e sim “totalmente técnicas”. Ele discursou a uma plateia formada por investidores durante evento promovido pelo banco Bradesco BBI em São Paulo.

— É importante reconhecer o grande esforço que o ministro Haddad e o governo têm feito. O que foi anunciado até agora elimina o risco de cauda para aqueles que achavam que a dívida poderia ter uma trajetória mais explosiva — afirmou Campos Neto.

O presidente do BC disse, no entanto, que existe ainda “uma certa ansiedade ainda em relação à parte das receitas”, em alusão ao necessário aumento de arrecadação que a regra fiscal demandaria. Também destacou que é preciso “observar como vai tramitar no Congresso” o texto.

Trabalhando com Lula há duas décadas, fotógrafo foi o único brasileiro que subiu a rampa do Planalto três vezes ao lado do presidente

Campos Neto afirmou que é preciso ter parcimônia em relação a cobranças sobre o governo para a realização de cortes de despesas obrigatórias.

— Tem uma ansiedade em relação a despesa obrigatória. Acho às vezes até injusto, isso deveria ser cobrado com alguma parcimônia porque, fazendo uma análise mais profunda do passado, é bastante difícil cortar despesa obrigatória, principalmente quando a gente pensa em cortes estruturais. A gente teve alguns cortes conjunturais que depois acabaram retornando — disse ele.

Credibilidade para que o que o governo tem feito

O presidente do BC defendeu que é preciso “dar credibilidade para o que o governo tem feito”, mas também disse que o ajuste com menor aumento de receita é o mais desejável.

— Obviamente o livro-texto vai te dizer que se você fizer um ajuste com mais corte de despesa e menos aumento de receita o aumento inflacionário é diferente (menor) — disse.

Ao ser questionado sobre uma eventual mudança nas metas de inflação, Campos Neto voltou a se posicionar de maneira contrária. O presidente do BC voltou a lembrar que existe um debate entre economistas em relação ao tema.

De um lado, está quem argumentam que a meta atual, de 3,25% foi estabelecida “em um momento em que a inflação basal global era muito baixa” e que se imaginava que a pandemia geraria deflação. Como o momento é diferente hoje, haveria espaço para um reajuste.

— Do outro lado, você tem os economistas que dizem que mudar a meta em um ambiente em que você não cumpre a meta, você não ganha grau de liberdade, perde. Porque as pessoas vão ajustar a inflação não só para a meta nova, mas vão colocar um prêmio adicional em relação a isso. (...) Se você conseguisse convencer todo mundo de que você vai mudar a meta e nunca mais vai mudar depois, provavelmente teria uma situação em que a expectativa não aumentaria o prêmio. Mas isso não garante que não vão existir custos depois, de reputação — ressaltou ele.

Tentativa de politização

Sem mencionar diretamente membros do governo, o presidente do Banco Central criticou o que chamou de “tentativas de politizar” as decisões pretensamente técnicas da autoridade monetária sobre os juros.

Há duas semanas, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, criticou o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) que embasava a decisão de manter a taxa básica de juros em 13,75% em meio a pressões do governo Lula e do empresariado para redução de juros.

Na ocasião, a ministra afirmou que a ata e o comunicado do órgão vieram “no tom errado” e que eram documentos políticos.

— A tentativa de politizar um processo que é totalmente técnico é uma coisa que deixa os funcionários da casa e os diretores de uma forma geral bem preocupados. Quando a gente escuta comentários de que é uma decisão política tem milhares de pessoas que passam a noite rodando modelos. Não tem nada na decisão que é política, é sempre técnica — afirmou Campos Neto.

Ele disse, ainda, que “quem entende e analisa” os documentos vê que “é uma coisa que requer um pouco mais de ciência”.

IstoÉ Dinheiro - SP   06/04/2023

Uma das garantias apresentadas na é a redução da dívida pública. Com todas as metas alcançadas, há uma projeção que começa com R$ 80 bilhões este ano, até completar R$360 bilhões até 2031. O objetivo é, segundo analistas, de um governo otimista com o arcabouço fiscal funcionando com uma boa arrecadação tributária e estabilização fiscal no país nos próximos 4 anos.

Com isso, consequentemente, a taxa de juros começaria a cair, e o governo tem dívidas relacionadas à taxa de juros – quanto menor a taxa de juros, menos o valor que o governo deve pagar.

“Num cenário ideal do arcabouço, na visão do governo, a taxa Selic de 13,75% caindo até 4%, por exemplo, o governo conseguiria essa economia prevista”, explica Murillo Torelli, professor de contabilidade financeira e tributária da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

“A redução com juros é um cenário bastante otimista, considerando que a taxa de juros está superior a 13%; para que houvesse essa economia tão rápida, haveria uma necessidade de redução para 4%. É um cenário que dificilmente vai se efetivar e a tendência de queda é bastante reduzida, considerando as últimas decisões do Copom”, avalia Gabriel Quintanilha, professor convidado da FGV Direito Rio.

A nova regra fiscal proposta cria uma banda de superávit primário – economia do governo receita menos despesa antes de quitar os juros da dívida – ano a ano. Para ser atingida, o governo pretende aumentar em R$ 150 bilhões a arrecadação fiscal, prometendo isso sem novos impostos, somente com maior base de contribuintes.
Arrecadação x despesas

Torelli alerta que a proposta vem sendo criticada por não apresentar propostas de economia nos gastos, apenas de aumento de receita – aumento da arrecadação suficiente para fazer frente às despesas públicas e que ficam limitadas em 70%.

“Mesmo que a receita não aumente como o esperado, os gastos aumentarão com a inflação do período, o que pode tornar a meta ainda mais difícil de ser alcançada; vamos deixar de ter um teto de gastos para ter um piso de gastos, pois regra sempre vai permitir aumento real dos gastos, com arrecadação ou com inflação”, avalia o professor da Mackenzie.

