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06 de Março de 2023

SIDERURGIA

Money Times - SP   06/03/2023

A maior siderúrgica do Japão está considerando um grande investimento em um projeto de aço verde movido a hidrogênio, enquanto um esforço global para descarbonizar uma das indústrias mais poluentes do mundo ganha ritmo.

A Nippon Steel Corp. está explorando um projeto fora de seu mercado doméstico que pode custar cerca de 100 bilhões de ienes (US$ 733 milhões) ou mais, de acordo com Takahiro Mori, vice-presidente executivo que supervisiona as operações globais.

A Austrália e o Brasil estão entre os possíveis locais onde o minério de ferro de alta qualidade é acessível junto com a eletricidade mais barata do que no Japão, disse ele em entrevista.
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O aço é um dos blocos de construção da economia global – necessário para infraestrutura, automóveis e eletrodomésticos – e, embora a demanda continue aumentando, os produtores estão explorando maneiras de reduzir suas pegadas de carbono.

A indústria é uma das maiores poluidoras, pois atualmente depende de altos-fornos a carvão, principalmente na Ásia, que responde por mais de 70% da produção global.

“Não podemos evitar caminhos para a neutralidade do carbono”, disse Mori.

“Atualmente, estamos comparando vários projetos para ver se há algo que atenda às condições para a fabricação ou investimento em aço verde.”

A Nippon Steel e seus pares ArcelorMittal SA, a maior siderúrgica do mundo fora da China, e o China Baowu Steel Group prometeram tornar-se neutros em carbono até meados deste século.

Em outro lugar, a rival sul-coreana Posco anunciou recentemente um plano para investir US$ 40 bilhões na fabricação de hidrogênio e aço verde com parceiros na Austrália até 2040.

Substituição de Carvão

Não há nenhuma diferença real entre o aço convencional e sua contraparte verde e a distinção está na forma como é fabricado, embora não haja um padrão ou critério definidor.

Tradicionalmente, o aço é produzido pelo aquecimento do minério de ferro com carvão de coque em um alto-forno.

Uma forma de descarbonizar o processo e reduzir as emissões é substituir o combustível fóssil pelo hidrogênio.

Para atingir sua meta de carbono, a Nippon Steel planeja aumentar o uso de hidrogênio nos altos-fornos existentes, bem como construir as chamadas plantas de redução direta 100% baseadas em hidrogênio.

Além disso, está produzindo mais metal reciclado por meio da refundição de sucata em fornos de arco elétrico.

A empresa planeja reduzir as emissões em 30% até o final da década como uma estação intermediária para a neutralidade de carbono até 2050.

Os altos custos de eletricidade do Japão representam um obstáculo para a produção doméstica, levando a empresa a buscar oportunidades fora do país, de acordo com Mori.

“Seria melhor se pudéssemos trabalhar em um processo de redução direta usando hidrogênio no Japão, mas isso não será fácil”, disse ele.

A rival doméstica da Nippon Steel, a JFE Holdings Inc., também está preocupada com os custos mais altos do hidrogênio e da eletricidade no Japão.

Está aberto a opções, incluindo trabalhar em um projeto baseado em hidrogênio na Austrália, disse Masashi Terahata, vice-presidente executivo, em entrevista em Tóquio na sexta-feira.

“Se conseguirmos acesso a hidrogênio barato no Japão, trabalharemos no projeto em casa”, disse Terahata.

“Se não, isso significa que não podemos fazer no Japão.”

Money Times - SP   06/03/2023

Na manhã da última quarta-feira (1º), foi a vez da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) divulgar seus resultados do 4T22. A leitura do mercado foi de um balanço “morno”, dentro das expectativas. Mesmo sem entregar números acima do esperado, o papel saltou quase 3% no dia.

O principal desafio da metalúrgica neste último trimestre de 2022 foi a diminuição da demanda por aço. A produção e a venda sofreram quedas de -12,6% e -15,6% na base anual, respectivamente.

A receita no trimestre também passou por uma despencada. Em comparação com o 4T21, a receita caiu -16,7% e ficou em R$ 18 bilhões, pressionada pela queda das vendas.
O que animou o mercado?

Segundo o analista Fernando Ferrer, da Empiricus Research, a companhia entregou bons números anuais, apesar de um 4T22 mais fraco. No ano, o fluxo de caixa livre, por exemplo, foi o maior da história da companhia.

“Isso é resultado de um Ebitda resiliente, disciplina na alocação de capital e gestão eficiente do capital de giro. Assim, a companhia encerra 2022 com um saudável nível de alavancagem”, destaca Ferrer.

Mas, além de números satisfatórios no ano de 2022, a Metalúrgica Gerdau também se destaca por 3 motivos, na opinião de Fernando Ferrer,:
É uma empresa sólida;O preço da ação está atrativo;Tem projeção de dividendos “gordos” pela frente.

A seguir, explico por que Ferrer acredita no potencial da Metalúrgica Gerdau e como você pode desbloquear uma lista de 15 empresas com perfil semelhante.
1. É um ‘porto seguro’ para a carteira

A Metalúrgica Gerdau é uma companhia sólida, com um longo histórico e que já enfrentou diversos períodos de crise e recessão econômica.

No cenário macroeconômico atual, ações como a GOAU4 se destacam como boas alternativas para a carteira, visto que a empresa tem forte geração de caixa e é desalavancada.

Isso significa que, em períodos de dificuldade econômica, ela não precisa “queimar dinheiro” para manter o negócio de pé e tem baixo risco financeiro.
2. Ela ainda está muito barata

No dia da divulgação do balanço, a ação GOAU4 valorizou pouco menos de 3%. Mas esse rendimento nem se compara à performance excepcional dos últimos 6 meses.

O papel subiu 25% no período, mas, segundo Fernando Ferrer, o potencial do ativo é muito maior que isso.

O analista defende que a ação está barata, negociando a 3,5 EV/Ebitda, e tem um preço justo de R$ 18,50. Em relação à cotação do último fechamento (2), isso implicaria em uma valorização de 42%.

Isso seria o suficiente para transformar:
3. Expectativa de dividendos robustos

Este papel também pode encher o bolso dos investidores com dividendos. A Metalúrgica Gerdau tem um histórico de proventos “gordos”.

Só nos últimos 12 meses, a empresa teve um dividend yield de 9,7% e distribuiu cerca de R$ 1,25 por ação. Mas para Ferrer, estes números podem ser ainda melhores em 2023.

A projeção do analista é de que a metalúrgica tenha um dividend yield de 15% este ano.

Porém, mesmo que a Gerdau pague dividendos robustos em 2023, existem outros papéis tão atrativos quanto ela que podem engordar o bolso do investidor com pagamentos periódicos.

Este é o caso, por exemplo, de outras 15 ações selecionadas pela equipe da Empiricus Research e que podem ser destravadas ao final de um treinamento gratuito sobre dividendos.

Os analistas encontraram empresas que, assim como a Gerdau, combinam solidez, preços atrativos e dividend yield acima da média.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   06/03/2023

Os preços da indústria subiram 0,29% em janeiro deste ano, em relação a dezembro de 2022, com 14 das 24 atividades investigadas mostrando variações positivas de preço ante o mês anterior. Os dados constam do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As quatro maiores variações foram observadas em indústrias extrativas (9,62%); bebidas (5,30%); papel e celulose (-3,37%) e calçados e produtos de couro (-2,25%). Em dezembro do ano passado, o IPP teve variação negativa de 1,26%, com 11 atividades apresentando maiores preços médios em relação a novembro. Já em janeiro de 2022, o índice evoluiu 1,20%.

O Índice de Preços ao Produtor das Indústrias Extrativas e de Transformação do IBGE mede os preços de produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, e engloba as grandes categorias econômicas como bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).

De acordo com o IBGE, a variação de preços de 0,29% em janeiro, em relação a dezembro de 2022, refletiu em retração de 0,07% em bens de capital, enquanto bens intermediários tiveram elevação de 0,35% e bens de consumo de 0,28%, com alta de 0,55% em bens de consumo duráveis e de 0,23% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

O IPP mostra também que a principal influência entre as grandes categorias econômicas foi exercida por bens intermediários, cujo peso na composição do índice geral atingiu 57,42%, respondendo por 0,20 ponto percentual da variação de 0,29% nas indústrias extrativas e de transformação.
Extrativas

De acordo com os pesquisadores do IBGE, o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação entre janeiro e dezembro, foi o de indústrias extrativas, cujos preços variaram 9,62%, em média. Esse é o primeiro resultado positivo desde maio de 2022, quando alcançou 12,55%. A atividade respondeu por 0,42 ponto percentual de influência na variação de 0,29% da indústria geral, em janeiro deste ano. No acumulado de 12 meses findos em janeiro de 2023, indústrias extrativas tiveram redução de 7,85%, resultado que os técnicos do IBGE consideraram “um pouco menos intenso” do que o observado no fechamento de 2022, de menos 7,92%.

