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05 de Julho de 2023

SIDERURGIA

Infomoney - SP   05/07/2023

A Usiminas (USIM5) aprovou a eleição de Marcelo Chara como diretor presidente da siderúrgica em substituição de Alberto Akikazu Ono, para completar o mandato até a Assembleia Geral Ordinária da Companhia de 2024.

Atualmente CEO da Ternium Brasil, Chara ocupará o cargo para completar o mandato até a assembleia geral ordinária da companhia de 2024.
Em 3 de julho de 2023, apresentaram renúncia (i) aos cargos de membros do Conselho de Administração, Hiroshi Ono, Ruy Roberto Hirschheimer, e Yuichi Akiyama, assim como os suplentes Yusuke Tajiri e Henrique de Rezende Vergara; e (ii) ao cargo de Presidente do Conselho de Administração (mas não como membro do Conselho de Administração), Sergio Leite de Andrade.

Diante disso, o Conselho de Administração aprovou a nomeação de Alberto Akikazu Ono, Ronald Seckelmann e Pedro Henrique Gomes Teixeira para os cargos de membros efetivos do Conselho de Administração e dos suplentes Cynthia Inés Graf Caride e Diego Eduardo García.

Além disso, na mesma reunião, o Conselho de Administração também aprovou a nomeação de Alberto Akikazu Ono para o cargo de Presidente do Conselho de Administração.

Na véspera, a Usiminas informou que a Ternium, conglomerado ítalo-argentino, concluiu a aquisição de 68.667.964 ações de emissão siderúrgica e titularidade do Grupo NSC (Nippon Steel Corporation, Mitsubishi Corporation e Metal One Corporation), as quais representam 14,20% do total de ações e 9,74% do total de ações ordinárias de emissão da companhia, pelo preço de R$ 10,00 por ação, equivalente a R$ 687 milhões.

Money Times - SP   05/07/2023

O ano de 2023 não está sendo fácil para o setor de mineração e siderurgia, que tem sofrido com a alta volatilidade nos preços do minério de ferro nos mercados asiáticos.

A matéria-prima siderúrgica, que chegou a atingir o pico dos US$ 130/tonelada, passou por uma forte correção desde o início do ano, à medida que o mercado volta a reconsiderar as premissas (consideradas muito otimistas e até insustentáveis por alguns) para o ritmo de recuperação da atividade econômica da China.

Dados mais fracos divulgados pela segunda maior economia do mundo jogaram um balde de água fria em quem contava com um rali mais prolongado do minério de ferro. No pior momento do ano, a commodity chegou a afundar para patamares abaixo de US$ 100, conforme traders pesavam o cenário de demanda fraca e um setor imobiliário chinês que pena em mostrar sinais mais claros de melhora sem estímulos adicionais por parte do governo.

Não à toa, as mineradoras e siderúrgicas brasileiras, altamente expostas ao minério de ferro,  seguiram uma forte correção na Bolsa nos meses passados. A Vale (VALE3), inclusive, figurou entre as cinco maiores quedas do Ibovespa no primeiro semestre.

A pergunta que fica daqui para frente é: estaria o ciclo de baixa chegando ao fim?

Incertezas persistem

Em relatório divulgado no último mês, o Goldman Sachs alerta que o mercado está entrando em ponto de inflexão, para uma fase de sobreoferta no segundo semestre. Na avaliação dos analistas, no segundo semestre, os preços do minério de ferro devem atingir média de US$ 90/tonelada.

Sobre os fatores que devem levar à sobreoferta no mercado, o banco cita um ambiente de oferta mais forte, além de um cenário de demanda global por aço “crescentemente mais opressivo” pela contração do mercado imobiliário na China e ventos contrários na manufatura global.

Segundo o Goldman Sachs, por mais que exista expectativa de novos estímulos para o setor imobiliário, a medida do governo chinês deve aliviar a queda, e não servir de gatilho para uma retomada significativa no curto prazo.

Para a Genial Investimentos, que já vinha chamando atenção para a especulação nos preços do minério de ferro e apontando para o exagero da reação do mercado, a visão em relação à China vai de pessimista a neutro.

De acordo com o analista Igor Guedes, a tese principal da corretora é de uma reabertura pós-Covid na China movimentada por serviços, e não por bens.

Isso pode ser visto em números de atividade industrial recentes do país asiático. Nesta semana, foi divulgado que a atividade industrial da China está desacelerando, com o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria do Caixin/S&P Global caindo de 50,9 em maio para 50,5 em junho, indicando expansão marginal. Cabe destacar que 50 separa crescimento de contração.

“Na nossa cabeça, o consumidor está ávido para consumir após a reclusão da pandemia. […] Olhando para a China, o apetite continua sendo atrelado a serviços”, afirma Guedes.
Como ficam VALE3, CSNA3, CMIN3, USIM5 e GGBR4?

Mesmo avaliando um cenário menos animador para o setor de mineração e siderurgia, a Genial reconhece que o pessimismo recente foi “exagerado”, principalmente para Vale.

A Genial diz que a Vale possui uma tese madura e é conhecida como uma das “vacas leiteiras” da Bolsa – ou seja, uma boa pagadora de dividendos.

“Por mais que fizesse sentido a Vale cair mais que outras [devido à sua exposição ao minério de ferro], o mercado também deu uma exagerada. Vale continua sendo uma empresa muito boa. Continuará pagando dividend yield [rendimento de dividendos] bastante interessante”, defende Guedes.

O analista considera que o pior cenário parece ter ficado para trás. A expectativa é de que a China comece a melhorar por conta de incentivos a taxas de juros, diz.

No caso da CSN (CSNA3), existem dinâmicas atreladas à própria história da companhia (alavancagem, logística de plantas) que impedem uma recomendação melhor além de “neutra” por enquanto.

A perspectiva para o braço de mineração da holding, a CSN Mineração (CMIN3), é melhor. Guedes avalia que a confiança do investidor em relação à tese está voltando em 2023.

Já a Usiminas (USIM5) se encontra em situação de capital de giro pressionado devido às reformas do Alto Forno 3, o que impede uma recomendação de compra para as ações.

A percepção com a Gerdau (GGBR4) é diferente. A Genial enxerga vantagens competitivas para a empresa siderúrgica, citando a diversificação geográfica (exposta à divisão de negócios dentro dos Estados Unidos, que deve começar a colher os frutos do pacote trilionário de infraestrutura sancionado pelo presidente Joe Biden) e de processo produtivo, com mais de 70% da produção movidos a forno elétrico utilizando sucata, o que cria uma dinâmica mais favorável, principalmente no Brasil).

A Genial tem recomendação de compra para Vale e Gerdau. Usiminas, CSN e CSN Mineração estão com classificação “neutra” – a última mais porque a corretora acredita que é cedo para uma mudança de rating. Segundo Guedes, a mineradora precisa entregar dados positivos e restaurar a confiabilidade dos investidores após as últimas revisões de guidance.

Valor - SP   05/07/2023

A empresa diz que a caldeira da referida tubulação estava fora de funcionamento no momento do rompimento e não houve feridos ou impactos ambientais por conta do ocorrido

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) disse nesta terça-feira que o acidente ocorrido na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ), na noite de ontem, foi consequência do rompimento de uma tubulação da central termelétrica.

A empresa diz que a caldeira da referida tubulação estava fora de funcionamento no momento do rompimento e não houve feridos ou impactos ambientais por conta do ocorrido.