Para Renan Pieri, da economista da Fundação Getúlio Vargas, essa economia de R$ 360 bi com juros acontece se o governo conseguir reduzir o prêmio de risco, que é o quanto se tem que pagar ao investidor que comprou título público por conta do risco percebido de nao receber o dinheiro.

“A ideia é que o novo arcabouço gere uma maior segurança aos investidores de que o governo manteria a dívida estabilizada e com essa percepção de risco menor, os juros pagos pelo governo sejam menores também, tendo uma economia com os juros sobre a dívida”, explica Pieri.
Pacote vai ao Congresso.

Monitor Digital - RJ   06/04/2023

A maioria dos bens de capital na China registrou preços mais baixos em meados de março em comparação ao início do mês, mostraram dados oficiais.

Dos 50 bens monitorados pelo governo, que incluem tubos de aço sem costura, gasolina, carvão, fertilizantes e alguns produtos agrícolas usados principalmente para processamento, 11 registraram preços mais altos, 37 tiveram preços mais baixos e dois permaneceram inalterados, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

Os preços dos suínos ficaram inalterados em meados de março em 15,1 yuans (US$ 2,2) por kg, mostraram os dados do DNE.

Os números, divulgados a cada 10 dias, são baseados em uma pesquisa com quase 2.000 atacadistas e distribuidores em 31 regiões de nível provincial em todo o país.

Infomoney - SP   06/04/2023

O Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 12,524 bilhões em 2023 até março, informou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira, 5. No mesmo período do ano passado, havia entrada líquida de US$ 8,483 bilhões. Em 2022, o saldo total foi negativo em US$ 3,233 bilhões.

No acumulado do ano, o canal financeiro apresentou entradas líquidas de apenas US$ 12 milhões. Isso é resultado de aportes no valor de US$ 138,660 bilhões e retiradas quase idênticas no total de US$ 138,648 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo em 2023 é positivo em US$ 12,512 bilhões, com importações de US$ 55,387 bilhões e exportações de US$ 67,899 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 8,976 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 16,436 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 42,487 bilhões em outras entradas.

Março

Depois de encerrar fevereiro com entradas líquidas de US$ 4,774 bilhões, o País registrou fluxo cambial positivo de US$ 3,580 bilhões em março, conforme resultado parcial informado pelo Banco Central (BC).
Com a entrada em vigor da lei cambial, operações de até US$ 50 mil, cerca de 3% do total negociado no mercado de câmbio primário, podem ser informadas ao BC até o dia 5 do mês subsequente. Desta forma, o saldo final oficial de cada mês só será conhecido na terceira semana do mês seguinte.

Em março, o canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 3,462 bilhões, considerando o saldo parcial. Isso é resultado de aportes no valor de US$ 52,075 bilhões e retiradas no total de US$ 55,537 bilhões.

No comércio exterior, o saldo parcial de março foi positivo em US$ 7,042 bilhões, com importações de US$ 20,692 bilhões e exportações de US$ 27,734 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 3,919 bilhões em ACC, US$ 8,166 bilhões em Pagamento Antecipado e US$ 15,649 bilhões em outras entradas.

Semana

Segundo o BC, o Brasil registrou fluxo cambial negativo de US$ 2,428 bilhões na semana passada, de 27 a 31 de março.

O canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 3,095 bilhões no período. Isso é resultado de aportes no valor de US$ 12,684 bilhões e retiradas no total de US$ 15,780 bilhões.

No comércio exterior, o saldo da semana passada foi positivo em US$ 667 milhões, com importações de US$ 6,037 bilhões e exportações de US$ 6,705 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 934 milhões em ACC, US$ 1,862 bilhão em Pagamento Antecipado e US$ 3,908 bilhões em outras entradas.

IstoÉ Dinheiro - SP   06/04/2023

A balança comercial dos Estados Unidos exibiu déficit comercial de US$ 70,5 bilhões em fevereiro, maior que o déficit de US$ 68,7 bilhões de janeiro (dado revisado nesta quarta-feira, de US$ 68,3 bilhões antes informado), segundo dados do Departamento do Comércio. Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam um déficit menor, a US$ 69,1 bilhões.

As exportações tiveram queda mensal, de US$ 258,1 bilhões em janeiro para US$ 251,2 bilhões em fevereiro.

As importações também caíram ante janeiro, de US$ 326,7 bilhões a US$ 321,7 bilhões.

MINERAÇÃO

Valor - SP   06/04/2023

No ano, a principal matéria-prima do aço exibe ganho mais modesto, de 2,6%, após a correção recente

Os preços do minério de ferro marcaram a quarta queda consecutiva no mercado à vista, em dia de feriado na China.

Segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com baixa de 0,5% no norte do país asiático, para US$ 120,45 por tonelada, elevando a 5,4% as perdas acumuladas em abril.

No ano, a principal matéria-prima do aço exibe ganho mais modesto, de 2,6%, após a correção recente.

AUTOMOTIVO

Diário do Grande ABC - SP   06/04/2023

A Volkswagen lançou ontem a VOU, a primeira plataforma financeira do setor automobilístico do Brasil. A fintech nasce oferecendo serviços bancários e antecipação de recebíveis a empresas para fomento de liquidez e é voltada a parceiros da marca, como concessionários e fornecedores. Segundo a montadora, a gama de serviços voltados à gestão financeira deverá ser ampliada.

“A Volkswagen é uma marca sólida e que conta com paixão e confiança dos brasileiros. Agora, inovamos mais uma vez por uma nova estrada no mercado de fintechs. O jeito como trasacionamos o dinheiro está mudando, evoluindo, e a Volkswagen investe na VOU como uma nova forma de agregar valor ao seu negócio e apoiar parceiros”, afirmou o CEO da empresa no Brasil, Ciro Possobom.

A Fintech foi criada em parceria com a Volkswagen Financial Services. “A missão da Volks é impulsionar o acesso à mobilidade. Com a VOU, queremos facilitar o dia a dia financeiro das empresas em um momento desafiador de acesso ao crédito, além de explorar mais oportunidades para a oferta de mobililidade, digital e inclusiva”, afirmou Rodrigo Capuruçu, CEO da financeira.