No acumulado em 12 meses, a alta atingiu 2,24% em janeiro, contra 3,16% em dezembro. Na comparação de janeiro de 2023 com igual mês do ano passado, os setores que apresentaram as quatro maiores variações de preços foram perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,66%); bebidas (16,54%); impressão (16,07%); e fabricação de máquinas e equipamentos (13,64%).

O IPP revela ainda que, no acumulado em 12 meses, os setores de maior influência no resultado agregado foram alimentos (1,34 p.p.); outros produtos químicos (-1,32 p.p.); refino de petróleo e biocombustíveis (0,79 p.p.); e metalurgia (-0,74 p.p.).Também na avaliação dos últimos 12 meses encerrados em janeiro, a variação de preços de bens de capital foi de 9,21%. Já os preços dos bens intermediários mostraram variação negativa de 0,47% no intervalo de um ano, enquanto bens de consumo cresceram 5,50%.
Destaques

Os preços do setor de alimentos variaram, em média, 0,48% em janeiro de 2023, em comparação a dezembro de 2022, com expansão no relativo à passagem de novembro para dezembro (0,28%). Com isso, o acumulado em 12 meses, que fechou 2022 em 5,03%, subiu para 5,74% em janeiro deste ano. Em relação a dezembro de 2022, três grupos apresentaram variações acima de 0,48%: laticínios (5,86%), moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais (1,39%) e fabricação e refino de açúcar (3,22%). No sentido inverso, o destaque foram os preços de abate e fabricação de produtos de carne, com queda de 2,90%. Na comparação de janeiro de 2023 ante janeiro de 2022, o IPP revela que tiveram preços acima do resultado do setor (5,74%) os setores de laticínios (24,80%) e moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais (16,90%). Mais uma vez, o índice aponta que a variação dos preços de abate e fabricação de produtos de carne teve variação negativa em 12 meses de 2,91%.

O setor de bebidas, por sua vez, teve aumento de preços em janeiro de 2023 de 5,30%, em relação ao mês anterior. Na comparação com janeiro de 2022, houve elevação de 16,54% dos preços. No setor de refino de petróleo e biocombustíveis, os preços variaram, em média, em queda de 1,50% na passagem de dezembro de 2022 para janeiro de 2023, continuando com resultado negativo, embora com menor intensidade do que em dezembro (5,48%). A variação em 12 meses ficou em 6,99%.

Em janeiro, os preços da indústria química recuaram pelo sétimo mês consecutivo na comparação com o mês imediatamente anterior, destacou o índice divulgado pelo IBGE. O setor apresentou variação negativa de 1,18%, acumulando queda de 19,51% nos preços desde julho do último ano. Em 12 meses, a variação acumulada do setor totalizou taxa negativa de 13,04%.

Na comparação entre janeiro de 2023 e dezembro de 2022, a variação de preços da atividade metalúrgica foi de 0,11%. Esse foi o primeiro resultado positivo após sete meses consecutivos de queda, salientaram os pesquisadores do Instituto. Já nos últimos 12 meses, a variação acumulada para o setor foi de queda de 10,59%, distante do resultado apurado em janeiro de 2022, quando acumulou crescimento de 31,65% nos últimos 12 meses.

O grupo econômico siderúrgico seguiu negativo, apresentando, em janeiro, o oitavo mês consecutivo de queda ante o mês anterior, da ordem de 0,10%. Com isso, nos últimos 12 meses, o grupo acumulou variação também negativa de 10,22%. Da mesma forma que ocorreu com a atividade metalúrgica, o resultado registrado para a siderurgia foi bastante diferente do observado em janeiro de 2022, quando o grupo acumulou alta de 37,06%, indicou o IPP.

O Estado de S.Paulo - SP   06/03/2023

A economia avançou 2,9% no ano passado, segundo o IBGE. É um resultado positivo, considerando o histórico de baixo crescimento do País. Mas é, também, um retrato de um passado recente marcado por muitos estímulos fiscais para aquecer a demanda, bem como do comportamento errático que o Produto Interno Bruto (PIB) tem apresentado nos últimos anos.

Em 2022, a artilharia eleitoral contou com o reajuste do piso do Auxílio Brasil, regras mais frouxas para empréstimos consignados e novas modalidades de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Não por acaso, o destaque da divulgação foi o consumo das famílias, que aumentou 4,3% e apresentou o melhor resultado desde 2011.

Como tradicionalmente acontece, no entanto, esses estímulos não foram capazes de produzir os mesmos efeitos ao longo do ano. No quarto trimestre, o PIB teve uma queda de 0,2% em relação ao trimestre anterior. Impulsionado pela redução das restrições sanitárias associadas à covid-19, o setor de serviços cresceu 4,2% em 2022, mas perdeu fôlego e teve alta de apenas 0,2% nos três últimos meses do ano.

Do lado da oferta, a agropecuária desacelerou na passagem do terceiro para o quarto trimestre, enquanto a indústria teve queda. Do lado da demanda, somente as exportações tiveram alta expressiva; o consumo das famílias e o consumo do governo desaceleraram, enquanto investimentos e importações passaram para o terreno negativo.

Os dados não apenas não deixam margem para ilusões, como reforçam as projeções sobre a fraqueza do desempenho da economia no curto prazo. No boletim Focus, a previsão é de um crescimento de apenas 0,84% neste ano. Ciente deste cenário adverso, o governo unificou o discurso para pressionar o Banco Central (BC) a baixar os juros.

Em nota, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda destacou que o resultado do PIB do quarto trimestre foi o segundo pior entre os países do G-20. “A desaceleração acentuada do ritmo de crescimento em 2022, com retração já observada no último trimestre, repercute, sobretudo, a reduzida liquidez no ambiente externo e o ciclo contracionista da política monetária. O aumento dos juros somado à inadimplência crescente dificultou a tomada de crédito e os investimentos produtivos, levando à retração.”

Com o inimigo identificado, houve até trégua – temporária – entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Líder de uma ala do partido que equivocadamente vê o compromisso fiscal assumido por Haddad como um obstáculo ao crescimento, a deputada não perde a oportunidade de fustigar o ministro em público, como se viu no episódio da reoneração da gasolina. Dessa vez, no entanto, ela atribuiu a desaceleração da economia às “seguidas altas dos juros pelo Banco Central”.

O presidente Lula, por sua vez, voltou a criticar abertamente o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Depois de dizer que o País não cresceu “nada” em 2022, afirmou à BandNews que Campos Neto “não foi eleito para nada” e afirmou que o País “não pode ser refém de um único homem”. Até a ministra do Planejamento, Simone Tebet, teve de entrar na dança. “Não queremos nenhuma generosidade, mas um gesto positivo a favor do Brasil na próxima reunião do Comitê de Política Monetária”, disse ela.

Nesse jogo de retórica política, o governo continua a ignorar o quanto pode contribuir para reduzir o nível do aperto monetário. Para isso, basta uma política fiscal mais austera e uma âncora crível para substituir o teto de gastos. Porém, além de criar ruídos na área econômica, o governo prefere apostar em medidas heterodoxas como o Imposto de Exportação – algo que nem mesmo a ex-presidente Dilma Rousseff ousou aplicar.

Se quer colher juros mais baixos, Lula precisa parar de plantar incertezas que só retroalimentam as projeções de inflação e minam a economia. Do contrário, as projeções de crescimento pífio serão uma profecia autorrealizável.

Globo Online - RJ   06/03/2023

A China estabeleceu uma meta de crescimento econômico modesto de cerca de 5% para o ano. Os principais líderes do país evitaram mencionar qualquer grande estímulo para impulsionar uma recuperação que ainda está sendo prejudicada pela fraca confiança nos negócios e um mercado imobiliário incerto.

O primeiro-ministro Li Keqiang anunciou a meta para o Produto Interno Bruto (PIB) em seu relatório final ao parlamento controlado pelo Partido Comunista, que iniciou sua reunião anual neste domingo. Economistas esperavam uma meta mais ambiciosa, acima de 5%, diante de uma recuperação nos gastos de consumidores e empresas após o fim das restrições para combater o coronavírus.