“A tubulação não é parte integrante do processo de produção siderúrgica e não há impactos esperados na produção”, afirma a CSN, que já iniciou investigação para saber as causas do acidente.

Nas redes sociais, moradores de Volta Redonda relataram forte estrondo e clarão no entorno da Usina Presidente Vargas por volta das 21h30. Os bombeiros chegaram a ser acionados.

Exame - SP   05/07/2023

A Gerdau e o Circuito Brasileiro de Surf se uniram para levar a consciência ambiental aos vencedores do Dream Tour, elite do surfe brasileiro. A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, vai oferecer um troféu exclusivo aos atletas campeões e vice-campeões do Circuito Brasileiro de Surf, o Dream Tour 2023.

Essa ação se soma ao patrocínio da Gerdau ao Dream Tour 2023, campeonato organizado pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf). O campeonato conta com seis etapas em praias de sul e nordeste e com a participação de 88 atletas – 24 no feminino e 64 no masculino.

“Feitos com aço Gerdau 100% reciclável, os troféus dos campeões e vice-campeões do circuito, nas categorias feminina e masculina, homenageiam o esporte e ressaltam os benefícios da circularidade de materiais e da cadeira de reciclagem de sucata metálica no País”, afirma Pedro Torres, diretor global de Comunicação Corporativa e Relações Institucionais da Gerdau.

Concepção

O troféu foi criado pelo artista Manfra e inspirado no formato do tubo, que é considerado um dos momentos mais icônicos do surfe. Com a intenção de promover uma mensagem de sustentabilidade e consciência ambiental ao torneio, ele também homenageia o esporte e ressalta os impactos positivos da circularidade de materiais e da cadeia de reciclagem de sucata metálica do Brasil. Foi produzido em aço Gerdau infinitamente e 100% reciclável e com uma baixa pegada de emissões de carbono.

“A Gerdau escolheu com cuidado cada um dos detalhes deste troféu, desde os materiais utilizados, até o nome do artista. Desta forma, entregamos aos campeões do Dream Tour muito mais do que uma premiação, mas sim uma peça símbolo de uma vitória totalmente conectada e equilibrada com a natureza do surfe”, diz Teco Padaratz, presidente da CBSurf.

Agenda a favor da sustentabilidade

A Gerdau é a maior recicladora de sucata metálica da América Latina, transformando mais de 11 milhões de toneladas do material em aço anualmente. Uma das fontes de geração de sucata metálica é o desmantelamento de navios, o que permite com que um volume importante destes materiais sejam retirados dos mares brasileiros e transformados em novos produtos de aço, uma vez que o aço é um item infinitamente e 100% reciclável.

Onde acompanhar o Dream Tour?

As etapas do Dream Tour serão transmitidas na Sportv, a partir das quartas de final. Em paralelo ao evento esportivo, serão promovidas ações de responsabilidade socioambiental com o objetivo de engajar as comunidades locais e mostrar os benefícios do investimento em educação e no esporte. Entre as iniciativas estão a gestão de resíduos, reflorestamento e doação de pranchas às escolinhas de surf locais.

Valor - SP   05/07/2023

O executivo assumirá o lugar de Alberto Ono, indicado ao cargo pela Nippon Steel há cerca de dois anos, e que agora será alocado ao colegiado da companhia

O ex-diretor industrial da Usiminas e atual presidente da Ternium Brasil, o argentino Marcelo Chara, será o novo presidente da Usiminas, em decisão do conselho de administração da siderúrgica mineira, apurou o Valor. Horas depois, a companhia confirmou a mudança de gestão.

O executivo assumirá o lugar de Alberto Ono, indicado ao cargo pela Nippon Steel há cerca de dois anos, e que agora será alocado ao colegiado da companhia depois da assembleia geral ordinária (AGO) em 2024.

Além disso, o conselho de administração deu aval a Ronald Seckelmann e Pedro Henrique Gomes Teixeira como membros efetivos do colegiado, além de Cynthia Inés Graf Caride e Diego Eduardo García como suplentes.

A mudança das cadeiras ocorre na esteira do movimento societário da companhia, com a Ternium comprando uma fatia da participação da Nippon, se posicionando como único controlador da empresa, com 61,3% do capital social. O acordo, firmado neste ano, encerrou ainda décadas do comando do conglomerado japonês.

Com negócio, de R$ 686,6 milhões, a Ternium passou a deter 49,5% de papéis ordinários da empresa, representando 61,3% do bloco de controle. A Nippon permaneceu com 22,8% dos papéis ordinários (31,7% do bloco).

Chara estava no alto escalão da Usiminas, no time de Julián Egurén, em uma das maiores disputas societárias da história corporativa brasileira, iniciada em 2014, na qual Ternium e Nippon protagonizaram divergências públicas sobre a gestão da siderúrgica. O caso envolveu diversas ações na Justiça.

Em 2017, o executivo assumiu a antiga Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), após a Ternium adquirir a fabricante de placas situada no Rio de Janeiro, então controlada pela Thyssenkrupp.

O acordo firmado entre Ternium e Nippon Steel prevê que, no prazo de dois anos, a companhia controlada pelo grupo ítalo-argentino Techint compre o restante das ações do grupo japonês. Com isso, passará a deter 93% do bloco controlador da companhia.

Segundo fontes, nesse momento, a Ternium poderá ser obrigada a fazer uma oferta pública de compra de ações (OPA) dos minoritários, abrindo caminho para uma integração total de Usiminas e Ternium Brasil, com muitos ganhos de sinergias operacionais, comerciais e financeiras entre as duas empresas.

Segundo fontes, nesse momento, a Ternium poderá ser obrigada a fazer uma oferta pública de compra de ações (OPA) dos minoritários — Foto: Ricardo Matsukawa/Reprodução Ternium Brasil

Uol – SP 05/07/2023

PEQUIM (Reuters) - Os preços futuros do aço ampliaram os ganhos nesta terça-feira, sustentados pelas restrições de produção persistentes no maior centro siderúrgico da China, Tangshan.

Na Bolsa de Futuros de Xangai, a referência do vergalhão saltou 0,78%, a bobina laminada a quente subiu 0,89% e o fio-máquina ganhou 0,45%, enquanto o aço inoxidável ficou praticamente estável nas negociações diurnas.

O governo municipal de Tangshan, no norte da China, pediu a 11 siderúrgicas da classe A que tomassem a iniciativa de cortar a produção, enquanto as usinas classificadas como classe B e abaixo precisam suspender 50% de seus equipamentos de sinterização de 1 a 31 de julho, disseram analistas da consultoria Mysteel em nota na segunda-feira.

As usinas locais cortaram sua produção de sinterização entre 30% e 50%, e os atuais estoques de minério sinterizado podem sustentar a produção normal por cerca de 8 a 20 dias, afirmaram analistas da Mysteel nesta terça-feira, acrescentando que as operações dos altos-fornos não são afetadas no momento.

Também dá suporte ao mercado siderúrgico a expectativa de oferta reduzida depois que algumas siderúrgicas chinesas anunciaram planos de manutenção de alto-forno em julho.

Os preços mais altos do aço forneceram algum suporte ao minério de ferro, cujos fundamentos estão mais fortes do que os de outros ingredientes siderúrgicos, disseram analistas.

A resiliência das cotações do minério de ferro decorre dos baixos estoques nos portos e usinas e do alto nível restante da produção de gusa, de acordo com analistas.

O minério de ferro de referência para agosto na Bolsa de Cingapura subiu 0,5%, para 108,95 dólares a tonelada métrica.