Money Times - SP   06/04/2023

A Ford disse nesta quarta-feira que quatro de seus seis modelos híbridos elétricos e elétricos plug-in terão os créditos fiscais reduzidos pela metade para 3.750 dólares, em 18 de abril, após a entrada em vigor das novas regras do Tesouro dos Estados Unidos.

Apenas a picape F-150 Lightning e o Lincoln Aviator Grand Touring ainda serão elegíveis para um crédito de 7.500 dólares. Os outros modelos que atualmente recebem créditos – Ford Mustang Mach-E, Ford E-Transit, Ford Escape Plug-In Hybrid e Lincoln Corsair Grand Touring – verão os créditos caírem para 3.750 dólares.

A orientação mais rígida do Tesouro dos EUA sobre fornecimento de baterias de veículos elétricos emitida na sexta-feira elege novos requisitos de crédito para minerais cruciais e componentes de bateria.

A Ford disse em março que espera que sua unidade de negócios de veículos elétricos perca 3 bilhões de dólares este ano, mas continuará no caminho de uma margem antes dos impostos de 8% até o final de 2026.

As vendas de veículos elétricos da montadora aumentaram 41% no primeiro trimestre, mostraram dados divulgados na terça-feira.

A General Motors disse na semana passada que espera que alguns veículos elétricos se qualifiquem para o crédito fiscal de 7.500 dólares após a nova orientação entrar em vigor, incluindo o Cadillac Lyriq e as próximas SUVs Chevrolet Equinox EV e Blazer EV.

A GM atualmente recebe esse valor pelo Chevrolet Bolt e o próximo Chevrolet Silverado EV pode ser elegível. A montadora disse que espera que os veículos Bolt ainda se qualifiquem para algum nível de crédito.

A Tesla (TSLA) disse na semana passada que o crédito de tração traseira do Model 3 será reduzido como resultado da orientação.

Todos os créditos fiscais ao consumidor de veículos elétricos norte-americanos exigem que os veículos sejam montados na América do Norte e tenham limites de renda e preço para o varejo.

Os veículos elétricos adquiridos por meio de leasing podem se qualificar para até 7.500 dólares em créditos fiscais para veículos comerciais limpos sem as restrições. Esses créditos vão para a empresa proprietária do veículo, e não para o consumidor que fez o leasing.

Infomoney - SP   06/04/2023

A centenária Jaguar é sinônimo de carro de luxo e uma das principais montadoras do mundo. Mas com um público limitado e buscando atingir novos (e jovens) consumidores, a fabricante britânica anunciou sua entrada no segmento de carros compartilhados. Agora, os motoristas poderão retirar um veículo elétrico de luxo em uma das lojas próprias em São Paulo, pagando algo em torno de R$ 1 por minuto de uso.

Segundo o diretor de inovação e novos negócios da Jaguar Land Rover, Gabriel Patini, o novo serviço tem foco no público mais jovem, que mudou seu comportamento de consumo na última década. Ele acredita que a novidade tem potencial para conquistar consumidores que desejam ter a posse de um veículo de luxo para eventos pontuais, como festas, formaturas ou viagens.

O novo negócio sela a entrada da Jaguar na chamada mobilidade compartilhada, que, entre outras categorias, inclui os carros por demanda. Esse segmento, segundo um levantamento da consultoria McKinsey, soma 15 bilhões de viagens em automóveis todo ano. O estudo ainda estima que até o final da década este tipo de atividade deve movimentar até US$ 860 bilhões (cerca de R$ 4,3 trilhões) ao redor do mundo, especialmente em razão da crescente busca dos clientes por opções sustentáveis.

“É um projeto em que estamos apostando muito porque vemos que as novas gerações não necessariamente buscam a posse total de um bem, seja um imóvel ou um carro. Essas pessoas querem ter uma experiência de luxo moderna, com a possibilidade de experimentar e viver o que entregamos como marca. Acreditamos que o Jaguar On Demand seja a solução perfeita para quem não quer se comprometer com um investimento, mas quer experimentar o que as marcas Jaguar e Land Rover podem entregar”, destaca Patini.

O serviço funciona por meio de um aplicativo para celular, onde o usuário pode reservar o carro -dos modelos elétricos da Jaguar ou Land Rover- e pagar pelo seu uso. A devolução também é feita em qualquer uma das 27 unidades própria da rede na capital paulista. A expectativa é chegar a outras capitais do país ainda neste ano, de acordo com o executivo.

Este novo negócio da Jaguar é fruto de uma parceria com a startup Ucorp, que já tem expertise no assunto e coleciona contratos com outras grandes marcas, de Waze a Itaú. Por meio do sistema whitelabel, nomeado de Flou, a mobitech fornece a infraestrutura para o funcionamento do aplicativo e dá o suporte tanto para o cliente quanto para a montadora na operacionalização do carro por assinatura.

Além da Jaguar, a empresa fornece essa mesma solução em parceria com o grupo Stellantis -que reúne 13 montadoras-, com um custo de R$ 0,39 por minuto, além de motos elétricas por R$ 0,99 por minuto. Segundo dados internos, já foram mais de 80 mil quilômetros rodados, que renderam R$ 130 mil de faturamento nos três primeiros meses deste ano.

“Esse projeto começou como o serviço de compartilhamento de veículos entre concessionárias para fazer test-drives do modelo Jaguar I-Pace e que agora se expande para a chamada e-mobility. Qualquer pessoa [que tenha CNH] pode se cadastrar no app e ter a experiência de dirigir um veículo elétrico de luxo”, detalha Guilherme Cavalcante, CEO da Ucorp.
Novas dinâmicas de consumo

Assim como outras dezenas de montadoras pelo mundo, o grupo empresarial inglês trabalha com planos de eletrificar a sua frota de veículos nos próximos anos. A expectativa é que, a partir de 2025, todos os automóveis produzidos na linha Jaguar sejam elétricos. Na linha Land Rover, esse movimento só deve acontecer a partir da próxima década, já que a marca ainda não tem carros eletrificados, apenas híbridos.