A meta “deve ser considerada um piso de crescimento que o governo está disposto a tolerar”, disse o economista-chefe da Pinpoint Asset Management, Zhang Zhiwei.

— Como a política da Covid foi ajustada, não há urgência para que eles executem outra rodada de grande estímulo econômico — explica Zhiwei.

Em 2022, o PIB do país cresceu apenas 3% o segundo ritmo mais lento desde a década de 1970 e abaixo das projeções inicias de 5,5%.

Uma perspectiva mais cautelosa este ano restauraria a credibilidade em torno da meta e daria ao presidente Xi Jinping e suas novas autoridades econômicas mais espaço político para se concentrar nos objetivos principais.

Reação do mercado

Os mercados financeiros, no entanto, podem ficar desapontados com as perspectivas mais moderadas depois de se recuperarem na semana passada com sinais de uma recuperação mais forte do que o esperado na economia do país asiático.

— Embora a meta oficial de crescimento tenha sido reduzida pelo segundo ano consecutivo, o que pode ser uma decepção para o mercado, acreditamos que os investidores prestarão atenção ao impulso de crescimento subjacente para avaliar a recuperação — disse a economista-chefe da Guotai Junan Participações Internacionais, Zhou Hao.

Avanço da demanda doméstica

Li disse que aumentar a demanda doméstica, uma referência aos gastos do consumidor e ao investimento empresarial, seria a principal prioridade do governo este ano, enquanto as importações e exportações avançariam constantemente.

A meta de emprego mais alta do governo para este ano, de 3%, o que equivale a cerca de 12 milhões de novos empregos urbanos - sugere que as autoridades veem mais setores de consumo intensivos em mão de obra impulsionando a economia, enquanto o crescimento do investimento em infraestrutura financiado pelo governo provavelmente diminuirá.

A China também estabeleceu uma meta de 3% para o índice de preços ao consumidor.

—É mais provável que uma recuperação no consumo conduza ao crescimento. O investimento empresarial pode permanecer em cima do muro até que medidas mais fortes para apoiar o setor privado se tornem aparentes —disse Bert Hofman, ex-diretor do Banco Mundial para a China.

Apoio fiscal contido

O orçamento nacional divulgado sugere que o apoio fiscal será contido. A meta para o déficit nominal – com base em uma definição restrita de receitas e gastos do governo – foi elevada para 3% do PIB neste ano, ante 2,8% no ano passado.

No entanto, os governos locais devem reduzir os grandes investimentos, com uma cota menor para títulos especiais locais, usados principalmente para financiar projetos de infraestrutura. Isso teria implicações para o setor de construção e efeitos indiretos sobre os preços globais das commodities.

— Se o crescimento da infraestrutura for lento, pode impactar setores como aço e cimento em outros países também porque a China pode importar menos commodities — disse a economista-chefe para a Grande China do ING Bank, Iris Pang.

Segurança nacional

O relatório de Li destacou uma mudança na perspectiva de Pequim para enfatizar a segurança nacional, a autossuficiência tecnológica e a estabilidade financeira em vez do ritmo de crescimento. O primeiro-ministro pediu políticas que possam “equilibrar desenvolvimento e segurança”.

Ressaltando esses objetivos, a China aumentará seus gastos com defesa em 7,2% este ano, o ritmo mais rápido em quatro anos, para 1,55 trilhão de yuans. Pequim também visará a “reunificação pacífica” com Taiwan, disse Li, mantendo sua posição anterior em relação à ilha.

IstoÉ Dinheiro - SP   06/03/2023

A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Boston, Susan Collins, reiterou que os juros deve subir mais e ficar em território restritivo “por algum tempo” para assegurar o retorno da inflação à meta de 2% nos Estados Unidos. Os comentários foram feitos em evento na última quarta-feira, mas o vídeo com o discurso foi divulgado nesta sexta-feira, 3.

A dirigente, no entanto, ainda considera possível que a atividade econômica se prove mais resistente ao processo de aperto monetário do que no passado. “Permaneço otimista de que há um caminho para reduzir a inflação sem uma crise econômica significativa”, comentou, em referência ao fenômeno conhecido no mercado como “pouso suave”.

Susan Collins reconheceu que os índices de preços seguem elevados, mas chamou atenção para progressos recentes no combate à escalada inflacionária, em meio ao arrefecimento dos bens.

“Mas a inflação de serviços, excluindo custos residenciais, continua bem elevada e isso provavelmente vai demandar um esfriamento de um mercado de trabalho que ainda está claramente apertada”, destacou ela, que não tem direito a voto nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

Exame - SP   06/03/2023

A equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acelerou a finalização da proposta de nova regra de controle das contas públicas para dar um sinal consistente para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 21 e 22. No segundo dia de reunião, uma quarta-feira, o BC anuncia a taxa de juros da economia.

A intenção da equipe de Haddad é mostrar um plano claro que afaste qualquer temor sobre uma eventual explosão da dívida pública. O desenho da nova regra fiscal foi concluído nesta quinta-feira pelo Ministério da Fazenda. Agora, será encaminhada aos demais ministérios da área econômica e também ao Palácio do Planalto, antes de ser apresentada ao Congresso Nacional.

O objetivo da equipe de Haddad é que a nova âncora fiscal permita aos investidores (e ao próprio BC) calcular a trajetória dos gastos e demonstrar que a relação dívida/PIB ficará estável — não necessariamente, porém, demonstrará uma queda da dívida no curto e médio prazos. Não está prevista uma meta de dívida. A dívida bruta brasileira fechou o ano de 2022 equivalente a 73,5% do PIB, o menor percentual desde 2017.
Tebet indica economista Paulo Correa para cargo de diretor-executivo do BID

Como disse a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o governo Lula quer mostrar que está fazendo o dever de casa e tomando medidas que podem levar à redução da taxa de juros, hoje em 13,75%.

Críticas ao BC

Liderados pelo próprio presidente da República, integrantes do governo têm criticado reiteradamente as taxas de juros estabelecidas pelo BC. Nesta quinta-feira, Lula voltou a criticar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e disse que o país “não pode ser refém de um único homem”.

Outra ação que a equipe econômica quer sinalizar como positiva para a redução dos juros é o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. O primeiro relatório da gestão Lula precisa ser apresentado até o dia 22 deste mês (o governo quer antecipar e entregar no dia 21).

Esse documento faz uma estimativa do comportamento dos gastos e das receitas. A ideia, nesse caso, é mostrar que a execução dos gastos neste ano será feita com equilíbrio e responsabilidade. Além disso, vai estimar oficialmente que o rombo das contas públicas neste ano será menor que os R$ 231 bilhões previstos no Orçamento.

O governo já decidiu por reonerar parcialmente a gasolina e o etanol, numa ação que o próprio Haddad classificou como importante para reduzir os juros.

A equipe econômica quer que esses dados sejam levados em consideração pelo Copom, já que a incerteza fiscal é uma das principais causas apontadas pelo BC para a taxa de juros no atual patamar.

A última reunião do Copom, em janeiro, em que manteve a taxa básica, foi feita dias depois de Haddad anunciar um pacote de medidas de mais de R$ 200 bilhões. Essa ação, porém, não foi citada no comunicado do órgão — apenas a ata, que é mais detalhada, e que saiu uma semana depois. Isso irritou membros do governo, por entenderem que o BC não estava considerando o esforço fiscal feito pelo Ministério da Fazenda.
Dados do PIB

Na avaliação de integrantes do governo, os dados do PIB divulgados pelo IBGE nesta semana também precisam ser considerados pelo Copom, principalmente com relação à desaceleração no último trimestre. Haddad afirmou que a manutenção desse patamar das taxas de juros desencadeia uma desaceleração da economia.

A nova regra fiscal vai substituir o teto de gastos, aprovado em 2016 e que trava as despesas federais à inflação do ano anterior. Apesar de ter sido alterado ao longo dos últimos anos, ele ainda está em vigor. Além disso, a “PEC da Transição” — que ampliou os gastos no primeiro ano do governo Lula e R$ 168 bilhões — só vale em 2023.

Fazenda: Após subir impostos dos combustíveis, Haddad diz esperar que Banco Central reduza juros

A nova regra vai permitir que os gastos cresçam acima da inflação. A intenção do governo é colocar como referência as receitas líquidas equivalentes a 19% do PIB, com as despesas flutuando.

Orçamento de 2024

Como O GLOBO mostrou, o Executivo irá considerar a âncora fiscal na elaboração da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, mesmo que o texto ainda não tenha sido aprovado. A LDO será enviada ao Congresso até 15 de abril e isso cria um problema para o governo, que a equipe econômica pretende contornar.