O minério de ferro mais negociado em setembro na Dalian Commodity Exchange (DCE) terminou o pregão diurno pouco alterado, em 821 iuanes (113,86 dólares) a tonelada.

(Reportagem de Amy Lv e Dominique Patton em Pequim)

ECONOMIA

Infomoney - SP   05/07/2023

A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em maio após ter registrado retração de 0,6% em abril, conforme dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ante maio de 2022, houve alta de 1,9%. Com isso, a indústria brasileira acumula recuo de 0,4% no ano e estabilidade (0,0%) em 12 meses. A média móvel trimestral também subiu 0,3%.

O indicador de maio veio dentro esperado pelo consenso Refinitiv de analistas, que apontava para uma alta de 0,3% na comparação mensal. Na comparação anual, a previsão era de alta de 1,1%

A indústria ainda se encontra 1,5% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,1% aquém do ponto mais alto da série histórica, observado em maio de 2011.

Segundo o IBGE, houve disseminação de taxas positivas no mês, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos industriais pesquisados.

Segundo André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), ainda que maio tenha mostrado um resultado próximo à estabilidade, na comparação com dezembro do ano passado a indústria tem um saldo positivo de 0,4%.
“O resultado de maio também traz uma disseminação de taxas positivas por três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos investigados. É o maior espalhamento desde setembro de 2020, quando havia 23 atividades mostrando crescimento”, destacou Macedo, em nota, lembrando que na época o setor industrial se recuperava de perdas intensas enfrentadas em março e abril daquele ano, no início da pandemia de covid-19 no país.
Maiores influências

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e equipamentos (12,3%).

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (1,2%), de produtos de metal (6,1%), de outros equipamentos de transporte (10,2%), de metalurgia (2,1%), de produtos diversos (6,6%) e de couro, artigos para viagem e calçados (4,9%).

Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-2,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%) exerceram os principais impactos em maio de 2023, com a primeira marcando o quinto mês consecutivo de queda na produção, período em que acumulou perda de 9,7%; e a segunda intensificando o recuo de 0,4% assinalado em abril último.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (9,8%) e bens de capital (4,2%) assinalaram os avanços mais intensos em maio de 2023 ante o mês anterior, com ambas voltando a crescer após recuos no mês anterior, de -4,5% e -11,8%, respectivamente.

O segmento de bens intermediários (0,1%) também mostrou resultado positivo nesse mês e marcou o quarto mês seguido de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 1,9%.

Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (-1,1%) teve o único recuo em maio de 2023, eliminando o crescimento de 0,9% registrado no mês anterior.

Exame - SP   05/07/2023

Os juros futuros de médio prazo têm fôlego para mais um rali de queda com a perspectiva de que a taxa Selic cederá a 8,5% em 2024, diz Reinaldo Le Grazie, sócio da Panamby Capital e ex-diretor do Banco Central.

“Segue bom aplicar juros médios porque uma Selic de 8,5% não está no preço”, disse Le Grazie, em entrevista, ao se referir à posição que se beneficia da queda das taxas futuras. “A inflação de alimentos está voltando a ficar favorável, há um espaço para a inflação cheia ficar mais bem comportada e a decisão do Conselho Monetário Nacional vai ajudar na ancoragem das expectativas.”

Le Grazie, que ocupou a cadeira de política monetária do BC, disse que a redução dos preços de alimentos deve resultar em menor pressão também em itens mais inerciais, como serviços e núcleos, e contribuir para o ciclo de cortes. A curva de juros futuros embute uma Selic levemente abaixo de 9% em dezembro de 2024, segundo dados da Bloomberg.

Ata do Copom

Segundo o ex-BC, a ata do Copom, no entanto, ainda trouxe cautela que justifica o porquê o nível alto da Selic, com destaques para inflação de serviços pressionada, mercado de trabalho apertado e elevação do juro neutro.

Ele avalia que o BC deve iniciar o ciclo de cortes em agosto “com ritmo moderado, de 0,25 ponto percentual (p.p.), e pode até seguir numa toada mais lenta” do que a que o mercado precifica hoje.

“O cenário central ainda é que o BC dê um corte de 0,25 p.p. e feche o ano com mais três de 0,50 p.p., mas ele pode iniciar o ciclo derrubando a taxa a doses de 0,25 p.p. até ter certeza que a inflação está ancorada”, diz Le Grazie.

“Pode ser um tempo maior de cortes moderados, e é por essa incerteza com o juro curto que estamos mais de olho em posições no juros futuros de dois e três anos à frente.”

Monitor Digital - RJ   05/07/2023

Após cair 0,6% em abril, a produção industrial brasileira apresentou crescimento de 0,3% em maio, na comparação com o mês anterior. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada pelo IBGE.

O avanço foi puxado pela alta de 1,2% na atividade extrativa. A indústria de transformação ficou praticamente estagnada (leve queda de 0,1%).

“Embora fraco, o desempenho no mês foi acompanhado por expansão na maioria dos ramos industriais acompanhados pelo IBGE. Além do extrativo, outros 18 ramos ficaram no positivo, totalizando uma parcela de 76% da indústria como um todo”, analisa o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Em comparação com maio de 2022, houve crescimento de 1,9%, insuficiente para aplacar a retração de 2,7% de abril de 2023 sobre abril do ano passado). Isso se deve a apenas um único macrossetor, explica o Iedi: bens de capital, cuja produção caiu 11,6%.
Espaço Publicitário

Bens de capital são basicamente os ativos fixos, como máquinas e equipamentos. Uma queda na produção geralmente reflete retração dos investimentos.

“Como se sabe, as decisões de investimento são particularmente prejudicadas pelo quadro de elevação das taxas de juros reais que temos visto no país, ao que se somam o enfraquecimento do mercado interno e as incertezas em relação a reformas estruturais, como, por exemplo, quanto à aprovação ou não da reforma tributária e com quais características”, salienta a entidade.

A produção de bens de capital acumula recuo de 9,6% no ano, em uma trajetória de progressiva deterioração. Outro freio importante, segundo o Iedi, foi bens intermediários, com queda de 1% nestes primeiros cinco meses do ano. Com isso, tudo que a indústria geral havia ganhado na segunda metade de 2022 (alta de 0,4%) se perdeu agora em 2023 (queda de 0,4%).
Ainda abaixo do período anterior à pandemia

Na média móvel trimestral, o avanço da produção industrial é de 0,3%. Apesar disso, o indicador acumula queda de 0,4% no ano e estabilidade no acumulado de 12 meses.

“O setor industrial se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, e 18,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

Segundo ele, “a produção industrial, que avançou 1,5% nos três últimos meses de 2022 e prossegue com saldo positivo de 0,4% nesse início de 2023 frente ao patamar que havia encerrado o ano passado, ainda assim permanece distante de recuperar as perdas do passado recente”.

Dos 25 ramos industriais analisados na pesquisa, 19 apresentaram alta em relação a abril, com destaques para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e equipamentos (12,3%).

Por outro lado, entre as seis atividades em queda, os principais impactos vieram dos produtos alimentícios (-2,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%).

Das quatro grandes categorias econômicas da indústria, três apresentaram alta de abril para maio: bens de consumo duráveis (9,8%), bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (4,2%) e bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo (0,1%).

Os bens de consumo semi e não duráveis apresentaram queda no período: -1,1%.