Gabriel Patini acredita que essas projeções são realistas, e destaca que o grupo empresarial tem feito vários esforços para chegar a este resultado, pensando nas novas demandas da sociedade. A empresa tem executado uma estratégia que é dividida em territórios de inovação, que se interligam para formar o novo posicionamento da marca, que vai da conectividade à sustentabilidade.

“A Jaguar Land Rover é uma empresa que está em transformação, com uma estratégia global de ‘reimaginação’, com diversos pilares, inclusive o de sustentabilidade que inclui a eletrificação dos nossos carros. Também estamos atentos à inovação, pensando em como uma montadora tradicional deve se transformar para ser uma empresa moderna e do futuro, quando muitos dos nossos serviços serão consumidos digitalmente dentro dos veículos”, destaca Patini.

Esse posicionamento da marca pode ser explicado com base em um estudo, feito nos Estados Unidos, que mostrou que a geração Z enxerga os automóveis mais como um eletrodoméstico do que como um artigo de ostentação. Apesar disso, a consultoria Allison+Partners mapeou que esses mesmos jovens se sentem mais atraídos por marcas que valorizam a inovação e disrupção, com ênfase nos carros elétricos e nos autônomos.

“Estamos tentando quebrar o paradigma de vender só o carro, mas um veículo 100% conectado. Nosso design tem sido reducionista, primando pela eliminação de ornamentos desnecessários. No interior, pensamos em algo luxuoso, mas que sem excesso de informações, o que nos diferencia da concorrência. É uma tentativa de levar para os consumidores uma experiência de luxo que é simplificada. O simples é facilitar a vida das pessoas”, comenta Patini.

Valor - SP   06/04/2023

João de Oliveira, presidente da Abeifa, defende um aumento gradual, de dois pontos percentuais ao ano no caso dos 100% elétricos e de até sete pontos nos híbridos

A isenção do Imposto de Importação para carros 100% elétricos vai acabar nos próximos meses. Segundo João de Oliveira, presidente da Abeifa, associacao que representa os importadores de veículos, o benefício terminará no segundo semestre.

Não se sabe, no entanto, como se dará o fim da isenção. Caberá ao governo definir se haverá um aumento gradual do tributo, ano a ano, como pedem os importadores, ou se a alíquota subirá, de uma só vez, para 35%, desejo já manifestado por representantes das montadoras que produzem no país.

As mudanças incluirão a categoria de carros híbridos, que tem alíquotas de Imposto de Importação que hoje variam até 7%. A isenção do Imposto de Importação para híbridos e elétricos entrou em vigor há quatro anos como forma de estimular a venda desses veículos no país.

Oliveira diz que a Abeifa é favorável à retomada da tributação. Mas defende um aumento gradual, de dois pontos percentuais ao ano no caso dos 100% elétricos e de até sete pontos nos híbridos. Segundo ele, o mercado brasileiro de elétricos ainda não atingiu volumes expressivos para justificar o fim total da isenção.

“E também não precisamos chegar aos 35% [tarifa cheia para carros importados de países com os quais o Brasil não tem acordos bilaterais de comércio]”, destaca. “Abaixo disso já viabiliza a produção local”, completa Oliveira.

Tanto os importadores como a indústria têm mantido conversas com o governo para fazer valer seus argumentos. “Percebemos que o governo tem o foco ambiental e de indústria, além da exportação e também quer manter a conexão do Brasil com o mundo”, diz Oliveira.

João de Oliveira, presidente da Abeifa — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

Valor - SP   06/04/2023

A taxa anual de juros no mercado para aquisição de veículos chegou a 28,71% em dezembro

Mercedes-Benz e Scania, duas grandes montadoras de caminhões com fábricas no ABC, decidiram reduzir o ritmo suspender o segundo turno de produção. A Mercedes inicialmente programou o trabalho em um único turno durante um ou dois meses. A Scania não deu prazo.

Por meio de nota, a Mercedes apontou o nível das taxas de juros como fator que agrava um mercado já afetado por uma prevista retração de demanda.

A queda de demanda não é surpresa para a indústria e trabalhadores. A entrada em vigor, em janeiro, de nova norma de emissões para veículos comerciais (caminhões e ônibus), chamada Euro 6, levou à antecipação de compras em 2022, já que os novos veículos ficaram mais caros ao receber mais equipamentos de controle de poluição.

Mas, segundo a companhia, o quadro é pior do que o esperado. “No decorrer do primeiro trimestre, em razão de juros elevados e de dificuldades na concessão de financiamentos, observou-se uma demanda ainda menor do que a esperada para este ano”, destacou a empresa na nota.

Negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC buscam alternativas para afastamento dos trabalhadores sem afetar o nível de emprego.

Também por meio de nota, a Scania confirmou a “necessidade de ajustar o ritmo de produção à demanda do mercado”. Informou, ainda, que a área de usinagem segue operando em dois ou três turnos para atender às demandas das exportações, principalmente para a Europa.

A empresa não revelou datas e nem quantos empregados estão envolvidos. Disse apenas que não renovará os contratos de trabalhadores temporários, vigentes até abril. Na nota, a direção da montadora sueca informou que “fará uso do acordo de flexibilidade com a representação dos trabalhadores para ajustes no volume de produção”.

Na Mercedes, a suspensão do segundo turno se soma aos planos de redução no ritmo de produção já anunciados. Um deles envolve férias coletivas a parte do efetivo, de 3 de abril a 2 de maio, tanto em São Bernardo como na fábrica de Juiz de Fora (MG). Além disso, haverá semanas reduzidas de trabalho, programadas conforme a necessidade.