A LDO é a base para o Orçamento. Não estabelece a distribuição de recursos, mas dá as diretrizes gerais da proposta.

Ontem, Haddad disse que a ideia é que as medidas voltadas ao equilíbrio das contas públicas sejam enviadas junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ao Congresso, para evitar posições conflitantes e o retrabalho para os parlamentares.

"Nesta semana, vamos concluir o trabalho na Fazenda, que vai ser compartilhado com a área econômica e levada ao conhecimento do presidente da República. Queremos que este mês seja pública nossa opinião sobre como deve ser o arcabouço fiscal, até porque o Planejamento [ministério comandando por Simone Tebet] deve encaminhar a LDO do ano que vem. O ideal é que a lei seja elaborada com base na nova regra", afirmou o ministro, nesta quinta-feira, ao voltar de uma reunião na Casa Civil.

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   06/03/2023

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian atingiram uma máxima de oito meses nesta sexta-feira, impulsionados por fundamentos favoráveis e otimismo sobre a demanda futura de aço.

O contrato futuro de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou o comércio diurno com alta de 1,04%, a 919 iuanes (133,15 dólares) a tonelada, um pico desde julho de 2022.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para abril subiu 0,1%, para 126,5 dólares a tonelada.

As usinas estão aumentando a produção, mas seus estoques de minério de ferro estão relativamente baixos, sustentando os preços da commodity, disse um trader de minério de ferro de Xangai, que pediu anonimato porque não está autorizado a falar com a imprensa.

A taxa operacional de alto-forno de 247 siderúrgicas pesquisadas em toda a China ficou em 81,07% em 3 de março, registrando um aumento ano a ano de 6,35%, mostraram dados da consultoria Mysteel.

Os estoques de minério de ferro no porto, no entanto, caíram 2,23 milhões de toneladas na semana, para aproximadamente 140 milhões de toneladas, mostraram os dados.

Os preços do aço não estão subindo tanto quanto os preços das matérias-primas, deixando as usinas lutando para gerar lucros, disse um analista de minério de ferro de Xangai.

O aumento da produção de aço também impedirá que as margens do aço melhorem, disseram analistas da Huatai Futures em nota.

A expectativa de demanda crescente das siderúrgicas sustentou os preços do coque, enquanto o aumento das perspectivas de oferta no exterior pesou temporariamente sobre o carvão metalúrgico. O coque ganhou 0,46%, enquanto o carvão metalúrgico caiu 1,01%.

Os preços futuros do aço mostraram tendência de alta. O vergalhão na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 1,26% para 4.272 iuanes por tonelada, a bobina laminada a quente ganhou 1,34% e o aço inoxidável avançou 0,8%. Já o fio-máquina caiu 0,1%.

IstoÉ Online - SP   06/03/2023

A Vale informou nesta sexta-feira, 3, que deu início ao comissionamento do Projeto Gelado, em Carajás (PA), que produzirá pellet feed a partir do reaproveitamento dos rejeitos depositados na barragem do Gelado desde 1985, ano de início da operação da Vale na região. A capacidade inicial de produção será de 5 milhões de toneladas por ano e o investimento é de US$ 485 milhões.

Segundo a empresa, além de dar destinação sustentável ao rejeito, o projeto utilizará dragas 100% elétricas para extrair o material, evitando a emissão de CO2.

A fase de comissionamento, em que estão sendo feitos testes de performance e capacidade com carga, deve durar até o final do primeiro semestre, quando a operação entrará em ritmo contínuo. Após a conversão da Usina 1 de Carajás para o beneficiamento a umidade natural, prevista para os próximos anos, o projeto Gelado alcançará sua capacidade de 10 milhões de toneladas por ano.

A empresa destaca que ao longo dos últimos 37 anos, vem produzindo minério de ferro em Carajás e depositando o rejeito na barragem do Gelado. Esse material é composto basicamente por partículas de minério de ferro, que não puderam ser aproveitadas no processo original de beneficiamento, e por impurezas, como a sílica e a alumina. Com o uso de dragas, o rejeito será retirado da barragem e enviado novamente para beneficiamento na usina.

O teor de minério do material extraído da barragem já é de 63%, considerado alto, de acordo com a Vale. Na usina, o minério será submetido ao processo de concentração magnética, em que um potente imã separa as partículas ferrosas da sílica e da alumina, aumentando ainda mais sua qualidade. É a primeira vez que a concentração magnética é utilizada nas operações do Pará. O produto final é um pellet feed que irá alimentar a pelotizadora da empresa, em São Luís (MA).

Baixo carbono

“A alta qualidade das pelotas fabricadas no local contribui para a redução de emissões de carbono dos clientes siderúrgicos quando comparadas com produtos de menor qualidade. A Vale tem uma meta de diminuir suas emissões de escopo 3 em 15% até 2035”, informa a mineradora.

A companhia diz que o caráter sustentável do projeto é reforçado pelo uso de dragas 100% elétricas, assim como bombas elétricas, que utilizam eletricidade proveniente de fontes renováveis em vez de combustíveis fósseis como o diesel.

Dessa forma, o projeto deixará de emitir, ao longo de 10 anos, um total de 484 mil toneladas de CO2, o equivalente ao consumo por um ano de 105 mil carros populares de mil cilindradas movidos a gasolina.

“Além de desassorear a barragem, estamos reduzindo a quantidade de rejeitos na estrutura e transformando-os em um novo produto, evitando a necessidade de futuros alteamentos. Fazemos isso focando na redução da emissão de CO2”, explica o gerente de Operação do projeto, Roberto Francisco.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Estado de S.Paulo - SP   06/03/2023

O recém-lançado programa habitacional da cidade de São Paulo, chamado Pode Entrar, teve uma adesão elevada de construtoras e já tem sido apontado pela iniciativa privada como um bom exemplo a ser seguido pelo governo federal na reformulação do Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

O edital do programa paulistano atraiu 56 construtoras, incluindo as maiores do ramo como MRV, Tenda, Direcional e Plano & Plano. Juntas, as empresas encaminharam propostas de 72 empreendimentos que totalizam 104 mil apartamentos, montante 2,5 vezes maior do que a oferta da prefeitura, de 40 mil.

O Pode Entrar é semelhante à antiga faixa 1 do MCMV no sentido de que ambos buscam atender famílias de renda mais baixa mediante a contratação de empreendimentos com subsídios dos cofres públicos.

No caso do MCMV, a faixa 1 foi extinta pelo governo Bolsonaro por haver acúmulo de obras paralisadas ou atrasadas em governos anteriores, além de falta de verba para novas contratações.

Agora, o governo Lula recriou a faixa 1 e reservou R$ 9,5 bilhões do orçamento para conclusão de obras antigas e novos projetos, mas os empresários desconfiam da viabilidade devido aos problemas enfrentados no passado.

No Pode Entrar, o foco são famílias com renda de até três salários mínimos (grupo 1) e de até seis salários mínimos (grupo 2). No grupo 1, a renda comprometida com o financiamento é de até 15%, sendo o restante do valor subsidiado. No grupo 2, o mutuário recebe da prefeitura uma carta de crédito.

Empresas sentem segurança

A explicação para o grande interesse das companhias está na segurança de que não vão faltar recursos do orçamento municipal para as obras e que haverá correção monetário no fluxo de pagamentos, disseram representantes do setor.

“Os riscos que víamos na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida era não ter correção do valor da obra, e o risco de perda de orçamento a cada troca de governo. Isso está contemplado no Pode Entrar”, afirma o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Ronaldo Cury. “Se o governo federal quiser copiar vai ser muito legal”, sugere.

O Pode Entrar estabelece para as construtoras o pagamento de 15% do valor dos empreendimentos à vista e 85% até a entrega das moradias. A cada contratação, o dinheiro vai ser “carimbado” para o projeto em questão, evitando o risco de falta de verbas após o início da obra. “Eles empenham os recursos no orçamento e liberam de acordo com o andamento da obra. É uma garantia de que o dinheiro está lá e não vai faltar”, avalia Cury.

Outro aspecto importante, segundo ele, é que o edital já prevê a correção do fluxo de pagamentos para as construtoras com base na inflação. Isso é importante porque reduz o risco de prejuízo das empresas com uma disparada imprevista nos custos de materiais e serviços – assim como ocorreu nos dois últimos anos.