O setor industrial do país iniciou 2023 com baixa demanda, que foi provocada também pela incerteza fiscal e elevação dos juros, e esse movimento menos acelerado levou a indústria a diminuir seu processo de produção e consequentemente menos postos de trabalho foram ocupados. No entanto, esse setor tem se mostrado mais promissor durante o primeiro semestre e alguns segmentos obtiveram maior crescimento, como o segmento de alimentos, equipamentos de transporte e têxtil.

A produção do setor industrial tem muita força econômica no país, sendo um dos pilares da economia, responsável por cerca de 25% do PIB e um dos setores de maior geração de empregos e investimentos, tendo grande impacto no desenvolvimento socioeconômico.

Dentre os destaques das indústrias brasileiras, os setores de energia, mineração, química e bens de consumo têm presença significativa nas importações e exportações. De acordo com os dados do Banco Nacional de Empregos, em 2022, foram mais de 46 mil quantidades de pesquisas por áreas, sendo os setores de indústria alimentícia, gráfica e têxtil com o maior número de buscas. Em comparação ao ano de 2021, no mesmo período, o setor de alimentos continua a liderança na lista de pesquisas, sendo uma das principais atividades de atuação, seguido pelos setores de gráfica e têxtil, totalizando 16 mil buscas.

O Estado de S.Paulo - SP   05/07/2023

O relator do arcabouço na Câmara, Cláudio Cajado (PP-BA), admitiu nesta terça-feira, 4, que os deputados podem manter as exceções à regra fiscal que foram aprovadas pelo Senado. O parlamentar disse que vai ouvir os líderes partidários para tomar uma decisão sobre seu relatório, mas adiantou que algumas lideranças avaliam que a Casa pode ser taxada de “malvada” caso volte a incluir, por exemplo, o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) nos limites fiscais.

A vice-governadora do DF, Celina Leão, entrou em campo para defender que o fundo fique fora do limite de gastos. Correligionária e aliada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ela é a aposta do PP para assumir o governo do Distrito Federal em 2027. No próximo pleito, o atual governador, Ibaneis Rocha (MDB), não poderá concorrer à reeleição.

“Não vou fazer ‘cavalo de cavalo, mas tem que ter consenso”, declarou Cajado, ao usar uma expressão para dizer que não vai impor dificuldades se os deputados quiserem modificar seu relatório. “Por exemplo, essa questão do GDF, se todos acharem que não vale a pena a Câmara ficar de malvada, o que eu vou fazer? A narrativa está errada. Eu vou defender o meu relatório. Mas alguns líderes me disseram ‘entra na narrativa de que o Senado foi o bonzinho e a Câmara vai ser maldosa”, emendou.

A votação das mudanças feitas pelo Senado no arcabouço está pendente da análise do projeto de lei que retoma o chamado “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Essa proposta foi enviada pelo governo à Câmara em regime de urgência constitucional. Textos que tramitam com esse dispositivo precisam ser votados em até 45 dias, prazo que já venceu. Por isso, o projeto passou a trancar a pauta do plenário.

No último dia 26, Cajado disse que o Senado havia decidido “politicamente” fazer mudanças no texto do arcabouço aprovado pelos deputados. Na visão dele, as alterações que os senadores patrocinaram na proposta, que define as regras para a substituição do teto de gastos, foram feitas sem nenhum amparo técnico. “Se depender de mim, volto tudo ao teor do relatório (da Câmara) que foi feito com justificativas técnicas”, declarou, na ocasião.

As três novas exceções ao limite de gastos do arcabouço fiscal, aprovadas pelos senadores, somam R$ 73 bilhões fora da trava de despesas da nova regra para controle das contas públicas. O cálculo é da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados e considera os valores referentes a 2023.

Além do fundo constitucional do DF, usado para o repasse de recursos para manter as forças de segurança em Brasília, o relator do arcabouço no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), tirou dos limites fiscais o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e as verbas para Ciência e Tecnologia.

A alteração mais polêmica feita pelo Senado no arcabouço foi a permissão para haver despesas condicionadas no Orçamento de 2024, aprovada por meio de emenda do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP). Esse é um pleito do Ministério do Planejamento, mas o governo não chegou a procurar Lira para defender o dispositivo.

As despesas condicionadas dariam ao governo uma “folga” entre R$ 32 bilhões e R$ 40 bilhões no Orçamento do próximo ano, de acordo com cálculos do Planejamento. Na prática, isso impediria que a peça orçamentária viesse com cortes em programas que terão a verba recomposta em 2024.

O limite para as despesas condicionadas, de acordo com a emenda de Randolfe, seria a diferença entre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, acumulado nos 12 meses até junho e o realizado até dezembro do ano.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu ativamente a emenda no Congresso, assim como o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Os dois estiveram no plenário do Senado na hora da votação do arcabouço, e Tebet disse que o dispositivo abriria espaço fiscal para a implementação do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

IstoÉ Dinheiro - SP   05/07/2023

A elevada taxa de juros é um entrave para a continuidade do avanço da produção industrial no Brasil. Em junho, o setor cresceu 0,3% frente a abril. O cenário, no entanto, tende a piorar nos próximos meses, projeta a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

“À medida que o início do ciclo de corte de juros é adiado, maiores são os efeitos sobre a atividade econômica, prejudicando setores estratégicos da indústria nacional. A federação reforça que o crescimento sustentável do setor depende de um ambiente de negócios mais propício para o investimento”, destaca a entidade.

Na avaliação, a Firjan considerou também as variações baixas do setor. Os cinco primeiros meses deste ano acumularam uma queda 0,4% em relação a igual período de 2022. Para reverter o quadro, o grupo pede urgência na votação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. “A adoção dessas medidas criará condições favoráveis para a redução do risco-País e para uma queda consistente da taxa de juros”, justifica.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   05/07/2023

Os contratos futuros do minério de ferro subiram nesta terça-feira (4) em meio a restrições de produção persistentes no maior centro siderúrgico da China, Tangshan.

O minério de ferro de referência para agosto na Bolsa de Cingapura subiu 0,5%, para US$ 108,95 a tonelada métrica.

O minério de ferro mais negociado em setembro na Dalian Commodity Exchange (DCE) terminou o pregão diurno pouco alterado, em 821 iuanes (US$ 113,86) a tonelada.

Na Bolsa de Futuros de Xangai, a referência do vergalhão saltou 0,78%, a bobina laminada a quente subiu 0,89% e o fio-máquina ganhou 0,45%, enquanto o aço inoxidável ficou praticamente estável nas negociações diurnas.

O governo municipal de Tangshan, no norte da China, pediu a 11 siderúrgicas da classe A que tomassem a iniciativa de cortar a produção, enquanto as usinas classificadas como classe B e abaixo precisam suspender 50% de seus equipamentos de sinterização de 1 a 31 de julho, disseram analistas da consultoria Mysteel em nota.

As usinas locais cortaram sua produção de sinterização entre 30% e 50%, e os atuais estoques de minério sinterizado podem sustentar a produção normal por cerca de 8 a 20 dias, afirmaram analistas da Mysteel nesta terça-feira, acrescentando que as operações dos altos-fornos não são afetadas no momento.

AUTOMOTIVO

Infomoney - SP   05/07/2023

A Volkswagen anunciou nesta terça-feira (4) planos de investir 1 bilhão de euros no Brasil até 2026, como parte de uma estratégia de crescer 40% no país nos próximos anos.Em comunicado, a montadora alemã disse que o investimento incluirá o desenvolvimento local de motores de combustão movidos a etanol e a expansão de seu modelo de negócios de assinatura, voltado para o aluguel de carros.