A empresa não forneceu detalhes sobre número de trabalhadores. Segundo o sindicato, a Mercedes tem cerca de 8 mil empregados em São Bernardo. Desse total, 6 mil na produção. O segundo turno, que deixará de operar temporariamente, envolve 2 mil operários.

A subseção do ABC do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) se uniram para mostrar a situação do mercado de caminhões. A taxa anual de juros no mercado para aquisição de veículos chegou a 28,71% em dezembro de 2022. Além disso, em caminhões e ônibus, houve redução da participação do Finame, linha de crédito do BNDES. Em 2016, o Finame era responsável por 62% das modalidades de pagamento. Mas passou para 28% no fim de 2022.

“É urgente abrir novas modalidades de financiamento do BNDES e baixar a taxa de juros, que prejudicam o crescimento, impedem a melhoria da produção e a geração de empregos”, disse o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva.

Projeções da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicam queda de 20% na produção de caminhões em 2023.

Valor - SP   06/04/2023

Não se sabe, no entanto, como se dará o fim do benefício

A isenção do Imposto de Importação para carros 100% elétricos vai acabar nos próximos meses. Segundo João de Oliveira, presidente da Abeifa, a associação que representa os importadores de veículos, o benefício terminará no segundo semestre.

Não se sabe, no entanto, como se dará o fim da isenção. Caberá ao governo definir se haverá um aumento gradual do tributo, ano a ano, como pedem os importadores, ou se a alíquota subirá, de uma só vez, para 35%, desejo já manifestado por representantes das montadoras que produzem no país.

As mudanças incluirão a categoria de carros híbridos, que tem alíquotas de Imposto de Importação que hoje variam até 7%. A isenção do Imposto de Importação para híbridos e elétricos entrou em vigor há quatro anos como forma de estimular a venda desses veículos no país.

Para Oliveira, a Abeifa é favorável à retomada da tributação. Mas defende um aumento gradual, de dois pontos percentuais ao ano no caso dos 100% elétricos e de até sete pontos nos híbridos. Segundo ele, o mercado brasileiro de elétricos ainda não atingiu volumes expressivos para justificar o fim total da isenção.

“E também não precisamos chegar aos 35% (tarifa cheia para carros importados de países com os quais o Brasil não tem acordos bilaterais de comércio)”, destaca. “Abaixo disso já viabiliza a produção local”, completa Oliveira.

Tanto os importadores como a indústria têm mantido conversas com o governo para fazer valer seus argumentos. “Percebemos que o governo tem o foco ambiental e de indústria, além da exportação e também quer manter a conexão do Brasil com o mundo”, diz Oliveira.

As 14 marcas associadas à Abeifa respondem por 3% do mercado brasileiro total. No entanto, a sua participação nas vendas de híbridos e elétricos alcança 50%. Apesar de a linha híbrida ter produção local, da Toyota e da Caoa Chery, no caso dos 100% elétricos os modelos vendidos no país são todos importados.

A venda de híbridos e elétricos somou 49,2 mil unidades em 2022. Para este ano, Oliveira prevê 70 mil unidades. Desse total, 13 mil seriam 100% elétricos - o tipo de veículo cujas baterias precisam ser carregadas em tomadas. “Se a linha nacional não oferece o que o consumidor quer ele vai buscar no importado”, destaca o dirigente.

Os carros importados registraram desempenho acima do mercado no primeiro trimestre. As marcas associadas à Abeifa, que atuam, na maioria, nas faixas de preços mais elevadas, somaram a venda de 7,6 mil unidades, o que representou aumento de 95,3% na comparação com igual período do ano passado.

Segundo Oliveira, o crescimento se deve à melhora no abastecimento global de semicondutores, o que ajudou atender a uma demanda reprimida. “Nosso segmento também sofre menos com os juros altos porque grande parte das vendas é feita à vista”, destaca o dirigente.

Oliveira afirma, no entanto, que os resultados podem dar “a falsa impressão de que as coisas vão bem”. Mas, os volumes ainda estão abaixo do que eram antes da pandemia. Ele estima um crescimento de 5% no mercado de importados neste ano.

No primeiro trimestre, a Volvo liderou as vendas de importados das marcas representadas pela Abeifa, com fatia de 27,7%, seguida pela Kia (16,7%), Porsche (16%), Caoa Chery (14,4%), BYD (9,4%) e Land Rover (8%).

As marcas importadas têm se destacado no segmento de veículos eletrificados e na linha premium. Mas a maior parte das importações de veículos continua a ser feita pelas próprias montadoras. São essas empresas que trazem a maior parte dos veículos fabricados no Mercosul e no México, regiões com as quais o Brasil tem acordos de intercâmbio.

Na importação do Mercosul e do México não incide Imposto de Importação. No caso do México há limite de cotas. Já nos importados que vem dos demais países, a alíquota é de 35%.

Segundo dados da Abeifa, em 2022, os veículos fabricados no Mercosul, principalmente Argentina, lideraram as importações de carros vendidos no Brasil, com participação de 68,8%. A Europa veio em seguida, com 15,1%, seguida por México (9,8%) e Ásia (4,5%).

Rodoviário

Valor - SP   06/04/2023

Setor encerrou o período com 37,5 mil unidades emplacadas, contra 36 mil no primeiro trimestre de 2022

Após um começo de ano fraco, com desempenho estável em janeiro e queda em fevereiro, os fabricantes de implementos rodoviários conseguiram reagir em março e terminaram o primeiro trimestre com alta de 4,3% na entrega de produtos. Segundo números divulgados na manhã desta quarta-feira (5) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), o setor encerrou o período com 37,5 mil unidades emplacadas, contra 36 mil no primeiro trimestre de 2022.

A virada do setor se deu com mais força no segmento de pesados, os chamados reboques e semirreboques, que concentra as grandes fabricantes em termos de faturamento. Essa indústria sofre influência direta do agronegócio e da construção civil, como as grandes obras de infraestrutura.