Os riscos que víamos na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida era não ter correção do valor da obra, e o risco de perda de orçamento a cada troca de governo. Isso está contemplado no Pode Entrar

Ronaldo Cury, vice-presidente do Sinduscon-SP

Valores abaixo do mercado

O secretário de habitação de São Paulo, João Farias, diz que o valor a ser pago pela prefeitura na contratação dos imóveis será de até R$ 210 mil, abaixo portanto do mercado, que costuma ficar perto de R$ 240 mil. “Tivemos algumas propostas de empresas que chegaram a R$ 180 mil. Na média, as contratações vão ficar perto de R$ 190 mil a R$ 200 mil”, conta.

“É um negócio interessante para a iniciativa privada porque a prefeitura compra o empreendimento inteiro. Isso exclui o risco de a empresa não vender os apartamentos e corta as despesas com marketing e corretagem. E o risco de a prefeitura não pagar é quase nulo”, argumenta Farias.

O secretário estima que as contratações começarão até a primeira quinzena de abril, após seleção dos projetos. Um segundo edital para contratação de mais 5 mil unidades será lançado nas próximas semanas. Neste caso, a prefeitura visará a compra de apartamentos já prontos.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, elogia o Pode Entrar e observa que é quase tão grande como a retomada da faixa 1 do Minha Casa Minha Vida. O programa paulistano tem orçamento de R$ 8 bilhões para contratar 40 mil unidades, enquanto o federal tem R$ 9,5 bilhões, que devem gerar cerca de 50 mil unidades.

“Lá trás, chegamos a produzir 400 mil unidades no ano”, lembra Martins, citando os primeiros anos do MCMV. “Então, tem de ter vontade política para viabilizar isso. É um segmento importante da população que concentra 90% do déficit habitacional”.

Mudança de metodologia gera denúncia

Em janeiro, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) apresentou ao Ministério Público denúncia contra a Prefeitura de São Paulo por mudar a metodologia de definição do preço referencial mínimo dos imóveis do programa, o que elevou o custo de cada unidade.

De acordo com a Secretaria de Habitação, a definição do preço considerou uma média dos 96 distritos da cidade abarcados pelo programa, embora em algumas regiões os valores praticados pelo mercado sejam mais altos, o que demandou ajustes na metodologia.

FERROVIÁRIO

O Estado de S.Paulo - SP   06/03/2023

A TAV Brasil, empresa criada para viabilizar a construção do trem de alta velocidade entre São Paulo e o Rio de Janeiro, já realiza as primeiras conversas com empreiteiras para viabilizar o projeto. Diferentemente do que se via dez anos atrás, quando as transações para viabilizar a obra se concentraram em grandes construtoras nacionais, agora negocia-se, também, com grandes companhias da China e da Espanha, já especializadas em erguer esse tipo de projeto. Os contatos passaram a ser feitos pelas próprias empresas, após vir à tona a confirmação de que o projeto obteve autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Ao Estadão, o diretor-presidente da TAV Brasil, Bernardo Figueiredo, detalhou os próximos passos da empresa para tirar o projeto do papel e as principais mudanças que o empreendimento passa a ter, agora que se tornou um negócio 100% privado, sem nenhuma participação estatal.

Figueiredo foi diretor da ANTT e comandou o projeto do 1º trem de alta velocidade ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 2007. Em 2012, foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff à presidência da Etav, estatal que licitaria o projeto do trem de alta velocidade, mas sofreu uma derrota no Senado ao tentar ser reconduzido para o cargo de diretor-geral da ANTT.

Na parte de infraestrutura, uma das principais mudanças que o novo empreendimento prevê diz respeito ao traçado, que retirou estações que estavam desenhadas para os centros das cidades. O projeto original previa, por exemplo, 20 quilômetros de túnel na cidade São Paulo, enquanto o novo não contempla essa obra. A ideia é terminar o trajeto na região de Pirituba. Do lado carioca, a obra acabaria em Santa Cruz, podendo ser acessada, a partir dali, por meio de uma eventual parceria com a rede da Supervia. São 34 estações de Santa Cruz à região central do Rio.

“Essa é uma questão que está resolvida. Não entraremos dentro dos centros urbanos, mas buscaremos parcerias. A partir destes pontos, podemos negociar conexões com outras redes, ou eventuais construções de ramais”, disse Figueiredo.

O número de paradas também foi cortado pela metade. Enquanto o primeiro traçado do trem-bala, que desenvolvido durante o primeiro governo Dilma Rousseff, previa a construção de até oito estações em seu trajeto de 400 km, o novo projeto conta com apenas quatro estações – São Paulo, São José dos Campos, Volta Redonda e Rio de Janeiro – prevendo diversos tipo de viagens, como viagens sem parada, por exemplo. O traçado inteiro, de 378 km, poderá ser feito em viagens de 1 hora e 30 minutos, com velocidade aproximada de 350 km por hora, diz Figueiredo.

O detalhamento do trajeto ainda será conhecido durante a elaboração do projeto executivo de engenharia, mas o que já se sabe é que todo percurso será novo, ou seja, não está prevista a exploração paralela de nenhuma outra linha de trem pré-existente.

Nesta quarta-feira, 1, a TAV Brasil assinou o contrato de adesão ao projeto com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Com esse contrato, a TAV Brasil passa a ter, na prática, o direito de construir e explorar comercialmente o trem-bala, pelo prazo de 99 anos. Trata-se de um passo fundamental do empreendimento, que recebeu aval do poder público para ir adiante. Resta agora ver como o setor privado vai se comportar.

Bernardo Figueiredo disse que, ao longo deste ano, a TAV Brasil, que é uma sociedade de propósito específico (SPE) criada exclusivamente para viabilizar o projeto, vai firmar acordos com empreiteiras e o futuro operador do trem. Com a autorização obtida junto da ANTT, o próximo passo, agora, é contratar uma empresa que fará o estudo de impacto ambiental (EIA) da obra, processo que deverá ser encaminhado ao Ibama, responsável pelo licenciamento ambiental.

Paralelamente, com o avanço das parcerias e investidores, a TAV Brasil vai atrás de alternativas para o financiamento do projeto. A estimativa é de que o empreendimento estimado em R$ 50 bilhões – cifra que o transforma na obra de infraestrutura mais cara do País – tenha entre 72% e 80% de seu valor financiado, em acordos de longo prazo, de 25 a 30 anos.

Questionado se o BNDES será acionado pela empresa, Figueiredo disse que a TAV Brasil deve falar com todos os bancos possíveis para viabilizar a obra, priorizando as alternativas internacionais, além de bancos privados. Entre as portas que devem ser acionadas estão nomes como o Banco Europeu de Investimento (BEI). Outra opção considerada é o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), conhecido como o “banco dos Brics”, em referência ao bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Fechada toda a equação financeira e de engenharia, a TAV Brasil precisa viabilizar o licenciamento da obra. É nesta fase, por exemplo, que se estabelece os processos de desapropriação pública de propriedades. Cabe ao poder público indicar o que deve ser desapropriado e, à empresa, indenizar as propriedades.

Figueiredo disse que, dos R$ 50 bilhões previstos no projeto, cerca de 80% estão ligados a custos com a construção da malha, o trem em si e os sistemas de funcionamento. Nos demais 20% entram gastos com indenizações e o próprio licenciamento, entre outros itens.

Apesar de toda a movimentação empresarial, o início efetivo da obra está previsto para ocorrer somente daqui a cerca de cinco anos, estima Figueiredo. Para que possa cravar o primeiro trilho no chão, o trem-bala precisa obter duas autorizações do Ibama, as licenças prévia e de instalação. Depois, vem a fase da construção em si, estimada entre quatro e seis anos. Na prática, portanto, caso o calendário caminhe como se espera, o trem estaria em operação daqui a cerca de dez anos.

Com uma sucessão de reuniões na agenda desde que recebeu sinal verdade da ANTT para tocar o projeto, Bernardo Figueiredo tem a parceria do advogado Marcos Joaquim, sócio-fundador do M.J. Alves e Burle Advogados e Consultores, especializado em estruturar projetos, e da Global Ace, do empresário Daniel Suh, que já apoiou a estruturação de projetos de trem de alta velocidade em parceria com os coreanos.

Os estudos de engenharia apontam que, do ponto de vista de demanda e da distância entre São Paulo e Rio de Janeiro, nenhum outro traçado no mundo reúne hoje condições técnicas e financeiras mais interessantes para viabilizar a obra. Para Bernardo Figueiredo, não há nenhuma sombra de dúvidas de que, dessa vez, o projeto vai sair do papel, e sem depender da injeção de recursos públicos.