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A empresa também pretende lançar dois modelos totalmente elétricos no Brasil este ano. Até 2025, 15 novos veículos elétricos e híbridos deverão ser lançados no país. A meta da Volkswagen é crescer 40% no Brasil até 2027. Na América do Sul, a montadora espera que sua fatia de mercado expanda 11% anualmente até 2030.

Valor - SP   05/07/2023

De acordo com gerente do IBGE, a atividade foi também uma das responsáveis pelo avanço de 9,8% da produção de bens de consumo duráveis em maio

A preparação da indústria automobilística para as medidas de incentivo à compra de carro popular e o fim das paralisações coletivas explicam a alta da produção de veículos em maio, segundo o gerente da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), André Macedo.

A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou elevação de 7,4% da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias ante abril. O resultado ocorreu após queda de 2,6% acumulada nos meses de março e abril. Foi a maior alta para o indicador desde agosto de 2022 (13,2%). A produção de automóveis é o item de maior impacto nesta atividade.

“O mês de abril foi muito marcado por paralisações e férias coletivas nas fábricas de automóveis. Essa volta à produção já contribuiria para o resultado. Mas também pode ser uma adaptação às medidas do governo de incentivo para a compra de automóveis. Esses dois fatores ajudam a entender a alta de maio”, disse Macedo.

O programa do governo com incentivos tributários para buscar reduzir o preço dos carros populares passou a valer apenas no dia 6 de junho, com a publicação da medida no Diário Oficial, mas o anúncio da medida ocorreu bem antes, ainda em maio.

De acordo com o gerente do IBGE, a atividade foi também uma das responsáveis pelo crescimento de 9,8% da produção de bens de consumo duráveis em maio, após a queda de 4,5% em abril. Foi o maior ritmo de expansão na categoria desde dezembro de 2021, quando tinha subido 13,2%.

“O crescimento de maio de bens duráveis suplanta a queda de abril. Especialmente a produção de automóveis impactou positivamente o resultado”, afirmou.

O Estado de S.Paulo - SP   05/07/2023

A montadora chinesa BYD anunciou nesta terça-feira, 4, que vai investir R$ 3 bilhões para produzir veículos elétricos na Bahia. O projeto foi lançado em cerimônia com o governador Jerônimo Rodrigues no Farol da Barra, em Salvador, embora ainda não tenha sido concretizada oficialmente a compra do complexo industrial da Ford em Camaçari, onde a BYD pretende se instalar.

Também participou do evento a CEO para as Américas e vice-presidente executiva global da BYD, Stella Li. A montadora planeja montar inicialmente dois modelos no Brasil: um hatch compacto puramente elétrico, o Dolphin, e o Song, um utilitário esportivo híbrido, que vai combinar um motor elétrico com outro movido a gasolina ou etanol.

Além disso, a BYD vai fabricar chassis para ônibus, assim como caminhões elétricos, e processar lítio e ferro fosfato, metais de baterias, para o mercado externo, usando a estrutura portuária existente no local. Se tudo sair dentro do previsto, a produção vai começar no segundo semestre do próximo ano, o mais provável no quarto trimestre.

A Ford confirma que está em processo de negociação para a venda da fábrica de Camaçari, mas que não tem nada de concreto para anunciar no momento.

A capacidade de produção de automóveis híbridos e elétricos da BYD no Brasil será de 150 mil veículos por ano, podendo dobrar para 300 mil unidades nas fases posteriores do projeto. A geração de empregos é estimada em 5 mil vagas de trabalho, sendo mil delas já na fase inicial.

A montadora desembarcou na Bahia atraída pelo programa local de incentivo ao setor automotivo, que permitirá à empresa descontos, em duas etapas, no recolhimento do ICMS até 2032. Jerônimo Rodrigues prometeu ainda isenção de IPVA aos carros elétricos, com preço de até R$ 300 mil, produzidos no estado.

A BYD, ao anunciar o investimento, prometeu dar prioridade a fornecedores locais e disse que espera ter preços competitivos da nova tecnologia com a produção nacional. “As novas fábricas no Brasil vão permitir a introdução e aceleração da eletromobilidade no País, um movimento-chave para combater as mudanças climáticas e, de fato, melhorar a qualidade de vida das pessoas”, declarou Stella Li, CEO da BYD na região.

Globo Online - RJ   05/07/2023

Ansiosos para não ficarem ainda mais atrás da Tesla e das montadoras chinesas, muitos executivos do setor automotivo ocidental estão ignorando os fornecedores tradicionais e investindo bilhões de dólares em negócios com empresas de mineração de lítio.

Eles estão usando capacetes e botas com biqueira de aço para explorar minas em lugares como Chile, Argentina, Quebec e Nevada, a fim de garantir o fornecimento de um metal que pode ser decisivo para suas empresas, à medida que elas passam da gasolina para a bateria.

Sem o lítio, as montadoras americanas e europeias não conseguirão fabricar baterias para as caminhonetes elétricas, SUVs e sedãs elétricos de que precisam para se manterem competitivas. E as linhas de montagem que estão aumentando em lugares como Michigan, Tennessee e Saxônia, na Alemanha, serão paralisadas.

As empresas de mineração estabelecidas não têm lítio suficiente para abastecer o setor à medida que as vendas de veículos elétricos aumentam. A General Motors planeja que todas as suas vendas de carros sejam elétricas até 2035.

No primeiro trimestre de 2023, as vendas de carros, picapes e utilitários esportivos movidos a bateria nos Estados Unidos aumentaram 45% em relação ao ano anterior, de acordo com a consultoria automotiva Kelley Blue Book.

Assim, as montadoras estão se esforçando para obter acesso exclusivo a minas menores antes que outras entrem em cena. No entanto, essa estratégia as expõe ao negócio arriscado e de altos e baixos da mineração, às vezes em países politicamente instáveis e com pouca proteção ambiental.

Se apostarem incorretamente, os fabricantes de automóveis poderão acabar pagando muito mais pelo lítio do que ele custará em alguns anos.

Os executivos do setor automotivo disseram que não tinham escolha porque não havia suprimentos confiáveis suficientes de lítio e outros materiais de bateria, como níquel e cobalto, para os milhões de veículos elétricos de que o mundo precisa.

No passado, as montadoras deixavam que os fornecedores de baterias comprassem lítio e outras matérias-primas por conta própria. Mas a escassez de lítio forçou as montadoras a adquirir diretamente o metal essencial e enviá-lo às fábricas de baterias, algumas de propriedade dos fornecedores e outras de propriedade parcial ou total das montadoras. As baterias dependem de íons de lítio leves para conduzir energia.

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"Percebemos rapidamente que não havia uma cadeia de valor estabelecida que suportasse nossas ambições para os próximos 10 anos", disse Sham Kunjur, que supervisiona o programa da General Motors para garantir materiais de bateria.

No ano passado, a montadora fechou um acordo de fornecimento com a Livent, uma empresa de lítio da Filadélfia, para material proveniente de minas sul-americanas. Em janeiro, a GM concordou em investir US$ 650 milhões na Lithium Americas, empresa com sede em Vancouver, no Canadá, para desenvolver a mina Thacker Pass, em Nevada.

A empresa venceu 50 concorrentes, incluindo fabricantes de baterias e componentes, por essa participação, disseram Kunjur e executivos da Lithium Americas.

A Ford Motor fez acordos de lítio com a SQM, um fornecedor chileno; Albemarle, com sede em Charlotte, Carolina do Norte; e Nemaska Lithium, de Quebec.