Nos dois primeiros meses do ano o segmento tinha entregue 12,5 mil unidades e acumulava queda de 1,78% na comparação anual. Somente em março foram licenciados 8,4 mil implementos, levando o total do ano para 20,9 mil e alta de 7,11% sobre o mesmo período de 2022. Em relação a fevereiro, quando foram entregues 6 mil unidades, o aumento foi de 40%.

“O transporte da safra está refletindo positivamente nos negócios do setor assim como as obras de construção civil que seguem em andamento”, afirma José Carlos Spricigo, presidente da Anfir em nota. “Saímos da estabilidade que vinha sendo registrada desde o início do ano e entramos na espiral positiva.”

O segmento de leves, chamado no jargão do setor de carroceria sobre chassis, registrou crescimento expressivo de entregas na comparação mensal, mas o desempenho total continua estável, sem apresentar grandes evoluções. O total de emplacamentos nos três primeiros meses de 2023 somou 16,6 mil unidades, variação positiva de 0,97% sobre o mesmo período de 2022. O segmento acumulava no primeiro bimestre queda de 0,56%. Em março foram entregues 6,5 mil implementos, alta de 28,3 % sobre os 5,1 mil emplacamentos realizados em fevereiro.

Parte do desempenho expressivo dos dois segmentos quando se compara com fevereiro pode ser explicado também pelo número de dias úteis para o licenciamento dos implementos. O número de dias úteis em fevereiro é reduzido pelo carnaval.

A entidade tem a estimativa de entregar 140 mil implementos em 2023, 9,5% a menos do que 2022, que fechou com 154,7 mil produtos emplacados. Projetando o primeiro trimestre para o restante do ano, o setor fecharia com 150 mil implementos licenciados.

PETROLÍFERO

Globo Online - RJ   06/04/2023

A americana Exxon Mobil encerrou uma grande campanha para encontrar petróleo no Brasil, informou o Wall Street Journal nesta quarta-feira, citando fontes familiarizadas com o assunto.

De acordo com a reportagem, a gigante de petróleo e gás interrompeu a atual perfuração na área offshore depois de uma sequência de falhas em encontrar quantidades comercialmente viáveis de petróleo. A Exxon adquiriu a área com parceiros por US$ 4 bilhões em 2017. O WSJ aponta ainda que a empresa não descarta projetos futuros no país.

A Exxon havia apostado bilhões de dólares em perfuração offshore no Brasil, uma das três áreas geográficas com as quais a empresa contava para a maior parte de sua produção futura. Os outros dois -- a Guiana e os EUA -- estão tendo um bom desempenho, mas a Exxon ainda não conseguiu fazer uma descoberta de peso do óleo como operadora nas águas do Brasil.

Em maio de 2022, a Exxon havia concordado em expandir com a Equinor o projeto Bacalhau, de US$ 8 bilhões, que deve produzir 220 mil barris de petróleo e gás por dia. No entanto, essa campanha também sofreu atrasos e seu início foi adiado para 2025.

Procurada, a Exxon, por meio da assessoria de imprensa, não confirmou nem negou que teria desistido de alguma área no Brasil. A empresa disse apenas que " o Brasil é uma região importante no futuro da empresa" e que os projetos "permanecem no caminho da companhia e fazem parte da estratégia global e dos planos de negócios".

A reportagem do jornal americano foi divulgada menos de um dia depois de a Exxon sinalizar que seus lucros operacionais no primeiro trimestre caíram cerca de 25% em relação aos níveis recordes do ano passado, devido à redução dos preços do petróleo e do gás.

Petro Notícias - SP   06/04/2023

Enquanto a indústria naval brasileira ainda aguarda por dias melhores, os estaleiros chineses fazem festa. Nesta semana, na cidade de Qidong, o estaleiro COSCO Shipping Offshore Engineering realizou a cerimônia que marca o início da construção do navio-plataforma (FPSO) P-82. A embarcação fará parte da frota de unidades próprias da Petrobrás e será instalada no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.

O FPSO P-82 tem entrada em operação prevista para 2026 e será a décima plataforma a ser instalada no campo de Búzios, onde a Petrobras é a operadora, com 92,6% de participação no campo, tendo como parceiras as chinesas CNOOC e a CNODC, com 3,7% cada. Para lembrar, o contrato para construção do navio-plataforma foi concedido à Sembcorp Marine, de Singapura. A Sembcorp, por sua vez, contratou o estaleiro Cosco para a construção do casco do navio.

Búzios é o maior campo em águas profundas do mundo e terá, ao todo, 11 plataformas. Atualmente quatro unidades já estão em operação (P-74, P-75, P-76 e P-77), outras quatro estão em processo de construção (FPSO Almirante Barroso; FPSO Almirante Tamandaré; P-78 e P-79) e mais três tiveram contratos assinados recentemente para construção – P-80, P-82 e P-83.

A P-82 terá capacidade para produzir até 225 mil barris de óleo por dia, processar até 12 milhões de m3 de gás por dia e armazenar mais de 1,6 milhão de barris. O projeto prevê a interligação de 16 poços, sendo 9 produtores e 7 injetores.

IstoÉ Online - SP   06/04/2023

O petróleo fechou misto nesta quarta-feira, 5, com dólar forte no exterior e à medida que investidores digeriram dados dos Estados Unidos sobre estoques da commodity, mercado de trabalho e atividade econômica.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio caiu de 0,12% (US$ 0,10), a US$ 80,61 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve alta de 0,06% (US$ 0,05), a US$ 84,99 o barril.

Nesta sessão, ambos os contratos chegaram a operar em queda, acompanhando a piora no sentimento de risco em Wall Street após dados do ADP demonstrarem desaceleração no mercado de trabalho dos EUA e o índice de gerentes de compras (PMI, em inglês) de serviços recuar em março, segundo cálculo da ISM. Além disso, os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram acima do esperado, assim como os de gasolina e os de destilados.