Por ser um empreendimento 100% privado, sob risco total do empreendedor, a TAV Brasil ficaria livre para cobrar qualquer tarifa do usuário, diferentemente do que ocorria no modelo original proposto pelo governo, que estabelecia uma tarifa teto para oferta do serviço. No modelo de autorização, cabe à empresa dizer quanto vai cobrar, por qual tipo de viagem, concorrendo com o setor aéreo e o transporte rodoviário. “Passamos a ter, também, essa liberdade a mais, o que atrai a competição”, disse Figueiredo. “Não tenho nenhuma dúvida de que, agora, o projeto vai pra frente. Não trabalho com outra hipótese. Vamos fazer o trem bala virar realidade”, diz.

Valor - SP   06/03/2023

Agência aprovou a celebração do contrato de autorização para a construção e exploração do trem de alta velocidade, o TAV, entre as duas cidades, com a empresa TAV Brasil

Em recente parecer favorável ao trem-bala São Paulo-Rio de Janeiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atestou que o projeto não entra em conflito com grandes grupos econômicos que detêm contratos de concessão do transporte ferroviário e operam linhas que passam pela região. A conclusão parte de nota técnica produzida pela Superintendência de Transporte Ferroviário, que foi acolhida em decisão da diretoria da agência.

No último mês, a diretoria da ANTT aprovou a celebração do contrato de autorização para a construção e exploração do trem de alta velocidade, o TAV, entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com a empresa TAV Brasil. Pelo modelo de autorização, diferentemente da concessão, o risco do projeto é totalmente assumido pelo investidor privado.

A Malha Sudeste, da MRS Logística, é citada na análise técnica da ANTT como concessionária com operação ferroviária na área de abrangência do trem-bala. O documento menciona que o grupo opera atualmente uma malha de cerca de 1.643 quilômetros nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

— Foto: Divulgação/ANTT

No documento, a agência também considerou o trajeto da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), do grupo VLI, com aproximadamente 7 mil quilômetros de trilhos no país. A malha ferroviária do grupo está na área de abrangência do trem-bala.

Ao observar os traçados das ferrovias da MRS e FCA, a ANTT reconhece que existem "intersecções ao longo do trecho” do trem-bala São Paulo-RJ com as linhas em operação, mas nada que possa comprometer a “viabilidade locacional” do projeto. “Contudo, tais cruzamentos não se caracterizam como elementos que configurem incompatibilidade locacional."

O mapa do traçado do trem-bala chega a fazer referência à linha da Rumo Malha Paulista (RMP), do grupo Rumo Logística. Porém, por não haver sobreposição de malha, a concessão sequer é mencionada na análise elaborada pelos técnicos da ANTT.

Cidades pelo caminho

O conjunto de informações enviadas pela TAV Brasil à ANTT indica que o projeto atinge 29 municípios, sendo vinte no Estado de São Paulo e nove no Rio de Janeiro.

Em SP, são eles São Paulo, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Arujá, Santa Isabel, Guararema, Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Roseira, Aparecida, Guaratinguetá, Lorena, Canas, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Lavrinhas, e Queluz.

No Eetado do Rio, são Resende, Itatiaia, Barra Mansa, Volta Redonda, Pinheiral, Piraí, Itaguaí, Seropédica e Rio de Janeiro.

NAVAL

O Estado de S.Paulo - SP   06/03/2023

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, quer a privatização do Porto de Santos (isto é, da autoridade portuária), hipótese descartada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, com o governo federal acalentando alternativamente a ideia de transferir quatro áreas do porto ao setor privado - como relatou em 30/1 a colunista Mariana Carneiro, do Estadão.

Ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, e visto como potencial líder da direita no Brasil num futuro próximo, a postura de Tarcísio em relação ao Porto de Santos em teoria lustra ainda mais seu perfil de campeão do livre mercado e do liberalismo.

Só que não, na visão do economista José Tavares, diretor do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (CINDES), no Rio, um think-tank voltado a questões da integração internacional do Brasil.

O modelo portuário que o governo Bolsonaro tentou implantar, sob a batuta de Tarcísio, tem aspectos, comenta Tavares - num tom humorado em que o exagero dá relevo mais claro à crítica -, "que lembram o planejamento estatal do estalinismo na década de 30".

Mas ele isenta o atual governador de São Paulo da formulação desse modelo de forte centralização da governança portuária no governo federal. Para o diretor do Cindes, essa tendência acompanhou todas as fases das reformas portuárias no Brasil desde os anos 90.

"O que o Tarcísio fez foi tentar radicalizar o modelo que já vinha nessa direção".

Na verdade, ressalva Tavares, por um lado da moeda esse modelo foi bem sucedido. Os portos brasileiros hoje são modernos, eficientes e cumprem as normais ambientais. O movimento de contêineres no Porto de Santos entre 2010 e 2019 registrou índices de crescimento superiores à média dos 50 maiores portos mundiais.

Por outro lado, no entanto, os portos brasileiros são detestados pelos usuários, o que evidentemente indica um problema de competitividade. Segundo Tavares, desde 1995 os portos brasileiros são classificados anualmente nas edições do Global Competitiveness Report (GCR) como entre os piores do mundo. Em 2019, numa lista de 139 países, o Brasil ficou em 104º lugar.

Em recente trabalho de crítica do modelo mencionado acima (encomendado por um cliente da sua consultoria Ecostrat, mas que representa a visão de Tavares sobre o tema, como este frisa), o diretor do Cindes analisa em detalhe um caso particular para desfiar os problemas que vê na gestão portuária centralizada no governo federal.

O caso em questão foram os leilões pelos quais as empresas de celulose Suzano, Bracell SP Celulose e Eldorado Brasil adquiram o direito de construir, para elas mesmas operarem, três terminais de celulose no Porto de Santos, com uma área conjunta de 125 mil m². Os dois primeiros já estão em operação e o da Eldorado Brasil tem inauguração prevista para o segundo semestre de 2023.

O que Tavares mostra em detalhes no artigo é que a decisão federal de leiloar esses terminais não levou em conta a disseminação da exportação da celulose em oito Estados brasileiro, a perda de participação de São Paulo na indústria nacional de celulose, a tendência declinante do preço do produto a partir de 2011, a crescente sofisticação do perfil de cargas do Porto de Santos (que pode não justificar a substituição de terminais de contêineres por terminais de celulose) - e, sobretudo, não levou em conta as projeções do próprio Plano Mestre que, segundo a Portaria nº 61 do então Ministério da Infraestrutura, é o ponto de partida do sistema de planejamento do Estado para o setor portuário nacional.

Assim, um complexo modelo econométrico dinâmico autorregressivo, com 128 variáveis endógenas, do Plano Mestre previu uma evolução da demanda por exportação de celulose pelo Porto de Santos saindo de 5,2 milhões de toneladas em 2020 para 7,1 milhões em 2060.

No entanto, como escreve Tavares, o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) da "Santos Port Authority" (SPA), homologado pelo Ministério da Infraestrutura em julho de 2020, "considera que as séries do Plano Mestre estão 'aparentemente' (sic) subestimadas, e gera um novo conjunto de projeções bianuais para o período 2020-2040, sem indicar as fontes dos dados ali utilizados, nem tampouco a metodologia aplicada nas projeções".

Segundo o diretor do Cindes, "nos dias atuais, investimentos em terminais portuários localizados em outros países jamais dependem de processos de planejamento estatal erráticos e sem transparência como o descrito na seção anterior [e mencionados acima nesta coluna]".

O economista descreve as diretrizes prioritárias da gestão portuária no governo Bolsonaro como as de privatizar as Cias. Docas e, simultaneamente, manter o poder de comando do governo federal sobre as decisões do setor.

Tavares aponta que "se o projeto acima tivesse sido concluído, o Brasil teria se transformado no único país do mundo com um sistema portuário operado exclusivamente por firmas privadas, mas rigidamente subordinadas ao governo federal em todos os tipos de decisões relacionadas a investimentos".

O modelo portuário que o economista defende, derivado de estudos do prêmio Nobel de Economia Elinor Ostrom, é caracterizado pela "governança policêntrica" e, tipicamente, inclui empresas estatais municipais como autoridade portuária. Na verdade, essas empresas intrinsicamente locais respondem à lógica superior de descentralizar as decisões no setor portuário, e atuam como árbitro entre distintos atores e interesses, sempre mutantes (inclusive pelo progresso tecnológico), em torno de questões como usos alternativos da terra, impactos ambientais, entrada de novos provedores de serviços, qualidade de vida da população no entorno do porto, direitos trabalhistas etc.