"Esses são alguns dos maiores produtores de lítio do mundo, com a melhor qualidade", disse Lisa Drake, vice-presidente de industrialização de veículos elétricos da Ford, aos investidores em maio.

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Os acordos que as montadoras estão fechando com mineradoras e processadores de matérias-primas remetem aos primórdios do setor, quando a Ford estabeleceu plantações de borracha no Brasil para garantir material para pneus.

"Parece que 100 anos depois, com essa nova revolução, estamos de volta a esse estágio", disse Kunjur.

Estabelecer uma cadeia de suprimentos para o lítio será caro: US$ 51 bilhões, de acordo com a consultoria Benchmark Mineral Intelligence. Para se beneficiar dos subsídios dos EUA, as matérias-primas das baterias devem ser extraídas e processadas na América do Norte ou por aliados comerciais.

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Mas a intensa concorrência pelo metal ajudou a inflacionar os preços do lítio a níveis insustentáveis, segundo alguns executivos.

"Desde o início de 22, o preço do lítio subiu tão rapidamente e havia tanto exagero no sistema que era possível fazer muitos negócios realmente ruins", disse R.J. Scaringe, CEO da Rivian, uma empresa de veículos elétricos de Irvine, Califórnia.

Dezenas de empresas estão desenvolvendo minas, e talvez haja lítio mais do que suficiente para atender às necessidades de todos. A produção global pode aumentar mais cedo do que o esperado, levando a um colapso no preço do lítio, algo que já aconteceu no passado recente. Isso faria com que os fabricantes de automóveis pagassem muito mais pelo metal do que ele valia.

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Os executivos do setor automobilístico não estão se arriscando, temendo que, se passarem alguns anos sem lítio suficiente, suas empresas nunca conseguirão recuperar o atraso.

Seus temores têm fundamento. Nos locais onde as vendas de veículos elétricos cresceram mais rapidamente, os fabricantes de automóveis estabelecidos perderam muito terreno. Na China, onde quase um terço dos carros novos são elétricos, a Volkswagen, a GM e a Ford perderam participação de mercado para produtores nacionais como a BYD, que fabrica suas próprias baterias.

E a Tesla, que construiu uma cadeia de fornecimento de lítio e outras matérias-primas ao longo dos anos, vem ganhando participação de mercado na China, na Europa e nos Estados Unidos. Atualmente, é a segunda maior vendedora de todos os carros novos na Califórnia, depois da Toyota.

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As empresas chinesas geralmente têm uma vantagem sobre as montadoras americanas e europeias porque são estatais ou apoiadas pelo Estado e, como resultado, podem assumir mais riscos na mineração, que geralmente enfrenta oposição local, nacionalização por governos populistas ou dificuldades técnicas.

Em junho, a fabricante chinesa de baterias CATL fechou um acordo com a Bolívia para investir US$ 1,4 bilhão em dois projetos de lítio. Poucas empresas ocidentais demonstraram interesse sustentado no país, conhecido por sua instabilidade política.

Com poucas exceções, as montadoras ocidentais têm evitado comprar participações em minas de lítio. Em vez disso, elas estão negociando acordos nos quais prometem comprar uma determinada quantidade de lítio dentro de uma faixa de preço.

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Muitas vezes, os acordos dão às montadoras acesso preferencial, afastando as rivais. A Tesla tem um acordo com a Piedmont Lithium, que fica perto de Charlotte, que garante à montadora uma grande parte da produção de uma mina em Quebec.

O lítio é abundante, mas nem sempre é fácil de extrair.

Muitos países com grandes reservas, como Bolívia, Chile e Argentina, nacionalizaram os recursos naturais ou têm controles rigorosos de câmbio que podem limitar a capacidade dos investidores estrangeiros de retirar dinheiro do país. Mesmo no Canadá e nos Estados Unidos, pode levar anos para estabelecer minas.

"O lítio será difícil de obter e eletrificar totalmente aqui nos EUA", disse Eric Norris, presidente da unidade de negócios globais de lítio da Albemarle, a principal mineradora americana de lítio.

Como resultado, executivos e consultores do setor automotivo estão se espalhando por minas em todo o mundo, a maioria das quais ainda não começou a produzir.

"Há um pouco de desespero", disse Amanda Hall, CEO da Summit Nanotech, uma startup canadense que trabalha com tecnologia para acelerar a extração de lítio de águas subterrâneas salinas. Os executivos do setor automotivo, disse ela, estão "tentando se antecipar ao problema".

No entanto, em sua pressa, as montadoras estão fazendo acordos com pequenas minas que podem não corresponder às expectativas. "Há muitos exemplos de problemas que surgem", disse Shay Natarajan, sócia da Mobility Impact Partners, um fundo de private equity voltado para investimentos em transporte sustentável. Os preços do lítio podem acabar caindo devido ao excesso de produção, disse ela.

As mineradoras parecem ser as grandes vencedoras. Seus acordos com as montadoras geralmente lhes garantem grandes lucros e facilitam o empréstimo de dinheiro ou a venda de ações.

A Rio Tinto, uma das maiores empresas de mineração do mundo, chegou recentemente a um acordo preliminar para fornecer lítio à Ford a partir de uma mina que estava desenvolvendo na Argentina.

A Ford foi uma das várias empresas automobilísticas que manifestaram interesse, disse Marnie Finlayson, diretora administrativa do negócio de minerais de bateria da Rio Tinto. Segundo ela, a Rio Tinto conduz os representantes das montadoras por uma lista de verificação que abrange métodos de mineração, relações com as comunidades locais e impacto ambiental "para que todos se sintam confortáveis".

"Porque se não conseguirmos fazer isso, o fornecimento não será liberado e não resolveremos juntos esse desafio global", disse Finlayson, referindo-se às mudanças climáticas.

Até alguns anos atrás, o preço do lítio era tão baixo que a mineração não era lucrativa. Mas agora, com a crescente popularidade dos veículos elétricos, há dezenas de minas propostas. A maioria está nos estágios iniciais de desenvolvimento e levará anos para iniciar a produção.

Até 2021, "não havia capital ou havia capital de curtíssimo prazo", disse Ana Cabral-Gardner, coCEO da Sigma Lithium, uma empresa sediada em Vancouver, que está produzindo lítio no Brasil. "Ninguém estava olhando para um horizonte de cinco e dez anos."

As empresas automotivas estão desempenhando um papel importante para ajudar as minas a entrar em funcionamento, disse Dirk Harbecke, CEO da Rock Tech Lithium, que está desenvolvendo uma mina em Ontário e uma fábrica de processamento no leste da Alemanha que fornecerá para a Mercedes-Benz.

"Não acho que essa seja uma estratégia arriscada", disse Harbecke. "Acho que é uma estratégia necessária."

Valor - SP   05/07/2023

Total já leva em consideração os valores adcionais liberados pelo governo após esgotamento dos recursos na primeira fase do programa de incentivo

As montadoras já consumiram 86,15% do crédito tributário destinado a viabilizar descontos de até R$ 8 mil para carros novos que custem até R$ 120 mil, mesmo considerando os valores da medida provisória (MP) que ampliou o programa governamental.

Os dados são Ministério do Desenvolvimento (Mdic) e foram atualizados nesta segunda-feira, 3. É possível que haja uma nova atualização do balanço nesta quarta.