No radar, também estiveram os PMIs dos EUA, da Europa e do Japão, calculados pela S&P Global e parceiros. As leituras apresentaram expansão da atividade no setor de serviços em março.

Além disso, a Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou relatório prevendo que a expansão do comércio global irá desacelerar a 1,7% em 2023, apontando também riscos futuros como tensões geopolíticas e efeitos adversos não previstos do aperto monetário de bancos centrais.

A Capital Economics apontou que, no curto prazo o crescimento fraco das economias avançadas deve pesar sobre os preços do petróleo, embora o impacto dos cortes na produção da Opep+ possam apoiar os preços a longo prazo. Em relatório, a consultoria elevou sua previsão para o barril do Brent neste ano de US$ 85 para US$ 90. Já em 2024, a Capital ampliou sua projeção de US$ 75 para US$ 80.

Na visão da Oanda, o único ponto evidente neste momento é que a Opep+ não irá aceitar preços do Brent abaixo de US$ 80 o barril. “Isso pode tornar qualquer incursão futura abaixo deste nível desafiadora, já que o grupo mostrou que não apenas cortará a produção, mas o fará sem aviso prévio”, analisa.

Agência Brasil - DF   06/04/2023

A produção no pré-sal bateu recorde em fevereiro deste ano, com 3,268 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) que correspondem a 78,1% da produção brasileira, maior percentual de participação já registrado. O pré-sal está localizado em uma área de aproximadamente 149 mil quilômetros quadrados (km2) no mar territorial entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. (ANP) foram produzidos 2,566 milhões de barris diários (bbl/d) de petróleo e 111,55 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) de gás natural por meio de 136 poços. Houve aumento de 3,2% em relação ao mês anterior e de 15% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Também foi a maior produção já registrada nesse ambiente, superando a de outubro de 2022, quando foram produzidos 3,142 milhões de boe/d.

Em comunicado, a ANP informou que em fevereiro a produção nacional foi de 4,183 barris de óleo equivalente por dia (boe/d), sendo 3,262 milhões de bbl/d e 146,540 milhões de m³/d. Foi a maior produção total já registrada, superando a de outubro de 2022, quando foram produzidos 4,180 milhões de boe/d.

No petróleo, houve redução de 0,4% na comparação com o mês anterior e aumento de 11,8% em relação a fevereiro de 2022. No gás natural, a produção cresceu 2,3% em relação a janeiro de 2023 e 10% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Gás natural

O aproveitamento do gás natural foi de 97,4%. Foram disponibilizados ao mercado 49,40 milhões de m³/d e a queima foi de 3,81 milhões de m³/d. Houve redução na queima de 8,1% em relação ao mês anterior e aumento de 25,4% na comparação com fevereiro de 2022.
Produção

No mês, os campos marítimos produziram 97,9% do petróleo e 87,1% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 92,25% do total produzido. A produção teve origem em 5.381 poços, sendo 496 marítimos e 4.885 terrestres.
Maior produtor

O campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás em fevereiro, registrando 824,5 mil bbl/d de petróleo e 38,81 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO [unidade de processamento de petróleo e gás] Guanabara, que produziu 178,776 mil bbl/d de petróleo e 11,45 milhões de m3/d de gás natural na jazida compartilhada de Mero.

Infomoney - SP   06/04/2023

As reservas provadas (1P) da 3R Petroleum (RRRP3) passaram de 376,6 milhões de barris de óleo equivalente (boe) em 2022 para 367,2 milhões em 2023, informou a petrolífera nesta noite de quarta-feira (5). O número representa um recuo de 2,5% na comparação ano a ano.

Já as reservas provadas e prováveis (2P) caíram de 523,7 milhões de boe no passado para 516 milhões de barris em 2023. Do total de reservas 2P, 12% representam reservas de gás natural.
As reservas provadas, prováveis e possíveis (3P), por sua vez, alcançaram a marca de 626,4 milhões em 2023, baixa de 0,24% frente ao ano de 2022.

Adicionalmente, a petrolífera destaca que os volumes certificados relativos à Malombe, que compõe o Polo Peroá, foram classificados como recursos contingentes (12 MMboe de 2C), condicionados apenas à declaração de comercialidade do ativo perante a ANP.

O valor presente líquido (VPL), calculado à taxa de desconto de 10% ao ano, estimado para o portfólio é de US$ 4,71 bilhões e US$ 6,32 bilhões para as reservas 1P e 2P, respectivamente.

A certificação das reservas foi elaborada pela consultoria independente DeGolyer and MacNaughton, referente aos ativos que compõem o portfólio da 3R.

AGRÍCOLA

G1 - RJ   06/04/2023

A montadora de máquinas agrícolas John Deere demitiu 48 trabalhadores da fábrica em Catalão, no sudoeste de Goiás. A empresa afirmou que os desligamentos aconteceram devido a uma adequação na taxa diária de produção na fábrica. Em janeiro, outros 85 funcionários já haviam sido demitidos.

Em nota, a John Deere informou que as negociações foram feitas juntamente com o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat).

O sindicato disse que a empresa havia procurado a entidade para anunciar os desligamentos e que, inicialmente, havia a possibilidade de 150 demissões, depois, esse número caiu para 120. Então, após reuniões, ficou acertada a implantação de lay-off, que é a suspensão temporária do contrato de trabalho, mas não para todos os trabalhadores e, sim, somente para 70, por isso, as 48 demissões. Os trabalhadores foram comunicados no domingo (2).

O sistema de lay-off permite que os contratos fiquem suspensos por, pelo menos, quatro meses. Neste período, o salário dos trabalhadores, equivalente ao valor do seguro-desemprego, é pago pelo governo federal e o restante fica a cargo da empresa. Após, esse prazo, haverá uma nova rodada negociações para analisar a situação.