"Este processo tende a gerar conflitos de interesses cujas soluções são sempre transitórias, e exigem a participação de todos os agentes que atuam ou dependem do porto, sob a coordenação da autoridade portuária", descreve Tavares.

Ele lembra que, no peculiar e complexo contexto portuário, Olson explicou que "a dicotomia 'Estado versus Mercado' é irrelevante".

A "governança policêntrica" já há muito saiu da teoria para a prática. Como aponta o diretor do Cindes, essa visão levou ao movimento concreto conhecido como "renascimento dos portos", com esse modelo de gestão de portos (incluindo estatal municipal como autoridade portuária) sendo adotado por países como Alemanha, Bélgica, China, Cingapura, Coreia do Sul, Estados Unidos, Holanda, Hong Kong e Taiwan - como se vê, abrangendo vários dos mais importantes portos do mundo.

De acordo com Tavares, a adoção desse modelo no Brasil envolveria três medidas jurídicas factíveis, que transformariam as Cias. Docas em estatais municipais não subordinadas ao governo federal e guiadas pelo princípio da governança policêntrica.

A Tribuna - SP   06/03/2023

A Brasil Terminal Portuário (BTP) planeja investir R$ 2 bilhões em suas instalações no Porto de Santos nos próximos anos com o objetivo de ampliar a sua capacidade operacional em 40%. Já a partir de abril, implementará a rede privada 5G, a fim de obter mais celeridade e eficiência nas operações. As novidades foram anunciadas durante a feira Intermodal South America 2023, que ocorre em São Paulo.

Segundo a BTP, os investimentos estão associados à renovação do contrato de arrendamento do terminal. O pedido de renovação antecipada do contrato foi protocolado junto ao então Ministério da Infraestrutura em maio de 2021, para prorrogar o prazo de concessão de 2027 para até 2047 - neste ano, a pasta foi desmembrada em duas: Transportes e Portos e Aeroportos. A expectativa é que o processo seja concluído nos próximos meses.

“A gente está discutindo com o Governo Federal a renovação do nosso contrato. Essa renovação vai trazer novos investimentos em equipamentos, em tecnologia 5G e em muitos projetos com relação a ESG (práticas ambientais, sociais e de governança). Estamos bastante ansiosos para assinar (a renovação) o mais rápido possível para que a gente consiga colocar em prática esses investimentos, que vão trazer por volta de 600 empregos para a Baixada Santista”, disse o CEO da BTP, Ricardo Arten.

A partir da prorrogação do contrato, a meta da BTP será ampliar a sua infraestrutura, expandindo a capacidade operacional em 40% e a capacidade de cais em 50%, com a compra de quatro equipamentos eletrificados, totalizando 12, além de novas defensas.

O aumento da capacidade de armazenagem de contêineres em 40% também está nos planos da companhia, o que será feito otimizando os espaços dentro dos limites atuais do terminal, englobando a ampliação da área reefer, a automatização dos gates e a readequação de edificações.

“O Porto de Santos demanda mais capacidade e estamos preparados para trazer mais investimentos ao setor. O nosso plano de investimentos para os próximos 20 anos seguirá as diretrizes ESG da empresa. Temos a ambição de sermos um terminal com zero emissão de carbono a partir de 2030”, ressaltou o CEO da BTP.

Tecnologia 5G

Ainda no primeiro semestre deste ano, a BTP contará com a rede privada 5G em suas operações. O projeto, desenvolvido em parceria com a TIM e a Nokia, prevê a implementação da plataforma tecnológica já na frequência prevista pela Anatel para a cidade de Santos.

“A partir de abril, nós seremos o primeiro terminal portuário a ter a tecnologia 5G, em parceria com a Nokia e a TIM, para fazermos as nossas operações com mais agilidade e eficiência”, adiantou Arten.

Portal Fator Brasil - RJ   06/03/2023

E apresenta oportunidades de negócios nos portos durante a maior feira do setor, a Intermodal South America.

A participação da PortosRio, que administra os Portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis, na 27ª edição da Intermodal South America, foi bem-sucedida, com o estande da companhia movimentado durante os três dias da feira, ultrapassando as expectativas de público e fortalecendo as relações comerciais da Autoridade Portuária. O principal evento para o setor de Logística, Transportes de Cargas e Comércio Exterior, aconteceu de 28 de fevereiro a 02 de março(terça a quinta-feira), na São Paulo Expo.

A abertura da Intermodal, que reuniu mais de 500 marcas nacionais e internacionais, contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e do ministro dos Transportes, Renan Filho, entre outras autoridades e representantes de entidades do setor, que destacaram a importância dos investimentos em multimodais.

No espaço da PortosRio, aconteceram dezenas de encontros e reuniões durante o período da feira. A Autoridade Portuária aproveitou o evento para buscar novos negócios, apresentando as oportunidades de investimentos em áreas disponíveis nos portos e as melhorias realizadas na infraestrutura portuária.

Para o diretor-presidente interino, Jean Paulo Castro e Silva, —a presença da PortosRio na feira foi uma excelente oportunidade de divulgar a nova marca da empresa nos mercados nacional e internacional, bem como os projetos contemplados no Plano de Negócios 2023-2027, que prevê mais de R$4 bilhões de investimentos já contratados nos próximos cinco anos, além de pelo menos cinco novos arrendamentos, que podem chegar a dobrar essa cifra—.

Entre os visitantes, estiveram dirigentes públicos e representantes de outras Autoridades Portuárias, de entidades do setor e de empresas que administram terminais, armadoras, agências marítimas, além de clientes e possíveis investidores, que foram recepcionados pelo presidente interino, Jean Paulo, e pelos gestores, assessores e conselheiros da Autoridade Portuária.

No segundo dia do evento, o estande foi prestigiado pelos diretores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Os dirigentes do Sindicato da Indústria de Ferro de Minas Gerais (Sindifer), do Sindicato das Agências de Navegação Marítima e Atividades Afins do Estado do Rio de Janeiro (Sindario) e da Ultracargo estiveram entre os visitantes do espaço.

Já no último dia, o presidente interino, Jean Paulo, esteve em contato com representantes dos Portos de Miami e de Montreal, além de dirigentes de empresas nacionais e internacionais, interessados em divulgar e expandir suas atuações no Brasil. Os encontros visaram a troca de informações e o estreitamento das relações com o mercado.

Parceiros — O estande da PortosRio na feira reuniu os seguintes parceiros: as arrendatárias Triunfo Logística e Terminal Portuário de Angra dos Reis (TPAR); as operadoras Gávea Logística e Pennant; as agências marítimas Interoceanica, Manobrasso e Tranship /Náutica; a MRM Agenciamento de Cargas; JS Assessoria Aduaneira; a Transbirday Logística e Transporte; e o RioComex — um movimento de entidades, empresas, profissionais e sociedade civil com o objetivo de transformar o Estado do Rio de Janeiro em um grande corredor de comércio exterior.

A Tribuna - SP   06/03/2023

A modernização da administração dos portos brasileiros é uma prioridade para o Ministério de Portos e Aeroportos e terá ainda mais agilidade a partir de agora, com a nomeação de Fabrizio Pierdomenico como secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários. A opinião é do ministro Márcio França, que comentou a chegada do novo integrante da pasta, oficializada em portaria publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira.

Economista e consultor portuário com atuação predominante na Baixada Santista, a escolha de Pierdomenico vai além de seu currículo. Em nota, França revelou sua atenção especial com o principal ativo portuário do País, o Porto de Santos. “É a primeira vez que temos um ministro e um secretário de Portos da Baixada Santista, que conhecem de perto os desafios do porto santista”, ressaltou.

Em Santos, “dentre as reformulações que serão implementadas, está a nomeação da nova diretoria da Autoridade Portuária. Esse processo será realizado nas próximas semanas”, complementou o ministro.

Esta não será a primeira vez que Pierdomenico comandará políticas públicas para os portos no Governo Federal. Entre 2008 e 2011, ele foi secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da Secretaria Especial de Portos, trabalhando com os ministros Pedro Brito e Leônidas Cristino.

Antes, entre 2003 e 2007, foi diretor Comercial e de Desenvolvimento da antiga Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), atual Santos Port Authority (SPA). Em 2011, ele retornou à iniciativa privada como sócio-diretor da Agência Porto Consultoria Portuária e Empresarial.

Confiança do mercado

O diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, comemorou a nomeação de Pierdomenico. “Temos muito a ganhar, já que ele comprovou competência quando exerceu o cargo de secretário executivo do ministro Pedro Brito, em Brasília. O Porto de Santos só tem a prosperar com essa indicação e que seja dada continuidade aos trabalhos muito bem desenvolvidos pela diretoria atual da SPA no atendimento aos usuários”.