Inicialmente, o programa previa R$ 500 milhões em créditos tributários às montadoras para viabilizar os descontos no preço dos carros. Mas, diante da alta procura, o governo decidiu ampliar o valor do programa para R$ 800 milhões, o que foi oficializado na última sexta-feira (30) via MP.

O valor de R$ 800 milhões, contudo, é bruto, explicou ao Valor o Mdic. Existe uma regra na medida provisória que manda deduzir, do total dos recursos brutos destinados ao programa, a perda de arrecadação com os tributos federais PIS/Cofins e IPI. Essa perda de arrecadação é provocada pelos descontos no preço final dos automóveis.

Pelos cálculos da área técnica do Mdic essa dedução deverá ficar em torno de R$ 150 milhões. Significa que as montadoras terão acesso a R$ 650 milhões em créditos tributários para dar descontos nos carros, explicou o ministério, já considerando a extensão do programa.

Dos R$ 650 milhões, o último balanço do Mdic mostra que R$ 560 milhões já foram utilizados, ou seja, 86,15% do total.

Conforme noticiou o Valor, o presidente da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, disse desconfiar que os recursos do programa para carros estavam prestes a se esgotar, se é que já não terminaram. Segundo o executivo, foi forte o movimento nas concessionárias no fim de semana.

Os R$ 500 milhões liberados na primeira fase do programa (R$ 420 milhões líquidos), por exemplo, se esgotaram em menos de um mês.

Antes de prorrogar o programa para carros, o Mdic recebeu solicitações adicionais que totalizam R$ 270 milhões e que não puderam ser autorizados por exceder o limite inicial.

FERROVIÁRIO

Revista Ferroviaria - RJ   05/07/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “é uma vergonha o Brasil importar trilhos com a quantidade de minério de ferro e siderúrgica que existe no país”, em seu discurso durante o ato simbólico de início das obras de conclusão da Fiol 1 (Ilhéus-Caetité, na Bahia), que aconteceu ontem (dia 3, segunda), em Ilhéus. O evento, organizado pela mineradora Bamin, concessionária do trecho, contou também com a presença do ministro-chefe da Casal Civil, Rui Costa, do ministro dos Transportes, Renan Filho, do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, entre outras autoridades.

“Há 40 anos, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) fabricava trilhos, hoje não fabrica mais. Criamos a maior fábrica de dormentes do mundo quando começamos a construir a Transnordestina e hoje ela está parada. Quando começamos a fazer esse trecho da Fiol, em 2010, o país não tinha mais engenheiro ferroviário. Isso tudo é um desafio para nós”, disse Lula, fazendo uma espécie de mea culpa:

“Não estou chamando a atenção de vocês, mas sim do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, presidente desse país. É uma vergonha o Brasil importar trilhos, enquanto poderia estar sendo produzido aqui para gerar mais emprego e oportunidade de crescimento e cidadania para o nosso povo”, ressaltou. Lula afirmou ainda que a obra da Fiol entrará no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que, segundo ele, deverá ser lançado agora no mês de julho. “É de interesse da soberania nacional fazer essa (Fiol 1) e outras ferrovias, para termos um país competitivo como qualquer outro do mundo”.

Trilho nacional

Até a década de 1990, a CSN, à época estatal, fabricava trilhos em Volta Redonda (RJ). As ferrovias construídas até então utilizaram trilhos Niocor (tipo de aço) da CSN, como a Ferrovia do Aço, Estrada de Ferro Carajás, Ferroeste e os primeiros quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, iniciada no governo de José Sarney. Quem explica é o presidente da Abifer, Vicente Abate.

À época do lançamento do Programa de Investimento em Logística, em 2012, Abate chegou a fazer uma avaliação do potencial do mercado de trilhos no Brasil. “Concluí que seriam necessários 200 mil toneladas/ano para novas ferrovias, ao longo de 10 anos”. Abate diz que tentou convencer a fabricante Gerdau a produzir trilhos na antiga fábrica da Açominas, em Ouro Branco (MG).

“Previ também um adicional de 100 mil toneladas/ano referentes à manutenção. Responderam-me que o ponto de equilíbrio era de 400 a 500 mil toneladas/ano. Foi impossível seguir adiante, pois não havia como garantir tal demanda, mesmo com as 200 mil toneladas/ano”, explicou. Abate diz que entre 2011 e 2021, a importação de trilhos no país ficou na média de 164 mil toneladas/ano.

Ferrovia em 2026

Lula fez ainda um apelo para que o trecho 1 da Fiol seja finalizado em 2026, dentro do período do seu mandato. A Bamin tem afirmado que o prazo de conclusão da ferrovia ficou para 2027. “Parem de dizer que vão entregar em 2027. Façam hora extra, trabalhem final de semana, para que a gente possa inaugurá-la logo”.

O trecho 1 da Fiol foi concessionado à Bamin em abril de 2021. Foram dois anos de estudos e diligências do ativo para que então a empresa desse início às obras de finalização da ferrovia. Em abril deste ano foi assinado com o consórcio TCR-10 (Tiisa e a chinesa Crec-10) o contrato para as obras do lote 1F, de 127 km, passando pelos municípios de Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquara. O contrato está avaliado em R$ 1,1 bilhão. O trecho 1 tem no total 537 km e foi entregue para concessão pela Valec com 70% das obras concluídas.

A edição Maio/Junho traz uma reportagem completa sobre as obras na Fiol.

Durante o evento, a Bamin assinou cartas de intenção com o Banco do Nordeste e com o BNDES para avaliação de financiamento para o projeto integrado da mineradora, que inclui, além da ferrovia, a construção de um porto em Ilhéus e o escalonamento da produção na mina Pedra de Ferro, em Caetité. A obtenção de financiamento para o projeto, que tem custo total estimado em R$ 20 bilhões, é um dos desafios da empresa para os próximos anos.

Fiol até Mara Rosa

Os ministros Rui Costa e Renan Filho afirmaram em seus discursos que a Fiol 3 deverá ligar Barreiras (BA) a Mara Rosa (GO), onde fará integração com a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) e com a Ferrovia Norte-Sul. No projeto original esse trecho da ferrovia sairia de Barreiras em direção a Figueirópolis (TO), onde se conectaria com a Norte-Sul. Em entrevista para a Revista Ferroviária, em abril deste ano, o secretário de Transporte Ferroviário do ministério dos Transportes, Leonardo Ribeiro, disse que a escolha do trajeto da Fiol 3 poderia ficar por conta do futuro concessionário, assim como sua construção. A ideia da pasta é concessionar num bloco único Fico e Fiol (trechos 2 e 3). A Fiol 2, de 485 km, está em obras pela estatal Infra SA.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   05/07/2023

A ANP publicou hoje (4/7) as novas versões do edital e do contrato da Oferta Permanente de Concessão (OPC), que incluem novos blocos e área com acumulações marginais. Os novos instrumentos licitatórios trazem ainda a revisão e o aprimoramento das regras, bem como a atualização dos cálculos dos parâmetros técnicos e econômicos dos ativos em oferta. Os documentos podem ser acessados na página https://www.gov.br/anp/pt-br/rodadas-anp/oferta-permanente/opc/edital.

Os principais destaques desta nova versão do edital são:
Implementação da qualificação simplificada; Ampliação do período máximo de realização de um ciclo de 90 para 120 dias; Possibilidade de abertura de um novo ciclo logo após o encerramento da sessão pública de um ciclo em curso, sem necessidade de aguardar por sua homologação; Oferta de 955 blocos exploratórios, tendo sido incluídos 87 blocos remanescentes da 17ª Rodada de Licitações e o bloco PRC-T-54, bem como reincluído o bloco ES-T-399 (que havia sido licitado no 3º Ciclo, mas não teve o contrato assinado); Oferta da área com acumulações marginais de Japiim. As alterações são decorrentes da Consulta e Audiência Públicas nº 21/2022 e da Audiência Pública nº 5/2023.