O sindicato explicou que, assim como ocorreu em janeiro, quando os 85 foram demitidos e 45 foram mantidos através de mudança de funções e utilização de banco de horas, a entidade conseguiu negociar benefícios para os demitidos. Dessa vez, eles terão direito a uma bolsa de qualificação para cursos no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no valor de R$ 3 mil, vale-alimentação ao final do aviso prévio e mais um mês de plano de saúde.

No início de dezembro do ano passado, a John Deere havia comunicado ao sindicato, a redução de 30% no volume de pulverizadores fabricados de 2022 para 2023. Em números reais, a queda seria de 2.550 para cerca de 1.700, ou seja, 850 equipamentos deixariam de ser produzidos. Somente no ano passado, quando a produção atingiu esse número na produção, um dos maiores desde 2017, foram contratadas 400 pessoas para atender a demanda.

Mix Vale - SP   06/04/2023

Referência em feiras agrícolas no país, a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) aposta na capitalização dos grandes produtores, especialmente do Centro-Oeste do país, para bater recorde de vendas na edição deste ano.

Num evento praticamente sem críticas às atuais políticas agrícolas para o país, destoando de outros do gênero neste ano, a Agrishow foi apresentada com otimismo nesta quarta-feira (5) em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). A feira, em sua 28ª edição, acontecerá entre os dias 1º e 5 de maio e projeta vender mais de R$ 11,2 bilhões em máquinas.

A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), uma das organizadoras, sugeriu ao governo a liberação de R$ 45 bilhões no Plano Safra, para dar robustez no próximo ciclo agrícola, e afirma que o problema do setor não está nos agricultores, que estão capitalizados.

“O mercado está muito diferente entre o pequeno e o grande agricultor, o grande agricultor tem comprado. A gente imagina que eles vão aumentar área mais uma vez, e para aumentar área precisam comprar máquinas. Como o aumento de área é mais no Centro-Oeste, que são grandes máquinas, o mercado continua comprando”, disse Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.

Segundo ele, a proposta de R$ 45 bilhões foi feita após o governo ter pedido sugestões. Do total, R$ 34 bilhões seriam para o Moderfrota (para modernização da frota de tratores e máquinas) e os outros R$ 11 bilhões iriam para o Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

“Esse seria o melhor dos mundos. No ano passado o setor faturou R$ 90 bilhões, sendo R$ 10 bilhões para exportações e R$ 80 bilhões para o mercado interno. Então R$ 45 bilhões é praticamente metade do faturamento do setor, achamos o suficiente para ter um Plano Safra muito robusto”, disse.

Vice-presidente da Abimaq, João Carlos Marchesan disse que o faturamento da Agrishow é importante, mas não relevante, pelo fato de a feira ser “sempre um sucesso”. Depois de atingir R$ 2,9 bilhões em 2019 (R$ 3,68 bilhões, corrigidos pelo IPCA) e R$ 11,24 bilhões na retomada, em 2022 (R$ 11,68 bilhões, atualizados), a projeção dos participantes é que o volume de vendas do ano passado seja ultrapassado.

“Espero que seja maior [que 2022]. Os fundamentos estão aí, o agricultor está capitalizado, vai haver aumento de área e, consequentemente, ele precisa de máquina. Consequentemente, vai haver aumento de faturamento. Nós temos complemento do Plano Safra, que está para sair, está prometido, acho que deverá ser liberado pelo Conselho Monetário Nacional para dar um fôlego até o próximo Plano Safra”, disse.

Presidente da Agrishow, Francisco Matturro, ex-secretário da Agricultura de São Paulo, afirmou que o plano é importante também por ser um balizador de taxas e de custos dos recursos disponibilizados.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi criticado durante a apresentação da feira, mas de forma muito mais superficial que em outros eventos do setor, como ocorreu na abertura da Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO), na última semana, quando o nome do petista sequer foi citado.

“A respeito do desgoverno hoje que nós temos, em termos de invasão, etc, ontem [terça] foi criado o conselho jurídico na Faesp, com desembargadores, com procuradores, com advogados, inclusive o Ives Gandra faz parte da mesa, para que a gente possa imediatamente ter solução jurídica se acaso houver invasão em São Paulo”, afirmou Pedro Lucchesi, segundo tesoureiro da Faesp (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo).

Newsletter Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. *** A entidade também é organizadora da feira, assim como a Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), a Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos) e a SRB (Sociedade Rural Brasileira).

Na Tecnoshow, na cidade goiana, o governo Lula foi criticado pela reforma tributária, pelas taxas de juros, pela falta de informações sobre o Plano Safra e pelas invasões de terra.

Lula não deve participar da abertura e deverá ser representado pelo vice, Geraldo Alckmin (PSB), segundo o empresário Maurilio Biagi Filho, presidente de honra da feira.

Ex-membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social criado por Lula em seu primeiro mandato, Biagi Filho disse que hoje ambos não estão tão perto como outrora, mas que teve o prazer de contribuir e levar o petista para “mais perto do setor sucroenergético”. Em 2007, Lula chamou os usineiros, setor do qual Biagi sempre fez parte, de “heróis nacionais”.

AMPLIAÇÃO DE ÁREA

A Agrishow será realizada numa área de exposição de 530 mil metros quadrados em Ribeirão Preto (o equivalente a 74 campos de futebol), 10 mil metros quadrados a mais que em 2022.

Com 800 marcas nacionais e estrangeiras em exposição, a previsão é atrair mais de 190 mil visitantes. Os ingressos custam R$ 70.

Para tentar evitar congestionamentos superiores a três horas na chegada ao evento, foram criados novos bolsões de estacionamento e o horário da feira foi alterado. Em vez de abrir os portões às 8h, agora a abertura ocorrerá às 9h.

O prefeito de Ribeirão, Duarte Nogueira (PSDB), disse que a previsão é que a economia local receba a injeção direta de R$ 60 milhões em serviços nos cinco dias do evento. O setor hoteleiro da cidade, que tem 12 mil leitos, está totalmente ocupado, assim como hotéis em cidades da região metropolitana.

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