Agora, a expectativa de Roque é em relação ao Port Community System (PCS). “A meta que deve ser perseguida no momento é a implantação do PCS, uma plataforma eletrônica que conecta os múltiplos sistemas operados por uma variedade de organizações que compõem uma comunidade portuária ou aeroportuária, para que possam trocar informações entre si”.

Por sua vez, o presidente da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra) e da Transbrasa, Bayard Umbuzeiro Filho, lembrou o trabalho de Pierdomenico como consultor portuário. “Ofereceu um trabalho de altíssima qualidade e competência. Está muito bem qualificado para gerir os destinos dos portos, não só o de Santos. Mas, como ele e o ministro são da região, nos sentimos muito felizes em tê-los conosco”.

O diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, destacou o perfil técnico do novo secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários. “É muito competente e atua na área há muito tempo como consultor, além de ter experiência na antiga Secretaria de Portos e, no Porto de Santos, como diretor. Tem todos os requisitos necessários para fazer uma boa gestão”.

Reforço

A chegada de Pierdomenico reforça o time do Ministério de Portos que, desde 17 de janeiro, conta com o engenheiro Roberto Duarte Gusmão, nomeado secretário-executivo. Gusmão foi presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape (PE), entre fevereiro de 2021 e novembro de 2022.

Portos e Navios - SP   06/03/2023

O Porto de Itajaí permanecerá municipalizado pelos próximos 35 anos. O anúncio foi feito pela Superintendência do Porto de Itajaí, após reunião na quinta-feira (2) no Ministério dos Portos e Aeroportos. O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, confirmou a manutenção da autoridade portuária pública por mais 35 anos, além de agilidade no leilão do terminal.

A novidade é que, além do município, o governo federal também terá uma participação no novo modelo de gestão, permitindo o aporte de investimentos para desenvolvimento do complexo portuário.

“O Porto de Itajaí continuará sendo público, com gerenciamento em conjunto da prefeitura e governo federal. A prefeitura estará no comando por mais 35 anos e agora vamos encontrar uma fórmula para fazer isso e os navios voltarem a chegar até Itajaí, gerando trabalho e renda, como sempre foi”, garantiu o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França.

A decisão foi tomada em reunião com o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, e o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga. Também participaram do encontro deputados, senadores e outras autoridades municipais.

“Nesta importante reunião definimos os encaminhamentos para resolvermos essa situação do Porto de Itajaí e fomos muito bem recebidos. Um grupo de trabalho vai formular uma proposta para desencadear todo processo restante do arrendamento do nosso Porto, devendo manter a autoridade portuária pública municipal e uma parceria com o próprio Governo Federal, que poderá ajudar o Porto em investimentos e tratativas junto ao mercado”, destacou o prefeito Volnei Morastoni.

A partir do encontro, o grupo de trabalho formado por representantes do município, porto e sociedade civil organizada vai elaborar um documento para embasar o novo edital do leilão de concessão do terminal, já adaptado ao modelo de gestão proposto. A proposta deverá ser enviada em 30 dias.

“A confirmação da autoridade portuária pública era um pleito antigo do município, que destrava várias questões portuárias e no próximo mês teremos a decisão definitiva sobre o leilão. Foi uma grande reunião e um dia importante”, comemorou o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.

PETROLÍFERO

IstoÉ Dinheiro - SP   06/03/2023

Os contratos futuros do petróleo avançaram nesta sexta-feira, 3, ajudados pelo enfraquecimento do dólar no exterior, em meio à melhora do sentimento de risco.Contudo, a commodity chegou a cair durante a sessão, após ser pressionada pela notícia do The Wall Street Journal de que pode estar ocorrendo uma racha dentro do Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), já que as divergências entre Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos estão se espalhando cada vez mais.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em alta de 1,94% (US$ 1,52), a US$ 79,68 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 1,27% (US$ 1,08), a US$ 85,83 o barril. Na semana, as altas foram de 4,40% e 3,21%, respectivamente.

Reportagem exclusiva do WSJ trouxe que os Emirados Árabes Unidos pressionaram privadamente a Opep+ para poder produzir mais petróleo. Assim, poderia estar ocorrendo uma racha dentro do cartel, já que as divergências entre Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos estão se espalhando cada vez mais.

O texto ainda traz que os Emirados estão tendo um debate interno sobre deixar a Opep, uma decisão que abalaria o grupo e minaria seu poder nos mercados globais de óleo.

Depois que a notícia se espalhou, a commodity caiu mais de 2%. Entretanto, o movimento logo acabou já que alguns veículos noticiaram que fontes esclareceram que os Emirados Árabes Unidos não têm planos de deixar a Opep.

“O petróleo também recebeu um impulso de um dólar enfraquecido com a rali da demanda por Treasuries”, analisa Edward Moya, da Oanda. “O mercado de petróleo está começando a ficar apertado novamente com a recuperação da economia da China e a resiliência do setor de serviços dos EUA”, acrescenta.

Investidores também acompanharam que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos recuou 8 na semana, a 592, informou nesta sexta a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.

Valor - SP   06/03/2023

“Tenho a firme opinião de que o mundo precisará de petróleo e gás por muito tempo”, disse o diretor-presidente da Shell, Wael Sawan

O diretor-presidente da Shell, Wael Sawan, sinalizou que a empresa continuará a se concentrar na produção de petróleo e gás, potencialmente retardando os planos de transição para uma energia mais limpa nas próximas décadas.

A Shell e a parceira europeia BP investiram mais pesadamente em energias renováveis e outras formas de energia verde do que suas rivais americanas Exxon e Chevron, e a Shell previu que sua própria produção do petróleo está em declínio. Isso prejudicou a BP e a Shell aos olhos dos investidores depois que o salto nos preços da energia levou a lucros recordes em todo o setor em 2022.

“Tenho a firme opinião de que o mundo precisará de petróleo e gás por muito tempo”, disse Sawan, que começou o trabalho em 1º de janeiro, à “Times Radio” no Reino Unido. “Como tal, cortar a produção de petróleo e gás não é saudável.”

Em 2021, a Shell previu que sua própria produção de petróleo diminuiria a cada ano e cairia em até 18% até 2030. A BP tinha uma perspectiva semelhante, mas o diretor-presidente Bernard Looney reverteu suas metas climáticas este ano e disse que aumentará investimento em exploração e produção.

“É claro que vimos até 2022 a fragilidade do sistema de energia”, disse Sawan na sexta-feira. “Ver os preços começarem a disparar não é saudável para ninguém, principalmente para os consumidores.”

A BP e a Shell ficaram atrás de seus pares nos Estados Unidos na relação entre preço e lucro. Analistas disseram que investidores interessados em exposição a petróleo e gás os rejeitaram por investir mais dinheiro em renováveis, enquanto investidores focados em questões ambientais não os recompensaram. Isso manteve as empresas europeias de energia negociando com desconto.

Valor - SP   06/03/2023

Estatal “não se furtará de investir em novas fronteiras” no governo Lula, afirmou Jean Paul Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçou nas primeiras conversas com analistas de bancos e com a imprensa na quinta-feira (2) a intenção da empresa de abrir uma nova frente de exploração na Margem Equatorial.

Ao citar a região, o executivo classificou a área como uma “nova fronteira importante” e disse que a estatal “não se furtará de investir em novas fronteiras” no atual governo.

“Planejamos um futuro promissor na Margem Equatorial nas regiões Norte e Nordeste”, disse Prates.

Confira abaixo o que é a Margem Equatorial e o que está em jogo com os investimentos na região:

https://valor.globo.com/videos/?video_id=11416818

AGRÍCOLA

Globo Online - RJ   06/03/2023

O Brasil fechou 2022 não só como o maior fornecedor de produtos agrícolas para a China como aumentou sua participação de 20,6% para 22,2% em um ano, de acordo com um estudo inédito feito pela embaixada brasileira em Pequim, baseado em dados da aduana chinesa.

Em dólares, significam vendas de US$ 52,4 bilhões, um crescimento de 15,7% sobre 2021. Quase metade de tudo o que o Brasil manda para a China é de produtos agrícolas.

Esse crescimento deve-se, sobretudo, a alta no valor das commodities. Alguns itens mais fortes na pauta de exportação agrícola, contudo, registraram queda em seu volume de vendas, como soja e açúcar.

Sozinha, a soja representa 71% da pauta agrícola. A quantidade importada pelos chineses caiu 6,4% entre 2022 e 2021.

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