As novas versões do edital e do contrato foram apreciadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que destacou que a ANP atendeu aos aspectos de tempestividade, completude e suficiência técnica dos elementos apresentados por meio do acervo documental inerente à Oferta Permanente de Concessão.

Cabe destacar que, conforme Deliberação da Diretoria Colegiada da ANP, nº 329/2023, de 30/06/2023, ficou autorizada a exclusão de 143 blocos cuja validade da manifestação conjunta entre Ministério de Minas e Energia (MME) e Ministério do Meio Ambiente (MMA) expira em julho de 2023.

O que é a Oferta Permanente
A Oferta Permanente é, atualmente, a principal modalidade de licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Nesse formato, há a oferta contínua de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais localizados em quaisquer bacias terrestres ou marítimas.

Desse modo, as empresas não precisam esperar uma rodada de licitações "tradicional" para ter oportunidade de arrematar um bloco ou área com acumulação marginal, que passam a estar permanentemente em oferta. Além disso, as companhias contam com o tempo que julgarem necessário para estudar os dados técnicos dessas áreas antes de fazer uma oferta, sem o prazo limitado do edital de uma rodada.

Atualmente, há duas modalidades de Oferta Permanente: Oferta Permanente de Concessão (OPC) e Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), de acordo com o regime de contratação (concessão e partilha). Já foram realizados três ciclos da OPC e um ciclo da OPP, resultando na assinatura de 121 contratos de blocos/áreas no regime de concessão e quatro contratos de partilha de produção.

Saiba mais sobre a Oferta Permanente: https://www.gov.br/anp/pt-br/rodadas-anp/oferta-permanente.

Diário do Comércio - MG   05/07/2023

A produção de petróleo do Brasil em maio cresceu 11,2% ante um ano antes, para 3,2 milhões de barris de petróleo (bpd), em meio a um avanço nas atividades das principais produtoras do país, enquanto a Petrobras teve um tímido avanço de 1,3%, conforme boletim publicado pela reguladora ANP nesta terça-feira.

As maiores produtoras privadas do país, Shell, TotalEnergies e Petrogal Brasil, da Galp , com importantes presenças no pré-sal, aumentaram a produção na comparação anual.

Já na comparação com abril, a produção brasileira de petróleo avançou 1,9% no quinto mês do ano.

A Petrobras produziu 2,003 milhões de bpd em maio, ante 1,977 milhões no mesmo período do ano passado e 2,008 milhões de bpd em abril.

O aumento da produção brasileira de maio contou com avanço importante da produção do campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, que registrou média de 208.182 bpd no período, contra 68.799 bpd no mesmo mês de 2022 e 131.732 bpd em abril.

Com o desempenho, Mero passou a figurar como terceiro maior produtor do Brasil, ultrapassando a produção de Sapinhoá, também no pré-sal da Bacia de Santos.

A jazida compartilhada de Mero é operada pela Petrobras, com 38,6% de participação, e tem ainda como sócias Shell(19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNODC (9,65%), CNOOC (9,65%) e PPSA (3,5%).

O principal produtor do Brasil, Tupi, registrou produção média de 835.365 bpd, ante 775.617 bpd em maio de 2022. Já Búzios, segundo maior produtor, somou 539.090 em maio ante 566.511 bpd um ano antes.

A produção de gás natural do Brasil em maio, por sua vez, somou média de 144,4 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), alta de 2% ante abril e avanço de 9,6% versus um ano antes.

A produção total de petróleo e gás do pré-sal em maio foi de 3,196 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) e correspondeu a 77,8% da produção brasileira.

Foram produzidos na importante região petrolífera 2,510 milhões de bpd e 109,16 milhões de m³/d de gás natural por meio de 144 poços. Houve aumento de 5,9% em relação ao mês anterior e de 12,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

IstoÉ Dinheiro - SP   05/07/2023

O Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural de maio, divulgado nesta terça-feira (4) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), revela que a produção na região do pré-sal alcançou 3,196 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Esse total corresponde a 77,8% da produção brasileira. Foram produzidos 2,510 milhões de barris diários de petróleo e 109,16 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) de gás natural, em 144 poços. O aumento registrado foi de 5,9% em relação a abril deste ano e de 12,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

No total, em maio de 2023, foram produzidos no país 4,110 milhões de barris de óleo equivalente por dia, sendo 3,201 milhões de barris de petróleo e 144,410 milhões de metros cúbicos de gás natural. No petróleo, houve aumento de 1,9% na comparação com o mês anterior e de 11,2% em relação a maio de 2022. No gás natural, a produção aumentou 2% ante abril de 2023 e 9,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Segundo a ANP, variações na produção são esperadas. Elas podem ocorrer devido a fatores como paradas programadas de unidades de produção para manutenção, entrada em operação de poços, parada de poços para manutenção ou limpeza, início de comissionamento de novas unidades de produção, entre outros. A ANP considera que tais ações são típicas da produção de petróleo e gás natural e visam a uma operação estável e contínua, bem como ao aumento da produção ao longo do tempo.

Em maio, o aproveitamento do gás natural foi de 97,1%. Foram disponibilizados ao mercado 51,22 milhões de m³/d e a queima foi de 4,14 milhões de m³/d. Houve aumento na queima de 6,9% em relação ao mês anterior e redução de 9,4% na comparação com maio de 2022.

Destaque

Em maio, os campos marítimos produziram 97,7% do petróleo e 86,6% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, em consórcio com outras empresas ou não, responderam por 89,64% do total produzido. A produção teve origem em 5.999 poços, sendo 500 marítimos e 5.499 terrestres.

No mês de maio, o Campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás, registrando 835,37 mil barris por dia de petróleo e 40,61 milhões de metros cúbicos diários de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO (Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência) Guanabara, localizada na jazida compartilhada de Mero, com 170,583 mil barris por dia de petróleo e 10,82 milhões de metros cúbicos diários de gás.

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   05/07/2023

As vendas de máquinas agrícolas, entre tratores e colheitadeiras, recuaram 13,4% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. No total, 4,8 mil unidades foram entregues a produtores rurais durante o mês, o que representa uma queda de 3,6% no comparativo com abril.

O balanço foi divulgado nesta terça, 4, pela Fenabrave, associação que, além das concessionárias de automóveis, representa revendedores de equipamentos usados no campo.

Ao contrário das vendas de carros, que podem ser atualizadas diariamente com base nos emplacamentos diários de veículos, os números de máquinas agrícolas precisam ser levantados com os fabricantes. Por isso, as estatísticas têm defasagem de um mês em relação ao balanço das vendas de automóveis.

Nos cinco primeiros meses do ano, as vendas de tratores e máquinas agrícolas tiveram queda de 7,2%, somando 23,8 mil unidades de janeiro a maio.

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INDA

O INDA, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, é uma Instituição Não Governamental, legalmente constituída, sem fins lucrativos e fundada em julho de 1970. Seu principal objetivo é promover o uso consciente do Aço, tanto no mercado interno quanto externo, aumentando com isso a competitividade do setor de distribuição e do sistema Siderúrgico Brasileiro como um todo.

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